vivência espírita

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Revista Vivência Espírita - Edição 02 Distribuição gratuita para centros espíritas do Brasil. Editora Vivência. Um projeto do editor Victor Rebelo. www.vivenciaespiritualista.com.br

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ÍNDICE

Saúde e espiritualidadeEntre o espírito e o corpo físico, temos o perispírito, além dos núcleos

energéticos do duplo etérico (campo bioeletromagnético), responsáveis em fazer a captação, irradiação e distribuição do fl uido vital por meio de canais energéticos. Quando estas energias não fl uem livremente, o corpo adoece. Tudo o que pensamos e sentimos repercute, energeticamente, no corpo.

Como podemos manter um estado de saúde plena se cultivamos ódio, rancor, mágoa, irritação...? Como mantermos o equilíbrio espiritual sem a menor noção do que se passa em nossa mente? Como podemos ter um corpo saudável se nos “entupimos” de comida, sem nos preocuparmos com uma alimentação mais nutritiva? Como vivermos sem medo, afl ições e pressão, se estamos em uma sociedade competitiva demais, onde a grande preocupação da maioria é ganhar, ganhar e ganhar? Vivemos com medo da violência, mas não fazemos quase nada para ajudar aqueles que padecem na miséria moral. Reclamamos dos problemas respiratórios, gástricos, mas o que fazemos para manter a serenidade diante das difi culdades que surgem? Sin-ceramente, a grande cura virá quando uma maior consciência e amor reinarem entre nós. Só assim nos tornaremos mais sábios e sãos.

Victor Rebelo é médium e comunicador. Realiza palestras e vivências sobre harmonização da aura, mediunidade, arte e espiritualidade.

Acesse: www.vivenciaespiritualista.com.br

A revista também está disponível gratuitamenteem nosso site, para baixar.

Anúncios e redação: Fone (11) 2364-8792

Editor-chefe e Diretor de Arte: Victor Rebelo

Administração: Ivonete Pietro

Diretor-presidenteRicardo Pinfi ldi

VendasLeonardo Zoais

2015 – Ano 1 – número 02dezembro/janeiro 2016

A revista VIVÊNCIA ESPÍRITA é de autoria daEditora Vivência Ltda-ME.

Revista VIVÊNCIA ESPÍRITA – edição 02 –5 mil exemplares com distribuição gratuita em centros espíritas, pela Candeia Distribuidora.

site: www.candeia.comAtendimento:

0800 707 12 06(17) 3524-9800

A sede da Candeia fi ca em Catanduva, São Paulo. Endereço: Rua Minas Gerais, 1516. CEP 15801-280.

As opiniões e artigos publicados nesta revistasão de inteira responsabilidade de seus autores e não

refl etem, necessariamente, a opinião do editor.

e-mail: [email protected]

O conteúdo desta revista é gratuito. Para reprodução, na íntegra ou parcial, na internet ou de forma impressa, é necessário comunicar à Editora Vivência e divulgar a

fonte e autor do artigo.

Não encontrou seu livro na livraria?

Impressão gráfi ca e acabamentoFlor de Acácia Gráfi ca e Editora – (11) 2284-1200

ESPECIAL16 – CHICO XAVIER E A MENSAGEM DE NATALCIÊNCIA E ESPIRITISMO18 – O ESPÍRITO E O DNACENTRO ESPÍRITA20 – PUBLICANDO EXPERIÊNCIASCODIFICAÇÃO22 – A CODIFICAÇÃO ESPÍRITA

MATÉRIA DE CAPA04 – ESPIRITISMO E SAÚDEESPECIAL08 – EM BUSCA DA PAZ INTERIORREFORMA ÍNTIMA10 – APRENDA A SE AMARARTE12 – ARTE E MEDIUNIDADELITERATURA14 – PARA SER FELIZ

Anuncie sua empresa ou evento espí[email protected]

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O Espiritismo não tem como finalidade principal a cura das doenças do corpo. A principal finalidade do Espiritismo é

“curar” o espírito. Embora, sem alarde, coopere com a medicina, por meio de tratamentos especí-ficos, conforme as orientações de Allan Kardec, o seu objetivo maior é ensinar, orientar e consolar o espírito, auxiliando a todos alcançarem a “saúde moral” da angelitude.

Portanto, o Espiritismo não pretende compe-tir deliberadamente com a medicina do mundo. Se este objetivo fosse o essencial, então, os men-tores que orientaram Kardec na codificação da doutrina espírita certamente teriam indicado todos os recursos e métodos que assegurassem aos médiuns o êxito terapêutico no combate às doenças que afetam a humanidade.

Muitos buscam a terapêutica espírita para se tratar de doenças que a medicina não curou, mas qual é a proposta espírita para a saúde integral?

POR VICTOR REBELO E EDVALDO KULCHESKI

Espiritismo e saúdeMATÉRIA DE CAPA

O Alto inspira e coopera nas atividades tera-pêuticas utilizando os médiuns, mas sem qualquer intenção de substituir ou enfraquecer a nobre profissão dos médicos, cujos direitos acadêmicos devem prevalecer acima da atuação dos leigos.

