controle de qualidade
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Controle de Qualidade
Bioquímica Clínica
Kesia Palma Rigo2013
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Introdução Escolha de métodos Obtenção e tratamento do soro-controle Controle de Qualidade Sistemas de Controle de Qualidade
Erros no laboratório Erros na amostra Erros sistemáticos Erros ao acaso Engano
Controle estatístico de Qualidade Cartão-controle de Levey-Jennings Sistema Multiregras de Westgard
Sumário
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IntroduçãoBioquímica Clínica: Função
1-Efetuar análise qualitativa e quantitativa de diversos constituintes biológicos dos fluidos orgânicos:Sangue UrinaLíquorLíquido ascíticoLíquido sinovial
2-Produzir resultados de exames para avaliação de patologias: Diagnóstico Prognóstico Tratamento
Lágrima Suor Sêmen Outros...
Monitoramento terapêutico Monitoramento do curso da doença Triagem
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Usuários (público alvo):Clientes (pacientes) Médicos solicitantesEmpresas prestadoras de serviço de saúdeLaboratórios de análises clínicas parceiros
Expectativas dos usuários:Atendimento rápido e personalizadoDemonstração de higiene e uso de descartáveisFlebotomia realizada com segurança, eficiência e sem desconfortoLiberação rápida dos resultadosResultados exatos
Bioquímica ClínicaIntrodução
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Campo de atuação:1- Etapa pré-analítica identificação e preparo do paciente coleta, armazenamento e transporte da amostra
2- Etapa analítica padronização e realização do método analítico obtenção do resultado controle de qualidade
3- Etapa pós-analítica cálculo e análise de consistência do resultado liberação do laudo armazenamento do material e amostra arquivamento do resultado
Análises ClínicasIntrodução
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Sem interfaceamento
RECEPÇÃO
COLETA PREPARAÇÃOTRANSPORTE
TRANSCRIÇÃODIGITAÇÃOCONFERÊNCIA
ANÁLISE
EXPEDIÇÃO
Análises Clínicas : responsabilidadeIntrodução
PacienteIdentificação
Preparo
AmostraColeta
ArmazenamentoTransporte
Processamento
ResultadoTranscriçãoExpedição
Interfaceamento
AnáliseMetodologia
AnalistaEquipamento
Material
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Introdução
Análises Bioquímicas
Resultados numéricosExatidão
Assegurar exatidão
Controle de qualidade
IntegridadeFidelidadeHonestidade do resultado
Métodos Imunológicos
e físico-químicos
Interno e
Externo
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Critérios de escolha:PrecisãoExatidãoSensibilidadeEspecificidade
Escolha dos métodos
Método de confiança e seguro preenche requisitos de precisão e exatidão
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Terminologia - 1 Precisão: reprodutibilidade dos resultados Exatidão: concordância entre valor real e aquele obtido
Sensibilidade: limite mínimo de detecção de uma método analítico
Especificidade: capacidade de um método analítico detectar “somente” o elemento de interesse
Impreciso e não exato Preciso porém não exato Preciso e exato
Escolha dos métodos
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Terminologia - 1 Precisão: reprodutibilidade dos resultados Exatidão: concordância entre valor real e aquele obtido
Sensibilidade: limite mínimo de detecção de uma método analítico
Especificidade: capacidade de um método analítico detectar “somente” o elemento de interesse
Impreciso Preciso porém não exato Preciso e exato
Escolha dos métodos
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Amostra:EstabilidadePreservativosProcedimento de coletaPreparo do paciente
Escolha dos métodos Fatores considerados - 1
Reagentes:Detalhes do preparoCondições de armazenamentoEstabilidade
Reação:InstrumentoTempoTemperaturaBranco do reagenteBranco da amostraLinearidadeEfeito das diluiçõesCálculos
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Precisão: considerar a variabilidade dos resultados obtidos em diferentes dias e concentrações. Usar sempre a amostra-controle.
