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ANO 4 | EDIÇÃO 11 | MAR/ABR/MAI 2012 Viver Bem comemora 10 anos de sucesso na TV ENTREVISTA Dra. Lyz Helena fala sobre emagrecimento sustentável COMPORTAMENTO Falar “não” sem culpa faz bem

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Viver bem Ed. 11

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A N O 4 | E D I Ç Ã O 1 1 | M A R / A B R / M A I 2 0 1 2

Viver Bemcomemora 10 anosde sucesso na TV

EnTrEVisTaDra. Lyz Helena

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sustentável

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culpa faz bem

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Expediente

O ditado popular é um mantra que entoou sempre que a calmaria cedeu espaço para a tempestade chegar na minha vida. É preciso ter a flexibili-dade do bambu, se curvar até o chão, se preciso for, para em seguida voltar a subir mais fortalecida e, principal-mente, inteira. E como é bom, depois que os ventos se acalmam, perceber que o bambu está intacto, pleno, mais bonito e cheio de vida.

Em maio, o Viver Bem, programa de TV que deu origem a essa revista e ao portal guiaviverbem.com.br, com-pleta 10 anos e o bambu é o símbolo dessa trajetória. Porque, como a crian-ça da capa, que está na expectativa para concluir a sua primeira década de vida, o Viver Bem já se desenvolveu bastante. Superou dificuldades, mui-tas vezes se dobrou até tocar o chão e continua em pé, com muita fibra e em pleno processo de crescimento, olhan-do para frente com a certeza de que ainda tem um longo caminho para desbravar, inúmeras escolhas para fa-zer e, claro, muito para conquistar.

E você, é flexível e paciente como

o bambu ou se deixa quebrar pe-los ventos fortes das tempestades da vida? Para se manter firme é preciso boa saúde, equilíbrio emocional e paz de espírito. Nas páginas dessa edição da Viver Bem em Revista, você vai encontrar um pouco de cada coisa. Desde receitas práticas para consu-mir a couve todos os dias, passando pela importância de saber falar “não” sem culpa e chegando na prática do ho’oponopono, uma filosofia havaiana indicada para curar as relações. Tem ainda uma entrevista com a endocri-nologista Lyz Helena, que dá a receita para o emagrecimento sustentável. Na seção Infância falamos sobre a criação do filho único e, na seção Maturidade, você vai encontrar um manual sobre Alzheimer, doença que atinge 18 mi-lhões de pessoas no mundo.

Desfrute da leitura e daqui pra frente, a cada ventania mais forte que você enfrentar, respire fundo e tenha a certeza de que o bambu enverga, mas não quebra.

Juliana Garcia

Edição nº 11 | mar/abr/mai/2012

Direção geral

Juliana Garcia e Patrícia Guedeville

Coordenação editorial

Juliana Garcia

Textos

Patrícia Gabriela Soares, Shâmala

Jewur e Taciana Chiquetti

revisão

Márcia Melo

Fotos

Ramón Vasconcelos

Projeto Gráfico

Carlos Soares

Diagramação

GR Design Editorial

www.grdesigneditorial.com.br

Comercial

GGTec Produções

impressão

Impressão Gráfica

Tiragem

10.000 exemplares

Fale conosco

84 3213.8592

[email protected]

O bambu enverga, mas não quebra!

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Sumário17 20 24 28 3832 44 46 56

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InfâncIaO dilema do filho único

MaturIdadeAprendendo a lidar com o Alzheimer

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CaPaModelo: Bruna MenezesCabelo e maquiagem: Chic CoifeurFoto: Ramón Vasconcelos

Ramón Vasconcelos

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em

Viver Bem completa 10 anos na TV

O mês de aniversário é maio. Mas toda a produção do programa já está na expectativa para a comemoração. “Temos motivos de sobra para feste-jar. O Viver Bem é uma produção in-dependente que conseguiu se firmar no mercado. Conquistamos nosso espaço e ampliamos nosso produto com a revista, o portal na internet e os eventos”, analisa Patrícia Guedevil-le, diretora comercial e uma das idea-lizadoras do Viver Bem.

Nesses 10 anos, mais de 500 pro-gramas foram produzidos. “Sempre procuramos abordar temas varia-dos a cada edição. Queremos atrair a atenção de toda a família. Porque quando todos se comprometem jun-tos fica mais fácil adotar uma rotina saudável”, explica a apresentadora Ju-

liana Garcia, que percebeu a carência de informações nessa área e teve a ideia de produzir o Viver Bem.

Para comemorar os 10 anos, será realizada no dia 12 de maio, dia em que o primeiro programa foi exibido, a Caminhada Viver Bem e uma edi-ção especial do evento Conexão Vi-ver Bem, com aulas variadas e muitos serviços que promovam o bem estar e a saúde dos participantes. Nesse dia, será lançada também a promoção de aniversário que já virou tradição na ci-dade, pois oferece aos telespectadores do programa a possibilidade de cuidar da saúde e mudar hábitos após uma temporada num Spa.

Acompanhe as novidades e a pro-gramação de aniversário do Viver Bem pelo www.guiaviverbem.com.br.

“Queremos atrair a atenção de toda a família. Porque quando todos se comprometem juntos fica mais fácil adotar uma rotina saudável”Juliana Garcia, apresentadora

“Conquistamos nosso espaço e

ampliamos nosso produto com a

revista, o portalna internet

e os eventos”Patrícia Guedeville, diretora comercial

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Projeto Energia Verde 2012.O bem que você faz ao planeta,

volta pra você.O projeto Energia Verde possibilita a troca dos seus

eletrodomésticos velhos por aparelhos novos e mais efi cientes, com o Selo Procel de Economia. É muito fácil participar: você faz doações na conta de energia, de acordo com sua faixa de consumo, e ganha o dobro ou mais na conta de energia para trocar por refrigeradores,

freezers ou aparelhos de ar-condicionado.Essa doação será revertida para o refl orestamento da Mata

Atlântica Parque das Dunas – Natal/RN.

Principais Resultados do Projeto• 2.752 clientes cadastrados;• Troca de 2.396 equipamentos inefi cientes por equipamentos efi cientes

com selo Procel de Economia de Energia;• Distribuição de 24.304 lâmpadas econômicas fl uorescentes compactas.

Participe!

Lojas Conveniadas• Lojas Maia Magazine Luiza –Av. Engº Roberto

Freire e Lojas Insinuante na Av. Rio Branco e Midway Mall ou pelo telefone: 84 3645-7190.

Consulte regulamento no site: www.cosern.com.br/energiaverde

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ConexãoViver Bem

A agenda de 2012 do Conexão Viver Bem já começou. No dia 17 de março, no Parque das Dunas, realiza-mos a primeira das 10 edições que es-tão programadas para 2012, o ano em que o Viver Bem completa 10 anos. Nessa edição o público conheceu, em primeira mão, a terapia da gravidade invertida. Confi ra as fotos!

Os próximos eventos serão reali-zados nos dias 14 de abril, 12 de maio e 07 de junho de 2012.

PrOGraMa ViVEr BEM - sÁBaDO, 9H, na TV POnTa nEGra - WWW.GUiaViVErBEM.COM.Br - TWiTTEr: @PrOG_ViVErBEM

SUA OPINIÃO

“A Viver Bem em Revista é a melhor de Natal quando o as-sunto é bem estar do corpo e da alma. Sucesso e parabéns a toda equipe!”

Christiane Potter, via twitter

“Li a Viver Bem em Revista pela primeira vez e gostei muito do conteúdo, diagramação, foto-grafia e papel usado. Parabéns a cada um de vocês que fazem esta excelente e útil revista.

Quem ganha com todas es-tas revistas bonitas e bem feitas aqui na terra é a cidade, a cultu-ra, os costumes e sobretudo a sociedade. Vocês e Natal estão de parabéns.

Sucesso longo e duradouro para Viver Bem em Revista!!!”

Marcos Pedroza, por e-mail

“Se o mundo vai acabar ou não em 2012, eu não faço a míni-ma ideia. Mas quero agradecer a oportunidade de reflexão que vocês me deram. Não vale a pena perder tempo com coisas que não acrescentam. Obrigada por me abrirem os olhos.”

Lia Gusmão, por e-mail

“Gostei da reportagem sobre frutas secas. Ótimas opções para os lanches. Não saio mais de casa sem uma delas na bol-sa. Alimentação saudável para viver bem.”

Joana Helena , por e-mail

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1. Aula de aero axé, comandada pelo

professor Vitor Mendes, mais uma vez

foi um sucesso.

2 e 3. Alunos do curso de

Enfermagem, da Uni-RN, realizaram

teste de glicemia e aferição da pressão

arterial

4. Treinamento de corrida - WM Fitness

5. Aula de jump show e terapia da

gravidade invertida

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Por Kalina Masset - Blog: http://passoapassodiadia.blogspot.com

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Eu entendi sozinha. Ninguém precisou submeter-se ao constran-gimento de me contar. Foi assim que resguardei a dor intransferível da descoberta. Uma voz opaca in-sistia: - Tá sentindo minha mão, professora? Visão turva, dormência, falta de ar, desordem mental, audi-ção confusa... eu aturdida, imóvel, ausência de sensações, movimentos sem resposta... como fui parar ali no chão? Lembrei então que eu descia as arquibancadas do ginásio para aplicar uma prova prática aos meus alunos do curso de Educação Física, escorreguei nos degraus e caí.

Subitamente a compreensão do acontecimento me inundou os olhos, alagando meu desespero, pensei: “eu estou paraplégica”... é... brusco assim, apenas um detalhe, meio segundo de desatenção, um movimento em falso, o acaso que surpreende, um quase nada que tudo desaba.

E assim seguiu-se o cotidiano: UTI, sondas, perfusões, fi siotera-pia, colos, solidão, longos silêncios, choro compulsivo, dúvida perma-nente, sensação de impotência e de-solação. A vida repassava na cabeça enquanto eu deslizava na cadeira de rodas, enclausurada no próprio corpo, minhas ambições reduzi-das, minha dependência alargada. Lembrava-me da sensação do gra-nulado da areia na beira da praia e

as ondas de mansinho rastejando aos pés. Mas devia fazer frente a minha falta de liberdade sem pie-dade nem constrangimento. Des-cobri na pele insensível o gosto da discriminação, o embaraço com os olhares piedosos, a indignação com a covardia dos indiferentes. E as vagas para defi cientes? E as priori-dades a eles concedidas? Você que não tem este direito, gostaria de es-tar na condição de quem realmente tem essa necessidade?

Dentro de mim crescia uma for-ça, uma voz aprendendo a lingua-gem da busca. Intensifi quei meu tratamento em um hospital espe-cializado para aprender a viver a nova vida. Acordar com a esperan-ça em meus braços era meu maior desafi o. Arrancar a força de dentro com unhas e dentes era minha me-lhor versão, renascida para vislum-brar projetos felizes, independente de minhas novas limitações.

Tive que nascer todos os dias e acreditar sem lamentações que a

vida pregava peças e cobrava mi-nha contribuição. E não quis mais esquivar-me. Não me detive no sentido dos prognósticos ou nú-meros das probabilidades, apenas investi na procura por uma felici-dade sem padronização. Visualizei meu resgate interior refazendo ou não passos novos com as próprias pernas. Quantas vezes reclamei de bobagens na vida e sequer reparei que andava? A rotina tomava rumo. Mas eis que um dia, no meio de um exercício de alongamento, mi-nha perna esboçou uma contração muscular. Fiquei noites sem dormir por medo de acordar do sonho. E se eu tivesse uma nova chance?

Dali, cada esforço foi converti-do em progresso. Luta, esperança renovada, pesares abandonados, acreditando no improvável. E as-sim voltei a andar! Uma sensação mais esfuziante do que as palavras podem descrever. Superação? Ven-ci? Não sei ao certo se seria isso, pois conheci pessoas preciosíssi-mas que se superam ao avançar todos os dias sobre rodas ensinan-do o quanto tudo é possível. Para mim, minha incontestável resi-liência. Contudo, tive uma nova chance, sim, de enxergar felicidade em elementos simples, reforçan-do meus reais valores e acreditem: esta chance não vou desperdiçar! E você, se tivesse uma nova chance?

“Tive uma nova chance, sim, de

enxergar felicidade em elementos

simples”

E você, se tivesse uma nova chance?

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Entre vivere comparar

humana. Comparamos pessoas, cida-des, carros e tudo mais que a nossa imaginação permitir. Os mais com-petitivos fazem disso, inclusive, um eterno sinal de dor e insatisfação por ver a grama do vizinho sempre mais verde do que a dele. Mas o fato é que uma viagem como essa é para experi-mentar e não para comparar. Experi-mentar novos pratos, sons, emoções.

