12/05/2012 - saÚde jornal semanário

12
& aúde Beleza S EDUARDO VANASSI OLHAR MATERNO Sábado, 12 de maio de 2012 Contato entre mãe e filho interfere diretamente na formação da personalidade infantil. Páginas 6 e 7

Upload: jornal-semanario

Post on 23-Mar-2016

226 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

Jornal Semanário - Edição 2822 – 12/05/2012 - Bento Gonçalves

TRANSCRIPT

Page 1: 12/05/2012 - SAÚDE Jornal Semanário

&aúde BelezaSEDUARDO VANASSI

OLHAR MATERNO

Sábado, 12 de maio de 2012

Contato entre mãe e filho interfere diretamente na formação da personalidade infantil.

Páginas 6 e 7

Page 2: 12/05/2012 - SAÚDE Jornal Semanário

EspecialidadeCRM - XXXX

Diagramação: Noeli [email protected]ção: Jussara Konrad

Caderno

Este caderno faz parte da ediçãode sábado, 12 maio de 2012,do Jornal Semanário

SEDEWolsir A. Antonini, 451 - Bairro FenavinhoBento Gonçalves, RS54. 3455.4500

Direção: Henrique Alfredo [email protected]

&aúde BelezaS

Sábado, 12 de maio de 20122 &aúde BelezaS

O médico Sérgio Toldo Macha-do, Clínico Geral e especialista em obesidade, afirma que a doença vem trazendo um índice significa-tivo de mortalidade.

Segundo ele, os principais fato-res que desencadeiam a obesidade são: uma dieta rica em gorduras e o sedentarismo. O obeso é aquele que tem excesso de gordura em seu organismo. Para obtermos um diagnóstico preciso sobre a existência da obesidade basta adotarmos o critério do índice de massa corporal, que é defi-nido como peso, dividido pela altura ao quadrado, sendo que a massa corporal abaixo de 25, é considerado normal; de 25 a 30 sobrepeso; de 31 a 40 obeso e aci-ma de 40 obesidade mórbida. Já está comprovado que a obesidade compromete seriamente a saúde e diminui a qualidade de vida de seus portadores, pois contribui para o agravamento de todas as principais patologias do cora-ção: doença arterial, coronária, hipertensão arterial, aumento do colesterol e triglicérides e insufici-ência cardíaca e congestiva. Ainda segundo o Dr. Machado, a doen-ça arterial (infarto, angina, morte súbita), seguramente é a primeira

A relação entre a obesidade e as doenças do coração

causa de morte no mundo e está intimamente ligada a obesidade.

Os obesos com maiores riscos que adquirem essa doença, obe-decem um biótipo caracterizado pela distribuição de gordura pelo corpo, a chamada obesidade vis-ceral. Outra doença que deve procurar o obeso é a hipertensão arterial, definida como pressão elevada e sustentada.

Assim sendo, os principais efeitos da obesidade no sistema cardiovascular devem ser consi-derados fatores importantes para

o agravamento da doença e estão associados a hipertensão arterial, dislipidemia, stress, vida sedentá-ria, intolerância e glicose, diabetes e fumo. É preciso que haja uma maior conscientização, tanto na mídia, como dos fabricantes de alimentos, e ainda do meio mé-dico, de que, a obesidade é uma doença grave que pode ser trata-da por todos os envolvidos com a saúde e bem estar social.

Dr. Sergio Toldo Machado

REPRODUÇÃO

Page 3: 12/05/2012 - SAÚDE Jornal Semanário

EspecialidadeCRM - XXXX

Sábado, 12 de maio de 2012 3&aúde BelezaS

A importância de cuidar da autoestima também é questão de saúde e importante para a qualidade do leite materno

Dr Cezar de MouraCremers: 22547

Entenda que barriga não acontece somente por acú-mulo de gordura, havendo sempre a participação da pele e de músculos alterados. Este é o caso, especialmente, de barria pós- gravidez, a qual ainda pode apresentar estrias.

Durante a gravidez, o ga-nho de volume da barriga que carrega o bebê gera uma projeção anterior do centro de gravidade da mulher, o que pode envolver uma fle-xão anterior dos ossos da pelve com acentuação da lordose lombar, projetando a barriga para frente. Após o nascimento, a presença de afrouxamento dos múscu-los abdominais, associado a encurtamento dos músculos relacionados com a flexão anterior da pelve e lordose lombar mais acentuada, fa-zem com que a mulher man-tenha boa parte da projeção da barriga, o que ainda é favorecido pelo acúmulo de gordura local.

As estrias, por vezes pre-sente, podem ser amenizadas pela própria lipomodulação sem cortes da barriga, pois es-tes tratamentos não cirúrgicos buscam a melhoria da pele e músculos, associada à redução da gordura localizada.

Se a alteração da barriga se restringe somente ao acú-mulo de gordura, ou mes-mo a estrias, o tratamento

Pós gravidez: tratamentos sem cortes

pode ser a “lipo sem cortes e sem cicatriz”, tratamento que busca reduzir a gordu-ra local, bem como recu-perar a vitalidade da pele. Em ambas as situações, os resultados não demoram a aparecer, podendo ser visto sessão após sessão, permi-tindo a você também opinar sobre como quer ver seu de-senho corporal, de modo a melhorar o caimento de suas roupas.

