vivÊncia litÚrgica parte i

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FORMAÇÃO PAROQUIAL DE MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA PALAVRA VIVÊNCIA litúrgica BARRA MANSA/RJ 03.11.2014 CONCILIO ECUMÊNICO VATICANO II Constituição sobre a Sagrada Liturgia S a c r o s a n c t u m C o n c i l i u m (SC)

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FORMAÇÃO PAROQUIAL PARA MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA PALAVRA VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA DIOCESE DE BARRA DO PIRAI – VOLTA REDONDA SAUDADE - BARRA MANSA/RJ POR: PADRE CARLOS ALBERTO GOMES DA SILA JÚNIOR 03 DE NOVEMBRO DE 2014

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Page 1: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

FORMAÇÃO PAROQUIAL DE MINISTROS

EXTRAORDINÁRIOS DA PALAVRA

VIVÊNCIA litúrgica

BARRA MANSA/RJ

03.11.2014

CONCILIO ECUMÊNICO VATICANO II

Constituição sobre a Sagrada Liturgia

S a c r o s a n c t u m C o n c i l i u m (SC)

Page 2: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

A vida é liturgiaA vida é liturgia…Quando as pessoas trabalham para ganhar a vida e paramelhorar o mundo, estão continuando o ato de amorpelo qual Deus iniciou a Criação.

Somos convidados a fazer donosso trabalho um serviço aDeus e ao povo. Neste sentido,todo trabalho é coisa de Deus,todo “ofício” é “divino”, toda anossa vida é liturgia.

Page 3: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

LITURGIA É:

Ação do Povo de Deus, reunido em Jesus

Cristo, na comunhão do Espírito Santo.

Quando falamos de liturgia, temos presente:

• A Missa ou Celebração Eucarística;

• Celebração dos Sacramentos (batismo, crisma, eucaristia, penitencia,

unção dos enfermos, ordenação, matrimonio);

• A Celebração dos Sacramentais (bênçãos, encomendação dos

mortos...);

• A Celebração da Palavra ou Culto;

• A Liturgia das Horas;

• O Ano Litúrgico.

Page 4: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

ESSA AÇÃO ACONTECE DE QUALQUER

MANEIRA?

A necessária organização litúrgica:

Todos sabemos que nenhuma atividade na comunidade funciona sem

um mínimo de organização. A liturgia não foge desta necessidade.

Para que a dimensão celebrativa funcione bem. Para que haja

participação de todos, se faz necessário que alguém, uma equipe

pense, planeje, prepare com carinho e dedicação.

As celebrações das comunidades, das paróquias e das Dioceses

precisam de um grupo de pessoas, de uma equipe ou de várias equipes

que prestem esse serviço comunitário. O primeiro critério que esta

equipe ou pessoas devem ter presente, é o "Querer Celebrar Bem".

Celebrar de tal modo que favoreça a participação de todos os

presentes.

Page 5: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

É preciso trabalhar…E trabalhar em equipe: liderançasdas Comunidades,Religiosas e Padres…

SOMOS CHAMADOS A

OLHAR TODA A

REALIDADE

COM O AMOR DE

CRISTO...

Page 6: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

METODOLOGIA

VER

JULGAR

AGIR

REVER

CELEBRAR

Page 7: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

VER

Page 8: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

1- OBSERVAR… A comunidade como Assembléia Litúrgica: tem voz e vez?

É sujeito da celebração?

A participação…De que forma acontece? O que se entende por participação?

Há compreensão do sentido de cada ação ritual, das ações litúrgicas realizadas?

Como são as celebrações? (como se celebra se vive e como se vive se celebra?)

O ambiente e o espaço celebrativo?

O Canto e a música litúrgica?

As celebrações são preparadas?

Há valorização da homilia, ilumina a vida?

Há utilização de gestos simbólicos dentro da Liturgia?

Page 9: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Por proximidade:

Diante do que já ouvimos e aprofundamos

durante a nossa Formação...

...

Mais o que observamos das liturgias e

celebrações nas nossas Comunidades...

