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Universidade de Brasília (UnB)
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FACE)
Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais (CCA)
Bacharelado em Ciências Contábeis
Luara Maria Resende de Araújo
ADEQUAÇÃO DOS SISTEMAS CONTÁBEIS NO PROCESSO DE CONVERGÊNCIA ÀS
NORMAS INTERNACIONAIS: UM ESTUDO DE CASO NO GOVERNO FEDERAL
Brasília, DF
2015
Professor Doutor Ivan Marques de Toledo Camargo
Reitor da Universidade de Brasília
Professora Doutora Sônia Nair Báo
Vice-reitora da Universidade de Brasília
Professor Doutor Roberto de Goés Ellery Júnior
Diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
Professor Doutor Rodrigo de Souza Gonçalves
Coordenador de Pós-Graduação do curso Ciências Contábeis
Professor Doutor José Antônio de França
Chefe do Departamento de Ciências Contábeis
Professora Doutora Diana Vaz de Lima
Coordenadora de Graduação do curso de Ciências Contábeis – diurno
Professor Doutor Marcelo Driemeyer
Coordenador de Graduação do curso de Ciências Contábeis - noturno
Luara Maria Resende de Araújo
ADEQUAÇÃO DOS SISTEMAS CONTÁBEIS NO PROCESSO DE CONVERGÊNCIA ÀS
NORMAS INTERNACIONAIS: UM ESTUDO DE CASO NO GOVERNO FEDERAL
Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia)
apresentado ao Departamento de Ciências
Contábeis e Atuariais da Universidade de
Brasília, como requisito parcial à conclusão da
disciplina Pesquisa em Ciências Contábeis e
consequente obtenção do grau de Bacharel em
Ciências Contábeis.
Orientadora: Prof. Dra. Diana Vaz de Lima
Brasília
2015
ADEQUAÇÃO DOS SISTEMAS CONTÁBEIS NO PROCESSO DE CONVERGÊNCIA ÀS
NORMAS INTERNACIONAIS: UM ESTUDO DE CASO NO GOVERNO FEDERAL
RESUMO
Em razão de o sistema de informação contábil ter papel relevante na construção do processo
de decisão dos gestores públicos, e dado o novo ambiente de mudanças que objetiva dar
efetividade à contabilidade aplicado ao Setor Público como fonte de informações, o presente
do estudo tem como objetivo analisar como os sistemas contábeis do Setor Público vêm sendo
adequados para atender ao processo de convergência da contabilidade pública brasileira aos
padrões contábeis internacionais. Para tratar a questão da pesquisa, foi efetuado estudo de
caso no Sistema Integral de Administração Financeira – SIAFI do Governo Federal,
analisando os módulos que compõem o subsistema contábil antes de depois das adequações
efetuadas para atender aos novos padrões contábeis. Os achados do estudo mostram que
houve mudanças estruturais no SIAFI Operacional, passando de quatro para três módulos, e
que a exclusão do módulo Equações se deu em razão de as novas demonstrações contábeis
passarem a ser consultadas no Siafi Web. Nos módulos remanescentes, foi incluído um
parâmetro de Indicador de Superávit Financeiro no módulo Demonstra e duas transações no
módulo Encerrano, para permitir novas consultas e verificar a estrutura e as nomenclaturas do
novo plano de contas. Duas transações foram retidas no módulo Integração, em razão de já
estarem em desuso antes mesmo das mudanças efetuadas.
Palavras-Chave: Sistema de Informação Contábil. SIAFI. Processo de Convergência. Setor
Público.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Subsistemas SIAFI....................................................................................................7
Figura 2 – Módulo DEMONSTRA – SIAFI2013.....................................................................12
Figura 3 – Consultar Demonstrações Contábeis – CONDEMCON.........................................13
Figura 4 – Módulo DEMONSTRA – SIAFI2015.....................................................................14
Figura 5 – Módulo ENCERRANO – SIAFI2013.....................................................................15
Figura 6 – Módulo ENCERRANO – SIAFI2015.....................................................................16
Figura 7 – Módulo INTEGRAÇÃO – SIAFI2013....................................................................17
Figura 8 – Módulo INTEGRAÇÃO – SIAFI2015....................................................................18
Figura 9 – Módulo EQUAÇÕES – SIAFI2014........................................................................19
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Áreas a Subsistemas do Sistema de Informação Contábil.....................................10
Quadro 2 – Subsistema contábil do SIAFI antes e depois das adequações efetuadas para
atender aos novos padrões contábeis........................................................................................20
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ___________________________________________________________ 1
2 REFERENCIAL TEÓRICO E NORMATIVO ___________________________________ 3
2.1 Sistemas de Informação Contábil _______________________________________ 3
2.2 Sistemas de Informação Contábil no Setor Público _________________________ 4
2.3 Caracterização do Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI ______ 5
3 METODOLOGIA _________________________________________________________ 8
3.1 Metodologia de Pesquisa _____________________________________________ 8
3.2 Dados Coletados ____________________________________________________ 9
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ____________________________________________ 11
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS _______________________________________________ 19
REFERÊNCIAS ___________________________________________________________ 20
1
1 INTRODUÇÃO
Com o advento do processo de convergência da contabilidade pública brasileira aos
padrões contábeis internacionais, o Conselho Federal de Contabilidade – CFC do Brasil
publicou um conjunto de orientações estratégicas com o objetivo de promover o
desenvolvimento conceitual e o fortalecimento institucional da contabilidade pública
brasileira (CFC, 2007).
