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Tempo Comum, período especial de discipulado e missão Espírito Santo, força que impulsiona a Igreja Dom Levi abre Ano Jubilar da Paróquia N. Sra. de Lourdes pág. 6 pág. 3 pág. 7 CATEQUESE DO PAPA ARQUIDIOCESE VIDA CRISTÃ semanal Edição 161ª - 18 de junho de 2017 www.arquidiocesedegoiania.org.br Evangelize: passe este jornal para outro leitor anos 1957 - 2017 págs. 4 e 5 Corpus Christi mistério vivido em unidade Foto: Rudger Remígio EDICAO 161 DIAGRAMACAO.indd 1 16/06/2017 04:58:17

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Tempo Comum, período especial de

discipulado e missão

Espírito Santo, força que impulsiona

a Igreja

Dom Levi abre Ano Jubilar da Paróquia N. Sra. de Lourdes

pág. 6pág. 3 pág. 7

CATEQUESE DO PAPAARQUIDIOCESE VIDA CRISTÃ

semanalEdição 161ª - 18 de junho de 2017 www.arquidiocesedegoiania.org.br Evangelize: passe este jornal para outro leitor

anos1957 - 2017

págs. 4 e 5págs. 4 e 5

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Na quinta-feira, 15 de junho, ce-lebramos a Solenidade do Cor-po e Sangue de Cristo, com todo o povo de Deus, representado

pelas mais variadas lideranças, pastorais e integrantes dos movimentos eclesiais, mi-nistros extraordinários da Sagrada Comu-nhão e todos os que estão investidos dos demais ministérios e serviços da Igreja.

Foi um dia de louvor público ao Corpus Christi. Com esta solenidade, em unidade com toda a Igreja, inundados pela alegria

pascal e cheios do Espírito Santo, celebramos o Mistério da pre-sença de Jesus Eucarístico no meio de nós. Nesse dia, recordamos a primeira Eucaristia, em que Jesus, na Quinta-feira Santa, insti-tuiu a nova aliança entre Deus e os homens.

Na primeira leitura, tirada do Livro do Deuteronômio, ouvimos que Moisés falou ao povo, dizendo: “Lembra-te de todo o caminho por onde o Senhor teu Deus te conduziu!”. Nesta era pós-moderna, somos seduzidos pelas constantes novidades e pela saturação do presente. Por isso, a recomendação bíblica para sermos fi éis às nossas raízes pode nos soar como um passado que já passou e que não tem mais nada a dizer. Sobre o passado, corremos o risco de reconhecê-lo apenas como uma moda “antiquada”, para conforto dos saudosistas.

“Lembra-te”! “Lembrar”, “recordar”, talvez, sejam os verbos mais esquecidos num tempo sem memória, que já não lembra nem daquilo que aconteceu ontem. Jesus na Eucaristia nos convida a recordar o passado. E isso não para querer repetir o passado, mas para despertar a gratidão no presente e para fundamentar a espe-rança no futuro.

Caminhar para o Senhor, caminhar com o Senhor, como quem reza e celebra, não só com as mãos, mas também com os pés! Sair de nossas casas, para vir à comunidade e celebrar a Sagrada Euca-ristia, sair de nós próprios, do nosso mundo, dos nossos interesses pessoais, das ocupações e preocupações é, em si mesmo, um gesto libertador. Na procissão do Corpo de Deus, que realizamos no fi -nal da celebração, a Igreja, de algum modo, reinterpreta a cami-nhada de Israel pelo deserto.

Junto ao Corpo de Cristo, agradecemos também a Deus pelos 60 anos da Arquidiocese. Quando esta cidade de Goiânia, cons-

truída no meio do cerrado, ainda estava erguendo suas primeiras casas, abrindo suas estradas, acolhendo as famílias que para cá acorriam em busca de trabalho... quando por aqui tudo estava co-meçando, foi erigida, pelo papa Pio XII, a Arquidiocese de Goi-ânia, abrangendo atualmente a capital e mais 26 municípios. Há seis décadas, ininterruptamente, nossa Arquidiocese celebra a Eu-caristia todos os dias, seguindo a ordem de Jesus: “Fazei isto em memória de mim”.

Caminhando com este corpo eucarístico, em procissão, pelas ruas de Goiânia, dizemos ao mundo: “Fora de Deus, não há cami-nho”! “Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida! Jesus é a Palavra de Deus feita carne”. O critério fundamental está lançado: Deus em primeiro lugar. A sua Palavra é o verdadeiro Pão!

Nesse dia de solene adoração ao Corpo de Cristo, não pode-mos nos esquecer dos 14 milhões de brasileiros desempregados, da corrupção que dilacera a nação e tira a esperança do povo, da ganância que destrói o nosso cerrado e que seca o berço das águas, da violência que mata e que nos tira a segurança e a paz.

Senhor Jesus, fazei-nos a Vossa Igreja que anuncia a cada dia a jubilosa notícia do amor misericordioso do Pai. Igreja que não teme derramar o sangue para dar testemunho da justiça, da verda-de e do amor.

