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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA COMO ESTRATÉGIA DE GESTÃO POR: Dayse Dacache Felício Orientador Prof. Cleber Gonzaga Niterói 2010

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1

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA COMO ESTRATÉGIA DE

GESTÃO

POR: Dayse Dacache Felício

Orientador

Prof. Cleber Gonzaga

Niterói

2010

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA COMO ESTRATÉGIA DE

GESTÃO

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista e Gestão Empresarial

Por: Dayse Dacache Felício

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha família, em especial a minha irmã,

filho e marido, e a todos que diretamente e indiretamente

me inspiraram a realizar este trabalho.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à memória do meu pai que sempre

me incentivou e me motivou a seguir meus sonhos.

5

RESUMO

Os líderes são os grandes responsáveis pela efetivação da mudança

nas organizações, cujo compromisso é o de promover a formação de equipes e

crenças que orientem as estratégias por meio de um estilo que conduza à

integração, à confiança e ao respeito entre os membros da equipe. É de

extrema importância que os gestores também exerçam o papel de líder,

orientando e despertando a motivação das pessoas em direção ao alcance das

metas organizacionais.

O líder do futuro ou do atual milênio é alguém capaz de desenvolver

uma cultura ou um sistema de valor baseado em princípios. Desenvolver esse

tipo de cultura em uma empresa é um grande desafio, que só será alcançado

por líderes com visão, coragem e humildade para aprender e crescer

constantemente. Esse aprendizado acontece quando se procura ouvir mais as

pessoas, observar tendências e necessidades do mercado, avaliar sucessos e

erros do passado e absorver as lições que a consciência e os princípios

sempre ensinaram.

6

METODOLOGIA

O tema estudado foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica, visando

propiciar um ambiente de motivação, colaboração e comprometimento com a

empresa.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - GERÊNCIA E LIDERANÇA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

9

1.1-Resgate histórico 9

1.2-As principais correntes sobre liderança 11

CAPÍTULO II - AS PRINCIPAIS CORRENTES DE PENSAMENTOS SOBRE A MOTIVAÇÃO HUMANA

17

2.1-Resgate histórico 17

2.2-Pensamento contemporâneo sobre motivação 23

2.3-Correlação entre as correntes de motivação e liderança 25

CAPÍTULO III - O AMBIENTE DE TRABALHO IMPULSIONADOR DOS RESULTADOS ORGANIZACIONAIS

30

3.1-Os tipos de liderança e as principais práticas de motivação nas buscas dos resultados 30

3.2-Enfoque assistencial, emocional, financeiro e social 35

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA 41

8

INTRODUÇÃO

Ao longo do tempo, as organizações enfrentam um processo de

mudança na qual a competitividade no mercado passou a ser cada vez maior.

Nesse ambiente, o capital humano passa a ser o diferencial. Neste contexto, o

líder tem um papel importante: manter suas equipes motivadas para o auto

desempenho. Com habilidade de tornar a visão clara e atraente para todos,

bem como de inspirar confiança, o líder é capaz de influenciar as pessoas a

atingirem os seus próprios objetivos e os da organização. Para isso, é

necessário compreender o comportamento humano e o que o motiva, ou seja,

as suas necessidades para poder facilitar o processo motivacional e aumentar

a produtividade, a fim de se destacar no mercado e vencer a concorrência.

9

CAPITULO I

GERÊNCIA E LIDERANÇA NO MUNDO

CONTEMPORÂNEO

1.1 Resgate Histórico

Definir liderança não é uma tarefa simples. O conceito de liderança vem

passando por transformações, em função do contexto cultural, social e

ambiental dos pesquisadores. A definição mais corrente refere-se à capacidade

de influenciar pessoas ou grupos. Talvez seja mais fácil reconhecer quem a

possui do que defini-la.

Alguns autores definem liderança em termos de traços; para outros, o que

importa é o estilo de influência. Outros, ainda, a relacionam às contingências

em que o fenômeno da liderança se insere. A seguir, apresentaremos algumas

definições de liderança que foram representativas nos últimos anos.

- “Liderança é o processo de influenciar as atividades de um grupo organizado

de direção à realização de um objetivo”(Rauch e Behling, segundo Yukl,

1998:2-3).

- “Liderança é o processo de dar propósito (direção significativa) ao esforço

coletivo e provocar o desejo de despender este esforço para se atingir o

objetivo”(Jacobs e Jaques, segundo Yukl, 1998:2-3).

- “Liderança é o que dá a uma organização sua visão de capacidade para

transformar essa visão em realidade”(Bennis, 1988:18).

- “Liderança é influencia pessoal, exercida em uma situação e dirigida através

do processo de comunicação, no sentido do atingimento de um objetivo

10

específico ou objetivos”(Tannenbaum, Weschler e Massarik, segundo Yukl,

1998:2-3).

Interessa-nos, neste caso, a referência a objetivos organizacionais.

As organizações são motivadas pela contrariedade entre motivação e

conflito, conflito este que deverá possuir limites saudáveis para a organização.

É ai que entra o papel da liderança em lidar com as diferenças e buscar a

convergência de esforços para atingir os objetivos da organização.

A maioria das definições de liderança apresenta dois elementos em

comum: a liderança como um fenômeno grupal, envolvendo duas ou mais

pessoas, e a liderança como um processo de influência exercida de forma

intencional pelo líder sobre seus seguidores (Bergamini,1994).

Se, por um lado, as definições diferem em alguns aspectos, tais como:

quem exerce a influência, o objetivo pretendido na influência, a maneira pela

qual a influência é exercida e o resultado da tentativa de influência, por outro,

complementam-se mutuamente (Yukl, 1998:3).

Liderança torna-se uma palavra corrente na linguagem administrativa

moderna. Muitos a desejam, principalmente os dirigentes que vêem como um

instrumento poderoso para influenciar pessoas e conservar o poder.

Hoje, acredita-se que a maioria das pessoas pode se tornar líder.

Líderes são pessoas comuns que aprendem habilidades comuns, mas que no

seu conjunto formam uma pessoa incomum. O exercício efetivo da liderança

pouco ou nada tem a ver com o domínio de habilidades raras; as habilidades

de liderança podem ser aprendidas através de ensinamento e da experiência

de vida.

As possibilidades de exercício da liderança nesses novos tempos são

muitos e estão associadas às características de personalidades do líder, às

motivações e expectativas dos seguidores e ao conteúdo da situação. Os

limites também são muitos e estão igualmente associados a estes elementos.

Mais do que tudo, porém, possibilidades e limites estão relacionados a algo

interior: ao padrão de ética que se imprime à vida pessoal e coletiva. É este

11

padrão que, transcendendo os limites do aqui e agora, serve de referência para

os eventos contingenciais com os quais cotidianamente se lida.

Com o passar dos tempos apareceram diferentes considerações a

respeito de liderança o que acarretou diversas escolas de pensamento. Entre

as abordagens assumidas pelas diferentes escolas, serão analisadas as

seguintes teorias: a teoria dos traços, as teorias comportamentais e o modelo

contingencial.

