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98
r . i. I.· . I. l I UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE QUfMICA POLICETfDEOS E LIGNÚIDES DO TEGUMENTO D Virola elongata Warb. (Myristicaceae) MASSUO JORGE KATO Dissertação de Mestrad SÃO PAULO 1984 __ J __

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE QUfMICA

POLICETfDEOS E LIGNÚIDES DO TEGUMENTO DEVirola elongata Warb. (Myristicaceae)

MASSUO JORGE KATO

Dissertação de Mestrado

SÃO PAULO

1984

~__~_~ J __

Page 2: r . POLICETfDEOS E LIGNÚIDES DO TEGUMENTO DE Virola elongata Warb. i. · do parte da flora que o cerca para extrair perfumes, venenos , 1 corantes, medicamentos e alucinógenos entre

A presente Dissertação foi

realizada sob a orientação do

Prof. Dr. Massayoshi Yoshida.

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Aos meus Pais.

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AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. Massayoshi Yoshida pela orientação,

amizade e con ftança depositada.

Ao Prof. Dr. Otto Richard Gottlieb pelo incentivo.

Ao Prof. Dr. Mario Motidome pelo apoio na

experimental e amizade.

parte

Aos Professores, Companheiros e Funcionários do La

boratório de Química de Produtos Naturais do Instituto de

Química da USP pela colaboração e amizade.

 Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de são

Paulo (FAPESP) pelas bolsas de estudo concedidas.

Ao Luiz Carlos Roque pela obtenção dos espectros

13de RMN de C.

Ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) pela

obtenção de medidas espectroscópicas no in~ravernelho e pola-

rimétricas.

Ao Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais (NPPN)

pela obtenção dos espectros de massas.

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ceDe

eeDP

d

dd

DRO

Eu (fod) 3

EM

IV

m

max

Me

m/z

pc

p. f •

Pi

RMN-IH

RMN-13 e

s

sI

t

TMS

UV

Ve

vI

SíMBOLOS E ABREVIATURAS

cromatografia em camada delgada comparativa

cromatografia em camada delgada preparativa

dubleto

duplo dubleto

dispersão rotatória óptica

tris-l,1,1,2,2,3,3-heptafluoro-7,7-dimetil­

3,5-octanodionato de európio

espectro de massas

infravermelho

constante de acoplamento

multipleto

máximo

metila

relação massa carga

pico

ponto de fusão

piperonila (3,4-metilenodioxifenila)

ressonância magnética nuclear de próton

ressonância magnética nuclear de carbono treze

singleto

singleto largo

tripleto

tetrarnetilsilano

ultravioleta

veratrila (3,4-dimetoxifenila)

vale

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E

a

rotação molecular

coe ftciente de extinção molar

deslocamento químico

variação no deslocamento químico

rotação específica

----------------------- --'-------"'-.._------- -- _-------"

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RESUMO

Policetídeos e Lignóides do Tegumento de

V. elongata (Spr. ex Benth) Warb.

A presente dissertação descreve o isolamento e el~

cidação estrutural de alguns constituíntes químicos do tegume~

to de y. elongata, espécie envolvida em usos etnofarmacológtüs.

O extrato clorofórmico forneceu além de ésteres

alifâticos e triglicerídeos dois policetídeos do tipo diarilal

canoílicos: 1-(2',6'- Dihidroxi-4'-metoxifenil)-12-fenil-dode-

can-l-ona (inédito) e 1-(2',4',6'- Trihidroxi-3',4'-dihidrofe-

nil)-ll-fenil-undecan-l-ona (conhecido); três lignanas furofu-

furãnicas: (IR, 2S, 5R, 6R) -6- (3 ' ,4' -Dimetoxif enil) - 2- (3 ",4 "-me-

tilenodioxifenil)-3,7-dioxabiciclo!3.3.01 octano (fargesina)

(IR, 2S, 5R, 6R) -2, 6-Bis- (3 ",4" -dimetoxifenil) -3 ,7-dioxabiciclo­

13.3.01 octano (epieudesmina) e (IR,2S,5R,6S)-2,6-Bis-(3",4"-

dimetoxifenil)-3,7-dioxabiciclo 13.3.01 octano (eudesmina); e

e duas neolignanas tetraidrofurânicas: (lS,2S,5R,6R)-I-Metil-

2- (3 ",4 'Lmetilenodioxif enil) -5- (a-hidroxi-3"', 4'" -dimetoxiben -

zil)-tetraidrofurano ( inédita) e (lS,2S,5R,6R)~I-Metil-

-2- (3" , 4 " -dimetoxifer:-il) -5- (a-hidroxi-3 tI; 4 tI' -dimetoxibenzil) -

tetraidrofurano (magnostelina A) •

O isolamento dos constituíntes químicos foi basea-

da em técnicas cromatogrâficas e a elucidação estrutural em m~

todos espectrométricos usuais (UV, IV, DRO, RMN de IH e de ltl

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A comprovaçao da estrubura do policetídeo Ve-6 foi

baseada na aromatização por desidratação em meio ácido.

A determinação da configuração relativa das neoli~

nanas tetreidrofurânicas foi baseada em estudo envolvendo o re

agente de deslocamento Eu(fod)3' A determinaçao da configuração

absoluta foi baseada na conversão em urna neolignana tetralíni­

ca e comparaçao de sua curva de DRO com compostos modêlos.

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ABSTRACT

Poliketides and Lignoids of the Tegument from

y. elongata (Spr. ex Benth) Warb.

The present dissertation describe isolation and

structural elucidation of some chemicals constituents of te~

ment from v. elongata, involved in ethnopharmacology uses.

The chloroform extract afford besides aliphatics

esthers and triglycerides, two poliketides of the diarylalka­

noyl type: 1-(2',6'-Dihydroxyphenyl)-12-dodecan-l-one and 1­

(2',4',6'-Trihydroxy-3',5'-dihydrophenyl)-11-phenYl-undecan-l

-one, the former is unknown and the latter is known; three f~

rofuranic lignans type: (lR, 2S, 5R, 6R) -6- (3 ' ,4' -Dimethoxyphe ­

nyl) -2- (3 ",4" -methylenedioxyphenyl) -3 , 7-dioxabicycle 13 .3. O I

octane (f a~gesin); (lR, 2S, 5R, 6R) -2, 6-Bis- (3 ",4 ''-dimethoxyphe­

nyl)-3,7-dioxabicycleI3.3.0Ioctane (epieudesmin) and (lR,2S ,

5R, 6S) -2, 6-Bis- (3 ",4" -dimethoxyphenyl) -3, 7-dioxabicycle 13.3.

O loctane (eudesmin); and two neolignans of the tetrahydrofu­

ranic type: (lS, 2S, 5R, 6R) -1-Methyl-2- (3 ",4" -methylenedioxyph~

nyl) -5- (a-hydroxy-3"', 4'" -dimethoxybenzyl) -tetrahydrofuran (u!!.

know) and (lS,2S,5R,6R)-1-Methyl-2-(3",4" -dimethoxyphenil)-5

- (a-hydroxy-3 '" , 4 '" -dimethoxybenzyl) -tetrahydrofuran (magnos-

.telin .A) •

Isolation of chemical constituents was based on

chromatographic techniques and structural determination on

usual spectrometric methods (UV, IR, MS, 0RD, 18 and 13c NMR).

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Poliketyde skeleton was elucidated by acid catali­

zed dehydration yielding a diarylic compound.

The relative structure of tetrahydrofuranic neoli.9:

nans was based in lanthanide induced shift reagent. The absolu

te configuration was based bn chemical transformation to tetr~

linic neolignan and comparison of its üRD curve with model com

pounds Gurves.

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SUMÂRIO

página

1 - Introduçao 1

2 - Obietivos 8

3 - Substâncias Isoladas do Tegumento de V. elongata ...•. 9

4 - Identificação e Elucidação Estrutural dos

Consti tuíntes Químicos............................... 11

4.1 - Policetldeos 11

4.2 - Lignanas Furofurânicas......................... 17

4.3 - Neolignanas Tetraidrofurânicas ...•....•...•.... 24

4.3.1 - Uso do Reagente de Deslocamento EU(fod)3 ..... 27

134.3.2 - Interpretação dos Espectros de R~N- C•..•.•. 30

4.3.3 - Determinação da Configuração Absoluta 32

5 - Proposições Biossintéticas ..................•........ 36

5.1 - Policetideos 36

5.2 - Lignanas Furofurânicas e Neolignanas

Tetraidrofur&nicas 37

6 - Conclusão 39

7 - Parte Experimental ..•.•.................•............ 40

7.1 - Especificação dos materiais e intrumentos

utilizados 40

7.2 - Isolamento dos Constituíntes Químicos ...•...•.• 43

7.3 - Reações para Comprovação do Esqueleto carbônico. 45

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8 - Dados Físicos e Espectrométricos dos Constituíntes

Químicos e Alquns Derivados 47

9 - Espectros das' Substâncias Isoladas e Derivados 54

la - Referências Bibliográficas 82

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- 1 -

1 - INTRODUÇÃO

Desde os tempos pré-históricos o homem tem utiliza

do parte da flora que o cerca para extrair perfumes, venenos ,1

corantes, medicamentos e alucinógenos entre outros mas o

mais fascinante disto é o fato deste tipo de uso denominado

etnofarmacológico ou popular ser baseado somente no empirismo

e ser transmitido oralmente através dos séculos corno se obser.

va ainda atualmente entre povos em estágio primitivo corno al~

2mas tribos indígenas da América do Sul

O uso etnofarmacológico tem sido por longo período

um indicador de fontes de substâncias com importantes ativida-

des biológicas para o homem. Considerando que o número de esp~

3cies vegetais é estimado em torno de 23D.OOO espécies ,na a~

sência deste tipo de indicação a procura de tais substãnciasse

faria Ide forma totalmente aleatória.

A família miristicácea talvez se constitua num drn

últimos exemplos deste tipo de uso, urna vez que a possibilida-

de descobrir outras informações principalmente a partir de in-

dígenas parece ser muito pouco provável atualmente devido ao a

celerado processo de aculturação.