Um dos principais passos apresentados nesse documento diz respeito à necessidade de
estabelecimento de sistemas organizacionais que contribuam para as boas práticas de
governança, entre eles os relacionados ao sistema de contabilidade, em razão do seu papel de
transversalidade em apoiar aos demais sistemas, pela própria natureza da ciência contábil
(CFC, 2007).
Ao publicar a norma internacional de contabilidade aplicada ao Setor Público (IPSAS)
1, que trata da apresentação das demonstrações contábeis, a Federação Internacional de
Contadores apresenta que a omissão ou incorreção material na divulgação de informação pode
influenciar as decisões dos usuários, e, portanto, deve ser considerada a expectativa razoável
dos usuários com os atributos da informação contábil, uma vez que os mesmos podem ser
influenciados na elaboração e avaliação de suas decisões (CFC, 2010).
Ao editar a norma brasileira de contabilidade aplicada ao Setor Público - NBC T 16.2,
que trata do patrimônio e sistemas contábeis, o CFC estabelece que o sistema contábil
representa a estrutura de informações sobre identificação, mensuração, registro, controle,
evidenciação e avaliação dos atos e dos fatos da gestão do patrimônio público, com o objetivo
de orientar e suprir o processo de decisão, a prestação de contas e a instrumentalização do
controle social. E que a Contabilidade Aplicada ao Setor Público é organizada na forma de
sistema de informações, cujos subsistemas, conquanto possam oferecer produtos diferentes
em razão da respectiva especificidade, convergem para o produto final, que é a informação
sobre o patrimônio público.
Para colaborar na adequação dos sistemas contábeis da Administração Pública
brasileira aos padrões internacionais, a Secretaria do Tesouro Nacional – STN, na condição de
órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, instituiu o Grupo Técnico de
Sistematização de Informações Contábeis e Fiscais – GTSIS, com a responsabilidade de
analisar e elaborar diagnósticos e estudos visando à harmonização das regras e
funcionalidades dos sistemas contábeis e fiscais no âmbito da União, Estados, Distrito Federal
e Municípios. Contudo, segundo Macêdo e Klann (2014), mesmo depois de inúmeras
2
protelações quanto à obrigatoriedade das Normas Brasileiras Aplicadas ao Setor Público, os
entes federativos brasileiros ainda têm um longo caminho a trilhar no que compete à
divulgação das novas demonstrações e contas em consonância com as IPSAS, afastando,
assim, o Brasil, do ideário de uma melhor imagem junto ao cenário internacional, pelo menos
enquanto não tiver uma Contabilidade Pública que segue os preceitos internacionais.
Diante do exposto, considerando o sistema de informação contábil tem papel relevante
na construção do processo de decisão dos gestores públicos, e dado o novo ambiente de
mudanças que objetiva dar efetividade a contabilidade aplicado ao Setor Público como fonte
de informações, o presente estudo traz a seguinte questão de pesquisa: como os sistemas
contábeis do Setor Público vêm sendo adequados para atender ao processo de convergência
da contabilidade pública brasileira aos padrões contábeis internacionais?
Portanto, o presente estudo tem como objetivo analisar como os sistemas contábeis do
Setor Público vêm sendo adequados para atender ao processo de convergência da
contabilidade pública brasileira aos padrões contábeis internacionais.
Para tratar a questão de pesquisa foi realizado estudo de caso no Sistema Integrado de
Administração Financeira – SIAFI, sistema computacional implantado em 1987 como
instrumento para o acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e
contábil do Governo Federal do Brasil, se configurando, atualmente, no maior e mais
abrangente instrumento de administração das finanças públicas, dentre os seus congêneres
conhecidos no mundo (MANUAL SIAFI, 2011).
Além dessa introdução, o presente estudo é estruturado em outras quatro seções. Na
seção 2, são apresentados os aspectos normativos e operacionais relacionados com os sistemas
de informação contábil no Setor Público brasileiro e a caracterização do SIAFI. A
metodologia desenvolvida no estudo é apresentada na seção 3. Na seção 4, são apresentados
os resultados das análises efetuadas. As conclusões do estudo são apresentadas na seção 5,
seguidas das referencias utilizadas.