1. O que identificamos /APONTAMOS como perspectivas (luzes) E QUAIS OS DESAFIOS pastorais?

2. PARTILHAr...

Page 10: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

JULGAR Nos sentimos maispreparados, após essaformação ou melhor, depois de cada formaçãoque fazemos?

Page 11: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

2. FORMAÇÃO: graças a esses momentos, somosajudados. Em que:

1º) CONHECER O MISTÉRIO CELEBRADO

Saber os conceitos sobre liturgia, celebração…

Saber o sentido de cada ação litúrgica ritual…

Estudar os principais livros e subsídios sobre o assunto…

Aprofundando os conceitos e o sentido litúrgico, vem a compreenção e

a mudança, ou seja, a vivência se dá naturalmente, sem stress.

2º)CLAREZA DE CONCEITOS QUE DÁ SEGURANÇA NA

AÇÃO É um processo lento, mas não pode parar…

Humildade, perseverança, obediência à igreja…

Amor, paciência…

Formação permanente: ter espírito amador e atuação profissional

(técnica).

Mergulhar no mistério pascal.

Page 12: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

A preguiça

O medo

A mesmice

A acomodação:“sempre foi assim”!, ou

“eu já sei de tudo…”

Tradições imaturas: o “simplório”, o

“show” e a “improvisação”…

PORÉM,É preciso MUITAS VEZES, combater…para se fazer uma boa formação e ter uma boa celebração litúrgica na comunidade , é precisocombater alguns espíritos sempre presentes…

Page 13: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Toda mudança gera uma crise…

Vamos com calma!!!

Devagar e sempre...

As pessoas tem dificuldade de mudar!

Será verdade?

Tem mesmo?

Lembre, é importante:

Page 14: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Home Theater

Ontem… Hoje...

Page 15: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Formação Litúrgica exige…

Amor ao que se faz…só se ama o

que se conhece…

Dedicação e estudo…

Oração, celebração…

Investimento (não é despesa!!!)

Cuidados com as pessoas, com o

material litúrgico, com o

ambiente…

Uma PASTORAL…

Page 16: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

AGIR

Page 17: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

3. PASTORAL LITÚRGICA

É a ação que tende a

favorecer ao povo de Deus,

sua participação ativa,

consciente, plena e frutuosa

na celebração do Mistério

Pascal de Cristo, de modo

que possa vivenciar o

Mistério celebrado.

Page 18: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Essa pastoral litúrgica…

Zela

Cuida

Promove:

–Vida interior

–Beleza estética

–Beleza musical

–Comunhão e participação

–Formação litúrgica permanente

–Participação

Page 19: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Acima de tudo…

Promove:

–Fidelidade à Igreja: não aos meusgostos e minhas idéias, mas aoque Deus nos revelou e a Igrejanos ensina…No caso, através da Sacrosanctum Concilium…

… Uma reflexão…

Page 20: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Não podemos matar ou apagar o

essencial! Olhem esta mulher…

Page 21: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Vejam a mesma mulher:

Page 22: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Na liturgia também não podemos…

Esconder o essencial, isto é, o

MISTÉRIO PASCAL DE CRISTO.

O essencial já é belo por natureza,

não precisamos através de

retoques exagerados querer

mostrá-lo ao mundo.

Liturgia não é show, mas

celebração do Mistério de Cristo.

Page 23: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Que perspectivas (LUZES) litúrgicas se abriram, a partir do

documento conciliar

Sacrosanctum Concilium?

Page 24: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

1. Participação ativa de todo um povo sacerdotal,

considerada uma revolução eclesiológica, porque até então a

liturgia era do domínio unicamente dos padres...

2. A liturgia como ação teologal, celebração Memorial do

Mistério Pascal (não mais como culto, como devocionismo),

centralizada na participação da Vida, Morte e Ressurreição do

Senhor...

Page 25: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

3. A liturgia como fonte

da espiritualidade cristã (talvez o ponto menos compreendido

e posto em prática)

O povo, sem participar da liturgia, foi criando

outras formas para expressar seu amor a Deus e

sua devoção, como: procissões, terço, via-sacra...