1.2 As Principais Correntes Teóricas Sobre Liderança

Teoria dos traços

Uma das questões mais freqüentes sobre liderança refere-se ao aspecto

inato do líder, ou seja, quem tivesse certas características seria um líder, quem

não tivesse seria liderado. Assim, essa teoria enfatizava especialmente a figura

do líder e suas qualidades pessoais. Nesse sentido, só exerceria liderança

quem tivesse os traços físicos, intelectuais, sociais e direcionados para a

tarefa. Os traços físicos estariam relacionados a aparência, estatura, energia e

força física. Os traços intelectuais estariam ligados as características de

adaptabilidade, entusiasmo, autoconfiança e elevado coeficiente intelectual. Os

traços sociais estariam relacionados aos aspectos de cooperação, habilidades

interpessoais e habilidades administrativas. E, finalmente, os traços

relacionados à tarefa referiam-se às características do impulso de realização,

persistência e iniciativa (Vergara,2003).

Embora possamos admitir que, por um lado, os traços de personalidade

não garantem o exercício da liderança, por outro, a presença de algumas

características individuais pode facilitar bastante o processo de liderar ou, ao

contrário, dificultá-lo (Vergara, 2003).

12

Teorias comportamentais

Observando-se com o tempo que a teoria dos traços era ineficiente para,

apenas baseada em características do líder, garantir a eficácia da liderança, as

teorias comportamentais buscaram oferecer respostas mais conclusivas sobre

a natureza do líder.

Entre as teorias comportamentais, apresentaremos a teoria dos estilos

de liderança e a do grid gerencial.

-Teoria dos estilos de liderança

Um dos primeiros estudos sobre o comportamento de liderança foi

coordenado por Lewin (segundo Robbins e Coulter, 1998), que identificou três

estilos básicos: o autocrático, o democrático e o laisse-faire.

O estilo autocrático centraliza no líder as decisões, as tarefas a serem

executadas e os métodos de trabalho, não havendo participação dos liderados.

No estilo democrático, os liderados participam nos processos decisórios,

detêm de autoridade delegada pelo líder, o qual incentiva a participação de

todos, e usa o feedback como uma forma de treinamento de seus

subordinados.

O líder de estilo laissez-faire procura deixar o grupo completamente à

vontade para deliberar sobre os trabalhos a serem realizados e a forma de

executá-los (Robbins e Coulter, 1998).

Se na teoria dos traços a liderança estava focada na figura do líder, na

teoria dos estilos enfatiza-se a relação entre líder e liderado, uma vez que os

líderes não podem liderar sem seguidores. O líder só é autoritário quando

existem pessoas que lhe obedecem e só é democrático se as pessoas

participam das decisões. O estilo laissez-faire, na realidade, implica uma

13

ausência de liderança, pois, na prática, o líder não exerce influência na equipe.

(Vera e outros)

Inicialmente não se conseguia determinar qual o estilo de

comportamento mais eficaz. Ora parecia ser o democrático, ora o autocrático.

Quando se utilizou uma medida de satisfação dos subordinados, observaram

que o estilo democrático se sobrepunha ao autocrático.

A teoria dos estilos de liderança propiciou o surgimento de modelos e

programas com objetivo de transformar as pessoas em líderes democráticos e,

ao mesmo tempo, preocupados com a produtividade (Vergara,2003).

Estudos sobre liderança foram evoluindo e criaram outras maneiras de

se referir aos dois estilos básicos de liderança: a orientada para a tarefa e a

orientada para pessoas.

O líder orientado para tarefa pode apresentar os seguintes

comportamentos (Maximiano,2000):

- focaliza o trabalho do funcionário e enfatiza o cumprimento de prazos,

padrões de qualidade e economia de custos;

- tem necessidade de cumprir metas, superar a concorrência e o desempenho

passado;

- esclarece as responsabilidades individuais e distribui as tarefas às pessoas.

O líder orientado para pessoas pode apresentar os seguintes

comportamentos:

- focaliza o próprio funcionário ou grupo e enfatiza as relações humanas e o

desenvolvimento da capacidade de trabalhar em equipe;

- ouve e presta atenção;

- apóia os funcionários.

- Grid gerencial

14

Os conceitos apresentados pelas teorias dos estilos formaram a base do

modelo usado no grid gerencial, que possui a visão bidimensional de liderança,

que segundo Blake e Mouton (1964), o líder pode combinar os dois estilos,

pessoas e tarefas, em seu comportamento ou enfatizá-los simultaneamente.

A visão bidimensional de liderança – segundo a qual o líder pode

combinar os dois estilos, pessoas e tarefas, em seu comportamento ou

enfatizá-los simultaneamente – levou Blake e Mouton (1964), a planejarem um

programa de treinamento e desenvolvimento gerencial conhecido pelo nome de

grid gerencial. Observaram, pois, que o melhor estilo é quando este líder leva

em consideração as necessidades organizacionais de produção e as

necessidades das pessoas em vivenciar experiências de trabalho

compensadoras. Mantém-se informado quanto ao desenvolvimento do

trabalho, identificando os problemas e revendo metas com a equipe. Expressa

reconhecimento às pessoas e as melhores contribuições individuais. Solicita e

dá atenção a opiniões, atitudes e idéias diferentes das suas. Julga importante

expressar suas preocupações e convicções, mas é capaz de mudar de posição

se for necessário.

O Grid Gerencial tem seus aspectos positivos, pois coloca gerentes e

subordinados juntos, trabalhando com as questões da imagem que cada um

faz de si e a que os outros fazem dele.

Depois de alcançar grande repercussão, o modelo de Blake e Mouton foi

criticado ao propor que o mesmo estilo de liderança funcionaria bem em

qualquer situação.

Estudos mais recentes sobre liderança admitem que não existe um

melhor estilo de liderança. Ela é contingencial, dependendo do líder, dos

seguidores e da situação. Em outras palavras, o que funciona em um

determinado momento, com um determinado grupo, pode não funcionar em

outro momento ou com outro grupo. Descobrir o que funciona requer, portanto,

habilidade e competência.

15

As teorias contingenciais

As teorias contingenciais associam os traços do líder ao seu

comportamento. Nesses estudos, a atenção sobre a figura do líder é deslocada

para o fenômeno da liderança, no qual três aspectos são importantes: o líder,

os liderados e o contexto da liderança.

No que concerne ao líder, a teoria contingencial ou situacional destaca a

questão da autoridade formal e da personalidade. O fato de alguém ter a

autoridade formal (posição na hierarquia) não garante a liderança, mas pode

facilitá-la. Por outro lado, características de personalidade tento podem

facilitar, como podem criar obstáculos.

No que diz respeito aos seguidores, a teoria destaca a questão das

expectativas, dos interesses e das motivações, para afirmar que exercerá

liderança aquele que as satisfizer.