No fi nal das contas, uma boa via-gem é como a vida que, em última análise, não deixa de ser também isto: uma louca e inesperada viagem rumo a um destino que nós simplesmente desconhecemos. E o que fazer? Cer-tos estão aqueles que fazem esta jor-nada vivenciando o momento com cada gosto que ele se apresenta – doce

ou amargo. Quem passa a vida com-parando perde muito da paisagem do momento e é isso – somente isso – que temos agora e que chamamos – não por acaso – de presente.

Boa próxima viagem!

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A prática do intercâmbio é jus-tamente a oportunidade que o es-tudante tem de mergulhar em outra cultura e alargar seu universo cogni-tivo e horizontes culturais, mas não é raro encontramos muitos alunos sinceramente decepcionados com o país escolhido pela falta “do feijão brasileiro”, da música ou (acredite!) da cama dos pais.

É claro que aqui eu não estou fa-lando da saudade natural que acom-panha uma experiência como essas, mas de pessoas que de tanto compa-rar (e reclamar!) acabam perdendo o saboroso momento atual que se apresenta com toda a sua riqueza de experiências, cores e sabores. O fato é que comparar faz parte da natureza

Por Nélio Júnior

Pode parecer estranho, mas muita gente viaja para outro país buscando encontrar o... Brasil!

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Você já se imaginou vivendo apenas

um dia sem água

22deMarçoDia Internacional da Água

Nem precisa, basta preservar!

A água é o principal recurso das nossas vidas. E para marcar e conscientizar a todos sobre a sua importância,

dia 22 de Março comemoramos o dia internacional da água.

A SterBom se preocupa com o líquido mais precioso da terra e oferece há 7 anos água pura da fonte para toda a sua família.

Para nós, todo dia é o dia da água.

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O Divino de cada um

Quando fui apresentada a Deus era ainda uma garotinha e morava em uma pequena cidade do interior. Não sei se você se lembra desse episó-dio em sua vida, mas que é marcante, não há dúvidas. Ele vivia na boca de meus pais, principalmente quando fazia algo errado: “menina, não faça isso que Deus castiga!” Esse Deus “morava” num livro grosso e austero, de capa preta, letras miúdas e de difí-cil compreensão, que mais me intimi-dava do que acolhia e de pronúncia por demais complicada para minha tenra idade: Bíblia.

Com o passar dos anos, meu re-ferencial divino saltou das páginas de conteúdo ainda obscuro para a voz aveludada de um narrador de parábo-las crísticas, que o pároco fazia soar através de um possante alto-falante que alcançava toda a pequena vila, antes das missas dominicais. “Olhai os lírios dos campos, como eles cres-cem, não trabalham nem fiam, e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu com qualquer deles...” Eu conseguia ver grandes extensões de terra cober-tas de lírios amarelos e Deus passou a ter voz e muita doçura. Ele falava da beleza da natureza e da simplici-dade de seu universo e foi assim que consegui me sentir integrada em al-gum contexto espiritual pela primei-ra vez. Anos mais tarde, vi o “meu”

Deus apresentando um noticiário em uma emissora de televisão. Tinha até nome: Cid Moreira. Foi esquisito!

De lá até por esses dias vim me desvencilhando do que não se sinto-nizava comigo, sem me furtar a algu-mas experiências por envolvimento de amigos queridos ou por simples curiosidade de minha alma inquieta e questionadora.Todos esses mergu-lhos, no entanto, se mostrariam com breves prazos de validade. Deus era grandioso demais para estar contido num espaço acanhado entre tantos preceitos fabricados pelos homens.

Essa busca aconteceu ao sabor dos tempos mais escuros e, como convém a todo desesperado, sem qualquer rota definida. Não sei qual é o seu lugar preferido para seus desabafos, mas a Via Costeira de nossa linda ci-dade testemunhou muitas lágrimas. Fui me deixando levar como as águas de um rio, visitando as margens mais fascinantes e fluindo com os dias.

Encontrei um mestre que me apresentou a meditação, de métodos vigorosos, essenciais para driblar nossas mentes tagarelas e alcançar o silêncio interior. Nesse silêncio esta-riam adormecidas todas as respostas que tanto ansiamos, dizia ele. Segui todas as instruções, mas os resultados eram desalentadores. Uma angústia que não dava tréguas, uma tristeza que parecia fazer parte das instruções

de minha bula existencial. Um vazio sem precedentes.

Foi nesse conturbado cenário que cheguei à India. Jamais poderia ima-ginar que, sob o sol morno do sul des-se exótico país, um encontro marcado com Deus me esperava. No silêncio promovido através de técnicas mile-nares de yogas e meditações, recebi a Diksha, a energia dourada ancora-da por um casal de avatares, Amma e Bhagavan. Sem qualquer aviso prévio que nossa mente adora organizar, eis que surge o Deus tão sonhado, tão suspirado por mim por tanto tempo, com todo o requinte que uma cidade requer: surpreendentemente simples, sagrado, com um profundo respeito pelo que eu era, sem distinção. Alegre, feliz! Um Deus que nunca esteve fora, mas dentro de mim o tempo todo.

Abençoada Diksha, energia que trouxe meu despertar de consciência, respeitando minhas escolhas religiosas e me conectando com minha essência de luz, sem exigir nada em troca.

Que bom poder merecer esse gran-de presente ao alcance de todos nós.

Élcia [email protected]

Élcia Luz, terapeuta holística

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Anun Assembeia rev Viver Bem 1 13/03/12 16:16

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Pergunteao personal

WalterMolina

Profi ssional de educação

física, especializado em treina-

mento de corrida de rua.

É diretor técnico da asses-

soria esportiva Natal Runner.

1. Caminho todos os dias há mais de 10 anos. tenho 50 anos. Já tentei começar a correr, mas falta fôlego. O que faço?

Joel Medeiros – por e-mail

Caro Joel, diferente da caminhada, a corrida exige algumas técnicas para a prática. Provavelmente, você está correndo numa intensidade muito alta. No início, intercale corridas leves (trotes) com caminhadas (um minuto correndo por um minuto caminhando) e, à medida em que for se adaptando, você vai aumentan-do o tempo de trote. Essa técnica facilita muito a tran-sição da caminhada para a corrida.

2. Corro 4 km todos os dias e faço musculação 3 ve-zes por semana. durmo bem à noite, mas às vezes sinto muito sono durante o dia. tenho que dimi-nuir o ritmo?

Beatriz Paiva – por e-mail

Beatriz, o que você precisa levar em consideração são os seguintes fatores: qualidade do sono, alimen-tação, horários dos treinos e repouso. Experimente mudar sua rotina e dar uma mexida no seu dia a dia. Mudanças sempre vem acompanhadas de uma dose de motivação!

3. Já pratico corrida há 2 anos. sempre participo de provas, mas não consigo reduzir meu tempo. Faço 5 km em 28 minutos. Queria muito chegar em 25 ou menos. Onde estou errando?

Camila Torres – por e-mail

Olá, Camila! Dois anos são sufi cientes para se obter alguns resultados em provas. O seu problema pode es-tar no treinamento desenvolvido nesse período. Trei-nos intervalados (tiros e fartleks) melhoram a veloci-dade e a capacidade cardiopulmonar, mas deverão ser aplicados em momentos e em doses adequadas.

4. Qual a melhor modalidade aeróbica para interca-lar com os treinos de corridas?

Pedro Hilton - por email

Olá, Pedro! É aquela que mais se difere da mecâni-ca da corrida como: natação, deeprunning (corrida na água, sem tocar o solo) e ciclismo. Ao praticá-la você alivia as articulações e muda o estímulo muscular.

5. sei que o tênis deve ser adequado ao tipo de pisa-da de cada pessoa. Mas, recentemente, ouvi falar que cada prova tem um modelo adequado. É verdade? Qual a melhor opção para quem corre 21 km??

Tiago Vasconcelos - por email

Sim, Th iago, mas não é regra, na verdade o tênis deve estar associado ao tipo de corredor, levando em consideração alguns (aspectos) fatores como: confor-to, performance, peso, tipo de pisada, tipo de prova, histórico de patologias (hérnias, lesões articulares, entre outras).

Geralmente, tênis de prova são mais leves e com menor amortecimento, conhecidos como tênis de per-fi l baixo ou minimalistas, diferente dos tênis de treinos diários, com mais amortecimento. Mas para usá-los você deverá estar adaptado aos mesmos.

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Fernanda Tavares

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Do início da carreira como modelo se passaram 17 anos. A potiguar Fernanda Tavares já figurou entre as 4 modelos mais badaladas do mundo e traz no seu currículo trabalhos para várias marcas e gri-fes. Entre elas: Chanel, Versace, Giorgio Armani, Victoria Secret´s. Casada com o ator Murilo Rosa, é mãe de Lucas, de 4 anos, e vive com a família no Rio de Janeiro. Depois da maternidade, reduziu a rotina de viagens por opção para poder dar mais atenção à família. Durante uma curta temporada em Natal, Fernanda aproveitou para cuidar da beleza. E foi numa de suas sessões de Detox, na Revivare, que ela falou para a Viver Bem em Revista.

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1. Você segue algum ritual para manter a be-leza da pele e do cabelo?

Eu acordo de manhã, lavo o rosto, tonifico e passo protetor solar 30. Faço acompanhamen-to com uma dermatologista, ela passa cremes e eu procuro usar todos, mas confesso que não sigo muito as regras. Com o cabelo eu já sou bem mais tranqüila. Aproveito um banho mais

longo para fazer hidratação em casa mesmo.

2. E como é a sua alimentação diária?Em casa eu primo por uma alimenta-

ção bem saudável, com muitos legumes e verduras. Evito ao máximo glúten e carne

vermelha, não como frituras. Faço um rodízio com arroz integral, cateto, vermelho e preto. Só como arroz branco na rua. Também não consumo refrigerantes e evito os doces. No fi-nal de semana, libero um pouco. Mas sempre escolho opções mais saudáveis.

3. Qual a sua atividade física preferida?Atualmente, eu pratico muay tai duas vezes

por semana. Acho um exercício bem completo. Você fica sempre em movimento, dá soco, chu-ta, interage. E trabalha também a capacidade cardiovascular. Também faço um rodízio de aulas com spinning, jump, running. O meu ob-jetivo é apenas tonificar o corpo e não engor-dar. Morro de medo de engrossar as pernas.

4. O que gosta de fazer nas horas livres?Gosto de curtir minha família. Sempre que

posso venho à Natal porque acho importan-te que o Lucas conviva com a parte da família que vive aqui.

5. Como será a Fernanda daqui a 20 anos? Nunca pensei nisso. Espero estar bem

ocupada, fazendo as coisas com prazer, cui-dando da minha família e dos meus negócios, do mesmo jeito que faço hoje. Acho que esta-rei bem realizada.

6. O que é Viver Bem pra você?É viver com paz de espírito. Quando você

está bem com o seu interior tudo flui.

Fernanda Tavares

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Detox Revivare

A eliminação das toxinas torna o corpo mais saudável e contribui para o emagrecimento

Por Juliana Garcia

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O processo de eliminação de toxi-nas do organismo faz parte da fi sio-logia humana. Diariamente, todas as células, tecidos e órgãos, principal-mente o intestino e o fígado, traba-lham para colocar para fora do corpo essas substâncias tóxicas. O problema ocorre quando consumimos toxinas em excesso e, como o corpo não con-segue se livrar delas sozinho, começa a acumular. Os efeitos disso no or-ganismo podem ser medidos através de sintomas como fadiga, desânimo, constipação, insônia, depressão, diar-réia, ansiedade, aumento de peso e retenção de líquidos.

A Detox Revivare surgiu para dar uma forcinha ao organismo e aumen-tar a sua capacidade de detoxifi cação. Durante dois dias os pacientes re-tiram da dieta alimentos que conte-nham glúten e lactose. Também são excluídos os industrializados, conser-vantes, corantes e enlatados. A dieta, nesses dois dias, é personalizada. As seis refeições são oferecidas pela Revivare. Algumas pessoas fazem a detox apenas com sucos. Outras, in-

cluem alimentos sólidos nas princi-pais refeições. “Utilizamos vitaminas, minerais, antioxidantes, probióticos, aminoácidos e alguns fi toterápicos para que o organismo receba todo o aporte nutricional necessário”, expli-ca Lyz Helena, médica ortomolecular que desenvolveu a Detox Revivare.

Nesses dois dias de Detox, os pa-cientes realizam exercícios, através do treinamento funcional, e alguns procedimentos estéticos para poten-cializar o resultado (veja box abaixo).

REViVaRE Rua Joaquim Fabrício, 709,Petrópolis. Natal/RN. 84 3211 6769www.revivare.com.br

procedimentos estéticos

DrEnaGEM LinFÁTiCaMassagem que ativa a circulação venosa e linfática. Promove redução da celulite e retenção hídrica.