Quando se fala em alteração estética pós-gravidez, pensa-mos logo na barriga, porém outras alterações também apa-recem, tais como o ganho de volume em flancos, piora da alteração em culote e aumen-to do quadril como um todo. Estas alterações também po-dem ser tratadas sem cirurgia, quer seja pela “lipo sem cor-tes e sem cicatriz” como pela “lipomodulação sem cortes e sem cicatriz”.

A face após a gravidez também pode ser afetada por manchas, as quais po-dem ser tratadas mesmo no verão, sem os riscos da ex-posição ao sol. Nestes casos, durante o tratamento, o cui-dado com o sol deve ser o mesmo que você tem de ter caso não faça nenhum trata-mento, pois estes tratamen-tos induzem recuperação da pele, sem que tenhamos o objetivo de lesá-la com áci-dos ou laser. No caso dos tratamentos faciais, além das manchas também podes aproveitar o tratamento para recuperar relação de medi-das da face, embelezando--a. O resultado destes trata-mentos faciais será uma pele

mais lisa, com mais brilho e melhor hidratação com me-nos rugas e sulcos, indepen-dente de cremes, bem como uma coloração mais unifor-me, com menos manchas es-curas e menos manchas rela-cionadas a vasos.

Em relação ao fato de ain-da estar amamentando, saiba que isto não é problema para nenhum destes tratamentos sem corte, pois estes trata-mentos não envolvem o uso de medicamentos e nada de produtos artificiais, o alvo do tratamento é recuperação tecidual de forma natural, fazendo com que o seu cor-po participe do processo de recuperação. Como o trata-mento é realizado a base de tecnologia e sem produtos artificiais, a qualidade do seu leite não se altera e, por isso, esses tratamentos podem ser feitos mesmo durante a ama-mentação.

Após o nascimento do bebê a importância de cui-dar da auto-estima também é uma questão de saúde e importante para a qualida-de do leite da amamentação,

e o melhor é saber que isto também pode ser feito sem cortes, sem cicatrizes e sem lhe afastar do trabalho.

Mais informações pelo fone: 3055.2510.

REPRODUÇÃO

Page 4: 12/05/2012 - SAÚDE Jornal Semanário

Sábado, 12 de maio de 20124 &aúde BelezaS

EspecialidadeCRM - XXXX

A risada é uma das poucas coisas que é tão boa pra nós quanto parece. O bom nisso é que os seres humanos co-meçam a rir cedo – com dois a três meses de vida. Quando crianças, rimos mais de 400 vezes por dia; quando adultos, rimos apenas 15. As pesso-as riem antes de contar uma história engraçada. Riem para incentivar quem está falando. Ou quando se encontram em situações engraçadas. A per-gunta que muitos fazem é: o que provoca o riso? Ou, o que ocorre quando vemos algo divertido? A resposta é dada pelos cientistas: quando ouvi-mos uma piada, por exemplo, o lado esquerdo do cérebro entra em ação analisando-a. o lado direito cerebral começa a trabalhar para encontrar algum padrão na piada. Essa ativida-de se espalha para uma área as-

Sorrir faz bem à saúde e eleva a autoestima

sociada com o processamento das informações que chegam de nossos órgãos sensoriais. Ondas cerebrais do tipo “del-ta” se formam. No eletroen-

cefalograma, exame que mede a atividade cerebral, uma onda “surpresa” surge no momento que o cérebro entende a piada e a risada então começa.

Qual a idade para operar o nariz? Durante muito tempo manteve-se o conceito equi-vocado de que a cirurgia nasal só poderia ser feita após ces-sar o crescimento do nariz (16 anos na mulher e 18 anos no homem), pelo risco de causar crescimento anormal no nariz.

Este conceito mudou radi-calmente nos últimos anos. Esperar até a idade adulta para corrigir uma deformidade no nariz pode significar deformi-dades severas na face e arcada dentária, que poderiam ser evi-tadas com cirurgia precoce no nariz para evitar a respiração pela boca.

A respiração bucal é preju-dicial, pois leva a deformação do palato (céu da boca), di-minuição dos espaços dentá-rios, disfunção da articulação temporo mandibular, com dor que se reflete para os ouvidos, dificuldade para abrir a boca e mastigar, além de facilitar a cá-rie dentária.

Saiba a idade correta para a cirurgia nasal na criança

O tratamento destas afec-ções é na maioria das vezes difícil e oneroso.

A idade adequada para ope-rar o nariz, a nosso conselho, é a partir dos sete anos, quan-do as adenoides atingem o seu maior volume e os fenômenos alérgicos se manifestam com mais intensidade, contribuin-do ainda mais para uma pior respiração.

Dr. Gilberto L. de Mesquita

O que é um septo desviado?

Septo é uma parede que divide duas cavidades. O septo nasal divide o nariz em duas fossas nasais (direita e esquerda). Chamamos de septo desviado aquele que tem um formato anormal podendo causar problemas na respiração.

REPR

OD

UÇÃ

O

Page 5: 12/05/2012 - SAÚDE Jornal Semanário

REPRODUÇÃO

REPR

OD

UÇÃ

O

Sábado,12 de maio de 2012 5

O iogurte supre o organismo dos mesmos elementos que fazem do leite um dos melho-res alimentos, fornecendo-os, contudo, sob formas que são mais facilmente absorvidas. Durante a preparação do io-gurte, o açúcar do leite trans-forma-se parcialmente em áci-do láctico. O cálcio, o fósforo e outros minerais presentes no leite dissolvem-se no ácido láctico e tornam-se absorvíveis mais facilmente. As bactérias que produzem o iogurte fa-bricam também enzimas que desdobram as moléculas de proteína do leite, que passam a ser melhor assimiladas.

