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Um ano especial para promover os valores da família Apresentamos as Irmãs do Instituto Coração de Jesus Em oração, vamos nos preparar para receber o Menino Deus pág. 4 pág. 2 pág. 7 T VOCAÇÃO PALAVRA DO ARCEBISPO VIDA CRISTÃ Imagem: Ana Paula Mota semanal Edição 186ª - 10 de dezembro de 2017 www.arquidiocesedegoiania.org.br pág. 5 EDICAO 186 DIAGRAMACAO.indd 1 05/12/2017 19:20:50

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Um ano especial parapromover os valores

da família

Apresentamos as Irmãsdo Instituto Coração

de Jesus

Em oração, vamos nospreparar para receber

o Menino Deuspág. 4pág. 2 pág. 7

T VOCAÇÃOPALAVRA DO ARCEBISPO VIDA CRISTÃ

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Dezembro de 2017 Arquid iocese de Go iânia

PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

Fotogra� a: Rudger RemígioTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Grá� ca Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF)Redação: Fúlvio CostaRevisão: Thais de Oliveira e Jane GrecoDiagramação: Carlos HenriqueColaboração: Marcos Paulo Mota (Estudante deJornalismo/PUC Goiás)

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

EditorialApresentamos nesta edição, um

pouco do que será o Ano da Família no Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), compromis-so que, junto com o Ano Nacional do Laicato, deve nortear as atividades da Igreja ao longo de todo o ano de 2018. Destaque também, nesta edição, para o Instituto Coração de Jesus, congrega-ção religiosa feminina que está presen-te no estado de Goiás há 50 anos. Na seção Vida Cristã, o seminarista Manoel

POR QUE UM ANODA FAMÍLIA?

Neto faz uma profunda refl exão so-bre o sentido da oração e o exemplo perseverante de Maria neste aspec-to. O papa Francisco, em sua Cate-quese, explica o signifi cado da Mis-sa para a vida cristã e nosso arcebis-po, Dom Washington Cruz, comenta porque é tão necessário a realização de um Ano da Família. Aproveite tudo isso e muito mais em nossas páginas.

Boa leitura!

LECTIO DIVINA

No último sábado (2), teve início, na Ca-pela do Seminário San-ta Cruz, a Lectio Divina do Advento, em prepa-ração para o Natal. O reitor do Seminário In-terdiocesano São João Maria Vianney, padre Dilmo Franco, foi quem orientou esse primei-ro dia – véspera do 1º Domingo do Advento. “Esta Lectio Divina tem o objetivo de nos preparar para o Natal do Senhor, rezar por nós e pelo mundo inteiro. Vigiai! Estejam atentos, com o coração desejoso de estar com Deus e Deus conosco”, disse ele aos presentes, em referência ao Evangelho (Mc 13,33-37) no qual Marcos narra o episódio em que Jesus exorta os discípulos a fi carem atentos e vigilantes, pois “não sabeis quando o dono da casa vem” (v. 35). “Vigiar e orar é estar atento, incli-nado a alguma coisa, fi xar a meta, para não errar o alvo de toda a nossa vida, que é a eternidade. Fazendo uma ana-logia com o atleta de tiro olímpico, que

Vigiar e orar para atingira eternidade

A família tem futuro?

Se não fosse a minha fé em Deus, na Providência Divi-na, eu diria que o futuro da humanidade está ameaçado.

Já estamos convivendo com falta de água e cresce, em ritmo acelerado, a poluição do ar, dos rios e do mar. Crescem também os confl itos entre nações, a violência ganha cada vez

mais adeptos, a vida já não vale nada.No entanto, acredito que a esperança está na família.

Tudo começa nela e a colheita do que se planta a ela retor-na, levando problemas e alegrias. Ela é a base de formação do indivíduo para a vida em comunidade, a ética, a solida-riedade e tantos outros valores, mas essencialmente para o amor. Uma família cristã educa para a dignidade e a paz, ensinando o mandamento “ame seu próximo como a si mesmo” desde a tenra idade dos seus fi lhos.

É claro que não existe família perfeita, assim como nada é perfeito neste mundo, mas se a vida no mundo está difí-cil, imaginem o que seria dele sem a família. É verdade que seus membros recebem infl uência da sociedade desde que nascem e levam para dentro dela todas as contradições do mundo. E o mistério está aí. Mesmo assim, a família resiste e provoca grandes mudanças de vida e superações consi-deradas impossíveis, por meio do amor.

