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nossojornal / dez18 2 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda CNPJ 00.815.984/0001 - 69 Rua 13 de Maio, 20 - Centro 35620.000 - Abaeté - MG Presidente de Honra: Prof. Modesto Pires Diretora de Redação: Christiane Ribeiro - Mtb 4.815/MG Assistentes de Redação: Monique Soares de Sousa Marly Tavares Agradecemos aos assinantes que nos ajudam a manter viva essa publicação, especialmente aos novos benfeitores: Luiz Carlos Go- mes (Montes Claros/MG), Márcio Antônio Andrade (Abaeté/MG), Wagner Túlio Faria Pereira (BH/ MG), Arlete José Fernandes (BH/ MG), Comercial Pachola (Abaeté/ MG), Ardisson Assis Porto (BH/ MG), Josemar Pires Dellaretti (BH/ MG) Tels: 37 3541-4381 9 9929 3967 (Vivo / whatsApp) REDAÇÃO ASSINANTES BENFEITORES [email protected] Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. EM ABAETÉ: R$ 40,00 DEMAIS CIDADES: R$ 60,00 EXTERIOR: R$ 100,00 ASSINANTE BENFEITOR A partir de R$ 100,00 ASSINATURA ANUAL: Impressão: Igráfica (Brasília/DF) Tiragem: 1.500 exemplares Transporte: Sertaneja (cortesia) IMPORTANTE: Ao fazer o depósito em conta, lembre-se de nos enviar o comprovante, para que possa- mos atualizar nossos registros. ONDE ASSINAR O NOSSO JORNAL Redação do Nosso Jornal Rua 13 de maio, 20 (3541-4381) Banca de Revistas do Adriano Pça. Amador Álvares (3541-2962) Casa de Artes e Cultura de Abaeté R. Getúlio Vargas, 292 (99984-1665) Capotaria do Cocão Rua 13 de maio, 21 Professor Modesto (3541-1231) Helenice Soares (99937-8734) Marly Tavares (31 99977-2248) Francisca Inácio (99948-5230) Site: nossojornalabaete.com.br Capa: Fotos de Christiane Ribeiro Arte: Rodrigo Ribeiro Bastos “Cada um de nós compõe a sua história. Cada ser em si carrega o dom de ser capaz. E ser feliz”. (Almir Sater) Quando o Nosso Jornal foi lan- çado, em outubro de 1995, não havia rádio, nem internet em Aba- eté, e telefone celular era artigo de luxo, para poucos. Só mesmo para fazer e receber ligações... bem caras. Nesse período, a co- municação passou por uma gran- de (e abençoada) revolução. Prati- camente tudo mudou. E continua mudando. Em meio a tantas e tão rápi- das transformações, esta Folha Comunitária entra no seu 24º ano de circulação. Graças ao apoio de patrocinadores e assinantes que valorizam esta tradição do jornal impresso, com notícias e reporta- gens exclusivas de nossa terra, de nossa gente, de nosso jeito de ser. É certo que este número de apoiadores vem diminuindo, nes- se “boom” de mensagens e infor- mações indo e vindo de todas as partes do planeta, e além dele, a todo momento, cada vez mais acessíveis... e abundantes... A manutenção desta publicação, com custos elevados quando comparados à comunicação digi- tal, parece até um milagre. Neste mês em que celebramos o Natal, agradecemos a cada um que torna possível a sua concre- tização mensal. Aos parceiros, anunciantes e patrocinadores. Aos benfeitores e assinantes que permanecem conosco desde as primeiras edições. Àqueles que já partiram. Aos que aderiram a esse processo de micro-financiamento durante o percurso. E aos mais novos assinantes do Nosso Jornal, como a graciosa Bianca Andrade Rodrigues Nicoli, 9 meses, titular da assinatura feita no mês do 23º aniversário do Nosso Jornal pelos seus pais, Paulo e Cátia. A todos e a todas, a nossa gratidão, a nossa reverência e os votos de um Feliz e Abençoado Natal. Muita LUZ! E boas notícias! Vamos juntos manter esta tradição rumo aos 25 anos do Nosso Jornal? No mais elevado Espírito de Natal Com amor e alegria, um casal de aposentados que vive na zona rural de Abaeté e não quer ser identificado passou alguns meses confeccionando mais de 120 brinquedos arte- sanais para serem doados aos pequenos participantes da Pastoral da Criança, de zero a seis anos de idade. As verdadeiras obras de arte foram expostas dia 05 de dezembro e distribuídas às coordenadoras das comunida- des São Geraldo, Santo Antônio, São João, Santa Clara, São Cristóvão, Sagrado Coração de Jesus e São Francisco, para serem repassadas às crianças. Nas celebrações de Natal de cada Pastoral, haverá tam- bém um lanche patrocinado pela AABB e um incentivo para que pais e filhos retornem aos brinquedos e brincadeiras de antigamente, para estimular o desenvolvimento social, cog- nitivo, motor e emocional das crianças, além de uma maior integração das gerações. Outras obras de arte, divulgadas na capa desta edição, retratam um pouco do trabalho desenvolvido pela professora Luciana Vianna junto aos alunos do 7º ano da E. E. Frederico Zacarias, no estudo e releitura dos quadros de Romero Brito. Que esses belos exemplos de Arte, Vida e Espírito Natali- no nos inspirem, não só neste mês de dezembro, como em todos os dias do Ano Novo. Que possamos nos conectar e manifestar cada vez mais a LUZ que verdadeiramente so- mos. E o que mais é possível que nunca consideramos antes?

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nossojornal / dez182

FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ

Empresa de Comunicação Soares Ribeiro LtdaCNPJ 00.815.984/0001 - 69 Rua 13 de Maio, 20 - Centro 35620.000 - Abaeté - MG

Presidente de Honra: Prof. Modesto Pires

Diretora de Redação:Christiane Ribeiro - Mtb 4.815/MG

Assistentes de Redação: Monique Soares de Sousa

Marly Tavares

Agradecemos aos assinantes que

nos ajudam a manter viva essa

publicação, especialmente aos

novos benfeitores: Luiz Carlos Go-

mes (Montes Claros/MG), Márcio

Antônio Andrade (Abaeté/MG),

Wagner Túlio Faria Pereira (BH/

MG), Arlete José Fernandes (BH/

MG), Comercial Pachola (Abaeté/

MG), Ardisson Assis Porto (BH/

MG), Josemar Pires Dellaretti (BH/

MG)

Tels: 37 3541-4381 9 9929 3967 (Vivo / whatsApp)

REDAÇÃO

ASSINANTES BENFEITORES

[email protected]

Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal.

EM ABAETÉ: R$ 40,00

DEMAIS CIDADES: R$ 60,00

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ASSINANTE BENFEITOR

A partir de R$ 100,00

ASSINATURA ANUAL:

Impressão: Igráfica (Brasília/DF)

Tiragem: 1.500 exemplares

Transporte: Sertaneja (cortesia)

IMPORTANTE: Ao fazer o depósito em conta, lembre-se de nos enviar o comprovante, para que possa-mos atualizar nossos registros.

ONDE ASSINARO NOSSO JORNAL

Redação do Nosso JornalRua 13 de maio, 20 (3541-4381)

Banca de Revistas do Adriano

Pça. Amador Álvares (3541-2962)

Casa de Artes e Cultura de AbaetéR. Getúlio Vargas, 292 (99984-1665)

Capotaria do CocãoRua 13 de maio, 21

Professor Modesto (3541-1231)

Helenice Soares (99937-8734)

Marly Tavares (31 99977-2248)

Francisca Inácio (99948-5230)

Site: nossojornalabaete.com.br

Capa: Fotos de Christiane RibeiroArte: Rodrigo Ribeiro Bastos

“Cada um de nós compõe a sua história. Cada ser em si carrega o dom de ser capaz. E ser feliz”. (Almir Sater)

Quando o Nosso Jornal foi lan-çado, em outubro de 1995, não havia rádio, nem internet em Aba-eté, e telefone celular era artigo de luxo, para poucos. Só mesmo para fazer e receber ligações... bem caras. Nesse período, a co-municação passou por uma gran-de (e abençoada) revolução. Prati-camente tudo mudou. E continua mudando.

Em meio a tantas e tão rápi-das transformações, esta Folha Comunitária entra no seu 24º ano de circulação. Graças ao apoio de patrocinadores e assinantes que valorizam esta tradição do jornal impresso, com notícias e reporta-gens exclusivas de nossa terra, de nossa gente, de nosso jeito de ser.

É certo que este número de apoiadores vem diminuindo, nes-se “boom” de mensagens e infor-mações indo e vindo de todas as partes do planeta, e além dele, a todo momento, cada vez mais

acessíveis... e abundantes... A manutenção desta publicação, com custos elevados quando comparados à comunicação digi-tal, parece até um milagre.

Neste mês em que celebramos o Natal, agradecemos a cada um que torna possível a sua concre-tização mensal. Aos parceiros, anunciantes e patrocinadores. Aos benfeitores e assinantes que permanecem conosco desde as primeiras edições. Àqueles que já partiram. Aos que aderiram a esse processo de micro-financiamento durante o percurso. E aos mais novos assinantes do Nosso Jornal, como a graciosa Bianca Andrade Rodrigues Nicoli, 9 meses, titular da assinatura feita no mês do 23º aniversário do Nosso Jornal pelos seus pais, Paulo e Cátia.

A todos e a todas, a nossa gratidão, a nossa reverência e os votos de um Feliz e Abençoado Natal. Muita LUZ! E boas notícias!

Vamos juntos manter esta tradição rumo aos 25 anos do Nosso Jornal?

No mais elevado Espírito de Natal

Com amor e alegria, um casal de aposentados que vive na zona rural de Abaeté e não quer ser identificado passou alguns meses confeccionando mais de 120 brinquedos arte-sanais para serem doados aos pequenos participantes da Pastoral da Criança, de zero a seis anos de idade.

As verdadeiras obras de arte foram expostas dia 05 de dezembro e distribuídas às coordenadoras das comunida-des São Geraldo, Santo Antônio, São João, Santa Clara, São Cristóvão, Sagrado Coração de Jesus e São Francisco, para serem repassadas às crianças.

Nas celebrações de Natal de cada Pastoral, haverá tam-bém um lanche patrocinado pela AABB e um incentivo para que pais e filhos retornem aos brinquedos e brincadeiras de antigamente, para estimular o desenvolvimento social, cog-nitivo, motor e emocional das crianças, além de uma maior integração das gerações.

Outras obras de arte, divulgadas na capa desta edição, retratam um pouco do trabalho desenvolvido pela professora Luciana Vianna junto aos alunos do 7º ano da E. E. Frederico Zacarias, no estudo e releitura dos quadros de Romero Brito.

Que esses belos exemplos de Arte, Vida e Espírito Natali-no nos inspirem, não só neste mês de dezembro, como em todos os dias do Ano Novo. Que possamos nos conectar e manifestar cada vez mais a LUZ que verdadeiramente so-mos. E o que mais é possível que nunca consideramos antes?

nossojornal / dez18 3

“Nunca se esqueça do dia em que você rezava para ter o que tem hoje”.

Dívida do Governo de Minas com a Prefeitura Municipal de Abaeté ultrapassa R$ 5 milhões.

Este ano, não haverá o já tra-dicional Réveillon na Praça. Nem o Abaeté canta o Natal. E o Car-naval Popular em 2019 também deve ser cancelado. Esses são alguns dos cortes de despesas anunciados pela Administração Municipal na tentativa de equi-librar o caixa frente a uma si-tuação crítica: Abaeté tem uma dívida a receber do governo do Estado de R$ 5.252.018,14. Este montante, atualizado em 10 de dezembro, refere-se a atrasos no repasse de recursos públicos constitucionais, como FUNDEB, Saúde, ICMS, IPVA, Assistência Social, Transporte Escolar.

Segundo o secretário munici-pal de Governo, Armando Greco Neto (Netinho), só a dívida refe-rente ao Fundeb, utilizado para pagar os professores da rede municipal, ultrapassa R$ 2 mi-lhões. “Há cinco ou seis meses, só temos recebido 10% desses repasses. Para não deixar os professores sem pagamento, estamos utilizando recursos pró-prios, que ainda tínhamos em caixa e poderiam ser aplicados em obras públicas. O complica-do é que, quando e se esse di-nheiro do Fundeb for repassado,

só poderá ser utilizado para a educação, porque é verba ca-rimbada. Mas como deixar um professor sem receber?”