Junho de 2017 Arquid iocese de Go iânia

PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2

Com o tema “Graça e pecado na ‘dramática’ da liberdade huma-na”, o Centro Loyola de Fé, Espiritualidade e Cultura de Goiânia, rea-liza, nos próximos dias 24 e 25 de junho, o Curso sobre Antropologia Cristã, que será assessorado pelo padre jesuíta Geraldo de Mori, doutor em Teologia, autor de A teologia em situação de pós-modernidade. O curso oferecerá uma leitura bíblica, histórica e teológica da relação entre graça, liberdade e pecado.

Curso: Antropologia CristãLocal: Centro Loyola, Av. Mutirão c/T-8, Setor MaristaHorário: 8h às 17h30 (sábado e domingo, encerrando com a missa)Assessor: Padre Geraldo de Mori, SJTaxa: R$ 180,00 (individual)R$ 160,00 (grupos de cinco pessoas)R$ 150,00 (estudantes)

EditorialO Encontro Semanal apresenta mais

uma edição especial sobre a Solenidade de Corpus Christi, grande acontecimen-to da Igreja que celebra o Corpo e San-gue de Cristo no meio do seu povo, não por meio de um símbolo, mas nos sinais do pão e do vinho. Neste ano, a Igreja particular de Goiânia celebrou esta festa com a presença de aproximadamente 10 mil pessoas das mais diversas paróquias da Arquidiocese. Foi uma celebração belíssima, que teve início por volta das 7h30 da manhã, com a confecção dos

tapetes, e só terminou às 20h30. Dom Washington Cruz também destaca, em sua Palavra, a solenidade como um sair de si mesmo para caminhar com o Senhor e para o Senhor. Nesta edição, também trazemos a abertura do Jubileu de Diamante de uma das nossas primeiras paróquias e a Reu-nião Mensal de Pastoral, a última do semestre, que teve como estudo prin-cipal o Sacramento da Eucaristia.

Boa leitura!

JESUS EUCARÍSTICO CAMINHA COM O SEU POVO

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

Centro Loyola oferece curso sobre Antropologia Cristã

LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

Fotogra� a: Rudger RemígioTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Grá� ca Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF) Redação: Fúlvio Costa e Talita Salgado (MTB 2162/GO)Revisão: Thais de OliveiraDiagramação: Carlos Henrique, Fúlvio CostaColaboração: Edmário Santos, Marcos Paulo Mota

Caminhando com este corpo eucarísti-co, em procissão, pelas ruas de Goiânia, dizemos ao mundo: “Fora de Deus, não há caminho”! “Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida!

Fique por dentro

Romaria Arquidiocesana - Em preparação à Festa do Divino Pai Eterno, que é ce-lebrada no dia 2 de julho, em Trindade, será realizada novena, no Santuário Basíli-ca, com início no próximo dia 23. A 14ª Romaria Arquidiocesana a Trindade acon-tece no dia 24 deste mês, com participação dos vicariatos durante todo o dia. Às 15h30, nosso arcebispo Dom Washington Cruz dará sua bênção aos romeiros que es-tiverem concentrados no trevo Goiânia -Trindade, iniciando a caminhada com eles.

Pela santi� cação do clero - No dia 23 deste mês, às 9h, será realizada a Jorna-da de Oração pela Santi� cação do Clero, dentro da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, na paróquia de mesmo nome, localizada na Praça Boa Aventura, Vila Nova. Está prevista a participação de todo clero arquidiocesano e da comunidade local.

Apostolado da Oração - Também no dia 23, às 15h, acontece a celebração anual com o Apostolado da Oração, na Catedral Metropolitana. Todos são convidados!

Formação para a família - O Centro da Família Coração de Jesus oferece tarde de formação, no próximo dia 24, das 14h30 às 17h30, em decorrência da Semana Nacional da Família.

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Uma missa presidida por Dom Levi Bonatt o, bispo auxiliar de Goiânia, na manhã do dia 11 de ju-

nho, deu início às celebrações dos 60 anos da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, da Nova Vila. A celebração teve início com a abertura da porta central da igreja matriz, que simbo-lizou o desejo desta comunidade de se abrir cada vez mais ao povo de Deus nesta região da capital.

Dom Levi, em sua homilia, deu destaque ao dia que a paróquia es-colheu para iniciar a celebração do Jubileu de Diamante. “Hoje é um dia muito especial, porque Deus se manifesta a nós pela Santíssima Trindade. Às vezes não sabemos a quem rezar, mas isso não é o mais importante, porque o essencial é se

Junho de 2017Arquid iocese de Go iânia

ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO 3

Pastoral celebra SemanaNacional do Migrante

O nosso arcebispo, Dom Washington Cruz, presidiu missa na Catedral Metropo-litana, no dia 11, por inten-ção dos migrantes, cujo dia, em todo o Brasil, é celebrado de 18 a 25 de junho. A missa contou com a participação da equipe da Pastoral dos Mi-grantes da Arquidiocese, que é coordenada pela irmã sca-labriniana Glória Dal Pozzo. Logo após a missa, o arcebispo destacou o papel desempenhado pela pastoral, no âmbito arquidiocesano, com atendimentos diários na Rodoviária Central de Goiânia, além da assistência e orientação aos migrantes.