Coloca-se em questão: quem defenderá a família? Ser exemplo de integridade para sua família, plantando para a chegada de bons frutos, com amorosidade, já é uma fór-mula milenar de sucesso na construção da vida familiar. Mas, pensando no contexto, defender a família é defender cada cidadão que a integra, em seus direitos de acesso ao alimento de cada dia e à moradia; ao trabalho; a uma real assistência na área da saúde; à educação integral, cultura, segurança e ao lazer, entre outros. Sem resolver essas ques-tões básicas necessárias para uma vida digna, a família e o mundo estarão sempre ameaçados.

O Ano do Laicato, cuja abertura ocorreu em 26 de no-vembro, é uma ocasião para toda Igreja no Brasil vivenciar intensamente, por meio de orações, celebrações e refl exões, além de motivar uma participação maior dos leigos na vida da Igreja e da sociedade. O tema do Ano é “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”, e o lema “Sal da terra e luz do mundo”. A Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil (CNBB) conclamou todas as dioceses do país a celebrarem o Ano do Laicato em 2018. O Regional Centro-Oeste da CNBB celebrará o Ano do Laica-to e da Família, para cumprir o último dos compromissos assumidos na Assembleia do Povo de Deus, em 2015, para vivência nos três anos seguintes: a primeira foi o Ano da Misericórdia (2016) e a segunda (2017), o Ano Vocacional Mariano.

se concentra para exercer seu ofício, nós precisamos executar o mesmo, porque não temos um segundo tiro. No Evangelho, vimos que o portei-ro é o modelo de atenção”, expli-cou padre Dilmo sobre o sentido do Advento, que quer dizer “o que há de vir, o Emanuel (Deus conosco)”. A Lectio Divina no Seminário Santa Cruz segue até o dia 23 de dezem-bro, sempre às 19h. Neste sábado (9), aconteceu a segunda noite, com orientação do padre José Luiz da Sil-va. Traremos a cobertura na próxi-ma edição.

Uma família cristã educa para a dignidade ea paz, ensinando o mandamento “ame seu

próximo como a si mesmo” desde atenra idade dos seus fi lhos”

O Seminário Santa Cruz � ca no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF),localizado na Av. Anápolis, n. 2020, Jardim das Aroeiras, Goiânia. CEP: 63148-000.

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ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO 3

Última Manhã de Emaús do anoreúne quase 300 pessoas

No dia 26 de novembro, o Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney realizou a última Manhã

de Emaús do ano. O encontro, que acontece sempre no quarto domin-go do mês, tem o objetivo de pro-porcionar a experiência do encontro pessoal com Deus, por meio da me-ditação da Palavra, da refl exão pes-soal, adoração, oração comunitária e silenciosa, do louvor, da confi ssão e da Santa Missa. Nesta edição, se-gundo o seminarista do 1º ano de Filosofi a, Fabrício Santana, quase 300 pessoas participaram. “O Ano Jubilar dos Seminários está trazen-do as pessoas para conhecerem os seminários, e a Manhã de Emaús tem crescido. Isso é motivo de grande alegria e júbilo e nos determina a re-zar mais, buscar mais a Deus e amar mais os irmãos”, afi rmou.

O seminarista do 1º ano de Te-ologia, Manoel Neto, foi o respon-sável pela refl exão do Evangelho (Mc 11,20-24). Ele partilhou com os presentes sobre o signifi cado da oração. “A oração é um diálogo com Deus e, como bem nos ensina Santa Teresinha do Menino Jesus, é um impulso do coração para Deus. E nesse diálogo que nós travamos com o Pai, na verdade, quem se ma-

nifesta primeiro é ele próprio, que planta no coração do homem o de-sejo de buscá-lo constantemente”, explicou. Em sua fala, ele destacou a Santa Missa como a principal ora-ção, em que nós fazemos memória do sacrifício de Cristo pela nossa salvação. Por fi m, Manoel apresen-tou os principais itens para a vida

de oração: fé, perseverança, silêncio e humildade.

A Santa Missa, da Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, foi pre-sidida pelo reitor do Seminário São João Maria Vianney, padre Dilmo Franco. Em sua homilia, ele exortou o povo de Deus a praticar o bem, por meio da caridade ao próximo.

A Manhã de Emaús é uma referên-cia ao Evangelho de Lucas (24,13-35), o qual apresenta os dois discípulos que caminhavam tristes e cabisbai-xos, e Jesus começa a caminhar com eles, sem que percebam que ele é o Senhor. Jesus os ilumina até o mo-mento de partir o pão. Por fi m, eles o reconhecem.

