sismos portugueses de meados do século xx (1921 - 1960)

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Sismos portugueses de meados do século XX (1921-1960) Ana Paula Silva Correia José Rodrigues Ribeiro Escola Secundária com 3º ciclo de Henrique Medina, Esposende Aceite para publicação em 6 de Junho de 2011.

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Page 1: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Sismos portuguesesde meados do século XX(1921-1960)

Ana Paula Silva CorreiaJosé Rodrigues Ribeiro

Escola Secundária com 3º ciclo de Henrique Medina, Esposende

Aceite para publicação em 6 de Junho de 2011.

Page 2: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

IntroduçãoEste material é a continuação de “Sismos portugueses do início do século XX (1901-1920)”. É notável a diminuição

verificada na frequência e na intensidade dos eventos sísmicos, quando se compara estas quatro décadas com as duas décadas do início do século, assinaladas pelo mortífero sismo de Benavente.

No entanto e em contrapartida, o período agora considerado ficou marcado pela ocorrência de um dos sismos de maior magnitude alguma vez registados nas vizinhanças do território português, o tremor de terra de magnitude 8,2 de 25-11-1941, assim como por um outro grande sismo (magnitude 7,1) ocorrido dez anos antes, igualmente com origem na mesma falha da Glória. Apenas o grande afastamento em relação à costa portuguesa impediu que destes dois sismos resultassem consequências graves.

Como novidade deste documento, releva a melhor caracterização de dois sismos, o de 28 de Setembro de 1927 (Mortágua) e o de 14 de Julho de 1957 (Serra da Padrela), ambos provavelmente gerados pela falha de Penacova-Régua-Verin.

Como no material anterior e embora sem um critério rígido, a selecção dos eventos sísmicos a considerar teve em conta factores como:

• a magnitude do sismo;• a intensidade atingida na zona epicentral;• a área macrosísmica abrangida.

Os sismos seleccionados foram ordenados cronologicamente e, para cada um, foi elaborada uma ficha contendo: • um resumo das suas principais características;• um mapa de isossistas (caso exista ou tenha sido possível elaborá-lo);• relatos da imprensa da época.

As intensidades máximas são expressas na escala Mercalli Modificada de 1956 e a hora das fichas é a hora legal portuguesa. Não foram incluídos sismos que apenas tenham sido sentidos nas ilhas dos Açores e da Madeira.

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SW Cabo de S. Vicente – Outubro 1922

Dia e Hora: 20 de Outubro de 1922, 20h22Epicentro: Oceano Atlântico, SW do Cabo de S. VicenteMagnitude: 5,2 [1]Intensidade máxima: IV-V (Sines)Área macrossísmica: Faixa costeira Ocidental e AlentejoVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

“A Capital”23 Outubro 1922

“O Século” 24-10-1922O abalo de terra O abalo de terra que se registou na noite de 20, também foi sentido em Sines, Benavente e Canas de Sabugosa, onde causou pânico entre os habitantes, mas sem que houvesse o menor prejuízo.

“O Minhoto” Valença 30-10-1922

Tremor de terraSentiu-se nesta vila no dia 20 do corrente, pelas 20 horas, um ligeiro abalo sísmico, com a direcção norte-sul.

“O Século” 21-10-1922Abalo de terraCerca das 20 horas e meia de ontem, sentiu-se em Lisboa um abalo sísmico, na direcção Norte-Sul, de curta duração, que não causou mais do que susto.

“O Século” 22-10-1922O abalo sísmico de anteontemSegundo esclarecimentos fornecidos no Observatório Meteorológico do Infante D. Luís, o centro do abalo sísmico sentido anteontem em Lisboa e que durou alguns segundos foi a 270 quilómetros da capital e registou-se às 20 horas e 22 minutos.Segundo nos comunicam os nossos correspondentes, o abalo sísmico anteontem registado em Lisboa também se fez sentir em Setúbal e Alhos Vedros.

“O Século” 27-10-1922O Século nas ProvínciasODEMIRA – Também se notou aqui o abalo de terra que se deu há dias, mas à maioria da população passou despercebido.

“O Alentejo” Évora25 Outubro 1922

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Benavente – Março 1924Dia e Hora: 2 de Março de 1924, 6h45Epicentro: BenaventeMagnitude: 5,0 [1]Intensidade máxima: V (Azambuja)Área macrossísmica: Ribatejo, Oeste, Grande Lisboa, Coimbra, BadajozVítimas: Não houveDanos materiais: Algumas fendas em paredes

“Gazeta de Coimbra”6 Março 1924

“O Comércio do Porto” 4-3-1924Março, 3Abalo de terra. A sua acção fez-se sentir em Lisboa e arredores com certa violência.Às 6 e 50 da manhã de ontem sentiu-se em Lisboa e arredores, um abalo de terra de certa violência, com a duração aproximada de 3 segundos.O fenómeno foi apercebido de pouca gente, visto grande parte da população ainda estar dormindo, não tendo dado por ele o maior número das pessoas que andavam na rua.Não houve desastres pessoais nem materiais.SACAVÉM, 2 – Às 6,55 da manhã, sentiu-se aqui um violento abalo sísmico, acompanhado de rugido subterrâneo. A sua duração foi de cinco a seis segundos. Apesar de ser ainda cedo, algumas pessoas saíram espavoridas para a rua.MERCEANA, 2 – Hoje, às 6 e 50 minutos da manhã, sentiu-se um forte tremor de terra, sem consequências.CASCAIS, 2 – Às 6 e 50 da madrugada, houve aqui, com ligeiro intervalo, dois abalos de terra de relativa violência, que causaram pânico em todas as pessoas que deram por eles.SALVATERRA DE MAGOS, 2 – Entre as 6 e três quartos e as sete, produziu-se, nesta vila, um forte abalo sísmico de longa duração, alarmando a população.PEDRÓGÃO GRANDE, 2 – Hoje, depois das 6 e 45 da manhã, sentiu-se um forte abalo de terra, com repetição, tendo durado alguns segundos.CHAMUSCA, 2 – Com curta duração, mas bastante violência, houve hoje, às 6 e 50 da manhã, um abalo de terra.SAMORA CORREIA, 2 – Às 6 e 50 da manhã, sentiu-se um forte abalo sísmico, com a duração de três segundos e precedido de rumor subterrâneo. Não teve consequências desastrosas, mas causou grande susto em toda a população.AZAMBUJA, 2 – Pelas 6 e 45, sentiu-se aqui um violento abalo de terra, que durou 2 segundos. O pânico em toda a vila foi grande, chegando a ouvir-se gritos aflitivos. Felizmente, não consta que tenha havido desastres. Apenas na estação do caminho de ferro se abriram fendas nas paredes.