A boa notícia é que, ao con-trário de outras prefeituras mi-neiras, Abaeté não demitiu ne-nhum funcionário e deve pagar o 13º em dia para todos. Já as novas contratações em 2019 serão analisadas com muito critério. “Vamos aguardar a rea-lização do concurso público em março e ver quais são as de-mandas do município”, diz.

A UPA, que atende Abaeté e região, também está funcio-nando normalmente, embora os atrasos no repasse da Saúde to-talizem R$ 1,9 milhão. “A manu-tenção da UPA fica em torno de R$ 500 mil mensais. Recebemos uma verba federal de R$ 100 mil e três cidades, Paineiras, Cedro e Quartel, nos ajudam com uma enfermagem. As outras despe-sas são pagas com recursos próprios”, informa o secretário.

A dívida da Prefeitura com fornecedores está entre R$ 500

e R$ 600 mil, e a expectativa é quitá-la até janeiro, quando au-menta a arrecadação municipal, com o repasse de 60% do IPVA. Já a dívida do Governo de Minas com as prefeituras, segundo informações da Associação Mi-neira de Municípios (AMM), che-ga a R$ 11 bilhões. “O governa-dor se comprometeu a repassar R$ 1 bilhão aos municípios esta semana. Se Abaeté receber R$ 500 mil, poderemos quitar parte da dívida com os fornecedores este ano”, prevê Netinho.

Precatórios VencidosOutro problema enfrenta-

do pela Prefeitura Municipal de Abaeté foi o vencimento de um precatório no valor de 900 mil reais. “São dívidas de gestões anteriores, que poderiam ter tra-vado o pagamento dos salários dos servidores. Conseguimos fazer um acordo de pagamen-to em cinco parcelas de 178 mil reais cada. Isso vai atrapalhar bastante a nossa gestão, mas o que podemos fazer?”, lamenta.

Como não pode virar o ano com débitos, a Prefeitura de Abaeté deve decretar estado de calamidade financeira e cortar mais despesas, nos próximos dias. “Gostaria de pedir o apoio, a compreensão da população com relação a alguns cortes que poderemos fazer até equacio-nar as dívidas que contraímos por causa do não repasse do Governo. E peço ao pessoal que ajude a Prefeitura com o pa-gamento dos IPTUs atrasados. A dívida ativa está em R$ 1,461 milhão. A Prefeitura está fazen-do o máximo que pode pela po-pulação, mesmo na crise. Não somos mágicos, mas estamos fazendo mágica”, finaliza.

Ronald Luka

nossojornal / dez184

9 meses Vitor Xavier Josiane Oliveira O pai Ivan Xavier Irmao Ivanzinho

Aos 94 anos de idade, Seu Nas-cimento Gregório de Sousa vive ro-deado de alguns dos filhos, netos, bisnetos e tataranetos, em uma vila familiar com uma casa e oito barra-cões, no bairro Santo Antônio. “Acho bom demais morar aqui, junto da família. A vizinhança muito boa, o povo todo gosta da gente, é um lugarzinho sossegado, tem muito comércio perto, uma alegria só”, declara, ao lado das filhas Geralda e Jô, dos netos Felipe e Lindinha e da bisneta Júlia - alguns dos muitos familiares que moram lado a lado.

Localizado entre as Aveni-das Joaquina do Pompéu, Milton Campos, Dr. Guido

e a Rua Dom Pedro II, certamen-te abençoado pelo padroeiro que lhe dá o nome, Santo Antônio pa-rece ser um bairro onde o espírito de Natal prevalece durante os 365 dias do ano. Todos os moradores que a reportagem do Nosso Jornal encontrou destacam a fraternida-de, o carinho, a união, o respeito e a alegria como fortes caracterís-ticas do cotidiano da comunidade.

Para Breno de Oliveira, 37 anos, que nasceu, cresceu no Santo An-tônio e fez questão de morar ali quando se casou, “é um bairro tranquilo, limpo, de classe média e pobre, onde as pessoas são mes-mo muito unidas. Você precisou de um vizinho, aparecem dois ou três para ajudar. O povo é muito res-peitoso. Não tem violência, roubo, confusão, problemas com drogas são poucos. É um lugar bom pra vi-ver e criar os filhos. A gente conhe-ce todo mundo, vai virando uma família só”.

E esse amor pelo local vai sen-do mesmo transmitido de pais pa-ra filhos. Ysis Valentina, de 9 anos, que já recebeu o título de Mini Miss Minas Gerais Baby 2014 e Mini

Bairro Santo Antônio em Destaque

Em 2014, ao lado dos pais Breno e Clarice, Isys Va-lentina foi eleita Mini Miss Minas Gerais Baby. Na foto, escondidinho, está também o caçula Henzo.

Miss Brasil Universe Simpatia 2014, declara-se completamente apai-xonada pela cidade e pelo bairro Santo Antônio. “Não quero sair de Abaeté, eu amo aqui. Tenho muitos amigos que moram perto, minha casa é sempre cheia, tem a praça onde a gente pode brincar. É bom demais”, destaca ela, que canta no coral da escola, estuda inglês, to-ca violão, teclado, joga capoeira e já encontrou muitas portas abertas para desfilar e viver em São Paulo. “Não fechamos as portas, mas dei-xamos encostadas, para esperar ela crescer e viver bem essa infân-cia tranquila no interior. Tivemos muitas propostas, e foi escolha dela continuar aqui, ao invés de seguir a carreira de modelo”, conta a mãe, Clarice.

Para o bairro melhorar ainda mais, a família reivindica uma me-lhor iluminação na Praça Santo An-tônio, que também poderia ganhar uma academia de saúde, mais bancos e árvores para melhorar as condições de lazer das famílias. “Com esforço, boa vontade e dedi-cação, muito ainda pode ser feito pelo Santo Antônio, o bairro que tem mais crianças, o mais divertido, o mais alegre que eu conheço”, fi-naliza Breno.

Clarindo Levindo da CunhaComerciante:

“Nasci no Bairro Santo Antônio, comecei no co-mércio em 1992 com meu pai (Zé da Pasta) e abri o Bar do Clarindo em 2004. Sou suspeito pra falar, mas acho que o melhor lugar que tem pra viver em Aba-eté é aqui. Nosso bairro é tranquilo, não tem violên-cia, o pessoal é todo muito agradável, unido. Precisou de um, é só chamar. Teve um dia que eu fui embora e esqueci a porta do bar aberta. Estava na casa da minha sogra, chegou um vizinho lá chamando... As pessoas se preocupam umas com as outras.

Meu bar é sempre cheio de amigos. O povo gosta de vir pra cá jogar uma sinuquinha, conver-sar, tomar um chopp ge-lado, o frango frito que eu faço para tira gosto é fa-moso. E eu gosto do que eu faço. Trabalho de se-gunda a segunda, de 6:40 às nove da noite. Tem um freguês que fica me per-guntando até que dia eu vou aguentar fazer isso. Digo que enquanto eu tiver saúde e gostar do que eu faço, vou continuar”.

No aconchego da Vila Familiar

“Se você engolir tudo o que sente, no final você se afoga”

nossojornal / dez18 5

“Nada voltará a ser como antes. Mas tudo pode ser melhor como nunca foi”.

Antigamente, grande parte da região com-preendida entre as

Avenidas Joaquina do Pompéu, Milton Campos, Dr. Guido e a Rua Dom Pedro II era popular-mente conhecida como Rua do Capim, numa alusão às case-bres cobertas com palha e rebo-cadas com barro.

Há cerca de 70 anos, por ali passava o Córrego Olhos d’Água, onde os poucos mora-dores da redondeza costuma-vam pescar. Com o passar do tempo, essa pequena lagoa se-cou e, em seu lugar, foram cons-truídas várias casas e aberta a Rua Deusdedith Alves de Souza.

Na antiga Rua do Capim, havia uma praça muito simples, onde as crianças iam brincar e jogar bola. Ali, os moradores er-gueram um pequeno altar, com imagens rudes. Em 1968, o fa-zendeiro Hélio Faria construiu no local uma Igrejinha, em paga-mento de uma promessa a San-to Antônio. Foi essa igreja que deu origem ao nome do bairro.

Quem conta um pouco des-

Haroldo Francisco de Oliveira, farreando com amigos e ao lado de D. Estelita, D. Aparecida e D. Terezinha, moradores do bairro Santo Antônio há mais de 50 anos, assim o Sr. José Bento dos Santos (Zezinho Torneiro / à direita):

”Todos os bairros são im-portantes, mas considero Santo Antônio o mais importante da cidade, porque nós saímos da linha da miséria, de casinhas de capim, passando as maiores di-

ficuldades do mundo, pra dar a volta por cima.

Onde antigamente tinha vá-rios cachaceiros, os netos são homens de bem, trabalhadores, muitos viraram empresários que

geram emprego na cidade. No lugar das casas de capim, te-mos boas construções, prédios, ruas bem traçadas.

É um bairro bem posicio-nado e bem atendido. Aqui se

encontram grandes empresas, oficinas, cemitério, presídio, se-cretaria de saúde, garagem da prefeitura, um dos melhores PS-Fs, igreja... Por metro quadrado, é onde tem mais gente na cida-

de. Aqui tem alegria. É gente nas ruas, é gente trabalhando, mui-ta criança. Convivência boa, o pessoal fica sentado nas portas batendo papo. Um lugar aben-çoado!” (HCO)

Era uma vez a Rua do Capim e um povo muito pobre...

sa história é Marta Corgozinho (conhecida como Marta do Zé Doido ou Vovó Marta), que re-sidiu na região por cerca de 50 anos, destacando-se como uma importante líder comunitária.

Ela ressalta que esse traba-lho social foi inspirado por D. Lourdes do Seu Romeu Macedo, sua patroa na época. “Desde os 16 anos, D. Lourdes me tirava do serviço e me levava pra ajudar na catequese. A igrejinha estava desmoronando, a gente organi-zava e missas cultos debaixo do pé de abacate e fazia novenas

pra arrumar dinheiro pra levan-tar a igreja. Quando ela morreu, eu dei continuidade ao trabalho, com D. Geralda do Jovino, a es-posa do Seu Raimundo, o Nego do Jader e a D. Nazaré,” recorda Marta que, durante anos, atuou também frente ao lactário que recolhia e distribuía leite às crian-ças carentes do Santo Antônio.

Marta recorda das irmãs de caridade que moraram no bair-ro, dos grandes projetos sociais desenvolvidos na região, espe-cialmente nos tempos de Frei Patrício e Frei Célio, das campa-

nhas para comprar cestas bási-cas e uniformes para as crianças estudarem no jardim da rede municipal. “Tenho muita sauda-de do bairro, das pessoas. Era como uma grande família”, de-clara, citando também antigos e folclóricos moradores dali, como o velho Alcibíades, que provoca-va medo nas crianças, pois era barbudo, vivia sujo, tinha cabe-los compridos e usava óculos escuros.

Havia também a Tidóia, D. Virgínia Gancho, Maria Marculi-na, Maria Colodina e João Ber-

nardino. “E o Tonho da Farinha Pôde, que tocava uma sanfo-ninha de oito baixos e cantava: Joaquim tem faca mas não tem bainha, vendeu a faca pra com-prar farinha. Era a maior piada para os meninos”, completa Vovó Marta, que hoje mora e trabalha no centro da cidade. “O que eu sei, aprendi naquela comunidade. Eu me doei muito e ganhei mais do que passei para eles. Aprendi a ser mais humana, cresci espiritualmente. Foi um tempo muito bom”, reco-nhece.

Vovó Marta, hoje residente no centro, personagem marcante e muito querida da história comunitária do Bairro Santo Antônio.

nossojornal / dez186

“Nada é em vão. Se não é bênção, é lição”.

“Quando eu me mudei pa-ra o Bairro Santo Antônio, há 32 anos, ninguém queria que eu viesse pra cá. Diziam que isso aqui era um deserto. Não tinha a Avenida Milton Cam-pos, a cidade parava perto da Avenida Joaquina do Pompéu.

Fui nascida e criada na Ave-nida Barão do Indaiá, dei aula 15 anos na zona rural e vim para o Bairro Santo Antônio em 1986, com três filhos pequenos e grávida da caçula.