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Paróquia São Pio X celebraJubileu de Diamante

Neste domingo (10), às 19h, nosso arcebispo, Dom Washington Cruz, en-cerra a festa em celebração aos 60 anos de criação da Paróquia São Pio X, do Setor Fama. Logo após a missa, a comunidade paroquial promove uma festa social para a comunidade, intitulada “Festa das Nações”, com barraqui-nhas dos países dos padres que estiveram presentes nesses 60 anos. A festa começou na quinta-feira (7), com o Tríduo, na igreja matriz.

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O Grupo Inter-religioso de Apoio aos Imigrantes em Goiás re-alizou, no dia 26 de novembro, a 1ª Jornada da Saúde para os Imigran-tes, no Setor Expansul, em Apare-cida de Goiânia. A iniciativa ofere-ceu uma manhã de atendimentos médicos gratuitos, orientações e prevenção em saúde aos imigran-tes no estado de Goiás, e também recreação para as crianças. O even-to também aconteceu no Jardim Guanabara, em Goiânia, no dia 19 de novembro. Nos dois momen-

Ação voluntária benefi ciaimigrantes na Região

Metropolitana de Goiânia

tos, a maior comunidade atendida foi a de haitianos, com 200 pessoas benefi ciadas. O Grupo de Apoio é formado pela Pastoral do Migran-te e por voluntários de várias de-nominações, entre eles, católicos, metodistas, ortodoxos, presbiteria-nos, batistas. Nas duas ações, mais de 100 voluntários de várias for-mações na área de saúde, apoio e tradutores estiveram a serviço dos imigrantes e colocaram em prática o Evangelho: “Eu era estrangeiro, e me acolheste” (Mt 25,35).

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444 ANO VOCACIONAL MARIANO

-se santos e fermento de justiça no mundo. “Trata-se de uma permuta de dons, pois a participação dos lei-gos nos ajuda a viver coerentemente a nossa própria vocação. Nossa Re-gião Centro-Oeste cultiva atualmen-te cinco grupos, que chamamos de ‘Círculo de Amigos’”, lembrou irmã Eunici Pereira de Carvalho.

Em 1922, nascia, na Alemanha, o Instituto Coração de Jesus (ICJ), sendo aprovado pela Igreja em 1924. Seu funda-

dor, o sacerdote Guilherme Meyer, testemunhava a presença de Deus no seu viver e agir, em uma época em que se proclamava o comunismo ateísta, isto é, a ausência de Deus no mundo. Meyer, porém, tinha os olhos abertos para a realidade. Foi na carência de pessoas para os tra-balhos pastorais e na decadência da família que ele percebeu um apelo do Espírito Santo, para a realização dessa obra de amor.

O Instituto Coração de Jesus (ICJ) é uma comunidade religiosa de mu-lheres consagradas a Deus e a seu serviço na Igreja, colaborando para a renovação do mundo mediante sua vida com Deus presente. Se-gundo a provincial, irmã Joana Hof--fmann, que é de origem alemã, no começo, a comunidade passou pela prova da supressão externa, ordena-da pelo regime nazista, no início da 2ª Guerra Mundial. “A comunidade foi libertada da opressão em 1945, e, após esse episódio, reiniciou seu apostolado com grande zelo”, rela-tou em entrevista.

A espiritualidade do caminhar na presença de Deus é o que move o ICJ. “Ele é a nossa resposta à realida-de da fé”, explicou irmã Rita Batista, superiora da casa das irmãs, locali-zada na Vila Nossa Senhora Apare-cida, em Goiânia. “Diante desta ver-dade da amorosa e permanente pre-sença de Deus, não podemos fi car indiferentes”, justifi cou. A atuação das religiosas se dá, de modo espe-cial, por meio da pastoral paroquial,

mar força com as jovens ango-lanas, em nosso serviço aos ir-mãos que espe-ram a presença das ‘madres’ em sua luta do dia a dia, sua ajuda, sua palavra, seu consolo”, decla-rou irmã Antô-nia, que é ango-lana. O Instituto também está na Bolívia, onde atua desde 1978.

Além das irmãs consagradas, os leigos também participam da rique-za do carisma do ICJ, desde a sua ori-gem. Com as religiosas, eles vivem a espiritualidade do caminhar na pre-sença de Deus em sua vocação de leigos e família, com foco em tornar-

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INFORMAÇÕESEspiritualidade e carismaCaminhar na presença de Deus, dedicandoa vida e o serviço aos irmãos

Casa RegionalProvincial: Ir. Joana Ho� mannSuperiora local: Ir. Maria de Fátima LopesEndereço: Rua 9-A, n. 640 – St. AeroportoCEP: 74075-250 – Goiânia-GOE-mail: [email protected] Telefones: (62) 3095-7420 ou 98194-0121

na catequese, liturgia e na dimensão fami-liar. “Nossa comuni-dade não tem obras próprias, por isso atu-amos nessas pasto-rais, na descoberta e formação de lideran-ças, na assistência aos pobres e doentes, na orientação e aconse-lhamento, na pastoral familiar e vocacional, na pastoral da visita e da música, no en-sino, colaborando na formação de futuros sacerdotes”, pontuou irmã Vera Lúcia, su-periora da casa no Jardim Goiás.