Ao todo, cerca de 500 pessoas são acompanhadas. Entre elas está Cristina Terán, 30 anos, venezuelana que mora em Goiânia há três anos. Aqui, ela vive da venda de doces no centro da capital. “É um trabalho de estar junto. Para nós, migrantes, o trabalho de assistência e cuidado que a pastoral desenvolve é de suma importância”, disse em português arrastado. De Guiné-Bissau, na África, Nilda Quenia da Silva, 29 anos, está em Goiânia há apenas três meses. Estudante de Enfermagem em uma ins-tituição particular, a jovem destaca que o apoio da Pastoral dos Migrantes a tem aju-dado a continuar no Brasil. “As irmãs nos apoiam muito e nos ajudam, seja material ou espiritualmente, a continuarmos em busca de um futuro melhor aqui”, destacou.

As celebrações por ocasião da Semana Nacional do Migrante continuam, no próximo dia 21 de junho, com missa a ser presidida por Dom Moacir Arantes, bispo auxiliar, às 15h, na Rodoviária Central, em frente à sala de atendimento da Pastoral.

Paróquia dá início às celebraçõesdo seu Jubileu de Diamante

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iocolocar diante de Deus, sempre”, sublinhou. Sobre a vivência do Ano Jubilar, ele orientou: “Não é apenas uma festa material ou só de confra-ternização. É um tempo de graça para manifestar a bondade e a cari-dade ao próximo. É um ano para ser mais misericordioso, e não podemos concluir o Jubileu saindo da mesma forma que entramos. Não! Precisa-mos ser melhores”, disse.

O pároco, padre João Paulo San-tos de Souza, missionário redento-rista, destacou, em entrevista, que a celebração dos 60 anos é um marco na vida da paróquia, uma vez que vai ser um tempo oportuno de ren-der graças a Deus e de fazer memó-ria da sua importância na história da Arquidiocese. “Esta foi a quarta paróquia erigida na Arquidiocese de Goiânia, portanto, precisamos celebrar toda uma história de evan-gelização, o trabalho social que de-senvolvemos junto às pessoas mais carentes, e fazer, deste ano, um rico acontecimento na vida das nossas pastorais, movimentos e comunida-des”, declarou.

A Reunião Mensal de Pastoral de junho aconteceu no dia 10, tendo como tema o Sacramento da Eucaris-tia, uma continuação ao estudo do Documento Pós-Sinodal, parte III – A Liturgia na vida e na missão da Igreja particular de Goiânia. Como já é costu-me, a reunião se iniciou com a oração das Laudes e Dom Levi Bonatt o, bis-po auxiliar, conduziu a acolhida.

Padre Antônio Donizeth, coorde-nador arquidiocesano de Liturgia e Arte Sacra, deu início à explanação, fazendo algumas considerações a respeito do Sacramento da Crisma, concluindo assim o tema da reunião do mês anterior. O padre salientou que o Sacramento da Eucaristia é “fonte e ápice” da Igreja e de toda a

Reunião Mensal de Pastoral:estudo do Sacramento da Eucaristia

vida cristã, uma vez que todos os de-mais sacramentos convergem para o altar, no qual está o ápice do amor de Deus pela humanidade e o sacrifício de Cristo, a fonte das graças que ema-nam para o povo de Deus. Segundo o padre, serão ao todo onze reuniões de-dicadas ao estudo do documento, cada uma para um dos sacramentos realiza-dos na sagrada Liturgia.

Padre Vitor Simão, responsável pe-las reuniões mensais, fez as considera-ções e orientações fi nais. Logo depois, Dom Moacir S. Arantes, bispo auxiliar e coordenador de Pastoral, apresentou os eventos e as celebrações importan-tes programadas até o mês de agosto. Em julho não haverá reunião. A próxi-ma acontecerá no dia 12 de agosto.

Padre Alcides de Lima Júnior, que administrou a paróquia de 1994 até 2010, relembrou os longos anos que por lá passou como um tempo de “serviço em favor da vida”. Ele defi niu ainda a paróquia como um lugar de amor, de acolhida e casa da caridade”. Já Mariah de Oliveira do Nascimento, 64 anos, paroquiana desde os primeiros anos de vida, re-

lembrou que, no início, a paróquia abrangia o Setor Norte Ferroviário, a Vila Rica, o Setor Bela Vista e antigas fazendas da região do Jardim Guana-bara. Na dimensão social, a paróquia contribuiu na assistência aos colégios Olga Mansur e Santa Bernardeth, e, na saúde, à Maternidade Nossa Se-nhora de Lourdes, que fi ca ao lado da igreja matriz.