Eu fui gostando, gostando e resolvi ficar. Trabalhava no Es-tadual e ia fazendo caminha-da.. durante 30 anos. Com a herança do meu pai, ampliei a casa, troquei o telhado, fiz um barracão para minha filha dar aula de reforço.

Aprendi a gostar do Bairro pela amizade que eu fiz aqui, pela confiança mútua. As pes-soas são muito amigas, solidá-

rias. Formar uma equipe para ajudar as pessoas é a coisa mais fácil. Eu ganho muita rou-pa para distribuir, muita coisa para socorrer famílias caren-tes.

Sou coordenadora do Mo-vimento Mãe Rainha, participo da Catequese, ajudo na igreja e na comunidade Santo Antô-nio, junto com a Erotildes (coor-denadora), Mariquinha (secre-tária), Nega do Alino - Maria Francisca (tesoureira). Participo também da equipe de reforma da matriz de Nossa Senhora do Rosário, ganhamos tinta, tijolos, material de construção.

Enfim, sou uma pessoa fe-liz! Agora, com a herança da minha mãe, vou acabar de arrumar a minha casa, deixar tudo do jeito que eu sempre sonhei. E continuar aqui, no Santo Antônio, o bairro do meu coração”.

Um dos pon-tos de destaque no Bairro Santo Antô-nio é o Bar do Pau-lo, fundado há 30 anos e com muita história pra contar. Principalmente para a família de Paulo Roberto Rodrigues (Paulão) e Maria Antônia de Faria Ro-drigues (Lia). “Abri-mos o bar em setembro de 1988 e nosso filho mais novo nasceu em outubro. Os outros dois eram pequenininhos. Foram todos criados

Aos 81 anos de idade e 50 como moradora do Bairro Santo Antônio, D. Tereza Francisca da Fonseca é

daquelas pessoas de fibra, de tanta energia e disposição, que ainda não conseguem ficar muito quietas. “O que eu dou conta de fazer, eu faço. Limpo arroz no pilão, faço paçoca, tor-ro café. Se mata um porco ou uma galinha, eu ajudo a arrumar. Se eu vou pra roça passear e tiver um serviço, eu faço. Vou vivendo assim”, diz a senhora, que é viúva há 31 anos, tem seis filhos e nem sabe dizer ao certo quantos ne-tos, bisnetos e tataranetos.

Para ela, “morar no Bairro Santo Antônio é bom demais. Todos os vizinhos são amigos. Não tenho inimizade nem com cachorro”, brinca. E conta casos do tempo em que vivia na roça, criando os filhos e trabalhando duro. “Meus filhos foram criados só no peito, nunca dei uma chupeta, nem mamadeira. Quando acontecia de dar um leite, era no copo. Ga-nhei eles foi em casa, nunca estive no médico nem pra saber se eu estava grávida. Graças a Deus, os seis que Deus me deu estão comigo”.

Citando os nomes de Zé João, Reinaldo, Nego (Manoel), Toninho (Antônio Alberto), Zé-

Em destaque, alegria de viver no Bairro Santo Antônio

lia e Geraldo, D. Tereza ressalta que vivia nas roças com todos eles. “Estendia uma coberta na sombra enquanto eu trabalhava nas la-vouras, lavando roupa no córrego... Na hora de dar mamá, eu ia lá. Só a senhora vendo o que eu já passei na minha vida. Hoje eu vivo satisfeita demais, porque tudo é trabalhador, direito”, declara, sorrindo.

aqui, assim como os três netinhos. A família girou em torno do bar, todos ajudaram. O caçu-la ainda está aqui conosco”, conta Lia, responsável por co-zinhar o famoso tor-resmo de barrigada e as especialidades da casa: feijoada na terça e sexta, arroz

com galinha na quarta, frango assado no sá-bado e domingo, carne de panela, mandioca e tira-gostos na segunda e quinta.

Querubina César Lousada (Bibina):

nossojornal / dez18 7

“Abundante é aquele que se nutre da fonte criadora e compartilha com os demais”.

Em um passeio pelo bairro Santo Antônio, numa tarde de novem-

bro, encontramos o comercian-te Maurício Alves Silva, 78 anos, lendo algumas memórias de abaeteenses que já partiram e relatos de antigas fazendas, em recortes do jornal Cooperabae-té. Durante a entrevista, após enumerar algumas vantagens de viver e trabalhar naquela re-gião, ele revelou a sua própria, rica e surpreendente história de vida, com grandes exemplos de superação.

Talvez pouca gente saiba, mas, nos seus primeiros anos, o proprietário do Supermercado 4 EME viveu a dolorosa experi-ência de um menor abando-nado, na zona rural de Abaeté. “Sou filho natural. Minha mãe era uma negra que trabalhava na fazenda do meu pai (Ângelo Vieira) e, na época, 1940, não podia falar que uma emprega-da negra tinha um filho com um fazendeiro. Ela conheceu outro homem, e meu padrasto tam-bém não me quis. Então, fiquei pra lá e pra cá. Não tinha casa, ficava de favor. Quando anoite-cia, me arrumavam um lugar pra dormir. Vestia a roupinha que me davam, um dia almo-çava, no outro não. Meu pai não podia me acolher, porque como ele ia contar que eu era filho dele? Até os 8 anos, fiquei abandonado, jogado fora”, re-corda Maurício, sem revolta.

Ele conta que, nessa idade, começou a trabalhar para se manter, na fazenda do próprio pai. “Na época, a renda do fa-zendeiro era engordar porco. Engordavam de 80 a 100 capa-dos de uma vez. Tinha um moi-nho de fubá, a gente cascava e debulhava milho o dia todo pa-ra moer. Meu pai me levou pra

fazer isso, mas como se eu não tivesse nada com a família. De-pois, devagarinho, é que foi se aproximando mais”, completa.

Aos 12 anos, após uma no-va tentativa frustrada de morar com a mãe e o padrasto, Mau-rício foi acolhido pelo tio pater-no, Zezinho Vieira, que vivia em Quartel Geral. “Ele foi tudo pra mim. Foi tio, pai, amigo, me en-sinou muito, tinha o maior cari-nho por mim”, reconhece.

Através do tio e de padri-nhos, conseguiu emprego em Belo Horizonte. Ficou na capital mineira até que o avô faleceu e o pai foi buscá-lo para morar com a avó na fazenda do Ma-chadinho, pois não tinha quem tomasse conta dela. “Nessa época, ele me reconheceu co-

mo filho. A mulher dele me acei-tou, passou a me tratar como os outros filhos, acabou esse preconceito. Quando meu pai adoeceu, como eu já conhecia BH, levei ele pra lá, passei a to-mar conta dele e dos negócios”, relata Maurício, que é o mais velho dos cinco irmãos por par-te de pai e o caçula dos cinco por parte de mãe. “Quando eu era pequeno, meus irmãos por parte de mãe também viviam numa pobreza danada e não tinham como cuidar de mim. Fui eu mesmo que procurei me virar sozinho. Mas foi bom, a gente aprende muito”, diz.

O empresário destaca que, apesar das dificuldades da in-fância, nunca abandonou sua mãe. “Comprei um barracão

pra ela no Quartel, onde gosta-va de morar, e toda semana eu levava uma cesta de compras. Ela criou uma neta e depois a neta passou a tomar conta dela, até falecer”.

Quando questionado sobre o maior desafio que já enfren-tou na vida, Maurício cita a mor-te da esposa Édna, em 1995, logo que instalou o comércio no bairro Santo Antônio. “Foi a fase mais difícil da minha vida, ela teve câncer de mama, os meni-nos estavam pequenos, o mais velho com 12 anos. Fiquei sozi-nho com os três, na época de ginásio. Foi duro, mas graças a Deus, eu consegui vencer parte da batalha”, declara.

Ele conta que o nome do mercado é uma homenagem à

família, numa sugestão do Pro-fessor Neném: “4 EME: Maurício, os filhos Marcelo, Maria Tereza, Maria Cristina e E de Édna, a esposa”, destaca o empresário, que não voltou a se casar, mas há muitos anos namora a Vilma do Salvino.

Maurício vive hoje com a filha Maria Tereza, com quem testemunha a realização de um milagre. “Há uns 12 anos, ela sofreu um AVC, ficou seis me-ses em coma, um ano interna-da na santa casa. Os médicos falavam que ela não ia escapar e, se escapasse, ia ficar vege-tando em uma cama. Abaeté todo rezava por ela na época. E Deus me deu ela de volta. O AVC deixou algumas sequelas, ela perdeu a vista, mas, graças a Deus, está bem,vai para a academia sozinha. Uma bên-ção”, celebra o comerciante, que já foi sócio do amigo Élio Romualdo e, durante 26 anos, teve a Mercearia Globo, na an-tiga Avenida Sete de Setembro, centro de Abaeté.

Para Maurício, Santo Antô-nio é o “melhor bairro da cida-de”. Ele explica por quê: “Tem dois comércios secos e molha-dos pertinho um do outro, tem um açougue logo ali, outro de frango. Se você sobe um pou-quinho, tem o quartel da Polícia Militar. Até pouco tempo, tinha o Pronto Socorro e a Delega-cia. Hoje tem PSF e a Secretaria de Saúde. Mais na frente, na divisa, tem loja de material de construção, farmácia, outros comércios. Você nem precisa ir no centro, é um bairro muito bom. E tranquilo, a gente não vê drogas por aqui. Graças a Deus, também nunca fui rou-bado. A vizinhança é muito boa”, finaliza, sempre de bom humor.

Maurício: bom humor, entre memórias da infância difícil e grandes transmutações.

Maurício, grandes exemplos de superação

nossojornal / dez188

“Depois de passar pela escuridão, você descobre que a luz não está no fim do túnel. A luz está em você”. (César Mach)

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Com 92 vagas declaradas, o Presídio de Abaeté abriga ho-je uma média de 170 detentos, sendo 40 de Morada Nova de Minas, onde a cadeia pública foi fechada em 2014. A gran-de maioria dos encarcerados são jovens de 20 a 35 anos de idade, presos por crimes decorrentes do envolvimento com drogas. “O índice de reinci-dência é altíssimo, em torno de 90%, e isso não vai mudar com o sistema prisional”, destaca o diretor do presídio, Ronaldo Gomides. Ele aponta a geração de empregos dentro do próprio presídio ou a formalização de novas parcerias de trabalho como forma de humanizar o cumprimento da pena, mas re-conhece que isso não é fácil de se conseguir.

Atualmente, apenas seis presos prestam serviços em uma parceria com a Prefeitura Municipal e 13 trabalham den-tro do presídio, sendo seis com artesanato, cinco nos serviços gerais e dois na distribuição de alimentos. Todas as obras

O Clube Independentes de Abaeté (CIA), que há 10 anos sa-grava-se campeão do 21º Clas-sista de Betim, o maior torneio de futebol amador do interior de Minas, está hoje sem time e com o estádio interditado pelo Corpo de Bombeiros. Uma comissão presidida pelo secretário Muni-cipal de Esportes, Robson Maia, estuda formas de angariar re-cursos para elaborar o projeto de reforma do campo e cumprir as exigências de segurança pa-ra a sua liberação.

Formada em novembro de 2017, com apoio da Prefeitu-ra e de cidadãos apaixonados

pelo esporte, essa comissão já conseguiu reconstruir parte dos

muros que haviam caído, pagar contas de água e luz atrasadas

e regularizar a documentação do clube. “Com a crise, Renato

Wilker, eleito em 2014, renun-ciou à presidência e foi substi-tuído pelo vice, Warley Rafael. Estamos agora tentando nego-ciar uma dívida do clube com a Receita Federal e deixar o Inde-pendentes 100% legalizado”, diz Robson.

O sonho é voltar a montar um time forte para disputar tor-neios na região e a escolinha de futebol, para estimular a prática do esporte nas crianças e for-mar novos craques. “Precisa-mos juntar forças, todos, todos, prefeitura, empresários, comu-nidade, pra resgatar o futebol de campo”, planeja o secretário.

CIA em 2008, tempos áureos: Campeão do Classista de Betim e do Torneio Municipal de Futebol

Gomides, entre dois agentes, buscando alternativas de trabalho para os detentos. Alguns se destacam nos trabalhos artesanais.