Escolha dos métodos Fatores considerados - 2
Exatidão: utilizar teste de recuperação Adicionar a amostra teste uma quantidade de padrão puro:
Valor V. Esperado V. Encontrado Recuperação
A+25% 125 120 96%
A+50% 150 147 98%
A+100% 200 198 99%
75 A 85% - Satisfatório80 A 90% - Bom90 A 100% - Ótimo
Muito acima de 100% - Falta especificidadeMuito abaixo de 100% - Falta sensibilidade
Média 97,6%
A= 100 mg/dl
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Interferências:hemóliseLipemiaBilirrubinaDroga
Valores normais ou de referência Padrões: Primário (amostra padrão) substância química pura Secundário (amostra-controle) substância com
propriedades físicas e químicas semelhantes a amostra-teste
Escolha dos métodos Fatores considerados - 3
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Terminologia - 2 Amostra: parte representativa de um todo Amostra-teste: amostra de líquido corporal usada para
medir uma característica física ou química Amostra-padrão (padrão primário): substância química
pura. Deve ser: estável; composição definida; dissecável (105-110°C); não higroscópico, possuir equivalente-grama elevado; dosagem exatamente; permitir investigação de impurezas
Amostra-controle (padrão secundário ou soro-controle): comercial ou produzida no laboratório, com concentrações determinadas e características físicas e/ou químicas semelhantes a amostra-teste
Analito: substância analisada na amostra-teste, ex. glicose
Escolha dos métodos
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Características Similaridade com amostra do paciente, ex. plasma – teste
de coagulação Estável durante toda o período do programa de Controle de
Qualidade Homogêneo para que análise seja reprodutível Concentração próxima dos níveis clinicamente
significantes
Soro-controle
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Preparação de Pool Normal1- Armazenar sobras de soro em frasco de vidro Sem hemólise Não ictérico Não lipêmico2- Congelar as sobras até completar o volume3- Descongelar a temperatura ambiente4- Filtrar e centrifugar5- Homogeneizar com cuidado6- Acertar pH para 7,4 (ácido sulfúrico)7- Dividir em aliquotas para um dia de trabalho8- Congelar e liofilizar
Soro-controle
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Preparação de Pool NormalSoro-controle
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Preparação de pool enriquecido - 1Soro-controle
Soro-controle para triglicerídeos Soro ( Sem turvação, hemólise ou icterícia)..........100 ml Azida sódica...............................................................100 ml
Estável 12 meses em geladeira.
Soro-controle para enzimas Fígado de porco (fresco)...........................1 grama Coração de porco ( fresco).......................1 grama
Cortar bem fino e colocar em 10 ml de NaCl 0,9%.Cobrir bem o material e deixar emcontato por 1 hora, agitando de vez em quando. Filtrar. Tomar 5,0 ml do filtrado eacrescentar 2,0 ml de glicerina e 3,0 ml de soro humano (sem turvação, hemóliseou icterícia). Homogeneizar bem, dividir em alíquotas pequenas e armazenar nocongelador. Estável por 8 meses.
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Preparação de pool enriquecido - 2Soro-controle
Soro-controle para fosfatase alcalina Leite fresco, sem pasteurização
Diluir 1/10 em mistura de soro-glicerina (6:4), dividir em alíquotas pequenas e armazenar no congelador. Estável por 8 meses.
Soro-controle para fosfatase ácida Esperma
Diluir 1/50.000 em solução de ácido acético 0,1M. Dividir em alíquotas pequenas e armazenar no congelador. Estável por 3 meses. O material só deverá ser congelado e descongelado uma vez.
Urina-controle Com proteínas, glicose, acetona, hemoglobina e bilirrubina.
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“UM DADO ERRADO É PIOR QUE UM INEXISTENTE”.