O Instituto chegou ao Brasil em 1938. No estado de Goiás, em 1968, quando as ir-mãs assumiram uma paróquia sem sacerdote em Goianira – antiga São Geraldo. Em 1985, o grupo se tor-nou uma região autônoma: Centro--Oeste. Dom Fernando Gomes dos Santos, então arcebispo, orientou o engajamento das religiosas na-queles anos, na pastoral paroquial, na educação e ensino e no serviço social aos pobres e marginaliza-dos. Em Goiânia, o instituto está presente em quatro comunidades. No Brasil, as irmãs atuam também no estado do Tocantins, na Arqui-diocese de Palmas e na Diocese de Miracema. Em Luanda, na Angola, continente africano, uma irmã atua no Centro Missionário Angola. “Nossa missão em Angola já trou-xe muita luz e esperança ao povo sofredor. Neste ano, abrimos nossa Casa de Formação; queremos so-

Instituto Coração de Jesus50 anos evangelizando o Centro-OesteFÚLVIO COSTA

Centro da Família e vocaçõesdo curso trata dos métodos naturais de regulação de fertilidade.

Jovens que desejam pertencer ao ICJ, se preparam durante um de-terminado tempo de discernimento e formação para sua consagração, com a emissão das promessas: a vida com Deus presente e seu anún-cio, conforme a Regra Espiritual; a vida em comunidade na pobreza, obediência e castidade.

Com o objetivo de responder, dentro da sua missão específi ca, aos desafi os cada vez mais agressi-vos que a família vem sendo vítima, as religiosas atuam, desde 2010, no Centro da Família Coração de Jesus (CFCJ), localizado na Rua 55, no Setor Central de Goiânia. Segundo irmã Sueli Essado, trata-se de um canal privilegiado de evangelização que desenvolve atividades forma-

tivas. Destaca-se, nesse âmbito, o Curso de Paternidade Responsável, que tem como objetivo levar os ca-sais a entender a resposta da pater-nidade responsável orientada pela Igreja. Nessa formação, são estuda-das as relações do casal e da família, trazendo como base as Sagradas Es-crituras e os documentos da Igreja, associados a experiências de outras carências humanas. Uma vertente

Da esquerda para direita: Aline, Ir. Sueli, Ir. Miriam, Ir. Antônia, Ir. Rita Batista, Ir. Conceição,Ir. Vera, Ir. Maria Luiza, Ir. Joana, Ir. Eunici e Maria Thaís

Curso de Paternidade Responsável, no Centro da Família Coração de Jesus

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Retiro

Ações

CAPA

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Arquidiocese de Goiânia acolheVI Congresso Regional da Pastoral Familiar

Nesta sexta-feira (8), foi celebrado, no Brasil, o Dia Nacional da Família. Embora seja uma data do

calendário civil, foi instituído pelo Decreto de Lei n. 52.748, de 24 de outubro de 1963, por coincidir com o Dia da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Na Igreja presente no Regional Centro-Oeste da CNBB (estado de Goiás e Distrito Federal), o dia 8 nos lembra de que se apro-

FÚLVIO COSTA

xima o fi m do Ano Vocacional Ma-riano vivido em 2017 e se aproxima o início do Ano da Família, compro-misso do próximo ano no regional.

O Ano da Família foi apresenta-do, no dia 24 de novembro, no Cen-tro Pastoral Dom Fernando (CPDF), pelo casal coordenador da Pastoral Familiar do Regional Centro-Oeste, Leônidas e Maria Dóris, no Encon-tro Regional de Avaliação 2017 e Planejamento 2018. Esse evento re-

tes para acompanhar as famílias; o último está no âmbito da Pastoral Jurídica, que deverá se dedicar à formação de agentes para o discer-nimento das situações irregulares passíveis da declaração de nulidade, conduzindo aos tribunais eclesiásti-cos e auxiliando na elaboração dos libelos. Essa formação está prevista para acontecer no dia 25 de agosto, no Centro da Família Coração de Je-sus (CFCJ), em Goiânia.

diversas Igrejas particulares do re-gional, a Comissão Regional da Pas-toral Familiar deverá visitar o clero de todas as dioceses. “Com essa proposta, queremos apresentar a Pastoral Familiar, suas ações e a sua importância na defesa da vida e da família, bem como sua articulação junto às demais pastorais, movi-mentos e serviços”, explicou Dóris. Outras visitas às dioceses deverão acontecer com o objetivo de for-mar e motivar agentes da Pastoral Familiar. Por fi m, serão publicados periódicos mensais on-line, direcio-nados aos agentes da PF, com foco em temas sobre vida e família, em preparação para o VI Congresso Re-gional da Pastoral Familiar.

