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JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951 Volume 4. Edição 1 TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA: UMA OPÇÃO NO TRATAMENTO DO PÉ DIABÉTICO NEGATIVE PRESSURE THERAPY: AN ALTERNATIVE IN THE TREATMENT OF DIABETIC FOOT? LA TERAPIA DE PRESIÓN NEGATIVA: UNA ALTERNATIVA EN EL TRATAMIENTO DEL PIE DIABÉTICO? Autores Filomena Leitão 1 ; Mónica Elias 2 ; Neuza Tavares 3 1,2,3 Enfermeira, Centro Hospitalar do Oeste, Caldas da Rainha, Portugal Corresponding Author: [email protected] REVISÃO SISTEMÁTICA/ SYSTEMATIC REVIEW MARÇO, 2015 RESUMO O estudo que apresentamos reporta-se a uma revisão sistemática da literatura cujo objetivo foi perceber quais as evidências da utilização da Terapia por Pressão Negativa (TPN) na cicatrização de feridas em doentes diabéticos. A pesquisa inclui documentos publicados entre 2004 e 2014 utilizando as bases de dados Scielo, Pubmed, Medline, Lilacs, B-On, pesquisa na internet através do motor de busca Google Académico e consulta documentada em revistas de especialidade de enfermagem e medicina. Dez artigos obedeceram aos critérios de inclusão e foram analisados utilizando a metodologia PICOD. Os estudos incluídos nesta revisão sistemática indicam que a TPN parece ser eficaz e segura no tratamento de feridas complexas, nos membros inferiores, dos doentes diabéticos. Quando comparada com as terapias convencionais aparenta ter benefícios sendo uma mais- valia para a sua aplicação. DESCRITORES: Tratamento de Feridas com pressão negativa; Terapia por vácuo; Cicatrização de feridas; Pé Diabético. ABSTRACT The present study reports to a systematic review of literature whose aim was to understand what is the evidence of the use of Negative Pressure Therapy (TPN) in wound healing in diabetic patients. The research focused on documents published between 2004 and 2014 using the databases, Scielo, Pubmed, Medline, Lilacs, B- On, internet search through Academic Google and documented in nursing and medicine specialty journals. Ten articles met the inclusion criteria and were analyzed using the PICOD methodology. The studies included in this systematic review indicate that TPN appears to be effective and safe in treating complex wounds in the lower limbs, of diabetic patients. When compared with conventional therapies it appears to have benefits, being an asset to its application. KEYWORDS: Negative-pressure wound therapy; Vacuum therapy; Wound healing; Diabetic foot. Leitão, F., et al (2015) Negative pressure therapy: An alternative in the treatment of diabetic foot, Journal of Aging & Inovation, 4 (1): 44-58

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JOURNAL OF AGING AND INOVATION (EM LINHA) ISSN: 2182-696X / (IMPRESSO) ISSN: 2182-6951 Volume 4. Edição 1

TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA: UMA OPÇÃO NO TRATAMENTO DO PÉ DIABÉTICO

NEGATIVE PRESSURE THERAPY: AN ALTERNATIVE IN THE TREATMENT OF DIABETIC FOOT?

LA TERAPIA DE PRESIÓN NEGATIVA: UNA ALTERNATIVA EN EL TRATAMIENTO DEL PIE DIABÉTICO?

Autores Filomena Leitão 1; Mónica Elias 2; Neuza Tavares3

1,2,3 Enfermeira, Centro Hospitalar do Oeste, Caldas da Rainha, Portugal

Corresponding Author: [email protected]

REVISÃO SISTEMÁTICA/ SYSTEMATIC REVIEW MARÇO, 2015

RESUMO

O estudo que apresentamos reporta-se a uma revisão sistemática da literatura cujo objetivo foi perceber

quais as evidências da utilização da Terapia por Pressão Negativa (TPN) na cicatrização de feridas em doentes

diabéticos. A pesquisa inclui documentos publicados entre 2004 e 2014 utilizando as bases de dados Scielo,

Pubmed, Medline, Lilacs, B-On, pesquisa na internet através do motor de busca Google Académico e consulta

documentada em revistas de especialidade de enfermagem e medicina. Dez artigos obedeceram aos critérios de

inclusão e foram analisados utilizando a metodologia PICOD. Os estudos incluídos nesta revisão sistemática

indicam que a TPN parece ser eficaz e segura no tratamento de feridas complexas, nos membros inferiores, dos

doentes diabéticos. Quando comparada com as terapias convencionais aparenta ter benefícios sendo uma mais-

valia para a sua aplicação.