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Controle de Qualidade
Análises Bioquímicas
Resultados numéricosExatidão
Assegurar exatidão do resultado
Controle de qualidade
IntegridadeFidelidadeHonestidade
Métodos Imunológicos
e físico-químicos
Interno e
Externo
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DefiniçãoControle de Qualidade
Estudo dos erros que são de responsabilidade do laboratório e estudo dos procedimentos utilizados para
reconhecê-los e minimizá-los.Inclui-se todos os erros que ocorrem dentro do laboratório desde o
recebimento do material até a entrega dos resultados
“Sistema dinâmico e complexo, que envolve todos os setores da empresa, com o intuito de melhorar e assegurar
economicamente a qualidade do produto final.”Paladini, 1995
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Etapa pré-analítica:1- Erros na solicitação do exame Escrita ilegível Interpretação errada na escolha do exame Erro na identificação do paciente Falta de orientação para determinados exames
2- Erros na coleta da amostra Identificação errada do paciente Troca de amostras Paciente não preparado corretamente Hemólise e lipemias intensas ou estase prolongada Transporte e armazenamento de amostra incorreto Contaminação de tubos, frascos ou tampas
Controle de QualidadeErros potenciais - 1
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Etapa analítica:Troca de amostrasErros de pipetagemVidrarias e recipientes mal lavadosReagentes e padrões com problemasPresença de interferentes na amostra Equipamentos ou cubetas com problemasTemperatura ambiente e da reação inadequadasTempo de reação erradoErros no cálculo de concentração
Erros potenciais -2Controle de Qualidade
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Erros potenciais -3Controle de Qualidade
Etapa pós-analítica:Identificação errada do pacienteTranscrição de dados incorreta Resultado ilegível Unidades erradas Não identificação de substâncias interferentes Especificidade, sensibilidade e precisão do teste
inadequadasErros na interpretação dos resultados
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VantagensControle de Qualidade
Quando bem implantado e administrado:Aperfeiçoamento da qualidade e produtividadeEliminação da duplicidade de trabalhoEconomia de tempo e materialCustos reduzidosMenor preço e posição mais competitivaMaior produção de lucro
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Objetivo GeralControle de Qualidade
Obtenção de resultados confiáveis e seguros
Dever da equipe de Controle de Qualidade: Garantir a qualidade de todos os resultados da rotina Tomar ações corretivas para eliminar as causas de erros Tomar medidas preventivas para evitar os erros
Ciência paralela as Análises Clínicas
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Objetivos específicosControle de Qualidade
Promover exatidão e precisão Identificar inexatidão Avaliação da confiabilidade dos exames laboratoriais Detectar erros ao acaso Promover aperfeiçoamento de técnicas Classificar analistas de acordo com capacidade Registrar permanentemente a qualidade dos resultados –
gráfico-controle Conscientizar quanto a necessidade de oferecer qualidade
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“... A QUALIDADE NÃO OCORRE POR ACASO.
ELA É O RESULTADO DE UM ESFORÇO INTELIGENTE...”
J. Huskir
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Implantação - 1Controle de Qualidade
1- Conscientizar o pessoal técnico quanto aos princípios eutilização do Controle de Qualidade2- Definir os testes a serem controlados e metodologiasempregadas Instrumentação Reagentes Calibração
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3- Confeccionar manual de“Normas de supervisão”
Implantação -2Controle de Qualidade
4- Confeccionar manual de “Instruções de Trabalho paraprocedimentos analíticos”A) Nome do procedimentoB) Nome e princípio do métodoC) Material ou Amostra do pacienteD) Padrões, calibradores, controles,
reagentes e insumosA) EquipamentosB) Cuidados e precauçõesC) Procedimento detalhadoD) Linearidade do métodoE) Limite de detecção do método
F) CálculoK) Controle de QualidadeL) Valores de referênciaM) Significado clínicoN) Valores críticosO) ObservaçõesP) Referência bibliográfica
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Implantação -3Controle de Qualidade
5- Confeccionar manual de “Normas de verificação,manutenção e controle de qualidade de aparelhos e vidrarias”6- Vigilância do controle de qualidade Diariamente Retrospectivamente
7- Preparação e/ou aquisição de amostra-controle8- Piloto de implantação do controle de qualidade interno9- Inclusão de controle de qualidade interno na rotina10- Arquivar relatórios e registros dos controles realizados11- Implantar controle de qualidade externo
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Sistemas de ControleControle de Qualidade
Controle de Qualidade Interno:Intralaboratorial, análise diária deamostras-controle. Objetiva checar cadadeterminação em relação a precisão eexatidão levando a aceitação ou rejeiçãodos resultados.
Controle de Qualidade Externo:Interlaboratorial, análise de amostras-controle recebidas periodicamente defontes externas. Objetiva comparar onível de exatidão de diversoslaboratórios.