3
2 REFERENCIAL TEÓRICO E NORMATIVO
2.1 Sistemas de Informação Contábil
De acordo com Hurt (2014), o sistema de informações contábeis – SIC é um conjunto
de atividades inter-relacionadas, documentos e tecnologia destinados a coletar dados,
processá-los e relatar informações para um grupo diversificado de tomadores de decisões,
internos e externos, nas organizações. Para Riccio (2001), o SIC é o principal instrumento do
profissional contábil, pois é através dele que se estabelece os padrões de controle contábil de
uma empresa.
Conforme Oliveira, Perez e Silva citado por Bairro (2008), a contabilidade é um
sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e
análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade
objeto de contabilização. Utiliza-se de documentos e informações de origem externa e interna
à empresa. Classifica, analisa e registra tais documentos e informações para a posterior
emissão de relatórios contábeis e gerenciais.
O objetivo do SIC para Hurt (2014) é transformar os dados contábeis em informações
relevantes e confiáveis, através de relatórios financeiros e demonstrações contábeis para a
tomada de decisão. Para Neely e Cook citado por Araújo (2015), o SIC objetiva conectar e
disponibilizar informações em toda a cadeia produtiva da empresa, atendendo às atividades
que são interdependentes para as áreas financeira e gerencial.
Através da informatização, o sistema contábil proporciona ao usuário maior agilidade
e qualidade na divulgação das informações, maior segurança, menos espaço físico no
ambiente de trabalho e facilidade ao acesso, como, por exemplo, o envio de declarações às
Secretarias da Receita Federal e Estadual, downloads de programas, obtenção de certidões
negativas, acompanhamento de processos, divulgação das demonstrações contábeis e
relatórios por meio dos sítios da empresa (BAIRRO, 2008).
Para Dias Filho (2011), um subsistema de informações se caracteriza por um conjunto
de atividades de obtenção, processamento e geração de informações ambientais, operacionais
e econômico-financeiras, destinadas a orientar o processo de gestão em todas as suas fases.
Com relação ao SIC, Padoveze (2004) esclarece que é estruturado em áreas e subsistemas,
conforme Quadro 1.
4
Quadro 1 – Estrutura do Sistema de Informação Contábil
Sistema de Informação Contábil
Área Legal/Fiscal Área de Análise Área Gerencial
Contabilidade Geral Análise de Balanço Orçamento e projeções
Correção Monetária Integral Análise de Fluxo de Caixa Custos e Preços de Venda
Contabilidade em Outras Moedas Gestão de Impostos
Contabilidade por
Responsabilidade
Consolidação de Balanços
Centros de Lucros e Unidades de
Negócios
Valorização de Inventários Acompanhamento do Negócio
Controle Patrimonial
Fonte: Padoveze (2004, p. 4486)
Padoveze (2004) ensina que o cerne de um sistema de informação contábil é o
subsistema de contabilidade geral (ou contabilidade financeira como também é chamada), que
tem como fundamento as necessidades legais, societárias e fiscais da empresa. Em termos
práticos, as áreas gerencial e de análise tendem a ser construídas com procedimentos
contábeis complementares.
2.2 Sistemas de Informação Contábil no Setor Público
Para dispor sobre as diretrizes a serem observadas pelos entes públicos quanto aos
procedimentos, práticas, laboração e divulgação das demonstrações contábeis, o Ministério da
Fazenda publicou em 2008 a Portaria MF nº 184, determinando que a STN desenvolvesse
ações no sentido de promover a convergência da contabilidade pública brasileira aos padrões
contábeis internacionais e às normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao Setor Público,
respeitados os aspectos formais e conceituais estabelecidos na legislação vigente.
Em 2009, foi publicado o Decreto nº 6.976, dispondo que a finalidade do sistema de
contabilidade é evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União,
promovendo a padronização e consolidação das contas nacionais, a busca da convergência aos
padrões internacionais de contabilidade e o acompanhamento contínuo das normas contábeis
aplicadas ao Setor Público, de modo a garantir que os Princípios de Contabilidade sejam
respeitados no âmbito do Setor Público.
De acordo com o disposto no art. 7º do Decreto nº 6.976/2009, como Órgão Central do
Sistema de Contabilidade Federal, compete à Secretaria do Tesouro Nacional:
I- Estabelecer normas e procedimentos contábeis para o
adequado registro dos atos e dos fatos da gestão orçamentária,
5
financeira e patrimonial dos órgãos e entidades da administração
pública, promovendo o acompanhamento, a sistematização e a
padronização da execução contábil;
II- Manter e aprimorar o Plano de Contas Aplicado ao Setor
Público e o processo de registro padronizado dos atos e fatos da
administração pública;
III- Instituir, manter e aprimorar, em conjunto com os órgãos do
Sistema de Administração Financeira Federal, sistemas de
informação que permitam realizar a contabilização dos atos e
fatos de gestão orçamentária, financeira e patrimonial da União
e gerar informações gerenciais que subsidiem o processo de
tomada de decisão e supervisão ministerial;
[...]