Em cada colher de iogurte estão milhões de bactérias úteis que no organismo continuam

Milhões de bactérias em uma única colhera se multiplicar. O iogurte a se multiplicar. O iogurte permite a normalização permite a normalização do conteúdo ácido do conteúdo ácido do estômago, do estômago, isto é, age sobre a so-lução dos m i n e r a i s p r e s e n t e s nos alimen-tos e sobre vitaminas B e C, fazendo e C, fazendo com que se-jam devidamente utilizadas pelo organismo. As enzimas originadas pelas bactérias pro-dutoras do iogurte têm ação sobre as proteínas de todos os alimentos ingeridos. Isto faz com que as pessoas que sofrem de fermentações intestinais,

Com o inverno se aproxi-mando os resfriados, gripes, rinites, sinusites e outras do-enças típicas da estação come-çam a aparecer. Pensando em reforçar a imunidade de seus clientes, a Mundo Natural ofe-rece alguns produtos indispen-sáveis nessa época: Cogumelo do Soll, Própolis e Geléia Real.

O Cogumelo do Soll estimu-la o sistema imunológico, pro-movendo um mecanismo de defesa natural contra agentes infecciosos, incluindo o cân-cer. É um alimento saudável, com bom valor nutricional, que ajuda a prevenir doenças e possui alto teor de fibras. O Cogumelo do Soll é comercia-lizado em cápsulas.

A Própolis é um produto 100% nаturаl, sem quаlquer toxіcіdаde. Possui vitaminas, minerais, ácidos fenóicos, fla-vonóides e também estimula a produção de anticorpos. Atua contra a sinusite, rinite e outras doenças, ajudando a descon-gestionar as vias respiratórias. O produto vem em cápsulas, gotas ou spray para a garganta.

A Geléia Real é um alimento que melhora o funcionamento das células, atua no rejuvenes-cimento e possui propriedades

Reforce sua imunidade com produtos naturais

antioxidantes, além de aumen-tar a imunidade. É comerciali-zado em comprimidos, cápsu-las e in natura.

Conforme a proprietária da Mundo Natural, Naiane Gallina, estes produtos são na-turais e não possuem contra--indicação. “Eles podem ser utilizados em conjunto com o tratamento farmacológico sem nenhum problema”, explica.

Além disso, a Mundo Natural dispõe de outros produtos para o inverno, como xaropes, balas de gengibre, pólen e própolis, e mel. A loja também trabalha com produtos sem açúcar, sem glúten, sem lactose, diet, light, integrais, chia e óleo de coco. Endereço: Rua General Osório, 170, próximo ao Colégio Media-neira. Telefone: 3454.7407. Fa-cebook.com/lojamundonatural.

&aúde BelezaS

formação de gases, colite, etc, melhorem consideravelmente com o uso diário de iogurte. O iogurte também ajuda no trata-mento da úlcera do estômago e do duodeno, gastrite, diarreia e disenteria, tanto nas crianças como nos adultos.

Page 6: 12/05/2012 - SAÚDE Jornal Semanário

Sábado, 12 de maio de 20126 &aúde BelezaS

Olhar para o bebê é alimentar, pegar, acariciar, estar presente, conversar, demonstrar atenção, compreensão, poder repreender, dar limites, acolher, valorizar, suprir, respeitar e amar

Olhar: palavra conhecida e experimentada de forma tão rotineira em nossas vi-das. Quantas vezes paramos para pensar na importân-cia deste gesto tão simples. Como é bom olhar para as pessoas. Como é bem pode ser olhado. Quem não gosta de ser admirado, acolhido, observado com afeto, com interesse?

De onde vem este senti-mento de auto-estima que nos deixa envaidecidos, que mexe com nosso emocio-nal e nosso coração sorrir, quando somos olhados?

Olhar: “Fitar os olhos ou a vista em, mirar. Aten-tar ou reparar em: zelar por; proteger; ... ver-se; encarar--se; ação ou modo de olhar.” (Aurélio Buarque de Holan-da Ferreira)

Olhar: “..., sustentar, conter, dar suporte, para que entendendo as necessi-dades específicas do filho e atendê-las de modo mais adequado, usando para isso de sua empatia... e intuição inconscientes...” (Mello Fi-lho, 1989:33)

Para estes autores, me parece bem amplo o signifi-cado do verbo olhar. E para mim é bem amplo o resulta-do da aplicação deste verbo na prática de nossas vidas.

Olhar e ser olhado é um gesto que nos acompa-nha desde o nascimento. Desde essa etapa da vida, quando somos olhados, admirados, observados por nossa mãe, já estamos experenciando nossas pri-meiras relações com ela, conosco e com o mundo. (Refiro-me a mãe biológi-ca ou não)

O olhar materno interfere diretamente na formação da personalidade da criança

Vínculo

Este primeiro olhar, pri-meiro vínculo, interfere dire-tamente na formação da per-sonalidade e, já sabemos hoje, é capaz de transformar células nos bebês. Observando a mãe e seu bebê, células nos be-bês. Observando a mãe e seu bebê, quando estão

em contato íntimo de troca de olhares, nos faz perceber o encantamento, o magnetismo e o envolvimento profundo dos dois.