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Albufeira – Outubro 1924Dia e Hora: 24 de Outubro de 1924, 18h29Epicentro: Algarve OcidentalMagnitude: 4,4 [1]Intensidade máxima: V (Albufeira e Marmelete) [2]Área macrossísmica: Algarve e Alentejo LitoralVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

In Raúl de Miranda“Tremores de terra em Portugal (1923-1930)” [2]

Foram alguns pontos do sul do país abalados por um pequeno tremor de terra cujo epicentro, segundo os dados do Instituto Geofísico da Universidade de Coimbra, deveria estar a 315 quilómetros desta cidade. As localidades abaladas, de que tivemos notícia, foram: no distrito de Beja, S. Luís; no de Setúbal, Sines; e no Algarve, Vila do Bispo, Albufeira, Marmelete e Faro.O abalo obteve o grau III, em S. Luís, Sines, Vila do Bispo e Faro, atingindo o grau V em Albufeira e Marmelete. Nesta última localidade produziu grande pânico na população e tanto nesta como em Vila do Bispo o tremor foi acompanhado de ruídos subterrâneos.O tremor de terra deve ter tido o seu epicentro nas proximidades de Albufeira, junto à costa, repercutindo-se mais intensamente ao longo duma possível linha de fractura que de oriente desta vila segue para NE, originando assim um aumento de intensidade ao abalo sentido em Marmelete.

A. Ribeiro, 2011 [7]

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Vale de Figueira – Julho 1925Dia e Hora: 7 de Julho de 1925, 18h28Epicentro: Vale de FigueiraMagnitude: 4,6 [3]Intensidade máxima: V (Vale de Figueira, Tomar, Chamusca, etc)Área macrossísmica: Ribatejo, Grande Lisboa, Oeste e áreas limítrofesVítimas: Não houveDanos materiais: Algumas fendas em paredes [2]

IGC [4]

“O Comércio do Porto” 8-7-1925DIÁRIO DE LISBOA, 7 de JulhoAbalos de terraA sua acção fez-se sentir em diferentes pontos do sul do paísÀs 6,30 da tarde sentiu-se em Lisboa um ligeiro abalo de terra, de curta duração.Por telegramas recebidos nesta cidade, sabe-se que esse abalo teve repercussão em Tomar, Almeirim, Torres Novas, Golegã e Seia.SEIA, 7 – Pelas 6 horas e meia da tarde de hoje, sentiu-se um pequeno abalo sísmico nesta vila, causando grande susto nas pessoas que o notaram.

“O Comércio do Porto” 9-7-1925Os abalos de terraComo dissemos, em vários pontos do sul do país, fizeram-se sentir anteontem de tarde abalos de terra. Há mais a acrescentar:SOURE, 7 – Pelas 6 horas e meia da tarde, sentiu-se aqui um forte abalo de terra, que durou uns 40 segundos.Não causou prejuízos, apenas susto.

Page 7: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Évora – Fevereiro 1926

Dia e Hora: 28 de Fevereiro de 1926, 22h12Epicentro: ÉvoraMagnitude: 5,6 [5]Intensidade máxima: VII (Évora)Área macrossísmica: Sul e Centro de Portugal e SW de EspanhaVítimas: Alguns feridos (pânico) [6]Danos materiais: Paredes e muros derrubados e muitos edifícios com fendas [2]

Rey Pastor, 1932 [4]

“Gazeta de Coimbra”2 Março 1926

“A Capital”1 Março 1926

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Lisboa – Dezembro 1926

Dia e Hora: 18 de Dezembro de 1926, 14h45Epicentro: Região de LisboaMagnitude: 4,8 [5]Intensidade máxima: VI (Lisboa, Odivelas, Loures)Área macrossísmica: Grande Lisboa, Ribatejo e OesteVítimas: Não houveDanos materiais: Fendas e queda de estuque em casas, ruína de chaminés, vidros de janelas partidos [2]NOTA: Agitação nas águas do Tejo.

IGC [4]

“O Democrata”Aveiro 25 Dezembro 1926

“Diário de Lisboa”20 Dezembro 1926

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Vendas Novas – Maio 1927Dia e Hora: 28 de Setembro de 1927, 2h42Epicentro: Próximo de Vendas NovasMagnitude: 4,2 [3]Intensidade máxima: V (Alcácer do Sal, Benavente, Mora, V. Novas) Área macrossísmica: Grande Lisboa, Sul do Ribatejo, distritos de Évora e SetúbalVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

“Diário de Notícias” 19-5-1927UM ABALO DE TERRASentiu-se ontem em Lisboa e em alguns pontos da provínciaOntem, pelas 2 e meia da manhã, sentiu-se em Lisboa e em alguns pontos da província um abalo de terra, de curta duração, que provocou bastante susto a todos os que o sentiram.No Observatório D. Luís, onde procurámos informes sobre o assunto, foi-nos respondido que, de facto, durante o dia e pelo telefone muita gente ali procurou informar-se sobre o acontecimento, mas só hoje é que, retirado o registo do respectivo aparelho, se poderá saber ao certo a hora precisa e o tempo de duração do abalo.Seguem os telegramas que recebemos dos nossos correspondentes, dando conta do fenómeno:ALCÁCER DO SAL, 18 – Hoje, às 2 e meia da manhã, sentiu-se nesta localidade um forte abalo de terra que provocou muito susto, sem contudo causar qualquer desastre pessoal.MORA, 18 – Sentiu-se esta noite, cerca das duas horas e meia, um violento abalo sísmico que, segundos depois, se repetiu com menor violência. Não há desastres pessoais.VENDAS NOVAS, 18 – Pelas 2,35 da madrugada, sentiu-se aqui um violento tremor de terra, embora de curta duração.

“Gazeta de Coimbra”19 MaIo 1927

Page 10: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Mortágua – Setembro 1927Dia e Hora: 28 de Setembro de 1927, 15h29Epicentro: Próximo de Mortágua [7]Magnitude: 4,3 [7]Intensidade máxima: V (Mortágua, Benfeita, S.ta Comba Dão)Área macrossísmica: Distritos de Aveiro, Coimbra e ViseuVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

“O Século” 29-9-1927Um abalo de terra de curta duração, fez-se sentir em várias povoações da Beira AltaSANTA COMBA DÃO, 28 – T. – Às 15,35 sentiu-se, nesta vila, um violento tremor de terra, na direcção noroeste-sudoeste, tendo a duração de cinco segundos. O sismo, felizmente, não causou prejuízos pessoais nem materiais, mas a sua violência, acompanhada dum forte ruído subterrâneo, assustou muita gente.S. PEDRO DE ALVA, 28 – T. – Às 15,32 sentiu-se um violento abalo de terra, que teve a duração, calculada, de cinco segundos. A população ficou, momentaneamente, alarmada, tranquilizando-se depois por não ter havido desastre algum.PORTO, 28 – T. – Em Vila Nova de Gaia e no lugar de Carvalhos sentiu-se um violento abalo sísmico, tendo sido grande o pânico.

A. Ribeiro, 2011 [7]

“O Democrata”Aveiro 1 Outubro 1927

“A Beira Desportiva” Tondela 1-10-1927

Na última quarta-feira, pelas 15h40, sentiu-se nesta vila, um pequeno abalo de terra de curta duração.

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SW Cabo de S. Vicente – Novembro 1927

Dia e Hora: 8 de Novembro de 1927, 4h02Epicentro: Oceano Atlântico, SW do Cabo de S. VicenteMagnitude: 4,2 [3]Intensidade máxima: V (São Luís)Área macrossísmica: Litoral do Continente, entre Lisboa e o AlgarveVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

“O Século” 10-11-1927O abalo de terraLABRUGEIRA, 8 – C. – Pelas 4 horas, sentiu-se um pequeno abalo de terra.PORTIMÃO, 8 – C. – A noite passada, pelas 4 horas, sentiu-se nesta cidade um abalo de terra, de curta duração.