A família miristicácea pertence a super-ordem Ma~

noliflorae, considerada morfológicamente das mais primitivas4

entre os Angiosperma . Esta família é ~onstituída por quinze

generos5

sendo dispersos na Âsia: Gymnacranthera, Horsfieldi

ª' Knema e Myristica; na Âfrica e no Madagascar: Brochoneura ,

Cephalosphaera, Coleocaryon, Pycnanthus, Scyphocephalium e St~

udtia; e nas Américas: COmpsoneura, Dialyanthera, Iryanthera ,

Osteophloeum e Virola.

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Do total de 84 espécies de miristicácea identifica-

das na América, 46 pertencem ao gênero Virola e ocorrem em flo-

restas úmidas da América Central e América do Sul, sendo abun-

dantes principalmente na regiâo amazônica o

Popularmente, algumas espécies desta família sao co

nhecidas pelos seguintes nomes vernaculares: "ucuuba" (na Amazô

nia), "urucuba" (no Nordeste), "bicuiba" (no Sul) e "paricá ou

"epena" (pelos índios da Amazônia) para várias espécies do gên~

ro Virolai "ucuubarana" e "ucuuba-punã" (na Amazônia) para espé

• 6cies dos generos Osteophloeum e Iryanthera •

o interesse fitoquímico pela família miristicácea

foi despertado no final do século XIX na Âsia devido ao uso po-

pular da amêndoa de Myristica fragrans (noz-moscada) e algumas7

vezes de seu arilo na culinária e para fins terapêuticos • Es-

ta espécie é tradicionalmente utilizada por mais de 1000 _ anos

por vários grupos culturais como digestivo, afrodisíaco, aborti

vo e para o tratamento de reumatismo, cólera, loucura e de fra­8

tulência • A noz-moscada quando administrada oralmente em graE

de quantidade produz sintomas bastante semelhantes ã _.intaxica­9

çao psíquica induzida pela Cannabis sativa • O principio ativo

foi atribuído principalmente a presença de miristicina ~ e ele­10

micina 2 na fração volátil

A primeira descrição na literatura a respeito do u­

so etnofarmacológico de miristicáceas no Brasil foi feita pélo1 1

etnologista alemão Koch-Grünberg no início deste século quan-

do descreveu o uso de alucinógenos extraídos da casca de uma ár

vore por indígenas da Amazônia. Porém, a primeira associação do

uso de alucinógenos extraídos de miristicáceas em identificação12

botânica foi feita em 1938 quando Ducke , botânico brasileiro,----

relatou a utilização de eôlhas secas de v. theiodora (fig.l) e

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- 3 -

e y. cuspidata para a confecção de um rapé alucinogênico util~

zado pelos índios Waiká da região noroeste da Amazônia, área

que posteriormente tornou-se conhecida pela produção de diver­1 3

sos venenos e drogas

VIR.gLk--tlíeiod<n:-iV

(SpJ:: ex BthJ- Warb~

-6'"

14

Fig. 1 - y. theiodora (Spr. ex Benth) Warb.

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f

- 4 -

Somente na década de 50 as investigações a respei-

to do uso de alucinógenos por índios sul-americanos foram in-

tensificadas. Uma das importantes contribuições foram dadas

por Shultes que descreveu diversas espécies do gênero Virola

cy. calophylla Warb. y. calophylloidea Mark. e y. elongata) c~

mo fontes do rapé "yakee", um potente alucinógeno ü tilizado15

por índios da regiâo limítrofe Brasil-Colômbia • O estudo fi-

toquímico revelou que a atividade alucinogênica deste rapé e

devida principalmente a presença de 5-Metoxi-N,N,-dimetiltrip­16

tamina C3) e de 6-Metoxi- B -carbolinas C4)

MeO.

OMe

Ili 3

1

~O

MeO

MeO

OMe 2

4

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- 5 -

17

Em 1971, Shultes e Holmstedt indicaram que fôlhas,

cascas e resinas de algumas espécies de Virola e de outros gên~

ros relacionados são utilizados por várias tribos indígenas pa-

ra a desinfecção de feridas, para a preparaçao de emplastos pa-,

ra o tratamento de diversas moléstias de pele, além de extrair

venenos para flechas. Os estudos intensivos de Shultes sobre a

etnofarmacologia de miristicáceas na América do Sul com dados a18

dicionais de Le Cointe encontram-se resumidos na tabela 1.

Tabela 1 - Usos indígenas de rniristicáceas na Amazônia.

Virola

Virola

Iryanthera

Iryanthera isca de peixe

Dialyanthera

PARIE PREPARAÇÃO ~

Fôlhas chá Canpson6.1raVirola

errplastro IryantheraVirola

Casca deoocção Compson6.1raIryanthera

Resina anplastro Viroladacasca

decocção Virolae cinza

Casca Virolainterna

Q-lino Virola

seiva

Látex

Fruto

Semente gordIra

USO

substib..1todo chá

rapé alucinÕgeno, pastilhas­alucinogênicas

furroalucinogênioo

estirrulantecerebral

TRATAMEN'IO DE

lmmra, tremedeira

feridas infeccionadasinfecção fungalcomichão da pele

feridas infeccionadasúlceras, feridas

infecção fungal da peleeripselasdescoloração da peledor de dente

hEmOrragiascólicasferidas ulcerosas

hemorróidas

envenenamento estomacal

infecção de pele de animaisdomésticos, parasitoses

doenças de peleeripselasvennes intestinaisr6.lIDatisrro, asmatumores das juntasmau hálito

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- 6 -

Atraído por esta vasta aplicação, o Laboratório

de Química de Produtos Naturais da USP vem desenvolvendo estu-

dos fitoquímicos em diversas espécies de miristicáceas. Como

resultado diversas classes de substâncias foram isoladas e ti­

veram suas estruturas elucidadas por métodos físicos e quími­

cos. Constatou-se a predominância de determinadas classes de

substâncias nas diversas partes da planta (tabela 2)

Tabela 2 - OCorrência de Classes de 9.lbstâncias nas diversas Partes da plan-

ta.

CIASSE DE N9 DE ESP~IES N9 DE SUBSTÁ"l"cIAS NAS DIVERSAS PARIES

SUBSTÂNCIAS ESTUDADAS Raiz Casca lesina Madeira Fôlhas Frutos

ArilproPanóides 4 1 11

Ale. indólicos 15 4 12 5 4 la

Der. ácidos graxos 12 1 6 1

Flavonóides 23 7 9 25 2

Lignanas 8 3 2 2 8

Neolignanas 16 12 8 4 42

Terpenóides 19 2 2 6 4 4

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- 7 -

Correlações especulativas entre a composição

química e a atividade vem sendo feitas1g

envolvendo principalmeg

te lignóides (lignanas e neolignanas)2o pelo fato de alguns de

seus derivados se encontrarem atualmente sob fase clínica A

atividade fungicida das sementes de pialyanthera otoba Warb. foi\

... ... 21atribulda a presença da (-)otobalna (5). A surinarnensina (6a) e

a virolina (6b), isoladas das fôlhas de v. surinamensis2~preseg

taram atividade protetora na pele contra a penetração de cercá-

rias de Schistosoma mansoni Sambon.

Pi

J"'O

...".'Ar OH

5 6a Ar = Ve

6b Ar = Tf

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----------------------------- -------

- 8 -

2 - OBJETIVOS

O presente trabalho visa o isolamento e elucida

çao estrutural dos constitúíntes químicos do tegumento dos

frutos de y. elongata (Spr. ex Benth) Warb .• Esta espécie tem

sido6

considerada como possíveis sinônimos de y. theiodora

(Spr. ex Benth) War., y. ruffula (A. De) e y. cuspidata (Sp~

ex Benth) Warb •• O simples registro destas substâncias pode-

rá ser envolvida em uma possível caracterização química a ni

vel de genero ou até mesmo de espécie, dada a crescente im-

portância que estes metabólitos secundários (principalmente

lignóides) vêm assumindo em taxonomia vegetal23

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3 - SUBSTÂNCIAS ISOLADAS DO TEGUMENTO DE V. elongata

O material vegetal foi coletado pelo Prof. Hipó­

lito Paulino F. Filho (IQ - UNESP) no Km 96 da Rodovia Santa­

rém-Cuiabá e foi identificada pelo Dr. Willian Rodrigues (IN­

PA - Manaus).

Os frutos ainda frescos, foram subdivididos em

suas quatros partes constituíntes (pericarpo, arilo, tegume~

to e amêndoa) e secos ao ar. Foi preparado o extrato clorofó~

mico do tegumento. O fracionamento cromatográfico deste extr~

to seguido de etapas de purificação conduziu ao isolamento de

dois policetídeos designados de Ve-l (inédito) e Ve-6; três

lignanas furofurânicas: fargesina (Ve-2), epieudesmina (~)

e eudesmina (Ve-4); duas neolignanas tetraidrofurãnicas: a

magnostelina A (Ve-7) e uma outra designada Ve-5 (inédita)

além de ésteres alifáticos e triglicerídeos.

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MeO

- la -

Ve - 1

HO

Ve - 6

Ve - 4

OH

Ve - 3

OH

Ve - 2

Pi

Ve

Ve- 5 Ve - 7

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- 11 -

4 - IDENTIFICAÇÃO E ELUCIDAÇÃO ESTRUTURAL DOS CONSTITUINTES

QUíMICOS

4.1 - POLICETíDEOS

Do tegumento de ~. elongata foram isoladas duas

substâncias de origem policetídica: Ve-l e Ve-6.

A característica mais notável entre todos os espec

tros da substância Ve-l é a presença do singleto largo em 1,200,

o sinal mais intenso no espectro de RMN-IH (pag, 57, esp. 4), c~

racterístico de longas cadeias alifáticas saturadas. Os outros

espectros confirmam a presença deste grupamento: no espectro IV

(pag. 55, esp. 1) observam-se intensas absorções de estiramento

-1 - -1C-H alifático em 2920 e 2850 cm e de deformaçao CH 2 em 720 cm ;

13 -no espectro de RMN- C (pag. 57, esp. 5) observam-se absorçoesern

29,1-29,30; e no EM (pag. 55, esp. 2) urna série de íons fragmen-

tários diferenciados por 28 unidades permitem estabelecer a natu

reza n-a~quílica dest2 substância.