Tempo de graça para manifestar a bondade e a caridade ao próximo

A celebração teve início com a abertura da porta central da igreja matriz, pelo bispo auxiliar Dom Levi

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PALAVRA DO ARCEBISPO4 PALAVRA DO ARCEBISPO4 CAPA4

FÚLVIO COSTA

A festa do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo (Cor-pus Christi), que celebramos na quinta-feira (15), mostrou mais uma vez que o lema da Arquidiocese de Goiânia, Mui-tos membros, um corpo, está em sintonia com o centro da

vida cristã: Um só pão, um só corpo. Na Praça Cívica, também se exprimiu a unidade da Igreja, logo cedo, com a confecção dos tape-tes pelos quais o Santíssimo Sacramento iria passar à noite. “Essa es-pecial intimidade que se realiza na comunhão eucarística não pode ser adequadamente compreendida nem plenamente vivida fora da comunhão eclesial” (Mane Nobiscum Domine, São João Paulo II).

Ainda de acordo com a mesma Carta Apostólica, “A Igreja é o cor-po de Cristo: caminha-se com Cristo na medida em que se está em relação com o seu corpo” (nº 20). Eis, portanto, o motivo maior de a Igreja caminhar em unidade: para cumprir a vontade de Jesus, que prometeu estar com os seus discípulos todos os dias, pela Eucaristia, único pão descido do céu. Por isso, a Solenidade de Corpus Christi é também a oportunidade de se aprofundar nele e dele viver mais intensamente. Como centro da Igreja local, o mistério eucarístico é também a fonte para o povo de Deus caminhar junto sob os mais diversos aspectos pastorais e crescer continuamente.

O sentido da unidade, conforme o bispo auxiliar de Goiânia e coor-denador arquidiocesano para a ação evangelizadora, Dom Moacir Aran-tes, se apresentou nas primeiras ho-ras da manhã, com a confecção dos tapetes pelos jovens das paróquias. “Os tapetes são uma das belezas da fé que atraem e fazem as pessoas se disporem a ajudar e colaborar, cada uma do seu jeito, oferendo o seu dom, no esforço para fazer uma obra de evangelização”. O coorde-nador dos tapetes, padre Arthur Freitas, destacou que os trabalhos são também uma ocasião para evan-gelizar. “Por si só os tapetes têm um

Confecção dos tapetes

Fé e ação de graças na festa do Corpo de Cristo

signifi cado importante: a confecção, o trabalho, a convivência, a frater-nidade e o momento celebrativo”. João Paulo Vilas Boas, da Paróquia Cristo Rei, do Parque Ateneu, veio com um grupo de cerca de 20 pes-soas. Pela primeira vez participando do trabalho, ele elogiou o espírito de unidade que a festa proporcio-na. “Faz três semanas que estamos nos organizando para produzir os tapetes e isso nos ajuda bastante a sermos unidos e perseverarmos na fé”, afi rmou. Ao todo, cerca de 600 pessoas, de 30 paróquias, se envol-veram com a confecção, em um per-curso de quase 1,5 km.

"A confecção dos tapetes é uma ca-tequese para os jovens e para o povo

que passa. É um testemunho de fé, uma obra de caridade.

"Participei pela primeira vez. Para mim foi muito signi� cativo estar

com os irmãos, nos ajudando e con-cretizando os projetos de Deus aqui

na terra.

Pe. Arthur Freitas Lilian Borges, P. São João Bosco

diversos aspectos pastorais e crescer continuamente.

Dom Levi Bonatto, bispo auxiliar

"Nós fazemos os tapetes para mos-trar nosso carinho a Jesus sacra-

mentado e também para apresentar publicamente o que a Igreja tem de

mais sagrado, que é a Eucaristia

diversos aspectos pastorais e crescer continuamente.

Maria Gorete Gabriel, P. Rosa Mística

"É uma festa que dá muito sentido à minha vida e espero continuar por muitos anos participando da festa

do Corpo e Sangue de Cristo.

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5CAPA

Os 60 anos da Arquidiocese de Goiânia foram colocados nas intenções da celebração de Corpus Christi, como Ação de Graças por toda sua caminhada, até chegar ao Jubileu de Diamante. A Arquidiocese foi criada em março de 1956, sob o pontifi cado do papa Pio XII, pela Bula Christi Voluntas. Sua instalação, no entanto, ocorreu somente no dia 16 de junho de 1957, ocasião em que tomou posse o primeiro arcebispo, Dom Fernando Gomes dos Santos. Dom Antonio Ribeiro de Oliveira

No período da tarde foi a vez de os ministros extraordinários da Sagrada Comunhão se prepararem espiritualidade para a celebração de Corpus Christi. Dom Moacir condu-ziu o primeiro momento da Jornada Eucarística com a adoração ao San-tíssimo Sacramento. Em seguida, o

Caminhando, cantando e rezando. Procurando ouvir a voz do Cristo em nosso meio. Foi assim que se deu a procissão da Paróquia Universitária São João Evangelista, onde aconteceu a Jornada Eucarística com cerca de mil ministros da Sagrada Comunhão e ministros da Palavra, até a Praça Cívica, no fi m da tarde. Logo após a formação sobre a missão de ser ministro extraordinário da Igreja, caminhar e rezar não poderia ter sido mais intenso e necessário para

Tudo na Solenidade de Corpus Christi convergiu para a unidade da Igreja. O encontro dos padres, cerca de 150, das mais diversas paróquias dos 27 municípios que integram a Arquidiocese, bem como de todo o povo de Deus, foi a prova disso.

