2020 recuperação pós-anestésica, complicações, náuseas e

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recuperação pós-anestésica, complicações, náuseas e vômitos 2020 QUESTÃO COMENTADA

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r e c u p e r a ç ã o p ó s - a n e s t é s i c a , c o m p l i c a ç õ e s ,

n á u s e a s e v ô m i t o s

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Q U E S T Ã O C O M E N T A D A

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• Importante que todos os testes de múltipla escolha sejam respondidos e que através dessa prática você melhora sua capacidade de compreensão e de reposta.

• Indicamos que sempre que você olhe o gabarito para saber se teve êxito, que você leia o comentário referente a questão. Muitas vezes é através dessa ferramenta que conseguimos fixar alguns conceitos fundamentais.

• Bons estudos e conte com a equipe para o que precisar.

Aproveite e boa prática!

D I C A S D E E S T U D O

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P E R G U N T A S

• Importante que todos os testes de múltipla escolha sejam respondidos e que através dessa prática você melhora sua capacidade de compreensão e de reposta.

• Indicamos que sempre que você olhe o gabarito para saber se teve êxito, que você leia o comentário referente a questão. Muitas vezes é através dessa ferramenta que conseguimos fixar alguns conceitos fundamentais.

• Bons estudos e conte com a equipe para o que precisar.

Aproveite e boa prática!

D I C A S D E E S T U D O

1. Em paciente com episódio de vômito na SRPA:A) relação T4/T1 = 0,8 na sequência de quatro estímulos garante reflexos protetores ativosB) respiração espontânea indica reflexos de proteção de via aérea ativosC) cefalodeclive dificulta a aspiração do vômitoD) ranitidina aumenta o tônus do esfíncter esofagiano inferior

2. Paciente respirando normalmente ar ambiente, mantendo SpO2>92%, sonolento, mas responsivo aos chamados, com pressão arterial 30 mmHg acima da pressão arterial pré--operatória (100mmHg) e movendo duas extremidades. Escore de Aldrete modificado:A) 5B) 6C) 7D) 8

3. O teste de contratura muscular desencadeado por cafeína ou halotano é indicado:A) em casos de parada cardíaca inexplicada durante anestesiaB) em parente de primeiro grau de paciente que apresentou episódio sugestivo de hiperter-mia maligna e tem contraindicação à realização da biópsia muscularC) em criança com 18 kg que apresentou episódio de hipertermia malignaD) na fase aguda do evento após estabilização do quadro com dantrolene

4. Profilaxia de náuseas e vômitos pós-operatórios em paciente feminino, não fumante, com história de cinetose:A) dexametasonaB) metoclopramidaC) metoclopramida e ondansetronD) dexametasona e ondansetron

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5. Paciente na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) totalmente desperto, com res-piração normal e tosse preservada, movimentos voluntários de dois membros, pressão arterial normal e respirando ar ambiente com saturação maior que 92%. Qual a pontuação pelo critério de Aldrete e Kroulik modificada?A) 10B) 8C) 9D) 7E) 6

6. Paciente de 37 anos foi submetida à colecistectomia aberta e encaminhada para a sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) com dispnéia, hipoventilação, respondendo ao ser chamada, movimentos voluntários de todas as extremidades, pressão arterial menor que 30% dos valores basais e necessitando de cateter nasal de oxigênio para manter saturação maior que 90%. Qual a pontuação pelo critério de Aldrete e Kroulik modificado?A) 5B) 8C) 9D) 7E) 6

7. Com relação ao transporte e à manutenção do paciente pós-operado pode-se afirmar que:

A) o paciente hipovolêmico deve ser mantido em posição de procliveB) o paciente com disfunção pulmonar deve ser mantido com tronco e cabeça elevadosC) o paciente pós-operado de adenoamigdalectomia deve ser mantido em decúbito ventralD) a acidemia respiratória indica disfunção patológica pulmonarE) todo paciente em recuperação de anestesia geral recebe oxigênio para prevenir o apareci-mento de hipoxemia grave

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8. Os cuidados pós-anestésicos são regulamentados por resolução do Conselho Federal de Medicina, sendo considerado que:

A) o médico plantonista da Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), mesmo que não anestesiologista, é o único responsável pela alta.