Se já, nesta época, formos olhados e

observados com amor, temos maior chance de desenvolver melhor nossa capacidade de

amar e a nossa criatividade. Amar a nós mesmos, amar o nosso trabalho, nosso compa-nheiro, nossos amigos, nossos filhos, nossa vida. Amar e nos cuidar. Cuidar do que fazemos. Acreditar no que podemos construir e poder preservar o que criamos e conquistamos.

Um olhar atento de ob-servação traz consigo mais do que o simples ato de olhar para dentro dos olhos do outro. Traz

consigo o gesto de observar, olhar nossos atos, nossos

gostos, nossos desgos-tos, nossas alegrias,

nossas tris-t e z a s ,

nossos desejos

e de

RETRATU’S

Page 7: 12/05/2012 - SAÚDE Jornal Semanário

Sábado, 12 de maio de 2012 7&aúde BelezaS

Olhar para o bebê é alimentar, pegar, acariciar, estar presente, conversar, demonstrar atenção, compreensão, poder repreender, dar limites, acolher, valorizar, suprir, respeitar e amar

O olhar materno interfere diretamente na formação da personalidade da criança

nos compreender.Que valor poderíamos dar

às coisas, à vida, se não tivésse-mos sido valorizados, amados, com o olhar de nossa mãe. Se olharmos para o outro sem amor, teremos mais chance de passar desinteresse, falta de ad-miração e compreensão.

O que se tem percebido é que um bebê quando percebe que está olhando, procura exibir--se, mostrar-se, mostrar as graci-nhas que aprende, sorrir, enfim, mostrar o que tem de melhor. E também, por que não, mostrar o que não tem de melhor.

Se ele é olhado com desin-teresse, não se considera inte-ressante e tem maior chance de adoecer e se deprimir. Olhar para o bebê é alimentar (sem superalimentar), pegar, acari-ciar, estar presente, conversar, demonstrar atenção, compre-ensão, poder repreender, dar limites, acolher, valorizar, su-prir, respeitar e amar.

Se pararmos para pen-sar, podemos perceber que

o mesmo acontece conosco, adultos. Se nos sentimos ama-dos, nos sentimos capazes de amar. Nós, adultos, repetimos o eu vivenciamos enquanto bebês e podemos elaborar ou não em nossa infância. Repe-timos sentimentos saudáveis e não tão saudáveis.

Pensando agora em psico-terapia, pode-se perceber que, dentre outros motivos, os pa-cientes nos procuram para que sejam olhados e aprendam a se olhar. Acontece que, muitas vezes, quando ainda bebês, tive-mos esse olhar mas, por algum motivo, nós não conseguimos perceber todo o amor que nos foi passado. Ou se realmente não tivemos esse olhar.

Em qualquer dessas situa-ções, será vivenciado como um

olhar de desinteresse e não po-dendo superar isso em outras experiências de nossas vidas, teremos mais chances de de-senvolver conflitos. Para tentar superar, elaborar estes confli-tos, procuramos a psicoterapia.

Nós, terapeutas, funcio-namos, inicialmente, como uma mãe nas primeiras fa-ses do desenvolvimento do bebê. E aí que o olhar ma-terno se assemelha ao olhar terapêutico. Com nossa empatia, somos a mãe que acolhe, olha por seus filhos, mas também deixa ele cres-cer, descobrir suas verdades, olhando para eles e ajudan-do-os a olhar para dentro de sei e para o mundo.

Depois, acompanhamo-os em suas descobertas e condu-zimo-os, em seu auto-reconhe-cimento, à elaboração de seus conflitos, até que, assim como a mãe deixa seu filho caminhar sozinho, buscamos sua indepen-dência e felicidade, ajudando-os e acompanhando-os a um de-senvolvimento mais autônomo.

Se conseguirmos olhar mais para nós mesmos e para os outros com amor, estare-mos melhorando nossa quali-dade de vida, teremos menos rancores, seremos mais com-preensivos e nos sentiremos mais capazes de amar e ser amado, estaremos sendo mais criativos e produtivos.

Marilce Couto Roloff, psi-cóloga

FOTO PAVAN

As mamães das fotos:- Na capa: A mamãe Fabíola recebendo todo o carinho da filha. - O gatinho Jean enchendo a mamãe Joice de mimos.- A pequena Bruna Eduarda é a alegria da mamãe Jaqueline.

Page 8: 12/05/2012 - SAÚDE Jornal Semanário

Sábado, 12 de maio de 20128 &aúde BelezaS

Pressão arterial elevada pode ser uma herança genética; mas, mesmo nesses casos, pode ser controlada

Os cuidados que todos de-vemos ter para evitar ou pre-venir a hipertensão arterial

“Hipertensão – tensão (nervosa ou sanguínea) ex-cessiva”. “Arterial – concer-nente às artérias; arterioso”.

Estas são as definições do Dicionário Aurélio para estas palavras que, juntas – hiper-tensão arterial – vêm a cons-tituir-se num dos grandes males que atingem o coração.

A hipertensão arterial pode ser uma herança genética, quer dizer, a pessoa vem a contrair mais cedo ou mais tarde e pronto. No entanto, até nesses casos, ela pode ser controlada, amenizada, de maneira que a pessoa não precise ser tratada como “paciente”, e levar uma vida normal, desde que, claro, siga umas dicas de bem-vi-ver, aliás, necessárias para todos os indivíduos, diga-se de passagem.