Aceitamos, sem dúvida, que o centro espírita, além de escola onde aprendemos sobre os meca-nismos da vida, seja, também, o hospital onde as feridas do sentimento encontram medicação e todas as inquietudes recebem repouso.

Quando transformado em “hospital de almas”, o centro espírita ministra passes, oferece água mag-netizada, favorece a desobsessão, abre canais de ajuda espiritual pela força da prece e do esclareci-mento, revigora a esperança e torna a fé inabalável, com os alicerces racionais que a doutrina oferece, para a reconstrução de uma nova vida.

Se a finalidade do hospital é curar o doente, quando esta cura acontece, o hospital alcançou o seu fim. Aí o paciente recebe alta e vai embora, agradecendo a Deus não ser preciso continuar lá. Já no centro espírita tal não deve acontecer. A cura do mal físico ou espiritual deverá dar ao paciente motivos e condições para que na casa permaneça, na busca de entender as razões pelas quais a doença o trouxe até ali e o porquê da cura.

Como a medicina ainda não consegue curar todas as enfermidades do corpo físico e se mostra incapacitada para solucionar as doenças psíquicas de origem obsessiva, é evidente que os médicos não podem censurar os esforços do tratamento espiritual, que tenta suprir as deficiências médicas no tratamento das “moléstias da alma”. A medicina, malgrado o seu protesto à intrusão do médium ou do curandeiro na sua área profissional, fracassa

Perispírito

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paixões e dos vícios perniciosos que perturbam a contextura delicada do perispírito.

Doenças psicossomáticasAs doenças psicossomáticas são provenientes

do desequilíbrio do nosso padrão psicoemocional e energético.

A qualidade do que pensamos e sentimos se reflete em nosso perispírito e, no caso dos encar-nados, acaba gerando também um padrão dese-quilibrado na circulação de fluido vital em nosso duplo-etérico (campo bioeletromagnético). Caso este padrão de desequilíbrio espiritual-energético seja mantido por um certo período, acabará se ma-nifestando no corpo físico, naquilo que a medicina classifica como doença, que afeta os órgãos.

A cada encarnação trazemos não apenas nossas conquistas espirituais – que chamamos de evolução – mas também nossos desequilíbrios, que nada mais são do que nossas necessidades pessoais de reajuste perante as leis que regem a harmonia universal. Estes desequilíbrios, que já se manifestam no perispírito, podem vir a se manifestar também no corpo físico ainda na vida intrauterina (em uma nova encarnação) ou se agravar na encarnação atual, caso não mudemos o padrão dos nossos pensamentos e sentimentos, o que acabará, cedo ou tarde, gerando doenças no corpo físico.

Emissões mentais tóxicasPortanto, as doenças não são “débitos” e

nem “punição divina”. Enquanto persistirem as energias nocivas no perispírito, a cura não se completará. Como disse o espírito Emmanuel, através de Chico Xavier: “As chagas da alma se manifestam através do envoltório humano e o corpo doente reflete o panorama interior do

INTERIOR DO ESPÍRITO ENFERMOO CORPO DOENTE REFLETE O PANORAMA

� �

Do princípio vital

diante dos casos de obsessão. As doenças de origem física são meras cir-

cunstâncias ocasionais, não radicadas a vidas anteriores. São desajustes passageiros do me-tabolismo orgânico, por efeito de transgressões atuais. A disfunção orgânica é um estado que poderíamos chamar de “estado alterado de qual-quer órgão por apresentar uma doença”.

O que existe na disfunção orgânica são molés-tias ou distúrbios provocados por algum excesso de esforço, exagero alimentar, acidente, conta-minação bacteriana, virótica, etc., que impedem algum órgão de funcionar como deveria, criando a doença que, em muitos casos, pode ser curada simplesmente pela medicina.

Na realidade, os homens ainda não fazem jus à saúde física em absoluto, ante o desvio psíqui-co que exercem sobre si mesmos, no trato das

MATÉRIA DE CAPA

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espírito enfermo”. Lembramos que estamos nos referindo especificamente às doenças cuja causa se encontra no espírito em desequilíbrio. Cada caso é um caso; não devemos generalizar.

Diz o espírito André Luiz, no livro Missionários da Luz, psicografado por Chico Xavier, que “(...) se a mente encarnada não conseguiu, ainda, discipli-nar e dominar suas emoções e alimenta paixões (ódio, inveja, vingança), entrará em sintonia com os irmãos do plano espiritual que emitirão fluidos maléficos que irão impregnar o perispírito do encarnado, intoxicando-o com essas emissões mentais, podendo levá-lo até a doença.”

No livro Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz nos diz: “Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais.”