Tem-se, pois, hoje, uma visão de liderança organizacional não como

simplesmente qualidade inata ou questão de estilo, mas sim como de

habilidade e competência gerencial que podem ser apreendidas e

desenvolvidas. Tal aprendizagem e tal desenvolvimento se dão através da

busca o autoconhecimento, do de conhecimento da natureza humana, de

fatores motivacionais, de expectativas individuais e de formas de comunicação.

Também do conhecimento da vida organizacional e dos fatores ambientais

externos que afetam a organização.

Se liderar é exercer influência sobre pessoas para que os objetivos

organizacionais sejam alcançados, um atributo requerido do líder é o

conhecimento de tais objetivos e do contexto no qual eles são formulados. Dito

de outra maneira, um atributo requerido é o conhecimento do contexto no qual

o líder atua.

Hoje as organizações operam em um ambiente caracterizado pela

incerteza, pela turbulência, pela mudança, pela explosão tecnológica, pela

explosão da comunicação, por recursos cada vez mais escassos, por

16

consumidores cada vez mais exigentes, pela autocracia em baixa, pela

globalização da economia, pela competitividade do mercado até no que se

refere à mão-de-obra e pela prática cada vez mais comum do estabelecimento

de associações de toda ordem.

17

CAPÍTULO II

AS PRINCIPAIS CORRENTES DE PENSAMENTO

SOBRE A MOTIVAÇÃO HUMANA

2.1 – Resgate histórico

Motivação refere-se aos fatores que provocam, canalizam e sustentam o

comportamento de um indivíduo (Stones e Freeman, 1985). A motivação de um

funcionário reflete-se na quantidade de tempo e na atenção dedicadas as suas

atividades (Lévy – Leboyer, (1990). Vergara (2003) enfatiza o seu caráter

intrínseco, tendo em vista nascer de necessidades interiores, de modo que o

que os lideres podem fazer é estimular, incentivar, provocar a motivação de

seus funcionários.

A fim de compreender os aspectos motivacionais passamos a abordar

as chamadas teorias de conteúdo e teorias de processo. As teorias de

conteúdo focalizam as necessidades do indivíduo, enquanto as de processo

focalizam o pensamento interior ou processos cognitivos que influenciam as

decisões quanto ao comportamento no trabalho (Schermerhorn et al.,1999).

Enfatizaremos, a seguir, essas duas abordagens que fornecem visões

importantes para a compreensão da motivação.

2.1.1-Teorias do conteúdo

- Teoria da hierarquia de necessidades de Maslow

18

Uma das teorias mais conhecidas no campo da motivação humana.

Segundo ele parece existir uma hierarquia de necessidades, em que a

manifestação de uma necessidade surge após a satisfação prévia de outra, ou

seja, a necessidade mais importante ou mais premente monopoliza a

consciência do indivíduo e tende a mobilizar suas energias.

Maslow estabelece uma hierarquia ou uma pirâmide dos fatores de

motivação, estabelecendo cinco níveis de necessidades: Auto-realização, Auto-

estima, Sociais, Segurança e Fisiológicas.

AUTO-REALIZAÇÃO – relacionadas com o desejo de cumprir a tendência que

cada indivíduo tem de realizar o seu potencial. Visa o auto-desenvolvimento, a

criatividade, a expressão e superação de si mesmo.

AUTO-ESTIMA – relacionadas com a auto-avaliação e auto-estima dos

indivíduos. A satisfação dessas necessidades conduz a sentimentos de

autoconfiança, auto-apreciação, reputação, reconhecimento, amor próprio,

prestígios, status, valor, poder, capacidade e utilidade. A sua frustração pode

produzir sentimentos de inferioridade, fraqueza e desamparo.

SOCIAIS – relacionadas com a vida associativa do indivíduo com outras

pessoas. Amor, afeição, participação, levam o indivíduo à adaptação social ou

não. As relações de amizade, de dar afeto, de ser aceito pelos colegas de

trabalho, a busca de amigos e a participação em grupos estão ligadas a este

tipo de necessidade.

SEGURANÇA – levam o indivíduo a proteger-se de qualquer perigo real ou

imaginário, físico ou abstrato. A procura de segurança, o desejo de estabilidade

no emprego, a fuga do perigo, a busca de um mundo ordenado e previsível,

são manifestações típicas destas necessidades de segurança.

FISIOLÓGICAS – relacionadas com a fome, o cansaço, o sono, o desejo

sexual. Essas necessidades dizem respeito à sobrevivência do indivíduo e da

espécie e constituem pressões fisiológicas que levam o indivíduo a buscar

ciclicamente a sua satisfação.

19

Essa teoria pode ser aplicada nas organizações, como pode ser

observado no quadro a seguir:

NECESSIDADES APLICAÇÃO

Auto – realização Completar atribuições desafiadoras,

fazer trabalho criativo, desenvolver

habilidades.

Ego e estima Reconhecimento, elogios, prêmios,

“agrados”, promoção.

Social e de participação Grupos de trabalho formais e

informais, clubes vitalícios, atividades

patrocinadas pela empresa.

Segurança Desenvolvimento do empregado,

condições seguras de trabalho,

planos de antiguidade, sindicato,

planos de economia e poupança,

indenização por demissão, direito a

pensão, planos de seguro (de vida,

hospitalar e dentário), sistema formal

de queixas.

Fisiológicas Pagamento, férias, feriados, períodos

de descanso durante o trabalho,

interrupções para o almoço, toaletes,

ar limpo para respirar, água para

beber.

20

-Teoria das necessidades socialmente adquiridas de

McClelland

McClelland pesquisou padrões motivacionais em diferentes indivíduos,

identificando três tipos de necessidades: realização, afiliação e poder.

Realização refere-se à necessidade de superar desafios e atingir metas;

afiliação, às necessidades sociais, de relacionamento e pertencimento; e

poder, à necessidade de influenciar pessoas e situações. Em momentos

diferentes, somos influenciados por necessidades diferentes, de acordo com a

situação. Porém cada indivíduo possui uma tendência dominante para uma

determinada necessidade, desenvolvida ao longo da vida, a partir de sua

história e experiências, englobando a família, escola, religião e cultura na qual

cresceu. E tais necessidades no adulto, não são fixas e imutáveis, podendo ser

aprendidas (Bowditch e Buono,1992; Davis e Newstrom, 1992).

Um dos aspectos relevantes de repercussões na esfera ética é a

afirmação de McClelland e Burnham (1997:131): “Acima de tudo, a motivação

de poder do bom gerente não é orientada para seu engrandecimento pessoal,

mas para a instituição à qual ele serve”.

- Teoria da motivação-higiene de Herzberg

Essa teoria, desenvolvida pelo Frederick Herzberg, se preocupou com

as fontes de motivação que estão relacionados com a realização do trabalho. O

autor aponta que a preocupação não deve ser limitada ao meio ambiente, pois

o estudo da motivação exige que se considere também o próprio trabalho que o

funcionário realiza e as tarefas que executa. Ou seja, tanto o ambiente externo,

quanto o trabalho em si, são fatores importantes na motivação humana.