DESCRITORES: Tratamento de Feridas com pressão negativa; Terapia por vácuo; Cicatrização de feridas;

Pé Diabético.

ABSTRACT

The present study reports to a systematic review of literature whose aim was to understand what is the

evidence of the use of Negative Pressure Therapy (TPN) in wound healing in diabetic patients. The research

focused on documents published between 2004 and 2014 using the databases, Scielo, Pubmed, Medline, Lilacs, B-

On, internet search through Academic Google and documented in nursing and medicine specialty journals. Ten

articles met the inclusion criteria and were analyzed using the PICOD methodology. The studies included in this

systematic review indicate that TPN appears to be effective and safe in treating complex wounds in the lower limbs,

of diabetic patients. When compared with conventional therapies it appears to have benefits, being an asset to its

application.

KEYWORDS: Negative-pressure wound therapy; Vacuum therapy; Wound healing; Diabetic foot.

Leitão, F., et al (2015) Negative pressure therapy: An alternative in the treatment of diabetic foot, Journal of Aging & Inovation, 4 (1): 44-58

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Introdução A Diabetes atinge mais de 382 milhões de

pessoas em todo o mundo, correspondendo a 8,3% da população mundial. Em 2013 a Diabetes matou 5,1 milhões de pessoas e estima-se que em 2035 o número de pessoas com Diabetes no mundo atinja os 592 milhões, o que representa um aumento de 55% da população atingida pela doença. Portugal posiciona-se entre os países Europeus que registam uma mais elevada taxa de prevalência da Diabetes1.

Em 2013 a prevalência estimada da Diabetes na população portuguesa foi de 13,0% o que corresponde a mais de 1 milhão de portugueses no grupo etário dos 20 aos 79 anos2.

O compromisso dos tecidos nos membros inferiores, agravados pelos traumas e pela vulnerabilidade do doente diabético às infeções, gera quadros clínicos complexos geralmente denominados de "Pé Diabético". Este consiste em lesões cutâneas e de planos profundos relacionados com alterações neuropáticas, vasculares, ortopédicas, infeciosas e funcionais do diabético. As complicações associadas a esta patologia estão entre as mais sérias e dispendiosas da diabetes, sendo muitas vezes a solução final a amputação3.

Atualmente, o tratamento de feridas é um grave problema de saúde pública que atinge diversas camadas populacionais, sendo um grande desafio para os profissionais e para o sistema de saúde, necessitando de recursos humanos, materiais e financeiros para a resolução deste problema. O tratamento de uma ferida de difícil cicatrização aumenta o tempo de internamento, os custos do tratamento, aumentando as taxas de morbilidade e mortalidade.

O desenvolvimento de abordagens novas e eficazes no tratamento de feridas continua a ser uma área de interesse de investigação. O aparecimento da TPN mudou sem dúvida o tratamento de feridas e provou ter benefícios numa variedade de situações4. Em 1997, Argenta e Morykwas, descreveram pela primeira vez a aplicação de uma sucção controlada através de uma espuma porosa para criar um ambiente capaz cicatrizar e formar tecido de granulação5.

A TPN é um sistema dinâmico não invasivo que promove a cicatrização por aplicação de uma pressão negativa controlada no leito da ferida. Proporciona também um ambiente húmido e simultaneamente elimina o excesso de exsudado que inibe a cicatrização. Desta forma diminui o tamanho da ferida e acelera a cicatrização6.