Partindo, portanto, das estruturas sutis do perispírito na direção do corpo, passando pelo duplo-etérico, esses ele-mentos nocivos se estabelecem em áreas específicas, as quais podem desequilibrar o funcionamento dos órgãos relacionados a elas ou desenvolver vidas microscópicas encarregadas de produzir os fenômenos compatíveis com os quadros das necessida-des evolutivas do indivíduo. Neste casos, a recuperação só ocorrerá mediante a elimi-nação da carga tóxica que está impregnada no seu perispírito e duplo etérico.

Embora estejamos dispostos a uma rea-ção construtiva, não podemos nos subtrair aos imperativos da lei de causa e efeito. A cada atitude corresponde um efeito, im-pondo retificação na mesma proporção, ou seja, temos que despender um esforço para repor as energias do mesmo modo que despendemos esforço para gerar um padrão desordenado.

Em busca da curaA verdadeira cura, portanto, não pode

ocorrer a não ser quando o processo reabi-

litador chegar a seu termo, ou seja, quando cessar a causa que gera a doença, e isso só é possível por meio do autoconhecimento e da reforma íntima. Ainda que o paciente seja curado em algum trabalho mediúnico no centro espírita, caso ele não mude seus hábitos, seu padrão de pensamentos e sentimentos, a doença poderá surgir novamente.

A doutrina espírita não prega o conformis-mo, portanto, é lícito procurar a medicina e o tratamento nos centros espíritas, que podem aliviar as dores e curar onde for permitido pelas leis divinas.

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Em busca da paz interiorESPECIAL

Nosso desejo não é ajudar as pessoas a triunfarem na vida material, mas ajudá-las na conquista de si mesmas, a descobrirem quem são, o que pensam e o que fazem

POR GEORGE DE MARCO

brirem em si mesmas o segredo de como alcançar a plenitude da paz, na tentativa de convencê-las de que “querer é poder”.

O que deseja transmitir aos leitores com esta obra?

Severino Barbosa – Aproveitamos o ensejo para esclarecer que, ao escrever nossos livros de autoajuda, o nosso desejo não é ajudar as pes-soas a triunfarem na vida material, repassando regras e segredos de como conseguirem grandes fortunas, altos cargos empresariais, grandes des-taques na política, bem como outras conquistas de caráter terra à terra. Não! Esse não é o nosso desejo, mas ajudá-las na conquista de si mesmas, a descobrirem quem são, o que pensam e o que fazem e, dessa forma, ajudá-las a encontrarem em si mesmas as barreiras que as impedem de terem acesso ao reino da paz que elas próprias conduzem, em seu interior.

O que seria, de fato, a tal paz interior?A essa resposta, eu conduziria o leitor à re-

leitura de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, que, bem vivenciado, nos leva a um estado de espírito superior, embora a nossa estatura espiritual seja, ainda, de almas em baixo nível de evolução. Lembremos que no evangelho encontramos abrigo para nos protegermos das guerras e confl itos do mundo atual. Façamos a nossa parte para pacifi car as criaturas, sem nos envolvermos em seus confl itos provacionais.

“Exercitar a arte de se manter em quietude interior não é privilégio somente dos indivíduos dotados de recursos espe-

ciais. Não. Todas as pessoas, mesmo aquelas que se acham situadas em meio ao fogo cruzado dos mais diversifi cados problemas e difi culdades, podem enfrentar as situações mais difíceis, sustentando o controle das emoções e refugiando-se em sua serenidade interior.”

Com estas palavras, Severino Barbosa apre-senta ao leitor seu novo livro Conquiste sua paz interior. Autor dos livros Conheça a alma dos animais, Cure-se da obsessão e viva feliz, Liberte-se da ansiedade, O sono e os sonhos, Viva bem, sem depressão e Vença o desânimo e seja feliz, todos publicados pela EME, Severino colabora com a Federação Espírita Pernambucana desde 1968, ano em que se converteu ao Espiritismo. Ele também participou ativamente do movimento de mocidades do Estado.

Em Conquiste sua paz interior, Severino Bar-bosa tem por objetivo primordial conduzir as criaturas ao triunfo sobre si mesmas, ajudando-as a disciplinar suas imperfeições morais e a desco-

O livro Conquiste sua paz interior, de Severino Barbosa, está à venda nas livrarias e no centro espírita. Inf.: www.editoraeme.com.br.

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Minha obra Apaixone-se por você é composta por pequenos textos sobre o comportamento humano, com foco

principalmente na vida emocional. Na verdade, são páginas que foram originalmente postadas em minha página no Facebook, com uma re-percussão positiva. Depois de adequadas a uma linguagem menos informal, se transformaram em refl exões e orientações que podem auxiliar no desenvolvimento do autoamor e da paz interior.

Os temas foram inspirados, principalmente, na minha vida profi ssional, no atendimento te-rapêutico em consultório. A partir dos inúmeros casos, fui construindo o conteúdo, sempre objeti-vando os aspectos luminosos e curativos de cada situação que me serviu de ponto de referência para escrever.