PRESÍDIO SUPERLOTADO, sobretudo por jovens envolvidos com drogas. COMO MELHORAR ISSO?

internas executadas nos últi-mos anos também contaram com mão-de-obra dos deten-tos. Dentre elas, a construção do muro frontal e de novas salas, as reformas nas celas e nos ba-nheiros.

“Esperamos que apareçam parceiros com propostas de trabalhos para os detentos, co-mo acontece em outras unida-des prisionais, onde empresas montam oficinas de autopeças, confecções e outras empresas, com baixo custo de produção, uma vez que a mão de obra é barata e não tem problemas

com a CLT”, ressalta Gomides. “Já fizemos consultas com algu-mas empresas da região nesse sentido e ainda não obtivemos êxito”, lamenta o diretor, aberto a propostas e sugestões.

Outra expectativa é que, no próximo ano, seja reativada a parceria com a E. E. Frederico Zacarias para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no presí-dio. “Em 2017, tivemos a forma-tura das duas primeiras turmas do ensino fundamental, mas fomos obrigados a interromper o projeto por falta de pessoal. Esperamos receber servidores

aprovados no pro-cesso seletivo em andamento, pa-ra que possamos melhorar as con-dições de trabalho, de movimentação dos presos e pro-mover a volta da escola”, planeja Gomides, que diri-ge a unidade des-de dezembro de 2009, quando a antiga cadeia pú-blica passou a ser sistema prisional.

Em 2018, foi construído o parlatório, para facilitar os atendimentos jurídicos.

Como voltar aos tempos áureos do CIA?

nossojornal / dez18 9

MATRÍCULAS ABERTAS

Entusiasmo para descobrir.É na infância que fazemos as maiores descober-tas das nossas vidas. E, na nossa escola, o seu filho vai descobrir ainda mais. Aqui, além de por-tuguês e matemática, ele também vai aprender que curiosidade e entusiasmo fazem a vida valer a pena.

A EDUCAÇÃO MUDOU.

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Matrículas para Maternais, 1º e 2º Período e Anos Iniciais do Ensino FundamentalRua Teodoreto de Paiva, 38 - Centro - Abaeté/MG37 3541-2550 / 3401-0903

nossojornal / dez1810

“A vida não é sobre metas, conquistas e linhas de chegada. É sobre quem você se torna durante a caminhada”.

Inaugurado em 1909, na admi-nistração de Dr. José Cândido de Souza Viana, o Cemitério Municipal

abriga sepulturas do primeiro prefeito de Abaeté, Barão do Indaiá, da primeira dama, Baronesa do Indaiá, do filho Fre-derico Zacarias, dentre outras persona-lidades locais, ancestrais e familiares de praticamente todos os abaeteenses.

Segundo o livro História de Abaeté, de Dr. José Alves de Oliveira, o primeiro corpo sepultado ali foi do pequeno Fran-cisco, de três meses, filho de D. Maria Cândida e Francisco Tomás de Aquino. O autor escreveu: “Foi bom que coubesse a uma criança tão nova abrir a marcha para o campo santo: esta primazia há de ter-lhe acarretado a obrigação de fazer as honras da casa aos recém-vindos, e é

VELÓRIO PAX SANTANAInaugurado em outubro de 2011, ao lado da Mar-

moraria e do Tanatório, o Velório Pax Santana é consi-derado uma referência pela Vigilância Sanitária de Sete Lagoas e um grande conforto para as famílias enluta-das. “Fico orgulhosa de ver que fazemos parte de uma história para valorizar Abaeté. As pessoas que vêm de fora ficam encantadas de ver que uma cidade peque-na no interior de Minas tem um velório daquela qua-lidade e levam essa impressão de Abaeté”, destaca Nilza Santana, que idealizou e coordenou todo o pro-cesso de construção do espaço e procura estar sem-pre presente nos velórios. “É gratificante dar o apoio, o respeito e o carinho nessa hora difícil, da perda, da despedida. Cada pessoa manifesta seu sentimento de um jeito, e eu fico me colocando no lugar daquela fa-mília e buscando oferecer a ela o que eu quero para mim”, finaliza.

CEMITÉRIO MUNICIPAL, UM DESTAQUEdo Bairro Santo Antônio e da História de Abaeté

agradável imaginar que, quando chegar nossa vez, um anjo meigo ali nos recebe-rá, entre sorrisos, e sairá conosco, ilumi-nando com a auréola de sua inocência os escuros caminhos do além túmulo e instruindo-nos quanto à melhor maneira de nos acomodarmos ao novo acampa-mento”.

No mesmo livro, encontramos regis-

tros dos primeiros cemitérios do municí-pio, localizados na Fazenda do Saco Fe-chado, antes da fundação do Arraial de Nossa Senhora do Patrocínio do Marme-lada de Olhos d’Água; depois no interior da nossa primeira capela e, a partir de 1852, nas esquinas das atuais rua Jader Moura e avenida Simão da Cunha, onde hoje estão os prédios do Banco do Brasil

e dos Correios.No início, o cemitério atual ocupa-

va aproximadamente a quarta parte do quarteirão, na esquina entre a Av. Dr. Guido (antiga Sete de Setembro) e a Rua Deusdedith Alves de Souza (antiga Barto-lomeu de Gusmão). Dobrou de tamanho na primeira ampliação, em 1926, e che-gou até a Rua Dr. Antônio Amador em 1936, onde ganhou o novo portão. Em 1968, foi novamente ampliado até a Rua Barão do Rio Branco, passando a ocupar todo o quarteirão. E no início dos anos 90, a Prefeitura fez algumas desapropria-ções para estender o cemitério até a Rua Osvaldo Ferreira. Segundo registros da Funerária Pax Santana, a primeira pes-soa sepultada na parte nova do cemitério foi o Sr. Micael José de Oliveira, interno da Vila Vicentina, em 26/08/1994.

Hoje, segundo o coveiro Wellington Barbosa, só resta espaço para a aber-tura de uns 250 jazigos, que devem ser ocupados entre três a cinco anos. “Como não tem jeito de ampliar mais a área, a Prefeitura está fazendo um controle maior na venda de novos jazigos. Precisava ser feito um recadastramento, porque muitos túmulos parecem totalmente abandona-dos, sem nome nenhum”, sugere o covei-ro, que trabalha ali há 17 anos.

Ele conta que, por falta de espaço pa-ra guardar as ferramentas de trabalho e livros de registros, há alguns anos, a ca-pelinha do cemitério foi transformada em depósito. “Já vi um livro tão antigo, que era escrito a pena. E as certidões de óbito eram registradas no próprio livro”, relata Wellington, que conta com dois ajudantes para os serviços de construção de novos jazigos, manutenção e limpeza do cemi-tério. “Pouca gente pra muito serviço. Pre-cisava de mais um para o cemitério ficar mais bem cuidado”, reclama.

Na administração de Dr. Guido, Nilza e Cláu-dio Santana ajudaram a construir o velório municipal (foto acima) e, em 2011, inaugura-ram o Velório Pax Santana, apontado como referência pela Vigilância Sanitária de Sete Lagoas e modelo para funerárias da região.

Ampliado quatro vezes, o Cemitério Municipal só tem espaço para abertura de aproximadamente 250 jazigos, segundo o coveiro Wellington. Ali, estão túmulos de personalidades, como o Barão do Indaia (à esquerda) ,e a capela, transformada em depósito de ferramentas e livros de registros.

nossojornal / dez18 11

PETRÓLEO

“A culpa faz você se sentir fraco. A responsabilidade faz você se sentir forte. Responsabilidade dá a você o coração de novo, a confiança”.

Dia 30 de novembro, no encerra-mento do projeto Saúde na Escola, de-senvolvido pela psicóloga Soraia Sabo-rido e a fonoaudióloga Isabel Cristina (do NASF) em todas as escolas munici-pais de Abaeté, o investigador da Po-lícia Civil, Renato Aparecido de Castro, fez uma interessante palestra sobre Drogas, na Escola Municipal Senador Souza Viana.

Com 17 anos de experiência, o po-licial assegurou que grande parte da violência em Abaeté tem a droga co-mo pano de fundo e a maconha é a porta de entrada para alucinógenos mais pesados, por ser de baixo custo e fácil acesso. “Da maconha, as pes-soas passam para a cocaína e seus sub produtos, como o crack. O crack é o resto da cocaína misturado com conservantes, solventes e, a princípio, é de fácil acesso, porque são 10 reais a pedrinha. Mas uma pedra de 10 re-ais pode viciar, como já aconteceu em Abaeté, e uma pedra não mata o vício. Atendi uma pessoa que fumou R$ 800 num sábado e domingo. Consumiu 80 pedras, imagine isso! Se uma pedra é alucinógena, estimulante, o que são 80 pedras no organismo e na mente da pessoa?! Como essa pessoa vai vi-ver?”, destaca.

No dia a dia do seu trabalho, Re-nato percebe que os pequenos trafi-cantes têm aumentado no município. “Grande parte por falta de efetivo nas ruas e porque a legislação e o trabalho de recuperação estão muito relapsos. O sistema tem que ressocializar, mas depende de investimento público, par-

ticipação e cobrança da sociedade”, alerta.

Segundo ele, boa parte dos trafi-cantes que encontra em Abaeté mal têm o que comer, são paupérrimos. “Vivem em casas imundas, fedoren-tas, quase que tem de levar a turma da faxina primeiro pra tirar toda a sujeira de barata, rato, é uma pobre-za. Já vi traficante que tinha arroz es-quentado na geladeira, água na gar-rafa pet e nada mais. Não sei onde está a lógica de viver do tráfico. Infe-lizmente, o pequeno traficante muitas vezes é usuário e trafica pra manter o próprio vício”.

Renato destaca que, além do combate ao crime, a Polícia Civil tem uma agenda de aproximação com a comunidade. “Fiz questão de vir à escola, para os adolescentes verem que a polícia está do lado da socie-dade de bem, estamos atentos às mazelas sociais, atuando também na prevenção, na Pedagogia. Que-remos prevenir aquele que não caiu no mundo do crime pra ele não en-trar. E aquele que caiu, precisamos nos preocupar em recuperar, mas ele tem que se responsabilizar por seus atos”, pondera.

O investigador destacou também

a importância da participação da sociedade no combate ao tráfico de drogas. “Se você percebe que na ca-sa do seu vizinho está tendo um mo-vimento estranho, usuários de dro-gas, motociclistas saindo e entrando em determinados horários, denuncie. Pode ligar na nossa delegacia, no telefone 3541-1489, pedir pra falar com qualquer um de nós, não vamos pedir identificação. Temos também o disque-denúncia 181, é gratuito e si-giloso”.

Repetindo a máxima de que “a segurança pública é dever do estado, mas é obrigação de todos”, Renato enfatiza que “uma sociedade parti-cipativa tem condições de promover uma cultura de paz e tranquilidade para uma comunidade. Se transfor-mar dentro da sua casa, em 20 anos temos uma nova sociedade, uma nova consciência, um nacionalismo de verdade, que o Brasil ainda não tem. Ser brasileiro é muito mais que colocar a camiseta verde e amarela e sair em passeata pública. Vamos cada um fazer a sua parte, dar sua contribuição social”, convida Renato, que fez questão de levar as filhas Ana Laura e Isadora, de 5 e 7 anos, para a palestra.

“A Felicidade não é uma

droga”.

Um incidente na Feira de Ciências da E. E. Dr. Edgardo da Cunha Pereira, dia 24 de novembro, provocou graves quei-maduras no rosto e corpo do ex-aluno e visitante Rouglas Osiel, 20 anos. Ele es-tava observando a experiência “Pressão Atmosférica Amassa Galão”, feita pelos alunos do 8º A, quando um estudante que não fazia parte do grupo acendeu um isqueiro maçarico na hora errada e chegou na boca do galão de água mi-neral que continha álcool. O fogo foi pra cima do visitante e queimou também os dedos da mão direita do aluno que acen-deu o isqueiro.

