advento & natal

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Advento Encontro Litúrgico Tempo de Advento e Natal

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Page 1: Advento & natal

Advento

Encontro LitúrgicoTempo de Advento

e Natal

Page 2: Advento & natal

O tempo é ...• LENTO

para os que esperam• RÁPIDO

para os que têm medo• LONGO

para os que lamentam• CURTO

para os que festejam• ETERNO

para os que amam...

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O Ano Litúrgico

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É perigoso representar o Ano Litúrgico dentro de um círculo. Nós não estamos presos no tempo nem vivemos um eterno retorno. Se assim fosse, não haveria novidade, nada tinha valor. A História da Salvação nos dizque o tempo é progresso e que o futuro pode ser radicalmente novo.O Ano Litúrgico é a celebração, no decurso de um ano de todo o mistério de Cristo.Mas atenção: celebramos não uma ideia e sim uma pessoa, que nos é próxima: Jesus Cristo.

Page 5: Advento & natal

ESQUEMA DO ANO LITÚRGICO Ciclo do

NatalTempo

Comum Ciclo da Páscoa

Tempo Comum

Advento 1ª Parte Quaresma 2ª Parte

Natal Páscoa

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No dia seguinte o principezinho voltou.- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo,

às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.

Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o

preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora

de preparar o coração... É preciso ritos.

Page 7: Advento & natal

- Que é um rito? perguntou o principezinho.- É uma coisa muito esquecida, disse a

raposa.

É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um

rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia

maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

Antoine de Saint-Exupéry, O pequeno príncipe

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Ano LitúrgicoO ano litúrgico tem 2 dimensões: Celebrativa – memorial

Pedagógica: quem tem finalidade de formar cristãos, que se comprometam com o projeto de Jesus (encaminhar).

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O Ano Litúrgico “revela todo o mistériode Cristo no decorrer do ano, desde a

encarnação e nascimento até à ascensão,ao pentecostes e à expectativa da felizesperança da vinda do Senhor” (SC 102).

ENCARNAÇÃOPAIXÃOASCENSÃOENVIO DO ESPÍRITOVINDA GLORIOSA

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AdventoO Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "chegar a") é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz.

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No ciclo do Natal, celebramos o mistério pascal de Cristo em suas primeiras manifestações.

Nele fazemos memória da vinda salvífica do Senhor, da sua manifestação na fragilidade de nossa carne, na contingência e contradições de nossa história, enquanto aguarda mos seu novo Natal, seu Reino, sua vinda definitiva e gloriosa no fim dos tempos.

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Como lemos no Guia Litúrgico Pastoral, tempo do Natal “é a comemoração do nascimento do Senhor, em que celebramos a ‘troca de dons entre o céu e a terra’, pedindo que possamos ‘participar da divindade daquele que uniu ao Pai a nossa humanidade’.

Na Epifania, celebramos a manifestação de Jesus Cristo, Filho de Deus, ‘luz para iluminar todos os povos no caminho da salvação”.

Page 13: Advento & natal

Advento, tempo cristológico

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AdventoO tempo do Advento começa com as primeiras vésperas do domingo que cai no dia 30 de novembro ou no domingo que lhe fica mais próximo, terminando antes das primeiras vésperas do Natal do Senhor.

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Com quatro semanas antecedendo o Natal, o Advento, próprio do Ocidente, tem sua origem desde o século IV.

É um tempo que nos coloca em permanente expectativa da vinda, da manifestação de Deus e de seu Reino em nossa realidade.

Page 16: Advento & natal

AdventoEste duplo sentido determina a organização do Advento: o Advento escatológico, que vai do

primeiro domingo do Advento ao dia 16 de dezembro e cuja liturgia nos inflama o coração

para a vinda final de Cristo; o Advento natalício, como preparação mais imediata para a festa do

Natal, do dia 17 ao dia 24 de dezembro, recordando a primeira vinda do Filho Deus para o

meio dos homens.O tempo do Advento é o tempo litúrgico mais próprio

para veneração de Maria (Paulo VI, encíclica “Marialis cultus”).

Advento é um tempo de conversão e alegre expectativa.

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Ciclo do NatalPodemos dividi-lo em três etapas:

A 1ª, de preparação, de gestação - é o tempo do Advento.A 2ª, de chegada, de realização, é a festa do Natal.A 3ª, finalmente, de manifestação é a festa da Epifania.

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Os textos bíblicos propostos para os domingos deste tempo fazem emergir este duplo caráter do Advento.