Este tipo de tratamento está indicado para feridas resistentes ao tratamento convencional; feridas complicadas em que se prevê tratamento prolongado; feridas profundas e/ou com grande produção de exsudado; como terapia para preparar o leito da ferida para enxerto ou como terapia adjuvante à cirurgia para aplicação do mesmo6. Pode também ser utilizado em feridas agudas e traumáticas; úlceras por pressão de categoria III e IV; úlceras venosas; úlceras d iabét icas sem compromisso ar te r ia l ; deiscências cirúrgicas; fístulas entéricas exploradas e feridas pós-reconstrutivas que requerem drenagem7.

Está contraindicada na presença de osteomielite sem tratamento; na existência de exposição de órgãos, vasos sanguíneos ou nervos; presença de tecido necrosado; existência de fístulas não exploradas e não entéricas; anastomoses e feridas malignas6. Pode-se ainda acrescentar feridas de etiologia

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arterial severa e cavidades que não podem ser exploradas e devem-se ter precauções em doentes com problemas de hemóstase ou hemorragia ativa; doentes hipocoagulados, desnutridos e doentes não colaborantes7.

O mecanismo de ação exato ainda não é totalmente conhecido, mas parece que a cicatrização de feridas agudas e crónicas é melhorada através da combinação de alguns componentes que incluem o interface com a ferida, o microambiente semioclusivo e o mecanismo de forças incorporado na TPN. Os eventos que conduzem a uma melhor cicatrização, observados com a TPN podem ser classificados como mecanismos primários e os seus efeitos secundários associados. No geral os mecanismos primários propostos são: macrodeformação ou contração dos bordos da ferida; microdeformação no interface com a superfície da ferida; remoção do exsudado e estabilização do ambiente da ferida. Os efeitos s e c u n d á r i o s a s s o c i a d o s e n v o l v e m a angiogénese, neurogénese, formação de tecido d e g r a n u l a ç ã o , p r o l i f e r a ç ã o c e l u l a r, diferenciação e migração5.

A TPN utiliza um sistema de drenagem fechado para aplicar uma pressão controlada no leito da ferida. Esta é primeiro preenchida com um interface (gaze ou espuma) que permite distribuir uma pressão homogénea. A ferida é selada com um filme adesivo transparente e é conectado um dreno que se liga a uma bomba de vácuo. O exsudado é assim aspirado através do dreno para um reservatório8.

Para o preenchimento do leito da ferida e distribuição equitativa da pressão pela totalidade da superfície existem dois tipos de materiais principais, nomeadamente espuma e gaze. Estudos experimentais indicam que a pressão é

igualmente distribuída através da espuma e da gaze8.

Os efeitos biológicos da TPN no leito da ferida dependem do tipo de preenchimento utilizado e do ajuste da pressão negativa aplicada. O preenchimento da ferida é normalmente uma espuma porosa de poliuretano ou uma gaze embebida em solução salina, ou uma camada de contacto de baixa aderência que é colocada por baixo do enchimento para cobrir o leito da ferida8.

As propriedades do interface determinam a maior parte dos efeitos da TPN no leito da ferida e tanto a espuma como a gaze causam um efeito mecânico na ferida. O tecido da superfície da ferida é estimulado pela estrutura do interface utilizado, isto irá estimular as células a dividirem-se para reconstruirem e fortalecerem o tecido8.

A função do preenchimento aplicado (espuma ou gaze) é distribuir pressão negativa ao leito da ferida. A força de sucção gerada pela pressão negativa conduz a uma drenagem ativa do exsudado, o que conduz a uma redução de vários componentes que inibem a cicatrização, c o m o e n z i m a s p r o t e o l í t i c a s e metaloproteinases. É importante colocar o preenchimento diretamente em contacto com toda a área onde pretendemos aplicar a pressão negativa8.