O espectro no IV de Ve-l apresenta ainda absorções

características de: estiramento de O-H que latada em 3600-3100 crn-1de carboni1a quelatada em 1630 cm- 1 ; de C=C de anel aromático em

1590, 1520 e 1430 cm- 1 e de C-O em 1170 cm- 1

O espectro no UV confirma a presença da parte aro

mática pela absorções em 210,230 e 285 nm (c: 14.200, 11500,12900)

e da carboni1a conjugada em 320 nm (c: 1200) (pag.55, esp. 3 nes

ta substância.

A região de absorção dos prótons aromáticos no es

pectro de RMN_1H apresenta-se bastante simplificada pela prese~

ça de somente dois sing1etos agudos: 7,200 (5H) e 5,950 (2H). O

primeiro, é característico de anel fení1ico ligado diretamente a

grupos a1quí1icos, o segundo sing1eto pode ser atribuído aos pró

tons de um outro anel aromático simétricarnente substituído por

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- 12 -

duas hidroxilas e uma metoxila. Estes prótons absorvem em

10,600 {2H substituíveis por deutério} e 3,750 {3H} respecti~

te. A região de absorção dos prótons alifáticos apresenta dois

tripletos centrados em 3,100 {2H, J=7,0 Hz} e 2,600 {2H, J=7,OHz}

e podem ser atribuídos aos prótons a-carbonílicos e benzílicos ,

respectivamente.

o EM apresenta íon molecular em m/z 398 e os

fragmentários em m/z 167 e em m/z 91 {pag.56, esq. 2 } que

~lons

asso

ciados aos dados anteriormente citados tornam-se compatíveis com

a fórmula r, com onze unidades metilênicas {-CH2-}.

r

o padrão de oxigenação de r é baseado no fato dos

prótons H-3' e H-4' se encontrarem bastante protegidos, o que eli

minaria a possibilidade destes se encontrarem adjacentes à carbo

nila.

Os deslocamentos químicos no espectro de RMN_13c

{pag.5?, esp. 5 } também mostram-se concordantes com a estrutura

proposta. Tabela 3.

Os deslocamentos químicos dos carbonos do anel aro

mático monossubstituído foram atribuídos a partir de valores da

literatura.

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- 13 -

TABELA 3

CARBONOS o(ppm)

11 104,79

2 1 6 1 163,52,3 I , 51 93,96

4 1 165,66

1" 142,51

2", 6" 127,87

3", 5" 128,65

4" 125,23

1 206,98

2 43,70

3 24,74

4-9 29,06-29,26

11 31,13

12 35,65

-OCH 54,993

O deslocamento químico em 207,10 é característico

de um carbono carbonílico com ponte de hidrogênio. Comportamento

semelhante ao observado para o sistema o-hidroxiacetofenona 24.

O deslocamento químico em 94,00, o sinal mais pr~

tegido entre os carbonos aromáticos pode ser atribuído aos carb~

nos equivalentes C-3 1 e C-5 1, orto em relação a -OH e a -OMe.

Os deslocamentos químicos em 163,5 e 165,70 bastan

te desprotegidos podem ser atribuídos respectivamente aos carbo­

nos C-2 1 (C-6 I) e C-4' com base em suas intensidades relativas.

Entre os carbonos alifáticos, o deslocamento quím!

co do carbono mais protegido (24,700) deve ser atribuído ao car

bono C-S devido ao efeito y-gauche do grupo oxo em C-I.

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- 14-

Um outro fator considerado na atribuição do padrão

de oxigenação de Ve-l é a origem deste tipo de substâncias, onde

o acoplamento de unidades de acetato resultam em alternância de25

carbonos oxigenados em anéis aromáticos.

Embora este tipo de substâncias diarilalcanoílicas

já tenham sido isoladas de outras espécies de miristicáceas como26

Myristica malabarica ,• 27

V. E,eruVlana V b · f 28e . se 1 era 1 a

metoxila em C-4' como em Ve-l é inédita.

A semelhança da substância Ve-6 com a anteriormen

te proposta se encontra na presença do anel aromático monossubs-

tituído pela longa cadeia alifática saturada. Esta semelhança é

baseada na sobreposição dos respectivos sinais no espectro de

RMN-IH (pag.58, esp. 7 ): 7,200(s, 5H) e l,250(sl, 20H).

A outra parte da mclécula apresenta as seguintes ~

1racterísticas espectrais: o espectro de RMN- H (pag. 58, esp. 7

apresenta absorções referentes a prótons a-carbonílicos e benzí

licos em 2,40, 3,200(m , 8H); um próton hidroxílico em 3,850(s)e

um outro formando ponte em 10,00 e ainda um próton carbinólicoem

4,300(m). A presença de duas hidroxilas na molécula é confirma

da pelo desaparecimento dos sinais correspondentes após adição de

-.. -1D20 e pelas absorçoes caracterlsticas em 3500 cm no espectro IV

(pag.58,esp. 6 ). Esta parte da molécula apresenta ainda absor

çoes de estiramento de duas carbonílas uma em 1710 e outra em

1670 -1cm

° EM apresentou íon molecular em m/z 372, que sug~

re a fórmula molecular C23H3204 compatível com oito insaturações

e um íon fragmentário em m/z 354 resultante da perda de 18 unida

des.

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-----------------------------~~

- 15 -

Estes dados permitiram identificar a substância

. 29Ve-6 com um policetídeo isolado de V. seblfera com a estrutu

ra II, onde o anel trioxigenado não é aromático e um dos prótons

hidroxílicos se encontra ligado em ponte intramolecular.

HO

II

A comprovaçao desta estrutura foi obtida através

de sua desidratação em meio ácido no própio tubo de RMN. A aroma

tização pode ser observada no espectro de RMN-IH (pag.60,esp. 9

pelo aparecimento de um dubleto em 6,40o(H-3' e H-5', J=9 HZ) e

de um tripleto em 7,20o(H-4', sobreposto ao sinal do anel..

aroma

tico monossubstituído) estes sinais podem ser atribuídos a forma

ção de Ve-6.1 ~

5'

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Os prótons hidroxílicos agora equivalentes, absor

vem em 9,800 (2H) enquanto que os a-carbonílicos e os benzílicos

absorvem em 3,100(2H, t, J=7,0 Hz) e 2,600(2H, t, J=7,0 Hz).

O espectro no IV (pag.60, esp.8 ) de IV apresenta

- -1agora somente uma absorçao de carboni1a em 1625 em mas mantém

- -1a absorçao de estiramento O-H em 3300 em

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- 17-

4.2 - LIGNANAS FUROFURÂNICAS

Do tegumento de V. elongata foram isoladas t~ subs

tâncias designadas Ve-2, Ve-3 e Ve-4 com as seguintes caracterí~

ticas espectrais: Os EMs (pag .63 ,esp. 1:3 e14) de baixa resolução a

presentam íons moleculares em m/z 370 (C2lH2206) para Ve-2 e em

m/z 386 (C22H2606) para Ve-3 e Ve-4, correspondentes a onze e a

dez insaturações, respectivamente.

Os espectros no IV (pqg.61, esp. 10-12 ) apresentam ab

sorções características de estiramento c-c de anel aromático em

1600, 1590, 1510 e 1450 em-I; de C-H alifático em 2950 e 2850am-l

de C-O-C em 1250 em-I, e não apresentam absorção de hidroxila ou

de carbonila.

A presença do cromóforo aromático é confirmada pe

los espectros no UV (pag. 62, esp.l5-16) que apresentam

em 280 e 230 nm (s 7500 e 17250).

absorções

Os íons fragmentários em m/z 165 e em m/z 166 nos

EMs evidenciam a presença de pelo menos um anel veratrílico e de

um carbono oxi~benzílico nas três substâncias (Tabela 4). A di

ferença de 16 unidades no íon molecular de Ve-2 associada a pr~

sença dos íons 149 e 150 em seu EM, caracteriza a presença de um

anel piperonílico na mesma.

TABELA 4

SUBSTÂNCIAS tONS FRAGMENT~RIOS

Ve-2, Ve-3 é ve-4

Ve-2

Ar-CHO+

166

150

ArCO+

165

149

(Ar')

(Ar")

Ar' = \eratrila, Ar" = Pipennila

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Os espectros de RMN-IH (pag. 65 e 66, esp~ 18,pag.

é6, esp. 19 e 20 apresentam as_ absorções resumidas na tab. 5.

TABELA 5

PIDroNs

Ar-H

Ve-2

6,8O-7,006(sl, 6H)

Ve-4 Ve-3

6,80-7,006 (sl, 6H) 6,80-7,006 (sI, 6H)

Ar-C-OIH

-CH-oIH

-C-H

4, 856 (d,J=5 ,°Hz, lHax)

4,456 (d, 7,0 Hz, lHax)

4,156 (d,lO,O Hz, lHeq)

3,336 (m, lHax)

3,806 (m, lHeq' lHax)

2,90-3,406(m, 2H)

4,00-3,806(sl, 6H)

4,856 (d,5,0 Hz, lH ) 4,756 (d, 6, O Hz, 2H )eq ax

4,456(d, 7,0 Hz, lHai

4,156 (d,lO,O Hz, lHeq) 4,40-4,206 (m, 2Heq)

3,306 (m, lH )ax

3,856(m, lH , lH) 4,0-3,806(m,2Hax)eq ax

2,90-3,406(m, 2H) 3,156(m, 2H)

4,00-3,806(sl, 12H) 4,00-3,806(sl, 12H)

-üCH2o- 5,906(s, 2H)

Desta tabela verifica-se que tanto Ve-3 quanto Ve-4

apresentam dois anéis veratrílicos, enquanto que Ve-2 apresenta

um anel veratrílico e um outro piperonílico.

As três substâncias apresentam ainda absorções re

ferentes a oito prótons alifáticos (dois oxi-benzílicos, dois me

tínicos e quatro carbinólicos) que associados aos íons fragment~

rios contidos na tabela 6 permitem estabelecer o esqueleto furo

furânico para as três substâncias, este pertencente a classe3 o

das lignanas.

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TABELA 6

tem FFAG1ENl'lillIa:> INI'ENSlIWES REIATIVAS (%)

Ve-2 Ve-3 Ve-4

177 \e-Qi=CH-Qi + 56 88 882

161 Pi-Qi=Cli-~+ 30

219 ve~ 11 20 20

+

203 ~i4) 26

+

A junção dos anéis furânicos normalmente é cis, de

vido a tensão envolvida neste tipo de sistema biciclico. Uma evi

dência conclusiva para esta estereoquímica foi a formação de um

diol ópticamente ativo «a)O = -36 0 em acetona) por hidrogenóli­

se de Ve-4.