Assim, o primeiro domingo orienta para a vinda final, o segundo e o terceiro chamam atenção para a vinda cotidiana do Senhor; o quarto domingo prepara-nos para o nascimento de Cristo, ao mesmo tempo apresentando seu sentido e sua história.

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Também os textos eucológicos (coletas, prefácios..) acentuam as vindas do Senhor, seja na encarnação, seja na parusia, como juiz e senhor, em íntima relação entre si, como expressão de um único mistério: a Vinda do Senhor e seu Reino, já iniciada mas, aguardando sua plena realização, no final dos tempos (cf. At 1,11).

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Recordamos no Advento a grande verdade de que nossa história, com todos os seus dramas, contradições, conquistas e retrocessos é o lugar da atuação salvífica de Deus, para quem nada é impossível: aterrar vales, aplainar montanhas, fazer florir desertos, fazer conviver leões e cordeiros; transformar armas de guerra em instrumentos de trabalho e cultivo de vida.

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Advento

Dimensão

Espiritual

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Nesse período, conduzidos por grandes figuras bíblicas, como Isaías, João Batista, Maria, José, Isabel, Zacarias... modelos dos pobres que esperam e confiam nas promessas de Deus, entramos em ritmo mais intenso de espera e esperança...

...de alegre e cuidadosa vigilância, como uma noiva que se enfeita, ansiosa e feliz, para a chegada de seu amado, como um incansável vigia anseia pelo amanhecer, como a terra seca deseja ardentemente a chuva benfazeja para o germinar das sementes.

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De modo semelhante ao que ocorreu com Maria, o Espírito nos engravida da Palavra, fazendo crescer em nós uma atitude de humilde expectativa, de fé comprometida com a força escondida da vida, na certeza de um novo parto da salvação em nosso tempo, ainda tão marcado por decepções, desesperanças e incertezas.

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A mística do Advento nos move a cultivar uma atitude nova diante da realidade humana e cósmica, de desejo de felicidade plena, de relações fraternas verdadeiras e fortalece nossa vocação de testemunhas da esperança, superando o pessimismo e desencanto que nos possam abater.

Neste tempo, em que a religião do mercado faz das festas natalinas, o grande sacramento do lucro, somos convidados a proclamar profeticamente que o Senhor está chegando como libertador.

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Seus sinais se manifestam diariamente, nas lutas dos pobres e de todos os que com eles se fazem solidários na busca de melhores condições de vida, de dignidade humana, de paz universal e de preservação da natureza.

Não só nós, cristãos, mas toda a humanidade e a criação inteira estão em clima de Advento, de ansiosa espera.

Aguardam a manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus em que “justiça e paz se abracem”, todos os povos culturas desabrochem felizes e reconciliados e toda “a terra se abra ao amor”.

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Toda a celebração cristã é uma contínua vinda do Senhor a nossa vida pessoal, a nossa comunidade e a nossa história.

Ele vem ao nosso encontro no presente e no futuro, como veio no passado.

Ele é caminheiro fiel na grande peregrinação que fazemos rumo à casa do Pai.

Ele é o Emanuel, o Deus-conosco com quem descobrimos sempre de novo quem somos, o que queremos e para onde vamos.

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Elementos Simbólicose rituaisAlguns símbolos, gestos e ações simbólico-rituais expressam intensamente a verdade

dessa espera em nossas celebrações.

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O símbolo principal é a Eucaristia, o sacramento da espera: “até que ele venha”.

A Palavra (o VERBO!). Advento é tempo especial de escuta, de atenção, de “gravidez” da Palavra: que o Verbo se faça carne em nós! Todo o rito da Palavra merece destaque: o uso do livro, Bíblia ou o Lecionário com fitas coloridas, levado em procissão, beijado, incensado...;

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o cuidado de preparar bem a proclamação dos vários textos bíblicos, o canto do salmo, ornando-os vivos, bem compreendidos para serem bem acolhidos pela comunidade. E mais: fazer da proclamação um ato sacramental, pelo qual o próprio Deus fale, convocando seu povo à vivência de seu projeto; o silêncio após cada leitura, após a homilia, para “guardar no coração” a boa notícia e o apelo amoroso de Deus.

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A comunidade reunida para a oração, para a escuta da Palavra e para a ação de graças é sinal sacramental da espera e da chegada do Senhor. Onde dois ou três estiverem reunidos, o Senhor está presente (cf. Mt 18,20)! Os ritos iniciais, constituindo a assembléia, o corpo vivo do Senhor, com acolhida bem afetuosa às pessoas, permitem reconhecer em cada uma delas a presença do Senhor que chega entre nós.