Utiliza-se uma camada de contacto de baixa aderência colocada por baixo do p r e e n c h i m e n t o q u a n d o a n t e c i p a m o s complicações, pois esta impede o crescimento do tecido de granulação para dentro do preenchimento como pode acontecer quando se ut i l iza uma espuma. As compl icações associadas a este crescimento são: dor associada à mudança de penso; interrupção do tecido do leito da ferida e danos mecânicos no

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tecido quando é retirada a espuma; pedaços de espuma podem ficar presos no leito da ferida e atuar como objetos estranhos e atrasar a cicatrização8.

Tanto o uso da espuma como da gaze promove o crescimento de tecido de granulação, mas as características e a quantidade do tecido formado podem ser diferentes. Com a espuma o tecido é hipertrófico e espesso e com a gaze o tecido é menos espesso mas mais denso. Quando utilizamos a gaze não é necessária a utilização da camada de contacto pouco aderente8.

O tipo de material usado também interfere na frequência de mudança do penso, as recomendações são mudar o penso a cada 48 horas quando se usa espuma, para evitar o crescimento do tecido para dentro da espuma; quando utilizamos a gaze ou uma camada de tecido pouco aderente, as mudanças do penso podem ser menos frequentes, nomeadamente duas ou três vezes por semana8.

Atualmente não existem recomendações para o ajuste do nível de pressão negativa adequado para cada ferida. A pressão habitualmente utilizada é -125mmHg no entanto esta pode variar entre -50 e -150 mmHg. Fora destes valores o impacto da pressão pode não ter efeito ou por outro lado provocar danos no leito da ferida. A pressão pode também variar quanto ao tipo dividindo-se em contínua, intermitente ou variável. A contínua mantem-se constante ao longo do tempo, a intermitente oscila períodos de pressão negativa com períodos sem pressão e a variável que oscila entre dois valores de pressão um mais baixo e um mais alto9. A modalidade intermitente não é habitualmente utilizada pois a mudança súbita da pressão faz com que o enchimento expanda

e contraia repetidamente sobre o tecido de granulação, causando dor ao doente8.

As evidências mais recentes indicam claramente que o nível de pressão pode ser adaptado dependendo do risco de isquémia ou da dor que o doente sente e a escolha do interface pode ser baseada na qualidade do tecido de granulação que pretendemos8.

A TPN permite também adicionar contínua ou intermitentemente fluidos à ferida através da mesma ou de uma diferente tubuladura do sistema de pressão negativa. É possível instilar solução salina normal ou outros agentes para ajudar a ferida a cicatrizar como por exemplo agentes antimicrobianos, betadine diluído, soluto de Dakin, entre outros5.

METODOLOGIA O presente estudo é uma revisão

sistemática da literatura e tem como objetivo principal perceber se a TPN é uma alternativa eficaz ao tratamento convencional para o tratamento de feridas em doentes diabéticos com feridas nos membros inferiores.

A recolha dos dados foi realizada nas bases de dados Scielo, Pubmed, Medline, Lilacs e B-On permutando o uso dos descritores: tratamento de feridas com pressão negativa; terapia por vácuo; cicatrização de feridas e pé diabético, devidamente validados para as ciências da saúde. Foi também feita uma pesquisa na internet através do motor de busca Google Académico.

A pesquisa incidiu sobre documentos publ icados num per íodo de dez anos (2004-2014). Foi utilizada a metodologia PICOD: Participantes – doentes diabéticos com feridas dos membros inferiores; Intervenções – avaliação da utilização da TPN para o tratamento de feridas em doentes diabéticos;

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Comparações – comparação dos resultados obtidos nos diferentes estudos analisados; “Outcomes” – perceber se o tratamento de feridas por pressão negativa é uma mais-valia para o tratamento de doentes diabéticos com feridas nos membros inferiores; Desenho do estudo – estudos primários10.