Nunca esquecendo que nas pessoas obesas o risco de ocorrer problemas cardio-vasculares é aumentado em até oito vezes, ao contrário de quem tem normal o seu padrão de pressão arterial.

Quando a pessoa sofre de hipertensão arterial, ela não deve exagerar em alimentos salgados, e aí vai um dado curioso (e alarmante): o gaú-

Os cuidados para prevenir a hipertensão

cho utiliza o sal em sua ali-mentação em grande quanti-dade, o que faz com que 40 por cento da população do Estado esteja sujeita a con-trair o mal. Até porque sal em demasia faz com que se retenha líquidos, o que ajuda a aumentar a pressão. Segun-do a Organização Mundial de Saúde (OMS), é considerada uma pressão normal aquela que fica nos limites de 14 por 9 até 16 por 9,5, passando disso, é necessário estar-se atento e prevenir-se contra todos os “inimigos”.

Prevenção

• Evitar bebidas alcoólicas;• Emagrecer;• Evitar sal em excesso;• Praticar exercícios físicos

regularmente, mas sempre com acompanhamento médico;

• Se não der para evitar, pelo menos controlar o es-tresse;

• O fumo é fator de risco para complicações cardiovas-culares; portanto, parar de fumar é uma medida mais do que acertada;

• Visitar regularmente o médico;

• Pílula anticoncepcional, moderador de apetite, cor-tisona e remédios contra o reumatismo podem aumen-

tar a pressão; então, se a pes-soa tiver que usá-los, que seja com cuidado;

• Dar preferência aos ali-mentos de origem vegetal, evitando assim as gorduras;

• Evitar conservas industria-lizadas, caldos concentrados, salgadinhos e semelhantes;

• Evitar molhos condimen-tados, ketchup, mostarda, en-tão, o gostoso fast-food, em se tratando de cheesburger, cachorro-quente e asseme-lhados, deve ser consumido com toda a moderação;

• Ainda, nunca é demais in-sistir: deve-se reduzir a pelo menos um terço o consumo de sal nos alimentos e, se possível, eliminá-lo da cozi-nha, partindo para o uso de especiarias igualmente sabo-rosas, como o vinagre ou o vinho, o limão, as ervas.

As notícias da sua região ao alcance

do mouse

www.jornalsemanario.www.jornalsemanario.www.jornalsemanario.com.brcom.brcom.br

REPRODUÇÃO

Diagnóstico evita riscos

O diagnóstico da hipertensão geralmente é feito a partir de um aparelho chamado de esfignomanômetro. Se não diagnosticada rapidamente, essa doença pode trazer sérios prejuízos como: - AVC (acidente vascular cerebral), também conhecido como derrame;- Ataque cardíaco;- Insuficiência cardíaca;- Insuficiência renal;- Impotência;- Problemas na vista;- Arteriosclerose.As pessoas que sofrem de casos mais graves de hipertensão têm sintomas mais claros quando a pressão se eleva demasiadamente, como dores no peito, dores de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada, palpitações e sangramento nasal.

Page 9: 12/05/2012 - SAÚDE Jornal Semanário

REPRODUÇÃO

Sábado, 12 de maio de 2012 9&aúde BelezaS

EspecialidadeCRM - XXXX Diagnóstico precoce e repetição de exames são fundamentais para que a recuperação tenha sucesso

Conheça os traumatismos abdominais

Cada vez mais frequentes os traumatismos abdomi-nais, (facada, tiro, acidentes de moto ou carro, etc), pro-vocam lesões de gravida-de variada, criando enorme problema e responsabilidade para o cirurgião de Pronto Socorro. Há necessidade de diagnóstico precoce e re-petição de todos os exames pouco tempo depois se sub-sistirem dúvidas, além de observação em regime de internação. Por outro lado não se deve medicar sem diagnóstico, pois sedativos podem mascarar a sintoma-tologia indicadora da evolu-ção do processo.

Os traumatismos abdo-minais são divididos em ferimentos e confusões, dependendo de o agente vul-nerante ter ou não produzi-do solução de continuidade na parede abdominal.

Contusões abdominais

Nas contusões abdomi-nais, o agente traumático não produz abertura da pele, mas poderá produzir lesão nos outros constituintes da parede ou ocasionar lesão em órgãos intra-abdominais, quer estejam dentro ou fora da cavidade peritoneal. Na

dependência do tempo de ação do agente vulnerante e estado de tensão muscular da parede abdominal pode-rá haver lesão só da parede sem alterações do conteúdo e vice-versa. Por outro lado lesões instantâneas como golpe de uma barra, coice de animais, socos, projeção do abdômen sobre o volante de um veículo, etc, podem pro-duzir menores alterações do que ações mais demoradas como pressão sobre o abdo-me ocasionada por uma roda de veículo ou um desmoro-namento.

As explosões, pelo deslo-camento repentino e intenso de ar, podem produzir tam-bém lesões internas, eletiva-mente nas vísceras de con-teúdo gasoso, como as do tubo digestivo.