Uma terceira ação visa formar o povo de Deus na dimensão familiar. Para tanto, está previsto para o dia 24 de fevereiro, em Anápolis, a reali-zação do Retiro para agentes da Pas-toral Familiar, com o tema “Virtu-des humanas da família”. Três mó-dulos formativos ainda pretendem promover a implantação da PF e a motivação de agentes nas dioceses; implementar a cultura do acompa-nhamento espiritual e formar agen-

Durante o Ano da Família, cinco ações devem movimentar a Igreja no Regional Centro-Oeste. A pri-meira delas é a Peregrinação das famílias do regional ao Santuário Sagrada Família, em Goiânia, na tarde do dia 7 de setembro de 2018. No mesmo dia, haverá diversas atividades aos moldes do Encon-tro Mundial das Famílias (EMF), com palestras e testemunhos, com foco na família e alcance nas redes sociais digitais. Dos dias 7 a 9 de setembro, está previsto a realiza-ção do VI Congresso Regional da Pastoral Familiar, no CPDF, com formações, espiritualidade e moti-vação dos agentes da PF.

Com o objetivo de contemplar as

úne todos os bispos do estado de Goiás e do Distrito Federal, bem como os coordenadores de pasto-rais das 12 dioceses e do Ordinaria-do Militar presente nesta porção da Igreja no Brasil.

O tema que norteará as ativi-dades é “O Evangelho da família, alegria para o mundo”, e o lema, “Completai minha alegria perma-necendo unidos” (Fl 2,2). Ao longo de 2018, o objetivo geral do Ano

da Família é celebrar a família e o cristão leigo, promovendo seu pro-tagonismo e missão de ser agente transformador da sociedade. Já os objetivos específi cos visam pro-mover ações celebrativas que colo-quem em foco a alegria de ser famí-lia, evidenciar o protagonismo dos agentes da Pastoral Familiar (PF), dar mais atenção à preparação para o matrimônio e fomentar a espiritu-alidade familiar.

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Leônidas e Maria Dóris, coordenadores da Pastoral Familiar do Regional Centro-Oeste

2018 será um Tempo de Graça para as famílias

Famílias irão caminhar em peregrinação ao Santuário Sagrada Família

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Dezembro de 2017 Arquid iocese de Go iânia

6 CATEQUESE DO PAPA

Audiência Geral.Praça São Pedro, 8 de novembro de 2017

O Senhor está ali

ne do Filho do homem, e não beber-des o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,53-54).

Aqueles cristãos do norte da Áfri-ca foram assassinados porque cele-bravam a Eucaristia. Deixaram o tes-temunho de que se pode renunciar à vida terrena pela Eucaristia, porque ela nos dá a vida eterna, tornando-

Amados irmãos e irmãs!

Iniciamos hoje uma nova série de catequeses, que fi xará o olhar no “coração” da Igreja, ou seja, na Eucaristia. Para nós cristãos,

é fundamental compreender bem o valor e o signifi cado da Santa Missa, a fi m de viver cada vez mais plena-mente a nossa relação com Deus.

Não podemos esquecer o grande número de cristãos que, no mundo inteiro, em dois mil anos de história, resistiram até a morte para defender a Eucaristia; e quantos, ainda hoje, arriscam a vida para participar na Missa dominical. No ano de 304, du-rante as perseguições de Dioclecia-no, um grupo de cristãos, do norte da África, foi surpreendido enquan-to celebrava a Missa numa casa e fo-ram presos. O procônsul romano, no interrogatório, perguntou a eles por que o fi zeram, sabendo que era ab-solutamente proibido. E eles respon-deram: “Sem o domingo não pode-mos viver”, que signifi cava: se não podemos celebrar a Eucaristia, não podemos viver, a nossa vida cristã morreria.