Os estudos foram considerados incluídos se avaliassem os efeitos da TPN em doentes diabéticos com feridas nos membros inferiores e se comparassem o seu efeito com o tratamento convencional. Incluímos só estudos primários, nomeadamente estudos de caso, estudos prospetivos e retrospetivos, estudos aleatórios controlados e um estudo multicêntrico. Inicialmente, os artigos foram excluídos com base no título e resumo, se estes não mencionassem TPN, não seriam incluídos. Foram também excluídos estudos realizados em laboratório e em animais. Todos os resumos foram analisados por três revisores e só foram excluídos se os três revisores os classificassem como não relevantes ou se não estivessem disponíveis como artigos completos de acesso gratuito. Foram incluídas todas as línguas. Posteriormente foram analisados todos os artigos completos, independentemente, pelos três revisores.

Utilizando a estratégia de pesquisa anteriormente descrita foram identificados 522 artigos nas diferentes bases de dados, dos quais 354 foram excluídos pelo título, 58 excluídos por só apresentarem resumo, 8 encontravam-se repetidos, 92 após leitura integral. Em síntese, 10 artigos foram incluídos nesta revisão da literatura.

Os artigos foram analisados por três investigadores que procederam à elaboração de uma grelha de análise que permitisse a exploração do conteúdo dos artigos de forma a encontrar um padrão de informações relevantes que reflitam as evidências e os avanços científicos mais recentes.

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS

Após a análise dos artigos selecionados de acordo com os critérios referidos construiu-se uma tabela especificando a informação relativa aos seus autores, anos de publicação, fonte e país , t ipo de estudos e metodolog ia ; participantes/amostra; objetivo e principais conclusões.

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Com base nos artigos acima apresentados e noutros estudos também centrados na mesma temática, que não obedeceram aos critérios de inclusão estabelecidos mas que entendemos darem um bom contributo, prosseguimos com a discussão dos resultados.

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os artigos que obedeceram aos critérios de inclusão estabelecidos, têm como países de origem a Roménia, Brasil, Espanha, Estados Unidos e Singapura. Os seus autores são clínicos e investigadores que tiveram como participantes nos seus estudos doentes diabéticos com feridas dos membros inferiores que foram tratados com TPN.

Os principais objetivos destes estudos são avaliar a eficácia e segurança da utilização da TPN; comparar a eficácia deste tratamento com a terapia convencional e apresentar os resultados da utilização da TPN.

Os artigos foram analisados de forma a identificar quais as evidências da utilização da TPN na cicatrização de feridas dos membros inferiores de doentes diabéticos.

Os resultados obtidos, após a leitura e análise dos artigos selecionados permitem responder com algumas limitações à questão de investigação, existindo, no entanto, consenso entre os diferentes investigadores.

O s e s t u d o s c o n d u z i d o s p o r Dzieciuchowicz15, Sepúlveda16 e, Armstrong e Lawrence18 mostram que a TPN é tão eficaz e segura como a terapia convencional para o tratamento de feridas de doentes diabéticos, já Blume19 refere que a TPN é tão segura e mais eficaz.

Em todos os artigos incluídos na nossa amostra foram descritos benefícios da utilização

da TPN. Nather13 refere que esta terapia diminui a dor dos doentes. Crainiceanu11 e Ferreira14 concluem que a TPN tem benefícios no tratamento de feridas crónicas, nomeadamente o aumento do conforto do doente com a diminuição da dor e diminuição de custos por ser necessário menor número de tratamentos, menos dias de internamento e menos despesas com antibióticos. Dzieciuchowicz15 e Gregor21 reforçam a ideia da diminuição dos custos associada à menor frequência de mudança de pensos e consequente diminuição significativa dos custos com pessoal de enfermagem.

O tratamento de feridas deve seguir uma sequência lógica de eventos para otimizar o microambiente do leito da ferida em direção à cicatrização sendo esta a remoção do tecido necrótico, controle do edema, redução do exsudado, diminuição da população bacteriana e aumento da vascularização do leito da ferida22.

O desbridamento antes da introdução da TPN parece ser uma mais-valia no tratamento destas feridas. Não exclui, mas complementa qualquer tipo de desbridamento aplicado no leito da ferida (cirúrgico, mecânico, autolítico, enzimático, químico e biológico)11 A TPN é muito útil como tratamento adjuvante para o pé diabético avançado, contudo não deixa de ser necessário efetuar um desbridamento radial13,15.