B) a Resolução do Conselho Federal 1.802/06 dispõe que deve haver obrigatoriamente um anestesiologista de plantão na SRPA.

C) o médico que realizou a anestesia não tem obrigação de acompanhar o paciente até a SRPA

D) o anestesiologista não precisa ficar junto ao paciente, enquanto aguarda a remoção para a SRPA.

E) a alta da SRPA é responsabilidade única do anestesiologista

9. A tabela de Aldrete-Kroulik modificada difere da original por:A) desconsiderar a avaliação da consciênciaB) aceitar critérios menos rígidos de quedas ou elevações da pressão arteriaC) desconsiderar a movimentação dos membrosD) substituir o critério de coloração da pele por medida de SpO2E) acrescentar medidas de temperatura corporal

10. São fatores que aumentam a possibilidade de ocorrência de paralisia residual ou dis-função neuromuscular na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA):A) força inspiratória > -20 cmH2O.B) relação T4/T1 = 0,9C) temperatura corpórea < 36° CD) capacidade vital entre 10 e 12 mL.kg-1E) redução da concentração plasmática de magnésio

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11. Complicação anestésica mais comumente observada no pós-operatório imediato:A) infarto agudo do miocárdio (IAM)B) náuseas e vômitosC) retenção urináriaD) hipertensãoE) desorientação

12. Em um paciente respirando espontaneamente com FiO2 de 0,28, o indicador mais sensível de hipoventilação é:A) hipertensão arterialB) hipoxemia arterialC) taquicardiaD) taquipneiaE) hipercapnia arterial

13. A hipotermia:A) retarda o despertar da anestesiaB) reduz a duração do bloqueio neuromuscularC) desvia a curva de dissociação de hemoglobina para a direitaD) causa vasodilatação renalE) é revertida pela meperidina

14. Ao avaliar um paciente, na sala de recuperação pós-anestésica, pelo escore de Aldret e Kroulik modificado encontramos: movimentação dos quatro membros, respiração pro-funda, desperto ao ser chamado, pressão arterial com variação de 15% no nível pré-anes-tésico e SpO2 de 93% em ar ambiente. Conduta indicada para este paciente:A) encaminhamento à unidade de terapia intensivaB) aguardar melhora dos critérios para alta da sala de recuperação pós-anestésicaC) alta imediata da sala de recuperação pós-anestésicaD) alta da sala de recuperação pós-anestésica em 90 minutosE) alta hospitalar imediata

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15. Fatores relacionados a náuseas e vômitos pós-operatórios (NVPO):A) gênero feminino, não fumante, história prévia de NVPOB) gênero feminino, 70 anos, cirurgia ortopédicaC) gênero masculino, cinetose, prostatectomia trans-vesicalD) gênero masculino, fumante, história prévia de NVPO

16. Você é chamado para avaliar um paciente na RPA que foi submetido a RTU próstata. Na chegada, você encontra um paciente do sexo masculino de 76 anos, agitado e gritando que ele não consegue ver nada. Seu histórico clínico é importante para tabagismo, hiper-tensão e doença arterial coronária com colocação recente de stent. A causa mais provável do distúrbio visual é:A) Toxicidade do sorbitolB) Cegueira corticalC) Acidente isquêmico transitórioD) Toxicidade da glicinaE) hiperamonemia