As contusões que penas produzem alterações na pa-rede abdominal ocasionam rotura de fibras musculares e de vasos superficiais, com aparecimento de equimoses dolorosos, ou rotura de va-sos calibrosos, com produ-ção de hematomas. A lesão do conteúdo abdominal em seus elementos nervosos provocará dor se a lesão atingir os filetes sensitivos; colapso circulatório, com perda dos sentidos se o sis-

tema nervoso simpático for atingido momentaneamente; choque neurogênico e morte se ocorrer compressão vio-lenta do plexo celíaco como, com alguma frequência, se observa entre pugilistas ou quando trabalhadores rurais são atingidos, na região epi-gástrica, (boca do estôma-go), por coices de animais.

As lesões dos vasos intra--abdominais, produzidas por compressões, somente ocor-rem naquelas demoradas, em que há achatamento e rotura com hemorragia. As lesões dos órgãos intracavitários podem causar hemorragias de maior ou menor gravi-dade, conforme haja apenas lesão da cápsula ou roturas também do parênquima, como acontece no baço, no fígado ou no rim. As gran-des hemorragias intra ou retroperitoneais produzirão sintomatologia relacionada com as varações das condi-ções hemodinâmicas e locais. As lesões dos órgãos cavitá-rios estarão também na de-pendência do seu estado de vacuidade ou de enchimento no momento do traumatis-mo. Quando vazios, a com-pressão e esmagamento po-dem apenas produzir lesões circulatórias da parede, que evoluirão em dias e a “rotura

em dois tempos” ocorrerá: a sintomatologia local de le-são peritoneal aparecerá dias após o traumatismo. Quando a víscera oca estiver em esta-do de repleção no momento do traumatismo, haverá ro-tura completa ou incomple-ta e lançamento abrupto do

seu conteúdo na cavidade peritoneal, provocando sin-tomatologia abdominal ime-diata, com desaparecimento da macicez hepática e dor à palpação abdominal e pela manobra de descompressão.

Dr. Ivon de Macedo Andreoli

Page 10: 12/05/2012 - SAÚDE Jornal Semanário

REPRODUÇÃO

EspecialidadeCRM - XXXX

Sábado, 12 de maio de 201210 &aúde BelezaS

Catarata é uma zona opaca na lente (cristalino) normal-mente transparente do olho. Com o espessamento desta opacidade, os raios lumino-sos são impedidos de passar através do cristalino e focar na retina, o tecido sensitivo que atapeta o fundo do olho. O cristalino fica situado atrás da Íris, a porção colorida, e da pupila, o centro escuro, su-portado por finos ligamentos aderidos à suas cápsulas.

O cristalino se divide em: cápsula, córtex e núcleo. Se imaginarmos uma fruta como por exemplo um aba-cate, temos a casca, a polpa e a semente em equivalência às partes da lente.

Existem, portanto, três ti-pos de catarata relacionados a cada uma das partes:

1. Catarata nuclear: co-mum na senilidade e res-ponsável por uma transitória melhora da visão de perto ( Miopização) em seu início.

2. Catarata cortical: muito comum em diabéticos e de lenta evolução.

3. Catarata subcapsular: encontrada em diabéticos, alta miopia, retinite pigmen-tar e uso prolongado de es-teroides.

Conheça os sintomas e os tipos de catarata

Sintomas

Se você tem uma catarata, poderá experimentar alguns dos seguintes sintomas:

1. Embaçamento não doloro-so ou diminuição da visão;

2. Fotofobia e ofuscamen-to quando exposto à luz so-lar ou dirigir à noite;

3. Miopização progressiva, provocando constantes tro-cas de óculos;

4. Imagem fantasma em um ou ambos os olhos.

Fatores de risco

1. Diabetes: embora haja divergência sobre seu real papel, cada vez mais esta-mos convencidos que um acúmulo de sorbitol na lente aumenta o gradiente de con-centração interno, causando edema e ruptura das fibras. Através da glicosilação das proteínas da lente ocorre uma maior oxidação.

2. Dieta: recentes estudos epidemiológicos têm intro-duzido o conceito de que dietas hipoprotéicas e au-mento da ingestão de lactose e galactose elevam o risco de catarata, ao passo que uma

maior oferta de vitaminas antioxidantes podem reduzi--lo. Entre estas estão Vitami-na C, E, Carotenos e ribofla-vina.

3. Exposição solar: embora sejam os raios UV apenas 5% da radiação solar, são eles os mais importantes na gênese das doenças humanas. Tanto os UVA como UVB causam catarata por diferentes fatores: estimulação dos radicais de O2, interrupção dos sistemas de transporte de membranas e injú-ria nos ácidos nucleicos das célu-las epiteliais da lente.

4. Fumo: os níveis séricos de betacaroteno em fuman-tes é menor que em não fu-mantes com a mesma oferta alimentar, o que sugere a hi-pótese do fumo aumentar o stress oxidativo.

5. Corticoterapia: o uso de corticosteroides por perío-dos prolongados, ao redor de um ano geram cataratas sub capsulares.

6. Há indícios de que deriva-dos do Ácido Acetil Salicílico (aspirina), proteja as proteínas da lente, através da acetilação, contra vários açúcares.