21

A partir dos anos 1960, realizou pesquisas em que perguntava a

funcionários que eventos ocorridos no trabalho os levavam à extrema

satisfação ou extrema insatisfação. A partir dos resultados, identificou que os

fatores envolvidos na produção da satisfação no trabalho são distintos dos que

levam à insatisfação no trabalho. Os primeiros, que chamou de motivadores

são aqueles relacionados com a execução das tarefas, ou seja, com o

conteúdo do cargo. Os fatores motivacionais são os que produzem um efeito

duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis de

excelência, ou seja, acima dos níveis “normais”. Engloba os sentimentos de

realização, de crescimento e de reconhecimento profissional, que se

manifestam no exercício de tarefas que oferecem suficientes desafios para o

trabalhador. Os últimos, chamados fatores de higiene, são externos à atividade,

como política e administração da empresa, supervisão, relacionamentos

interpessoais, condições de trabalho, salário, status e segurança. A pesquisa

de Herzberg tem certa simplicidade e não considera que as pessoas tendem a

atribuir seus sentimentos de satisfação a si mesmos e a insatisfação aos outros

(Vergara,2003).

2.1.2- Teorias do processo

- Teoria do estabelecimento de metas

Essa teoria parte do principio de que as pessoas concentram seus

esforços em direção e objetivos, energizando seus pensamentos para uma

finalidade. O gestor deve dar a devida definição de metas de trabalho de cada

colaborador. Em primeiro lugar, as metas devem ser aceitáveis, de modo que

façam sentido para indivíduos e não entrem em conflito com seus valores

pessoais. Envolver os funcionários gera um maior comprometimento em suas

metas. Em segundo lugar, as metas devem ser desafiadoras, porém possíveis

de serem atingidas. Para o funcionário não se sentir desmotivado, as metas

22

devem ser especificas e, se possível, quantificáveis e mensuráveis. Receber

retorno preciso sobre seu desempenho faz com que o funcionário se sinta

encorajado a persistir na direção dos objetivos e ajustar, se necessário, seus

métodos de trabalho (Stoner e Freeman, 1985). É de relevo também, que o

indivíduo, por si só, possa monitorar o próprio progresso (Robbins,2002).

- Teoria das expectativas

Nesta teoria, a motivação é vista como funções de três componentes: -

expectativa - crença de um esforço maior trará um bom desempenho;

instrumentabilidade – percepção de que um bom desempenho trará certa

recompensa; valência – valor ou atração da recompensa para a pessoa.

Assim, para que um individuo esteja motivado, ele precisa dar valor à

recompensa, acreditar que um esforço adicional o levará a um desempenho

melhor e que o desempenho melhor resultará em recompensas maiores

(Bowditch e Buono,1992). Ao condicionar as pessoas com recompensas pelo

trabalho feito, surge uma reação imediata positiva. Isso tem ocorrido porque,

acostumado a receber apenas certa quantia fixa de salário, o empregado agora

depara com essa nova situação. Essa reação positiva parece ter curta duração,

persistindo algumas vezes até a segunda ou terceira premiação no máximo.

Após esse período, recompensas que foram até então consideradas como

prêmios passam a fazer parte daquilo que se julga obrigação por parte de

quem distribui a premiação. O bem representado pela premiação deverá ser

substituído por outro e terá que ser sempre maior, podendo acarretar altos

custos. A quebra de continuidade de qualquer programa de premiação é mais

problemática do que sua implantação. O clima negativo é de tal forma

desagradável nesse momento que se pensa ter sido melhor não ter instituído

essa sistemática de recompensas extrínsecas, pois, quando as pessoas não se

sentem mais premiadas, muito naturalmente se julgarão punidas.

23

Para atuar sobre a expectativa, devem-se escolher pessoas com

habilidades adequadas, treiná-las bem, apoiá-las com os recursos necessários

e definir metas de desempenho alcançáveis. Para influenciar a

instrumentabilidade é preciso esclarecer as relações entre desempenho e

recompensa e, principalmente, cumprir o estabelecido, sob pena de tanto o

gerente quanto a organização perderem a credibilidade. Por fim, para

maximizar as valências, devem-se identificar as necessidades que são

importantes para cada pessoa e tentar combinar as recompensas disponíveis

com essas necessidades.

- Teoria da equidade

Segundo esta teoria as pessoas não estão apenas interessadas nas

recompensas que recebem com o seu trabalho. São bastante sensíveis às

diferenças, isto é, estão sempre se comparando, buscando garantir que não

estão sendo tratadas de forma injusta. Comparam o que recebem da

organização com aquilo que os outros funcionários, de características

parecidas, recebem. Se percebem algum desequilíbrio, buscam restaurá-lo,

seja diminuindo o ritmo de trabalho ou tentando obter recompensas maiores

por outros meios, dedicando-se a outras atividades ou até deixando a

organização (Bowditch e Buono, 1992).

2.2- Pensamentos contemporâneos sobre motivação

Nos últimos anos, as propostas sobre motivação têm se centrado em

incentivos, reforços, objetivos, intencionalidade e expectativas por duas

diferentes razões. Em primeiro lugar, as teorias sobre esses temas encontram-

se mais bem demonstradas, em estudos de rigor metodológico mais apurado,

como também há maior número de exemplos sobre o êxito das empresas que

24

as praticam, em segundo lugar, essas teorias focalizam essencialmente

dimensões externas do individuo; por tanto, são mais aplicáveis através de

instrumentos gerenciais específicos. As teorias de necessidades, por serem

fundamentadas em pesquisas de maior rigor científico e por focalizarem

aspectos internos do individuo, não só recebem menos atenção como são

menos manipuláveis por instrumentos gerenciais.

A relativa desconsideração pelas dimensões internas do indivíduo deixa

de lado importantes variações em comportamentos, motivados, explicáveis

pela interligação de fatores individuais e provocações ambientais. Hoje existem

estudos sobre todas as teorias de motivação, inclusive as de intencionalidade e

de aprendizado social, que demonstram variações de desempenho causadas

por fatores individuais. As conclusões mais importantes são as numeradas a

seguir:

1) Para que o indivíduo adquira um comportamento motivado, tanto o

objetivo quanto a recompensa têm de ser por ele valorados. O comportamento

motivado é uma opção entre certas possibilidades de agir e de receber uma

recompensa julgada adequada ao esforço despendido. Existem estudos

mostrando que as pessoas possuem uma visão de equidade em relação ao

seu trabalho; seu comportamento pode ser influenciado pelo valor relativo que

atribui ao esforço e à recompensa, inclusive a outros grupos de referência

dentro e fora de sua empresa.

2) A definição de objetivos como fator motivador depende, em grande

parte, da incorporação de interesses individuais em projetos organizacionais. À

medida que os objetivos e formas de execução das tarefas são mais aceitos

pelos funcionários, verifica-se melhor desempenho. O mesmo acontece quando

a definição e a consecução de objetivos são claramente ligadas a um sistema

de recompensas.