Ve-4

Ar

ArVe-4.l

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o diol Ve-4.1 apresenta as seguintes características

no espectro IV (pag. 67,esp. 21): estiramento O-H em 3500 cm- l i

no espectro de RMN-lH: Absorções referentes a prótons hidroxíli­

cos em 5,400 (sI, 2H), prótons metínicos em 2,900 (m, 2H), priStans

benzílicos em 3,700 (dI, 4H) e prótons carbinólicos em

(dd, 4H) (pag. 67 ,esp. 21 ).

4,600

Os substituintes ligados aos carbonos 2,4,6, e 8 cb

esqueleto furofurânico podem ocupar as posições pseudoaxiais (a

proximadamente paralelo ao eixo da molécula ou pseudoequatoriais

(aproximadamente.perpendicular ao eixo da molécula) como indica

do na figura 11. Assim são possíveis três séries onde os grupos

Figura 11

arila se encontram nas posições pseudodiequatoriais: pseudodi~

xiaisi pseudoequatorial e pseudoaxial (epi). Quando o esqueleto

furofurânico é pseudodiaxial ou pseudodiequatorialmente

substituído, observa-se a simplificação do espectro de RMN_lH de

vido a simetria da molécula, os prótons oxi-benzílicos, metínioos

e carbinólicos (H e H ) absorvem aos pares, enquanto que naax eq

série epi, estes prótons alifáticos tornam-se distintos.

Além do elemento simetria, outra importante indica

çao utilizada para a atribuição dos anéis aromáticos é baseada no

deslocamento químico dos prótons oxi-benzílicos.

Na série epi, um dos prótons oxi-benzílicos absorve

em campo mais alto do que o outro (4,45 Vs 4,800). Pela figura 11,

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quando um dos prótons se encontra em C-2 pseudo axial, sofre di

retamente o efeito anisotrópico de proteção do grupo arila pseudo

axial em C-6, o que torna-se uma das características gerais para

esta série. Nas séries pseudodiaxiais e pseudodiequatoriais os

prótons oxi-benzílicos equivalentes abso~ em 4,90 e 4,750, res

pectivamente.

Estas duas características, simetria da molécula e

deslocamento químico dos pri5t~ oxi-benzílicos permitem atribuir

a estereoquímica dos anéis veratr{licos de Ve-3 como pseudodie

quatoriais enquanto que para Ve-2 e Ve-4 um dos anéis se enoantra

em pseudoaxial e o outro em pseudoequatorial:

/r (Ar') O ",Ar 8""ArH·8'H H ,.1 I'H

,~ ,\\

(Ar)Ar' " O .. OAr Ar

Ve-2 Ve-3 Ve-4

Ar = ve Ar' = Pi

como32

eudesmina

A substância Ve-3 é descrita na literatura31

e Ve- 4 descri ta como epieudesmina.

Quando os dois grupos arilicos são diferentes como

em Ve-2, a atribuição da estereoquímica em C-2 e C-6 é impossib!- 1

litada somente a partir dos dados de EM e de RMN- H.

Os deslocamentos químicos dos carbonos aromáticos

" 13 - .,. - ...C-lI e C-l em RMN- C sao senSlvelS a variaçao da estereoqulmi-

ca nos carbonos benzílicos e também ao tipo de substituição no

próprio anel aromático. Este fato pode ser utilizado como crité

rio para a atribuição dos anéis veratrilicos e piperonílicos p~

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ra Ve-2 através da análise comparativa dos deslocamentos quími~

no espectro de RMN_13c de Ve-3 (pago 68, espo 23 e 24; pago 69

espo 2-5) com os de modelos adequados o

Tabela 7 - Alguns deslocamentos químicos no espectro de Rr-N-13C de lignanas

furofurânicqs o

CA.RBCNOS EUDESMINA DIAEUDESMINA~3EPIEUDESMINA34SESAMINA EPlSESAMINA Ve-2

1" 132,92 135,63 135,14133,84 134,93 131,38

l' 130,91 132,65 130,89

2 81;.90 82,11 81,8687,64 85,61 83,96

6 87,52 87,71 87,47

1 50,01 50,26 50,0054,50 54,24 49,49 I

5 54,32 54,76 54,45

4 70,91 71,04 70,8771,04 71,55 68,48

8 69,48 69,70 69,53

880~\ ... Ar1 5

H~II li. H

·'2 ° 4Ar'

Ar

Ar

eudesmina Ar=Ve

sesamina Ar=Pi

epirodesmina Ar=Ve diarodesmina Ar=Ve

episesamina Ar= Pi

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- 23 -

Observa-se pela Tabela 7 que os deslocamentos quí

micos dos carbonos l' e 1" em 131,848 da diaeudesmina -sao mais

protegidos do que os da eudesmina e os da sesamina. Este compor

tamento pode ser observado também para os carbonos análogos da

epieudesmina e da episesamina. Assim o deslocamento química

135,148 de Ve-3 pode ser atribuído ao carbono 1" de um anel pip~

ronílico em pseudoequatorial (ou 6) em analogia aos valores

134,938 (sesamina) e 135,638 (episesamina) e o deslocamento qui

mico 130,898 pode ser atribuído ao carbono l' do anel veratríli-

co em pseudoaxial (ou 2) em analogia aos valores 131,388 da di

aeudesmina e 130,918 da epieudesmina.

Este efeito de proteção no carbono C-I' ou C-I" do

grupo arila quando este se encontra em axial é observado de for

ma recíproca nos carbonos alifáticos e podem ser utilizados para

a confirmação da estereoquímica nos carbonos benzílicos. Observa

-se ainda que as diferenças devido a variação da estereoquímica

diminuem quando se afasta dos carbonos C-2 e C-6.

Assim Ve-3 apresenta a estrutura proposta 111, des

crita na literatura como metilpluviatilol ou fargesina.35

Pi

Ve

111

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- 24 -

4.3 - NEOLIGNANAS TETRAIDROFURÂNICAS

Do tegumento de V. elongata foram isoladas duas

e

'substâncias designadas Ve-5 e Ve-7, estas apresentaram as seguin-

tes características espectrais: os EMs de baixa resolução (pag.69

esp. 26 e 27) apresentaram os íons moleculares em m/z 372 e em 388

que podem ser atribuídas as fórmulas moleculares C21H2406

C22H2806 respectivamente.

Os espectros no IV (pag. 71, esp. 28 e 29) apresentaram

uma absorção em 3500 cm- l indicando a presença de uma hidroxila.

As absorções intensas em 1600, 1520 e 1450 cm- l são característi

cas de estiramento C=C de anel aromático e as absorções em 2950

e 2850 em-I de estiramento C-H alifático.

A presença de anel aromático nestas substâncias p~

dem ser confirmadas pelas absorções em 230 e 280 nm (s 14400,

11100, 4600) no espectro na região do UV (pag. 72 esp. 30 e 31) .

Os espectros de RMN-IH (pagina 73, esp. 32 e 33)

apresentaram absorções referentes a: seis prótons aromáticos em

6,80-7,000 (m); dois prótons oxi-benzílicos, um em 4,850 (d,J=6,

5 Hz, 1 H) e outro em 4,600 (d, J=6,5 Hz, 1 H); dois prótons caE

bonílicos em 4,10-4,300 (m, 2H); dois prótons metínicos, um em

2,100 (m, IH) e outro em 2,750 (m, IH); um próton hidroxílico em

1,750 (este sinal desaparece após a adição de D20) e três prótons

metílicos em 1,100 (d, j=7,0 Hz).

A diferença entre Ve-5 e Ve-7 se encontra no fatode

Ve-5 apresentar absorções tanto de prótons metoxílicos (3,85, s,

6H) quanto de prótons metilenodioxílicos (5,950, s, 2H) enquanto

que Ve-7 apresenta somente absorções referentes à prótons metoxi

licos (3,850, s, 12H). Este fato está de acordo com a diferença

de 16 unidades nos seus referidos íons moleculares.

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A acetilação de Ve-7 resultou na formação de um d~

rivado monoacetilado que pode ser caracterizado pelas absorções

no espectro no IV (pag. 77, esp. 35) em 1750 cm-1 e no espectro re1 6 -RMN- H (pag. 77,esp.3 ) em 2,100 (3H). Esta acetilaçao prov~

cou um deslocamento paramagnético do dubleto de 4,850 para 5,900

~o = 1,0 ppm). Assim, este dubleto pode ser atribuído ao próton

carbinólico (-Ç-OH) e o dubleto em 4,60 para o próton oxi-benzí-H

lico. Estes dados possibilitaram enquadrar as substâncias Ve-5

36e Ve-6 na classe das lignanas tetraidrofurânicas.

b~~

1 Ve2, ~

.'Pi' OVe-5

OH

~ve..,i,o)

VeVe-7

A atribuição dos anéis aromáticos piperonílico e ve-

ratrílico a Ve-5 foi baseada na presença dos íons fragmentários

m/z 206 e 151 (pag. 70. esquema 5), enquanto que a atribuição dos

anéis veratrílicos a Ve-7 foi baseada na presença dos íons m/z

222 e 167.

A configuração relativa nos carbonos C-I e C-2 p~

ra ambas estruturas fundamenta-se no deslocamento químico dos pri5

tons metílicos em 1,100. Caso a metila mantivesse uma relação cis

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com o anel aromático, o sinal de absorção desta metila se encon

traria em ~ 0,900.

A tentativa de determinação da configuração relati

va do carbono C-S a partir das constantes de acoplamento conduzi

ram a resultados ambíguos.

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- 27 -

4.3.1 - USO DO REAGENTE DE DESLOCAMENTO Eu(fod)3

Com o objetivo de evidenciar o esqueleto tetraidro

furânico proposto para Ve-5 e Ve-7 e determinar a configuração

relativa do carbono C-5, foi utilizado o reagente de deslocamen

Este reage.!!,

to citado e os espectros de RMN-IH obtidos a 80 MHz

esp .34 a-d) com registros a cada adição de Eu (fod) 3.