“O Século” 11-11-1927O abalo de terraS. LUÍS (ODEMIRA), 8 – C. – Hoje, pelas 4 horas, sentiu-se um forte abalo de terra, acompanhado por um ruído subterrâneo, tendo acordado muitas pessoas que estavam dormindo. Foi grande o pânico.SINES, 8 – C. – A noite passada sentiu-se um abalo de terra.

“Diário de Notícias” 8-11-1927Um abalo de terraOntem, de madrugada, sentiu-se em Lisboa e noutras terras um abalo de terra que poucas pessoas notaram, pelo que não causou pânico. Os gráficos do Observatório D. Luís registaram o início do abalo às 4 h. 2 m. e 55 s. e o máximo de intensidade às 4 h., 3 m. e 30 s.SETÚBAL, 8 - Cerca das 3 horas da manhã, sentiu-se distintamente um abalo de terra que causou, apesar da hora adiantada, bastante pânico entre a população.

Page 12: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Évora – Fevereiro 1928Dia e Hora: 8 de Fevereiro de 1928, 1h40Epicentro: ÉvoraMagnitude: 4,4 [1]Intensidade máxima: V (Estremoz, Évora, Mora, Reguengos, etc.)Área macrossísmica: AlentejoVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

IGC [4]

“O Século” 9-2-1928Um tremor de terra foi ontem registado em Lisboa, com o epicentro a 150 quilómetrosNo Observatório Central Meteorológico foi ontem registado, pelo sismógrafo, um abalo de terra de curta duração, o qual se deu exactamente à 1 hora, 45 minutos e 30 segundos, tendo sido muito rápido e pouco violento, de tal modo que, em Lisboa, ninguém o sentiu.Apenas o sismógrafo do Observatório do Infante D. Luís o registou, como dissemos, localizando-se o epicentro a 150 quilómetros de distância.Em Alvito e Mora, sentiram-se os costumados ruídos subterrâneosALVITO, 8 – C. – À 1,30, sentiu-se aqui um violento tremor de terra, que durou 2 ou 3 segundos, sendo acompanhado por um enorme ruído subterrâneo. Não consta que haja qualquer prejuízo.MORA, 8 – T. – À 1,35 sentiu-se nesta vila um violento tremor de terra, acompanhado dum pavoroso ruído subterrâneo. Não houve desastres.Em Redondo, o fenómeno causou grande pânicoREDONDO, 8 – T. – À 1,50 de hoje foi esta vila alarmada por um violento tremor de terra, que causou um enorme pânico. Apesar da hora adiantada da noite, muita gente se levantou e saiu para as ruas, suplicando a intervenção divina. Não há desastre algum a registar.Noutros pontos foi, também, sentido o abalo de terraAZARUJA, 8 – T. – À 1,40 sentiu-se, aqui, um grande abalo de terra.REGUENGOS, 8 – T. – Registou-se, nesta vila, um grande tremor de terra à 1,45 de hoje. O abalo foi dos maiores que aqui se têm sentido.ESTREMOZ, 8 – T. – Às duas horas de hoje, sentiu-se, nesta cidade, um forte abalo de terra, de curta duração. O fenómeno repetiu-se às 5 horas, com menos intensidade.

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Sul de Lagoa – Fevereiro 1930Dia e Hora: 10 de Fevereiro de 1930, 8h04Epicentro: Oceano Atlântico, a sul de LagoaMagnitude: 5,0 [1]Intensidade máxima: VI (Estói)Área macrossísmica: Costa Ocidental a sul de Lisboa, Algarve e HuelvaVítimas: Não houveDanos materiais: Fendas nas paredes de casas

“O Comércio do Porto” 12-2-1930A província em focoV. R. S. António, 11 – Ontem, às 7,55 e em sentido de Norte a Sul, sentiu-se aqui um abalo de terra de violência relativa e com a duração de 4 a 5 segundos.Faro, 11 – Ontem, poucos minutos depois das 8 horas sentiu-se, nesta cidade, um tremor de terra de grande intensidade e de curta duração. Albufeira, 10 – Hoje, às 8 e 5 minutos, sentiu-se, aqui, um abalo de terra, acompanhado de ruído subterrâneo.Tavira, 11 – Às 8 horas e 10 minutos de ontem sentiu-se nesta cidade um abalo sísmico de curta duração. Não houve desastres.Portimão, 11 – Às 8 horas e 5 minutos sentiu-se ontem nesta cidade um abalo sísmico que alarmou parte da população. Alvalade, 11 – Precedido de um ruído subterrâneo sentiu-se, ontem aqui, pelas 8horas e 10 minutos, um tremor de terra. Silves, 11 – Ontem, pelas 8 horas, sentiram-se nesta cidade, dois abalos de terra, com dois segundos de intervalo um do outro. O primeiro foi muito forte, não se tendo registado contudo quaisquer desastres. Foi grande o pânico de toda a população.V. N. de Milfontes, 10 – Às 8 horas e 5 minutos sentiu-se ontem aqui um abalo de terra.

“La Provincia”Huelva

10 Fevereiro 1930

“Diário de Lisboa”10 Fevereiro 1930

Page 14: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Falha da Glória – Maio 1931Dia e Hora: 20 de Maio de 1931, 3h24Epicentro: Oceano Atlântico, falha da GlóriaMagnitude: 7,1 [1]Intensidade máxima: V-VI (Ponte de Lima, Nazaré, Cascais, etc)Área macrossísmica: Portugal Continental, Madeira, Galiza, SW de Espanha, costa de Marrocos Vítimas: Alguns desmaios e feridos ligeiros (pânico)Danos materiais: Fendas nas paredes, louça e vidros partidos

“Ala Esquerda”Beja 21 Maio 1931

“A República”Vila do Conde 23 Maio 1931

“Ecos de Cacia”

23 Maio 1931 A. Ribeiro, 2011 [7]

Page 15: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Vale do Lima – Junho 1931Dia e Hora: 9 de Junho de 1931, 9h37Epicentro: Vale do LimaMagnitude: 4,2 [7]Intensidade máxima: V (Viana do Castelo, Lanheses, Correlhã)[7]Área macrossísmica: Distritos de Viana do Castelo e de BragaVítimas: Um ferido ligeiro Danos materiais: Fendas em paredes, queda de caliça de tectos

“ Diário do Minho”Braga 10 Junho 1931

“O Primeiro de Janeiro” 11-6-1931NOVO TREMOR DE TERRALANHESES, 9 – Os sismos e microssismos começados por 9 horas de hoje e repetidos várias vezes com pequeno intervalo de tempo, fizeram sair das habitações os seus moradores, atónitos. Quase toda a gente nesta localidade se acha impressionada e enervada com os tremores de terra. O ruído vindo do lado norte como se fosse explosão de dinamite indica que o epicentro não estará longe - C.