Muitos de meus pacientes, ao iniciarem seus relatos, me dizem: “Prepare os ouvidos, pois tenho muitos problemas”. Eu ouço com atenção, para cumprir com minha função e, no final, quase sempre digo: “Você tem razão. São muitos problemas, mas se resumem a um só: na falta de amor a você mesmo.”

Sem querer generalizar demais, uma expressiva parcela das doenças psíquicas e emocionais tem como causa o desamor da pessoa por si mesma, o autoabandono e a baixa autoestima. Já constatei muitos casos de doença severa que têm suas causas mais profundas nesse desamor a si mesmo.

Culpas, cobranças, perfeccionismo, medos, fobias, carências, ansiedade e muitas outras doen-ças são fruto da distância que a pessoa cria de si própria. Pensa muito a vida e mantém-se longe de seus sentimentos mais autênticos.

A cura é apaixonar-se por você, aprendendo a aplicar uma relação de acolhimento com as limitações pessoais, livrando-se das cobranças

REFORMA ÍNTIMA

Desenvolva uma relação de acolhimento com suas limitações pessoais

POR WANDERLEY OLIVEIRA

intermináveis e dos medos paralisantes.Minha visão de processo terapêutico de cura

está intimamente conectada com a ideia de que, para atingir bons resultados, é necessária uma educação emocional centrada em amar a si mesmo: estar bem consigo, saber se perdoar, or-ganizar sua vida mental e desenvolver uma maior capacidade de gerenciamento dos talentos morais e espirituais que todos possuímos.

Seguem alguns temas, para se ter uma noção do enfoque usado nos textos do meu livro: Prováveis efeitos do amor ao próximo sem autoamor; Nin-guém pode responder pelo que você sente ou faz; Carência, o território do amor adoecido; Inveja, um indicador de boas coisas sobre você; Solidão só existe para quem se autoabandona; Felicidade não signifi ca ausência de problemas; Quem são as pessoas mais prováveis de se magoar com você; A culpa por não conseguir mudar alguém; Pessoas que amam adoram dizer não; Limpe a mágoa da sua aura; Você está carregando quantas pessoas nas suas costas? Como ter certeza que perdoamos uma pessoa; Cure seu vício de sofrer, etc.

Agradeço aos meus pacientes que foram mi-nha fonte de inspiração. Eu tenho o maior carinho por eles, porque aprendi que eles precisam mais do meu acolhimento que da minha técnica. Com a técnica eu posso lhes ajudar a perceberem algo que necessitam corrigir. Com meu carinho eu consigo lhes mostrar que eles podem se curar com o poder do amor e do autoamor.

Aprenda a se amar!

Aprenda mais sobre no livro Apaixone-se por você. Editora Dufaux.www.editoradufaux.com.brAdquira na livraria do centro espírita!

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José Medrado é brasileiro, baiano, nasci-do em Salvador, em 1961. É diplomado em Letras Vernáculas pela Universidade

Católica de Salvador, onde também cursou Filo-sofia. Trabalha como funcionário público federal, concursado do Tribunal Regional do Trabalho, ocupando, atualmente, o cargo de Diretor de Projetos Especiais.

É membro da Academia Brasileira de Ciên-cias Mentais e mestre em “Família na Sociedade Contemporânea” (UCSal).

É idealizador e fundador da Cidade da Luz, entidade que realiza uma série de atividades

Rodin, Aleijadinho... Conheça o trabalho mediúnico realizado por José Medrado, que conta com o suporte destes e outros espíritos ligados à escultura

POR CRISTINA BARUDE

sociais em benefício de comunidades carentes de Salvador.

José Medrado possui múltiplas faculdades mediúnicas, é conferencista espírita, tendo visitado diversos países da Europa e das Américas, cumprin-do agenda periódica para divulgação da doutrina, trabalhos de pintura mediúnica e workshops. Tem os seguintes livros mediúnicos publicados: Cavalei-ros da Luz, Missão Socorro, Construção Interior, O Socorro dos Espíritos, Para Melhor Compreender a Vida e Apontamentos de Psicologia. A seguir, uma entrevista exclusiva onde Medrado fala sobre seu trabalho mediúnico com as esculturas.

Como foi que você descobriu que poderia fazer esculturas mediunicamente?

José Medrado – Em verdade, Antônio Lisboa – não gosto muito de chamá-lo de Aleijadinho – sempre esteve ao meu lado, desde o início da pintura mediúnica, fazendo esboços em carvão. Depois sumiu, nunca mais o vi. Voltou, então, dizendo que eu já poderia fazer as esculturas. Ele me deu uma aula de como seria, pediu que anotasse os materiais necessários, as ferramentas para a realização.

Você faz pintura mediúnica há quanto tempo? Acha que isso interferiu para agora fazer esculturas?