(pag. 74

te induz deslocamentos paramagnéticos consideráveis para prótons

próximos a grupos polares como -OH e em menor extensão para pr~

37tons próximos a grupos -OR, devida a um pseudocontacto O rea

gente ainda conduz a perda de resolução (aumento da largura da

meia altura) do sinal referente a prótons carbinólicos. Este fa

to foi nitidamente observado para o dubleto que absorvia em 4,850

(pag. 76, esp.34e), confirmando assim a atribuição deste sinal ao

próton carbinólico H-6.

A tabela 8 indica as variações no deslocamento in

duzido (60) dos prótons do anel tetraidrofurânico. Estes valoIEs

foram obtidos por extrapolação gráfica para uma relação molar

(Eu(fod) 3): (substrato) (1:1) (pag. 74, gráfico 1)

PRl>TONS

TABELA 8

H-8 H-I H-2

1. 40 2 ~ 12 2. 42

H-4B

2.62

H-5 H-6

2.24 2.42

Estes valores de 60 observados estão coerentes com

o esqueleto tetraidrofurânico proposto. Possivelmente a aproxi

mação da molécula com o reagente de deslocamento deve se fazer si38

multaneamente com grupos -OH e -OR devido a proximidade destes

então o fato do sinal referente ao próton H-2 sofrer aproximada

mente o mesmo deslocamento induzido que os prótons H-4 e H-6 im

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plica em uma configuração relativa com a ligação C-5jC-6 em S

(:fig.II:r)~O que explicaria o deslocamento induzido de 2,62 para

o próton H-4S (mais próximo do Eu(fod)3' Caso contrário, o

ton H-I sofreria deslocamento induzido maior.

HH~/~

Me r~Ve, ...

,~ / ,Eu,:' "" uH'·\~ )<il... '"... ...~ 'H

~" :'-";'~ H

Ve O

Figura 111

A configuração relativa no carbono C-6 pode ser de

terminada a partir da constante de acoplamento do próton H-6. De

acordo com a correlação de Karplus, a constante de acoplamento

de 6,5 Hz observada para H-6 requer um ângulo diédrico com H-5 de

150° ou de 30 0• Considerando que o grupo -OH se encontra orien

tado no sentido de -C-O-C-, devido a complexação, pode-se elimi

nar a conformação com ângulo diédrico de 150° entre H-6 e H-S.

Das duas alternativas restantes com ângulo diédrico de 30°, aqu~

com configuração ~ (IV) acarretaria na proteção do próton H-8 p~

lo anel aromático, enquanto que em V com configuração R satisfa­

ria plenamente o comportamento observado nos espectros com adição

de Eu(fod)3. A obtenção dos espectros a 80 MHz possibilitou ain

da o estabelecimento da multiplicidade para o sinal referente ao

próton H-I como próximo a um sextupleto.

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}-----o

Ve IV

1'----0

H

H

VeV

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4.3.2 - INTERPRETAÇÃO DOS ESPECTROS DE RMN_13C DE Ve-5, Ve-7 E

ACETATO DE Ve-7.

Os deslocamentos químicos no espectro de RMN_13c

para Ve-5, Ve-7 e para o acetato de Ve-7 encontram-se reunidas na

tabela 9 .(p~gina 31 ). Observa-se absorções referentes a do

ze carbonos (o > 100) aromáticos e seis alifáticos (o < 100). Os

deslocamentos químicos em 87,60 (d) e 69,3 o (t) foram atribuídos

aos carbonos C-2 e C-4 em analogia aos deslocamentos químicos dos

carbonos relacionados no esqueleto das lignanas furofurânicas. O

deslocamento químico em 72,900 foi atribuído ao carbono C-6 com

base na desproteção causada neste sinal após a acetilação de Ve- 6

(~o 2,200). A acetilação provocou ainda efeito de proteção da

mesma ordem de grandeza no deslocamento químico do carbono C-5 e

de 3,600 no carbono C-I' do anel aromático. Os deslocamentos

químicos no espectro de RMN_ 13c confirmaram plenamente o esquele

to tetraidrofurânico proposto para Ve-5 e Ve-7.

A revisão da literatura revelou que este tipo de

neolignana é de rara ocorrência. Foi isolado de Magnolia stellata

uma substância denominada magnostelina ~ 39 cujos dados físicos

sao coincidentes com o de Ve-7. A configuração relativa de C-I

C-2 e C-5 foi estabelecida a partir de experimentos envolvendo E

feito Nuclear Overhauser, porém os resultados são apresentados

de maneira confusa o que estimulou um estudo mais detalhado des

te tipo de esqueleto lignoídico.

A substância Ve-5 com um dos anéis piperonílico e

inédita na literatura.

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13TABELA 9 - Deslocamentos químicos no espectro de RMN- C para

Ve-5, Ve-7 e Acetato de Ve-7.

CARBONOS Ve-5 Ve-7 AcetatoVe-7

1 44,00 d 43,76 43,07

2 87,22 d 87,63 88,00

4 69,27 t 69,26 69,75

5 47,96 d 47,90 45,70

6 72,79 d 72,81 75,00

8 12,74 q 12,80 13,41

l' 136,28 s 135,29 135,11

1" 136,76 s 135,21 131,64

2 ' 106,01 d 108,83 108,70

2" 109,60 d 109,43 110,62

3 ' 146,58 s 148,30 148,25

3" 148,43 s 148,60 148,25

4 ' 147,50 s 149,00 148,89

4" 149,03 s 149,10 148,89

5 ' 109,01 d 110,94 110,95

5" 111,18 d 111,86 110,95

6 ' 118,90 d 117,84 117,60

6" 118,20 d 118,22 119,67

-OMe 55,77 q 55,72 55,83

-02 CH2 100,69 t

A multiplicidade dos carbonos foram obtidos a pa,E

tir de espectros com desacoplamento fora da fre~Jência de resso

nância.

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4.3.3 - DETERMINAÇÃO DA CONFIGURAÇÃO ABSOLUTA DE Ve-5 E Ve-7

As configurações absolutas de Ve-5 e Ve-7 foram es

tabelecidas através da determinação de seu poder rotatório e com

parando com o valor da literatura e através da análise de sua cur

va de DRO e as dos ~ompostos modelos. Este último ítem foi po~

sível após a transformação de Ve-7 em um derivado Ve-7.3 com pr2.

priedades quirópticas bem conhecidas.

A derivatização foi baseada no rearranjo que as li~

nanas tetraidrofurânicas sofrem em meio ácido 40 • Este rearranjo

foi precedido de hidrogenólise de Ve-7 que resultou na formação

de um diol Ve-7.l e de um sub-produto Ve-7.2. Este último foi c~

racterizado através da ausência de absorção de hidroxila no es­

pectro no IV (pag.79 esp.40) e no espectro de RMN-1H pelo desap~

recimento da absorção do próton oxi-benzílico (pag.79, esp. 41).

2

ir° ~

Ve

"" OVe

Ve-7.2

..M=O

M=O

Ve-7.l

OH

...'d~ -----+.Ve O

1 CE

Ve

Ve-7.3

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OdiaI Ve-7.1 em meio ácido sofreu uma transforma

çao fornecendo um único produto com esqueleto tetralínico Ve-7.3.

O seu espectro no IV (pag. SO, esp. 42) não apresentou di ferenças

sensíveis em relação ao espectro de Ve-7. Os deslocamentos qui

1 13micos no espectro de RMN- H e de C (pag.Sl, esp. 44) encontram

-se resumidos nas tabelas 10 e 11 (pag.34 ) e foram atribuídos em

- 27comparaçao com dados da literatura.

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TABELA 10

PROTONS cS

4 H-Ar 6,57 - 6,78 (ro, 4H)

Ar - H 6,22 (5, IH)5

4 CH 30 3,87, 3,84, 3,79 e 3,57 (5, 3H)

H71 3,40 (d, J=10,0 Hz, IH)

2 H7 2,60 - 2,80 (ro, IH)

H8 1,30 - 1,60 (ro, IH)

H81 1,80 - 2,10 (ro, IH)

3 H9 1,15 (d, J=6, 23 Hz, 3H)

2 H9 , 3,15 - 3,40 (ro, 2H)

TABELA 11

CARBONOS cS CARBONOS cS

7 38,71 11 132,15

8 30,04 2' 110,60

9 19,54 3 ' 147,41

7 1 50,61 4' 147,41

8 1 47,13 5' 112,01

9 ' 60,89 6' 121,60

1 128,74 -OCH 55,673

2 112,92

3 148,93

4 146,94

5 110,91

6 138,31

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As curvas de DRO de 7'-ariltetralinas descritas na

1 , t It 1l.tera ura apresentam dois efeitos Cotton, um entre 290 e 275

nm e o outro entre 250 e 230 nm. O primeiro é atribuído ao cro

móforo dibenzenoídico que está associado ao centro quirálico C-7'.

Verificou-se que as 7'8 ariltetralinas apresentam efeito Cotton

negativo, e as 7'R ariltetralinas apresentam efeito Cotton posi

tivo na região entre 290 - 275 nm.

A substância Ve 7.3 apresentou um efeito Cotton ne

gativo em 284 nm (pag.81, esp.45 ), a configuração absoluta de

Ve-7.1 pode ser estabelecida como 7'8, 8R e 8'R. Consequenteme~

te, foi possível atribuir a configuração absoluta 18, 28, 5R e

6R para Ve-5 e para Ve-7.

"I

OH

Ve-5

Ve

OH

Ve-7

e

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- 36 -

5 - PROPOSIÇÕES BIOSSINT~TICAS

5.1 - Policetídeos

Esta classe de substâncias frequentemente encontr~

das em miristicáceas são originárias da condensação tipo Clai-

sen de várias unidades de Acetil-eoA com uma unidade iniciado-

ra de cinamil-CoA.

1

HO

1HO

O isolamento de Ve-6 (pré-aromático) dos frutos de

miristicáceas permite questionar a ocorrência de Ve-6.l como

produto natural, pela possibilidade deste ser formado durante

o processo de isolamento.

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5.2 - Lignanas Furofurânicas e Neolignanas tetraidrofurânicas

Lignanas sao dírneros resultantes do acoplamento

oxidativos de duas unidades C6

-C3

• No caso de lignanas furofu

rânicas esta unidade é o álcool coniferílico.