EsFOLiaÇÃO COrPOraLRemove as células mortas. A pele passa a absorver melhor os produ-tos e tratamentos. Auxilia no proces-so de renovação celular.

PHYsiOPLaTE/PLaTaFOrMaViBraTÓriaAparelho de ondas vibratórias que trabalha a musculatura 70% a mais

que as atividades físicas conven-cionais. Reduz gordura localizada, celulite, flacidez muscular e drena os líquidos retidos.

CELLUTEC/ ViVrOCELLEndermologia vibratória que atua nos tecidos mais profundos e pro-move o aumento da circulação e drenagem das toxinas.

HiDrOZOniOTEraPiaÉ um sistema que reúne uma banhei-ra de hidromassagem com ozônio. Tem poder anti-estresse, tonificante,

hidratante, rejuvenescedor, bacterici-da, fungicida e cicatrizante. Melhora o metabolismo, aumenta a reprodu-ção das células e ajuda a eliminar os radicais livres.

Para os dias posteriores ao tra-tamento, os pacientes recebem uma série de orientações sobre a alimen-tação ideal, a importância da inges-tão de água e prática de exercícios para dar continuidade ao processo de eliminação das toxinas. Tudo para que o sistema de detoxificação fun-cione a todo vapor.

benefícios

- O corpo continua excretando toxinas enquanto há redução na absorção;- Com a eliminação dos alérgenos o sistema imune é estimulado;- Redução da inflamação intes-tinal;- Acelera a quebra de gorduras, fa-vorecendo a retirada de produtos químicos do tecido adiposo para posterior eliminação do corpo;- Menos energia é despendida para a digestão dos alimentos e pode ser desviada para proces-sos de cicatrização.

Fotos: Ramón Vasconcelos

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Por Shâmala Jewur

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“Adrenalinanas alturas”

Para alguns, uma forma de aliviaro estresse do dia a dia, para outros,

um meio de desafiar os seus próprios limites. Seja qual for o motivo, a escalada vem conquistando cada vez mais adeptos.

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Aí vai uma boa notícia para os es-caladores. É que, além de desfrutar do contato direto com a natureza através da contemplação de belas paisagens e da superação dos seus próprios li-mites, os movimentos realizados du-rante a escalada são responsáveis por um aumento significativo do con-dicionamento físico dessas pessoas. O educador físico Francisco Batista, pós-graduado em Fisiologia do Exer-cício (UGF) e em Avaliação Física (UFRN), considera a escalada uma atividade completa. “Trabalha aspec-tos físicos e psicológicos, agrupando características importantes para o de-senvolvimento integral de qualquer pessoa e se torna uma ótima maneira

de manter o preparo físico e cuidar da saúde, para os que buscam qualidade de vida e bem estar”, explica.

O educador físico aponta como os principais benefícios da escalada o au-mento da disposição física e mental, a melhora das capacidades físicas como resistência, força muscular, coorde-nação, equilíbrio e concentração do praticante. Em relação aos aspectos mentais, Francisco ressalta a melhora do estado de espírito, que é responsá-vel pelo bom humor e relaxamento. “Como em todos os esportes radicais, há liberação dos hormônios adrenali-na e endorfina, provocando em nosso corpo sensações de bem estar, euforia e relaxamento”, completa.

O final de semana é, geralmente, muito aguardado pelas pessoas por ser um período propício para o re-laxamento. Uma pausa na correria diária para descansar, recarregar as energias e preparar o corpo para mais uma semana intensa de atividades. Um grupo específico de pessoas tem buscado cumprir esse objetivo em um lugar bem inusitado. Não é na praia, na balada, muito menos em casa, mas a 200 metros do chão, em serras, formações rochosas e picos, cenários ideais para a prática da escalada.

A escalada esportiva surgiu a par-tir do alpinismo, pela necessidade de treino, principalmente no rigoroso inverno europeu. Emoção é o que não falta durante a prática desse es-porte, que tem ganhado expressivida-de em todo o país.

Há 9 anos, a educadora física Dé-bora Hashiguchi (36) foi apresentada à escalada por um amigo e descobriu nesse esporte um meio para adqui-rir confiança em si mesma. Valores

que ela faz questão de transmitir ao pequeno Luca, de apenas 4 anos. “Quando eu engravidei dele eu já es-calava há um bom tempo, escalei até dois dias antes dele nascer. Dois me-ses depois eu voltei a escalar e como ele sempre vinha pra acompanhar, isso despertou o gosto pela escalada e hoje ele está escalando”, comenta.

Outro aspecto que também cha-mou a atenção da educadora física foi uma das peculiaridades do esporte. “É muito diferente dos outros espor-tes que são praticados no chão. Na escalada, a sua base é vertical e não horizontal”, comenta. A característi-ca torna a atividade física ainda mais interessante e imprevisível. Esses atri-butos foram os que mais chamaram a atenção do escalador Léo Rocha (35), que pratica o esporte há 7 anos. “O que eu mais gosto da escalada é o desafio. É um desafio constante e que nunca acaba. Sempre você vai ter que estar superando seus limites. É uma coisa que não tem explicação”, conta.

“Como em todos os esportes radicais, há liberação dos hormônios adrenalina e endorfina, provocando em nosso corpo sensações de bem estar, euforiae relaxamento”Francisco Batista, educador físico

“É um desafio constante e que nunca acaba. Sempre você vai ter que estar superando seus limites”Débora Hashiguchi, educadora física

Escalada e preparo físico

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Terapia?Durante a escalada esportiva é

preciso autocontrole e muita auto-confiança na superação de medos e fobias. Cooperação e sintonia entre os participantes são fundamentais para a execução da atividade. O instrutor de escalada Édervan Menger acom-panhou casos de pessoas que começa-ram a escalar e mudaram totalmente o seu comportamento para melhor. E

a mudança vai muito além do espírito de equipe. “O que se percebe muito é a parte de concentração. Você vê que pessoas muito eufóricas, afobadas, de-pois de um certo período de tempo es-calando, começam a se controlar mais, tem um maior domínio, se tornam mais equilibradas, mais centradas. A escalada também é um exercício que desenvolve o autocontrole”.

“A escalada também é um exercício que desenvolve o autocontrole”Édervan Menger, instrutor de escalada

Segurança na escaladaO presidente da Associação de

Escaladores do Rio Grande do Norte - AERN, Jalon Medeiros, explica que antes de se aventurar nas superfícies verticais das rochas é preciso que os escaladores adotem alguns cuidados. “A escalada é, por definição, um es-porte de risco. Mas se você praticar com orientação adequada, observan-do a especificação do equipamento e comprando um material adequado para a prática, você consegue reduzir e muito o risco no esporte”, diz.(ver box na página ao lado)

O grau de dificuldade não é defi-nido pela altura, mas pelo percurso enfrentado pelo escalador. Duran-te a definição de roteiros verticais, o praticante cria caminhos que são marcados pelas chamadas “costuras”, o ato de unir as fitas aos mosquetões, estruturas presas na rocha. “Se ele, por ventura, sofrer uma queda, essa costura e o freio do participante vão impedir a queda do escalador”, expli-

ca Jalon Medeiros. Assim como os esportes conven-

cionais que exigem muito esforço físico, na escalada as lesões também podem ser recorrentes, caso o atleta não esteja preparado fisicamente. O educador físico Francisco Batista des-taca algumas das lesões mais comuns: “se o praticante dessa modalidade es-portiva não estiver suficientemente treinado, lesões como estiramento muscular (ocorre quando as fibras são alongadas mais do que seus limi-tes) ou contratura muscular (disfun-ção muscular sem rompimento das fibras) podem ocorrer”, diz.

Ele recomenda que sejam pratica-dos alguns exercícios específicos para o preparo físico desses atletas. “Os exercícios funcionais ganham desta-que na preparação da escalada esporti-va em virtude destes proporcionarem os estímulos mais próximos possíveis da realidade de cada situação que o praticante de escalada irá se deparar”.

“Se ele, por ventura, sofrer uma queda, essa costura e o freio do participante vão impedir a queda do escalador”Jalon Medeiros, presidente da AERN

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A escalada no RNÉdervan Menger foi um dos fundadores da Associação de Esca-

ladores do RN, em 1994, que começou com um grupo de 4 amigos unidos pela paixão aos esportes radicais. Hoje, o instrutor de escalada diz que já é possível encontrar de 30 a 40 pessoas escalando apenas nos fi ns de semana, o que considera uma grande conquista.

O Rio Grande do Norte conta com uma boa estrutura para quem quiser iniciar o esporte. “Na escalada, não é como você chegar numa quadra de futebol e pedir pra jogar bola junto, tem que participar de uma sequência de treinamentos. E isso é feito através de um curso básico de escalada. A gente tem uma associação voluntária do RN, que é com-posta pela maioria dos escaladores daqui, e essa associação credencia al-gumas escolas, alguns instrutores. Quem quiser começar primeiramente procura a associação e a gente vai indicar instrutores credenciados pra essa pessoa, até que ela escolha qual é o mais viável”, orienta Menger.

Além desse aparato, o escalador no RN pode contar também com um Centro de Treinamento de Escalada Indoor, localizado em Pium, além de poder participar de eventos relativos ao tema. Em setembro de 2012 acontece o 11º Encontro de Escaladores do Nordeste, que será sediado aqui no Estado.

1. COrDasEquipamento básico de segurança do montanhista. Serve para unir o esca-lador na rocha, protegendo-o no caso de uma queda.

2. FrEiOsControlam a descida do escalador na corda, ao final de uma escalada utili-zando técnicas verticais.

3. MaGnÉsiOO carbonato de magnésio é utilizado para absorver o suor nas mãos, man-tendo-as secas e mais aderentes.

4. CaDEirinHaServe basicamente para sustentar o atleta durante a escalada. Sua função é unir o escalador com a corda, propor-cionando conforto e segurança.

5. CaPaCETEEquipamento de uso obrigatório. Sua função básica é proteger de pedras soltas que podem cair acidentalmente na cabeça do escalador ou no caso de escorregões.

6. saPaTiLHasOferecem maior sensibilidade aos pés e é feita de uma borracha especial que adere com maior facilidade às pedras.

7. GraMPOs E CHaPELETasPeças de metal fixadas na rocha atra-vés de buchas metálicas e parafusos. Utilizadas para segurança do escala-dor, apresentam um orifício por onde é preso o mosquetão ou as costuras.

Fontes: http://www.escalando.kit.net/dicionario.htm e Associação dos Esca-ladores do RN

É FUNDAMENTAL:

“Na escalada, não é como você chegar numa quadra de futebol e pedir pra jogar bola junto, tem que participar de uma sequência de treinamentos”

Édervan Menger, instrutor de escalada

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Santa couve

Por Patrícia Gabriela Soares

Dá pra imaginar uma dieta saudável sem o consumo de legumes, frutas, verduras e folhas? Os vegetais exercem um papel

fundamental na nutrição. Mas, entre eles, um merece destaque e deve ser consumido todos

os dias, a couve.

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“A couve possui ainda o folatus, substância

que normalizaas taxas hepáticas -

TGO e TGP”Graça Morais, nutricionista

“Em minha casa sempre foi costume

o consumo da couve no feijão e

saladas, faz parte da alimentação do

nosso cotidiano”Irineliene Macêdo, mãe de Fernanda

A folha é considerada um ali-mento altamente nutritivo. Contém proteínas, vitaminas A, B1, B2, B6, C, K, ômega 3 e minerais como mag-nésio, potássio, cálcio e ferro. É rica também em fibras, bom para pessoas com diabetes.

Com tantos nutrientes, a couve possui muitas propriedades nutri-cionais, atuando na prevenção de di-versas doenças como, por exemplo, osteoporose, anemia, hipertensão, intolerância à lactose e alergias à pro-teína do leite. O consumo da couve também ajuda a combater proble-mas do fígado e estômago, ameniza a asma e bronquite, previne a infecção urinária e possui ainda ação laxati-va, vermífuga e cicatrizante. Além de tudo isto, a couve possui alguns compostos como os fenólicos, que, segundo pesquisas, tem ação eficaz na diminuição da multiplicação de células cancerígenas.

A nutricionista Graça Morais res-salta ainda outros benefícios nutri-cionais da hortaliça. “É importante saber que a couve contém uma subs-tância chamada sulforafano, que pro-tege o corpo das toxinas, dos pesti-cidas, agrotóxicos, malefícios do uso de antibióticos prolongados, entre outros. De qualquer forma, é impor-tante que se dê preferência ao consu-mo da couve orgânica, dessa forma é possível garantir a qualidade dos alimentos, seus valores nutricionais e, consequentemente, seus benefícios para a saúde. Possui ainda o folatus, substância que normaliza as taxas hepáticas (Transaminase Glutâmica Oxalacética - TGO e Transaminase Glutamina Pirúvica - TGP)”, explica.