Interferir no trabalho em si, não. Faço pintura mediúnica há 25 anos, mas a abordagem é bem diferente, claro. Mas em ambos os processos, o ato de criação é muito próprio deles, idealizado por eles. Hoje em dia, por exemplo, os pintores

Arte e mediunidadeARTE

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usam até escovas de sapato e de limpeza de cozi-nha. Já os escultores usam até colher! Eles criam o trabalho comigo.

Quais os espíritos envolvidos neste traba-lho? Fale um pouco sobre eles... quem foram quando encarnados.

Não lembro o nome de todos, mas eles estão em dois grupos: os que fazem esculturas barrocas com efeitos policromáticos, em madeira antiga, e os que fazem em bronze – aqui acrescento o de ferro e metal polido. Destacam-se Rodin, Camille Claudel, Antônio Lisboa, Frei Agostinho de Jesus, Frei Agostinho da Piedade, Gauguin, Renoir... Todos em vida lidaram com esta arte.

Para você, como médium, qual a diferença entre a prática da pintura mediúnica e das es-culturas? O que você sente quando os espíritos se aproximam?

Os processos são bem semelhantes. Sinto um choque que me percorre toda a coluna e uma dormência que permanece até o fim do trabalho. Só que na escultura eles vêm em dois momentos: na realização da imagem em si e, depois, para fazer a policromia.

Como é feito o trabalho?A primeira etapa é da produção da escultura,

em torno de 15 minutos. Depois de espera secar, ocar, queimar... eles retornam para a policromia, dando o efeito de madeira antiga ou de bronze, de acordo com o estilo do autor.

Ainda tem sido difícil manter uma obra como a Cidade da Luz?

É uma luta diária, permanente. Mas vamos que vamos!

Como as pessoas podem ajudar na sua manutenção?

No nosso site tem diversas formas, inclusive, adquirindo nossas obras e livros. Agradeço o interesse!

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Page 14: Vivência Espírita

José Carlos De Lucca é juiz de direito em São Paulo, escritor e palestrante espírita. Já realizou graciosamente mais de 2.500 pa-

lestras focadas em motivação e desenvolvimento do potencial espiritual do ser humano, falando a um público estimado em mais de 1 milhão de pessoas. Seus 16 livros já venderam mais de 850 mil exemplares. Todos com direitos autorais ce-didos a entidades fi lantrópicas, cuja renda ajuda a manter mais de 100 mil pessoas necessitadas. Fundou, com outros amigos, o Grupo Espírita Esperança (www.grupoesperanca.com.br) e juntos trabalham na divulgação e prática do Espiritismo, promovendo o potencial de luz de cada um de nós como a mais excelente terapia para os sofrimentos humanos.

A seguir, De Lucca fala sobre seu novo livro, Feliz, publicado pela Intelítera Editora, e que nos propõe que a felicidade está ao nosso alcance.

O autor procura descomplicar as condições que impomos para sermos felizes, mostrando que estabelecendo tantas regras e criando tantas expectativas para a felicidade, dificilmente seremos felizes

POR CLAUDIA SAEGUSA

Atualmente, diversos livros e autores falam sobre felicidade. O que o livro Feliz traz de diferente?

Feliz almeja descomplicar as condições que impomos para sermos felizes. Muitas vezes, vejo as pessoas estabelecendo tantas regras e criando tantas expectativas para a felicidade que difi cil-mente elas serão felizes. No fundo, tudo isso gera muita tensão e frustração, porque são exigidas muitas atitudes com promessas de uma felicidade absoluta e, portanto, utópica, inexistente num mundo de pessoas imperfeitas. Hoje, muita gente está comprando a ideia de uma felicidade 24 horas por dia, e isso para elas quer dizer uma vida sem problemas, frustrações, angústias e tristezas, e apenas conquistas, vitórias e êxtase. Talvez por isso haja tanta depressão num mundo em que prima por uma felicidade irreal.

Qual a ideia central que você tratou no livro Feliz?

A ideia central é aquela que o Espiritismo nos dá. É possível ser feliz, sim, neste mundo, mas uma felicidade relativa, isto é, uma felicidade que coexiste com a nossa condição humana, imperfei-ta e frágil. Uma felicidade sem tantas condições, uma felicidade real e não idealizada, que faz com que a percebamos presente em nosso cotidiano, nas coisas mais simples da vida. Uma felicidade do momento presente, que nos fi xa no instante de agora, fazendo com que cada um descubra a

PARA SER FELIZ

É POSSÍVEL SER FELIZ, SIM, NESTE MUNDO...

LITERATURA

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Page 15: Vivência Espírita

beleza desse momento e como é importante que ele seja imediatamente saboreado. Uma felicidade que nos faz sentir estar participando da vida, sendo sujeito da nossa história, e não um mero expectador.

O livro nos aponta um caminho para a felicidade?