Ação de graças pelo Jubileu

Jornada Eucarística

Procissão até a Praça Cívica

Concentração

Fé e ação de graças na festa do Corpo de Cristo

foi o segundo arcebispo, e o atual é Dom Washington Cruz, que assumiu o pastoreio da Igreja de Goiânia em 2002.

Em sua homilia, ao destacar os pioneiros da Arquidiocese, Dom Washington lembrou “a vigorosa presença de Dom Emanuel e das congregações religiosas dedicadas à Educação, que criaram as escolas católicas e colaboraram na formação das várias gerações goianas”. Lembrou de Dom Fernando Gomes

coordenador arquidiocesano de Li-turgia e Arte Sacra, padre Antônio Donizeth do Nascimento, deu uma palestra sobre a missão do ministro da Comunhão. Em uma de suas co-locações, ele explicou que cabe aos ministros entenderem até quando é possível continuar esse serviço, de

preparar o coração dos presentes para a grande festa do Corpo e Sangue de Jesus Cristo. A experiência foi muito positiva, sobretudo porque também foi uma procissão caminhante com Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que, peregrinando nesta Igreja particular de Goiânia desde setembro do ano passado, pôde também participar da festa do seu fi lho, com o povo de Deus, manifestando com esse ato, mais uma vez, a unidade da Igreja em torno de Jesus Cristo.

Com o coração preparado para celebrar o Corpo de Cristo, seus muitos membros tornaram a Praça Cívica a grande Catedral de Goiânia, fortalecendo assim a comunhão arquidiocesana com a máxima manifestação da unidade eclesial.

dos Santos e de todos os que com ele deram corajosamente suas vidas para a missão evangelizadora da Igreja. “Foram eles que deram os primeiros e decisivos passos para a organização da Arquidiocese: criaram aquela que hoje é a Pontifícia Universidade Católica de Goiás, a Rádio Difusora, a Revista da Arquidiocese, o Centro de Pastoral, e fundaram novas comunidades, novas paróquias e até formularam os estudos para a criação de novas dioceses, que antes integravam o

modo especial por causa da idade avançada. “Muitos já não dão con-ta, mas querem continuar. Precisa-mos saber quais são nossos limites”, pontuou. Ele também ressaltou que, para exercer esse serviço, é preciso ser disponível. “Muitos querem ser ministros, mas não querem servir.

território de nossa arquidiocese”, disse. Ao citar Dom Antonio Ribeiro de Oliveira (+) lembrou todos os que com ele organizaram e participaram das assembleias arquidiocesanas, das reuniões e do planejamento pastoral, da ação evangelizadora da Igreja. “Lembramos de todos os cristãos leigos, das lideranças comunitárias, dos agentes de pastoral que se dedicaram à catequese, às pastorais sociais, aos serviços e ministérios eclesiais, à defesa dos Direitos Humanos”, concluiu o arcebispo.

Outros até impõem quando e em quais horários podem servir. Isso não é correto”, disse. Por fi m, ele deixou alguns questionamentos: “Tenho servido à comunidade? Te-nho servido a Jesus para a conversão da minha família? E cadê os nossos familiares, eles estão aqui?”.

Santa MissaPresidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Washington Cruz, concelebrada pelos bispos auxiliares, Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Arantes, e todo o clero da Arquidiocese de Goiânia, a Santa Missa foi o momento mais forte da festa de Corpus Christi. Inspirado, o arcebispo destacou, em sua homilia, que aquele era um momento também para pensar o social, como os 14 milhões de brasileiros que se encontram desempregados. Momento também de rezar pelo país, para que a corrupção seja varrida da nossa sociedade. “Lá onde sobrou o pão na mesa de alguns,

porque faltou pão na mesa de muitos, com certeza é porque negou-se a presença de Deus e a sua justiça”. Ele afi rmou que “caminhar com o Senhor, que se fez Pão da Vida, torna-se, para todos, o sinal efi caz do compromisso com a justiça, com a verdade e com a paz”. Dom Washington também pediu aos padres, diáconos e demais responsáveis de comunidades, para viverem em unidade, a exemplo de Cristo e os discípulos. “Porque há um só pão, nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão sagrado”.