Dr. Fernando Costi – CREMERS 15240

Page 11: 12/05/2012 - SAÚDE Jornal Semanário

REPRODUÇÃO

EspecialidadeCRM - XXXX

Sábado, 12 de maio de 2012 11&aúde BelezaS

Membrana olfativa é aquela onde se dá a sensação do olfato e a captação e identificação dos odores

De todas as formas de sensibi-lidade aos estímulos externos, o olfato se inclui entre as mais anti-gas delas. Porém, para os estudos do homem é de todas o menos conhecido. Para muitas espécies animais, sua importância é fun-damental para garantir a repro-dução, pois, por exemplo, certas espécies de animais sentem a pre-sença do (a) parceiro (a) a vários quilômetros de distância, graças a uma substância química volátil espalhada por um deles. Sabe-se que esta substância se espalha em todas as direções e que apenas uma parcela ínfima atinge um indivíduo distante. Um exemplo disto, são os cães cujas fêmeas desprendem um odor caracterís-tico durante o cio.

No homem, não se pode di-zer que seja pouco sensível ao odor pois tem uma capacidade discriminativa dos odores que é admirável.

Falamos um pouco de como ocorre isto no homem. Para tanto é preciso que se saiba que existe, na parte superior das fos-sas nasais, o que se pode cha-mar de membrana olfativa que é aquela onde se dá a sensação do olfato e a captação e iden-tificação dos odores por este caminho inicia. Ela contém os receptores olfativos.

Não se conhece o que estimu-la quimicamente as células desta membrana ou mucosa olfativa, mas, no entanto, sabe-se que algumas características são ne-

Olfato: os cheiros do desconhecido

cessárias para que provoquem a estimulação olfativa: em primeiro lugar ela deve ser volátil, isto é, precisa encontrar-se em estado gasoso, de modo a se misturar com o ar que se respira e se inspi-ra para dentro dos pulmões pas-sando pela mucosa olfativa. Deve também ser solúvel em água para atravessar o muco até as células olfativas. E também deve ser so-lúvel em lipídios ou gorduras. São estes os quesitos para uma subs-tância pode ser sentida, ao menos os até hoje conhecidos.

Seja qual for o mecanismo bási-co através do qual as células olfa-tivas são estimuladas, sabe-se que esta estimulação ocorre quando o ar penetra para cima, na região superior do nariz, e com isto pode-se dizer que o olfato é um fenômeno cíclico já que ocorre por ocasião das inspirações. Daí pode-se aumentar a capacidade olfativa aumentando-se o fluxo de ar para dentro – inspirações – como fazermos quando que-remos identificar ou discriminar certos “cheiros” e por isto con-tinuamos a dar pequenas inspira-ções a fim de manter o estímulo odorífico. É o chamado farejar.

Os receptores olfativos são muito sensíveis aos agentes agressivos e se não fossem pro-tegidos por uma boa localização seriam facilmente destruídos. Por este motivo são poucas as molé-culas com odor que chegam até ela e por isto se justifica o farejar pois ele cria um turbilhão aéreo

misturando o ar parado nas ime-diações da mucosa olfativa ao ar circulante que contém a substân-cia aromática que pode bem mais rapidamente atingir a zona capta-dora de odores.

Centenas de cheiros podem ser percebidos pelo olfato e, por exemplo, o almíscar sintético, mesmo numa concentração de 0,00004mg por litro de ar pode ser captado e identificado. O pro-cesso como se dá isto ainda não é bem conhecido, mas baseia-se na chamada teoria estéreo-química de Lucrécio, que para nos assus-tar tem mais ou menos dois mil anos de idade, pois data do sécu-lo I antes de Cristo.

Esta teoria diz que haveriam sete aromas fundamentais que seriam os captados pela mucosa olfativa que teria formas capazes de receber as moléculas destas subestâncias, que seriam:

1 – Canforado (ciclo – octana)2 – Almiscarado3 – Floral (alfa-amilpiridina)4 – Menta (mentol)5 – Etéreo (éter)6 – Picante (ácido fórmico)7 – Pútrido (ácido sulfídrico)Contudo é pouco provável

que esta lista e esta teoria se-jam completas e representem as verdadeiras sensações primá-rias do olfato. De fato, muitas pesquisas indicam haver 50 ou mais sensações primários do ol-fato, o que é de nos causar ad-miração pois se sabe que para a visão haveriam três cores – ver-

de, vermelho e azul – e o gosto ou paladar com quatro – amar-go, doce, salgado e ácido.

Como se havia dito anterior-mente o olfato é dos menos co-nhecidos entre as formas de sen-sibilidade conhecidas e por isto muitas teorias explicam ou ten-tam explicar o porquê do olfato. Algumas são bem aceitas e há

uma que diz que as substâncias com odor de cânfora, flor, men-ta, éter e almíscar teriam ação estimulante e portanto seriam sentidas por sua forma. Já as de cheiro pútrido e picante devido à sua carga elétrica.

Eduardo Garcia

Page 12: 12/05/2012 - SAÚDE Jornal Semanário

Sábado, 12 de maio de 201212 &aúde BelezaS

As pessoas que bebem pouca água ou suam muito – ou reúnem as duas características – estão mais expostas ao risco da calculose

Cálcio e oxalato, presentes em queijos e verduras escu-ras, são os maiores inimigos dos rins se combinados em excesso. Beber 1,5 litro de água por dia é essencial para todas as pessoas. Para quem já teve o problema, o hábito reduz em até 60% o risco de se formar nova pedra. Mas a dica não vale para fase aguda, quando a ingestão de líqui-dos pode aumentar a dor.