O livro não tem fórmulas prontas. Não quero criar mais tensão e problemas na vida do leitor. Meu objetivo é relativizar a felicidade; ela não precisa de tanta coisa para surgir em nossa vida. Ela está mais na nossa alma do que nas condições materiais. Ela pode coexistir com nossos momen-tos de tristeza. Ela está nos olhos que procuram beleza nas coisas mais simples da vida. Ela está na sensação de lutar pela vida, quando a vida parece um caos. Ela está na capacidade de relevar con-

tratempos e pequenas chatices da vida. Ela está na postura de quem abraça a felicidade quando ela passa por nós. E ela passa muito mais vezes do que imaginamos!

É possível encontrar a felicidade durante a leitura do livro Feliz?

Se o leitor se identificar com a abordagem feita no livro, se reconhecendo em cada capítulo, creio que ele se sentirá mais leve, menos pressio-nado, como alguém que, depois de um longo dia, retira o sapato que aperta.

Você se considera uma pessoa feliz?Dentro desse contexto de uma felicidade

relativa, sim. Não tenho tudo o que quero, não sou tudo o que gostaria, não terei tudo o que sonho, enfrento problemas em vários níveis, mas estou aprendendo a ser feliz no aqui e agora, com aquilo que tenho, com as condições que a vida me envolveu. Tento mudar o que posso. Mas com aquilo que eu não posso mudar, eu parei de bri-gar. Assim começou a minar a água da felicidade bem embaixo dos meus pés.

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O livro Feliz está à venda nas livrarias e no centro espírita. Inf.: www.inteliteraeditora.com.br

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Chico Xavier e a mensagem de NatalESPECIAL

POR GERALDO LEMOS NETO

poeta Azevedo Cruz. Falou-nos do ambiente espiritu-al iluminado no qual ele vive, por conquista e mérito, onde roseiras cheias de luz crescem sustentadas por grandes safiras. Ressaltou a beleza do amor a brotar do coração do poeta e sua renúncia autêntica ao empre-ender seu retorno à Terra. Afinal – disse o Chico – o soneto indica uma “descida dos céus à Terra”...

Igualmente, já havia se tornado tradição no movimento espírita brasileiro a divulgação da men-sagem dedicada ao Natal, psicografada anualmente pelo médium Francisco Cândido Xavier. Naquele mesmo ano de 1990 também tivemos ocasião de presenciar a recepção do belo soneto de Maria Dolores, pela sensibilidade mediúnica do amigo Chico, em 29 de setembro. Da mesma maneira, ele nos brindou com os originais da referida pérola espiritual para que a publicássemos nos anais do jornal O Espírita Mineiro (ed. 213) e brindássemos os leitores e assistidos de natal da União Espírita Mineira com sua distribuição avulsa na Cantina Fraterna Francisco de Assis. Ei-la:

Todos os anos, como era de costume no cotidiano mediúnico de Chico Xavier em Uberaba, Minas Gerais, entre o final do mês

de fevereiro e o início do mês de março ocorria a recepção mediúnica das mensagens ou poesias dedi-cadas ao dia das mães, vindo sempre assinadas pelos generosos espíritos de condição feminina, como Meimei, Maria Dolores, Scheilla, entre outros.

Naquele ano de 1990, entretanto, foi diferente. O mês de março já estava chegando ao seu fim e a mensagem não viera. O médium Chico Xavier pre-ocupou-se. Procurou a orientação de seu benfeitor espiritual. Emmanuel explicou-lhe que para atender determinados impositivos de ordem emocional do próprio médium, se Jesus permitisse, naquele ano a mensagem viria escrita por um espírito de condição masculina. Pediu a Chico paciência e oração e, no dia 25 de março de 1990, apresentou-se dizendo trazer consigo um poeta que se responsabilizaria pela página dedicada ao dia das mães.

Emmanuel recomendou-lhe o comparecimento ao Grupo Espírita da Prece, no horário habitual da reunião, pedindo-lhe especial concentração para o recebimento da aludida mensagem. Este seria o objetivo principal da ida do Chico ao centro naquela noite. Acompanhávamos Chico desde sua residên-cia e informados do assunto por ele, naturalmente ficamos na expectativa. Com alegria, acompanha-mos Chico Xavier psicografar o soneto escrito pelo “príncipe dos poetas campistas”: Azevedo Cruz.

Ao final da reunião e já de retorno ao seu lar em Uberaba, Chico nos entregou os originais da referi-da mensagem para impressão avulsa e publicação nas páginas do jornal O Espírita Mineiro (edição nº 212) da União Espírita Mineira, onde servíamos na diretoria capitaneada pelos saudosos Dona Neném Aluotto Berutto e Martins Peralva. Ao nos passar o poema, Chico emocionou-se até as lágrimas, lendo suas estrofes pausadamente. Disse-nos o quanto a mensagem o havia tocado, pela grandeza de alma do

Geraldo Lemos Neto é conferencista, médium, escritor e biógrafo de Chico Xavier. Preside a Fundação Cultural Chico Xavier e a Casa de Chico Xavier de Pedro Leopoldo, além de coordenar a Vinha de Luz Editora – www.vinhadeluz.com.br

Falando a Jesus no Natal

Senhor, o Teu Natal de novo se descerra...Ouve-se mais de perto as vozes cristalinasDos pastores que ouviram as palavras divinas:-“Glória a Deus no alto Céu e paz na Terra!”...