Preciso e exato
Exato 33
Controle de Qualidade ExternoControle de Qualidade
Administrado por um gestor do programa Laboratórios agrupados por metodologias de ensaio Análises de alíquotas do mesmo material Visa determinar e ajustar a exatidão dos métodos Avaliação dos resultados do grupo (OMS): Bom - dentro da média ± um desvio padrão Aceitável - dentro da média ± dois desvios padrão Inaceitável - fora da média ± dois desvios padrão
Teste de Proficiência: Outro tipo de Programa de Controle de Qualidade Externo Laboratório testa múltiplas amostras Resultados agrupados por metodologia e equipamento Resultados comparados com outros laboratórios 34
Programas de acreditaçãoControle de Qualidade
Colégio Americano de Patologistas (1962) Avaliam laboratório como um todo: Competência do pessoal Preparo do paciente Equipamentos Controle interno e externo de Qualidade
Mais abrangentes que o controle de qualidade
Reagentes Métodos Processos
Programas de acreditação no Brasil: Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Sociedade Brasileira de Patologia Clínica
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NormatizaçãoControle de Qualidade
International Organization for Standardization - ISO: normas técnicas para o desenvolvimento das empresas nos modelos de
organização gerencial e padronização de seus processos para atingir a excelência
No Brasil: Boas práticas de laboratórios clínicos - BPLC: conjunto mais
importante de normas que definem a padronização dos processos no laboratório clínico
Normas desenvolvidas pelo CTLE-04: comitê multidisciplinar de especialistas coordenados pelo INMETRO
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IndústriaControle de Qualidade
Método de teste de um produto durante e após fabricaçãovisa alcançar especificações estabelecidas
Processos de avaliação do produto segundo especificações: Medidas métricas Comparação com moldes Teste de desempenho
Laboratório Produto = resultados obtidos a partir dos testes analíticos Especificações = Limites de erro ou limites estatísticos
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Variabilidade analíticaControle de Qualidade
Resultado – não existe valor único, verdadeiro para uma determinada medição. Observa-se uma distribuição de valores verdadeiros
Fatores diversos podem afetar as características da qualidade resultados não conformes, fora dos valores do controle
Toda medida é susceptível de erros
Não permitir diferenças clinicamente significativas, quando mesma amostra é analisada
por dois métodos diferentes 38
Erros mais frequentes
Erros na amostra Erros sistemáticos Experimentais Provocados pelo analista Laboratoriais
Erros ao acaso (acidentais) Enganos
Engano não é erro
Erros no laboratório
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Erros no laboratório
H. Kume
“O ERRO É A PARCELA INDESEJÁVEL DE UMA TAREFA”
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Quando o analito é afetado por:Estase venosa prolongadaDemora na execução do exameInterferência de medicamentosUso incorreto de anticoagulantesManuseio ou escolha da amostra inadequadosHemólise, icterícia, lipemia
Erros no laboratório
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Erros na amostra
Normal Normal Icterícia Lipemia Hemólise
Estabilidade da amostraContaminação de materialJejum inadequado
Erros sistemáticos Podem ser avaliados e corrigidos Perda de exatidão – inutiliza a bateria de exames Tipos: Experimentais – diferenças entre métodos analíticos
empregados para o mesmo analito Provocados pelo analista – inconscientes ex. vícios de
pipetagem Laboratoriais – provocados por deficiência na manutenção de
aparelhos, problemas com reagentes, métodos ou meio ambiente
Erros no laboratório
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Erros ao acaso Indeterminados, de difícil avaliação – não podem
ser corrigidos Perda de precisão – não invalida os exames Exemplos comuns: Agitação imprópria dos tubos Controle incorreto do tempo Temperatura inadequada Pipeta mal calibrada Vidraria mal lavada
Erros no laboratório
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Enganos Indeterminados, de difícil avaliação – não podem
ser corrigidos Não devem ser confundidos com Erro (sentido
estatístico e é perfeitamente fiscalizado pelo Controle de Qualidade)
Exemplos comuns: Troca de pacientes Digitação errada Transcrição de resultados inadequada Enganos técnicos Regentes trocados
Erros no laboratório
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Vilões da variabilidade analíticaErros no laboratório
Erros Aleatórios Variações nas manipulações,
ocorrência irregular
Perda da precisão
Avaliado pelo desvio padrão
Erros sistemáticosOcorrência regular e
± constante
Perda de exatidão
Avaliado por gráfico- controle
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1946 - Wernimont introduziu em química analítica 1947 - Belk e Sundermann realizaram os primeiros estudos
de Controle de Qualidade em Análises Clínicas. 1950 - Levey-Jennings introduziu o controle estatístico de
qualidade em laboratório clínico 1952 - Henry e Segalove popularizaram os princípios de
controle e passaram a utilizar amostra-controle juntamentecom amostra-teste.