A couve deve ser, portanto, con-sumida diariamente e inclusive fazer parte do cardápio dos pequenos. Foi o que Irineliene Macêdo fez no car-

dápio da sua filha Fernanda, de um ano e seis meses. Quando começou a introduzir sucos e outros alimentos na dieta, sua filha já passou a tomar suco de couve, inclusive sem açúcar, e a treinar as papilas gustativas para aceitar a hortaliça. “Em minha casa sempre foi costume o consumo da couve no feijão e saladas, faz parte da alimentação do nosso cotidiano. Certo dia, a minha mãe preparou o suco de couve, ela viu e logo pediu para tomar. Tomou tudo. A presença da couve não altera o sabor do suco de frutas, ela adora”, conta a mãe da

pequena Fernanda, que está com uma alteração no fígado e hoje con-some couve todos os dias por reco-mendação médica.

A couve pode estar presente em saladas, refogados, sucos, como tam-bém em diversas receitas como sopas, caldos, molhos, recheios, entre ou-tras. Quando consumida crua, a cou-ve deve ser devidamente higienizada.

O consumo da couve deve ser evi-tado principalmente durante o trata-mento de quimioterapia e quando o paciente tem problemas de tireoide e de ferritina alta.

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GELO DE COUVEingredientes:- 3 folhas de couve- 1 xícara e 1/2 de chá (300 ml) de água

Modo de fazer:Liquidifique os ingredientes e coloque na forma de gelo. Sem orientação de um especialista consuma cerca de dois cubos diariamente. “O consumo em excesso pode trazer prejuízos à saúde, é importante consultar também um especialista”, lem-bra Graça Morais.

sUCO DE COUVEingredientes:- 1 polpa da fruta de sua prefe-rência ou 1 porção da fruta;- ½ folha de couve;- 200 ml de água, água de coco ou chá de sua preferência.

Modo de preparo:Liquidifique e sirva em seguida. Se possível não coar, assim é possível conservar as fibras. Se adoçar, dê preferência ao açúcar demerara ou mascavo.

RECEITAS

Higienização

EscolhaAo escolher a couve dê preferên-

cia a de folhas lisas, de cor verde vi-brante, brilhantes e descartar as que possuem folhas amareladas e com furos. “Quanto menor a folha, menor é a quantidade de agrotóxico contido nela”, acrescenta Graça Morais.

Coloque a couve de molho em um recipiente com 1 colher de sopa de hipoclorito para cada 1 litro de água, por vinte minutos. Depois, repita o processo em uma nova solução, agora com 1 colher de sopa de vinagre para cada 1 litro de água, por mais vin-

te minutos. Isso irá eliminar o efeito tóxico do hipoclorito. Para fi nalizar o processo, é importante detoxifi car. Coloque a couve no vapor por cer-ca de dois minutos, retire e lave com água fria. O processo também prepara a hortaliça para fazer os cubos de gelo.

ArmazenamentoAo chegar das compras, retire a

couve da sacola de transporte e deixe na geladeira por cerca de duas horas para fechar os poros e impedir a pe-netração do agrotóxico na hortaliça. Após as duas horas, deve-se fazer a higienização.

“O consumo em excesso pode trazer prejuízos à saúde, é importante consultar

também um especialista”Graça Morais, nutricionista

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EmagrecimentosustentávelEla é endocrinologista, com especialização em obesidade. No consultório, Dra Lyz Helena

sempre se deparou com pessoas insatisfeitas com o seu peso e que voltavam a engordar depois de um processo de emagrecimento. Ela mesma enfrentou esse problema na adolescência. Hoje, adepta a prática ortomolecular, ergue a bandeira do emagrecimento sustentável e se orgulha dos resultados obtidos pelos seus pacientes.

Por Juliana Garcia

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Viver Bem em Revista - Como des-cobriu a prática ortomolecular?

Lyz Helena - Durante 5 anos de con-sultório, eu vi que não conseguia ter grandes resultados. Os pacientes con-seguiam perder peso, mas depois vol-tavam a recuperar. Então, eu comecei a ler várias reportagens falando sobre a ortomolecular e fui procurar co-nhecer mais sobre o assunto, saber o que tinha de tão bom nisso. Conheci o Dr. Efraim Olszewer, que trouxe a ortomolecular para o Brasil. Ele é car-diologista e trabalha muito essa parte de síndrome metabólica e obesidade abdominal, que tem muita relação com a endocrinologia. Fiz 2 anos de pós-graduação e me encantei porque a prática ortomolecular, que hoje já é reconhecia pelo Conselho Federal de Medicina, melhora muito a qualida-de de vida do paciente e a perda de gordura vem como conseqüência.

VBR - E o que a ortomolecular tem de tão especial?

LH – O que acontece é que, nessa vida louca que vivemos, somos in-toxicados a todo momento. Desde o desodorante que é rico em alumínio, passando pela comida que tem mui-to agrotóxico e conservante. A conta-minação ambiental é muito grande e isso faz com que as vias bioquímicas não funcionem normalmente. Além disso, tem o estresse que sobrecarre-ga o organismo. Com isso, o nosso corpo consome muito substâncias como vitamina C, vitamina E, oligo-elementos, entre outros, ocasionan-do uma carência. Então, quando você começa a repor, de acordo com as necessidades de cada um, o paciente se sente muito melhor. Nos casos de ansiedade, angústia e compulsão, a resposta é rápida e eficaz. Você dá os

aminoácidos que vão formar os neu-rotransmissores que estão baixos, como a serotonina, pro exemplo. O paciente se sente melhor, a compul-são diminui, a disposição melhora e ele consegue desempenhar as fun-ções a que se propôs, sem desistir no meio do caminho.

VBR - E como é feito esse diagnósti-co para saber exatamente quais são as necessidades de cada pessoa?

LH – O diagnóstico é bem completo, você vai desde o fio de cabelo até o dedo do pé. Além dos exames labo-ratorias, existe o eletrossomatograma que realiza uma espécie de check up das células, órgãos e sistemas do cor-po humano. É preciso também levar em consideração a história clínica do paciente, o seu estilo de vida, o que pode estar interferindo na qualidade de vida dele. Na verdade, você volta um pouco para a medicina antiga, que avalia o paciente como um todo. Você não foca, ao contrário, você abre o leque e procura dosar as suas necessidades. Como eu já falei, a res-posta é muito rápida. Não me imagi-no trabalhando como antes. É outro resultado, não tem como comparar, principalmente na manutenção do peso. Pacientes que eu tratei voltam depois de um tempo para fazer um check up, mas a maioria está conse-guindo manter o peso. Voltam para reequilibrar o corpo depois de algum momento de estresse ou ansiedade.

VBR - Além dos suplementos, sabe-mos que a nutrição também exerce um papel fundamental nesse proces-so. Como é a dieta num tratamento ortomolecular?

LH – Aqui na Revivare, retiramos o glúten e a lactose nas dietas do De-

“A contaminação ambiental é muito grande e isso faz com que as vias bioquímicas não funcionem normalmente. Além disso, tem o estresse que sobrecarregao organismo.”

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tox e no Spa. Mas é importante um acompanhamento com uma nutri-cionista. As pessoas sabem retirar os alimentos, mas para que a dieta te-nha sucesso e o corpo funcione bem é preciso introduzir alguns alimen-tos funcionais. A proposta é seguir a orientação de Sócrates, que já dizia: “Que o alimento seja o seu remé-dio”. É tudo muito individualizado e prescrito de acordo com a avaliação do paciente. As pessoas precisam se conscientizar que comem muito não por falta de comida e sim de nutrientes. Então, quando você co-meça a equilibrar, o organismo pre-cisa de menos e o paciente se sente saciado com uma menor quantidade de comida. E uma coisa boa é que a nutrição evoluiu muito. Você tem à disposição muita coisa saborosa, bo-nita e saudável.

VBR - A atividade física também é um ponto importante nesse processo de emagrecimento. Mas o número de sedentários ainda é grande. É pos-sível conquistar bons resultados só com uma boa alimentação?

LH – Não. Para conseguir manter o peso saudável você precisa perder gordura e ganhar músculo. É o mús-culo que faz o metabolismo funcio-nar, que faz o corpo gastar energia. Aquela ideia de que é preciso fazer uma atividade aeróbica para emagre-cer está ultrapassada. Você precisa começar pela musculação e, claro, se puder associar com o treino aeróbico, ótimo. Mas se não puder, a priorida-de é a musculação ou qualquer outra modalidade que promova o ganho de massa magra. Não existe fórmula má-gica. A atividade física é um remédio para qualquer situação e eu prescrevo para todos os meus pacientes. É im-portante não só para essa questão do peso, mas para o sistema cardiovascu-lar, para a saúde mental. Se você tem pouca massa magra e muita gordura vai acabar tendo problemas como co-lesterol alto, a pressão vai subindo, vai enfrentar dores nas articulações. Mas é importante frisar que o exercício tem que ser na dose certa. O excesso não é saudável. Produz radicais livres, o corpo passa a economizar energia e você não consegue perder peso.

VBR - E a estética? Onde entra nesse processo?

LH – No processo de emagrecimen-to precisamos respeitar a fisiologia. Se você perde peso muito rápido, vai perder também massa magra. Por isso é preciso ter paciência. Quando você associa a estética, você consegue ir diminuindo gordura localizada e reduzir medidas. O paciente se sen-te melhor mais rápido. Mesmo que a balança ainda não esteja refletindo essa perda de peso, é possível sentir a roupa mais folgada, por exemplo. Mais uma vez é importante saber que não existe fórmula mágica. Só fazer estética e não mudar seus hábitos alimentares, nem praticar exercícios, não vai resolver.

VBR - Qual o seu conselho para essas pessoas que vivem nessa eterna briga com a balança e são insatisfeitas com o seu peso?

LH – Retire o glúten e lactose da dieta e pratique atividade física. Aí eu acho que está na metade do caminho.

A proposta é seguir a

orientação de Sócrates, que já

dizia: “Que o alimento seja o

seu remédio”

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O filho único é cada vez mais comum e, ao contráriodo que muitos pensam,não precisa sersinônimo decriança-problema

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Único e especial

Por Taciana Chiquetti

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Maria Clara é mãe somente de Aline, que é mãe apenas de Dudu. Três gerações e, mesmo assim, a fa-mília permanece enxuta. Este é um fenômeno cada vez mais comum para os núcleos familiares brasileiros. De acordo com dados divulgados, no ano passado, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), re-ferentes ao Censo 2010, a taxa de fe-cundidade da mulher brasileira caiu para 1,86 filho, por mulher, no perí-odo, ficando abaixo da taxa de 2,38 filhos constatada há dez anos. Esta queda ocorreu em todas as grandes regiões do país, principalmente no Norte (de 3,16 filhos por mulher para 2,42) e no Nordeste (de 2,69 para 2,01), que possuíam os mais altos ní-veis de fecundidade em 2000.

A oficial de justiça Maria Clara Borba (52) - mesmo há mais tempo do que revelaram as estatísticas – já vem confirmando a tendência nos núme-ros apurados. Ela até tentou ter mais filhos, mas somente Aline nasceu. No balanço da educação, apesar de ad-mitir o excesso de proteção, ela relata que Aline não vem sendo uma “filha única-problema” – egoísta ou depen-dente ao extremo como no estereótipo

dos filhos únicos. “Ela sempre foi uma criança reservada, responsável com os estudos e muito religiosa. Acho que ela também está conseguindo passar bons valores ao seu filho. Dudu é tími-do, mas não tem problemas em fazer amigos”, observa a avó-mãe.

Aline também considera sua edu-cação positiva, apesar da proteção exacerbada. “Acabei aprendendo a buscar meus objetivos sozinha e ter me tornado mãe cedo contribuiu para isso. Não me considero depen-dente emocionalmente de minha mãe e nunca me senti diferente por não ter irmãos”, conta, relatando que os amigos acabaram preenchendo muito satisfatoriamente esta lacuna.

Nada melhor para analisar o “fe-nômeno filho único” do que uma psicanalista e economista ao mesmo tempo. Segundo Odete Bezerra, pro-fissional com as duas formações, o que se observa em seu consultório é que os casais estão mais conscientes quando o assunto é procriar, assim como mais atentos à busca da felici-dade, como um todo, em suas vidas. “De forma geral, as pessoas ainda querem casar e ter filhos, mas sabem que terão que fazer algumas renún-

cias, principalmente materiais, para realizar estes objetivos. Por isso, estão planejando mais e, consequentemen-te, o filho será mais bem recebido quando chegar ao mundo”, avalia.

Se o garoto de 7 anos, Eduardo Di Donato Cabral, fosse desenhar a árvore genealógica de sua família, ha-veria bem menos galhos, mas prova-velmente muito mais cuidado e dedi-cação com cada um deles. “A questão econômica pesa muito. Se eu tivesse mais filhos, não conseguiria dar o melhor para todos eles. Além disso, a atenção teria que ser dividida”, obser-va a enfermeira Aline Di Donato, 25.