A TPN tem como vantagens diminuir o desconforto e necessidade de mudança de penso; acelerar a granulação e o fluxo sanguíneo no leito da ferida, promover um aumento de fatores de crescimento, dos leucócitos, fibroblastos, o equilíbrio de fluidos nos tecidos viáveis, o aumento da drenagem linfática e venosa, a aproximação dos tecidos e a angiogénese; remover “resíduos” da ferida23.

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A TPN consegue proporcionar um ambiente oclusivo no qual ocorre a cicatrização, num ambiente húmido, estéril e l impo, est imulando a formação de tecido de granulação, incentivando a cicatrização e reduzindo assim as dimensões da ferida comparado com os pensos convencionais13. Esta técnica de tratamento remove o excesso de líquido intersticial, aumenta a angiogénese, diminui a colonização bacteriana e aumenta a formação do tecido de granulação16. No estudo realizado por Dzieciuchowicz15, a TPN mantém um ambiente húmido e protege contra potenciais infeções do exterior e também diminui o edema o que potencia a circulação sanguínea a um nível microcirculatório, verificou-se também rápida formação de tecido de granulação e uma melhor cicatrização quando comparado com o t ra tamento convencional. Ajuda também no controlo da inflamação e infeção. A taxa de formação de tecido de granulação foi mais rápida com a TPN o que levou a um maior número de feridas cicatrizadas do que no grupo de controlo onde se utilizou o tratamento convencional, num estudo realizado em 162 doentes18.

Um benefício adicional observado foi a capacidade da TPN de tratar a infeção bacteriana na ferida. A TPN promove a remoção de fluidos em excesso na ferida, reduzindo a população bacteriana e o edema13. Esta redução leva a um aumento do nível de oxigénio e nutrientes no leito da ferida, melhora a c i r c u l a ç ã o s a n g u í n e a , f a c i l i t a n d o a cicatrização14,17.

No estudo realizado por Blume19 não foi observada d i fe rença s ign i f i ca t iva nas complicações relacionadas com as feridas, como a infeção, celulite e osteomielite.

Os achados mostram que a dimensão da ferida diminui significativamente e a proporção de melhoria na superfície das feridas é maior utilizando TPN comparando com o tratamento convencional17.

Apesar dos benefícios a TPN esta tem desvantagens para alguns autores pelo facto de não ser hemostática, por esta razão deve ser assegurada a hemóstase antes de a utilizar, particularmente em doentes anticoagulados15.

Os aparelhos de TPN são volumosos, limitadores da atividade do doente, dispendiosos e demorados de aplicar e não se adequam a feridas mais pequenas, como as normalmente encontradas em doentes diabéticos12. Por estes motivos foi desenvolvido o sistema SNaP que consiste na combinação da gaze com um penso hidrocolóide com um sistema não elétrico de TPN que permite a utilização deste tipo de tratamento em feridas mais pequenas e profundas e de difícil localização20. O tamanho, configuração e a sua fácil aplicação tornam este aparelho ideal para tratar as feridas dos doentes diabéticos, permitindo o tratamento em ambulatório12. Este sistema pode ajudar a minimizar o impacto da TPN nas atividades diárias e proporciona um meio prático e conveniente para a utilização deste tipo de terapia20.

A TPN pode ser usada como alternativa para o enceramento primário por segunda intenção ou para o encerramento secundário por preparar adequadamente o leito da ferida para aplicar enxertos de pele13,16. No tratamento de feridas em doentes diabéticos demonstra-se que com a utilização da TPN é necessário menos tempo para que o leito da ferida atinja boas condições para receber os enxertos de pele14.

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CONCLUSÃO

A escolha desta temática surge da necessidade sentida de perceber quais os mecanismos de ação, indicações, opções e relação custo-benefício da TPN.