XXVIII - editar normativos, manuais, instruções de procedimentos
contábeis e plano de contas aplicado ao Setor Público,
objetivando a elaboração e publicação de demonstrações
contábeis consolidadas, em consonância com os padrões
internacionais de contabilidade aplicados ao Setor Público.
(BRASIL, 2009)
Quanto à organização do Sistema Federal de Contabilidade, além do Órgão Central
também é composto por órgãos setoriais, que são as unidades de gestão interna dos Ministérios,
da Advocacia-Geral da União, do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério
Público da União, responsáveis pelo acompanhamento contábil no SIAFI de determinadas
unidades gestoras executoras ou órgãos. Os órgãos setoriais são classificados de acordo com
suas características em: unidade gestora, órgão e órgão superior. A unidade gestora é
responsável pelo acompanhamento da execução contábil das unidades gestoras executoras e
pelo registro da conformidade contábil, o órgão por determinado órgão e o órgão Superior
pela gestão interna dos Ministérios e órgão equivalentes.
2.3 Caracterização do Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI
Segundo informações disponíveis no sítio da STN, até o exercício de 1986 o Governo
Federal enfrentava uma série de problemas de natureza administrativa que impedia a
adequada gestão dos recursos públicos e dificultava a preparação do orçamento unificado, que
passou a vigorar em 1987. Para desincumbir-se de suas atribuições, nesse mesmo ano a STN
recebeu competente autorização para contratar, junto ao Serviço Federal de Processamento de
Dados – SERPRO, a implementação de um sistema computacional que fornecesse todas as
informações necessárias, de maneira segura e tempestiva (LIMA e CASTRO, 2009).
Inicialmente utilizado apenas pelo Poder Executivo, o SIAFI foi sendo expandido de
forma gradual para os demais Poderes do Governo Federal. Atualmente, utilizam-se do SIAFI
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todos os órgãos da Administração Direta, inclusive os pertencentes aos Poderes Legislativo e
Judiciário, e grande parte da Administração Indireta, faltando apenas as Empresas Públicas e
Sociedades de Economia Mista que não compõem o Orçamento Geral da União (OGU), e as
Instituições Financeiras Oficiais (MANUAL SIAFI, 2011).
De acordo com a STN, desde a sua implantação, o SIAFI vem recebendo otimizações
e adequações de forma a acompanhar a evolução técnica, de ordem legal e conjuntural, com
processos/subsistemas que permitem sua utilização em escala crescente. Dentre os objetivos
do SIAFI, destacam-se:
i. Prover os Órgãos da Administração Pública de mecanismos adequados ao
controle diário da execução orçamentária, financeira e contábil;
ii. Fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização
dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa
do Governo Federal;
iii. Permitir que a Contabilidade Aplicada à Administração Pública seja fonte
segura e tempestiva de informações gerenciais para todos os níveis da
Administração Pública;
iv. Integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;
v. Proporcionar a transparência dos gastos públicos.
Registre-se que o SIAFI se estrutura de forma centralizada em Brasília, conectado por
teleprocessamento aos Órgãos do Governo Federal distribuídos em todo o País e no exterior.
Essa conexão é realizada através da rede de telecomunicações do SERPRO e a inúmeras
outras redes externas, garantindo acesso às quase 17.874 Unidades Gestoras ativas no SIAFI,
conforme as informações do sítio da STN. Cada exercício social é um sistema dentro do
SIAFI, pois facilita o trabalho nas Unidades Gestoras. Por exemplo: SIAFI2012, SIAFI2013,
SIAFI2014 e etc.
De acordo com as informações do sítio da STN, cada sistema está organizado por
subsistemas – atualmente são 21 – e estes, por módulos. Dentro de cada módulo estão
agregadas inúmeras transações, que guardam entre si características em comum. Nesse nível
de transação é que são efetivamente executadas as diversas operações do SIAFI, desde a
entrada de dados até consultas, conforme Figura 1.
7
Figura 1 - Subsistemas SIAFI Fonte: Sítio da Secretaria do Tesouro Nacional
O SIAFI organiza-se informalmente em cinco grupos principais: Controle de Haveres
e Obrigações; Administração do Sistema; Execução Orçamentária e Financeira; Organização
de Tabelas e Recursos Complementares com Aplicação Específica. De acordo informações do
sítio da STN, o Subsistema contábil encontra-se no grupo Execução Orçamentária e
Financeira, objeto do presente estudo.