“ A Aurora do Lima”Viana do Castelo

13 Junho 1931

A. Ribeiro, 2011 [7]

Page 16: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Mar de Alboran – Fevereiro 1932Dia e Hora: 5 de Fevereiro de 1932, 5h13Epicentro: Mar de AlboranMagnitude: 4,6 [8]Intensidade máxima: IV/V (Sevilha)Área macrossísmica: Andaluzia, Norte de Marrocos, Centro e Sul de PortugalVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

“O Século” 6-2-1932Em Lisboa e noutros pontos do País foi sentido, ontem, de manhã, um abalo de terraOntem, no Observatório Central Meteorológico, foi registado um abalo de terra, que teve o seu início às 5 horas, 13 minutos e 52 segundos e que durou 5 minutos e 24 segundos. A distância do epicentro deve ter sido inferior a 500 quilómetros.COIMBRA, 5 – T. – No Instituto Geofísico desta cidade foi registado, hoje, às 5 horas, 14 minutos e 2 segundos, um abalo sísmico cujo epicentro devia ter sido a 500 ou 520 quilómetros de distância.LEIRIA, 5 – T. – Hoje, às 5 horas e 13, sentiu-se, nesta cidade, três abalos de terra, com pouco segundos de intervalo. O fenómeno causou pânico às pessoas que aquela hora estavam acordadas.O abalo sísmico foi também sentido fortemente em Olhão e Mora, cerca das 5 horas, tendo pouca duração; em Cercal do Alentejo, às 5 e 10, na direcção este-oeste, e em Loulé, às 5 horas, seguindo-se uma violenta trovoada.

“O Comércio do Porto” 7-2-1932Os abalos de terraMondim de Basto, 5 – Sentiu-se nesta vila, às 5 horas, um abalo sísmico, de pouca duração, não sendo possível precisar-lhe a direcção. – C.Serra (Tomar), 5 – Pelas 4 horas da manhã, sentiu-se aqui um tremor de terra. Não houve, felizmente, desastres pessoais nem materiais a lamentar. – C.

“O Século” 7-2-1932O abalo de terra e um aerólitoO abalo de terra de anteontem foi também sentido nas seguintes localidades: em Castro Marim, Santo Estevão (Tavira) e Serra (Tomar); em Vila Real de Santo António, às 5 e 15; em Estói e em Tavira, onde o fenómeno foi sentido duas vezes. Nesta cidade, viram-se no céu, dois traços de fogo e, pouco depois, um grande clarão, ao qual se seguiu um forte estampido, supondo-se ser um aerólito. Depois deste fenómeno, ouviram-se trovões e começou a chuva.

“Diário de Lisboa”5 Fevereiro 1932

Page 17: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

SW Cabo de S. Vicente – Novembro 1934

Dia e Hora: 12 de Novembro de 1934, 8h32Epicentro: Oceano Atlântico, SW do Cabo de S. VicenteMagnitude: 4,0 [6]Intensidade máxima: IV-V (Portimão)Área macrossísmica: Sul do paísVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

“Diário de Lisboa”12 Novembro 1934

“O Comércio do Porto” 13-11-1934Abalo de terraO sismógrafo do Observatório da Serra do Pilar registou ontem um abalo sísmico, às 8 horas, 32 minutos de 59 segundos, de pouca duração, com epicentro provável a uma distância inferior a 1000 quilómetros.COIMBRA, 12 – No Instituto Geofísico foi hoje registado um tremor de terra, às 8 horas, 32 minutos e 4 segundos, a uma distância provável de 322 quilómetros do epicentro. Este tremor de terra devia ter-se sentido em Lisboa.Violento abalo de terraEsta manhã, a população de Lisboa foi fortemente sacudida por um violento tremor de terra.Os prédios abanaram, os pequenos objectos balouçaram e durante alguns segundos o pânico apoderou-se de todos os que se aperceberam do sismo. Facilmente se notou a existência de um abalo, felizmente sem outras consequências que o susto.O Observatório Central Meteorológico da Faculdade de Ciências registou o fenómeno às 8 horas, 32 minutos e 26 segundos, com a duração de cerca de 5 minutos e 25 segundos.A distância do epicentro era de 220 quilómetros, parecendo que em direcção sul, Alentejo e Algarve.Em Portimão, às 8 e 33, sentiu-se um forte abalo de terra na cidade e arredores.Em outras localidades, o sismo foi também registado, não tendo havido prejuízos materiais ou desastres pessoais.

Page 18: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Banco da Galiza – Junho 1936Dia e Hora: 20 de Junho de 1936, 15h03Epicentro: Oceano Atlântico, Banco da GalizaMagnitude: 5,6 [1]Intensidade máxima: VI (Valença, Vigo)Área macrossísmica: Costa galega, Minho e distrito de Porto [9] Vítimas: Não houveDanos materiais: Não houveNOTA: Formou-se um pequeno tsunami, observado em Vigo e no Porto [10].

“Jornal de Notícias”21 Junho 1936

“O Comércio de Guimarães”25 Junho 1936

“O Primeiro de Janeiro”21 Junho 1936

Page 19: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Quarteira – Julho 1941

Dia e Hora: 10 de Julho de 1941, 5h57Epicentro: Próximo de QuarteiraMagnitude: 4,3 [6]Intensidade máxima: V (Quarteira)Área macrossísmica: AlgarveVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

“Diário de Lisboa” 11 Julho 1941

In Anais do Obs. Central Meteor. do Infante D. Luiz“Observações sismológicas – Ano de 1941” [11]

Faro: Às 4h57 (T.M.G.) sentiram-se dois abalos consecutivos acompanhados de grande ruído subterrâneo.Portimão: Às 7 h (T.M.G.) sentiu-se um abalo de curta duração que causou susto entre os habitantes.Olhão: Abalo cerca das 5 h (T.M.G.) que não causou prejuízos mas assustou os habitantes; nalgumas localidades estes vieram para a rua.Quarteira: Abalo de terra cerca das 5 h (T.M.G.) acompanhado dum grande estrondo; muita gente veio para a rua. O fenómeno repetiu-se vinte minutos mais tarde, embora menos violentamente.Lagoa: Abalos de terra às mesmas horas , sendo o primeiro mais forte do que o segundo.Armação de Pera: Os abalos registaram-se com o intervalo de 1 minuto.Lagos: O fenómeno foi de curta duração mas fez-se sentir com violência.Portimão e localidades limítrofes: O sismo teve pequena duração. (Imprensa)O sismo foi registado em Lisboa.

Page 20: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Falha da Glória – Novembro 1941Dia e Hora: 25 de Novembro de 1941, 18h04Epicentro: Oceano Atlântico, Falha da GlóriaMagnitude: 8,2 [10]Intensidade máxima: VI (Madeira)Área macrossísmica: Oeste da Península Ibérica, litoral de Marrocos, Madeira e AçoresVítimas: Alguns feridos, na maioria ligeiros, devido ao pânico e à queda de objectosDanos materiais: Derrube de chaminés, vidros e louça partidosNOTA: Formou-se um tsunami

F. Machado, 1970 [12] “Correio do Minho”Braga 26 Novembro 1941

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SW Cabo de S. Vicente – Dezembro 1941Dia e Hora: 27 de Dezembro de 1941, 18h18Epicentro: Oceano Atlântico, SW do Cabo de S. VicenteMagnitude: 5,5 [3]Intensidade máxima: IV/V (Beja, Santiago do Cacém)Área macrossísmica: Oeste, Grande Lisboa, Baixo Alentejo, Algarve e Marrocos [11, 13]Vítimas: Não houveDanos materiais: Fendas em alguns prédios.