.. ~ ~ ;o- G ~

·SCH

Q ú1/OR OR :00 ro II

OH O' O OH / O

• \CH

OR r ROR

Cf OH

1Q :/ ORHO

OR

OR

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- 38 -

Os dímeros nos quais somente um dos carbonos nas

cadeias propílicas encontra-se oxidado são extremamente raros

e. quando ocorrem não indicam necessáriamente a ocorrência de

acoplamento cruzado entre propenilfenóis com álcoois coniferí

licos, devido a possibilidade de dímeros mistos serem forma-

dos via redução ou oxidação seletiJva por enzimas. Assim pode-

se sugerir duas vias de formação para as neolignanas tetrai

drofurânicas Ve-5 e Ve-7.

OH

OR

ORHO

OR

)

OR

~HO~

OR

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ti - CONCLUSÃO

O estudo fitoquímico do entrato clorofórmico do te

gumento de V. elongata Warb. revelou a presença de dois polic~

tideos do tipo diarilalcanoílicos, três lignanas furofurânicas e

duas neolignanas tetraidrofurânicas.

O resultado, ainda parcial, indica a ausência de

substâncias alucinogênicas no tegumento do fruto. A ocorrência

42de policetídeo de comprovada atividade antibiótica e de lignanas

furofurânicas de conhecida atividade inseticid~3sugeremque as

substâncias isoladas devam desempenhar um papel na defesa dos fru

tos. A ocorrência da mesma neolignana um Virola elongata (Myri~

ticaceae) e em Magnolia stellata (Magnoliaceae) mostram um rela

cionamento filogenético.

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7 - PARTE EXPERIMENTAL

7.1 - Especificação dos materiais e instrumentos utilizados

1) Nas separaçoes por cromatografia em coluna, utilizou-se

sílica-gel Merck (0,05-0,20 mm) corno adsorvente, contida

em coluna de vidro.

2) Para cromatografia em camada delgada comparativa (CCDC) li

tilizou-se sílica-gel G (tipo 60) e para as preparativas

(CCDP) sílica-gel 60 PF254 , ambas da Merck. Foi feita sus

pensão de sílica em água destilada e espelhadas sobre pla

cas de vidro através de espalhador Quickfit. As espessu­

ras das camadas foram de 0,25 mm para as placas comparat~

vas e de 1,00 mm para as preparativas. As revelações fo­

ram efetuadas com irradiação no UV de 254 nm e de 366 nm

e/ou com vapôres de iôdo.

3) Celite préviamente lav.ada com acetona, foi utilizada para

eliminar, por filtração, o catalizador nas reações de hi­

drogenólises.

4) A recuperação das amostras apos separaçao por CCDP foram

feitas por extração com clorofórmio, seguida de extração

com acetona.

5) O critério de pureza adotado foi a nitidez do p.f. ou a

obtenção de urna única mancha em CCDC, em diferentes siste

mas de eluentes.

6) Os reagentes e solventes utilizados foram de diversos fa­

bricantes com diferentes graus de pureza e purificados de

pendendo da finalidade de uso.

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7) A concentraçao das soluções contendo as substâncias foram

feitas através da destilação do solvente sob pressão red~

zida pelo emprego de evaporadores rotativos da Buchler.

8) As hidrogenólises catalíticas foram feitas num hidrogena­

dor de vidro à pressao atmosférica.

9) Os espectros na região do infravermelho (IV) foram obtiOCs

utilizando-se espectrofotômetros da Perkin-Elmer modo 137

(Infracord), modo 283 (do Instituto de Pesquisas Tecnoló­

gicas - IPT) e modo 567 (IQ - UNESP), empregando-se jane­

la~ de NaCl para as substâncias não sólidas (filmes) e em

pastilhas para as substâncias sólidas.

10) Os espectros na região do ultravioleta (UV) foram regist~

dos no espectrofotômetro da Perkin-Elmer Coleman modo 575

(do IPT), empregando-se corno solvente metanol UVASOL da

Merck.

11) As curvas de dispersão ro~atória óptica (DRO) foram regi~

tradas em espectropolarímetro da Jasco modo 20 (do IPT)

empregando-se corno solvente metanol UVASOL da Merck.

12) As determinações do poder rotatório específicol al D, foram

feitas usando-se um polarímetro digital Jasco modo DIP

180 (do IPT), empregando-se corno solvente clorofórmio UVA

SOL da Merck.

13) Os espectros de Ressonância Magnética Nuclear d,. Próton

(RMN de lH) foram registrados em espectrômetros da Varian

modo EM-360 e modo FT-80 A. O padrão utilizado corno refe­

rência interna foi o tetrametilsilano (TMS). Empregando ­

se corno solventes tetracloreto de carbono (CC14

) e deu te­

roclorofórmio tCDC1 3 ), todos da Merck.

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14) Os espectros de massas foram registrados em espectrômetros

da VG - MICROMASS de baixa resolução do Núcleo de Pesqui­

sas de Produtos Naturais (NPPN - Rio de Janeiro) .

15) Os espectros de Ressonãncia Magnética Nuclear de Carbono

(RMN de 13 C) foram registrados em espectrômetros da Varian

modo FT-80 A. Os padrões utilizados como referência inter­

na foram o sinal do CDC13

(6: 76,9 ppm) ou tetrametilsila­

no (TMS 6: 0,0 ppm). O solvente utilizado foi o deuteroclo

rofõrmio da Merck.

16) A determinação dos pontos de fusão (p.f.) foram feitas em

Bloco Kofler sem correção termométrica.

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7.2 - Isolamento dos Constituíntes Químicos do Tegumento de

y. elongata Warb.

o trabalho experimental foi iniciado com a separa-

çao dos frutos frescos de y. elongata em suas quatro partes

constituíntes (pericarpo, arilo, tegumento e amêndoa). 250 g.

do tegumento, após tratamento prévio (secagem e moagem) foi ex

traído :,om clorofórmio a frio obtendo-se 44,4 g de extrato bru

to. Deste, 10 g foram cromatografadas em coluna de sílica uti-

lizando-se como eluente o sistema hexano:acetato de etila (8:~

préviamente selecionado. As 15 frações (150 ml) resultantes

desta coluna, com base na análise de CCDC, foram reagrupadas

em 7 de acôrdo com o esquema r.As duas primeiras frações sao constituídas de éste

res alifáticos e de triglicerídeos respectivamente.

A fração 3 foi cristalizada em éter de petróleo re

sultando no isolamento do policetídeo Ve-l (0,0750 g).

Duas lignanas furofurânicas foram cristalizadas em

éter de petróleo a partir das frações 4 e 5. Estas foram iden-

tificadas como fargesina (Ve-2) e epieudesmina (Ve-3).

A fraçao 6 foi fracionada por CCDP fornecendo ou-

tra lignana furofurânica identificada como eudesmina (Ve-4)

além das duas anteriormente citadas.

A fração 7 também foi submetida ao fracionamento

cromatográfico utilizando-se o sistema benzeno:acetato de eti-

la (9:1). Desta forma resultaram quatro frações: a primeira

constituída de triglicerídeosi a segunda, de uma mistura de e­

1pieudesmina e eudesmina de acôrdo co o espectro de RMN- Hi a

terceira fração foi novamente submetida a CCDP com o mesmo sis

tema de eluente obtendo-se a neõlignana tetraidrofurânica iné-

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dita Ve-5; a quarta fração através do mesmo procedimento resu~

tou no isolamento do po1icetídeo Ve-6 e da neo1ignana tetrai -

drofurãnica Ve-7 (magnoste1ina A) .

EXTRA'ID BRUID

10 g

F - 1 (2,305 g)

F - 2 (4,303 g)

F - 3 (0,397 g) Ve - 1 (0,07,5 g)

F - 4 (1,658 g) Ve - 2 (0,173 g)

F - 5 (0,793 g) -Ve - 3 (0,230 g)

f ve

-

2 (0,028 g)

F - 6 (0,323 g) Ve - 3 (0,060 g)

- Ve - 4 (0,060 g)

F - 7.1 (0,015 g)

F - 7.2 (0,096 g)

F - 7 (0,154 g)

ESQUErv1A. I - Isolamentos dos Constiturntes.

F - 7.3 (0,010 g) -Ve - 5 (0,006 g)

[

ve - 6.1 (0,007 g)F - 7.4 (0,023 g)-

Ve - 7 (0,015 g)

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7.3 - REAÇÕES PARA COMPROVAÇÃO DO ESQUELETO CARBONICO

7.3.1 - Acetilação

Uma amostra de Ve-7 (0~114 g) foi tratada com ani­

drido acético (1 ml) e piridina (1 ml) e deixada por repouso

durante 10 hs .• A mistura foi vertida sobre água gelada (15ml)

e a solução resultante submetida a extração com clorofórmio (4

10 ml). A fase orgânica foi lavada com solução de ácido clo­

rídrico (2 N) até a eliminação dos vestígios de piridina e po~

teriormente lavada com água destilada (4X10 ml). Após a seca­

gem com sulfato de magnésio anidro, o solvente foi evaporado

obtendo-se 0,114 g do produto de reação. Esta mistura foi sub­

metida a CCDP e desenvolvida com o sistema benzeno:acetato de

etila (9:1) por três vezes sucessivas. Assim foi obtido 0,017

g. do derivado acetilado.

7.3.2 - Hidrogenólises

Uma amostra de Ve-3 (0,100 g) foi dissolvida em m~

tanol (10 ml) e adicionada sobre uma suspensão,préviamente sa­

turada com hidrogênio, de paládio sobre carvãa (lO%j 0.025 g).

A mistura reagente foi mantida sob agitação, a temperatura am­

biente e pressão de hidrogênio um pouco superior a atmosféric~

por quinze horas. O catalizador foi eliminado por filtração so

bre celite e o filtrado concentrado. O resíduo foi comparado

por CCDC e posteriormente com ro.m-1H de Ve-3.

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No caso de Ve-7, empregou-se 0,053 g de amostra,

0,010 g de paládio sobre carvão (10%), e a mistura mantida

sob agitação durante 6 hs. O produto reacional foi submetido

a CCDP (benzeno:acetato de etila 9:1) para a purificação.