Devoções estas acolhidas e aceitas pela Igreja.

Ao longo do tempo, surgiu uma série de

espiritualidades, a maior parte delas sem ligação

com a liturgia.

Page 26: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

5. Devolução da Sagrada

Escritura ao povo de Deus,

dentro e fora da celebração

litúrgica: a proclamação e

interpretação da Palavra de Deus

na liturgia no idioma de cada povo,

a restauração do salmo

responsorial, da homilia e da

oração universal.

4. Substituição do latim

pelo idioma próprio

de cada povo: A celebração

litúrgica passa a ser entendida... na

língua do lugar...

Page 27: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

6. Redescoberta da atuação do Espírito

Santo na liturgia – com isso, a introdução das

epícleses - invocações do Espírito Santo -

superando um certo “cristomonismo” da Igreja

Católica.

(O fundamento da fé cristã é a Trindade, ainda que muitos cristãos,

embora professando uma fé no Deus Uno e Trino, a vivam, no cotidiano,

de modo a-trinitário);

7. Afirmação do sentido teológico da assembleia litúrgica

como expressão do ser Igreja.Reunião de pessoas em vista de um determinado objetivo, meta ou fim.

O corpo de Cristo: sinal visível do grande mistério da Igreja em toda

a sua realidade.

É Deus que convoca a assembleia litúrgica,

escolhe seus membros (“fui eu que vos escolhi”

- Jo15,16) por um chamado especial. “Eu os farei

meu povo e serei o Deus de vocês” (Êx 6,7).

Page 28: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

8. Sacramentalidade de toda liturgia

- não somente os sete sacramentos - daí a

importância da ritualidade, ou seja, resgate

da dimensão antropológica da liturgia: gestos

humanos, como falar, ouvir, comer, beber,

banhar, perfumar, performativos para

expressar e comunicar o Mistério de nossa fé.

9. Restauração do Ano litúrgico

em torno da Vigília Pascal e do

Domingo, dia do Senhor.O “Calendário religioso”, que marca

as datas dos acontecimentos da

História da Salvação. Antes tinha

outros nomes, por exemplo: “Ano da

Igreja” e “Ano Cristão”.

Page 29: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

10. Substituição do gregoriano por

cantos na tradição musical de cada

região (levou vários anos a se

concretizar, era preciso estudos e

aprofundamento, pelos letristas,

compositores e corais, principalmente,

o povo em geral).

11. Introdução de ministérios litúrgicos não clericais:

leitores, salmistas, acólitos, cantores... (antes era só o padre e

os coroinhas).

Page 30: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Diante das Perspectivas (LUZES) PASTORAIS

vistas, a partir da

Sacrosanctum Concilium (SC)

Que DESAFIOS PASTORAIS podemos destacar para a

caminhada das nossas Comunidades e da

nossa Paróquia,

para vivermos plenamente o

Mistério Pascal de Cristo,

no nosso jeito de celebrar?

Page 31: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Olhando para os 52 anos do Vaticano II e

da SC, percebemos um trabalho

maravilhoso, criativo, renovador... mas,

que não chegou, ainda, ao fim...

A nova mentalidade, a nova teologia e

espiritualidade litúrgicas estão longe de

terem sido assimiladas!

Sem nenhum pessimismo, mas, com

realismo pastoral, constatam-se grandes desafios,

que ainda persistem em nossos dias.

Destacamos...

Page 32: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

1. A participação – grande objetivo da reforma

litúrgica, a Participação Ativa, Interior,

Consciente, Frutuosa e Plena, direito e dever

do cristão batizado.

2. Uma liturgia que leve em consideração a

vida, o chão, a realidade das comunidades.

Aqui entra a Palavra de Deus, também:

atualizada, entendida, vivida...

3. Uma liturgia que seja solene e nobre, mas

simples, cheia de vida e não de pompa,

e, shows...