3) Expectativa é, na verdade, um julgamento individual sobre a antecipação

de recompensas. O que o individuo espera alcançar tem a ver com a sua visão

e aspiração futuras, e não necessariamente com o que ele já obteve ou com o

que a empresa lhe ofereceu no passado. O comportamento motivado pela

25

expectativa é uma opção individual em busca de um objetivo. Expectativas

devem ser tratadas não só de maneira coletiva, mas também individualmente,

pois não há definição de tarefas ou condições operacionais que provoque

igualmente todas as pessoas.

Se os objetivos organizacionais devem ser complementados por

objetivos individuais, se expectativas são julgamentos individuais antecipados e

se o impacto de recompensas depende também de uma valorização individual,

pode-se inferir que a dimensão individual esta presente como fator propulsor

dos comportamentos motivados.

Assim, do ponto de vista empresarial, todas as dimensões da motivação

devem ser consideradas como: objetivos desafiantes que mobilizem o indivíduo

e o ajudem a preencher suas expectativas; gestão de recursos humanos que

inclua visualização clara da carreira, promoção, aperfeiçoamento, gratificações

e prêmios individuais e coletivos; consideração sobre necessidade e

aspirações individuais.

Do ponto de vista individual, é a autonomia de pensar e agir que

aumenta a possibilidades de uma pessoa encontrar sua melhor maneira de

contribuir. Assim, se existe uma dimensão individual na motivação, ela

pressupõe algum grau de liberdade. Os limites da liberdade devem ser

garantidos pelo sistema de incentivos e retribuição.

Vale ressaltar, que na visão contemporânea as tarefas são definidas

com amplitude e flexibilidade, enriquecidas com mais responsabilidades e

variedade, com possibilidades de substituição de companheiros, como em

equipes, e não através da especialização rígida. A produção também é vista

como a junção de interesses individuais e organizacionais, e não como fruto de

insegurança, medo e disciplina.

2.3 – Correlação entre as correntes de motivação e liderança

26

Com o passar do tempo, começa a perceber que o seguidor não é tão

passivo à ação do líder como até então se pensava. Dentro de uma nova

maneira de procurar o vínculo entre o líder e seu seguidor, procura-se

pesquisar como ocorre o processo de integração que envolve, sobretudo,

trocas sociais. O líder é então visto como alguém que pode trazer benefícios

não somente para o grupo em geral, mas também para cada membro desse

grupo em particular. É ele a quem cabe fazer nascer desse intercambio o valor

que seus seguidores lhe atribuem. Quando cada membro de um grupo percebe

seu líder de maneira positiva, haverá uma tendência natural em devolver ao

líder seu reconhecimento e aceitação como forma de lhe conferir a autoridade

da qual necessita para desempenhar seu papel de dirigir pessoas.

Reconhecendo a importância da reação do seguidor, surgem as escolas

situacionais em liderança que passam a explicar o caráter contingente do

fenômeno da liderança. Nesse momento, o aspecto motivacional do vinculo da

liderança passa a ser estudado de maneira mais aprofundada. A partir de

determinado momento, então, esses dois termos que são motivação e

liderança passam a estar definitivamente ligados em todos os estudos

desenvolvidos especialmente na década de 70. Descobriu-se que devem existir

razões muito fortes que justifiquem o crescente interesse dos pesquisadores e

autores a respeito da inevitável união entre aqueles pontos comuns ou

complementares que interligam a dinâmica motivacional às condições que

possam assegurar a eficácia do líder.

A partir de 1964, Hollander, preocupado com a importância da

motivação, propõe a Teoria das Trocas, considera que um importante fator na

eficácia da liderança é o equilíbrio que deve haver entre as expectativas de um

funcionário e as respostas comportamentais oferecidas pelo seu líder. Com

isso ele sugere que a aceitação de um líder, será tanto maior quanto mais ele

for considerado como agente facilitador da consecução daqueles objetivos

realmente almejados pelos seus funcionários. Yukl, afirma que a forma mais

fundamental de interação social reside na troca de benefícios e fatores, o que

leva a atração mutua à medida que se repetem ao longo do tempo. A troca

27

social pode incluir não apenas benefícios materiais, mas também benefícios

psicológicos, como expressões de aprovação, respeito, estima e afeição.

Outro enfoque situacional que considera importante no aspecto

motivacional é a teoria do Caminho-Objetivo. Segundo Hollander e House, o

líder deve não só conhecer os objetivos almejados pelos seus funcionários,

mas também desempenhar o papel de facilitador do percurso que os leva até

esses objetivos. O líder deve fazê-los perceber que sua ação tem como alvo

principal criar situações que permitam o desbloqueio da sinergia motivacional.

Sendo sensível às expectativas dos seus seguidores, o líder estará

automaticamente valorizando o potencial sinergético de cada funcionário.

Uma terceira teoria situacional de grande importância é representada

pelo trabalho de Fiedler. Neste ponto, surge uma terceira variável que pode

influir quanto ao quadro considerado como propício à eficácia do líder. Além do

estilo do líder, das expectativas dos funcionários, as características do

ambiente representam novo elemento a ser também considerado, combinando

o estilo do líder com aos aspectos que delineiam a situação, de maior ou

menor favorabilidade. Quando a relação com seus subordinados são boas, o

líder tem substancial posição de poder, pois os subordinados estão prontos a

acatar as suas solicitações, e a tarefa em questão é bastante estruturada..

Quando isso não ocorre, a relação com os subordinados fica ruim, a tarefa não

e estruturada e a posição de poder do líder fica ameaçada.

O relacionamento inter-pessoal que o líder estabelece com seus homens

depende pelo menos em boa parte da personalidade do líder. A sua eficácia

nos relacionamentos com os membros do grupo, a aceitação de que pode

conseguir e a lealdade que é capaz de gerar,estão todavia, relacionadas ao

tipo de pessoa que ele é e à maneira pela qual se mantém, em momentos

críticos e decisivos da carreira do seu grupo. Portanto, as organizações podem

ter líderes eficazes, desde que escolham adequadamente o estilo de liderança

em função do grupo e da tarefa, e desenvolvam seu potencial de liderança ao

criar condições favoráveis à eficácia dos membros.

28

Segundo a teoria de Burns, chamada de Transacional, na qual,

necessariamente uma transação de troca entre líder e o seguidor. Essa troca

pode ser econômica, política ou psicológica. Por conseguinte não existe uma

ligação duradoura entre eles, e que persiste enquanto ambas as partes acham

isso vantajoso. Para Burns, tais relacionamentos de troca são muito difundidos

em muitas organizações de trabalho, nas quais os subordinados concordam

em aceitar a liderança em bases do seu emprego remunerado. Evidentemente,

esse tipo de líder, mais conhecido como chefe na linguagem que ele acredita

como indiscutíveis estímulos motivadores das pessoas que supervisiona.