7.4 - Uso do reagente de deslocamento Eu(fod)3.

A urna solução de 0,015 g de Ve-7 em 0,5 ml de CD­

C13

foram adicionadas sucessivamente 1, 3, 5, 7, e 9 10-3 g de

Eu(fod)3. Ap6s cada adição do reagente de deslocamento foram

1registrados espectros de RMN- H a 80 MHz. Os deslocamentos in

duzidos (68) para os sinais de interesse foram obtidos por ex

trapolação gráfica para uma relação molar 1:1 de IEU(fod)~:

6ubstratol.

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8 - DADOS FIsICOS E ESPEc'rRoM!:TRICOS DOS CONSTITUINTES QUIMICOS

E ALGUNS DERIVADOS DO TEGUMENTO DE V. e10ngata Warb.

8.1 - Policetídeos

Ve - 1 1-(2' ,6'-Dihidroxi-4'-metoxi Éni1)-12-fenil-dodecan-

l-ona

sólido amarelado p.f. 79-800 (éter de petróleo)

EM de baixa resolução: M+ 398 (C25H3404)

EM: m/z (int. re1.): 398 (M+, 1), 367 (11), 219 (3

205 (6), 195 (22), 182 (39), 168 (9), 167 (100)

153 (4),105 (3) e 91 (15).

IV v KBr cm-1 3400, 2920, 2850, 1639, 1590, 1520max

1430, 1380, 1210, 1170, 1080 e 820.

RMN_IH (60 MHz, CDC13

,o ): 7,20 (51, 5 Ar-~), 5,95 (

5, 2 Ar-~), 3,85 (5, 1-OCH3 ), 3,10 (t, J=7,0 Hz, 2H)

2,60 (t, J=7,0 Hz, 2H), 1,25 (51, 11 (CH 2)).

13RMN- C (20 MHz, CDC13

,o ): Tabela 3, pago

MeOHUV À nm: 210, 230, 285 e 320 (E. 14.200, 11.500,max

12.900 e 2.200)

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Ve - 6

Ve - 6.1

- 48 -

1-(2',4' ,6'-Trihidroxi-31,4'-dihidrofenil)-11-feni~

-undeean-l-ona

óleo amarelo

EM de baixa resolução: M+ 372 (C23H3204)

+EM: m/z (int. reI.): 372 (M , 3). 354 (1), 262 (30)

244 (42), 183 (6), 165 (7), 137 (lO), 117 (16) ,105

(40), 104 (21), 92 (80), 91 (l00), 83 (18), 73 (25)

71 (20), 69 (31), 59 (23), 57 (31), 55 (61) ,43 (50)

29 (33).

filme -1IV: V max em 3450,1710,1670,1550,1445,1075

750, 695.

RMN_1 H (60 MHz, CDC13

, o ): 10,0 (sl, 1 -O!!), 7,20

(sl, 5 Ar-~), 4,30 (m, 1 -O~), 3,85 (s, l-C~OH),

3,20-2,40 (m, 8 COC!!), 1,25 (sl, 10-CH2-).

MeOHUV: À nm: 230, 275 (E 13.400 e 12.300)max

1-(2',6'-Dihidroxifenil)-11-fenil-undeean-l-ona.

sólido amarelo: p.f. 68-70 0 (69-710)

EM de baixa resolução: M+ 354 (C23H3003)

+EM:!m/z (int. rel.): 354 (M , 10), 336 (9), 326 (3)

189 (10), 165 (29), 152 (31), 149 (25), 137 (100),

91 (9).

IV KBr -1v max em 3300, 2925, 2850, 1630, 1590, 1510

1450, 1370, 1220, 720.

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- 49 -

1RMN- H (60 MHz, CDC13

, <S ): 9,80 (sl, 2-0.!:!), 7,23

(t, J=8,0 Hz, H-4'), 7,20 (m, 5 Ar-É!), 6,40 (t,J=8,0

Hz, H-3', H-5'), 3,15 (t, J=7,0 Hz, 2H-2), 2,65 (t ,

J = 7 , O Hz, 2 H- 10), 1 , 3 O ( s 1, 8 - CH 2- )

UV À HeoHcm-l 269, 335 (E: 6.100, 1500)max

8.2 - Lignanas Furofurânicas

Ve - 2 (lR, 2R, 5R, 6R) -6- (3 ' ,4' -Dimetoxifenil) -2- (3 ",4" ­

metilenodioxifenil)-3,7-dioxabici~1013.3.01 octano

(f argesina)

sólido branco: p.f. 133-1350 (hexano)

EM de baixa resoluçao: M+ 370 (C2RH2206)

+EM: m/z (int. rel.): 370 (M , 86), 194 (16), 178(15)

177 (88), 166 (43), 165 (100), 161 (7), 151 (70) ,150

(4), 149 (22), 135 (14), 121 (9).

IV KBr -1v em:max

1270, 1030.

2950, 2850, 1600, 1580, 1510, 1450- ,

UV: À MeOH nm: 210, 230, 285 (E: 14600, 11100, 6450)max

1RMN- H: (60 MHz, CDC1

3,<s ): Tabela 5, página 18.

13RMN- c: (20 MHz, CDC1

3,<S ): Tabela 7, página 22.

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Ve - 3

- 50 -

-(lR, 2S,5R,6R)-2,6-Di-(3',4'-dimetoxifenil)-3,7

-dioxabicicl0 3.3.0 octano. (epieudesmina).

cristais incolores. p.f. 128.1310

+EM de baixa resolução: M 386 (C22H2606)

+EM: m/z (int. rei.): 386 (M ,2), 219 (10), 194 (10)

177 (56), 166 (28), 165 (43), 151 (37), 138 (13)

137 (4), 135 (60).

IV:KBr -1

\! max cm 2950, 2850, 1610, 1590, 1520, 1460 ,

1270, 1030.

RMN_IH (60 MHz, CDC13

, <5 ): Tabela 5, página 18.

RMN_13 C (20 MHz, CDC13

, Ô ): Tabela 7, página 22.

UV: À MeOHmax

-1cm 230, 280 (E: 17250, 7500)

Ve - 4 '(lR,2S,5R,6S)-2,6-Di-(3',4'-dimetoxifenil)-3,7-

dioxabicicl0 3.3.0 octano. (eudesmina).

sólido branco: p.f. 128-1310

EM de baixa resolução: M+ 386 (C22H2606)

+EM: m/z (int. reI.): 386 (M , 2), 219 (10), 194 (10)

177 (56), 166 (28), 165 (43), 151 (37), 135 (60).

RMN-1

H (60 MHz, CDC13

, ô ): Tabela 5 , página 18

RMN_13 C (20 MHz, CDC13

, <5 ): Tabela 7 , página 22.

UV: À MeOH nm: 230, 280 (E: 17250, 7500)max

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Ve - 4.1

- 51 -

rel-(8R,8'S)-9,9'-Dihidroxi-3,4,3',4'-tetrametoxi-

lignana-8, 8' .

óleo amarelo

1RMN- H (60 MHz, CDC13

o ): 6,45-6-70 (m, 6Ar-~),

4,40 (sl, 2 -o~), 3,85 (s. -OCH3 ), 3,50 (dd, J=10,o

e 2,0 Hz, H-9 e H-9'), 2,70 (dl, J=6,0 Hz, 2 H-7,

2 H-7') e 1,70-2,10 )ml, lH-8 e iH-8').

IV \.! f~lmemax

-1em 3400, 2940, 2860, 1600, 1520, 1240

1150, 1030 e 930.

8.3 - Neolignanas Tetraidrofurânieas

Ve - 5 rel-(lS,2S,5R)-1-Metil-2-(3',4'-metilenodioxifenil)

-5- 6R ( -hidroxi-3 ",4 'Ldimetoxibenzil) -tetraidro

furano.

óleo amarelo

EM de baixa resolução: 372 (C21H2406)

EM: m/z (int. rel): 372 (M+, 23), 271 (2), 250 (3),

234 (10), 206 (32), 167 (100), 162 (15), 151 (68) ,

150 (12), 149 (41), 139 (53), 55 (54), 43 (22)

IV •• filme -1\.! max em 3500, 2950, 2850, 1610,1 1590,1520

1470, 1420, 1270, 1140 e 1030.

1RMN- H (60 MHz, CDC13 , o ): 7,00-6,80 (m, 6Ar-~)

5,90 (s, -02C~2)' 4,85 (d, J=6,5 Hz, H-6), 4,60

(d, l.T=6,5 Hz, H-2), 4,10-4,30 (m,2H-4), 3,85 (s, 4-

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Ve - 7

- 52 -

OCH3 ), 2,75 (m, H-I), 2,10 (m, H-5), 1,75 (51, -OH)'

1,10 (d, J=7,0 Hz, 3H-8).

RMN~13C (20 MHz, CDC13

, o): Tabela 9, página 31.

MeOH €UV À - nm: 210, 230, 280 ( 14.400,11.100, 4.60Qmax

rel-(lS,2S,5R)-1-Metil-2-(3',4'-dimetoxifenil)-5 -

6R( -hidroxi-3'~4" -dimetoxibenzil) -tetraidrofu-

rano. (magnostelina A)

óleo amarelo, I ai = +75 (CHC13

, c 0,75)

EM de baixa resolução: M+ 388 (C22H2806)

EM: m/z (int. re1.): 388 (M+, 4), 287 (6), 250 (3)

222 (6), 178 (6), 177 (6), 167 (25), 167 (28), 166

(4), 165 (15).

IV: vfilme cm- l 3500, 2950, 2850, 1610, 1590,1520max

1470, 1420, 1270, 1140, 1030.

1RMN- H (60 MHz, CDC1

3, o ): 7,00-6,80 (m, 6Ar-!:9

4,85 (d, J=6,5 Hz, H-6), 4,60 (d, J=6,5 Hz, H-2) ,

4,10-4,30 (m, 2H-4), 3,85 (5, 2_.0CH3

), 2,75 (m,H-~J

2,10 (m, H-5), 1,75 (5, l-O!!), 1,10 (d, J=7,0 Hz ,

3 H-8)

RMN_ 13 C (20 MHz, CDC13

, o ): Tabela 9, página 31.