Com efeito, Jesus disse aos seus discípulos: “Se não comerdes a car-

-nos partícipes da vitória de Cristo sobre a morte. Um testemunho que nos interpela a todos e exige uma resposta acerca do que signifi ca para cada um de nós participar no Sacri-fício da Missa e aproximarmo-nos da Mesa do Senhor. Estamos à pro-cura daquela nascente da qual “jorra água viva” para a vida eterna, que torna a nossa vida um sacrifício espi-ritual de louvor e de agradecimento e faz de nós um só corpo com Cris-

guma forma “tocar” Deus para acre-ditar nele. Isso que São Tomé pede ao Senhor é aquilo de que todos nós precisamos: vê-lo e tocar nele para poder reconhecê-lo. Os Sacramen-tos vêm ao encontro dessa exigência humana. Os Sacramentos, e a cele-bração eucarística de maneira espe-cial, são os sinais do amor de Deus, os caminhos privilegiados para nos encontrarmos com Ele.

Assim, por meio dessas cateque-ses que hoje começam, gostaria de redescobrir juntamente com vocês a beleza que se esconde na celebração eucarística, e que, quando revelada, dá pleno sentido à vida de cada um. Nossa Senhora nos acompanhe nes-se novo percurso. Obrigado!

dias duas? Por que estão ali, o que signifi ca a leitura da Missa? Por que se leem e o que têm a ver? Ou então, por que a um certo ponto o sacerdo-te que preside a celebração diz: “Co-rações ao alto?”. Não diz: “Celulares ao alto para tirar fotos!”. Não, não é agradável! E eu digo a vocês que me dá muita tristeza quando celebro aqui na Praça ou na Basílica e vejo tantos celulares elevados, não só dos fi éis, mas até de alguns sacerdotes e bispos. Por favor! A Missa não é um espetáculo: signifi ca ir ao encontro da paixão e da ressurreição do Se-nhor. Por isso o sacerdote diz: “Co-rações ao alto”. O que isso signifi ca? Lembrem-se: nada de telefones.

É muito importante voltar aos fundamentos, redescobrir aquilo que é essencial, por meio do que se toca e se vê na celebração dos Sacra-mentos. O pedido do apóstolo São Tomé (cf. Jo 20,25), para poder ver e tocar as chagas dos pregos no corpo de Jesus, é o desejo de poder de al-

A Eucaristia é um acontecimento maravilhoso no qual Jesus Cristo, nossa vida, se faz presente. Partici-par da Missa “é viver outra vez a pai-xão e a morte redentora do Senhor. É uma teofania: o Senhor se faz pre-sente no altar para ser oferecido ao Pai pela salvação do mundo” (Ho-milia, Santa Marta, 10 de fevereiro de 2014). O Senhor está ali conosco, presente. Muitas vezes nós vamos ali, olhamos para as coisas, falamos entre nós enquanto o sacerdote cele-bra a Eucaristia... e não celebramos ao lado d’Ele. Mas é o Senhor!

Se hoje viesse aqui o presidente da República ou qualquer pessoa muito importante do mundo, certa-mente todos estaríamos perto dele, e gostaríamos de saudá-lo. Mas pense: quando você vai à missa, o Senhor está lá! E você está distraído. É o Senhor! Devemos pensar nisso. “Padre, mas as missas são chatas” – “Mas o que você diz, o Senhor é chato?” – Não, a Missa não, os sa-

cerdotes” – “Ah, que os sacerdotes se convertam, mas é o Senhor quem está ali!”. Entendido? Não esqueçam isso. “Participar da Missa é como vi-ver outra vez a paixão e a morte re-dentora do Senhor”.

Procuremos agora fazer algumas perguntas simples. Por exemplo, por que fazemos o sinal da cruz e o ato penitencial no início da Missa? E aqui gostaria de fazer outro parênte-se. Vocês viram como as crianças fa-zem o sinal da cruz? Você não sabe o que fazem, se é o sinal da cruz ou um desenho. Fazem assim [o Papa fez um gesto desajeitado]. É preciso ensinar bem às crianças a fazer o si-nal da cruz. Assim começa a Missa, assim começa a vida, assim começa o dia. Isso signifi ca que somos remi-dos com a cruz do Senhor. Olhem para as crianças e as ensinem a fazer bem o sinal da cruz.

E aquelas leituras, na Missa, por-que se fazem? Por que se leem aos domingos três leituras e nos outros

to? É esse o sentido mais profundo da Sagrada Eucaristia, que signifi ca “agradecimento”: agradecimento a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que nos abrange e nos transforma na sua comunhão de amor.

Nas próximas catequeses, gosta-ria de responder a algumas pergun-tas importantes sobre a Eucaristia e a Missa, a fi m de redescobrir, ou descobrir, como o amor de Deus resplandece por meio desse misté-rio da fé.

O Concílio Vaticano II foi for-temente animado pelo desejo de levar os cristãos a compreender a grandeza da fé e a beleza do encon-tro com Cristo. Por esse motivo, era necessário, antes de tudo, realizar, com a ajuda do Espírito Santo, uma adequada renovação da Liturgia, porque a Igreja vive continuamente dela e se renova graças a ela.

