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UNVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS O aluno como invenção José Gimeno Sacristán Cap. 3: Uma longa, complexa e desigual história de se relacionar, amar e ensinar o aluno Graziela Flores Julia Poletto Vera Copetti

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UNVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS

O aluno como invenção

José Gimeno Sacristán

Cap. 3: Uma longa, complexa e desigual história de se relacionar, amar e ensinar o aluno

Graziela FloresJulia PolettoVera Copetti

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Definição do aluno:

Em sua origem, aluno era aquele a quem o professor ensinava belas -artes (pintura, escultura, etc).

Séc. XIX- Essa condição social começou a ser generalizada para aqueles que freqüentavam os diferentes níveis do sistema educacional.

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“Estar em tempos nas escolas é um rito de passagem naturalizado na vida dos indivíduos, cujos fins são aparentemente óbvios, ocupando um lugar central na experiência das pessoas, tendo se transformado em um marco de referência que introjetamos e que projetamos quando o percebemos e valorizamos.” (SACRISTÁN,2005,p.102)

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Atualmente passar pela escola é considerado algo

natural do sujeito.A forma como educamos

muda conforme a cultura, as relações e a evolução do

mundo.

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Devemos entender que somos e estamos em um mundo de constante mudanças e que isso reflete nas atitudes e pensamentos de nossos

educandos.

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“[...]a história da pedagogia somente pode e pôde ser feita, em boa parte, a partir das grandes idéias daqueles que foram capazes de articulá-las e que tiveram uma projeção indubitável sobre as concepções das pessoas de seu tempo e daquelas que as seguiram.”(SACRISTÁN, 2005,p.103)

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“ a infância ou o aluno são duas realidades pessoais e sociais em que se

projetam, cruzados , os discursos referentes a ambas, comunicando-se também cruzadas, as práticas sociais que foram acumuladas em torno de

cada uma dessas figuras.”(SACRISTÁN,2005 ,p.103)

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Ser aluno é uma circunstância da infância, uma forma de vivê-la em algumas determinadas sociedades.Todos os alunos pequenos são crianças, mas nem todas as crianças são alunos.

A relação pedagógica entre alunos e educadores são compostas por práticas que surgiram como substitutas do cuidado dos menores e como ampliação das funções da família.

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“Ser aluno foi e continua sendo uma experiência e uma condição social fundamentalmente dos menores, que deu a eles a presença e identidade singulares, como classe social diferenciada e reconhecida.Uma oportunidade que foi e continua sendo desigual para diferentes grupos sociais, em função de sua condição econômica, gênero, etc. ” (SACRISTÁN,2005, p.105)

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Séc. XVIII: As mulheres começam a receber educação, mas unicamente as pertencentes à aristocracia. Mesmo a Lei Moyano( 1857) estabelecendo a obrigação de criar escolas para meninos e meninas, a efetiva escolarização destas não foi cumprida até, aproximadamente, metade do século XX.

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Algumas características do longo processo de aprendizagem cultural de saber educar: ternura, disciplina e redenção dos menores pela cultura

Conceito Aluno: “A cultura que se projeta na escolarização da infância acumula e sintetiza traços das descobertas e das tradições diversas no cuidado, na vigilância e na educação.” (SACRISTÁN,2005, p.108)

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“ [...] escolarizar em nome do progresso da humanidade; disciplinar os menores por meios mais refinados; buscar a felicidade universal, o avanço e a mobilidade social, o desenvolvimento econômico, a criação da identidade e o futuro da nação ou o mais recente do capital humano.”( SACRISTÁN, 2005,p.109)

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Classe social x educação O Professor: Era uma atividade exercida por

pessoas com um certo nível de instrução , antes de serem reconhecidas algumas competências e alguns assuntos específicos de sua profissão.

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“ O tratamento amoroso com os filhos irá se inserindo no discurso pedagógico como traço positivo, a melhor qualidade do método de tratar e ensinar os menores nas estreitas relações familiares, não só como uma atividade necessária da mulher que desempenha a função de mãe, mas como sua determinante dedicação no lar.”(SACRISTÁN, 2005,p.119)

Ser amado dentro de uma ordem social: a relação disciplinadora

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Figura da mãe: a mãe trata do cuidado pessoal(coração), é aquela que instrui os filhos nas primeiras letras;

A figura do pai: busca a subsistência ( cabeça) é o soberano na família . O pai é o princípio da geração , educação e disciplina dos filhos;

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Referências Bibliográficas:

GIMENO SACRISTÁN, José. O aluno como invenção. Porto Alegre: Artmed, 2005.