17. Você está vendo uma menina de 12 anos acompanhada por sua mãe, no pré-operató-rio, antes de ela ser submetida a uma artroscopia do joelho. Quando você pergunta sobre o histórico familiar de problemas com a anestesia, a mãe da paciente diz que ela tem graves náuseas e vômitos no pós-operatório (NVPO) depois da anestesia geral, e que ela gostaria de saber o quão provável é que sua filha vá ter problemas com isso após sua cirurgia. Você conversa com a paciente e sua mãe sobre NVPO. Qual das seguintes afirmações é verda-deira sobre NVPO em pacientes pediátricos?A) A incidência de NVPO é inversamente relacionada com a idadeB) A NVPO é comum em crianças pequenasC) A incidência de NVPO em adolescentes é menor do que em adultosD) O tipo de cirurgia não afeta a incidência de NVPO em criançasE) O tipo da anestesia usada não afeta a incidência de NVPO em crianças

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18. (TSA-2016) Consideramos como objetivo da recuperação pós-anestésica de Fase I?A) Alimentação do pacienteB) Acompanhamento da micçãoC) Manutenção da ventilação mecânica controladaD) Monitorização de complicações na primeira hora de pós-operatório

19. (TSA-2016) Um centro ambulatorial planeja implementar um protocolo de recupera-ção rápida (fast-track) para artroscopias de joelho sem reconstrução ligamentar. Anestesia venosa total com propofol e remifentanil associada a infiltração intra-articular de ropiva-caína foi então padronizada para este fim e a obtenção de escores ≥ 9 na escala de Aldrete e Kroulik modificada utilizada como parâmetro de alta direto da sala de cirurgia para o quarto. A abolição da fase I de recuperação provavelmente resultará em:A) menores taxas de dor na fase III de recuperaçãoB) maiores taxas de retenção urinária na fase II de recuperaçãoC) maiores taxas de náusea e vômitos na fase II de recuperaçãoD) menores tempos para passagem da fase II à fase III de recuperação

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R E S P O S T A SQuestão 1: Resposta CRespiração espontânea e relação T4/T1 < 0,9 não são garantias de que não haja bloqueio neuromuscular residual. Com Relação de TOF T4/T1 > 0,9 é que temos reflexos protetores competentes. Hipotensão, hipoxemia e acidose aumentam a incidência de Vômitos. Hidratar e fornecer O2 suplementar são medidas eficazes em pacientes com náuseas e vômitos. Após o episódio de vômito deve-se evitar elevar a cabeça do paciente principalmente se estiver sonolento, pois apresença de conteúdo gástrico na orofaringe aumenta a possibilidade de as-piração, sendo indicada posição de cefalodeclive. O uso de bloqueador H2 como a ranitidina não altera o tônus do esfíncter esofagiano inferior.Referência:Fowler MA, Spiess BD – Post Anesthesia Recovery, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK– Clinical Anesthesia 6th Ed, Philadelphia, 2009; 1421-1443.Pires OC, Constantino E – Complicações Respiratórias, em: Cangiani LM, Posso IP, Po-tério GMB, Nogueira CS – Tratado de Anestesiologia, SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Athe-neu,2006;1989-2003.

Questão 2: Resposta CO Escore Modificado de Aldrete apresenta o se-guinte critério (na imagem):Referência:Fowler MA, Spiess BD – Post Anesthesia Re-covery, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia 6th Ed, Philadelphia, 2009; 1427. Grecu LA, Bittner EA, George E – Recovery for the Healthy Patient, em: Longne-cker DE, Brown DL, Newman MF, Zapol WM - Anesthesiology, New York, Mc Graw Hill Me-dical, 2008; 1688- 1699.

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Questão 3: Resposta BO Teste de contratura muscular desencadeado pela cafeína e pelo halotano continua sendo o padrão ouro para confirmação diagnóstica da Hipertemia Maligna. Nenhum outro Teste o substitui com a mesma sensibilidade e especificidade se realizado conforme protocolos ade-quados. Ele deve ser evitado em pacientes em uso de dantrolene, bloqueadores de canal de cálcio e em crianças abaixo de 20kg, pois não tem massa muscular suficiente. ParadaCardíaca inexplicada em paciente sob anestesia geral, principalmente sem rabdomiólise não é indicação para o teste. Em caso de impedimento para realização do teste em paciente que apresentou episódio de hipertermia maligna, é indicação formal realizá-lo em parente de primeiro Nível do paciente.Referência:Simões CM – Hipertemia Maligna, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB, Nogueira CS – Tratado de Anestesiologia, SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1979-1988.Rosenberg H, Brandom BW, Sambughin N – Malignant Hyperthermia and other Inherited Disorders, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia 6th Ed, Philadel-phia, 2009; 598-621.