Segundo a escola, o experimento consistia em mostrar a força da pressão atmosférica utilizando um galão de água mineral 20 l, álcool e fósforo. A turma co-locava o volume correspondente a uma tampinha de garrafa pet de álcool no galão e o agitava para criar uma atmos-fera. Depois retirava o excesso do álcool, deixando-o em um recipiente afastado, e colocava o fósforo riscado na boca do ga-lão. Imediatamente, o álcool entrava em combustão, aquecendo o ar no interior do galão. O ar aquecido, ficando mais leve, saía de dentro do galão, tornando a pressão atmosférica interna menor que a exterior. Um estudante colocava a mão sobre a boca do galão, que ficava todo amassado, devido à pressão atmosférica externa. Ao retirar a mão, o ar entrava e o galão voltava ao tamanho normal.

Para ajudar nos medicamentos e mé-dicos especialistas, a comunidade esco-lar está promovendo uma rifa de R$ 500, com expectativa de arrecadar R$ 4 mil. Outra campanha está sendo promovida pelo Texxas Beer, que vai destinar ao estudante parte da arrecadação da ven-da de ingressos de um evento dia 21 de dezembro, equivalente a R$ 5 mil. Quem quiser ajudar pode adquirir um ingresso com os alunos da escola.

Participe da campanha para ajudar jovem

acidentado na escola

nossojornal / dez1814

A família é a base de sustentação do equilíbrio de uma sociedade. Pessoas que vivem no seio de uma família harmonizada tendem a ser equilibradas. Por outro lado, há uma tendência de que lares desarmonizados gerem pessoas desajusta-das. O lar é o laboratório onde as pessoas da família, na convivência diária, desen-volvem o amor e muitas ou-tras virtudes, como perdão, conciliação, paciência, tole-rância, indulgência, solida-riedade, compaixão. Esses valores adquiridos são trans-portados para a vida em so-ciedade.

Apesar de tudo isso de bom e nobre, às vezes, ado-lescentes rebeldes, em mo-mentos de teimosia, dizem para seus pais: eu não pedi para nascer. Aprendemos no Espiritismo que, realmente, as pessoas não pedem para nascer. Em geral, elas implo-ram, isso sim.

Na intenção de contribuir para a melhor harmonia no lar e consequente benefícios para a família e para a so-ciedade, o Centro Espírita Fé, Amor e Caridade (CEFAC) tem promovido anualmente um seminário em prol da família. O sétimo evento nesse senti-do foi promovido nos dias 23 e 24 de novembro.

A programação foi aberta às 20 horas do dia 23, com a palestra “Família - aper-te esse laço”, proferida pela Dra. Fernanda Fernandes, de Divinópolis. Dia 24, de 14 às 16 horas, foram realiza-das oficinas temáticas, sob a coordenação da equipe de orientadores de trabalhos com família no V Conselho Regional Espírita em Divinó-polis.

A primeira oficina, “O amor educando gerações”, foi dirigida aos pais de crian-ças e evangelizadores. Pais de jovens, jovens e orienta-dores da Mocidade Espírita participaram da oficina “Va-lores essenciais ao convívio e ao respeito e à vida”. E para o público em geral, foi minis-trada a oficina “Cultivando relacionamentos saudáveis”.

(José Carlos Rodrigues, presidente do CEFAC)

CEFAC promove 7º Seminário em Prol da Família

“Violência não é um sinal de força, a violência é um sinal de desespero e fraqueza.” (Dalai Lama)

CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO EM DEFESA DA MULHERES E DA VIDA

Em comemoração ao Dia Internacional da Não-violência contra as Mulheres (25 de novembro), o Creas promoveu uma palestra com o promotor da comarca de Abaeté, Dr. Allender Barreto. No evento, realizado dia 23, na Câmara Municipal de Abaeté, dentre outros tópicos, o promotor enfatizou a impor-tância de se manter e defender os Direitos Humanos, frutos de muita luta social, e da Lei Maria da Penha para a proteção e o empoderamento da mulher.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM FOCO

Marina e Rosa, vítimas de feminicídio, e Wenderson, assassinado pela esposa Luciene após muitas denúncias de agressões.

Parece assustador, mas dados re-centes da ONU mostram que a casa é o lugar mais provável para uma mulher ser morta no mundo... e no Brasil. Segun-do o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, cerca de 50 mil mulhe-res foram assassinadas no planeta em 2016 por um atual ou ex-parceiro, ou por um familiar - o equivalente a 137 mortes por dia, ou seis por hora. Em um número crescente ano a ano, duas em cada três mulheres vítimas de feminicídio morrem dentro do lar.

No Brasil, no mesmo período, foram registradas 4.606 mortes violentas de mulheres - o que representa uma mulher assassinada a cada 2 horas. Estatísticas mostram que muitos casos começam

com relacionamentos abusivos e termi-nam com tortura e crueldade, quando o homem subentende que pode fazer o que quiser. O Brasil é apontado como o país que mais mata mulheres dentro de casa no mundo.

Em 2018, foram registrados dois fe-minicídios em Abaeté. Segundo inquéri-to concluído pela Polícia Civil, dia 07 de fevereiro, Marina Tavares foi assassina-da pelo companheiro Jorge José Perei-ra, que chegou a ser preso dia 26/02, cumpriu 60 dias de prisão temporária e aguarda o julgamento em liberdade.

E no dia 26 de setembro, Rosa Anita de Faria foi esfaqueada em sua própria casa pelo ex-namorado Cristiano Fonse-

ca dos Reis, que foi preso dois dias de-pois e confessou o crime.

2018 também registrou o assassina-to de Wenderson Conceição (Fedegoso) pela esposa Luciene Martins, que se apresentou à delegacia de polícia quatro dias depois do crime, realizado dia 16 de março, confessou o assassinato e afir-mou que não aguentava mais ser vítima de violência doméstica. Ela foi liberada após o depoimento e também aguarda o julgamento em liberdade.

De acordo com a Organização Mun-dial da Saúde, 5% dos assassinatos de homens no mundo são cometidos por suas parceiras. No caso dos homicídios de mulheres pelos companheiros, esse percentual sobe para 35%.

nossojornal / dez18 15

“A violência é uma questão de poder. As pessoas se tornam violentas quando se sentem impotentes.” (Andrew Schneider)

COMUNICADOItamar Luiz da Silva ME

por determinação do Conselho Estadual de Política Ambien-tal - COPAM, torna público que solicitou,por meio do Processo Administrativo nº 26298/2018, Licença de Operação Correti-va – LAC 1 para a atividade de aquicultura em tanques de rede na Fazenda Brasiola, S/N - Zona Rural em Morada Nova de Minas /MG.

Aníbal Carlos de Oliveira Mar-ques, na qualidade de síndico do Condomínio Balneário Mangaba, no uso de suas atribuições conferi-das pela Convenção de Condomí-nio registrada junto ao Cartório de Registro Imobiliário da Comarca de Abaeté-MG., às fls. 109-V do Livro 3-A sob o nº.3.690 de 14/01/2003, convoca todos os condôminos e proprietários de lotes no “Condomí-nio Balneário Mangaba”para reuni-rem em Assembleia Geral Ordinária, que em virtude de sua sede não comportar, se realizará no “Bar do Balneário Mangaba”, no próximo dia 12 de janeiro de 2019, em primeira convocação às 8:00 hs. (oito horas), com a presença de 50%( cinquen-ta por cento) dos condôminos/pro-prietários. Caso não haja número legal para instalação ficam desde já convocados para a segunda convo-cação às 9:00hs (nove horas) com qualquer número de condôminos / proprietários presentes, no mesmo dia e local, na forma prevista no art. 25º. da Convenção de Condomínio, a fim de deliberarem sobre a seguin-te ordem do dia:

a) Discutir e votar o relatório e as contas da administração relativas aos anos de 2017 e 2018;

b) Apreciar a conta geral apre-sentada pelo síndico, corresponden-te ao ano anterior;

c) Eleger o Síndico para os exer-cícios de 2019 e 2020;

d) Eleger o Conselho Delibera-tivo para os exercícios de 2019 e 2020;

e) Eleger o Conselho Fiscal para os exercícios de 2019 e 2020.

Abaeté-MG., 06 de novembro de 2018.Aníbal Carlos de Oliveira Marques

Síndico

EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL

ORDINÁRIA

EDITAL DE CONVOCAÇÃONos termos do Estatuto, convoco os senhores Conselheiros do Abaeté Atlético Clube para a reunião da Assembleia Geral Ordinária, querealizar-se-á na AABB desta cidade, no dia 15/12/2018, às 18 horas, para o fim de deliberarem sobre a eleição do novo Presidente do AAC e Conselho Deliberativo.Abaeté (MG), 26 de novembro de 2018.

Arnon Lourenço de Medeiros Filho

Presidente do Conselho Deliberativo

“A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta,

é sempre uma derrota.” Jean-Paul Sartre

Este é o tema do trabalho apresentado por Patrícia Apare-cida Leite, dia 05 de dezembro, na conclusão do curso de Servi-ço Social, na Uemg/Abaeté.

Ela conta que o projeto sur-giu a partir de questões familia-res. “Minha avó sofreu todo tipo de violência física e psicológica praticada pelo marido, por 25 anos. Ela faleceu aos 40 anos de idade, deixando 15 filhos, o mais novo com 6 meses de idade. Isso deixou marcas pro-fundas na família. Minha mãe, a filha mais velha, é depressiva e conta os casos com muita dor, muita mágoa”, diz. “O que me deixa mais chocada é que, an-tigamente, nenhum vizinho, ne-nhum familiar denunciava essas agressões. A mulher era agre-dida, gritava socorro e ninguém ajudava”, completa.

No trabalho, além de abor-dar aspectos históricos sobre o desigualdade de gênero, o po-der do patriarcado e as várias facetas da violência doméstica, Patrícia apresenta gráficos e pesquisas que apontam o cres-cente número de ocorrências desse crime no Brasil e em Aba-

eté. “Para uma população de mais ou menos 23 mil ha-bitantes, é grande o número de registros de ocorrências de violência contra a mulher. Fiquei surpresa porque, às vezes, tem uma mulher do seu lado, uma vizinha que está vivendo a violência do-méstica e você não se dá conta”, alerta a formanda.

De acordo com dados da Polícia Militar, em Abaeté,

foram registrados 232 ca-sos de violência contra mu-lher em 2015, 180 em 2016 e 205 em 2017. Este ano, so-mente até outubro, já foram 154 registros de violência. Patrícia acredita que esses números, na realidade, são maiores, porque nem todas as mulheres têm a coragem de denunciar as agressões, ou mesmo a consciência de que seus direitos estão

sendo violados. “Isso aconte-ce principalmente nas classes mais vulneráveis, pela questão financeira, porque Abaeté não tem fonte de emprego. Isso não justifica, mas é um agravante pra que se pratique a violên-cia”, defende.

Ela conta que, antes de fa-zer a pesquisa, não entendia por que uma mulher voltava ao relacionamento abusivo, após sofrer uma agressão. “A sociedade julga e até brinca que ‘mulher gosta de apa-nhar’, mas não é bem assim. Dentre os fatores apontados para ela continuar nesse ciclo de violência, estão o medo de ser assassinada caso termine o relacionamento, os filhos e a questão financeira”, explica ela, declarando-se surpresa com os casos de violência se-xual, patrimonial, psicológica e física encontrados em Aba-eté. Dentre eles, o registro de um cárcere privado, onde uma mulher foi recentemente man-tida presa no quarto por três meses pelo marido, até que os vizinhos perceberam e denun-ciaram à polícia.

SOMOS TODOS MARIA DA PENHA. Violência doméstica no município de Abaeté contra mulher

Além de promover even-tos de conscientização, como a palestra com Dr. Allender Barreto dia 23/11, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de-senvolve um importante tra-balho psicossocial e jurídico junto às mulheres vítimas da violência doméstica. “Na ques-tão da psicologia, é no sentido

de empoderar e emancipar essas mulheres, de mostrar que elas não precisam ser dependentes dessa pessoa que as violentam. No sentido do trabalho social, buscamos dar visibilidade e orientar essa vítima, para que ela consiga romper essa situação e seguir um novo rumo. E no aspecto jurídico, orientamos nas ques-

tões referentes a separações, guarda de filhos, pensão, me-didas de proteção que podem ser concedidas às vítimas”, ex-plica o coordenador do Creas, Leonardo Alves da Silva, ao lado da Secretária Municipal de Assistência Social, Ângela Oliveira.