Com tal relacionamento entre líder e subordinados em mente é que se

pode explicar por que hoje são tão numerosos os programas de premiações

por desempenho. As empresas têm mobilizado recursos financeiros

respeitáveis e muito esforço para fazer seu pessoal produza mais e melhor. É

por isso também que tem sido tão trabalhoso explicar ao leigo em

comportamento motivacional que o salário não motiva, que outros tipos de

prêmios também não tem o poder de satisfazer motivacionalmente quem quer

que seja. O chefe que exerce tipicamente a liderança transacional de Burns

acusa o atraso e a queda de produtividade como sendo resultado da ausência

de planos de premiação por desempenho. Se isso fosse cientificamente

comprovado como verdadeiro, seria fácil demais conseguir trabalhar com

pessoas motivadas; todavia, a realidade é muito diferente.

Burns propõe outro tipo de liderança, a liderança transformacional, na

qual não se lança mão de nada que esteja fora das pessoas, mas

principalmente procura-se dentro delas a força motivacional que nasce das

suas expectativas. O líder neste caso está especialmente interessado em

investigar o potencial de sinergia motivacional dos seguidores planejando

estratégias que viabilizem a satisfação das necessidades de mais alto nível.

Isso permite-lhe assumir seu seguidor como pessoa única e integral, o que

significa desenvolver sua habilidade interpessoal, caso realmente busque

eficácia no desempenho do seu papel.

29

Por fim, fica bem claro que são os funcionários aqueles que dão ao líder

a autoridade de interpretar a realidade para eles, e a partir dessa interpretação

esperam ver esse sentido naquilo que fazem assegurando, assim, a

durabilidade do vínculo entre eles mesmos e o seu líder naturalmente eleito.

30

CAPÍTULO III

O AMBIENTE DE TRABALHO COMO IMPULSIONADOR

DOS RESULTADOS ORGANIZACIONAIS

3.1- Os tipos de liderança e as principais práticas de motivação

nas buscas do resultado

Apresentaremos algumas teorias sobre liderança que não mais dissocia

a empresa e o líder do contexto mais amplo em que se inserem, nem tampouco

o homem do seu trabalho. Abordaremos o que é considerado a essência da

liderança e conhecer os parâmetros para avaliar o sucesso organizacional.

A seguir, enfatizaremos algumas abordagens contemporâneas como:

liderança carismática, liderança visionária, liderança transformacional e

liderança baseada em princípios

LIDERANÇA CARISMÁTICA: A teoria identifica como os líderes carismáticos

se comportam, como diferem de outras pessoas e as condições dentro das

quais têm maior probabilidade de florescer. A inclusão dos traços do líder,

comportamento, influencia e condições situacionais, tornam essa teoria mais

abrangente do que a maioria das teorias sobre liderança. O grau em que um

líder possa ser considerado carismático é determinado pelos seguintes

indicadores:

- Confiança dos seguidores na retidão das crenças do líder.

- Similaridade entre as crenças dos seguidores e aquelas do líder.

- Aceitação incondicional do líder pelos seguidores.

- Afeição dos seguidores pelo líder.

- Obediência espontânea ao líder pelos seguidores.

31

- Envolvimento emocional dos seguidores com a missão da organização.

- Altos níveis de desempenho por parte dos seguidores.

-Crença dos seguidores de que são capazes de contribuir para o sucesso da

missão do grupo.

De acordo com essa teoria, líderes carismáticos apresentam grande

probabilidade de ter forte necessidade de poder, grau elevado de

autoconfiança e grande convicção em suas crenças e ideais próprios.

Líderes carismáticos engajam-se em comportamentos voltados para

criar impressão, entre seguidores, de que o líder é competente e eficaz. Este

tipo de administração baseada na impressão apóia a confiança nas decisões

do líder e aumenta a obediência incondicional por parte dos seguidores.

Ao oferecer uma visão atraente de como o futuro pode ser, líderes

carismáticos dão ao trabalho do grupo mais significado e inspiram entusiasmo

e estímulo entre os seguidores. Sendo assim, o grupo tem um maior

envolvimento emocional e maior comprometimento com os seus objetivos.

Líderes carismáticos estabelecem um exemplo a partir dos seus próprios

comportamentos para que os seguidores possam imitar. Se os seguidores

admiram e se identificam com o líder, apresentam maior probabilidade de imitar

os valores e cresças do líder, com isso, geram grande influência sobre a

satisfação e a motivação dos seguidores.

No entanto, o fato de se “fazer carismático”, sem acreditar, no que faz

não garantirá, para sempre, o alto nível de desempenho dos funcionários. O

sucesso desse tipo de liderança, na maioria das vezes, está associado a

situação de mudança. Talvez seja por isso que os líderes carismáticos surgem

quando a empresa está enfrentando uma crise que ameaça sua sobrevivência.

O estilo cego, apaixonado, autoconfiante desse líder leva-o, muitas vezes, ao

narcisismo, com dificuldade para ouvir os outros, defendendo com rigidez as

suas certezas.

LIDERANÇA VISIONÁRIA: Parte da crença de que a capacidade de criar a

visão de futuro é condição fundamental para a atuação bem-sucedida de todo

32

líder, pois o papel que desempenha para a organização vai além de ser uma

orientação para uma meta. Portanto, uma visão é um alvo e torna-se central

para o sucesso da liderança à medida que captura a imaginação de todos os

que com ela entra em contato. Passa a ser um elemento motivador, pois além

de atuar como critério de seleção para a alocação de esforços, filtra as

informações a serem analisadas e disciplina as ações, de modo a canalizar

todos os esforços para um único fim. Quando a empresa consegue selecionar

e articular a visão certa, ela já estará a caminho da realização de seus

objetivos maiores, consegue antecipar o futuro mais desejável para a

organização, na medida em que mobiliza as habilidades, competências e

talentos necessários a sua concretização.

Os lideres visionários têm a capacidade de trazer as pessoas para perto

de si e do que acreditam, não só envolvendo-as na decisão de como

concretizar uma visão, como também pelo suporte de treinamento e feedbacks

constantes, além do reconhecimento pelos sucessos obtidos. Embora a visão

possua a capacidade de direcionar a energia na mesma direção, é importante.

avaliar, constantemente, se há necessidade de fazer correções no rumo da

visão.

LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL: O foco dos lideres transformacionais

está no processo de desenvolvimento de pessoas, levando-as a pensar por si

mesmas, a trabalhar de forma independente, a dedicar-se a alguma coisa, quer

seja uma causa, um produto ou uma idéia, a tornar-se corajosas, honestas e

confiáveis e a buscarem padrões de desempenho que vão de seu próprio

cargo.

Uma vez que liderança é o processo de conduzir pessoas a alcançar

uma meta comum, podemos admitir que a presença de determinadas

qualidades dos seguidores facilita a eficácia dos lideres no alcance de seus

objetivos. Se reconhecermos que seguidores eficazes podem significar lideres

eficazes, também podemos reconhecer que seguidores eficazes são

decorrentes de líderes eficazes e, assim, admitimos que líderes orientados

33

para o desenvolvimento, com o tempo, tendem a transformar os seguidores

medíocres em seguidores eficazes (Robbins, 2002).