1 MeOHUV /\ nm: 210, 210, 280 (€ 14200, 10900, 4400)max

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Ve - 7.1

Ve - 7.3

- 53 -

(18,28, 5R, 68) -1-Metil-2- (3 ",4" -dimetoxif enil) -5 -

( -hidroxi-metoxi-3 li' ,4 'li -dimetoxibenzil) -tetraidro

furano.

óleo amarelo

IVvfilme cm- l :2950, 2850, 1600, 1520,1460,1250,max

1150, 1040.

RMN-I

H (60 MHz, COC13 , o) :6,80 (s, 6Ar-~), 4,60 (~'

J=6,5 Hz, H-2), 4,20 (m, H-?), 3,90 (s, -OMe), 3,25

(s, -OMe), 2,70 (m, H-I), 2,00 (m, H-6), 1,80 (sI,

-OH), 1,10 (d, J=7,0 Hz, H-8)

reI (8R, 8'8)-9'-hidroxi-3,4,3:4'-tetrametoxi-neo-

lignana-8,8'-6,7'.

sólido branco: p. L 145-1470 (hexano)

IV vfilme cm-1 3500, 2930, 2840, 1610, 1520, 1470,max

1250, 1150, 1030.

1RMN- H (80 MHz, COC13 , 8): 6,80-6,55 (m, 4Ar-~)

6,20 (s, H- 5), 3,5 O (d, J= 1 O, O Hz, H- '7 ' ), 2,8 O (m ,

H-9'), 2,00 (m, H-7), 1,60 (m, H-8 e H-8'), 1,45(s1,

- OH), 1 , 10 (d , J =7 , O Hz, H- 9 )

13RMN- C (20 MHz, COC13 ,o) l Tabela 11, página 34.

ORO: À MeOH nm: (1<1>1): 240 (+1600) pc' 257 (+120)v1 '

275 (2000) e 290 (-480).pc

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- 54 -

9 - ESPECTROS DAS SUBSTÂNCIAS ISOLADAS

E DERIVADOS

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ESQUEMA 2 - Interpretação do EM de Ve-1.

..@) &M20'~ 'OH ~ I rI .... 1 li 11 .... 1 ,"398 (1) I MeO"~ UI ~

M20 -~~ /. OH r~o

OH367 (11) 153 (4) 195 (23) 219 (3)

U10'1

168 (9)182 (40)

M I~ p~~ 0r~~~MeOVOO MeO'~H MeO~OH

167 (100)

OH O ~+

~I.

1"MeO /" OH

205 (6)

C6

H5

(CH2

)~~ @)105 (3) 91 (15)

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58

4000I

3000I

2000 1500I

eM-l- 1000I

900I

800I

700I

80

J .:'EH__ tE- ,_ ~~- '-;"i":1~ .- -I -;íE ~ ~ - ~;~lít;;'1

_ :~ ~~ ~ := ~;-' ~~=-q:; ~L'B~~ -::._~-,-..- ._-. -i-: -,==< - ~~~-I)~,~~H1-...- -: 'in ili~I\$ ; -. - :;~1 ~ i~;:~:E' -1:1 i"-~ '-c;~:. __ ~= -. §" i'

.-.'" tti"'--l Ê·"ª",ª _ •• --_ --':rr~i~fu ê."-r.-= - =" ~·2 ·~~~§~TIi-,ª,~·-õÊ ES-f1- -5 i - -~ ~~- -_ -. o "i~ '!§=!F E-i Lfi1E -='i$ ...,-::0 -i:'~-'~ .•"'='j- :: -''j i i i

- . ?- - - 0-- o u~ : Jª, . 1~ _~'"±: i=G 'i _iff~: -o:n.-::= F-=i:#---: ,,~" ._~ =I. -:- 1i i,ªEg- ª" i5i~:::i~_ - ª2:;'_~=-êl:"==='-': --35~' Eff1ê -:- ...:-=':_~:~-:~ ~-== ~:.:~ i1

EE:'E:I:::- ;.;;-: _.- -t=--':r~ _~ _=-==_=.:: = -o~ =- i-ri: oo§-:;, §§§:ªir:-;-E ._ .:~_=S -: ='1:,ir o~~i1--". =.==- ~-';'--;"J: _F.'i-3'E::~ "-ªi'.:=§ ª;4~:;---:_ =-==~

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~ 60<....~<Il

~ 40a:..20~-=.= -e=

=

I.

=

=

o3 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

WAVELENGTH (MICRONS,

ESPECTRO 6 - IV de Ve-6

9 8 7 6 5 4 3 2 1 o

1-ESPECTRO 7 - RMN- H de Ve-6 em CD~13.

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ESQU~MA 3 - ~~terpretação do EM de Ve-6.1.

OH. 'l+

ç}-=fl' ó::ú1+ I~ . I tI" IJ I" ·~~

..............1./ I H I./=c=üHO

....., -o- 9 ./ ./

OH! /OH10 9372

336 (14) 326 (14) 262 (2) 244 (4)

354 (11)

+.

6:165 (31)

GJ:R ',+I " "

./H

152 (32)

~~t

~OH137 (100)

OHClI~OH

138 (11)

À ~ol+V;c>-. ·O

136 (3)

U11.0

l+ -,+C6H5 (GI2) 5 • C6H5 (GI2) 2 •C6H5 (GI2) 811

189 (13)

C6H

5(GI

2) 711

175 (4)

1147 (3)

1

105 (2) @)91 (17)

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----------------------

6024 ao 400 ~ NICQ.QNS 6-0 7<» 10 a-o \O \t 14 '6

~ ~ ~ ~ ~ 1~ 1~ 1~' 1~ l~ ~ ~WAVENUU8Ellta.r') WAVENUM8ER{eM-'1

E$PECTRO 8 - IV de Ve-6.1.

I~li I,1.;Ii

I::,t,

I

J~[ 9 8 7 6 5 4 3 2 1 o

ESPECTRO 9 1RMN- H de Ve-6.1 em CDC13 •

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61

ESPECTRO la

o,<:::!

IV de Ve-2.

1.0 •.0 ~o MICRO.... ETROS ,,"o 'o LO 9.0 10 Ir 14 t6

l:::I:::1 ........ ~ ...~ ~ .l:::::_.. :1..-'::::

...-:--:: !":: ::.:

. -

_ ESPECTRO 11 IV de Ve-3.

- ESPECTRO 12 IV de Ve-4.

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- 63 -

100

90

.0

70

!!io

to

o 50 1 OO 150 200 250 300 350

ESPECTRO 13 - EM de Ve-2.

o 50 100 150

.1'~"~,""",""j,,,,,,,,,.,,,,~,,,",,,,L,,.,I..c''"'I!'200: 250 300 350

ESPECTRO 14 - EM de Ve-3 e de Ve-4.

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ESQUEMA 4 - Interpretação dos EMs de Ve-2, Ve-3 e Ve-4.

o V~"!"

53/ 3~6 (63) f }Ve

veCO-CH2-CH2+

Ve CHO+' 166 (43)~

0"1,::::.

/'

-

.c.

(26)

0~"!"

V 340 (8)

Pi

~ve\:/ 219 (11)

+(OyPi

\vi 203

Pi-CHO "!" 150(26)

O

HJ:s1 tVe

Pi o

(100)

O +

_ ~~ePiÁ...O)

1

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p;",CO CH

" 1 2

PiCO-CH2-CH2+

jl77 (55)178 (19)

1

~;

f f'PiS 370 (97) •~

161 (30)

1

+Pi-CH=CH=CH2

+.O

H c/" "Ve21 CHCH'II ~2

Pi"'CH CHO

Pi-CH=CH=CHi)H

1194 (14)

+Ve-CH=CH=CH2

177 (88)

I

+•.H C/C\. ",ITe

21 CHCH'II <[H2

ve"'CH CHO

Ve-CH=CH=CH2ÔH

1193 (8)

r

~aÉOJ.'vE

CO+

Q",/ OM=

M=165 (100)

Ô·H C........ " "Ve

21 CHCH II 2 )r

ve,aJ1CH2

(20)

..(yvet' 356 (9)

+(~yVe

\:j 219

o -1+'r---!'.Ár.) Ve

Ve O

~

O

})

+H/ .

Ve

Ve O

'!>

13 7 (7) 121 (10)

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65

ESPECTRO 17 Curva no UV

______ • -o • _

------ -------50-

7J-------,H---.,---f.-;- - __ --_-0---. .--- . ---- - --

1---·---'--

!-~-~o----·-

L-1--,---c.=---

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de Ve-4.

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___ • ---J _--+---.__.~_~__ -o o _

·~?=~~~R~~~~~=--==~-=-o ~ERKIN_ELMER o

8 6 5 3 2 1 o

ESPECTRO 18

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- 66 -

-9 8 7 6 5 4 3 2 1 o

ESPECTRO 19 - RMN_1H de Ve-3 em CDC13

°

1-ESPECTRO 20 - RMN- H de Ve-4 em CDC13 °

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67

ESPECTRO 21 - IV de Ve-4.1.

o23456

ESPECTRO 22 - RMN_1H de Ve-4.1 em CDC13

.

I tili

I :~I

II

I

J .i.,::l

~o

8

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- 68 -

"O

13ESP.ECTRO 23 - RMN-- C de Ve-2 em CDC1

3"

'o ço Qo 30 10 tO o

1'"0 110 It-o 1'0 100 40 1IO VI

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00

90

80

10

So

'10

30

- 69 -

I « , ,lbO 1,",0 1'10 no .to li.

ESPECTRO 25 - RMN_13 c de Ve-4 em CDC13

0

10 o

10

50 100 ISO 200 250 300 351) ·i

~pPECTRO 26 - EM de Ve-5.

ID

~Q

eo

TO

&0

SD

'lO

)0

~

10

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ESPECTRO 1:7 - 'EM (te Ve-7.

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ESPECTRO 28 IV de Ve-5.

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ESPECTRO 29 IV de Ve-7.

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ESPECTRO 32

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ESPECTRO 33 - RMN-1H de Ve-7 a 80 MHz em CDC13 •

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ESPECTROS 34 - RMN_1H a 80 MHz de Ve-7 com adições de Eu(fod)3:

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d) 7 -3 e) 9 -310 g. 10 g.

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ESPECTRO 38 - RMN_13 c de Ve-7 em CDC13 •

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