“Hoja del Lunes”Corunha 29 Dezembro 1941

In Anais do Obs. Central Meteor. do Infante D. Luiz“Observações sismológicas – Ano de 1941” [11]

Faro: Tremor de terra às 18h18m, sentido por algumas das pessoas que se encontravam em casa e por algumas das que se encontravam ao ar livre. Foi um abalo único, com certa de 60 segundos de duração, semelhante a uma ondulação um tanto lenta de S para N e acompanhado por um ruído muito fraco e surdo, quase imperceptível, vindo do Sul. Os madeiramentos rangeram fracamente. As portas e janelas trepidaram um pouco mais fortemente do que quando o comboio passa diante da casa.Beja: Tremor de terra acompanhado de ruído subterrâneo. (Imprensa)Santiago de Cacém: Tremor de terra. Algumas pessoas abandonaram as suas casas. (Imprensa)Tremor de terra às 18h18, constituído por um único abalo com a duração de 10 a 12 segundos. Foi sentido por todos quantos se encontravam em casa, os quais se aperceberam imediatamente tratar-se dum sismo e também por algumas pessoas que estavam na rua. Pareceu ser um movimento de lado, talvez com a direcção N.S. Os madeiramentos rangeram um pouco.

T. Cherkaoui, 1988 [13]

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Espinho – Abril 1942Dia e Hora: 27 de Abril de 1942, 6h32 Epicentro: Próximo de EspinhoMagnitude: 4,0 [1]Intensidade máxima: V (Espinho)Área macrossísmica: Distrito do Porto e norte do distrito de AveiroVítimas: Não houveDanos materiais: Louça partida

“Correio do Minho” Braga 28-4-1942No Porto houve ontem um abalo de terraPORTO, 27 – (Pelo telefone) – Esta manhã, cerca das 6 horas, os sismógrafos registaram um abalo de terra, mais forte no sentido vertical, e cujo epicentro deve estar colocado a cerca de 25 quilómetros. O abalo foi classificado no grau 4º da escala “Mercalli”. Dada a hora matutina, o fenómeno passou despercebido, sentindo-se forte ventania, que passou por um ciclone ligeiro.FAMALICÃO, 27 – Às 5 horas da manhã de hoje sentiu-se nesta vila um forte abalo de terra, que não causou, felizmente, prejuízos materiais ou vítimas.“O Democrata”

Aveiro 2 Maio 1942

“O Comércio de Penafiel” 2-5-1942

Abalo de terraPouco depois das 6 horas de segunda-feira, sentiu-se nesta cidade um forte abalo de terra, felizmente sem consequências além do susto.

“O Comércio do Porto” 28-4-1942Foi registado, ontem, um abalo de terra com a duração de 30 segundosNo nosso País sentiu-se, ontem, um abalo de terra, que foi registado às 6 horas, 32 minutos e 25 segundos, pelo sismógrafo da Serra do Pilar.Foi em direcção vertical e com a duração de 30 segundos. A distância epicentral deve ter sido a cerca de 25 quilómetros.O fenómeno foi sentido nesta cidade, especialmente na parte alta.Também nos arredores e em algumas terras distantes se sentiu o tremor de terra, conforme nos informaram os nossos correspondentes em Ermesinde, Serzedo, Perosinho, Freamunde, Vila de Paredes, Melres, Espinho e Vila da Feira.

Page 23: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Minho – Junho 1943Dia e Hora: 22 de Junho de 1943, 21h32Epicentro:Magnitude: 4,4 [1]Intensidade máxima: V (Esposende, Viana do Castelo)Área macrossísmica: Distritos de Braga e Viana do CasteloVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

“Cardeal Saraiva” Ponte de Lima26 Junho 1943

“O Comércio do Porto” 23-6-1943Tremor de terraOntem, pouco depois das 21 horas e meia, sentiu-se nesta cidade um leve tremor de terra de curta duração que não causou, felizmente, prejuízos. O abalo, porém, não se sentiu apenas no Porto, como se pode verificar por algumas informações dos nossos correspondentes, mas também em outras localidades e mais sensivelmente.Em Viana do CasteloVIANA DO CASTELO, 22 (Pelo telefone) – Às 21 horas e 36 minutos, sentiu-se nesta cidade um forte abalo de terra, que durou alguns segundos e embora não tenha causado danos, provocou alarme entre a população, principalmente nos bairros piscatórios e na Bandeira, cujos moradores saíram para a rua – C.Em VizelaVIZELA, 22 (Pelo telefone) – Às 21 horas e 37 minutos foi sentido um forte tremor de terra que durou cerca de 12 segundos. Não consta que haja nada de grave – C.No Castelo da MaiaCASTELO DA MAIA, 22 (Pelo telefone) – Por volta das 21 horas e 34 minutos sentiu-se um forte abalo de terra, acompanhado dum ruído subterrâneo – C.Em BragaBRAGA, 22 (Pelo telefone) – Às 21 e 45, sentiu-se nesta cidade um abalo de terra de curta duração. O abalo foi sentido unicamente pelas pessoas que estavam dentro de casa – C.

“Diário de Notícias” 24-6-1943ABALO DE TERRAEm Viana do CasteloVILA NOVA DE CERVEIRA, 23 – Ontem, às 23 horas, sentiu-se um forte tremor de terra que causou pânico. Não houve quaisquer desastres.AFIFE, 23 – Cerca das 21,30, um forte abalo de terra, de pouca duração, sentiu-se nesta localidade, tendo causado alarme na população.

“O Cávado” Esposende 27-6-1943Tremor de terraTerça-feira, por volta das 9,30, foi sentido nesta vila, com curta duração, um violento abalo sísmico, que causou pânico entre a população, que chegou a sair para a rua espavorida.Não teve consequências de maior, limitando-se os seus efeitos apenas ao susto.Notícias de Forjães 26 de JunhoAbalo sísmicoNa passada terça-feira, pelas 21,30 horas, sentiu-se aqui um forte tremor de terra, o qual causou pânico nos habitantes desta localidade.

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Santa Susana, Redondo – Julho 1944Dia e Hora: 29 de Julho de 1944, 1h17Epicentro: RedondoMagnitude: 4,3 [6]Intensidade máxima: V (Sta. Susana - Redondo)Área macrossísmica: Distrito de ÉvoraVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

LNEC, 1986 [6]

In Anais do Obs. Central Meteor. do Infante D. Luiz“Observações sismológicas – Ano de 1944” [11]

Santa Susana (Redondo): O abalo fez com que dois leitos que estavam juntos no mesmo quarto se tocassem um no outro.Redondo: Abalo de terra às 0h15m (T.M.G.), que acordou o declarante e sua esposa. Foi um ligeiro movimento oscilatório, acompanhado dum grande ruído semelhante ao dum camião monstro que se deslocasse no sentido noroeste-sueste. Não houve estragos.Évora: Ligeira trepidação do solo, de pequena duração. Foi denunciada pelo sismoscópio da Estação Meteorológica às 0h17m (T.M.G.). Sentiu-se na rua.S. Manços (Évora): Tremor de terra às 0h15m (T.M.G.), que acordou o declarante e três pessoas de sua família e foi sentido por pastores e guardas de vinhas, no campo. Houve pouco pânico. Foram três fenómenos, dois deles espaçados de poucos segundos e o terceiro 15m depois; o primeiro e o terceiro foram simplesmente ruídos, enquanto que o segundo foi um choque dirigido de baixo para cima. Não houve desastres materiais.Montemor-o-Novo: Tremor de terra às 0h45m (T.M.G.), constituído por um único abalo, análogo a uma trepidação. Precedido e acompanhado de barulho subterrâneo. Os madeiramentos rangeram.