Cada vez mais, porém, os lideres, reconhecem que o meio de elevar os

níveis de produtividade e inovação para o crescimento das empresas será criar

uma cultura corporativa que encoraje e apóie os funcionários a encontrar

realização pessoal. Com essa visão holística e integradora, a liderança

transformacional prepara as organizações para enfrentar e solucionar as

questões maiores do novo século.

Se quisermos obter sucesso nos negócios em todos os sentidos

(produtividade, qualidade, rentabilidade, imagem da empresa, inovação etc.), é

no ser humano que devemos investir, porque ele, desde o mais simples

operário até o presidente da empresa, é a origem de todo o processo de

transformação (Moggi,2000).

Nesse sentido, cada um em seu nível de atuação contribui com sua

essência para dar vida a uma identidade que é maior do que ele próprio: a

empresa. Quando as pessoas encontram significado no trabalho, naturalmente

alcançam seus mais altos níveis de criatividade e mais altos níveis de

produtividade, e a dicotomia trabalho e prazer desaparece (Barrett,2000).

Estudos recentes identificam cinco estágios no processo de

transformação organizacional e também pessoal numa empresa, são eles:

1- Inconsciência – o líder encontra-se inconscientemente incompetente

para atuar como líder transformador e age sem questionar suas

verdades.

2- Consciência – à medida que se torna ciente do seu desempenho, muitas

vezes exercido de maneira ineficaz, através de feedback do ambiente

interno ou externo.

3- Aprendizagem de novos comportamentos - leva o líder a decidir e agir

frente aos desafios que se impõem. Mudar para um novo modo de ser

pode colocá-lo frente a frente com seus medos e inseguranças.

34

4- Prática de um novo comportamento – o líder passa a delegar, dar poder

e autonomia a seus funcionários, isso é um grande começo do processo

de transformação pessoal, tornando-se conscientemente capaz em uma

nova esfera de atuação.

5- Mudança de valores – à medida que o novo comportamento se torna

parte de seus hábitos, o líder desenvolve um novo modo de ser e seus

valores mudam.

À medida que evolui a consciência dos lideres para o papel

transformador que devem desempenhar na empresa e na sociedade, outras

abordagens surgem para consolidar o que é essencial: seus valores. Dentro

desta abordagem, as relações mantidas com os outros, as decisões, a visão de

negócio e todas as práticas dos lideres, tanto na vida pessoal quanto na

profissional, são baseadas em princípios.

Os princípios básicos como: justiça, confiança, integridade, honestidade,

humildade, coragem, empatia, aplicam em todos os momentos e em todos os

lugares, e expressam sob a forma de idéias, ensinamentos e normas que

elevam, enobrecem, fortalecem e inspiram pessoas. São esses os princípios

que integram a ética do caráter tão necessária àqueles que têm a

responsabilidade pela condução de uma equipe.

Afirmamos que, quando um líder ou uma organização se baseia em

princípios, passa a servir de modelo para os outros. Identificaremos agora,

como se forma essa liderança e que princípios estão a ela associados.

O primeiro componente é o eu. No núcleo deste principio encontram-se

caráter e competência. Os dois fatores são interdependentes; individualmente,

tornam-se insuficientes para a concretização dos objetivos, quer pessoais, quer

organizacionais.

O segundo componente refere-se a pessoas que representam o pilar de

sustentação para relacionamentos e organizações eficazes. É preciso não só

acreditar que pessoas possuem talento, habilidade, inteligência e criatividade,

mas também despertá-la.

35

O terceiro refere-se ao caminho estratégico, construído por meio de um

esforço conjunto de pessoas dos vários níveis da organização, visa atender as

necessidades dos clientes e outros interesses, considerando as condições do

mercado e dos concorrentes.

O quarto componente engloba estrutura organizacional, sistemas e

processos que devem contribuir para a realização do caminho estratégico.

Todas as teorias apresentadas buscam acompanhar a evolução dos

tempos e suas contribuições pretendem ampliar a compreensão da natureza

humana. Para que o líder atue dentro das abordagens contemporâneas,

necessita buscar auto-desenvolvimento e auto-conhecimento, que tornam-se

fundamental na formação e desenvolvimento de um líder, na medida que com

freqüência, ele necessitará manter o equilíbrio interior para melhor lidar com as

diferentes situações com pessoas. Antes de ser um líder de verdade, é

essencial ser uma pessoa de verdade, voltada para o auto-desenvolvimento e

o auto-conhecimento que servirão de base para gerar a confiança que todo

líder precisa desenvolver para acreditar na visão do futuro quer para a

organização quer para as pessoas.

As teorias apresentadas nos conduziram às diferentes maneiras de

influenciar e conduzir pessoas ao alto desempenho, tornando-as

comprometidas e motivadas para o alcance das metas organizacionais.

3.2- Enfoque assistencial, emocional, financeiro e social

É interessante reconhecer que, entre as grandes dificuldades na vida

das organizações, existem as questões humanas, ressaltando dos aspectos

relacionados à liderança, confiança, colaboração e motivação. Vários fatores

têm contribuído com o aprofundamento dessas dificuldades, uma vez que, até

um passado bastante recente, as organizações operam em contexto de

razoável previsibilidade.

O emprego era frequentemente estável; os mercados em grande parte,

eram cativos. O domínio de tecnologia avançadas, o conhecimento, a

36

especialização eram atributos de poucos, o que davam aos funcionários

segurança e sucesso profissional. Os níveis de competição não chegavam a

constituir um fator de grande preocupação, pois os prêmios já eram garantidos.

Nas ultimas décadas, assistiu-se, entretanto, aos principais marcos de

referência que orientavam a vida no trabalho serem simultânea, profunda e

aceleradamente abalados, estabelecendo uma crise. O medo, a ameaça, a

insegurança fazem parte hoje do cenário comum às organizações sociais de

produção.

Offe (1989) considera como crise “uma situação no qual,

repentinamente, instituições tradicionais e evidencias antes incontestáveis

tornam-se controversas” ou mesmo “quando, inesperadamente, surgem

dificuldades de relevância fundamental, quando não se sabe o que

acontecerá”. Para o autor, sendo o trabalho marca tão determinante de nossa

sociedade, pode-se avaliar o impacto causado na vida dos indivíduos pelo

crescente alijamento de enormes contingentes humanos do mercado produtivo,

promovido pelo fenômeno da globalização, com redução da significação e do

espaço social, além do próprio senso de identidade e importância pessoal

(Sennett,2001).

Masi, entretanto, entende que “não é a sociedade que está em crise,

mas sim nosso modo de compreendê-la e avaliá-la”, pois “como as categorias

mentais assimiladas (e profundamente enraizadas) da época industrial não

podem mais nos explicar o que está acontecendo, somos induzidos a

desconfiar do que está acontecendo e a perceber o advento do futuro como

crise do presente” (Masi,1999).