Proclamando a Verdade que não erra,Amas, trabalhas, sofres, mas ensinas...Não possuis arma alguma, entretanto, dominas,Com a força do Bem que a Tua vida encerra.

Conquistadores passam nos milênios,Carrascos, sob a máscaras de gênios,Ficas, porém, conosco, em nosso amor profundo!...

Cantamos Teu Natal, sobre guerras e povos,Sabendo que és, com Deus, também nos tempos novosA esperança da paz e a luz do amor no mundo.

Maria Dolores

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O espírito e o DNACIÊNCIA E ESPIRITISMO

No DNA estão as predisposições, que, expressando a lei de ação e reação, sofrem a regulação e potencialização conforme o espírito reencarnado

POR DR. ANDREI MOREIRA

maneira, conforme as predisposições que o espí-rito construiu para sua vida. Dessa forma, o DNA representa o presidente da empresa e o citoplasma, os funcionários da mesma.

Controle das predisposiçõesAcreditávamos que a célula funcionasse em

regime ditatorial: “o núcleo mandou, está manda-do”, mas a medicina vem descobrindo, por meio da epigenética (ramo da biologia que estuda as moléculas que interferem na regulação do núcleo celular), que a realidade é outra: a célula se com-porta como uma democracia, sendo que variadas condições do meio (nutrição, estresse, etc.) e do comportamento mental e moral controlam a expressão do genoma humano. No DNA estão as predisposições, que serão ativadas, inibidas ou reforçadas, conforme o padrão mental, emocional e comportamental do espírito ao longo da encar-nação, no que configura o seu livre-arbítrio.

O DNA, expressando a lei de ação e reação (karma), se modifica somente de encarnação para encarnação, porém, sua expressão sofre a regulação e potencialização da vontade do indivíduo, que “re-decide” a vida à medida que a vive. E aí temos uma das manifestações da misericórdia divina, deixando ao ser que viva não em regime de fatalidade, mas de ação e reação, em todos os instantes da vida.

Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, cunhou o termo perispírito para desig-nar o conjunto de corpos que envolvem

o espírito (Per, prefixo grego = em volta de). Conhecemos, por meio da literatura mediúni-

ca, o duplo etérico, corpo de vitalidade, presente somente nos encarnados, que vitaliza a matéria orgânica; o corpo astral, o corpo das emoções, do qual se utiliza o espírito para se manifestar nas dimensões mais próximas à Terra, mais ou menos materializadas, corpo este sutil, controlado pela mente do espírito, maleável e sensível às trans-formações do sentimento e do padrão mental; e o corpo mental, sede da mente do espírito.

Haveria ainda outros corpos, indicados por outras doutrinas espiritualistas, porém, ainda sem estudos na literatura espírita.

No organismo humano, temos a célula como unidade básica, o tijolo do corpo. Células se agrupam formando tecidos, os tecidos formam órgãos, os órgãos formam sistemas e os sistemas, o organismo. Na intimidade da célula encontramos o núcleo celular, onde se localiza o DNA, que, acredita-se, rege a vida na intimidade orgânica. Do núcleo celular partem as ordens, os comandos para produção de todas as substâncias, que são fabricadas no citoplasma da célula.

Do ponto de vista espírita, o DNA representa a herança de cada um de seu passado espiritual, aquilo que é necessário ser trabalhado nessa encarnação ou que foi consequência imediata das escolhas do passado. É selecionado pelo ser reencarnante que elege (ou tem eleitas pelos espíritos superiores que dirigem o processo encarnatório) as necessidades espirituais mais prementes, as tendências biológi-cas que afetarão a vida do indivíduo de tal ou tal

Dr. Andrei Moreira é autor do livro Reconciliação – Consigo mesmo, com a família, com Deus, entre outros. AME Editora. www.ameeditora.com.br. À venda nas livrarias e no centro espírita.

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Publicando experiênciasCENTRO ESPÍRITA

Estes conhecimentos antigos, atualizados pe-los livros que estamos publicando, serão capazes de realmente ampliar horizontes e auxiliar nos processos de conscientização efetiva acerca do momento ímpar que vivemos, consolidando a tão almejada reforma íntima e estabilidade emocional que todos nós desejamos.

Como os livros podem contribuir para o dia a dia dos leitores?

Os livros podem nos ajudar a entender melhor e de forma mais eficaz a essência divina existente nas entranhas de nosso ser, o que nos levará a confiar mais em nossas imensas possibilidades espirituais, focando mais nos aspectos positivos do que nos negativos. Mas, vai nos mostrar ainda que precisamos perseverar até o fim na busca da afirmação pessoal e na prática do bem maior, tal qual nos propõe o Evangelho de Jesus, para sermos salvos de nós mesmos.