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W de Lisboa – Outubro 1947Dia e Hora: 2 de Outubro de 1947, 21h35Epicentro: Oceano Atlântico, W de LisboaMagnitude: 5,1 [1]Intensidade máxima: IV/V (Lisboa, Sintra, Cascais, Montijo, Almada)Área macrossísmica: Grande Lisboa, Oeste, Ribatejo, Alentejo e localidades fronteiriças espanholasVítimas: Uma morte em Lisboa (ataque cardíaco) e 5 feridos (pânico)Danos materiais: Vidros e louças partidos, fendas nas paredes

“Diário de Lisboa” 3 Outubro 1947SMN, 1955 [14]

Page 26: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Condeixa – Agosto 1948Dia e Hora: 13 de Agosto de 1948, 00h03 (12 de Agosto, Tempo Universal)Epicentro: CondeixaMagnitude: 5,0 [5]Intensidade máxima: VI (Condeixa)Área macrossísmica: Distritos de Coimbra, Aveiro, Viseu, Porto e áreas limítrofesVítimas: Não houveDanos materiais: Fendas nas paredes de algumas casas

“O Democrata”Aveiro 14 Agosto 1948

“Ecos de Cacia” 21 Agosto 1948“Diário de Lisboa” 13 Agosto 1948 SMN, 1955 [14]

Page 27: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Minho – Novembro 1948Dia e Hora: 18 de Novembro de 1948, 3h35Epicentro: Nas proximidades de BarcelosMagnitude: 5,0 [5]Intensidade máxima: V (Viana do Castelo)Área macrossísmica: Metade norte de Portugal e sul da GalizaVítimas: Um morto (ataque cardíaco) em Alijó [15]Danos materiais: Ligeiros estragos em edifícios, louça e vidros partidos

“Diário de Lisboa”18 Novembro 1948

“O Cávado”Esposende

21 Novembro 1948 SMN, 1955 [14]

Page 28: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Mondim de Basto – Julho 1952Dia e Hora: 29 de Julho de 1952, 7h08Epicentro: Mondim de BastoMagnitude: 4,2 [6]Intensidade máxima: V (Atei, Celorico de Basto, Mondim de Basto)Área macrossísmica: Norte do paísVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

“O Comércio do Porto” 30-7-1952CAUSOU ALARME NAS RESPECTIVAS POPULAÇÕES UM TREMOR DE TERRA QUE ONTEM SE FEZ SENTIR EM VÁRIAS LOCALIDADES DO NORTE DO PAÍSVILA REAL, 29 – Hoje, às 7 horas e 9 minutos a nossa região foi sacudida por um curto mas violento tremor de terra, que originou algum pânico em algumas casas, tendo os seus moradores fugido para as ruas e quintais.Os prejuízos registados em algumas casas limitam-se ao deslocamento de louças e peças de mobiliário, não havendo desastres pessoais a lamentar. O posto meteorológico do Liceu não registou o fenómeno. – C.Em Moncorvo também se sentiu o tremor de terraMONCORVO, 29 – Esta vila foi hoje sacudida por um violento tremor de terra. Principiou o sismo às 7 horas e 7 minutos (hora solar) com a duração de dois segundos. – C.Em Alijó a população assustou-se como o tremor de terra que abalou a vilaALIJÓ, 29 – Violento tremor de terra abalou esta vila às 7 horas de hoje, causando pânico entre a população. – C.O sismo foi registado no Observatório da Serra do PilarO sismógrafo do Observatório Meteorológico da Serra do Pilar registou ontem às 7 horas, 7 minutos, 40 segundos e 2 décimos – hora de Verão – um abalo de terra cujo epicentro foi assinalado a cerca de 70 quilómetros de distância. O abalo, de fraca intensidade, chegou, todavia, a deslocar, embora ligeiramente, as agulhas registadoras dos aparelhos e foi sentido no Porto e seus arredores, causando certo alarme, pelo que várias pessoas se dirigiram, telefonicamente, àquele observatório, solicitando informações.

J. C. Baptista, 1998 [16]

“Diário de Lisboa”29 Julho 1952

Page 29: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

SW do Cabo de S. Vicente – Agosto 1956Dia e Hora: 16 de Agosto de 1956, 3h10Epicentro: SE do Cabo de S. VicenteMagnitude: 5,0 [3]Intensidade máxima: VI (Aljezur)Área macrossísmica: Alentejo, Algarve, Grande Lisboa, HuelvaVítimas: Não houveDanos materiais: Alguns danos em paredes e muros

IGC [4]

“Diário de Lisboa”16 Agosto 1956

“ABC”17 Agosto 1956

Page 30: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Serra da Padrela – Julho 1957Dia e Hora: 14 de Julho de 1957, 7h41Epicentro: Serra da Padrela [7]Magnitude: 4,3 [7]Intensidade máxima: V (Boticas, Valpaços)Área macrossísmica: Norte do distrito de Vila RealVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

“O Comércio do Porto” 15-7-1957AS PROVÍNCIAS DIA A DIAFoi sentido, na manhã de ontem, violentíssimo abalo de terra na região de ValpaçosVALPAÇOS, 14 – Hoje, pelas 7,42, foi esta vila sacudida por violento tremor de terra. O sismo foi de curta duração, mas causou grande pânico nos habitantes.

“Diário de Notícias” 15-7-1957ABALO DE TERRA EM BOTICASPORTO, 14 – Às 7,35 foi sentido, na vila de Boticas, um tremor de terra de certa violência, que causou pânico entre a população. Muita gente saiu para a rua espavorida, julgando que as casas iam desabar. No entanto, o abalo não causou qualquer prejuízo, nem se registaram desastres pessoais.O abalo de terra foi registado no Observatório da Serra do Pilar, às 7.41, localizando-se o epicentro a 135 quilómetros a norte do Porto.

“Notícias de Chaves” 20-7-1957Um tremor de terraPor volta das 8 horas do passado domingo, registou-se nesta cidade um violento abalo sísmico de curta duração, que, embora, felizmente, não tenha causado prejuízos, assustou numerosas pessoas.

A. Ribeiro, 2011 [7]

Page 31: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Golfo de Cádis – Julho 1957Dia e Hora: 15 de Julho de 1957, 10h36Epicentro: Golfo de CádisMagnitude: 4,8 [3]Intensidade máxima: IV (Faro, Olhão, Tavira, Aiamonte)Área macrossísmica: Leste do Algarve e província de Huelva (Espanha)Vítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

“O Comércio do Porto” 16-7-1957

Abalo de terra em EspanhaAYAMONTE, 15 – Às 11 e 20 de hoje sentiu-se aqui um abalo de terra, acompanhado de ruídos subterrâneos, com a duração de 3 segundos e fazendo tremer alicerces de edifícios e oscilar objectos, o que causou o pânico da população – EFE.AS PROVÍNCIAS DIA A DIAEm FARO e OLHÃO foi sentido um tremor de terra que causou certo alarmeOLHÃO, 15 – Hoje, pelas 10 horas e 55, sentiu-se em Olhão e Faro um tremor de terra, com mais duração nesta última cidade, onde muita gente se assustou, em virtude do suposto boato que corre por toda a parte, de acontecimentos inesperados para amanhã, que no “Diário de Lisboa” se faz eco.