O trabalho é desenvolvido em parceria com órgãos como

o Ministério Público, Conselho Tutelar e Tribunal de Justiça. “Os casos de violência domés-tica sempre existiram, mas o que está fazendo a diferença é o trabalho que vem sendo desenvolvido nessa questão e que está encorajando e empo-derando as mulheres a denun-ciar e não ficar mais nessa si-tuação de violência”, analisam.

nossojornal / dez1816

Confira o Balancete Resumido das Despesas e Receitas da Câmara Municipal de Abaeté nos meses de Agosto, Setembro e Outubro de 2018.

Até o dia 06 de dezembro, foram devolvidos ao Executivo R$ 310 mil, sendo R$ 130 mil em julho/2018, R$ 130 mil em novembro /2018 e R$ 50 mil em dezembro/2018

RECEITA EXTRA-ORÇAMENTÁRIA

Repasse à CâmaraTOTAL DA RECEITA EXTRA-ORÇAMENTÁRIA

Manutenção do Corpo LegislativoVencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil Diárias - Pessoal Civil Total do Projeto / Atividade

Programa Assistência Médica e Farmacêutica Servidores MunicipaisServiços de Terceiros - Pessoa Jurídica Total do Projeto / Atividade

Manutenção das Atividades da CâmaraContratação por Tempo DeterminadoVencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal CivilIndenizações e Restituições Trabalhistas Diárias - Pessoal Civil Material de Consumo Serviços de Consultoria Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica Total do Projeto / Atividade

Aquis. Móveis, Equipamentos, Som e InformáticaEquipamentos e Material PermanenteTotal do Projeto / Atividade

Previdência Social e SeguradosObrigações Patronais Total do Projeto / Atividade

Atividades do Centro de Atendimento ao CidadãoVencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil Diárias - Pessoal CivilMaterial de ConsumoOutros Serviços de Terceiros - Pessoa FísicaOutros Serviços de Terceiros - Pessoa JurídicaTotal do Projeto / Atividade

TOTAL DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA

38.392,02

38.392,02

3.392,143.392,14

31.703,61

380,002.823,273.455,001.431,007.679,29

47.472,17

16.155,3816.155,38

4.190,00190,00

1.000,00227,46

5.607,46

111.019,17

38.392,02190,00

38.582,02

3.397,193.397,19

33.803,25

1.140,002.208,303.455,001.908,008.906,69

51.421,24

429,00429,00

17.280,8617.280,86

4.190,00

2.000,001.873,458.063,45

119.173,76

38.392,02380,00

38.772,02

3.454,373.454,37

31.944,86

190,002.770,563.455,00

954,0012.900,5652.214,98

3.660,003.660,00

15.980,8915.980,89

4.190,00

698,15

234,085.122,23

119.204,49

383.920,202.850,00

386.770,20

32.073,6332.073,63

4.508,55335.616,39

2.557,712.470,00

25.308,3134.550,0018.170,0087.248,42

510.429,38

17.848,0017.848,00

143.618,71143.618,71

41.760,34950,00780,15

9.000,005.418,73

57.909,22

1.148.649,14

0,0019.353,33

155.136,52174.765,48

155.136,52220.487,50

1.551.365,28 1.778.374,11

Confira o Balancete Completo no Portal da Transparência, no site www.camaraabaete.

DESCRIÇÃO

DESCRIÇÃO

SETEMBROAGOSTO OUTUBRO NO ANO

SETEMBROAGOSTO OUTUBRO NO ANO

ADMINISTRAÇÃO TRANSPARENTE

BALANCETE RESUMIDO DAS DESPESAS

- Projeto de Lei 022/2018: “Estima a receita e fixa a despesa do Município de Abaeté para o exercício financeiro de 2019 e dá outras providências”, de autoria do Executivo.

- Projeto de Lei 023/2018: “Dispõe sobre a alteração do Plano Plurianual de Ações para o quadriênio 2018/2021 e dá outras providências”, de autoria do Executivo.

- Projeto de Lei 024/18: “Cria o Conselho Municipal de Saneamento Básico de Abaeté e dá outras providências”, de autoria do Executivo.

- Projeto de Resolução 004/2018: “Altera dispositivos do Regimento Interno da Câmara Municipal de Abaeté e dá outras providências”, de autoria da Mesa Diretora.

- Projeto de Resolução 005/2018: “Cria a Escola do Legislativo de Abaeté, Professor José César de Oliveira, no âmbito da Câmara Municipal de Abaeté e dá outras providências”.

- Projeto de Lei Complementar 007/2018: “Dispõe sobre a criação de cargos na estrutura administrativa do Município de Abaeté e dá outras providências”.

PROJETOS DE LEIS APROVADOS:

PROJETOS DE LEI EM TRAMITAÇÃO:- Projeto de Lei 026/18: “Dispõe sobre a instalação de equipamento eliminador de ar na tubulação do sistema de abastecimento de água no âmbito de Abaeté e dá outras providências”, de autoria dos ver.s Fernando Henrique Guimarães e Geraldo Clodoaldo da Cunha Soares.

- Projeto de Lei Complementar 008/2018: “Dispõe sobre o imposto sobre serviços de qualquer natureza, de competência do município de Abaeté e dá outras providências”, de autoria do Executivo.

Número de reclamações em 2918: 498Demandas resolvidas por telefone: 465Procedimentos administrativos instaurados contra empresas que se recusaram a firmar acordos: 33Número de reclamações em novembro/18: 46Principais reclamações dos consumidores: tv a cabo, telefonia móvel, serviço de internet, restrição perante órgãos de serviço de proteção ao crédito, renegociação de financiamento e de empréstimos bancários.

Relatório Centro de Atendimento ao Cidadão / Procon Câmara:

nossojornal / dez18 17

Vamos nos mobilizar contra Dengue e Cia

Em 2018, até o dia 19/11, Minas Gerais registrou 26.155 casos prováveis de Dengue, com oito óbitos confirmados (em Araújos, Arcos, Conceição do Pará, Contagem, Ituiutaba, Lagoa da Prata, Moema e Uberaba) e 11 em investigação.

Em relação à Febre Chikungunya, Minas Gerais registrou 11.660 casos prováveis, concentrados na região do Vale do Aço, com um óbito confirmado em Coronel Fabriciano e dois em investigação. Também foram registrados 157 casos prováveis de Zika em 2018.

Em Abaeté, até o momento, foram registrados treze casos prováveis de Dengue, sendo dois deles positivos, importados de outros municípios. Os outros onze foram negativos. Aqui, não tivemos nenhuma suspeita de Chikungunya e Zika. Mas os cuidados para evitar o Aedes devem ser intensificados no período de calor e chuva. A mobilização da população é fundamental para controle da Dengue, Zika e Chikungunya.

Cerca de 80% dos focos do Aedes estão dentro das nossas residências. Portanto, cabe a cada um de nós tomar as medidas necessárias para que o mosquito não prolifere. A equipe de agentes de combate às endemias da SMS de Abaeté trabalha intensivamente durante todo o ano, a fim de identificar e eliminar focos através de bloqueios pontuais em lugares com criadouros do Aedes.

Outro aspecto importante para a prevenção dessas doenças é que cada pessoa que viajar para áreas em que exista a transmissão dessas doenças procure uma unidade de saúde, caso sinta algum sintoma (febre, dores no corpo, náuseas ou qualquer sinal diferente) e jamais se auto medique.

A Campanha Nacional de Combate ao Aedes ocorreu de 25 a 30 de novembro. Em Abaeté, o dia D foi dia 1º de dezembro, na Praça da Prefeitura, com atividades de mobilização da população sobre a sua participação na luta contra o Aedes.

Faça a sua parte e não permita que a Dengue e outras doenças cheguem em Abaeté.

Eleito em caráter emergencial via voto direto dia 18 de novem-bro, o Conselheiro Tutelar titular Clóvis Antônio Ferreira Filho to-mou posse no dia 03/12/2018, em solenidade realizada na Se-cretaria Municipal de Assistência Social.

A posse contou com a presen-ça do Prefeito Armando Greco,

da Presidente do CMDCA Eliana Silva Mendes, Secretária Munici-pal de Assistência Social de Aba-eté Ângela Oliveira, Conselheiros Tutelares Cláudia e Fabiana e equipe do CREAS Abaeté.

Os Conselheiros Suplentes eleitos são Lucélia de Fátima Re-sende, Sandra Regina de Sousa e Joice Marimar da Silva

A Secretaria Municipal de Assistência Social, através do Centro de Referência de Assistência Social - CRAS Casa da Família, em comemoração ao Dia Internacional da pessoa Idosa, realizou uma Confraternização no Sítio São Simão com os Grupos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Vivendo a Vida/São Pedro e Feliz Idade/São João no dia 04/10/2018.“Amadurecer não é entregar-se passivamente ao processo de envelhecimento. É experimentar aquilo que vai ganhando certo gosto, ao sabor do tempo. ”

PREFEITURA MUNICIPAL DE ABAETÉ

Saúde e Ação Social em foco

Esse foi o conceito da campanha da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais para o NOVEMBRO AZUL DE 2018. Além reforçar os cui-dados em relação ao câncer da prós-tata, a campanha buscou sensibilizar a todos sobre os cuidados referentes à saúde do homem.

A Secretaria de Saúde de Abaeté, através de suas Unidades Básicas de Saúde, promoveu diversas ações e atividades de mobilização e sensi-bilização, para que os homens pas-sem a ter um cuidado maior com a

sua própria saúde, de maneira mais global, durante todos os dias do ano.

O Instituto Nacional do Câncer/INCA aponta o envelhecimento e fa-tores genéticos como principais cau-sas para o risco do câncer da prós-tata. “O avanço da idade é um fator de risco bem estabelecido, tendo em vista que tanto a incidência, como a mortalidade aumentam após os 50 anos de idade. O histórico familiar apresenta associação para aumento no risco, quando verificada ocorrên-cia dessa em grau de parentesco

mais próximo, como pais, irmãos ou filhos”.

Assim, os homens devem estar atentos para o reconhecimento dos principais sinais de alerta e procurar atendimento nos serviços de saúde. A Atenção Primária é a principal por-ta de entrada na Rede de Atenção à Saúde, sendo as Unidades Básicas de Saúde (UBS) o serviço mais pró-ximo, atuando como coordenadoras do cuidado e ordenadoras das ações e serviços disponibilizados na rede e em tempo oportuno.

O problema das fossas negras em Abaeté está prestes a ser resolvido. Dia 12 de novembro, o prefeito Armando Greco Filho e representantes da Copasa assinaram uma Ordem de Serviço que engloba vários serviços. Dentre eles, a construção de redes coletoras e interceptores de esgoto e do poço luminar. Os investimentos são da ordem de R$ 3,4 milhões.

“Cuide da sua saúde. Nessa história, você é o personagem principal”.

CONSELHO TUTELAR EMPOSSADO

Copasa e Prefeitura assinam Ordem de Serviço para iniciar obras na rede de

esgoto de Abaeté

nossojornal / dez1818

O sucesso do 2º Encontro de Carros Antigos de Abaeté

Dr. Antônio do Monte Furtado Filho, Presidente da Associação Mineira de Antigomobilismo

Dia 05 de novembro, Abaeté completou os seus 141 anos e, co-

mo já é tradição, aconteceram as festividades do aniversário da cidade, no sábado, dia 03, a partir das 10 horas. A Prefeitura Municipal, através do prefeito Armando Greco Filho, respon-sável pela organização da festa, prometeu e superou as expec-tativas com relação às come-morações anteriores, brindando a população e turistas com um evento marcante e inesquecível.

Durante o dia, na Praça Ama-dor Álvares (Praça da Prefeitura), aconteceram as tradicionais Fei-ra Cultural de Artesanato, Feira de Comidas e Bebidas e a Fes-ta da Criança, com brinquedos, Carreta da Alegria e outras atra-ções.

No salão do Marks Hotel, prefeitos e autoridades dos mu-nicípios do COMLAGO, compos-to por Abaeté, Morada Nova, Paineiras, Martinho Campos, Fe-lixlândia, Três Marias e Dores do Indaiá, se reuniram para a apre-sentação do novo Comandante da Capitania Fluvial de Minas Gerais, Capitão de Mar e Guer-ra da Marinha do Brasil, Nicácio Satiro de Araújo, que fez uma breve exposição do trabalho a ser desenvolvido, comprome-tendo-se em procurar atender as reivindicações dos integran-tes do Consórcio.