Pedimos que deixe uma mensagem para os leitores sobre o livro De Volta à casa do Pai.

A mensagem que deixamos é a que vemos na série de livros Filhos Pródigos.

Deus não fracassa porque “É a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas”. E por sermos filhos e herdeiros de todos os atributos Dele, o nosso Pai Celestial, nosso futuro de alegria e paz está assegurado. Porém, depende do nosso esforço e vontade de sermos felizes ao fazermos brilhar a nossa luz.

Como surgiu a Editora Casa de Helil? A Editora Espírita Casa de Helil surgiu depois que os atendimentos nas reuniões

mediúnicas da Caravana de Espíritas Solidários – CARES –, aos espíritos das regiões abismais do planeta, chegaram ao nosso irmão Aurélius, um espírito que atendia naquela época pelo título honorífico de “Lúcifer”, considerado, ainda hoje, por muitas pessoas, como o ser mais perverso e vinculado à maldade que os habitantes da Terra conheceram.

Quando este espírito que se autodenominava por “Lúcifer” foi resgatado, percebemos que sua volta à Seara do Bem era definitiva. Os desdobra-mentos em nossas tarefas mediúnicas, após este memorável evento espiritual, passaram a trazer conteúdos e revelações jamais imaginadas por nosso grupo, que é composto de espíritas muito estudiosos e tarimbados. Porém, ainda assim, nos surpreendíamos com fatos e ocorrências das mais inusitadas e plenamente alinhadas com o evange-lho e os ensinamentos da doutrina espírita, que estavam ocorrendo nas reuniões.

Sentimos, então, ser essencial aos espíritas da atualidade e às futuras gerações receber estas

informações. Assim, graças às práticas mediúnicas da CARES, surgiu a Editora Espírita Casa de Helil, cuja missão é publicar obras espíritas com conteúdos relevantes e comprometi-dos com os ensinamentos contidos nos evangelhos, registrados diretamente no Novo Testamento e sob as luzes da codificação kar-dequiana.

A Caravana de Espíritas Solidários – CARES – inaugura a Editora Espírita Casa de Helil, que publica obras baseadas nas experiências mediúnicas do grupo

Livro De Volta à Casa do Pai – Editora Espírita Casa de Helil. Inf.: www.editorahelil.com.br Adquira na livraria do centro espírita!

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Orientado pela espiritualidade, Allan Kardec recebeu as instruções sobre sua missão, que seria a codificação de

uma nova doutrina, a partir das revelações dos espíritos.

Passou a preparar questões para cada sessão, que sempre eram respondidas com precisão e lógica. Foram essas mesmas perguntas desen-volvidas e complementadas que constituíram a base de O Livro dos Espíritos, publicado em abril de 1857.

Para que não ocorressem fraudes, nem más interpretações posteriores, Kardec submeteu o li-vro que deveria ser publicado à análise de diversos espíritos, com a ajuda de diferentes médiuns.

Depois do êxito na publicação de O Livro dos Espíritos, Kardec percebeu a importância de ela-borar um meio de comunicação que propiciasse o intercâmbio de informações entre diferentes grupos. Para isso, consultou mais uma vez os amigos espirituais, que foram favoráveis, mas lhe pediram cautela e empenho.

Em janeiro de 1858, lançou o primeiro núme-ro da Revista Espírita, periódico que abordava os fenômenos, os novos adeptos da doutrina e sua divulgação em geral. Pouco tempo depois tam-

A CODIFICAÇÃO ESPÍRITACODIFICAÇÃO

Continuamos o artigo da primeira edição comentando, apenas como introdução, as obras básicas e o desencarne de Allan Kardec

POR ÉRIKA SILVEIRA

bém fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.

Após três anos, em 1861, publicou O Livro dos Médiuns. Em 1864, O Evangelho Segundo o Espiritismo, seguido de O Céu e o Inferno, em 1865. Por último, em 1868, A Gênese e Os Milagres e as Predições, completando as cinco obras básicas do Espiritismo.

DesencarneDesencarnou no dia 31 de março de 1869,

aos 65 anos em Paris, em decorrência de um aneurisma. Kardec se preparava para mudança de endereço da rua Sainte-Anne para Vila Ségur, com o objetivo de continuar trabalhando mais ativamente nas obras. Desejava, no futuro, que sua residência se transformasse em um asilo para recolher idosos.

Quase 150 anos depois de sua partida para o plano espiritual, permanece imortal, na doutrina, o ideal da compreensão dos fatos, em vez da fé cega e alienante.

Publicado 22 anos após o lançamento da sua última obra, o livro Obras Póstumas apresenta diversos trabalhos de Kardec que nunca haviam aparecido em livro. A maioria do material havia sido publicado apenas na Revista Espírita.

Continuaremos com a história do surgimento da doutrina espírita e das obras da codificação de forma mais aprofundada nas próximas edições. Não perca!

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