A psicanalista-economista con-corda: “somente no período da ges-tação até o primeiro ano de vida do bebê são investidos cerca de R$ 20 mil a R$ 40 mil neste projeto de um novo membro na família: o preço de um carro popular ou de uma viagem internacional”, compara. As fases mais caras na criação de um filho são as iniciais, até o primeiro ano de ida-de, e o período dos 20 aos 23 anos de idade, considerando custos com edu-cação, saúde, vestuário, alimentação e lazer. “As pessoas querem dar o me-lhor e isso custa caro”, resume Odete.

“Não me considero dependente

emocionalmente de minha mãe e nunca me senti

diferente por não ter irmãos”

Aline, mãe de Dudu

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“Se eu tivesse mais fi lhos, não

conseguiria dar o melhor para todos eles. Além disso, a atenção teria que

ser dividida”Dra. Odete Bezerra,

psicanalista-economista

Financeiro

Existem diversos levanta-mentos já realizados com o objetivo de se obter este valor. Abaixo, apresentamos os cál-culos feitos por Odete Bezerra, com base em dados do Centro de Estudos de Finanças Pesso-ais & Negócios (Cefipe).

Gestação até o 1º ano de vida:R$ 20 mil a R$ 40 mil2 a 4 anos: R$ 46 mil5 a 10 anos: R$ 57 mil11 a 15 anos: R$ 70 mil16 a 19 anos: R$ 79 mil20 a 23 anos: R$ 91 mil

TOTaL:Cerca de R$ 400 mil até os 23 anos de idade.

As mulheres também estão sen-do mães mais tarde – fato observado no consultório e comprovado pelo IBGE. A participação das mulheres mais jovens (15 a 24 anos de idade) em novos nascimentos diminuiu e cresceu a fecundidade entre as com mais de 30 anos, passando de 27,6% em 2000 para 31,3% em 2010. Com isso, há maior maturidade para criar uma criança e as vantagens decorren-tes deste fato e da opção por somente um descendente são muitas, como, por exemplo, mais dedicação do ca-sal, que oferecerá melhores oportuni-dades ao novo ser.

Segundo Odete, geralmente não existe angústia nos casais por opta-rem em viver apenas uma experiên-cia de maternidade ou paternidade, mas é preciso observar alguns as-pectos para serem bem-sucedidos na educação.

“A construção da identidade das crianças é feita de acordo com a sa-nidade dos pais. Geralmente, as mães projetam muitas expectativas em seus fi lhos, o que os tornam ansiosos por corresponderem. E isso não é bom, porque pode gerar sentimento de cul-pa neles. Outro aspecto é que os pais de fi lhos únicos podem ter a tendên-

cia de “roubar” a liberdade da criança de se relacionar com outras pessoas, prejudicando a formação de outros vínculos afetivos. Desta forma, a ‘Sín-drome do Ninho Vazio’, quando o fi -lho vai embora, pode realmente vir a acontecer”, explica.

No entanto, se os pais seguirem algumas dicas e buscarem o autoco-nhecimento podem sim construir um ser humano com muito mais chances para ser feliz e ter sucesso no futu-ro. “É preciso deixar bem claro para o fi lho que ele, apesar de ser muito amado, não é a única coisa boa na vida dos pais. Pais e fi lhos não po-dem depender emocionalmente um do outro, embora a demonstração de amor seja fundamental. É necessário também incentivar a socialização do fi lho com familiares e amigos e in-centivar a autonomia desta criança”, orienta Odete.

Tomando estas “precauções” psi-cológicas, a escolha por apenas uma criança em casa tende a ser até mais bem-sucedida do que a opção por vários irmãos e o investimento fi nan-ceiro, que pode chegar a quase meio milhão de reais, será compensado em questão de segundos, com apenas um sorriso do fi lho único e especial.

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Sua confiança nos transformou em referência. A Prontoclínica de Olhos acaba

de adquirir sua nova plataforma

cirúrgica, a mais moderna do

Norte-Nordeste, para correção

de miopia, hipermetropia ou

astigmatismo. Ela é composta

pelo alegretto de última geração

para correção de ametropias

e do laser de femtossegundo

que é usado para execução

do flap, o que torna a cirurgia

totalmente realizada por laser

e aumenta a sua precisão.

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Bate coração!

Previna as doenças coronarianas

e viva mais

As doenças coronarianas são res-ponsáveis por 33% das mortes no Brasil, sendo a principal causa de óbito no país. A conclusão é de um estudo divulgado em setembro de 2011, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O relatório mostra que as doenças não transmissíveis são muito influenciadas por fatores de risco comportamentais da população, como o fumo, falta de atividade físi-ca, consumo de álcool e alimentação pouco saudável. O desfecho, no caso desta patologia, é o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), popularmente co-nhecido como ataque cardíaco.

As doenças coronarianas são dis-túrbios que envolvem a circulação das artérias coronarianas e conse-quentemente afetam a irrigação do miocárdio. Ocorre quando as artérias coronárias, que suprem o músculo cardíaco de sangue, ficam endureci-

das e estreitas devido ao acúmulo de placas. Esse processo de acúmulo de placas, endurecimento e estreitamen-to das artérias é chamado de arterios-clerose. As placas são uma mistura de substâncias gordurosas que incluem colesterol e outros lipídeos.

Segundo a cardiologista clínica e intervencionista, Dra. Ludmilla Rocha, a prevenção deve ser feita desde a infância. “Como são placas de gordura que obstruem as artérias coronárias e elas se formam desde a infância é importante que desde esse período já se inicie um cuida-do, para que não haja progressão da doença. Claro que ao longo dos anos evitando os fatores de risco como o fumo, estresse, álcool, praticando atividades físicas, cuidando da ali-mentação e controlando as doenças concomitantes (diabetes, hiperten-são, etc)”, orienta.

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DiagnósticoA doença coronária é diagnos-

ticada por meio de exames comple-mentares não-invasivos específicos, como o teste de esforço, a cintilo-grafia com radiosótopos, o ecocar-diograma com estresse e a angioto-mografia coronária, cujos resultados reforçam a suspeita clínica.

Em casos de diagnósticos posi-tivos, o médico necessita conhecer precisamente o local das eventuais es-tenoses, o número dessas obstruções coronárias e o estado de contração do músculo cardíaco para escolher a for-ma de tratamento mais adequada para cada caso. Se o doente é sintomático ou possui outros fatores de risco, o exame mais indicado e que fornece es-sas informações com exatidão é o cate-terismo, realizado através da introdu-ção de uma pequena sonda, chamada cateter, em uma artéria periférica (do braço, da virilha ou do pulso), que é conduzida até a origem das coronárias e que fornece o diagnóstico claro e de-termina a conduta a ser tomada.

Se o cateterismo não elucidar to-talmente uma possível dúvida no diagnóstico, o Incor-Promater detém a exclusividade em dois exames bas-tante modernos. Um deles é o exame de diagnóstico da doença coronária

moderada, que é feito através do ul-trassom intracoronário, que é uma sonda que passa dentro da coronária e mede a quantidade de placas que tem no local e diz se ela é obstruti-va ou não. O outro exame é chama-do reserva de fluxo coronário, que diz se essa placa é prejudicial ou não. Trata-se de uma sonda extremamen-te fina que mede a pressão dentro da coronária. O local ainda possui uma estrutura totalmente equipada para garantir a segurança do paciente, fa-tor primordial quando o assunto é tratamento cirúrgico.

Os tratamentos são feitos para reestabelecer o fluxo coronário e diminuir as chances das placas de gordura voltarem a crescer e é im-portante que se leve a sério. “Se o paciente fizer o tratamento e não to-mar cuidado com os fatores de risco e mudar seus hábitos, provavelmente vai voltar a mesma situação e o pior, pode desenvolver a doença inclusive em outros locais da coronária, pois é uma doença progressiva. Não tem cura, mas tem controle, feito pelo tripé medicação, dieta e exercícios diários. Isso serve também para evi-tar problemas do coração em geral”, alerta dra. Ludmilla Rocha.

“Se o paciente fizer o tratamento e não tomar cuidado com os fatores de risco e mudar seus hábitos, provavelmente vai voltar a mesma situação”Dra. Ludmilla Rocha, cardiologista

Por Patrícia Gabriela Soares

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A resistência bacteriana pode estar associada ao uso de antibióticos na produção de animais destinados à alimentação humana

Por Patrícia Gabriela Soares

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Em razão da morte de algumas pessoas devido à infecções que se mostraram resistentes ao uso de an-tibióticos, hoje as farmácias e dro-garias não podem mais vender an-tibióticos sem prescrição e retenção de receita médica. Os antibióticos vendidos só são entregues ao consu-midor mediante receita de controle especial em duas vias. A primeira é retida no estabelecimento farmacêu-tico e a segunda é devolvida ao pa-ciente com carimbo para comprovar o atendimento.

A determinação foi publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sani-tária (Anvisa) no Diário Oficial da União (DOU), no dia 28 de outubro de 2010, por meio da portaria RDC nº 44 de 2010. Na resolução, as me-didas valem para mais de 90 substân-cias antimicrobianas, que abrangem todos os antibióticos com registro no país, incluindo os de uso dermatoló-gico, ginecológico, oftálmico e otorri-nolaringológico. Esse controle é im-portante para evitar a automedicação, a venda indiscriminada dos remédios e analisar quem está prescrevendo e como o estão fazendo.

O infectologista Kleber Luz acre-dita que as pessoas que consomem es-sas substâncias de maneira inadverti-da não tem noção dos riscos, gerando um impacto enorme e perigoso para a saúde.“Se você consome o antibiótico de forma desordenada, vai haver um processo de seleção de germes no in-divíduo, germes estes que ficarão cada vez mais perigosos”, alerta.

Enquanto a administração de an-tibióticos é utilizada criteriosamente em pessoas, na indústria animal o an-tibiótico é utilizado, de certa forma, rotineiramente na promoção do cres-cimento, alterando a flora intestinal dos animais, aumentando a absorção de alimentos e permitindo a produ-ção com custos mais reduzidos.

Os antibióticos podem impactar a saúde humana de duas formas prin-cipais. Uma pelo desenvolvimento de bactérias resistentes, ou seja, bac-térias que por ficarem expostas aos antibióticos passam a ser resistentes aos mesmos. Trabalhos científicos mostram de maneira inquestioná-vel que o uso de antibióticos leva ao aparecimento de bactérias capazes de resistir aos seus efeitos, ou seja,

“Se você consome o antibiótico de forma desordenada, vai haver um processo de seleção de germes no indivíduo, germes estes que ficarão cada vez mais perigosos”Dr. Kleber Luz, infectologista

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“Em nenhum momento as aves recebem essas substâncias, seja através da água ou da ração e toda a sua cadeia alimentar é monitorada”Dr. Luiz Demattê, gerente industrial da Korin

Livre de antibióticosA Korin Agropecuária, referência

nacional quando o assunto é alimen-tação saudável, detém o método até hoje inédito de criação animal isenta do uso destas substâncias.

A empresa produz frangos ali-mentados com ração vegetal, livres de antibióticos e promotores arti-ficiais de crescimento e ainda com alimentos vegetais como o milho e a soja, adicionados de sais minerais e vitaminas. Além disso, são utilizados ácidos orgânicos, como o ácido acé-tico (vinagre) e lático e óleos, essên-

cias e extratos de plantas (eucalip-to, canela, óleo de limão, etc) como forma de complementar e equilibrar a dieta dos animais com princípios naturais que os animais tinham aces-so quando viviam em condições de maior liberdade, antes que serem domesticados e impostos aos meios de criação de absoluto confinamen-to. “Foi um pioneirismo muito gran-de. Procuramos dar atenção à saúde dos animais e depois verificar como produzir mais. Em nenhum momen-to as aves recebem essas substâncias,

seja através da água ou da ração e toda a sua cadeia alimentar é moni-torada, o que garante a qualidade e benefícios do alimento à população”, conta Dr. Luiz Demattê.

A garantia de seus frangos tam-bém é confirmada pela certificação internacional de bem estar animal, ‘Human Farm Animal Care’. Trata--se de um protocolo de certificação conferido apenas para empresas pro-dutoras que implantam e seguem as normas rigorosas com relação ao bem estar animal.

as moléculas de antibióticos não le-vam as bactérias à morte ou à parada de sua reprodução. Tais bactérias re-sistentes, uma vez presentes nos pro-dutos alimentícios de origem animal, podem infectar seres humanos e se mostrar refratárias a maioria ou a to-dos os antibióticos utilizados para tra-tar esta doença. O outro aspecto noci-vo é que os antibióticos podem gerar níveis de resíduos nas carnes, ovos ou leite e induzir reações de hipersensibi-

lidade ou alergias em seres humanos. O uso indiscriminado de antibi-

óticos na produção de frangos tem preocupado as autoridades sanitárias do Brasil e do mundo. Um estudo preliminar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publi-cado no início de 2008, encontrou em certos frangos, ainda que em uma minoria dos casos, salmonelas (bactérias envolvidas em doenças de transmissão alimentar) resistentes

à drogas humanas e veterinárias. A própria agência considerou os resul-tados preocupantes por representa-rem riscos à saúde pública e recente-mente ampliou o monitoramento da produção. Há muitos trabalhos que comprovam isso. O Instituto Osvaldo Cruz, do Rio de Janeiro, possui um programa e participa de uma rede de laboratórios no país com a tarefa de mapear os níveis de resistência bacte-riana aos antibióticos.