Desafios PASTORAIS

Page 33: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

4. A vivência da liturgia como ‘Fonte e

Cume’ da vida eclesial. A SC 10 diz que

a Liturgia é simultaneamente a Meta (Cume)

para a qual se encaminha a ação da Igreja e a

Fonte de onde emana toda a sua força. Ainda

não se alcançou a plena consciência do que

significa a centralidade da liturgia como Fonte

e Cume da vida eclesial, como celebração do Mistério Pascal de Cristo.

5. Uma preparação prévia, sobretudo

das celebrações dominicais,

meditando os textos bíblicos, antífonas e

orações..., em pequenos grupos, na catequese, nas casas, etc.

Page 34: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

6. A Formação Litúrgica intensiva, em

todos os níveis, para descobrir as riquezas que

a liturgia contém. Uma formação mistagógica

- aquela que nos faz mergulhar, entrar no Mistério

de Cristo - na catequese, nos grupos pastorais,

movimentos, serviços...

7. A Pastoral Litúrgica – com a tarefa de

dinamizar um processo de formação de todos os

participantes da Liturgia, visando, de um lado,

que a celebração seja sempre mais expressiva e,

de outro lado, o enriquecimento espiritual de todo

o povo" (CNBB, Doc. 43, n. 186-189).

Page 35: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

8. Liturgia e Catequese

A Catequese é intrinsecamente ligada com toda a ação

litúrgica e sacramental - Promover uma esmerada

formação litúrgica para os catequistas, incentivando a

vivência da liturgia em todas as pastorais, dando especial

apoio à catequese.

9. A Recuperação dos Símbolos e Sinais

Que sejam empregados de forma viva e digna, com uma

adequada catequese. “A força dos símbolos e sinais,

sobretudo quando retirados da vida e da cultura do povo,

completam a grande variedade de elementos da nossa

Liturgia" (CNBB, Doc. 43. n. 84): o altar, a sede, o ambão, a

expressividade dos sinais como pão, vinho, óleo, água,

incenso, cinzas, fogo, flores...

Page 36: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

10. O Canto, a Música, o Silêncio, a Dança...

O que prevalece não são os gostos, a estética individual

de cada um, mas a essencialidade do Mistério e a

participação frutuosa e prazerosa de todos.

11. O Espaço Celebrativo – seja valorizado, tanto

na conveniente decoração do ambiente, como também

na disposição dos vários elementos: altar, mesa da

Palavra, cadeira de quem preside, estante do

comentarista, coral, assembleia...

.....Tantos outros podem surgir...

Temos um longo caminho a percorrer!

Page 37: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

As luzes estão aí...

E nós, estamos dispostos a enfrentar e assumir os desafios

para podermos vivenciar bem nas nossas Comunidades

as Celebrações litúrgicas?

Page 38: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Portanto, durante estes nossos 4 encontros do mês de

novembro estaremos aprofundando este tema da Vivência

Litúrgica.

O Grupo litúrgico de nossa Paróquia tem como objetivos norteadores os

de:

Reunir e refletir melhor o verdadeiro sentido da liturgia em nossas

Comunidades e na nossa paróquia;

Estudar e aprofundar os temas litúrgicos;

Aprimorar sempre nossas liturgias.

E como objetivos específicos temos:

Formar e animar equipes de Liturgia em nossas Comunidades;

Valorizar e resgatar nas celebrações os gestos de acolhida e de boas-

vindas;

Promover curso...

Estudar documentos importantes da Igreja, tais como: constituição

“Sacrosanctum Concilium”; Animação da Liturgia (CNBB) e outros;

Valorizar as festas de cunho religioso, devocional e popular.

Page 39: VIVÊNCIA LITÚRGICA PARTE I

Frei Faustino PALUDO, Assessor da Comissão Nacional de

Liturgia, lembra que:

“Diante dos limites da caminhada em face aos

novos apelos de nosso tempo, a celebração jubilar

se por um lado suscita atitude orante, de

agradecimento e louvor, por outro lado, convoca

a darmos passos novos na perspectiva da

acolhida e do aprofundamento do espírito que

dinamiza a renovação litúrgica projetada pelo

Vaticano II”.