De acordo com a STN, com o avanço tecnológico, o SIAFI já vinha necessitando de
adaptações, que, segundo o SERPRO, exigiria uma reengenharia do sistema e a migração para
uma plataforma tecnológica mais atualizada, flexível e barata. Desde de 2009 , divulgou-se
que essa transformação que ocorreria. Em 2012 , o SIAFI Web, ou chamado também Novo
SIAFI já estava disponível na versão web.
Como a STN e o SERPRO ainda não conseguiram expandir a versão do SIAFI Web
para todos os módulos, o SIAFI Operacional continua também sendo disponibilizado. De
acordo com a sítio do SERPRO, os principais benefícios do SIAFI Web são tornar a interface
mais produtiva, amigável e intuitiva e melhorar a escalabilidade do sistema, criando uma
solução modularizada e com baixo acoplamento das partes, o que permite reduzir o impacto
das manutenções evolutivas, suportar a ampliação das funcionalidades, diminuir a
necessidade de manutenções corretivas, melhorar as informações extraídas e padronizar a
comunicação do SIAFI com outros sistemas.
Tanto o SIAFI Operacional quanto o SIAFI Web desempenham função na contabilidade
legal, através dos subsistemas contabilidade geral e consolidação de balanços, pois, de
acordo com a classificação de Padoveze (2004, p.4486), a contabilidade geral desempenha a
função no processo de escrituração contábil a partir da entrada de dados e a elaboração dos
8
respectivos demonstrativos contábeis exigidos por lei. Segundo informações da STN, o SIAFI
Web registra todos os atos e fatos referentes às contas a pagar e receber, destacando-se
pagamentos (normais e suprimentos de fundos), reclassificação de despesa, estorno de
despesas após recebimento de Guia de Recolhimento da União – GRU e registros
patrimoniais.
As áreas gerenciais e de análise do SIC, conforme a classificação de Padoveze (2004),
são elaboradas e operacionalizadas a partir do subsistema de contabilidade geral, produzindo
relatórios gerenciais. Na contabilidade pública brasileira, estas áreas são desenvolvidas
através do sistema Tesouro Gerencial, no qual, de acordo com a STN, permite a elaboração de
relatórios baseados em dados do SIAFI com mais flexibilidade e possibilidade superior de
análise, associação, combinação, filtragem e apresentação.
3 METODOLOGIA
3.1 Metodologia de Pesquisa
A presente pesquisa caracteriza-se como exploratória, uma vez que objetiva analisar
como os sistemas contábeis do Setor Público vêm sendo adequados para atender ao processo
de convergência da contabilidade pública brasileira aos padrões contábeis internacionais. De
acordo com Coelho e Silva (2007, p.142) “a pesquisa exploratória é realizada sobre
problema ou questão de pesquisa quando há pouco ou nenhum estudo anterior. O objetivo
desse tipo de estudo é o de procurar padrões, ideias ou hipóteses, em vez de testar hipóteses
ou confirmar uma hipótese. ”.
Em termos procedimentais, foi realizado estudo de caso no Sistema Integrado de
Administração Financeira (SIAFI), sistema computacional implantado em 1987 como
instrumento para o acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e
contábil do Governo Federal do Brasil, se configurando, atualmente, no maior e mais
abrangente instrumento de administração das finanças públicas, dentre os seus congêneres
conhecidos no mundo (MANUAL SIAFI, 2011). Para Martins e Theóphilo (2009), o estudo
de caso trata-se de uma investigação empírica que pesquisa fenômenos dentro de seu contexto
real, onde o pesquisador não tem controle sobre os eventos e variáveis, buscando apreender a
totalidade de uma situação e, criativamente, descrever, compreender e interpretar a
complexidade de um caso concreto.
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3.2 Dados Coletados
De acordo com a Macrofunção Siafi 100000 - Subsistema contábil - Contabilidade, o
acesso ao subsistema contábil pode ser realizado através de terminais ligados à Rede
SERPRO ou de microcomputadores emulando terminais. A navegação do subsistema é
gerenciada e controlada pelo SENHA, segundo a habilitação de cada usuário.