IGC [4]“Diário de Lisboa” 16 Julho 1957

Page 32: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Alvito – Janeiro 1958

Dia e Hora: 7 de Janeiro de 1958, 14h35Epicentro: AlvitoMagnitude: 4,6 [3]Intensidade máxima: V (Alvito)Área macrossísmica: Distritos de Beja e ÉvoraVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

“Diário de Lisboa” 7 Janeiro 1958

“Diário de Lisboa” 8 Janeiro 1958 SMN, 1959 [4]

Page 33: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Celeirós – Maio 1960Dia e Hora: 3 de Maio de 1960, 23h57Epicentro: CeleirósMagnitude: 4,4 [1]Intensidade máxima: V (Celeirós, Leitões)Área macrossísmica: Distrito de Braga e parte do distrito do PortoVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

“O Comércio do Porto” 4-5-1960SENTIU-SE UM FORTE ABALO DE TERRA NESTA CIDADE E EM ALGUNS CONCELHOS DO NORTEEmbora não em toda a cidade, pelo menos próximo da zona marítima, sentiu-se hoje, cerca da meia-noite, um forte abalo de terra cuja duração foi aproximadamente de cinco segundos. Sem qualquer informação oficial sobre o sismo, pois, a despeito de procurarmos junto dos serviços oficiais que acompanham estes fenómenos, àquela hora estavam encerrados, foram os nossos amáveis e solícitos leitores e correspondentes que nos deram notícias do abalo de terra.Assim, em algumas das zonas residenciais próximas da Foz do Douro – pois no centro da cidade não foi assinalado o fenómeno – sentiu-se fortemente o abalo de terra, precedido dum estranho ruído subterrâneo. Uma senhora residente na Avenida Marechal Gomes da Costa, em comunicação telefónica para o nosso jornal, revelou-nos que sentiu ranger os móveis e tremer o quarto onde há pouco recolhera. Ouviu, ainda, um ruído semelhante ao do trovão.Outros leitores nossos comunicaram, também, terem sentido o abalo de terra, procurando saber de nós uma informação tranquilizadora que, infelizmente, não podemos fornecer por, como acima dissemos, não funcionarem àquela hora os serviços oficiais de observação meteorológica e sismográfica. FAMALICÃO, 3 – Próximo da meia-noite, esta vila foi sacudida por violento tremor de terra, que, aliás, foi de curta duração. Grande parte da população, que dormia nessa altura, saiu para as ruas, assustada. Embora as casas tremessem fortemente, não há notícias de quaisquer estragos.BRAGA, 3 – Precedido de um ruído subterrâneo, verificou-se aqui, perto da meia-noite, um abalo de terra.Vendo baloiçar as louças nas prateleiras e as casas a abanarem, as pessoas mais assustadiças vieram para a rua. Nos cafés e casas de espectáculos sentiu-se, também, o sismo, que não deixou de causar certa inquietação.SANTO TIRSO, 3 – Sentiu-se, nesta vila, quase ao dar a meia-noite, um forte tremor de terra.As casas abanaram e, embora não tenha havido pânico, o sismo não deixou de impressionar muitas pessoas que estavam ainda a pé àquela hora.

SMN, 1961 [4]

Page 34: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Canhão da Nazaré – Maio 1960Dia e Hora: 7 de Maio de 1960, 12h04Epicentro: Oceano Atlântico, W da NazaréMagnitude: 4,0 [1]Intensidade máxima: V (Alcobaça, Maceira, Porto de Mós)Área macrossísmica: A maior parte do distrito de Leiria e vizinhançasVítimas: Não houveDanos materiais: Fendas em alguns edifícios

“Diário de Lisboa” 7 Maio 1960 SMN, 1961 [4]

Page 35: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Deão – Novembro 1960

Dia e Hora: 5 de Novembro de 1960, 16h18Epicentro: Cardielos-Deão (Viana do Castelo)Magnitude: 4,4 [1]Intensidade máxima: V (Cardielos, Deão e Meadela)Área macrossísmica: Distritos de Braga e de Viana do CasteloVítimas: Não houveDanos materiais: Não houve

SMN, 1961 [4]

“O Comércio do Porto” 6-11-1960AS PROVÍNCIAS DIA A DIANa região de Viana do Castelo foram sentidos dois pequenos abalos de terra mas sem consequências de maiorVIANA DO CASTELO, 5 – Pelas 16,10 horas de hoje, sentiram-se, nesta cidade e arredores, dois abalos de pequena duração, sendo o primeiro mais forte. Na freguesia da Areosa, alguns moradores fugiram de suas casas, assustados. Não se registaram, porém, felizmente, estragos nem vítimas.

“Diário do Minho” Braga 6-11-1960PELA CIDADEA TERRA TREMEU ONTEM EM BRAGAOntem, às 16,30 horas precisas sentiu-se nesta cidade e arredores um violento tremor de terra que chegou a causar pânico nas populações das freguesias rurais onde o sismo teve mais repercussão.O extraordinário fenómeno foi assinalado por dois grandes trovões, um a seguir ao outro com pequeno intervalo, e o solo estremeceu com violência.Felizmente, não há notícia de quaisquer desastres pessoais.

Page 36: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Principais sismos que atingiram Portugal Continental (1921-1960)

Dia Hora (TUC)

EpicentroIntensidade

máxima (MM1956) MagnitudeLatitude Longitude Local

1 20 Outubro 1922 20h22 37,00 N 10,00 W Atlântico, SW do Cabo de S. Vicente IV-V 5,2

2 2 Março 1924 6h45 38,90 N 8,80 W Benavente V 5,0

3 24 Outubro 1924 17h01 37,10 N 8,30 W Algarve Ocidental V 4,4

4 7 Julho 1925 18h28 39,50 N 8,70 W Vale de Figueira V 4,6

5 28 Fevereiro 1926 22h12 38,60 N 7,90 W Évora VII 5,6

6 18 Dezembro 1926 14h45 38,70 N 9,10 W Lisboa VI 4,8

7 18 Maio 1927 1h42 38,70 N 8,30 W Vendas Novas V 4,2

8 28 Setembro 1927 15h29 40,40 N 8,30 W Região de Mortágua V 4,3

9 8 Novembro 1927 4h02 37,40 N 9,10 W Atlântico, SW do Cabo de S. Vicente V 4,2

10 8 Fevereiro 1928 1h40 38,60 N 7,80 W Região de Évora V 4,4

11 10 Fevereiro 1930 8h04 37,00 N 8,50 W Atlântico, Sul de Lagoa VI 5,0

12 20 Maio 1931 2h24 37,50 N 16,00 W Atlântico, Falha da Glória V-VI 7,1

13 9 Junho 1931 8h37 41,70 N 8,60 W Vale do Lima V 4,2

14 5 Fevereiro 1932 5h13 35,60 N 4,50 W Mar de Alboran IV-V 4,6

15 12 Novembro 1934 8h32 37,00 N 10,00 W Atlântico, SW do Cabo de S. Vicente IV-V 4,0