Questão 4: Resposta DFatores ligados ao paciente (história anterior de NVPO, gênero feminino e não fumante) in-dicam a profilaxia com mais de um medicamento podendo-se usar dexametasona ou drope-ridol, associando-se um antagonista do receptor 5HT3 de serotonina. Nesses casos a Aneste-sia Venosa Total é superior a inalatória. Medidas adicionais como hidratação adequada e uso de acupuntura (Ponto P6) são eficazes. Náuseas e Vômitos pós-operatórios continuam sendo a principal causa de retardo de alta na SRPA e hospitalar em caso de cirurgia ambulatoriais.Referência:Lichtor LJ – Ambulatory Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia 6th Ed, Philadelphia, 2009; 833-846.Grecu LA, Bittner EA, George E – Recovery for the Healthy Patient, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF, Zapol WM - Anesthesiology, New York, Mc Graw Hill Medical, 2008; 1688-1699

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Questão 5: Resposta C

O uso rotineiro do oxímetro de pulso na SRPA possibilita o tratamento imediato da hipoxe--mia. Aldrete em 1992 recomendou a substituição do item cor por saturação da hemoglobi-na. Escala de Aldrete e Kroulik revisada: critérios de alta da SRPA:

Atividade

Movimento voluntário de todas as extremidades 2

Movimento voluntário de duas extremidades apenas 1

Incapacidade de se mover 0

Respiração

Respiração profunda e tosse 2

Dispneia, hipoventilação 1

Apneia 0

Circulação

PA normal ou até 20% menor que no pré-anestésico 2

PA entre 20% e 50% menor que no pré-anestésico 1

PA igual ou menor que 50%do nível pré-anestésico 0

Consciência

Totalmente desperto 2

Desperta quando chamado 1

Não responde 0

Saturação do Oxigênio

Capaz de manter a SaO2 > 92% respirando ar ambiente 2

Necessita suplementação de O2 para manter SaO2 > 92% 1

SaO2 < 90% mesmo com O2 suplementar 0

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Referência:Abrão J - Recuperação Pós-Anestésica,em:Manica J- Anestesiologia Princípios e Técnicas, 3a Ed, Artmed, Porto Alegre,2004;1143.

Questão 6: Resposta EO paciente respirando com cateter de oxigênio para manter saturação maior que 90%, com dispneia e hipoventilação, desperto quando chamado, com movimentos de todas as extremi-dades e pressão menor do que 30% do pré-anestésico, recebe como pontuação: 1, 1, 1, 2 e1 respectivamente na escala de Aldrete e Kroulik modificada.Referência:Abrão J - Recuperação Pós-Anestésica, em: Manica J - Anestesiologia Princípios e Técnicas, 3a Ed, Artmed, Porto Alegre, 2004;1143.

Questão 7: Resposta B

Todo paciente pós-operado, hipovolêmico, deve ser mantido em posição de céfalo-declive (Trendelenburg) e a posição de céfalo-aclive deve ser reservada para os pacientes com dis-função pulmonar. Os pacientes de cirurgia de cavidade oral que têm risco de sangramento ou de vômito devem ser mantidos em decúbito lateral, que além de prevenir obstrução de vias aéreas facilita a drenagem de secreção. A elevação da PaCO2 e acidemia respiratória não necessariamente indicam ventilação inadequada por disfunção patológica pulmonar, poden-do apenas representar uma deficiência da função ventilatória, como aquela que acontece por curarização residual ou queda de língua. Pode ocorrer por anestesia residual, depressão por opioides ou sedativos que bloqueiam a resposta à hipoxemia e hipercarbia. O paciente em recuperação de anestesia geral deve receber suporte de oxigênio com FIO2 de 30 a 40%, pelo risco de desenvolver hipoxemia leve transitória. Entretanto, isto não impede que a hipoxemia ocorra e nem corrige a causa subjacente que levou à hipoxemia. O oxigênio suplementar, portanto, ajuda a prevenir apenas a hipoxemia leve, que é muito comum na recuperação pós-anestésica.