As informações foram coletadas nos módulos do SIAFI Operacional e no SIAFI Web
no mês de novembro de 2015, com a colaboração dos servidores da Coordenação-Geral de
Contabilidade e Custos da União da STN, localizada no Setor de Autarquias Sul, Quadra 3,
10º andar, na cidade de Brasília. As seguintes transações foram consultadas no SIAFI
Operacional para a coleta de dados:
a) ATUBAIXSAL – Atualiza baixa e inscrição de saldo
b) ATUDESP – Atualiza despesa
c) ATUESTSIST – Atualiza estado do sistema
d) ATUEQCONT – Atualiza equações contábeis
e) ATUPARINC – Atualiza parâmetros inconsistência
f) ATUSM – Atualiza saldos mensais
g) ATURECDIF – Atualiza recursos diferidos
h) ATUTRANSAL – Atualiza transferência de saldo
i) BALANCETE – Balancete Contábil
j) BALANSINT – Balanço sintético por órgão
k) CANREGINT – Cancela registro de integração
l) CONBAIXSAL – Consulta baixa e inscrição de saldo
m) CONBALANUG – Consulta Balanço da unidade gestora
n) CONCONTIR – Consultar contas a regularizar
o) CONDESP – Consulta despesa
p) CONDIFDOT – Consulta diferenças de dotação
q) CONEQCONT – Consulta equações contábeis
r) CONESTSIST – Consulta estado do sistema
s) CONGERAREL – Consulta parâmetro para geração relatório
t) CONINCONS – Consulta inconsistência outros
u) CONPANIC – Consulta parâmetro inconsistência
v) CONRAZAO – Consulta Razão por conta contábil
w) CONRECDIF – Consulta recursos diferidos
x) CONSITINT – Consulta situação de integração
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y) CONSM – Consulta saldos mensais
z) CONTRANSAL – Consulta transferência de dados
aa) REGINT – Registra integração
bb) REGINDRP – Registro de indicação de notas de empenho para inscrição em restos
a pagar não processado em liquidação
Para entender as mudanças que estão sendo implementadas em cada módulo, também
foram analisados os aspectos conceituais e normativos apresentados no SIAFI - MANUAL
WEB, disponível em http://manualsiafi.tesouro.fazenda.gov.br/. A partir desse levantamento
inicial, buscou-se então a nova estrutura disponibilizada para uso no âmbito das unidades
gestoras do Governo Federal a partir do exercício financeiro de 2015, por meio de acesso ao
SIAFI Operacional e ao SIAFI Web, com login e senha próprios.
As consultas foram realizadas no terminal SIAFI KNGG0212, mediante a seleção do
subsistema contábil através da letra X entre parênteses, localizado na quarta opção. Na
sequência foi pressionada a tecla ENTER, que levou à próxima tela, onde se apresentou os
módulos do Subsistema contábil. Para o acesso a cada módulo, novamente foi selecionada a
letra X e pressionada a tecla ENTER, possibilitando a realização de consultas em todas as
transações presentes nos módulos objeto da pesquisa.
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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
De acordo com a Macrofunção Siafi 100000 - Subsistema contábil - Contabilidade, em
sua concepção original, o diagrama do subsistema contábil foi organizado em quatro módulos,
a saber: Demonstrações Contábeis (DEMONSTRA), Encerramento do Exercício
(ENCERRANO), Equações Contábeis (EQUAÇÕES) e Integração de Balancete
(INTEGRAÇÃO). Cada módulo é composto por transações, que, de acordo com Feijó, Pinto
e Mota (2009), são unidades de operação do SIAFI que correspondem a determinadas
atividades de entrada e de consulta dos dados do sistema.
Na sequencia são apresentadas as mudanças identificadas em cada módulo sobre as
adequações que foram efetuadas no SIAFI para atender aos novos padrões contábeis.
4.1 Adequações no Módulo Demonstra
O Módulo de Demonstrações contábeis permite a consulta dos demonstrativos e os
registros contábeis efetuados por determina unidade gestora. Em 2013, esse módulo era
composto oito transações no SIAFI Operacional, conforme Figura 2.
Figura 2 – Módulo Demonstra SIAFI - SIAFI2013 Fonte: SIAFI Operacional – Subsistema contábil – Sistema SIAFI2013
Após as mudanças realizadas, as transações “BALANSINT” e “CONBALANUG”
foram retiradas do SIAFI Operacional, pois no SIAFI Web foi criada uma transação chamada
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“CONDEMCON – Consultar Demonstrações Contábeis”, com a finalidade de consultar as
Demonstrações Contábeis das Unidades Gestoras dos órgãos (comuns e superiores) e as
Demonstrações Contábeis da União (DCON), conforme Figura 3.
Figura 3 – Consultar Demonstrações Contábeis - CONDEMCON Fonte: Material Secretaria do Tesouro Nacional – Treinamento de Multiplicadores, 2014.
As transações "BALANCETE", "CONRAZAO" e "DIARIO" permaneceram no SIAFI
Operacional. A transação BALANCETE permite, de acordo com o MANUAL SIAFI – WEB,
consultar o movimento analítico e os saldos contábeis em diferentes tipos de agregação, para
todos os níveis de desdobramento do Plano de Contas, permitindo ainda, a particularização
dos totais das contas por classe, o Balanço Geral da União, os saldos invertidos e somente os
diferentes de zero. Nessa transação, houve a inclusão do parâmetro Indicador de Superávit
Financeiro (ISF), que indicará se a conta é financeira ou permanente na tela inicial para a
consulta por conta corrente e por tipo de saldo, de acordo com estrutura do novo PCASP.