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Dra. Regina Mendonça, angiologista e cirurgiã vascular

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Cirurgia de varizes com laser

Varizes são veias dilatadas e tortu-osas que se desenvolvem sob a super-fície cutânea, de forma permanente, com perda da sua função. As veias têm a função de drenar o sangue de volta para o coração. Por isso, quando elas perdem a função, se tornam veias varicosas. Apesar de provocarem in-cômodo estético, as varizes não são apenas um problema estético. São, sim, uma doença que pode provocar vários sintomas, tais como: dor, can-saço, sensação de fadiga nas pernas, inchaço ou edema, cãibras, prurido ou coceira nas pernas. Quando não são tratadas de forma correta, as va-rizes podem progredir e desenvolver complicações. Dentre estas podemos citar: eczema, tromboflebite , trom-bose venosa profunda, pigmentação e escurecimento da pele, hemorragias e úlceras varicosas. Por tudo isso é que as varizes devem ser tratadas.

A cirurgia de varizes é considera-da um procedimento menor, seguro e com resultados conhecidos. Depois da introdução da agulha de crochê, nenhum outro avanço significativo havia ocorrido nesse campo da cirur-gia de varizes, até que mais recente-mente surgiram novas tecnologias como uma alternativa minimanente invasiva ao tratamento cirúrgico tra-dicional de varizes, cabendo destacar o laser endovenoso.

O laser é um grande auxiliar no tratamento das varizes. A técnica foi importada da Europa e já passou por diversos aperfeiçoamentos. A cirur-gia de varizes com laser tem como principal diferença da tradicional o fato de substituir a retirada da safena e de algumas varizes mais calibrosas pela fototermólise do sangue. O que isto significa? Que a veia é “fechada” pela lesão térmica causada pela fibra óptica do laser. O objetivo é produzir um dano térmico irreversível na pare-de do vaso. Desta forma, a veia não é retirada do corpo, é lesada e oclui. A veia ocluída permanece no corpo, sem ocasionar transtornos circulatórios. O próprio organismo se encarrega de desviar o sangue que passava por ali para outras veias saudáveis. Além dis-so, pode ser (e frequentemente é) ne-cessária a retirada das veias colaterais e microvarizes adicionais. Por serem de calibre menor e mais tortuosas, elas não permitem a entrada e pro-gressão da fibra ótica que transmite o laser. Assim, essas veias são retiradas da forma tradicional, com pequenas incisões e agulha de crochê.

A cirurgia com endolaser é reali-zada em centro cirúrgico, com anes-tesia, porém com internação ao estilo hospital-dia. É fundamental o uso de ultrassom doppler no intraoperató-rio. É com ele que guiamos a intro-

A diferença da tradicional é o fato de substituir a retirada da safena pela fototermólise do sangue

dução e a progressão da fibra óptica e temos o controle do fechamento da veia após o laser ter sido disparado.

A grande vantagem dessa técnica é que, por ser menos invasiva, a dor no pós-operatório é mínima e com diminuição do tempo de recuperação em relação à cirurgia convencional.

CLíniCa angiOCaRdiORua Apodi, 556, Tirol 84 3133-4500

CEntRO LasER CLíniCa(Antiga Clínica Tony Elbert)Rua Mipibu, 720, Petrópolis84 3221-2990

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Palavras mágicas

Saiba como a prática havaiana conhecida como Ho’ oponopono pode ajudar na cura das relações

Por Taciana Chiquetti

Quem não deseja ouvir um “Eu te amo” verdadeiro, dizer um “Sou gra-to” do fundo da alma e ser bem rece-bido pelo outro ao expressar “Me per-doe” ou “Sinto muito”? Para a prática de origem havaiana ho’oponopono, voltada ao equilíbrio do ser huma-no, tais palavras vão além de relações humanas cordiais: passam a ser enca-radas como mantras poderosos para um novo estilo de vida, com novos padrões de pensamento.

Ho’o significa “causa” e ponopo-no quer dizer “perfeição”, portanto ho’oponopono pode ser interpretado como “corrigir um erro” ou “tornar certo”. Para quem pratica, um pro-blema, por exemplo, é uma memória repetindo uma experiência do passa-do e o que as pessoas precisam fazer é limpar todas as recordações, por meio de quatro simples frases: “Sinto mui-to”. “Me perdoe”. “Te amo”. “Sou grato”.

A terapeuta holística Shirley Bro-xado conheceu o ho’oponopono por meio de uma paciente e, depois de constatar os resultados obtidos por ela, passou a não somente praticar, como também recomendar aos seus outros clientes. “As quatro frases são mantras, um exercício repetitivo que nos leva a outro estágio do existir e que nos remete a autotransformação”,

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“Cada palavra tem o poder de carregar uma vibração. O cérebro não diferencia a experiência lembrança da experiência vivida”Shirley Broxado, terapeuta holística

insights

1. O universo físico é uma rea-lização dos seus pensamentos.

2. Se seus pensamentos são cancerosos, eles criam uma realidade física cancerosa.

3. Se seus pensamentos são perfeitos, eles criam uma re-alidade física transbordando amor.

4. Você é 100% responsável por criar seu universo físico como ele é.

5. Você é 100% responsável por corrigir os pensamentos cancerosos que criam uma re-alidade doente.

6. Não existe lá fora. Tudo exis-te como pensamentos em sua mente.

Preceitos de Morrnah Simeona.

Fonte: http://www.hooponopo-no.ws

observa. Ela conta que sua pacien-te começou a dizer os mantras sem críticas ou julgamentos, apenas se entregou à prática, e, em sete meses, conseguiu equilibrar seu corpo com a perda de peso, se livrar de um rela-cionamento afetivo conturbado e re-cuperar sua autoestima. “Ela pratica até hoje, porque conseguiu equilibrar várias áreas de sua vida”, frisa Shirley.

A repetição do mantra geralmente começa no “automático” até que passa a se encher de sentido. “Cada palavra tem o poder de carregar uma vibra-ção. O cérebro não diferencia a ex-periência lembrança da experiência vivida”, relata a terapeuta, lembrando do fi lme “Quem somos nós?”.

No documentário que busca mos-trar que tudo no universo é energia, o fotógrafo japonês Masaru Emoto apresentou seus experimentos com a água, submetidos ao pensamento hu-mano. Segundo ele, palavras ou pen-samentos fazem com que as molécu-las de água se comportem de formas distintas. A experiência de Emoto consistiu em expor água a diferentes palavras, imagens ou músicas, posi-tivas e negativas, e então congelá-la e examinar a aparência do cristal de água sob um microscópio. Mesmo sa-bendo que o trabalho não tem caráter

científi co, vale destacar os resultados que mostraram melhor aparência dos cristais submetidos ao conteúdo posi-tivo em relação ao negativo. Seguindo este raciocínio, a repetição das quatro frases pode provocar o mesmo efei-to positivo na vida das pessoas. “O contato com o abstrato deve ser feito vivenciando-o”, sugere Shirley.

Outro aspecto fundamental do ho’oponopono é assumir totalmente a responsabilidade por seus atos e pensamentos e, a partir disso, poder construir novas realidades. Culpar o outro ou a si mesmo é contrário a tal conceito. “Construir e não atrair. Porque nós somos o universo e temos o poder de criar. O que impede este poder é que, muitas vezes, as pessoas não querem assumir o que é negati-vo”, argumenta, comparando a vida a uma partida de frescobol. Não há vencedores, apenas o desejo de jogar, sem deixar a bola cair e, no entanto, sem facilitar para o parceiro. Acredi-ta-se na potência do outro em conse-guir fazer o melhor.

Dr. Ihaleakala Hew Len e Morr-nah Simeona, precursores do ho’oponopono, resumem o ponto de partida para qualquer comportamen-to que tenha o objetivo de promover uma mudança: “a paz começa comigo”.

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Ecobags:essa moda

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Entenda porque a suspensão do uso das sacolinhas plásticas está dando o que falar. E descubra porque essa discussão é tão importante para o planeta

Basta acompanhar por al-guns minutos o seu telejornal favorito, ler as primeiras pági-nas de uma determinada revis-ta ou até mesmo navegar pela internet para se deparar com termos como sustentabilidade, consumo consciente ou meio ambiente. Há meio século, esses assuntos eram raramente men-cionados pelas pessoas ou ins-tituições, mas hoje se tornaram itens prioritários na pauta de preocupações de muita gente.

Seja na forma de enchentes, aquecimento global, desmata-mento ou poluição dos rios e mares, enquanto consequências da ação do homem na natureza, as preocupações sociais estão se voltando para um mesmo ob-jetivo: preservar o planeta para as atuais e futuras gerações. De forma geral, vontade de mudar a realidade para melhor é o que

Por Shâmala Jewur

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“Um saco não vem do nada. Para ser produzido é pre-ciso que se explorem recursos naturais”. O alerta é feito pelo geógrafo José Petronilo, que chama atenção para os prejuízos causados ao meio ambiente em todas as etapas da circulação do saco plástico.

O presidente da Associação de Supermercados do Rio Grande do Norte - ASSURN destaca outro aspecto que po-tencializa ainda mais os danos ambientais causados pelo consumo excessivo de sacolas plásticas. “Na realidade, o grande problema dessas sacolas é um uso irracional delas”, comenta. Para ele, a distribuição gratuita das sacolas pelos supermercados é vista como um dos principais fatores res-ponsáveis pelo consumo desenfreado desses itens e que, muitas vezes, leva o consumidor final a descartá-los de forma inadequada. “Se todo mundo só levasse para casa a quantidade certa e descartasse as sacolas plásticas adequa-damente, não precisava tirá-las de circulação”, diz.

O elevado consumo de sacolas plásticas chamou a aten-ção do presidente da Assurn, que baseado no faturamento

e no uso desse item no supermercado, do qual é proprie-tário, estimou a distribuição de todos os supermercados do Estado e fez as contas. O resultado já era esperado: por ano, o Rio Grande do Norte chega a consumir, em média, 600 milhões de sacolas plásticas. Cada uma custa R$0,02 e o valor é repassado para o consumidor final.

Quando questionado sobre a recepção dos super-mercados locais à ideia de suspender o uso das sacolas plásticas, Geraldo Paiva explica que, em termos financei-ros, não faz muita diferença. Para ele, a economia trazida pela suspensão da distribuição gratuita das sacolinhas plásticas reside em outros aspectos. “Tem supermer-cados que alagam aqui e bairros inteiros ficam debaixo d’água. Estamos gastando mais com refrigeração, porque a temperatura é maior e tudo que a gente faz pra dimi-nuir o aquecimento global e o efeito estufa é bom para os supermercadistas. A contribuição que os supermercados precisam ter com o meio ambiente é tirar as sacolas de circulação”, frisa.

Onde mora o problema

“A contribuição que os supermercados precisam ter com o meio ambiente é tiraras sacolas de circulação”Geraldo Paiva, presidente da ASSURN

não falta na maioria das pessoas. Mas por onde começar? E como começar?

No dia 25 de janeiro deste ano, em meio às comemora-ções do 458º aniversário de São Paulo, a Associação Pau-lista de Supermercados - APAS e o governo do Estado de São Paulo firmaram um acordo com o intuito de suspen-der a distribuição voluntária e gratuita, por parte dos su-permercados, das sacolinhas plásticas aos consumidores. Cerca de 4 mil supermercados acataram a ideia e a estima-tiva da associação é que mais de 2 bilhões de sacolas dei-xem de ser distribuídas por mês. A partir daí, quem ainda fizer questão de carregar suas compras em sacos plásticos

deverá preparar o bolso antes de sair de casa para arcar com cerca de R$ 0,19 por cada sacolinha.

A mudança pode parecer radical à primeira vista, mas os números do Ministério do Meio Ambiente demons-tram que tais iniciativas são plenamente necessárias. De acordo com um levantamento feito pela Campanha “Saco é um saco”, do Ministério do Meio Ambiente em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS, no mundo são distribuídas de 500 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticas por ano. Só no Brasil, circulam anual-mente cerca de 12 bilhões de sacolas, o que equivale a aproximadamente 800 sacolas para cada brasileiro.