Um tema central que os padres conciliares frisaram foi a formação litúrgica dos fi éis, indispensável para uma verdadeira renovação. E é precisamente essa também a fi nali-dade deste ciclo de catequeses que hoje iniciamos: crescer no conheci-mento do grande dom que Deus nos doou na Eucaristia.

Sem Missa,a nossa vida cristã morreria

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7VIDA CRISTÃ

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Com Maria, em oração, esperamos Jesus!

na prostituição e na marginalidade. Quantos calvários eles enfrentam e perseveram, ainda que o sofrimen-to por verem seus fi lhos na sarjeta seja como uma espada traspassando suas almas (cf. Lc 2,35). Voltemos a nossa atenção a Maria, que é um grande exemplo de discípula do so-frimento e da perseverança.

Maria é a Virgem do Silêncio. Ela estava em oração silenciosa, meditando a Lei do Senhor, quan-do o anjo Gabriel lhe apareceu e lhe anunciou que a Palavra eterna rom-peu o silêncio e se fez Palavra encar-nada na história. Não é mais uma lei que conduzirá a vida de Maria, mas uma experiência real e concreta com o Verbo encarnado do Pai, que torna o seu silêncio ainda mais fecundo.

Mas essa Virgem não conhecia homem algum. Então como isso se daria? Diante disso, o anjo a convi-da a enxergar para além da relação natural entre homem e mulher e contemplar a ação do Espírito Santo, Aquele que gera Jesus num ventre materno. Maria é a esposa do Espí-rito Santo, que age no seu silêncio e sim garantido.

Neste Advento, aprendamos com Maria a acolher Jesus com uma fé ativa, mas com humildade, reconhe-cendo que “Deus realiza em nós o querer e o fazer” (cf. Fl 2,13). E, igual a ela, peçamos ao Espírito Santo a graça da perseverança na oração e na caminhada cotidiana, a fi m de sermos verdadeiros cristãos, que ge-ram Jesus no coração do irmão.

de oração. Maria é mulher de fé, fé ativa. Como uma judia fi el, que acre-ditava na aliança divina com Israel, em oração, ela aguardava a chega-da do Messias-Salvador. Quando soube que seria a Mãe do Salvador, rapidamente se dirigiu para a casa de Isabel, a fi m de levar a presença da Paz, que é fonte de alegria (cf. Lc 1,39-45). Maria tem uma fé ativa, mas não ativista e nem centrada em si, pois ela sai de si para levar o Cris-to aos que nele esperam.

Além do mais, a oração de Ma-ria é humilde. Quando Isabel inter-rogou: “Como posso merecer que a Mãe do meu Senhor venha me vi-sitar?” (Lc 1,43), em seu Magnifi cat, Maria reconheceu que o Podero-so olhou para a humildade de sua serva. E essa serva encontrou graça diante de Deus e se tornou a Mãe de um Rei, cujo reinado é eterno. Mas Maria não se engrandeceu e, em sua oração de louvor, reconheceu a grandeza de Deus.

E a oração de Maria é perseve-rante. No episódio da perda e do en-contro do Menino Jesus no Templo, juntamente com São José, ela voltou a Jerusalém para procurar Jesus, a quem encontrou no meio dos douto-res da Lei. E, no Calvário, Maria es-tava ao lado do seu Filho, sofrendo com ele. Pensemos, nesse momento, em tantas mães e pais que, tantas vezes, desesperadamente, procu-ram os seus fi lhos, não nos templos, à escuta da Palavra, mas nas drogas,

Inicialmente, gostaria de partilhar com o leitor sobre a oração. Para Santa Teresa de Lisieux, a ora-ção “é um impulso do coração

[...] para o céu”, e para São João Da-masceno, “é a elevação da alma para Deus”. Mas quem tem a primeira ati-tude, Deus ou nós? Conforme afi rma Dom Luís Ladaria, Deus nos criou para a comunhão com ele e ainda co-locou em nosso coração e em nossa alma o desejo constante de estar com ele. Logo, ele dá o primeiro passo. E esse desejo de estabelecer um diálo-go de amor com ele se chama oração.