Às 10:30 horas, com a praça lotada, houve a abertura oficial da festa, com o hasteamento do Pavilhão Nacional e a parti-cipação especial da Corporação Musical Lira Santa Cecília de Martinho Campos.

Às 11:30 horas, a Associação Mineira de Antigomobilismo re-

alizou a sua primeira solenidade do dia, com a transferência pro-visória da sua sede e a eleva-ção de Abaeté à capital mineira do Antigomobilismo durante o evento, por um ato celebrado pelo seu Presidente, Antônio do Monte Furtado Filho.

Posteriormente, a Prefeitura Municipal de Abaeté realizou a sua solenidade oficial, conferin-do Certificados de Participação ao Capitão de Mar e Guerra da Marinha do Brasil, Nicácio Sati-ro de Araújo, prefeitos, autori-dades municipais e convidados especiais. Simultaneamente, a Associação Mineira de Antigo-mobilismo agraciou os homena-geados pelo prefeito Armando Greco Filho com a Medalha de Honra ao Mérito.

Após o encerramento das solenidades, artistas locais di-vidiram o palco do Trio Elétrico HP2, com a valorização da rica cultura abaeteense, represen-tada pelos cantores Luiz Paiva, Jorge Matias, Paulo, Maria Isa-bel, Alisson, Eduardinho, Divino,

Mauro, Maguila e Alisson. Às 13:30 horas, a BANDA

TARQ, de Paraopeba, composta de três pré-adolescentes (Thiago Queiroz, 14 anos, Antônio Neto, 10 anos e Roberto Filho, 07 anos), subiu ao palco para uma apre-sentação inédita e brilhante do pop rock nacional que marcou as décadas de 80 e 90. E às 17 horas, um grande show de rock com Dalvan e Banda encerrou as festividades diurnas.

Um dos pontos altos durante o dia foi a realização do “2º EN-CONTRO DE CARROS ANTIGOS DE ABAETÉ”, que repetiu o suces-so do ano passado.

A Associação Mineira de An-tigomobilismo não poderia ficar indiferente a este megaevento, firme no propósito de incentivar e apoiar o antigomobilismo co-mo meio disseminador de cul-tura e reverenciar a história e memória deste importante setor que foi a mola mestra e propul-sora do crescimento e desenvol-vimento desta cidade e, por ex-tensão, do nosso país. Também

defendemos os ideais e sonhos de todos os antigomobilistas, re-alizando um trabalho voluntário e de doação em defesa desta causa.

Colecionadores e amantes do antigomobilismo das mais diversas regiões do estado es-tiveram presentes com as suas belíssimas máquinas, muitas delas verdadeiras obras de arte. Essas raridades recebem aten-ção especial por parte de seus proprietários, afinal são lem-branças de tempos passados, fazendo parte de um cenário de um momento social, econômico, cultural, educacional, histórico e tecnológico.

Participaram antigomobi-listas das cidades mineiras de Martinho Campos, Pompéu, Pi-tangui, Buenópolis, Sete Lagoas, Paraopeba, Caetanópolis, Dores do Indaiá, Bom Despacho, Estre-la do Indaiá, Betim, Contagem e Belo Horizonte, que foram recepcionados pelo recém fun-dado Abaeté Veteran Club, que passou a integrar definitivamen-

te o movimento antigomobilista estadual, recebendo oficialmen-te o Certificado de Filiação à As-sociação Mineira de Antigomo-bilismo.

A programação do “2º En-contro de Carros Antigos de Abaeté” iniciou-se às 09:15 ho-ras, quando as caravanas de carros antigos provenientes das cidades participantes foram recepcionadas no espaço em frente ao Parque de Exposições de Abaeté. Uma carreata per-correu as ruas principais da ci-dade, convidando a população a participar desta grande festa.

A realização deste 2º En-contro significou reverenciar a própria história de Abaeté, in-centivando a aproximação das pessoas, provocando a união e concretização dos ideais dos an-tigomobilistas desta cidade e da região, propiciando momentos de lazer e entretenimento para a população e desenvolvimento turístico, com baixo investimento público e voltado ao interesse econômico desta cidade.

Após encontro de prefeitos e autoridades municipais no Marks Hotel, as comemorações dos 141 anos de Abaeté foram abertas oficialmente com hasteamento do Pavilhão Nacional e apresentação da Corporação Musical Lira Santa Cecília de Martinho Campos

“Cada pessoa possui uma lente diferente para enxergar a vida. Não adianta querer que todos tenham a mesma percepção que você”.

nossojornal / dez18 19

DESTAQUE DO 141º ANIVERSÁRIO DA CIDADE

Por volta das 16 horas, a As-sociação Mineira de Antigomo-bilismo realizou uma solenidade de homenagens às autoridades, Clubes de Antigomobilismo e an-tigomobilistas presentes. Foram entregues Certificados de Partici-pação e Medalhas de Honra ao Mérito para o Prefeito de Abaeté, Câmara Municipal, vereador Van-délio José Ribeiro (autor do Projeto do Dia do Veículo Antigo em Aba-eté), Haroldo Francisco de Olivei-ra, Abaeté Veteran Club, Nosso Jornal, Rádio Atividade Sertaneja, Rádio Liderança e para os apoia-dores Supermercados BH, Supre-

mo Carnes, Sicoob Credioeste e CooperAbaeté.

Houve ainda distribuição de 13 Troféus de Destaque aos agracia-dos escolhidos por uma comissão de três jurados: Destaque Antigo-mobilístico, Haroldo Francisco de Oliveira (Organizador do evento); Destaque Personalidade, José Elí-sio Machado Barbosa (Presidente do Clube dos Veículos Antigos de Buenópolis); Destaques Primeira Inscrição, Veículo Especial e Clube mais participativo, CAPÔ (Carros Antigos Pompéu); Destaque Maior Distância Percorrida, Clube dos Veículos Antigos de Buenópolis;

Destaque Veículo Mais Antigo, de Estrela do Indaiá; Destaque Veículo dos Antigomobilistas, de Contagem; Destaque Veículo Ori-ginal, de Belo Horizonte além de destacados veículos das cidades de Dores do Indaiá, Paraopeba (Carburados Car Club) e Abaeté.

À noite, houve o Sorteio do IPTU Premiado, na Praça Dr. Canuto, e o mega show da dupla Althair & Alexandre (anteriormente conhe-cida como Ataíde & Alexandre), a partir das 23:30 horas, com a praça completamente lotada de fãs e admiradores da música ser-taneja.

Houve bolo de aniversário e homenagem aos antigomobilistas e apoiadores desta causa.

“Gratidão é a mais alta expressão de emoção nos humanos, pois significa a evolução da consciência humana.”

1º PRÊMIO - MOTO: Regina Maria da Silva (Bairro Bela Vista).2º PRÊMIO -TV 49”: Edgardo José Lamounier

(Bairro Amazonas).3º PRÊMIO - BICICLETA:Maria Docarmo da Silva (Bairro São Pedro)4º PRÊMIO - BICICLETA:

Maria Paula da Silva (Bairro Bela Vista).5º PRÊMIO - BICICLETA: Sebastião Antônio da Silva (Bairro Bela Vista).

CONFIRA A RELAÇÃO DOS GANHADORES DO IPTU PREMIADO 2018, sorteado antes do show de Althair & Alexandre, na Praça Dr. Canuto:

Sejam bem vindos os pe-quenos cidadãos recém--chegados à Cidade-Meni-na: Benjamin Lucca Pereira Menezes (dia 03/11, filho de Olga e Lucas), Isabela Mar-

tins Arruda (dia 05/11, filha de Lorena Priscila e Júlio César), Endyo Ezequiel Araújo de Pau-la Santiago (dia 03/11, filho de Daiane e Jeiyk Sillas), Ana Carolina da Silva (dia 07/11, filha de Josiane e Luís André), Miguel Barros Aze-vedo (dia 09/11, filho de Jaqueline e Wesley), Alisson Gabriel Silva Oliveira (dia 10/11, filho de Alessandra e Harlei Oliveira Pereira), Sophia Victória da Silva (dia 12/11, filha de Jéssica Ta-mires e Tales Henrique), Davi Lucas da Cruz Oliveira (dia 14/11, filho de Flaviana e Cecílio), Heitor Lucas Alexandre Melo (dia 14/11, filho de Lorena e Lucas Moisés), João Miguel de Oliveira Dias da Rocha (dia 17/11, filho de Thais Fernanda e Edson), Isabelly Vithória Cardoso de Faria (dia 20/11, filha de Bianca Nazaré e João Pedro), Kennedy dos Santos Rosa (dia 22/11, filho de Juliana e Charles), Alexander Gonzaga Amaral (dia 23/11, filho de Lorena e Diego), Jeisiane Emanuelle Batista da Silva (dia 24/11, filha de Diná e João), Lívia Marcele San-tos Cunha (dia 25/11, filha de Danielle Mirian e Warlen), Arthur Luís Tavares Gomes (dia 26/11, filho de Gabrielle e Samuel Severiano), Miguel Henrique Barcelos de Araújo (dia 26/11, filho de Joice Helena e Ricardo), Ana Júlia Moreira Cruz (dia 29/11, filha de Vanda e Cleiton), João Lucas de Oliveira Santos (dia 29/11, filho de Sô-nia e Marcelo Januário).

Noticiamos a partida dos seguintes conterrâneos de volta à Pátria Espiritual: Leonardo Alves de Oliveira (31/10), Maria Lúcia Inácio

(01/11), Zulma Álvares de Sousa (03/11), Joa-quim Resende Magalhães (11/11), João Batista Leite (13/11), Rayana Dayrell Campos de Almei-da (18/11), Judite Rodrigues de Sales (19/11), Manoelita Ferreira da Rocha (19/11), Rosa Pe-reira de Alvim (23/11), Ana Cândida dos San-tos (27/11), José Eustáquio Braga (29/11), José Erivaldo Santos da Silva (30/11)

Parabéns aos novos ca-sais: Leandro Caldeira Cota e Jéssica dos Santos Silva (09/11), Eduardo Antônio de Sousa Júnior e Amanda

Ferreira Lopes (10/11), Silvério Delfino de Borba e Iasmin Álvares da Silva (17/11), Ronan Cardoso Naves Neto e Marina Araújo Campos (23/11), Ronan Ferreira e Carla Rejane Barcelos (23/11), Washington Rodrigues de Sousa e Sofia Pereira Gontijo (23/11), Waldir Alves de Carvalho e Dora Ferreira Leite (30/11)

Fonte: Cartório Vilhena

nossojornal / dez1820

Oi, pessoal. Hoje vou con-tar pra vocês alguns lances de uma partida de futebol dispu-tada no interior do nosso mu-nicípio, no lugar conhecido co-mo Farinha Podre, lá por volta de 1950.

Como é de conhecimen-to de todos, o futebol é prati-cado em Abaeté muito antes dessa época. Os povoados e os vilarejos também já osten-tavam suas equipes, promo-vendo campeonatos, torneios e amistosos. No entanto, vale lembrar que muitas coisas mudaram daquela época pa-ra os dias de hoje. As regras, a arbitragem, os uniformes, as bolas, apitos e, sobretudo, a maneira de jogar.

Para se ter uma ideia, a bo-la era feita de bexiga de porco, curtida com sebo de carneiro e outros produtos, para forta-lecê-la e dar-lhe um pouco de peso. Depois de cheia, amar-rava-se um cordão em sua extremidade e já estava pron-tinha para o espetáculo.

Os uniformes eram calças normais, com cinto e tudo. As camisas eram de panos, com colarinhos, algibeiras e botões. As chuteiras eram as próprias botinas usadas para o trabalho. Os árbitros atua-vam com um chapéu e revól-ver na cintura para garantir a disciplina. A arma era o tira tei-ma. As traves não tinham rede e o campo era marcado com cinza. Portanto, muito diferente de hoje.

Bola rolando, a Farinha Po-dre era o time da casa e en-frentava uma equipe da beira do Rio Indaiá. Partida muito difícil para ambas as partes, bastante disputada. Nos ins-tantes finais, ainda estava no zero a zero, quando pinta um escanteio a favor da Farinha Podre.

Zé Preto, zagueirão do time da casa, medindo um metro e noventa de altura, muito forte e rápido, resolve partir para o ataque. O ponteiro direito co-bra o escanteio, e a bola sobe

muito por causa do vento, que a joga para fora da grande área. Aí surge o Zé Preto cor-rendo muito e mata a bola no peito.