Referência:

Berry, FA – Post anesthesia care, in: Morgan, GE Jr, Mikhail MS, Murray MJ - Clinical Anes-thesiology, 4th Ed, New York, McGraw-Hill, 2006.

Mecca RS – Postoperative recovery, in: Barash PG, Cullen BF, Stoeting RK - Clinical Anes-thesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 1379-1404 (1380).

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Questão 8: Resposta EA Resolução CFM. n 1.802/06: Art.4º após a anestesia, o paciente deve ser removido para a sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) ou para o/a Centro (unidade) de Terapia Intensi-va (CTI), conforme o caso: Enquanto aguarda a remoção, o paciente deverá permanecer no local onde foi realizado o procedimento anestésico, sob orientação do médico anestesiologis-ta; O médico anestesiologista que realizou o procedimento anestésico deverá acompanhar o transporte do paciente para SRPA e ou UTI; A alta da SRPA é de responsabilidade exclusiva do médico anestesiologista.Referência:Prática do Ato Anestésico. Resolução do CFM n 1.802/06 (DOU 1 de novembro de 2006,Sec-ção I, pág.102) Mauro G, Cardoso AR Resoluções do Conselho Federal de Medicina de Interesee para o Anestesiologista, em: Tratado de Anestesiologia - Cangiani LM, Posso IP, Potério GMBP et al, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;50.

Questão 9: Resposta DA escala de Aldrete-Kroulik modificada tem como único diferencial da escala original o fato de que o critério de avaliação de cor da pele (róseo, pálido, cianótico) foi substituído por me-dida da SpO2 (SpO2 > 92% em ar ambiente, SpO2 > 90% com O2 suplementar, SpO2 < 90% com O2 suplementar). Os demais critérios (atividade, respiração, consciência e circulação) permanecem inalterados.Referência:André M P -Estágios da Recuperação da Anestesia Aspectos Clínicos e Critérios de Alta, em: Tratado de Anestesiologia - Cangiani LM, Posso IP, Potério GMBP et al, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1345. Feeley TW, Macario A The Postanesthesia Care Unit, in: Miller, RD - Miller s Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2005; 2709.

Questão 10: Resposta COs bloqueadores neuromusculares (BNM) interferem na mecânica respiratória e a persis-tência do bloqueio neuromuscular na SRPA, também denominada paralisia residual ou dis-função neuromuscular, tem sido descrita com maior frequência com os BNM não despolari-zantes de longa duração. No entanto, mesmo após duas horas de administração de BNM de

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duração intermediária, se não for realizada a reversão, a paralisia residual é comum. A para-lisia residual pode decorrer da excreção inadequada dos BNM, da associação com fármacos que potencializam o BNM (aminoglicosídeos, furosemida e fenitoina), da hipermagnesemia e da hipotermia. As medidas da seqüência de quatro estímulos (TOF), da capacidade vital e da força inspiratória contribuem para a avaliação do padrão respiratório dos pacientes que estão respirando espontaneamente. A relação do TOF (T4/T1) deve ser maior que 0,8, a capacidade vital deve estar entre 10 e 12 mL.kg-1 e a força inspiratória deve ser superior a -20cmH2O.Referência:André M P -Estágios da Recuperação da Anestesia Aspectos Clínicos e Critérios de Alta, em: Tratado de Anestesiologia - Cangiani LM, Posso IP, Potério GMBP et al, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1355-1358. Feeley TW, Macario A The Postanesthesia Care Unit, in: Miller, RD - Miller s Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2005; 2715. Mecca RS Postoperative Recovery, in: Barash PG,Cullen BF, Stoelting RK- Clinical Anesthe-sia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;1390-1391.