Oração é a procura do amado que saciará os nossos corações e al-mas e que dará sentido à nossa vida. O próprio Jesus passava noites in-teiras em oração, em diálogo com o Pai. Antes de escolher os Doze (cf. Lc 6,12), antes da multiplicação dos pães (cf. Mt 14,19), antes de perdo-ar a adúltera e de ressuscitar Lázaro (cf. Jo 8,1;11,41-42), ele orou ao Pai. Se Jesus é Deus, porque ele se dei-xou “vencer” pela necessidade hu-mana da oração? A resposta é: para nos mostrar a atitude humilde e per-severante que “vence” a Deus.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos aponta quatro itens im-portantes para uma vida de oração frutuosa: a fé, a humildade, a perse-verança e o silêncio. E Maria aplicou esses quatro aspectos em sua vida

MANOEL DE SOUSA NETOSeminarista da Arquidiocese de Goiânia – 1º Ano de Teologia

“O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos aponta quatroitens importantes para uma vida de oração frutuosa:a fé, a humildade, a perseverança e o silêncio”

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Sejamos testemunhas da Luz, o Cristo!‘‘Não era ele a luz’’ (Jo 1,8a)

Dezembro de 2017 Arquid iocese de Go iânia

Siga os passos para a leitura orante:

8 LEITURA ORANTE

DIÊMERSOM BENTO DE ARAÚJO (SEMINARISTA)Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney

Neste próximo domingo, terceiro do Advento, vemos a fi gura de João como testemunha, aquele que veio para dar testemunho

da Luz, o Cristo. João, ao ser interrogado pelos judeus, confessa, sem medo, que não é o Messias, nem Elias e nem o profe-ta. Ele se identifi ca como “a voz de quem grita no deserto” (Jo 1,23). Assim, ele é identifi cado como o precursor do que há de vir e testemunha do que chegou (Cris-to). O ser testemunha de Cristo exige total despojamento de si próprio, pois, ao con-fessar verdadeiramente o nome de Cristo, nos tornamos mártires.

Nesse tempo de preparação para o nas-cimento do Senhor, o nascimento da Luz, sejamos não a luz, mas testemunhas da Luz. Sejamos ousados em crer e confessar sem medo que Jesus é o Messias, Aquele

enviado do Pai para iluminar toda treva e escuridão de pecado existente em nossa vida. Assim, no combate contra as trevas, busquemos a Verdade e a Luz, as quais virão com o nascimento do Filho de Deus.

Portanto, que pela nossa fé, confi ssão e testemunho, o mundo possa crer no Mes-sias de Deus. Mas tudo isso façamos com júbilo de esperança, aguardando a Luz que está chegando e vivendo intensamen-te este tempo de espera. Entoemos jubi-losos com o profeta Isaías: “O Senhor é a minha grande alegria, meu espírito está em festa pelo meu Deus” (Is 61,10a).

ESPAÇO CULTURAL

Sugestão de leituraEste pequeno subsídio, de apenas 45 páginas, foi preparado pelo Setor Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e tem o objetivo de servir de estímulo para a implantação da Pas-toral Familiar em todas as dioceses e paróquias do Brasil. De forma sucinta, didática e simples, o livro responde questões como o que é a Pastoral Familiar, como organizá-la, quais suas etapas e campos de ação, e qual sua importância. Além disso, ajuda a entender a urgência da Pastoral Familiar como decorrência do papel funda-mental da família para a sociedade e a Igreja. O livro traz orienta-ções imprescindíveis que direcionam a formação dos agentes da pastoral nos dias atuais.

Autor: Setor Família da CNBB – Frei Almir Ribeiro GuimarãesOnde encontrar: Paulus Livraria de Goiânia. Rua 6, n. 201, CentroTelefone: (62) 3223-6860

Texto para oração: Jo 1,6-8.19-28 (página 1311 – Bíblia das Edições CNBB)

1. Procure um lugar tranquilo e agradável que favoreça a oração. Faça o sinal da Cruz e invoque o Espírito Santo.

2. Leia o texto bíblico quantas vezes for necessário, bus-cando saborear as palavras que mais chamaram sua atenção, identifi cando os elementos importantes.

3. Medite a Palavra de Deus e busque descobrir o que o texto diz. Que frase, palavra tocou o seu coração? O que o texto diz a você?

4. Reze com a Palavra de Deus. A meditação deve nos levar à oração. É o momento de responder a Deus com orações de pedido, de louvor, de agradecimento.

5. Contemple a Palavra. Esse é o momento que perten-ce a Deus. Basta-nos apenas permanecer em silêncio diante da sua presença misteriosa, deixar-se abando-nar em Deus e deixá-lo agir.

6. Pergunte-se: Como estou vivendo e testemunhando a minha fé em Deus? Sou testemunha de Cristo para os outros?

3º Domingo do Advento – Ano B. Liturgia da Palavra: Is 61,1-2a.10-11; Lc 1,46-48.49-50.53-54 (R.: Is 61,10b); 1Ts 5,16-24; Jo 1,6-8.19-28

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