Através dos resultados obtidos conclui-se que a TPN deve ser considerada da mesma forma que outro tipo de tratamento para a cicatrização de feridas. Por isso deve ser selecionada se estiver indicada clinicamente e se em termos de custos for o melhor método para atingir os objetivos terapêuticos definidos. A TPN deve ser introduzida com um objetivo definido e os resultados do tratamento necessitam de ser continuamente reavaliados. Esta deve ser interrompida quando se atingem os objetivos propostos, quando não se atingem os objetivos dentro do tempo estimado ou quando não é aceite pelo doente ou causa complicações.

A maioria das evidências publicadas está relacionada com a utilização de espumas embora tanto a espuma como a gaze transmitam de igual forma a pressão negativa ao leito da ferida. Em termos de resultados clínicos não existem diferenças significativas na redução do tamanho da ferida ou no tempo de cicatrização, sendo ambas capazes de proporcionar efeitos clínicos relevantes, devendo por isso ser escolhidas consoante a facilidade de aplicação, experiência de quem aplica, disponibilidade e custo. Não obstante, a gaze está associada a uma experiência menos dolorosa para o doente. As características do tecido de granulação formado também diferem consoante a utilização de gaze ou da espuma, o que também pode influenciar a escolha de uma em detrimento da outra.

Quanto à pressão a utilizar, -125mmHg parece ser a pressão negativa ótima. A escolha do tipo de pressão entre contínua e intermitente ou variável também deve ser ajustada a cada ferida, pois embora a pressão intermitente ou va r i áve l apa ren temen te f avo reçam o crescimento do tecido de granulação, podem ocorrer inconvenientes como o desconforto para o doente ou o extravasamento de exsudado quando não há pressão negativa.

A TPN é útil no tratamento de feridas, nos membros inferiores, de doentes diabéticos espec ia lmen te após a r ea l i zação de desbridamento e revascularização se indicada, possibilitando o encerramento das feridas por segunda intenção ou preparando-as de forma a receberem enxertos de pele. Desta forma é encurtado o tempo de internamento e são reduzidos os custos inerentes ao tratamento.

Em relação ao custo-benefício a TPN parece ser uma mais-valia, pois reduz a frequência da mudança de pensos, necessita de menos intervenção dos enfermeiros, diminuindo o desconforto dos doentes e o tempo de internamento. A TPN pode ser também utilizada em ambulatório com os novos aparelhos que existem, sendo estes mais pequenos, portáteis, fáceis de aplicar e não necessitam de corrente elétrica ou de estarem ligados ao sistema de aspiração central.

A eficácia que a TPN tem na promoção da cicatrização de feridas tem sido amplamente aceite pelos clínicos, no entanto, o número de estudos que demonstram a sua eficácia é pequeno e podemos ainda aprender muito mais sobre os seus mecanismos de ação.

Es ta rev i são ap resen ta a lgumas limitações, pois os estudos utilizados, não são uniformes quanto aos objetivos, tamanho da amostra, tipo de estudo e qualidade dos

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mesmos. Foram encontrados poucos estudos realizados por enfermeiros e em Po r t uga l , r e f e ren tes aos cu i dados e monitorização desta terapia, grande parte das publicações disponíveis são estudos de caso descritivos demonstrando a necessidade de estudos aleatórios com grupo de controlo para uma maior compreensão dos resultados e efeitos desta terapia.

O conjunto de evidências que existem é ainda pequeno e insuficiente para mostrar claramente o benefício da TPN quando comparado com a terapia convencional, a ausência de provas não prova no entanto a ausência de benefícios e a sua eficácia.

No futuro, teremos a informação que nos permita selecionar os parâmetros ideais para feridas específicas, incluindo o material de interface, a forma de aplicação e a quantidade de pressão a aplicar.

Como aspeto fundamental para a resolução desta problemática é muito importante continuar a incentivar e conduzir investigações e estudos sobre esta temática, de forma a identificar os melhores procedimentos de atuação e apostar na formação e educação dos profissionais de saúde.

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