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O Advento é tempo oportuno de aprofundar e melhorar nossas relações e nossa convivência na família, na comunidade, na vizinhança, como sinal visível da chegada do Reino entre nós. A esperança se reacende quando relações novas e fraternas se estabelecem entre as pessoas.

“Cantar o Advento”! Os cantos e as músicas têm papel importante, evocando os temas bíblicos aprofundados, as experiências vividas, os sentimentos de espera, de expectativa pela vinda do Reino. O Hinário Litúrgico, 1° fascículo, apresenta um bom repertório dos cantos para este tempo.

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Cantando os salmos e poemas dos profetas e evangelistas de ontem e de hoje, resgatando até, com novo sabor e vibração, as antigas

antífonas do “Ó’ com certeza aprofundaremos a nossa fé, reacenderemos a nossa

esperança e prepararemos momentos autênticos e gostosos de confraternização.”

(CNBB, Hinário Litúrgico, 10 fascículo, introdução).

O canto do Glória, antigo hino natalino é omitido, ficando reservado para o tempo do Natal.

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O diretório litúrgico indica o roxo como cor litúrgica deste tempo.

Porém, a cor rósea ou violácea, indicada para o terceiro domingo, tem sido usada por muitas comunidades, em todo o tempo do Advento: traz aos olhos e ao coração, o sentido de uma alegre espera, diferenciando do sentido mais quaresmal do roxo.

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A coroa do Advento, feita com ramos verdes, com as quatro velas que progressivamente se acendem, com um rito apropriado, no início da celebração, retoma o costume judaico de celebrar a vinda da luz à humanidade dispersa pelos quatro pontos cardeais, expressa nossa prontidão e abertura ao Senhor que vem e quer nos encontrar acordados e com nossas lâmpadas acesas.

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Entre os textos eucológicos (orações, prefácios...) deste tempo, a aclamação litúrgica “Vem, Senhor Jesus!” torna-se a grande súplica, o forte clamor das comunidades, em preces, refrãos e antífonas. O Missal Romano, p. 519, propõe uma bênção própria para O Advento.

A novena de Natal, feita em grupos, há anos realizada em todo o Brasil, é uma maneira de intensificar a espera e alimentar a esperança da libertação com cantos, orações, meditação da Palavra, gestos de solidariedade e compromisso com os mais pobres, montagem do presépio e momentos de confraternização.

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Neste sentido, a Novena preparada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia e o Oficio Divino das Comunidades tem sido uma feliz referência para este momento tão valorizado pelas comunidades.

As celebrações de reconciliação e penitência durante tempo do Advento possibilitam às comunidades um caminho de conversão e retomada do projeto de Jesus.

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Celebrar o Natal é celebrar a manifestação de Deus em nossa humanidade: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós” (cf. Jo 1,14). É festejar a salvação que entra definitivamente na história da gente. É comemorar a Páscoa do Natal! É festejar a chegada do dia da libertação, há tanto tempo esperado!

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Por isso, em todo o ciclo do natal, do advento ao batismo do Senhor, há este movimento de correr

ao encontro do Cristo que vem ao nosso encontro, pois como diz Jean Yves Leloup: "não é o nosso ego que ama, é o divino em nós que

nos faz capaz de amar".

E será através de gestos concretos que aprenderemos urna qualidade de amor gratuito, de pessoas "recriadas na luz da sua divindade",

como nos faz cantar o prefácio da Epifania.

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Liturgia no ritmo dos tempos:

Ritmo diário: alternando manhã e tarde, dia e noite, luz e trevas de manhã Laudes celebra a ressurreição e véspera noite celebra a morteRitmo semanal domingo: alternando trabalho e descanso, ação e celebração.Ritmo anual: alternando o ciclo das estações e a sucessão dos anos comemora-se 2 grandes festas tempo Pascal e Tempo do Natal.

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OBSERVAÇÕESNo advento (como na quaresma) não se canta o Glória. A cor litúrgica do tempo do Advento é o roxo; para o terceiro domingo (Gaudete) é permitido o uso da cor rosa.Nunca coloca-se flores diante do altar, e as flores não devem ofuscar o ambão.Natal não é o aniversário de Jesus e sim o nascimento de Cristo.O altar é mais importante que o presépioNas leituras lembre-se que é Cristo que fala.

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Tomar cuidado com os cânticos, p. ex: Em nome do Pai, em nome do Filho, em

nome do Espírito Santo...

Ou (façamos uma comparação teológica)Em nome do Pai, e do Filho E do Espírito Santo! (2x)Ao Deus amoroso, santo e

consolador/ a honra, a glória e o poder ao Deus-trino de amor! (2x)

A missa não é uma diversão religiosa!