1964 – Tonks demonstrou que 47,6% dos resultadosavaliados em 175 laboratórios eram inaceitáveis
HistóricoControle estatístico da qualidade
Busca de Qualidade alcançou dimensão mundial 46
Rápida visualização das variações diárias, semanais emensais existentes nos resultados da rotina laboratorial
Visualização da magnitude da variabilidade dos resultados Informa sobre a deterioração de reagentes e/ou
instrumentos
Simples, barato, confiávele efetivo
Informações rápidas Executado em etapas
VantagensControle estatístico da qualidade
Gráfico de Levey-Jennings
Des
vio
padr
ão
Dias 47
1- Realizar no mínimo 30 dosagens do soro-controle paracada analito e método – analises realizadas em dias diferentes2- Calcular média ( ) e desvio padrão (S)3- Estabelecer os limites aceitáveis de erro (L.A.E.)4- Confeccionar cartão-controle5- Anotar resultado de cada análise6- Avaliar exatidão e precisão7- Refazer etapas 1 a 7 de tempos em tempos
Sequência operacional: Levey-JenningsControle estatístico da qualidade
Soro-controle Analisadas junto
com amostras dos clientes
Resultados plotados em
gráficos controle
Comparação com os L.A.E.
48
CálculosControle estatístico da qualidade
49
Representação gráfica dadispersão dos resultados -curva de frequência oucurva de Gauss
Informações sobre apopulação
Maioria dos resultadosestão concentrados emtorno da média
Distribuição de FrequênciaControle estatístico da qualidade
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Distribuição de FrequênciaControle estatístico da qualidade
VN: verdadeiro-negativosVP: Verdadeiro-positivosFP: Falso-positivosFN: Falso-negativos
A
B
51
Cartão-ControleControle estatístico da qualidade
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Distribuição de FrequênciaControle estatístico da qualidade
Tempo
Frequência das observações
Con
cent
raçã
o ob
serv
ada
do c
ontr
ole
A: Desempenho estável - maioria dos valores próximos a média
B: Problema de exatidão –deslocamento da média
C: Problema de precisão –aumento da desvio-padrão
A B C
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Rápida visualização das variações diárias, semanais emensais nos diversos métodos da rotina laboratorial
Visualização da magnitude da variabilidade dos resultados Executado em etapas
Interpretação dos cartões-controleControle estatístico da qualidade
Gráfico de Levey-Jennings
Des
vio
padr
ão
Dias 54
Fases envolvidasControle estatístico da qualidade
Avaliação diária Colocar no gráfico os dados obtidos para o soro-controle: Resultado dentro do L.A.E. Liberar resultado Resultado fora do L.A.E. não liberar resultado e repetir
análise do soro-controle Se resultado da repetição da análise: Dentro do L.A.E. Liberar resultado Fora do L.A.E. reter resultado até identificação do erro
Avaliação semanal Objetivo: avaliar se está ocorrendo tendência, desvio, perda da
exatidão e perda da precisão
Avaliação mensal Calcular nova X, S e L.A.E. e compará-los com o período anterior 55
Des
vio
padr
ão
Dias
Distribuição uniforme Pontos próximos da média, quase todos entre os limites do
L.A.E. A metade em cada lado da média, sendo que 2/3 ficam
entre a média 1S Um resultado em cada 20 pode ficar fora dos L.A.E.
Cartão Normal de Levey-JenningsControle estatístico da qualidade
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Maioria dos pontos próximos do L.A.E. e poucos ao redor da média.
Perda de PrecisãoControle estatístico da qualidade
Causas: pipetagem inexata falta de homogeneização aparelhos operando incorretamente material sujo
método analítico pouco sensível temperatura incorreta
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5 ou mais pontos próximos dos L.A.E.Perda de Exatidão
Controle estatístico da qualidade
Causas: erro sistemático valor incorreto ou troca de padrões comprimento de onda inadequado novo reagente com sensibilidade diferente ou mal preparado evaporação ou erro na diluição do soro-controle
reagentes instáveis temperatura inadequada tempos da reação alterados
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X
+2S
+1S
- 2S
- 1S
6 ou mais valores consecutivos aumentados ou diminuídoscontinuamente.