Estatísticas americanas mostram que 3% dos pacien-tes atendidos nas unidades que fazem hemodiálise (pro-cesso para filtrar o sangue) foram parar ali em decorrên-cia de complicações causadas pela calculose urinária – o cálculo renal, a popular pe-dra nos rins. Esse percentual pode parecer pequeno, mas, se considerarmos que só vai para a hemodiálise o pacien-te cujos rins já perderam suas funções e que a calculo-se é um problema plenamen-te tratável, o índice se torna relevante.

Os rins, quando em perfei-tas condições, servem para filtrar o sangue, eles devol-vem para a corrente sanguí-nea a parte limpa, e o que não será mais aproveitado pelo organismo se transforma em urina, solução química nor-malmente formada por água e partes sólidas – os sais.

A calculose ocorre quando

Beba água e evite os cálculos renais

esses sais se tornam insolú-veis. Eles se precipitam e for-mam microagregados, chama-dos de cristais, que dão origem a partículas maiores, os cálcu-los urinários. Por analogia, se colocarmos uma colher de sal na água de uma jarra, ele se di-luirá. Mas, se pusermos uma concha, grande parte do sal se precipitará no fundo e poderá formar pedras.

Nos rins ocorre processo semelhante. As pessoas que bebem pouca água ou suam muito – ou reúnem as duas características – estão mais expostas ao risco da calculo-se. Mantendo a analogia, se-ria como tirar parte da água da jarra e não repor depois, aumentando a concentração de sal e o risco de formar pe-dras. Não tirar água mas, em contrapartida, pôr bastante sal também provoca o pro-blema. É o caso da pessoa que, por alguma disfunção, oferece ao sistema urinário muito cálcio ou muito oxa-lato. Essa combinação forma o oxalato de cálcio, um sal insolúvel que se precipita na urina. Os alimentos ricos em cálcio são principalmente o leite e seus derivados, e em oxalato são os vegetais verde escuros – rúcula, espinafre, agrião, brócolis -, o tomate, o chá preto e até o delicio-so chocolate. No entanto, a preservação da calculose uri-

n á - ria por meio da dieta alimentar é muito difícil. Hoje se recomenda evitar a ingestão excessiva desses ali-mentos, sem suprimi-los das refeições.

A maioria dos cálculos re-nais se manifesta pela cólica.

Ela é extremamente forte, pa-recida com uma torção, loca-lizada na região lombar com irradiação no trajeto do ure-ter. Começa nas costas e pas-sa para a frente em direção à região genital, acompanhada de manifestações como náu-sea, mal-estar, transpiração e palidez. Isso ocorre quando a pedra obstruiu de vez o siste-ma urinário, provocando dis-tensão aguda do rim, o que dá origem à dor.

Há cerca de dez anos, só havia duas alternativas para o médico: administrar a dor com analgésicos e esperar a pedra ser eliminada; ou, se

tinha pouca chance de sair sozinha – em

geral, quando maior do que 0,7 centímetro – e estivesse causando dilatação renal pro-gressiva ou infecção, extraí-la por via endoscópica – pela uretra – ou por cirurgia con-vencional. Hoje, as cirurgias não são necessárias na maior parte dos casos. Existe uma técnica chamada litotripsia extracorpórea por ondas de choque que projeta ondas eletromecânicas sobre a pe-dra, fazendo com que ela vi-bre e se fragmente. Depois disso, o próprio trato uriná-rio trata de expeli-la.

É voz corrente que se deve beber muita água durante a ocorrência de uma cólica re-nal. Isso é teoricamente inade-quado, pois, em vez de ajudar a”empurrar” a pedra para bai-xo, o excesso de água poderá dilatar ainda mais o sistema urinário obstruído e provocar dores intensas. Aconselha-se a hiper-hidratação apenas quan-do não há cólica.

Todos devem criar o hábito de tomar pelo menos 1,5 litro de água por dia. Para quem já teve cálculo renal, proble-ma que pode acontecer com qualquer tipo de pessoa, a medida reduzirá em até 60% o risco de uma nova crise. Em princípio, a cada duas horas deve-se beber um copo de água. Após urinar, o ideal é tomar mais um copo. Desse modo, haverá uma contínua hiper-hidratação, aumento do volume urinário e serão evi-tadas as terríveis crises renais, uma eventual paralisação dos rins e a consequente necessi-dade de fazer hemodiálise.

Eric Roger Wroclawski Urologista

tinha pouca chance de sair sozinha – em

geral, quando maior do que 0,7 centímetro – e estivesse causando dilatação renal progressiva ou infecção, extraí-la por via endoscópica – pela uretra – ou por cirurgia convencional. Hoje, as cirurgias não são necessárias na maior parte dos casos. Existe uma técnica chamada litotripsia extracorpórea por ondas de choque que projeta ondas eletromecânicas sobre a pedra, fazendo com que ela vibre e se fragmente. Depois disso, o próprio trato urinário trata de expeli-la.

É voz corrente que se deve beber muita água durante a ocorrência de uma cólica renal. Isso é teoricamente inadequado, pois, em vez de ajudar a”empurrar” a pedra para baixo, o excesso de água poderá dilatar ainda mais o sistema urinário obstruído e provocar dores intensas. Aconselha-se a hiper-hidratação apenas quando não há cólica.

Todos devem criar o hábito de tomar pelo menos 1,5 litro

REPRODUÇÃO