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6 CATEQUESE DO PAPA

e sofre” como que dores de parto (cf. Rm 8,20-22). “A energia capaz de mover o mundo não é uma for-ça anônima e cega, mas é a ação do Espírito de Deus que “pairava so-bre as águas” (Gn 1,2) no início da criação” (Bento XVI, Homilia, 31 de maio de 2009). Também isto nos impele a respeitar a criação: não se pode manchar um quadro sem ofender o artista que o criou.

Irmãos e irmãs, que o dom do Es-pírito Santo nos faça transbordar de esperança. Vos direi algo mais: que nos faça dissipar esperança a todos aqueles que mais necessitam, que são mais descartados e a todos aque-les que dela precisam. Obrigado.

nosso modo de fazer, a nossa voz, o nosso olhar, serão gentis e tranqui-lizadores” (Parochial and Plain Ser-mons, vol. v, Londres 1870, pp. 300 s.). E são sobretudo os pobres, os ex-cluídos, os desamados a precisar de alguém que para eles se torne “pa-ráclito”, ou seja, consolador e defen-sor, como o Espírito Santo faz com cada um de nós, que estamos aqui na praça, consolador e defensor. Nós devemos fazer o mesmo com os mais necessitados, com os mais descartados, com aqueles que mais precisam, aqueles que mais sofrem. Defensores e consoladores!

O Espírito Santo alimenta a es-perança não só no coração dos ho-mens, mas também na criação in-teira. Diz o apóstolo Paulo – parece um pouco estranho, mas é verda-de: que também a criação “aguarda ansiosamente” com a esperança de ser também ela libertada e “geme

O Espírito Santo torna possível essa esperança invencível dando--nos o testemunho interior de que somos fi lhos de Deus e seus her-deiros (cf. Rm 8,16). Como poderia Aquele que nos entregou o seu úni-co Filho não nos dar também com Ele todas as coisas? (cf. Rm 8,32). “A esperança – irmãos e irmãs – não desilude: a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derra-mado em nossos corações pelo Es-pírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5). Portanto, não desilude, porque há o Espírito Santo dentro de nós que nos impele a ir em frente, sem-pre! E por essa razão, a esperança não desilude.

Há mais: o Espírito Santo não nos torna somente capazes de esperar, mas, inclusive, de ser semeadores de esperança, de ser também nós – como Ele e graças a Ele – “pará-clitos”, ou seja, consoladores e de-

fensores dos irmãos, semeadores de esperança. Um cristão pode semear amarguras, pode semear perplexi-dades, e isso não é cristão, e quem faz isso não é um bom cristão. Se-meia a esperança: semeia óleo de esperança, semeia perfume de espe-rança e não vinagre de amargura e de desesperança.

O Beato cardeal Newman, em um de seus discursos, dizia aos fi -éis: “Instruídos pelo nosso próprio sofrimento, pela nossa própria dor, aliás, pelos nossos próprios pecados, teremos a mente e o coração treina-dos para qualquer obra de amor em relação aos necessitados. Seremos, conforme a nossa capacidade, con-soladores à imagem do Paráclito – ou seja, do Espírito Santo – e em todos os sentidos que essa palavra comporta: advogados, assistentes, portadores de conforto. As nossas palavras e os nossos conselhos, o

A esperança não engana

Audiência Geral.Praça São Pedro, 31 de maio de 2017

centar a da vela. Se a âncora é o que dá à barca a segurança e a mantém “ancorada” entre as ondas do mar, ao contrário, a vela é o que a faz ca-minhar e avançar sobre as águas. A esperança é, deveras, como uma vela; ela recolhe o vento do Espírito Santo e transforma-o em força mo-triz, que impele a barca, dependen-do das circunstâncias, ao largo ou à beira-mar.

O apóstolo Paulo conclui a sua Carta aos Romanos com estes vo-tos: ouvi bem, escutai bem que auspício bonito: “O Deus da espe-rança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que, pela virtude do Espírito Santo,

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Queridos irmãos e irmãs!

Na última semana, cele-bramos a Solenidade de Pentecostes. Não pode-mos deixar de falar da

relação que há entre a esperança cristã e o Espírito Santo. O Espíri-to é o vento que nos impele para a frente, que nos mantém no cami-nho, que nos faz sentir peregrinos e forasteiros, e não permite que des-cansemos sobre os nossos próprios louros e que nos tornemos um povo “sedentário”.

A Carta aos Hebreus compara a esperança a uma âncora (cf. 6,18-19); a esta imagem podemos acres-

transbordeis de esperança” (15,13). Refl itamos um pouco sobre o conte-údo dessa belíssima palavra.

A expressão “Deus da esperan-ça” não signifi ca somente que Deus é o objeto da nossa esperança, ou seja, Aquele que esperamos alcan-çar um dia na vida eterna; quer di-zer também que Deus é Aquele que já neste momento nos faz esperar, aliás, nos torna “alegres na espe-rança” (Rm 12,12): alegres agora por esperar, e não só esperar para ser alegres. É a alegria de esperar e não esperar para ter alegria, já hoje. “Enquanto houver vida, haverá es-perança”, diz o ditado popular; e é verdade também o contrário: en-

quanto houver esperança, há vida. Os homens necessitam de esperan-ça para viver e precisam do Espírito Santo para esperar.