TendênciaControle estatístico da qualidade
Causas: defeito na fotocélula ou lâmpada do espectofotômetro Diluição, padrão de deteriorado ou concentrado deterioração de reagente contaminação de reagente ou sistema evaporação do soro-controle
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X
+2S
+1S
- 2S
- 1S
6 ou mais resultados de um só lado da média e guardando entre si pequenas variações
DesvioControle estatístico da qualidade
Causas: variação na concentração do padrão mudança na sensibilidade de reagentes 60
X
+2S
+1S
- 2S
- 1S
1961 – James Westgard e Wisconsin Publicou apresentando série de bases para avaliar uma corrida
analítica de controle de qualidade Utiliza cartão-controle semelhante ao de Levey-Jennings 6 regras básicas utilizadas individualmente ou em combinação
Regras expressas em NL onde: N = número de observações dos resultados L = limite estatístico considerado Ex: 13S - representa uma regra de controle que é violada quando
apena um resultado excede o limite de ± 3S Vantagens: Análise simples de dados com indicação do tipo de erro Interpretação e ações imediatas Fácil integração e adaptação a rotina Baixo índice de falsas rejeições ou falsos alarmes Melhor capacidade de identificação de erros
Sistema Multiregras de WestgardControle estatístico da qualidade
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“Quando minha filha Kristin era jovem e moravaconosco, ela gostava de festas. Um dia ela me disse queestava pretendendo chegar tarde de novo e eu sentinecessidade de exercer algum controle sobre seushorários. Então eu disse a ela que se ela passasse uma vezde 3 horas, duas vezes de 2 horas, ou quatro vezes de 1hora ela estaria encrencada. Isto é um controle por regrasmúltiplas.”
James O. Westgard Regra: 1 x 3h Regra: 2 x 2h Regra: 4 x 1h
Sistema Multiregras de WestgardControle estatístico da qualidade
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Regra de advertência violada quando um único resultadoestá fora de ±2S
Adverte que um erro ao acaso ou sistemático pode terocorrido – Verificar
1 único valor fora de ±2S é um erro aceitável
Regra 12S
Controle estatístico da qualidade
X
Liberar Resultados
4,5% entre ±2S e ±3S
63
+3S
+2S
+1S
- 3S
- 2S
- 1S
Regra violada quando um único resultado está fora de ±3S Identifica erros ao acaso inaceitáveis Identifica a possibilidade do início de um grande erros
sistêmico Qualquer valor fora de ±3S é um erro inaceitável
Regra 13S
Controle estatístico da qualidade
Rejeitar resultado e Procurar erro ao acaso
64
X
+3S
+2S
+1S
- 3S
- 2S
- 1S
Regra 22S
Controle estatístico da qualidade
Rejeitar resultado e Procurar
erro sistêmico
Regra violada quando dois resultados consecutivos estãofora de ±2S e do mesmo lado do gráfico
Identifica apenas erros sistêmicos Erro inaceitável
Dentro do MaterialEntre Corridas
Entre MateriaisDentro da Corrida
65
X
+3S
+2S
+1S
- 3S
- 2S
- 1S
Regra 41S
Controle estatístico da qualidade
Rejeitar resultado e Procurar
erro sistêmico
Regra violada quando quatro resultados consecutivos estãofora de ±1S e no mesmo lado do gráfico
Identifica ocorrência de erros sistêmicos Erro inaceitável
Dentro do MaterialEntre Corridas
Entre MateriaisDentro da Corrida
66
X
+3S
+2S
+1S
- 3S
- 2S
- 1S
Regra 7XmControle estatístico da qualidade
Rejeitar resultado e Procurar
erro sistêmico
Regra violada quando sete resultados consecutivos estãono mesmo lado do gráfico
Identifica ocorrência de erros sistêmicos Erro inaceitável
67
X
+3S
+2S
+1S
- 3S
- 2S
- 1S
Regra 7T
Controle estatístico da qualidade
Rejeitar resultado e Procurar
erro sistêmico
Regra violada quando sete resultados consecutivosmostram tendência crescente e decrescente
Identifica ocorrência de erros sistêmicos Erro inaceitável
68
X
+3S
+2S
+1S
- 3S
- 2S
- 1S
Esquema: Interpretação das Regras de WestgardControle estatístico da qualidade
Dados dos controles
12s
13s 22s 41s 7Xm 7T
Resultados sob controle - liberar
Resultados fora de controle - rejeitar
NÃO
NÃONÃO NÃONÃO
NÃOSIM
SIMSIMSIM SIMSIM
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Ações pós rejeiçãoControle estatístico da qualidade
Identificar o tipo de erro (aleatório ou sistemático) Proceder análise de causas Tomar medidas de correção (ação corretiva) Realizar nova dosagem de controle Excluir o dado rejeitado Análise de novos dados
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Na prática...Controle estatístico da qualidade
71
Regras violadas...Controle estatístico da qualidade
22S 41S 7Xm13SR4S 41S
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