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Consumo consciente

Não faltam alternativas...

Foi através de um trabalho volun-tário de coleta seletiva no bairro de Mãe Luiza, no início da década de 90, que a engenheira civil, arquiteta e hoje facilitadora das redes de educa-ção ambiental do RN, Marjorie Me-deiros, decidiu defender a bandeira do meio ambiente. Ela conta que no início não foi fácil se aprofundar nes-se tema, mas o envolvimento com a causa foi capaz de fazê-la criar meto-dologias para desenvolver trabalhos com a educação ambiental e, des-

de então, não parou mais. “Quando você começa a trabalhar nessa área, é um vírus. E que nunca mais você tem cura. É uma coisa maravilhosa. Porque você começa a ter outra visão de mundo”, ressalta.

A facilitadora das redes de educa-ção ambiental no RN destaca que as pessoas estão cada vez mais receptivas a essa mudança de hábito e tem como um dos maiores fatores motivacio-nais a situação vivenciada pelo mun-do nos dias atuais: “são enchentes,

Ecobags são bolsas confeccio-nadas com material 100% natural ou reciclável, que podem ser feitas de linho, rami, algodão orgânico e, dependendo da sua matéria-prima, reutilizadas mais de 200 vezes. Seu uso tem como propósito a diminui-ção de materiais poluentes, que se não forem descartados corretamente, degradam a natureza.

Bonitas, muito mais práticas e maiores que as sacolas convencionais, as Ecobags estão na frente de uma sé-rie de alternativas em substituição ao saco plástico. Uma das mais difundi-das é a sacola oxibiodegradável, que se for disposta na natureza, pode ser degradada em pouco tempo. “Entre-tanto, ainda existem muitos questio-

namentos quanto ao uso dessa sacola, porque ela não desaparece, apenas se fragmenta e isso pode causar um im-pacto no solo também”, alerta o geó-grafo José Petronilo.

Ainda segundo Petronilo, as sa-colas feitas de bioplástico, aparente-mente inofensivas ao meio ambiente por serem feitas de material orgânico, também não são 100% ecológicas. “Essas sacolas, quando entram em decomposição, lançam gases na at-mosfera, como dióxido de carbono e gás metano, que vão também gerar problemas ambientais”, explica.

Um dos motivos que justificam a resistência da população quanto à adoção das sacolas retornáveis e ao abandono das sacolinhas plásticas se

remete à preocupação quanto ao des-carte do lixo doméstico. Neste caso, o geógrafo José Petronilo mostra que é possível pensar de forma ecologi-camente correta também durante o descarte desse tipo de resíduo. “Hoje já existe a possibilidade de pegar fo-lhas de jornais e fazer origamis, colo-car nos vasilhames para o lixo seco. No caso do lixo molhado, você pode aumentar o uso de folhas de jornais”.

“Essas sacolas, quando entram em decomposição, lançam gases na atmosfera,

como dióxido de carbono e gás metano”José Petronilo, geógrafo

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Veja alguns exemplos de países que se importa-ram com a temática:

irLanDa - Em 2006, a Irlanda instituiu nacionalmente a cobrança de 22 centavos de euro por sacola plástica. O comércio disponibiliza sacolas retornáveis.

iTÁLia - Em 1º de janeiro de 2011 entrou em vigor a proibição do uso e a comercialização de sacolas plás-ticas no comércio.

EUa -São Francisco – EM 2007, passaram a ser per-mitidas apenas sacolas compostáveis, sacolas de papel feitas com um mínimo de 40% de conteúdo reci-clado pós consumo ou sacolas reutilizáveis.

rUanDa - Em 2008, foi sancionada lei que proíbe a fabricação, importação, uso e comercialização de sa-colas plásticas. A pena para quem descumprir a lei vai de multa à reclusão de 6 a 12 meses.

CHina - Em junho de 2008 entrou em vigor legislação que proíbe a distribuição gratuita de sacolas aos clien-tes e a multa para quem desrespeitar as regras pode chegar a quase 1500 dólares.

Fontes: Ministério do Meio Ambiente (MMA)Instituto Akatu

PAÍSES ECOLÓGICOStsunamis, terremotos, deslizamentos, muitas catástrofes ditas naturais e que a gente sabe que no fundo são conse-qüências da ação humana no ambiente“, explica.

Em relação à suspensão do uso das sacolas plásticas, Marjorie aponta o consumo consciente como o primeiro passo a ser seguido para que seja possível cuidar do meio ambiente, antes mesmo de ir às compras. “É uma transfor-mação da forma de ver o seu consumo, desde o momento que você compra até o momento em que você vai descartar. Você vai ter que repensar todo o processo de produção. O que eu vou comprar, eu preciso realmente disso? Pode ser reciclado depois? Foi produzido de uma forma que agrediu o meio ambiente? Envolveu trabalho infantil? Então você vai ter outra forma de ver o seu consumo”.

Quando vai ao supermercado, Marjorie usa e abusa das caixas de papelão e ecobags, uma delas já vem sen-do utilizada há mais de 8 anos. E o uso das ecobags virou moda? Marjorie responde que sim. “Virou moda, eu te-nho até ecobag de grife. Mas por ser moda, a pessoa vai ao shopping com a ecobag pendurada no ombro, mas não usa para colocar as compras”, comenta.

Diante de tantas mudanças no cenário brasileiro em relação a essa problemática ambiental, segundo a asses-soria de comunicação da Câmara Municipal de Natal, em 2009 foi promulgada a Lei nº 00295-2009, que obriga os estabelecimentos comerciais a substituir as sacolas plás-ticas convencionais pelas oxibiodegradáveis. Outros pro-jetos de lei relativos ao tema ainda estão em tramitação. Mas ainda há muito a ser feito, tanto pelos gestores como pela população. Incitar a discussão sobre o assunto já é meio caminho andado.

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Alzheimer

Ainda cercada de muito preconceito, a

doença de Alzheimer atinge uma parcela

considerável da população idosa de todo

o mundo. O apoio da

família é fundamental e pode adiar

de forma significativa os

efeitos da doença

Por Shâmala Jewur

Entendendo o

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“Vovô não está bem. Passou a per-der tudo, óculos, chave do carro, ca-neta. E ficava irritado: “Quem pegou meus óculos? Quem foi o desgraça-do?”– gritava ele. Continuava a re-cordar perfeitamente as histórias que tinham se passado há muitos anos, mas não se lembrava do que ocorrera há poucos minutos. Um dia, sumiu por horas e foi encontrado no banco da pracinha, olhando o nunca (...)”.

A passagem faz parte da cartilha “O que está acontecendo com o vovô – o que os jovens e crianças podem e devem saber sobre a doença de Al-zheimer”, elaborada pela Associação

Brasileira de Alzheimer - ABRAZ. O grupo não governamental auxilia fa-mílias e cuidadores de pacientes com esse problema a entender a doença e a lidar com ela da melhor forma possível. O drama vivido pelo avô de Ana, na ficção, é o mesmo de 18 mi-lhões de pessoas no mundo, segundo a ABRAZ. Estima-se que, no Brasil, a quantidade de idosos com essa doen-ça corresponda a 1,2 milhão.

A secretária Edinara Pinheiro, 39, conhece bem os sintomas da doença. Há 11 anos, descobriu que a sua mãe, dona Edite, com 73 anos, estava com Alzheimer. “A gente percebeu através

do esquecimento. Ela vinha ficando repetitiva e contava a mesma história várias vezes. Começou a perder pe-quenas coisas em casa, como dinhei-ro e contava coisas da infância”, conta.

A geriatra Vanessa Giffoni expli-ca que quanto mais avançada for a idade, maior risco de desenvolver a doença. “Entre os idosos de 60 a 65 anos, menos de 1% vai ter a presen-ça de Alzheimer. À medida que você vai aumentando, a cada meia década vivida, a proporção dobra. De modo que na faixa etária de 90 a 95 anos de idade, 40% de idosos terão a presen-ça de Alzheimer”.

A doença de Alzheimer ocorre no cérebro e se trata de uma doen-ça degenerativa, de lenta progressão e irreversível. Não tem cura e, assim como outras doenças que levam à demência, age de forma silenciosa e causa a morte dos neurônios, células fundamentais ao sistema nervoso, que formam redes responsáveis por inúmeras tarefas, como aprendizado, memória, comando dos músculos, re-

conhecimento dos cheiros, imagens. “Uma proteína que é tóxica come-

ça a se depositar no cérebro, entre os neurônios, e o primeiro lugar em que ela se deposita é a região da memória e das funções intelectuais: raciocínio, pensamento, planejamento, orienta-ção em termos de espaço, cálculo (...) Funções que o ser humano, quando fica independente, precisa delas”, co-menta a geriatra.

Ação do Alzheimer no organismo

“A gente percebeu através do

esquecimento. Ela vinha ficando

repetitiva e contava a mesma história

várias vezes”Edinara Pinheiro, secretária

Vanessa Giffoni, geriatra

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Nesse período inicial da doença de Alzheimer, a geriatra Vanessa Gi-ffoni descreve alguns sintomas mais comuns. Um deles está nas freqüentes alterações de memória. “Não é esse branco do tipo - onde é que eu deixei a chave? É você esquecer de fazer as obrigações de casa, esquecer de pagar uma conta e isso começar a ficar roti-neiro. É emprestar um dinheiro a al-guém e esquecer que fez isso”, explica.

A geriatra conta que em um se-gundo momento, as proteínas, que antes estavam depositadas na região cognitiva do cérebro, se espalham para outras áreas, que são responsá-

veis pelo comportamento e pela per-sonalidade do paciente. “Às vezes um senhor que era super avarento fica desenfreado, gasta muito além dos seus limites. Tem dificuldade de lidar com as finanças e alteração espacial. Também demonstra agressividade e compulsão”, ressalta.

No período mais avançado, o por-tador da doença de Alzheimer pode apresentar perda de peso, dependên-cia completa e torna-se incapaz de desenvolver qualquer atividade de rotina, ficando restrito ao leito. Não conversa, sente dor ao engolir e fica suscetível à infecções.

A presidente da Associação Bra-sileira de Alzheimer no RN, Nilze Dias, acompanhou todas as fases da doença. Ela perdeu o pai e o marido pelo mesmo motivo. E hoje é uma das cuidadoras da mãe, de 94 anos, que também é portadora da doen-ça de Alzheimer. A experiência de vida se transformou em vontade de transmitir força e conhecimento para outras pessoas que estão passando pela mesma situação. “A finalidade da Abraz é dar apoio ao cuidador e ao familiar e mostrar o caminho que o paciente deve tomar”, conta. A as-sociação não tem fins lucrativos e sobrevive das ações voluntárias dos participantes, desde 2002. Hoje, a Abraz-RN promove palestras, even-tos, dá orientação aos familiares so-bre toda a parte estrutural que envol-ve a doença, além de contar com o apoio de especialistas na área.

Nilze Dias comenta que a pri-meira reação dos familiares ao des-cobrir que algum parente está com a doença é basicamente a mesma.

Apoio familiar

“Não é esse branco do tipo - onde é que eu deixei a chave? É você esquecer de fazer as obrigações de casa, esquecer de pagar uma conta e isso começar a ficar rotineiro”Vanessa Giffoni, geriatra

“Realmente a família fica perdida. Quem disser que não é desgastante está mentindo”, conta.

Este foi o caso de Edinara, que ao descobrir a doença da mãe, admite não saber por onde começar a cuidá-la. “Eu achei que fosse o fim do mundo. Eu não conhecia a doença, então comecei a pesquisar. Hoje ela vai ao geriatra, faz terapia ocupacional, fisioterapia. Com isso a doença estacionou”.

Para a geriatra Vanessa Giffo-ni, esse é o melhor caminho para os

familiares entenderem a doença e saberem como agir de forma corre-ta, enquanto cuidadores. Ela orienta que o primeiro passo está na procura por um diagnóstico, através da ava-liação médica de um neurologista, geriatra ou psiquiatra, profissionais habilitados para tal finalidade. E após o diagnóstico, a geriatra sugere que sejam apresentadas aos pacientes al-ternativas para que a doença demore a evoluir, atividades físicas e terapias ocupacionais são algumas delas.

A dedicação de Edinara com a mãe, portadora de Alzheimer há 11 anos.