São Paulo – ouvimos – atribui ao Espírito Santo a capacidade de nos fazer até “transbordar de espe-rança”. Transbordar de esperança signifi ca nunca desanimar; signifi -ca esperar “contra qualquer espe-rança” (Rm 4,18), ou seja, esperar até quando falta qualquer motivo humano para esperar, como acon-teceu com Abraão no momento em que Deus lhe pediu para sacrifi car o único fi lho, Isac, e como sucedeu também, ainda mais, com a Virgem Maria aos pés da cruz de Jesus.

O Espírito Santonos impele a ir em frente, sempre!

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túrgico, a celebração da vida e santi-dade da Virgem Maria e dos santos e santas de Deus, nossos testemu-nhos de vida e sinais dos dons que Deus derrama sobre toda a humani-dade. Nossa devoção a Maria ou aos santos não pode fi car num simples devocionismo sentimental, portan-to precisamos imitar suas virtudes, mudando radicalmente nosso modo de ser e agir, dando total abertura à ação da graça de Deus em nós.

É este o tempo que estamos vi-venciando, não o menos importante ou o mais “comum”, no sentido cor-riqueiro da palavra. Mas, sim, dias importantes que, se faltassem, deixa-riam claudicante nossa assimilação dos mistérios de Cristo, os quais não passariam de meros fatos isolados e sem nenhuma relação com cada fi el, nem com a realidade das comunida-des cristãs. Aproveitemos bem este “kairós”, tempo de Deus, tempo de discipulado, tempo de missão.

Junho de 2017Arquid iocese de Go iânia

7VIDA CRISTÃ

Terminando as celebrações da Páscoa do Senhor, eis que retornamos ao Tempo Comum, que já havíamos

iniciado logo após o tempo natali-no. Esse tempo, que ocupa a maior parte do ano litúrgico, vivenciado durante 33/34 semanas, nos possi-bilita celebrar os mistérios de Cristo em sua totalidade, por isso não pode ser visto como um tempo mais sim-plório que os outros ou de menor importância.

No Tempo do Natal, celebramos a encarnação do Verbo, e, no Tempo Pascal, celebramos os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Je-sus. No Tempo Comum, celebramos, de modo geral, todos esses mistérios que devem fazer parte da vida de cada cristão. É muito valorizada a liturgia de cada domingo, em cujas leituras bíblicas somos interpelados a uma conversão radical à pessoa de Cristo, Caminho, Verdade e Vida, que compartilha o dinamismo do Reino de Deus conosco. A força da ressurreição vem nos tocar cada do-mingo, delineando em nós os traços de Jesus, para quem dirigimos o nos-so olhar e aprendemos d’Ele a pas-sar da morte para a vida, a cada dia.

Fiquemos atentos à promessa do Cristo ressuscitado que disse: “Esta-rei convosco todos os dias”. Ele se manifesta no ordinário de nossas vidas, em todas as situações pelas quais passamos. Na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, quando fazemos o bem ou quando nos comportamos com incoerência,

em todas as dimensões do nosso existir, Deus deseja fazer parte, estar conosco, é o Emanuel. E é justamen-te nessas situações que devemos dar testemunho da nossa fé cristã.

É um tempo especial de discipu-lado e missão, pois aprendemos com o Mestre os valores eternos para a construção de um mundo novo, e assim somos enviados por Ele mes-mo ao mundo, ao cotidiano, àqueles que necessitam da presença divina e que se servem do nosso agir. Numa sociedade em que as pessoas se fa-zem necessitar de tantos modelos para seguirem, temos, diante de nós, Jesus de Nazaré, modelo de ser humano pleno e tão pouco seguido. Que bom seria se acontecesse conos-co o que cantamos repetidas vezes: “Amar como Jesus amou, sonhar como Jesus sonhou, viver como Je-sus viveu. Sentir o que Jesus sentia, sorrir como Jesus sorria…”.

É dentro desse tempo que cele-bramos as “Solenidades do Senhor, que ocorrem durante o Tempo Co-mum”, as quais, não tendo data fi xa, têm seus dias marcados em relação à Solenidade de Pentecostes. No do-mingo seguinte ao de Pentecostes, celebramos a Solenidade da Santís-sima Trindade, na qual contempla-mos o mistério de Deus, que é uno e trino, um em três pessoas numa relação de amor, na qual todos vive-mos mergulhados, pois somos cria-dos, por amor, pelo Pai; redimidos e prontos para amar pelo Filho; e amamos no amor divino, impelidos pelo Espírito Santo.