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A transação “CONRAZAO” permite detalhar uma conta contábil e contas correntes,
bem como o demonstrativo sintético do Razão. Também nesta transação, em razão do novo
PCASP houve a inclusão do parâmetro Indicador de Superávit Financeiro – ISF. E a transação
“DIARIO” permite consulta ao movimento contábil diário da unidade gestora por gestão, de
uma determinada data e, ainda, o documento a ser detalhado. A partir das adequações, o
módulo DEMONSTRA no SIAFI Operacional passou a ser estruturado conforme Figura 4.
Figura 4 – Módulo DEMONSTRA – SIAFI2015 Fonte: SIAFI Operacional –Subsistema contábil - Sistema SIAFI2015
4.2 Módulo Encerrano
O Módulo Encerramento do exercício tem por objetivo agrupar as transações que
permitem a gerência do estado do Sistema, desde o encerramento do exercício corrente, até o
processo de transposição de saldos, para a abertura do exercício seguinte. Foi composto
inicialmente por sete transações no SIAFI Operacional, conforme a Figura
5.
14
Figura 5 – Módulo ENCERRANO – SIAFI2013 Fonte: SIAFI Operacional – Subsistema contábil – Sistema SIAFI2013
Todas as transações existentes no módulo Encerrano no exercício de 2013
permaneceram. As transações “ATURNERP”, “ATUESTSIST”, “ATUBAIXSAL”,
“ATURECDIF”, “CONBAIXSAL”, “CONESTSIST”, “CONRECDIF”, “CONTRANSAL”
e “REGINDRP” permitem atualização e consultas, respectivamente, das relações de nota de
empenho para inscrição de RPNP a Liquida, ao estado padrão do Sistemas; aos indicadores
utilizados para baixa/inscrição de saldos; aos parâmetros de baixa/inscrição de recursos
diferidos e relação; ao histórico das alterações ocorridas no Sistema; a relação ou detalhe dos
grupos de contas contábeis com tratamento peculiar, no processo de transferência de saldos; e
ao registo de indicação de notas de empenho para inscrição em restos a pagar não processado
em liquidação.
Com as adequações, o módulo ENCERRANO passou a ser estruturado com nove
transações, conforme a Figura 6.
15
Figura 6 – Módulo ENCERRANO – SIAFI2015 Fonte: SIAFI Operacional – Subsistema contábil – Sistema SIAFI2015
Como se pode observar na Figura 6, duas novas transações foram incluídas a partir das
adequações efetuadas. A transação “CONRERP”, que permite a consulta das notas de
empenho para inscrição de restos a paga não processado a liquidar. E a transação
“CONORIGEM”, especialmente criada por causa do processo de convergência da
contabilidade, que permite realizar a consulta do antigo plano de contas utilizado e o novo
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, mostrando como as antigas contas estão sua
estruturadas no novo PCASP e as devidas nomenclaturas. Criada no exercício financeiro de
2014, teve como finalidade definir para o sistema as regras de migração de saldos entre os
exercícios de 2014 e 2015.
4.3 Módulo Integração
O papel do Módulo de Integração de Balancete é permitir o registro dos saldos
mensais da entidade pela setorial contábil, bem como a consulta e o cancelamento dos
registros. Inicialmente, foi composto por sete transações no SIAFI Operacional, conforme a
Figura 7.
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Figura 7 – Módulo INTEGRAÇÃO – SIAFI2013 Fonte: SIAFI Operacional – Subsistema contábil – SIAFI2013
As transações “ATUSM”, “CANREGINT”, “CONSITINT”, “CONSM” e “REGINT”
permitem, respectivamente, atualizar os dados da Integração de Balancete dos Órgãos antes
da incorporação do registro, o cancelamento do registro, a consulta a posição de Integração
dos Balancetes Contábeis do Órgãos, a consulta dos saldos mensais e o registro da Integração
de Balancete dos Órgãos, que integram o Sistema e essas permaneceram no módulo.
A análise mostra que após a adequação aos novos padrões, duas transações foram
retiradas – “ATUDESP” e “CONDESP” – que permitiam, respectivamente, a inclusão dos
registros orçamentários e a consulta aos dados relativos a Integração da Despesa de Órgãos
que integram o Sistema na modalidade parcial. Segundo as informações obtidas, essas foram
retiradas porque já estavam em desuso anteriormente ao PCASP.
Após as adequações, o módulo INTEGRAÇÃO passou a apresentar cinco transações,
conforme a Figura 8.