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SINAIS DA DOENÇA

A percepção dos sintomas é fundamental para o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer e a pos-sibilidade de adiar os seus efeitos. A seguir confira dez sinais mais comuns apresentados pelos pacien-tes, descritos pela Associação Brasileira de Alzheimer:

1) Perda de memória que afeta as relações pessoais2) Dificuldade para executar tarefas domésticas3) Problemas com vocabulário4) Desorientação no tempo e espaço5) Incapacidade de julgar situações6) Problemas com raciocínio abstrato7) Colocar objetos em locais errados8) Mudanças de humor e comportamento9) Mudanças na personalidade10) Perda de iniciativa

Fonte: www.abraz.com.br

“Com o medicamento e a terapia, a gente tem como fazer com que essa piora ocorra em um tempo maior, com menos sofrimento e o nosso trabalho é especifi camente para isso, para que essa pessoa tenha qualidade de vida”, explica o terapeuta ocupacional e vice-presidente da Abraz-RN, Nilton Genobie, ao incentivar a inclusão de terapias durante o tratamento da doença, na busca pelo estímulo das habilidades físicas e mentais do paciente.

Além da educação física, fi sioterapia e fonoaudiologia, as sessões de reabilitação cognitiva realizadas pelos tera-peutas ocupacionais também trazem resultados positivos aos pacientes. “É aquela que faz a estimulação da memória através dos sentidos. Por exemplo, a gente utiliza muito a memória tátil, olfativa, memória auditiva, provérbios. A gente pode trabalhar de várias formas”, completa.

Além de todas essas atividades complementares, a se-cretária Edinara Pinheiro dá a receita que vem seguindo há 11 anos, no convívio com a mãe, paciente de Alzheimer. “Ter paciência e carinho é fundamental. E a família tem que estar bem unida”, completa a fi lha caçula de dona Edite.

Atividades complementares

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Saúde e bem estar,hoje e sempre

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Atendimentos terapêuticos, reabilitação, inclusão digital e atividade física promovem qualidade de vida e se tornam indispensáveis em qualquer idade

As novas tecnologias, o avanço da medicina e o aumento da expectativa de vida são alguns dos efeitos que a infl uência da modernidade exerce na vida contemporânea. No entanto, de-vemos estar atentos a tantas facilida-des proporcionadas pela praticidade das ferramentas tecnológicas, pelo imediatismo das rotinas e a alimenta-ção, muitas vezes pobre em nutrien-tes, ou ao aparecimento de alguma patologia, por exemplo, pois estes si-nais podem chegar a interferir de for-ma negativa na qualidade de vida das pessoas, caso não sejam respeitados os nossos limites de forma adequa-da ou não buscarmos ajuda a tempo. Tudo isso pode ser solucionado com o trabalho de profi ssionais prepara-dos, de forma integrada.

A Terapeuta Ocupacional Anne Karoline Correia explica a diferença entre esse tipo de atendimento e um atendimento convencional. “Quan-do se fala de interdisciplinaridade percebe-se uma evolução mais rápi-da do tratamento porque as informa-ções percorrem um caminho entre a equipe de profi ssionais”. A psicólo-ga Ana Flávia Araujo, completa: “É no atendimento interdisciplinar que

nós, profi ssionais, trabalhamos em prol de um ser bio-psicossocial e po-demostrabalhar sob um ângulo mais humanizado, levando em considera-ção o indivíduo em si e não apenas seu diagnóstico”.

Um espaço onde a população pode contar com um olhar diferen-ciado de profi ssionais qualifi cados, numa proposta interdisciplinar, cujos serviços são voltados para o contex-to das atividades diárias e à dinâmi-ca familiar de cada pessoa. Esta é a Clínica Márcia Ortiz, que oferece, além de um atendimento completo e personalizado, uma gama de opções de terapias, tratamentos clínicos, fi -sioterapia e sessões de atividades físi-cas, para atender a um vasto público. “Oferecemos atividades para toda fa-

- Natação - Hidroterapia - Fisioterapia Aquática (idoso, adul-to e infantil)- Hidroginástica (idosos, gestantes e fitness)

- Watsu

Profissionais: André Nascimento, Eveline Constantino, Haryadna Pe-reira, Lindiane Souza, Márcia Ortiz e Têmis Viana

NA PISCINA

Por Shâmala Jewur

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mília. Desde os bebês, com estimu-lação precoce e aulinhas de natação, passando pelas crianças com difi cul-dades escolares, de comunicação ou em seu desenvolvimento neuropsi-comotor, como também para aquelas que querem aprender a nadar”, conta a diretora técnica da clínica, a psico-motricista Márcia Ortiz.

Ela também destaca o trabalho di-recionado aos adultos e idosos, com inúmeras possibilidades: aulas de in-ternet, nutrição, natação e hidroginás-tica, fi sioterapia, ofi cinas de terapia ocupacional e psicologia. Quem uti-liza os serviços da clínica conta com uma estrutura montada para oferecer o melhor. O espaço foi planejado para ser acessível a qualquer pessoa. Os vestiários são adaptados, com ampla área de jardins e estacionamento com vagas reservadas para embarque e de-sembarque das pessoas com necessi-dades especiais, as salas são climatiza-das e recepção confortável. A piscina é aquecida, coberta e com rampa de acesso, além de pontos de hidromas-sagem, cascata e com tratamento à base de sal para amenizar a utilização de produtos químicos mais agressivos como o cloro convencional.

A dona de casa Cláudia de Olivei-ra é mãe de Juliana, de 23 anos, que desde 2009 frequenta as sessões de terapia ocupacional, psicopedagogia, psicologia, hidroterapia e fi sioterapia na clínica. “Eu gosto do atendimento integrado porque dá uma ideia de se-quência nas intervenções e os profi s-sionais interagem entre si. O que um está precisando aqui, pega o apoio do outro ali. Tivemos 80% de melhora”.

Os fi sioterapeutas da clínica, André Nascimento, Têmis Viana e Lindiane Souza, ressaltam o papel da integração dos profi ssionais para as pessoas aten-didas. “O exercício do olhar da equipe integrada traz a possibilidade de uma mediação entre a pessoa, a queixa, o objetivo e os familiares. Numa pers-pectiva de favorecer toda a família”. Ao cuidar de toda família, a Clínica Már-cia Ortiz tem na sua marca não ape-nas o propósito de atender bem, mas também fazer parte da vida de muita gente, garantindo o compromisso com a saúde e com o bem estar.

CLíniCa MÁRCia ORtiZAv. Passeio dos Girassóis, 2562Mirassol. Fone: 84 3231-1727www.marciaortiz.com.br

Psicologia:Ana Flávia AraújoNadja GuerraVanessa Indiara Machado

Terapia ocupacional:Anne Karoline Correia

Psicopedagogia:Edileuza AndradeAnilza SantosVanessa Indiara Machado

aulas de internet:Leonor Barbosa dos Santos

Fonoaudiologia:Marileide SouzaLeudedia LopesRosie Negromonte

nutrição:Eveline Constantino

Psicomotricidade:Vanessa Indiara MachadoMárcia Ortiz

rPG:Marizeli Lopes

Uroginecologia:Marizeli Lopes

ESPECIALIDADES“Eu gosto do atendimento integrado porque os profi ssionais interagem entre si”

Cláudia de Oliveira, dona de casa

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Bem ditoBem ditoBem dito“Não”

Por Taciana Chiquetti

Aprender a falar essa palavra sem culpa é importante para o bem estar de qualquer pessoa

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Poucos devem discordar que a palavra “não” é uma das mais ouvi-das pelas pessoas desde a mais tenra idade. Curiosamente, mesmo ouvin-do esta infi nidade de negações, pas-sar a dizer “não” nem sempre é tão fácil e corriqueiro como escutá-lo. E o pior: às vezes dizer um “sim” para alguém pode signifi car um “não” para si próprio.

Certamente que toda criança precisa de limite para aprender so-bre as suas próprias possibilidades e os direitos dos outros, porém o que se constata, segundo a psicóloga e terapeuta holística Amarilis Castro, a Dak, é que, desde cedo, não existe um critério por parte dos pais para se dizer “não” para o fi lho. Ora eles dizem “sim”, geralmente quando es-tão de bom humor, e ora dizem “não”, dependendo de seu estado emocio-nal. Com isso, a criança não conse-gue acreditar no modelo que os pais representam justamente porque são instáveis. Obtendo retorno de seus pedidos de maneira intermitente e sem compreender as razões do “sim”

e do “não” recebidos, as crianças ten-dem a desenvolver um comporta-mento de manipulação, que provavel-mente carregarão para a vida adulta.

Para Dak, o presente momento da história é marcado pela falta de noção de limite e pela “cultura de ex-tremos”, quando as relações humanas são marcadas pela polaridade repres-são ou permissividade. “O principal desafi o está relacionado à difi cul-dade dos pais de serem verdadeiros com seus fi lhos. Eles não observam suas próprias emoções e passam a agir sem critério. Outra situação co-mum é descarregar a agressividade nas crianças. A falta de equilíbrio não contribui para a formação de seres humanos com bom senso, capazes de identifi car os momentos de se dizer “sim” e “não”, da forma correta, na vida futura”, analisa.

A advogada e estudante de psico-logia, Luciana Lopes, 30, viveu, prin-cipalmente no período da adolescên-cia, esta difi culdade de negar algum pedido por medo de desagradar e, até mesmo, de perder a afeição das pes-

soas queridas. “Sentia-me mal, an-gustiada por achar que dizendo ‘não’ eu perderia ou desagradaria alguém. Mas descobri, principalmente com a ajuda de terapia, que o ‘não’ para o outro pode ser o ‘sim’ para mim. En-tão, dizer ‘não’ passa a ser positivo. Acho que o segredo é mudar o foco. Hoje, creio que melhorei em 90% este comportamento em minha vida”, re-lata, destacando que a forma de negar algo é importante. “Não é preciso ser grosseira para dizer ‘não’”, resume.

As conseqüências de uma infân-cia sem “nãos” de bom senso podem ir de comportamento antissocial, difi culdade em fazer suas próprias escolhas até dependência de álcool e outras drogas. Além disso, a criança pode desenvolver um comportamen-to de permissividade, sempre renun-ciando as suas vontades. Nas relações interpessoais, ceder é necessário, mas ceder sempre, anulando seus próprios desejos por causa do outro, pode trazer conseqüências psicológi-cas, especialmente se esta dinâmica começar na infância.

“Sentia-me mal, angustiada por achar que dizendo ‘não’ eu perderia ou

desagradaria alguém. Mas descobri, principalmente com a ajuda de terapia, que o ‘não’ para o outro pode ser o ‘sim’

para mim”Luciana Lopes, advogada

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SINTOMAS FÍSICOS ASSOCIADOS ÀS PRINCIPAIS EMOÇÕES

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Dor de cabeça Autocrítica, perfeccionismo

Gastrite Reter ideias indigestas, raiva

Diarréia Perda de controle, medo

Acne Falta de autoestima

Gripe Sobrecarga emocional

Dor ciática Medo do futuro, crença na falta

Pressão sangüínea ALTA: manter, por longo tempo, mágoa por problemas

insolúveis; BAIXA: depressão, derrotismo, fragilidade

Diabetes Profundo sentimento de mágoa, falta doçura na vida

Impotência Pressão sexual, tensão, culpa, crenças sociais,

rancor contra um antigo parceiro

Obesidade Insegurança, necessidade de proteção

Sinusite Irritação com pessoa de seu convívio

“Engolir sapo” faz mal à saúde

A doença é maneira simbólica de o corpo manifestar que está com algum problema. Os medos, raivas, angústias, experiências estressantes são gravados na mente e reprodu-zem-se, mais cedo ou mais tarde, em sintomas físicos. “Engolir sapos pode gerar males que atingem a garganta, doenças autoimunes e obesidade, as-sociados à difi culdade de impor limi-te aos outros. Mágoas e ressentimen-tos podem gerar doenças mais graves, como o câncer”, explica Dak.

Qualquer pessoa está sujeita a de-senvolver doenças psicossomáticas. O termo foi introduzido pelo psiquiatra alemão J. C. Helmholtz (1773-1843) em 1818 e, atualmente, desde as linhas de estudo mais modernas as mais tra-dicionais abordam o assunto.

Alguns livros relacionados a esse assunto são campeões de vendas, como “Você pode curar sua vida”, da

americana Louise Hay, que conseguiu se curar de um câncer, e o nacional “A Linguagem do Corpo”, de Cristina Cairo, que relaciona cada doença com um padrão negativo de pensamento.

Para evitar angústias e doenças fí-sicas, vale refl etir sobre os “nãos” da vida. A dica é explicar para a outra pessoa os motivos que levaram às ne-gações, falando de si próprio e nunca apontando os erros alheios. “Há três formas de se dizer as coisas: com a gar-ganta, com a mente e com o coração - única situação em que sempre somos compreendidos. Abrir possibilidades é o caminho mais acertado para não ferir o outro e, ao mesmo tempo, não desagradar a si mesmo”, observa Dak.

E para quem se anima a tentar dar uma negativa a partir desta reporta-gem, mais uma dica dada por especia-listas: dizer “não” implica necessaria-mente em, antes, saber ouvir um “não”.

“Mágoas e ressentimentos podem gerar doenças mais graves, como o câncer”Dak, psicóloga e terapeuta holística

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