16 20 Junho 1936 14h03 42,50 N 11,00 W Atlântico, Banco da Galiza VI 5,6

17 10 Julho 1941 4h57 38,10 N 8,00 W Quarteira V 4,3

Page 37: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

Principais sismos que atingiram Portugal Continental (1921-1960)

Dia Hora (TUC)

EpicentroIntensidade

máxima (MM1956)

MagnitudeLatitude Longitude Local

18 25 Novembro 1941 18h04 37,40 N 19,00 W Atlântico, Falha da Glória VI 8,2

19 27 Dezembro 1941 18h18 35,80 N 10,00 W Atlântico, SW do Cabo de S. Vicente IV-V 5,5

20 27 Abril 1942 4h32 41,00 N 8,60 W Espinho V 4,0

21 22 Junho 1943 19h32 41,30 N 8,40 W Minho V 4,3

22 29 Julho 1944 0h17 38,60 N 7,60 W Santa Susana (Redondo) V 4,3

23 2 Outubro 1947 20h35 38,50 N 9,90 W Atlântico, W de Lisboa IV-V 5,1

24 12 Agosto 1948 23h03 40,10 N 8,60 W Condeixa VI 5,2

25 18 Novembro 1948 3h35 41,50 N 8,50 W Minho V 5,0

26 29 Julho 1952 6h08 41,40 N 8,00 W Mondim de Basto V 4,2

27 16 Agosto 1956 2h10 36,60 N 8,60 W Atlântico, SW do Cabo de S. Vicente VI 5,0

28 14 Julho 1957 6h41 41,60 N 7,50 W Serra da Padrela V 4,3

29 15 Julho 1957 9h36 36,40 N 7,50 W Golfo de Cádis IV 4,8

30 7 Janeiro 1958 14h34 38,30 N 8,00 W Alvito V 4,6

31 3 Maio 1960 22h57 41,50 N 8,40 W Celeirós V 4,4

32 7 Maio 1960 11h04 39,40 N 9,10 W Atlântico, Canhão da Nazaré V 4,0

33 5 Novembro 1960 16h18 41,70 N 8,80 W Cardielos-Deão V 4,4

Page 38: Sismos portugueses de meados do século XX (1921 - 1960)

REFERÊNCIAS

• [1] Serviço Meteorológico Nacional (1976). Catálogo sísmico no período 1902-1975. Pub. em Dados de base sobre risco sísmico em Portugal, Relatório LNEC, Lisboa, Janeiro 1976.

• [2] Miranda, R. (1931). Tremores de terra em Portugal (1923-1930). Coimbra.• [3] Instituto Geográfico Nacional (s/data). Catálogo Sísmico Nacional. Madrid.• [4] Mezcua, J. (1982). Catálogo General de Isosistas de la Península Ibérica, Publ. 202, Instituto Geográfico Nacional,

Madrid.• [5] Senos, M. L., Ramalhete, D. e Taquelim, M. J. (1994). Estudo dos principais sismos que atingiram o território de

Portugal Continental. Monografia Nº 46, Instituto de Meteorologia e Geofísica, Lisboa.• [6] Laboratório Nacional de Engenharia Civil (1986). A sismicidade histórica e a revisão do catálogo sísmico. Relatório

LNEC, Lisboa.• [7] Correia, A. P. e Ribeiro, J. (2011). Resultados não publicados.• [8] Martins, I. e Mendes Víctor, L. A. (1990). Contribuição para o estudo da sismicidade de Portugal Continental.

Publicação Nº 18, Instituto Geofísico do Infante D. Luís, Lisboa.• [9] Correia, A. P. e Ribeiro, J. (2004). Contributo para o estudo dos sismos sentidos no Minho em 1932 e 1936.

Esposende.• [10] Moreira, V. S. (1991). Historical seismicity and seismotectonics of the area situated between the Iberian

Peninsula, Morocco, Selvagens and Azores Islands. Pub. em Mezcua, J. and Udías, A. (eds.), Seismicity, Seismotectonics and Seismic Risk of the Ibero-Maghrebian Region, 213-225, Monografia Num. 8, Instituto Geografico Nacional, Madrid.

• [11] Observatório Central Meteorológico do Infante D. Luís (1942-1947). Anais do OCMIDL, III Parte. Observações sismológicas. – Anos de 1941, 1942 e 1943, Lisboa.

• [12] Machado, F. (1970). Curso de sismologia, Ensaios, Estudos e Documentos Nº 125, Junta de Investigações do Ultramar, Lisboa.

• [13] Cherkaoui T.-E. (1988). Fichier des séismes du Maroc et des régions limitrophes: 1901-1984. Trav. Inst. Scien.; Série géol. géogr. phys.; n°17; Rabat.

• [14] Serviço Meteorológico Nacional (1955). Anuário Sismológico de Portugal, nº 1 (1947) e nº 2 (1948), Lisboa.• [15] Correia, A. P. and Ribeiro, J. (2011). Killer earthquakes in Portugal (mainland). Pub. in Earthquake-Report

http://earthquake-report.com/2011/02/07/killer-earthquakes-in-portugal-mainland/.• [16] Baptista, J. C. (1998). Estudo neotectónico da zona de falha Penacova-Régua-Verin. Tese de doutoramento, UTAD,

Vila Real.

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OUTRAS FONTES

COLECÇÕES DE JORNAIS:Biblioteca Digital do AlentejoBiblioteca Geral Digital da Universidade de CoimbraBiblioteca Geral da Faculdade de Letras da Universidade do PortoBiblioteca Municipal de EsposendeBiblioteca Municipal de José Régio, Biblioteca Digital da Imprensa Periódica VilacondenseBiblioteca Municipal de Ponte de LimaBiblioteca Municipal da Póvoa de VarzimBiblioteca Municipal de Viana do CasteloBiblioteca Nacional de España, Hemeroteca DigitalBiblioteca Nacional de Portugal, BN DigitalBiblioteca Pública de BragaBiblioteca Pública Municipal do PortoBIBRIA, Biblioteca Digital dos Municípios da RiaFundação Mário Soares, Arquivo e BibliotecaHemeroteca do ABC (Madrid)Hemeroteca Municipal de Lisboa, Hemeroteca Digital

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AGRADECIMENTOS

• À Dra. Ana Isabel Correia Ribeiro, investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, pela elaboração dos mapas de intensidade sísmica usados nos slides 5, 10, 14, 15 e 30 e ainda pela colaboração prestada na preparação da versão final do material.

• À Dra. Luísa Melo, Biblioteca Municipal de Tomás Ribeiro, Tondela, pela notícia do jornal “Beira Desportiva” acerca do sismo de Setembro de 1927.

• Ao Dr. Hermes Picamilho, Biblioteca Municipal de Beja, pela notícia do jornal “Ala Esquerda” acerca do sismo de Maio de 1931.

• Ao Dr. Bernardo Silva Barbosa, director do periódico “A Aurora do Lima”, pelos recortes de notícias sobre o sismo de Junho de 1931.

• Ao Professor João Carlos Vieira Baptista, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, pelo ficheiro da sua tese de doutoramento.

• Ao Professor Taj-Eddine Cherkaoui, Université Mohamed V Agdal-RABAT, Institut Scientifique, pelos dados macrossísmicos relativos à repercussão em Marrocos dos sismos de Novembro e Dezembro de 1941.