Quando ele percebe, o cor-dãozinho da bola havia pren-dido no botão mais alto de sua camisa. Ele não perdoa. Dis-para para a área, desviando dos adversários, com a bola presa ao peito, entra no gol e grita... é uuuuuuuuuuum. Dá meia volta, entra de novo no gol e grita.... é doooooooois. Dá outra meia volta, torna a passar dentro do gol e grita... é treeeeeeeeeeeis. Por último, ele prende o braço ao pos-te do gol e, girando em torno dele, continua contando seus gols.

Quando ele gritou dezes-seeeeeeeeete, levou um galho de árvore na cabeça, aplicado por torcedores rivais, pondo fim à goleada. Nunca se viu tantos gols em tão pouco tem-po. Principalmente marcados por um zagueiro.

"Que o espírito do Natal

faça de cada lágrima um

sorriso;

Da amargura a sabedoria;

E de cada coração uma porta

aberta para o amor ao

próximo."

Goleada no InteriorJairo Andrade (Parceiro)

É assim que vamos lembrar de você, Parceiro. Sempre rindo, festejando, contando causos, ani-mando as rodas de conversa com sua presença vibrante. Que Deus o abençoe neste nova etapa de sua VIDA! Já estamos com saudades!

E, quando a danada apertar mais, nós, seus amigos e companheiros de farra e pescaria, vamos contar fatos pitorescos vividos com você e recordar seus causos. Como este, publicado na edição de dezembro de 2010 no jornal Cooperabaeté.

AGRADECIMENTO

Atélia Álvares da Silva (Telita) impossibilitada de agra-decer pessoalmente a todos que a confortaram por oca-sião de falecimento de sua irmã de criação e prima Zul-ma Álvares de Sousa, quer por telegrama, telefonema ou presença, o faz agora por intermédio do “Nosso Jornal - Folha Comunitária de Abaeté”.

Aos grandes médicos: Dr. Euler Wagner Ribeiro, Dr. Daniel Pereira de Andrade, Dr. Carlos Amador Álvares da Silva, Dr. Eduardo Mourão de Sousa e o fisioterapeuta Éric Álvares Rodrigues, sempre atenciosos, apresento o meu mais profundo reconhecimento.

“Desafio: quando um pensamento negativo entrar em sua mente, pense em três positivos. Treine-se para virar um roteiro”.

09/06/1918 03/11/2018

nossojornal / dez18 21

“Não se esqueça que você pode: começar tarde... começar de novo... ter muitas dúvidas... tremer de medo... falhar mil vezes... E ainda ter sucesso!”

OBRIGADO!!!Muito obrigado, FREI CARLOS JOSAPHAT, pelos 96 anos de preciosa

existência! Uma vida de luta por um mundo melhor... Mundo de sonhos e de esperanças. Como um semeador de lindos projetos, pelas estradas percorridas ou a percorrer. Sempre contente, vibrante, amoroso, feliz. Como Cristo pediu na humildade da Cruz. O tempo correu. O tempo voou.

Parabéns também pelos 73 anos de sacerdócio, completados dia 08 de dezembro.

Sou um viandante cansado, devido aos 88 anos que vivi. Mas vejo que não existe igual a você. Valente e guerreiro, forte na Fé, segurando a tocha, na lindeza da Luz.

Muito obrigado, Frei Carlos, por você existir. Por ser meu irmão.

Modesto.

Frei Carlos, entre os irmãos Modesto (aniversariante em 29/11) e Zé Pires (aniversariante em 26/10). Foto de dezembro de 2015

ROUGLAS QUERIDO!!!

Parabéns pelos 21 anos, dia 16/12. Completar mais um ano de vida é sempre

um momento mágico, para ser vivido com muita alegria e gratidão!

Desejamos, do fundo do coração, que este seja o início de um grande momento de sua vida, com as bênçãos de Deus. Que você seja feliz e faça os outros felizes, pois não há dádi-va maior que a vida e o amor. Amamos você!

Seus pais, Geraldo e Francisca, seus irmãos Francyara e Robson

PADRE CÁSSIO

Parabéns por mais um ano de vida sacerdotal e pelo seu aniver-sário, dia 22/12.

Agradecemos pela presente de ter o senhor nas nossas vidas, caminhando conosco na constru-ção de uma igreja viva em nossos corações e em nossa Paróquia.

Que Deus abençoe sua vida sempre!

Comunidade São José

Parabéns à cantora gospel abaeteense CRISTIANA FERREIRA pelo lançamento do seu terceiro CD, Eternamente Adorador. Parabéns pelo seu belo trabalho de levar a Palavra de Deus através do louvor e ajudar a renovar esperanças e transformar vidas, cantando que “onde Ele che-ga, tempestade faz bonança, faz transformação”. Que Deus a abençoe nesta missão, desenvolvida ao lado do marido, o presbítero Evanildo Maurício, e da Igreja Assembleia de Deus Madureira.

nossojornal / jul184

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nossojornal / dez18 23

Dona Conceição, 96 anos de JUVENTUDE ACUMULADA

Monique Souza

“Se o tempo enve-lhecer o seu corpo, mas não envelhe-

cer a sua emoção, você será sempre feliz.” Quem lê essa frase do escritor Augusto Cury e quem conhece a simpática do-na Conceição Pereira da Silva, de cara, pode perceber uma bo-nita analogia entre ambas.

O bom humor logo chama a atenção. Assim como a manei-ra de relembrar os “causos” do passado, a boa memória, a dis-posição para o trabalho, o amor pelos pais e irmãos e boas lem-branças do tempo em que mo-rava na roça com a família.

A idade parece não pesar tanto para quem tem tanta fé, alegria de viver e também de ‘prosear’. “Vou caçoar, mas de-pois vou contar a verdade, por-que não minto idade pra nin-guém: tenho 16 anos”, brinca. “Tinha um primo que morava em Brasília e falava assim: ‘tem duas coisas no mundo que nun-ca vou fazer: minguar idade e pintar cabelo’. E ele estava cer-to, porque homem de cabelo pintado fica muito feio e mentir idade também! Então, tenho 96 aninhos! Sou do dia 20 de julho de 1922. Tem gente que não conta a idade pra ninguém. Que bobagem! A gente é velho, pra que mentir?”, diverte-se.

Das histórias de criança, ela lembra sempre com muito cari-nho. “Fui criada na roça. Tinha 4 irmãos, sou a única mulher e a mais velha. Com 5 anos de ida-de, eu já era guia de boi. Rala-va mandioca na mão pra fazer farinha, você já viu? Toda tarde, enchia o balaio de mandioca cascada e bem lavadinha e, no outro dia, levantava às 4 da manhã e ia ralar. Quando tinha 12 anos, já sabia tecer colchas para os outros e ganhava meu dinheirinho. Toda vida gostei de trabalhar”, conta ela, que vivia com a família na Fazenda Fuzil, perto de Martinho Campos.

Dona Conceição tinha quase 50 anos quando se mudou pa-ra a cidade com os pais, Antô-nio Joaquim Pereira e Josefina Eduarda Silva. Ainda mora na mesma casa, na Rua Oscar Via-na, bairro Amazonas. “Desde que vendeu o terreno e comprou essa casa, meu pai colocou no

UMA RECEITA DE TARECO, POR DONA CONCEIÇÃO

“O tareco que eu fazia era assim:

- 1 kg de farinha de trigo Dona Benta (que já vem com o pó royal)

- 1 litro de queijo - 14 colheres (sopa) de man-

teiga derretida - Meio litro de açúcar- 07 ovosVocê coloca a farinha de trigo

numa vasilha, amorna a mantei-ga e mistura bem, junto com o açúcar. Depois, vai amassando (não é de sovar não, é só mis-turar, tareco não sova, se sovar endurece e não cresce). Ali, você amassa, coloca os ovos, o queijo.

Se ficar dura a massa, pode colocar um pouquinho de leite. Depois você corta, esquenta o forno e põe pra assar. Quando os tarecos crescerem, você abaixa a temperatura. Fica uma delícia!”

meu nome. Como eu nunca quis casar, ele falava assim: quando a gente morrer, pra onde você vai?”, diz.

E conta um segredo: “Quando eu tinha 14 anos, um moço de uma gente boa lá de Paineiras me pediu em casamento. Mas uma moça de 14 anos? Que bobagem essa! Quis não! Engraçado que, no tempo que eu an-dava muito, fazia compra só no Tõe Mendes e, um dia, ele chegou lá. Nós conver-samos muito e ele disse que também nunca casou. Nos-so destino foi esse. Graças a Deus, namorei muito moço bom, mas nunca quis casar e nunca me arrependi não, uai! Cada um de nós tem um destino, e eu gostava muito era de trabalhar”.

Gostava tanto que, até os 80 anos, dona Conceição ainda trabalhava. E começa-va bem cedinho. “Dos 60 aos

80, ajudei a Lúcia a fazer bis-coitos. Todo dia de madru-gada, ia pra lá. Às vezes, a gente fazia até 30 quilos de biscoito”, destaca ela, que ainda guarda a receita na cabeça, assim como dos ta-recos que fazia.

No fundo do quintal, do-na Conceição tem uma re-líquia da época de seu pai, um forno de barro que cha-ma atenção e guarda boas recordações. “O dia de fazer biscoito era tão bom, tinha uma porção de vizinhas e elas gostavam todas de vir pra cá. Só vendo a bondade que era!”

Ler e escrever, ela apren-deu pouco. “A gente nun-ca foi para colégio, porque morava na roça e lá perto não tinha escola. Depois de moça, a Dona Geni mudou para a Taboca e foi dar aula pra nós. Era boa demais, eita tempo que era bom”, recor-

da ela que, atualmente, tem apenas um irmão vivo, José Pereira da Silva, de 92 anos. Os outros eram Umberto, Gaspar e João.

Muito religiosa, dona Conceição, logo cedo, já liga a televisão e faz suas ora-ções. “Graças a Deus, sou muito rezadeira! Quase que meu serviço agora é rezar”, brinca. “Eu levanto às seis e meia e começo a acompa-nhar missa, novenas, gosto demais de escutar o Divino Pai Eterno, com o Padre Ro-bson. É tanta graça que o povo alcança com aquele programa”, ressalta ela que, aos domingos, recebe a San-ta Eucaristia em sua casa. “Sempre vieram muitos pa-dres aqui, como frei Patrício, frei Marco Túlio, padre Fabrí-cio, padre Cássio. Já conheci os padres novos também e gostei muito deles”, finaliza, com satisfação.

Dentre as relíquias guardadas por D. Conceição, algumas colchas tecidas por ela, forrinhos bordados, o velho forno a lenha, fotos dos pais e dela quando jovem, de permanente no cabelo.

Fotos Christiane Ribeiro

“Seja a alegria que chega a cada lugar onde você vai”

nossojornal / dez1824

A 800 metros da praça principal (10 minutos a pé),com vista panorâmica da cidade e excelente potencialde valorização. Situado na parte nobre de Abaeté,dentro do bairro Simão da Cunha com documentaçaopronta e infraestrutura completa.

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De 05 a 08 de novembro, a abae-teense de coração Thamiris Barbosa (Tatá) viveu uma experiência inédita e empoderadora. Ela foi uma das 18 participantes da Expedição 21, a primeira imersão para pessoas com Síndrome de Down da América Lati-na. Sem a presença dos pais e lide-rados pelo educador social e diretor do filme Cromossomo 21, Alex Duar-te, os jovens enfrentaram diversos desafios, como fazer compras, cozi-nhar, arrumar a cama e a cozinha, para aprender na prática como seria morar sozinhos.

A experiência, vivenciada em uma mansão de Florianópolis (SC), vai se tornar um documentário e um livro de cunho cientifico que servirá de pesquisa para a implantação do modelo de moradia independente no país. Um resumo do treinamento para despertar a liderança e auto-estima dos participantes foi exibido no Fantástico, da Rede Globo, dia 25 de novembro. “Estou poderosa!”, ce-lebra Tatá, entre boas gargalhadas, ao lado da avó Lourdes, que chorou de emoção ao reencontrar a neta na “formatura”, após os primeiros qua-tro dias de separação.

Tatá, o outro nome do sucesso e da superação