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Figura 8 – Módulo INTEGRAÇÃO – SIAFI2015
Fonte: SIAFI Operacional – Subsistema contábil – Sistema SIAFI2015
4.4 Módulo Equações
O módulo Equações têm como função criar e consultar as regras (fórmulas) dos
demonstrativos e dos auditores contábeis. Com essas regras, anteriormente o SIAFI
Operacional calculava os valores (em reais) das linhas dos demonstrativos contábeis e dos
demonstrativos do GFSM e os valores dos auditores de balanço e de rotina contábil. Esse
módulo foi concebido com 5 transações no SIAFI Operacional, conforme ilustra a Figura 9.
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Figura 9 – Módulo EQUAÇÕES – SIAFI2013 Fonte: SIAFI Operacional – Subsistema contábil – Sistema SIAFI2013
Com a reestruturação do SIAFI Operacional, todas as transações pertencentes ao
módulo EQUAÇÕES foram desativadas em 2015, tende as suas funcionalidades transferidas
para o SIAFI Web.
Diante das análises realizadas, o Quadro 2 apresenta como ficou o diagrama
hierárquico do subsistema contábil do SIAFI antes e depois das adequações efetuadas para
atender aos novos padrões contábeis
Quadro 2 – Subsistema contábil do SIAFI antes e depois das adequações efetuadas para atender aos novos
padrões contábeis
Módulos Transações vigentes em 2013 Transações vigentes em 2015
Demonstra
ATUGRBALAN -
BALANCETE BALANCETE
BALANSINT -
CONBALANUG -
CONGRBALAN -
CONINDBAL -
CONRAZAO CONRAZÃO
DIARIO DIARIO
ATUESTSIST ATUESTSIST
ATURNERP ATURNERP
CONBAIXSAL CONBAIXSAL
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Encerrano CONESTSIST CONESTSIST
CONRECDIF CONRECDIF
CONTRANSAL CONTRANSAL
REGINDRP REGINDRP
- CONRERP
- CONORIGEM
Integração
ATUDESP -
ATUSM ATUSM
CANREGINT CANREGINT
CONDESP -
CONSITINT CONSITINT
CONSM CONSM
REGINT REGINT
Equações
CONCONTIR -
CONEQBAL -
CONEQCONT -
CONGERAREL -
CONINCONS -
CONPARINC -
Fonte: SIAFI Operacional – Subsistema contábil – Sistema SIAFI 2013 e SIAFI2015
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo teve como objetivo analisar como os sistemas contábeis do Setor
Público vêm sendo adequados para atender ao processo de convergência da contabilidade
pública brasileira aos padrões contábeis internacionais, a partir de estudo de caso realizado no
Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI do Governo Federal do Brasil.
Os achados da literatura mostram que os sistemas de informação contábil representam
um conjunto de atividades inter-relacionadas, documentos e tecnologia destinados a registrar
dados, processá-los e relatar informações para os usuários da informação contábil. No âmbito
do Setor Público, verifica-se que a finalidade do Sistema Federal de Contabilidade é
evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União, promovendo a
padronização e consolidação das contas nacionais, buscando a convergência aos padrões
internacionais de contabilidade e o acompanhamento contínuo das normas contábeis aplicadas
ao Setor Público, de modo a garantir que os Princípios de Contabilidade sejam respeitados no
âmbito do Setor Público.
Ao efetuar o estudo de caso no sistema do Governo Federal, verificou-se que houve
mudanças estruturais no SIAFI Operacional, passando de quatro para três módulos, havendo a
20
exclusão do módulo Equações, em razão de as novas demonstrações contábeis passarem a ser
consultadas no Siafi Web.
Com relação ao módulo Demonstra, só três transações permaneceram vigentes em
2015, mas houve a inclusão do parâmetro Indicador de Superávit Financeiro (ISF), que
indicará se a conta é financeira ou permanente na tela inicial para a consulta por conta
corrente e por tipo de saldo, de acordo com estrutura do novo PCASP.
No módulo Encerrano, duas novas transações foram incluídas a partir das adequações
efetuadas, uma para permitir a consulta das notas de empenho para inscrição de restos a pagar
não processados a liquidar, e outra para consultar a relação entre o antigo plano de contas e o
novo plano de contas aplicado ao Setor Público, mostrando como as antigas contas estão sua
estruturadas no novo PCASP e as devidas nomenclaturas.
Duas transações foram retidas no módulo Integração, em razão de já estarem em
desuso antes mesmo das mudanças efetuadas.
Com as mudanças ainda são recentes e passíveis de alterações, sugere-se que novas
pesquisas sejam realizadas para verificar se novas adequações vem sendo efetuadas e seus
efeitos na geração de informações contábeis.
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