Questão 11: Resposta BA incidência de náuseas e vômitos chegou a atingir 75 a 80%, quando as anestesias eram realizadas com fármacos potencialmente eméticos, como o éter. Atualmente a incidência diminuiu para cerca de 20 a 30%, com novas técnicas anestésicas associadas a fármacos com menor potencial emético. Num estudo de 18473 casos de admissões na SRPA, encontrou- se uma incidência de complicações na SRPA de 24%. A complicação mais comum foi náuseas e vômitos com 9,8%, seguida de necessidade de suporte de vias aéreas (6,9%), hipotensão (2,7%), arritmias (1,4%), hipertensão (1,1%), alteração do estado mental (0,6%), IAM (0,3%) e eventos cardíacos maiores (0,3%).Referências:Feeley TW, Macario A-The postanesthesia care unit, In: Miller, RD- Miller’s Anesthesia, 6th Ed. Philadelphia, Elsevier, 2005; 2710. Abreu MP – Controle de Náuseas e Vômitos-antieméticos, in Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB, Nogueira CS – Tratado de Anestesiologia- SAESP, 6ª Edição, São Paulo, Editora Athe-neu, 2006; 1361. Mecca R- Postoperative Recovery, in Barash PG,Cullen BF,Stoelting RK- Clinical Anesthe-sia,5th Ed. Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 1379-1404.

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Questão 12: Resposta EEmbora a hipoventilação possa ser acompanhada de hipertensão, taquicardia e hipoxemia, o padrão ouro para o diagnóstico é o aumento da PaCO2 arterial. A bradipneia associada ao uso de opioides, é causa frequente de hipoventilação na sala de recuperação pós-anestésica.Referência:Feeley TW, Macario A.-The postanesthesia care unit, In: Miller, RD- Miller’s Anesthesia, 6th Ed. Philadelphia, Elsevier, 2005; 2715 Mecca RS- Postoperative recovery in: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK- Clinical Anesthe-sia,5th Ed. Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia, 2006; 1388-9

Questão 13: Resposta AA hipotermia perioperatória, complica a recuperação pós- anestésica, pois causa retardo no despertar da anestesia, aumenta a duração do bloqueio neuromuscular, desvia a curva de dissociação da hemoglobina para a esquerda e promove vasoconstrição periférica, entre ou-tros efeitos. A hipotermia deve ser prevenida e tratada por métodos de aquecimento ativo. Fármacos como a meperidina e a clonidina atenuam calafrios, mas não tratam hipotermia.Referências:Mecca RS- Postoperative recovery, in: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK- Clinical Anesth sia,5th Ed. Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 1400Sessler DI- Temperature monitoring, in: Miller RD – Miller’s Anesthesia, 6th Ed, Philadel-phia, Elsevier, 2005: 1581-3Mauro G, Cardoso AR- Cuidados na recuperação pós-anestésica- in: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB, Nogueira CS – Tratado de Anestesiologia- SAESP, 6ª Edição, São Paulo, Editora Atheneu, 2006; 1358

Questão 14: Resposta CA tabela de Aldrete-Kroulik modificada um paciente: movimentando os quatro membros atribui-se 2 pontos; apresentando respiração profunda, 2 pontos; desperto ao ser chamado, 1 ponto; com pressão arterial com variação de até 20% do nível pré-anestésico, 2 pontos e; SpO2 = 92%, 2 pontos, totalizando 9 pontos, o que confere segurança na alta do paciente da sala de recuperação pós-anestésica.Referência:

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Porto A – Estágios de recuperação da anestesia – aspectos clínicos e critérios de alta, in: Can-giani LM, Posso IP, Potério GMB, Nogueira CS – Tratado de Anestesiologia, 6ª Ed, São Paulo, Editora Atheneu, 2006;1343-1349

Questão 15: Resposta ASão características dos pacientes com alto risco de NVPO: gênero feminino, não fumante, com história prévia de náuseas e vômitos pós-operatórios ou por movimentação e cirurgia intracavitárias.Referência:Abreu MP – Controle de náuseas e vômitos – antieméticos, in: Cangiani LM, Posso IP, Po-tério GMB, Nogueira CS – Tratado de Anestesiologia, 6ª Ed, São Paulo, Editora Atheneu, 2006;1361-1372.Grecu L, Bittner EA, George E – Recovery of the healthy patient, in: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF, Zapol WM – Anesthesiology – McGraw Hill Medical, 2008;1688-1699.Mecca RS – Postoperative recovery, in: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anes-thesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;1379-1404.

Questão 16: Resposta DFluidos de irrigação com glicina são muitas vezes utilizados na RTU próstata. O aminoácido é um neurotransmissor inibitório no córtex e na retina, e é muito provavelmente o agente causador da cegueira nos pós-operatório e convulsões em alguns pacientes de RTU próstata. Os pacientes apresentam reflexos pupilares que são muitas vezes lentos ou ausentes, ao con-trário da cegueira cortical, em que os reflexos são mantidos. Isto sugere que o mecanismo da cegueira nestes pacientes seja a inibição direta da transmissão potencial da retina. A cegueira se resolve com a diminuição da concentração sanguínea de glicina. A cegueira é bilateral, ao contrário do ataque isquêmico transitório, em que as perturbações visuais são mais comu-mente unilaterais. Concentrações elevadas de amônia, um subproduto do metabolismo da glicina, provocam sintomas de letargia, fraqueza muscular e encefalopatia. A absorção de sorbitol pode resultar do desenvolvimento de hiperglicemia e acidose láctica relacionadas com metabolismo do sorbitol.Referência:Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 895, 1140,2526.

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Questão 17: Resposta AA incidência de NVPO é inversamente relacionada com a idade. Ela não é comum em crian-ças muito jovens, então ela aumenta ao longo da infância, e em adolescentes, a incidência é 1maior do que em adultos. Determinadas cirurgias têm uma maior incidência de NVPO, incluindo tonsilectomia, reparo do estrabismo, correção de hérnia, orquidopexia, reparo de orelhas e procedimentos de orelha média. O tipo de anestesia influencia a incidência da NVPO. Por exemplo, demonstrou-se que a anestesia venosa com propofol, quando utilizada em procedimentos com elevada incidência de NVPO, resulta em uma incidência muito me-nor de NVPO do que a anestesia com base em isoflurano.Referência:Coté CJ, Lerman J, Todres ID, eds. Practice of Anesthesia for Infants and Children, 4th ed.Philadelphia: W.B. Saunders Co., 2008. 1017-8.

Questão 18: Resposta DNa Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), o paciente é observado sob monitorização clínica e instrumental. É nessa fase que a dor pós-operatória, a ocorrência de náuseas e vô-mitos, de calafrios, de retenção urinária e de sangramentos anormais adquirem um papel fundamental, porque seu tratamento implica maior conforto e segurança para o paciente.Referência:Dorre N. The Postoperative Care Unit, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, et al. Miller’sAnesthesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone, 2010; 2707-28.

Questão 19: Resposta CO alta direto da sala cirúrgica para o leito ambulatorial elimina o período inicial da hora de recuperação pós-anestésica na sala de RPA, onde o paciente é observado clinicamente e sob monitorização instrumental. É nessa fase que a dor pós-operatória, a ocorrência de náuseas e vômitos, de calafrios, de retenção urinária e sangramentos anormais ocorrem com mais frequência.Referência:Dorre N. The Postoperative Care Unit, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, et al. Miller’s Anesthesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone, 2010; 2707-28.

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