Na quinta-feira depois da San-tíssima Trindade, comemoramos o Santíssimo Sacramento do Corpo

e Sangue de Cristo, solenidade po-pularmente conhecida como Corpus Christi. Nesse dia em que adoramos o mistério eucarístico, somos ali-mentados com o corpo e o sangue de Cristo, para sermos suas teste-munhas no mundo. É Jesus mesmo, pão da vida, que nos sacia plena-mente. Oito dias após Corpus Christi é a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, expressão do amor divino--humano de Deus para toda a huma-nidade. É olhando para esse coração que podemos amar e nos doar pelos nossos irmãos. No encerramento do Tempo Comum, no último domingo, celebramos Cristo, Rei do Univer-so, Senhor da história, e para junto do qual todos caminhamos rumo à plenitude da vida nova que começa já aqui, quando vivemos, em Jesus Cristo, sob o reinado de Deus, mani-festado pela caridade, característica primordial dos cristãos.

É muito peculiar, neste tempo li-

Tempo litúrgico comum:discipulado e missãoFRATER MARCOS PAULO NASCIMENTO, CSSRMissionário Redentorista

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Jesus nos envia em missão‘‘Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos’’ (Mt 10,16)

Junho de 2017 Arquid iocese de Go iânia

Siga os passos para a leitura orante:

8 LEITURA ORANTE

DOMINGOS DE SOUZA RODRIGUES (SEMINARISTA)Seminário São João Maria Vianney

No Evangelho do próximo do-mingo, Jesus envia os seus apóstolos em missão (a pa-lavra “apóstolo” quer dizer

justamente isto: enviado), pedindo-lhes que confi em inteiramente na providên-cia divina. Ele tem consciência de que a situação não é fácil. No mesmo capítulo, um pouco antes, adverte: “Eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos” (Mt 10,16). Mesmo assim, Ele pede três vezes aos discípulos que não tenham medo (cf. Mt 10,26.28.31).

Jesus garante aos seus a presença contínua, a solicitude e o amor de Deus, ao longo de toda a sua caminhada pelo mundo (cf. Mt 10,32). As palavras de Je-sus estão em sintonia com a última bem--aventurança: “Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, men-tindo, disserem todo mal contra vós por

causa de mim.” (Mt 5,12). O Evangelho convida-nos também a fazer a descoberta desse Deus que tem um coração cheio de ternura, de bondade, de solicitude. As tri-bulações que Ele permite que nos adve-nham, por nossos pecados, nem sempre são para nos castigar, mas, muitas vezes, são para purifi car o nosso amor. Isso de-pende do estado em que se encontra a nossa alma.

Texto para a oração: Mt 10,22-33 (página 1213 – Bíblia das Edições CNBB)

1. Prepare o ambiente de oração num lugar e horário de re-lativa calma: a Bíblia e uma vela acesa, o crucifi xo dian-te dos olhos, ou ainda uma imagem de Jesus ou Nossa Senhora (aquela que sempre acolheu o Verbo divino). Inicie com um canto, ou simplesmente faça o “sinal da Cruz” sobre si, colocando-se na presença de Deus.

2. Leia com calma o texto do Evangelho, uma, duas, três vezes. Perceba a força de cada palavra que Jesus dire-ciona a você;

3. Silencie! Permaneça alguns minutos deixando as ima-gens dos pardais vendidos e dos cabelos contados re-novarem a confi ança no Pai. “O Senhor está ao meu lado” (Jr 20,11a). Deixe a Palavra se enraizar, tornar-se certeza;

4. Qual visão sobre o amor de Cristo tem permanecido em sua mente, em seu coração? Você está em paz com Ele? Considere sua resposta de fé diante d’Ele e peça seu amor. Conclua esse encontro com o Senhor, falan-do de sua vida, relacionando-a com a Palavra lida e meditada.

(ANO A, XII Domingo do Tempo Comum. Liturgia da Palavra: Jr 20,10-13; Sl 68(69); Rm 5,12-15; Mt 10,22-33)

ESPAÇO CULTURAL

O Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA) é resultado da res-tauração do catecumenato como metodologia para iniciação cris-tã de adultos, um dos legados do Concílio Vaticano II. A obra do padre Thiago Faccini Paro tem como principal objetivo auxiliar as comunidades a compreender a dinâmica simbólico-ritual de cada celebração proposta no RICA. Essa compreensão fará com que as liturgias propostas pelo Ritual sejam bem preparadas, celebradas e interiorizadas por todos, para que, a partir da boa vivência, possam resplandecer o mistério da fé.

Autor: Pe. Thiago Faccini ParoOnde encontrar: Livraria Vozes - Rua 3, 41 – St. Central, Goiânia-GO, Telefone: (62) 3225-307

Sugestão de leitura

o Evangelho do próximo do-mingo, Jesus envia os seus apóstolos em missão (a pa-lavra “apóstolo” quer dizer

justamente isto: enviado), pedindo-lhes que confi em inteiramente na providên-cia divina. Ele tem consciência de que a situação não é fácil. No mesmo capítulo, um pouco antes, adverte: “Eu vos envio

Mt10,16). Mesmo assim, Ele pede três vezes

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