Ainda segundo Masi, a sensação de crise tem seu estilo na falta de

referências e na ausência de modelos interpretativos para a compreensão da

realidade, o que viria a configurar-se como fenômeno de resistência a

mudanças. Haveria, desse modo, uma associação de insegurança em face do

desconhecido e referente à imensa defasagem entre nossos comportamentos,

atitudes e crenças – extremamente arraigados por terem sido moldados ao

curso de séculos – e às demandas e características de uma nova realidade,

37

ainda não compreendida, de uma sociedade que se convencionou chamar

(como evidência da influência do marco anterior) “sociedade pós-industrial”

(Masi,1999).

No entanto, deve-se argumentar que os fenômenos de resistência a

mudança não tem apenas conotação negativa, mas também adaptativa,

protetora e salutar. São simultâneas e dependem do tipo de mudança proposto.

Há poucas décadas, pareceu lógico pensar que o desenvolvimento

econômico potencializado pelos avanços tecnológicos, traria o

desenvolvimento social como consequência. Entretanto, segundo Rattner, o

que realmente se pôde observar foi sua surpreendente associação à

deterioração social, com o agravamento do quadro de desigualdades e

contradições internas nas sociedades, principalmente naquelas menos

desenvolvidas. O caráter político subjacente ao econômico e ao administrativo

tornou-se, desse modo, evidente, a despeito de uma pretensa neutralidade

(Rattner,1979).

As organizações não podem existir sem comportamentos colaborativos

integrados, direcionadas para o alcance de seus objetivos, a menos que não

tenham preocupação de ordem econômica, ética ou social.

Além da crise social e econômica, outra menos grave, a de valores,

incide sobre as possibilidades de se ver o trabalho, como fonte de realização. A

estagnação, os ônus à produtividade e ao crescimento, o absenteísmo, os

índices de acidentes e doenças relacionadas com a desmotivação oferecem

quadro sintomático da crise da motivação, apontada por Levi-Leboyer (1994),

resultado na sensação de vazio existencial, provocador da doença existencial,

a que se refere Moura (1998).

Estágios atuais de deterioração social e valores tradicionais, têm sido

atribuídos à frustração de expectativas e quebras de pactos de lealdade no

âmbito das instituições sociais de todas as naturezas. Com as demandas

tecnológicas e econômicas, as mudanças organizacionais se sucedem sob as

mais variadas formas de modismo, tais como: informatização, fusões e

38

incorporações, reduções drásticas de custos, reengenharia, demissões em

massa, entre outras. Em decorrência disso, predominam a impessoalidade, os

contatos virtuais, a pulverização das ações e dos interesses, a falta de

compromisso generalizada, causando uma competitividade desenfreada e

predatória, que nada respeita, além dos interesses pessoais e imediatos. Com

isso torna-se difícil a integração e interdependência que caracterizam e

constituem a vida em sociedade.

No plano organizacional, pode-se considerar que a característica mais

marcante para diferenciar uma organização de um aglomerado de

individualidades conflitantes, é a interdependência, as trocas interativas,

baseadas na reciprocidade e feitas por meio de investimentos mútuos e

confiáveis. O lugar de liderança, que é ocupado hierarquicamente pelo chefe,

líder direto, seria idealmente o espaço da busca de interação, da resolução

produtiva dos conflitos de interesses promovendo colaboração, e investimento

no coletivo.

As condições sócio-econômicas do mundo contemporâneo, a

complexidade empresarial e a alta vulnerabilidade dos conhecimentos

existentes já não permitem o desperdício dos talentos que se encontram em

todos os níveis das organizações. Ao invés de submeter todos às idéias de

poucos, é importante mobilizar as idéias de todos para o alcance de objetivos

comuns.

É necessário que as empresas revertam o processo de repressão

organizacional que produz funcionários alienados, ameaçados, submissos e

servilmente obedientes. São esses funcionários, chamados constantemente a

aceitar as idéias e manifestações das chefias, que carregam em si a frustração

de não poderem contribuir além dos seus limites que lhe são fixados.

A participação libera o indivíduo para contribuir e faz todos os

participantes do processo, inclusive chefes e dirigentes, desenvolverem maior

consideração por idéias e maior respeito mútuo. A participação dos

funcionários também mobiliza a inteligência da empresa, valoriza o potencial

das pessoas e permite que exprimam suas idéias e emoções desenvolvendo

39

relações pessoais e organizacionais mais autênticas, tornando-se profissionais

mais autônomos e competentes.

No mundo de hoje, a contribuição do indivíduo é tão relacionada ao grau

de retribuição (salários, benefícios etc.) quanto a sua liberdade de expressão e

ação.

Como a organização de hoje apresenta-se cada vez mais

interdependente, é necessário que os dirigentes adquiram visão e habilidades

amplas no exercício do poder. Exercer influência fora das linhas hierárquicas

exige habilidade no uso do poder que a organização moderna oferece ao

dirigente. A habilidade gerencial mais exigida de um dirigente, hoje em dia, é

saber influenciar aqueles que não são seus subordinados e sobre os quais não

se exerce autoridade hierárquica ou controle.

Finalmente é importante ressaltar que a prática participativa não destrói,

antes reforça a habilidade política do dirigente em sua capacidade de

influenciar pessoas e garantir um direcionamento mais favorável à organização.

40

CONCLUSÃO

Lidar com a complexidade do mercado atual e obter resultados positivos

representa o maior desafio para as organizações e para as pessoas neste novo

milênio.

A “transformação” é a palavra de ordem. Uma das maiores lições das

empresas é sair do tradicionalismo, e encarar uma nova forma de gestão,

mesmo que a tradicional já tenha levado ao sucesso. É melhor reconhecer que

as mudanças que estão acontecendo são fundamentais e exigem respostas e

comportamentos diferentes.

Não é preciso temer essa realidade. O importante é aprender a conviver

com ela e perceber as oportunidades que nela estão contidas. Neste contexto

crítico social atual, é preciso entender que não adianta lutar contra esse

cenário de complexidade. A solução está em desenvolver novos valores e

fortalecer crenças mais adequadas, sem fantasiar a realidade. Para isso, um

gerente-líder e capacitado a desempenhar tal papel transformador é de

extrema importância para as empresas que entendem a sua realidade atual.

Talvez o maior desafio do líder seja manter o potencial motivacional de

seus funcionários. O gerente-líder com uma visão mais humanista passa a

compreender melhor a natureza das motivações humanas, percebendo a

influência dos valores, sentimentos e atitudes do indivíduo com relação ao

desempenho organizacional.

Refletir sobre o tema traz a tona uma questão simples, nem sempre

observada no cotidiano, que diz respeito ao bem comum. O grande equilíbrio

em uma organização está na compreensão dos lideres, gestores e

funcionários, para fazer da empresa uma grande satisfação para todos.

41

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