projecto educativo 2010-2013 -...
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Atualização
Ano Letivo 2011/2012
Agrupamento
Vertical de
Ourique
"O Universal
é o Local sem os
muros"
Miguel Torga
PROJETO EDUCATIVO 2010-2013
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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ÍNDICE
Página
Preâmbulo 4
Capítulo I
1. Introdução
5
2. Enquadramento Legal 6
3. Identificação 7
4. Caracterização do Contexto
4.1. Localização
4.2. Estabelecimentos de Ensino
4.3. Mancha Horária dos Estabelecimentos
8
8
9
10
5. Contexto Social
5.1. Alunos
5.2. Pessoal Docente
5.3. Pessoal Não Docente
5.4. Associação de Pais
5.5. Associação de Estudantes
5.6. Assembleia de Alunos
5.7. Parcerias
10
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16
17
18
18
19
19
6. Organização Pedagógica
6.1. Critérios de Distribuição do Serviço Docente
6.2. Critérios para Elaboração de Horários
6.3. Critérios para a Constituição das Turmas
6.4. Implementação das Áreas Curriculares Não Disciplinares
20
20
22
22
25
7. Parque Escolar/Equipamentos 28
8. Avaliação do Agrupamento
8.1. Autoavaliação
8.2. Avaliação Externa
31
31
31
9. Avaliação de Desempenho do Pessoal Docente 32
10. Resultados Escolares: resultados das avaliações interna e externa por Ciclo 32
11. Prémio de Mérito 36
12. Plano de Melhoria 36
13. Sucesso Educativo do Agrupamento no ano lectivo 2009/2010 37
Capítulo II
1. Diagnóstico
1.1. Constrangimentos Globais
1.2. Potencialidades Globais
1.3. Dificuldades Detectadas e Estratégias Implementadas no ano lectivo
2009/10
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37
38
40
2. Respostas Educativas de Apoio ao Processo de Ensino/Aprendizagem 45
Capítulo III
1. Justificação do Projeto
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2. Missão, Princípios e Valores 55
3. Metas e Finalidades 57
Capítulo IV
1. Linhas Orientadoras
Literacia da Leitura e da Informação (LO 1);
59
59
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Articulação entre Ciclos (LO 2 e 3);
Envolvimento com a Comunidade (LO 4 e 5)
65
72
Capítulo V
1. Avaliação do Projeto Educativo 79
2. Monitorização da Avaliação 80
Anexos 86
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Preâmbulo
Saiu da aula completamente vazio. O corredor da escola era um beco sem
saída e à entrada da sala dos professores agarrou-se bem à alma para não a deixar
cair. Era como se dentro dele se tivesse partido a engrenagem que gera a motivação
e o engenho de ensinar. Como se os rolamentos se houvessem soltado dos eixos ou
um coração palpitante, de repente, desistisse. Ou um rio parasse a meio e se
aborrecesse da água que leva. Ou um professor perdesse a ilusão.
Vinte alunos na sala de aula e ele, inquieto, com a sensação de nada lhes ter
dado, nem acrescentado. Parece-lhe que durante noventa minutos passou por eles
sem deixar rasto. Talvez o sumário, talvez a assinatura. Estiveram lá, ele e os
alunos, o mestre e os aprendizes, mas é como se tivessem faltado todos.
Quando toca para sair, ele sai, oco e aflito. Os livros que traz na mala são
um molho de cartas sem endereço. Ele um carteiro perdido.
Tantos anos depois, esmorece. Não sabe o que há-de fazer a uma nova
geração de alunos que estão ali à sua frente, supostamente para o ouvirem e
acreditarem nele. O paradigma da escola mudou e ele que já se sentiu Noé, e a sua
obstinação era a barca que levava aqueles jovens lá dentro, e os salvava do
desânimo e lhes dava um rumo, ele esse barqueiro de emoções, andava agora à
deriva. De aula em aula. Com um horário a servir-lhe de jangada.
Verificados os dossiers, conclui-se que está lá tudo: planificações, programas,
objectivos gerais e específicos, critérios de avaliação, relatórios, atas, ações de
formação, projetos. O que falta então?
Talvez entender que a sala de aulas e a Escola e o Agrupamento todo são
rua, vida, gente, muita gente, liberdade, emoções, paixões, lágrimas felizes e das
outras, esperança, pais, mães, regras, asas, sonhos, vocação, casa, princípios,
educação com projeto.
Entra na sala. Pega no giz e giza a aula.
O sumário de hoje é: Poemas talhados na gramática das coisas.
Nota: Onde está professor leia-se também professora. Onde está ele, leia-se
também ela.
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Capítulo I
1. Introdução
“ Pensar um projeto, é sempre explicar como se passa do eu para o nós”.
André Comte-Sponville
A escola pode entender-se como uma organização específica de educação
formal marcada pelos traços da sistematicidade e da sequencialidade da instrução,
transmitindo e produzindo conhecimentos e técnicas, da socialização, mediante a
transmissão e construção de normas, valores, crenças, hábitos e da certificação dos
saberes que proporciona.
Podemos dizer que por determinações legais do nosso sistema educativo são
estas as funções atribuídas à escola enquanto instância educativa. Dado que, de
acordo com Weinert, uma organização é um “ conjunto colectivo com limites
relativamente fixos e identificáveis, possuindo uma ordenação normativa, um
sistema de autoridade hierárquica, um sistema de comunicação e uma coordenação
dos seus membros e este conjunto colectivo funciona numa base relativamente
contínua num determinado contexto e dedica-se a ações ou atividades que tendem
para uma meta final ou objectivo, ou série de metas ou objectivos”, importa
identificar esses objectivos, obviamente numa perspectiva nacional segundo o ponto
de vista normativo e curricular, mas também, legitima e necessariamente, segundo
a percepção dos atores centrais do processo educativo (professores e alunos), que, de
acordo com o espírito e a redação do Decreto-Lei nº 75/2008 de 22 de Abril, foram
reforçados pela participação das famílias e comunidades locais.
O conceito de autonomia, aplicado a um contexto local singular com
identidade e cultura próprias, que aqui se traduz por Agrupamento de Escolas de
Ourique, deve permitir que todos os agentes educativos pertencentes a este mesmo
agrupamento de escolas possam cumprir a missão que lhe é incumbida em
condições de qualidade, equidade, eficiência e eficácia num clima de identificação e
pertença, ou seja as mudanças são produzidas no contexto organizacional da escola,
por ação e interação dos respectivos atores sociais.
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O Projeto Educativo, enquanto objecto estruturante, surge como um
documento onde se vão definir e formular as finalidades, os objectivos e estratégias
que vão fazer da escola o espaço organizacional autónomo, onde se decidem os
desafios educativos da comunidade onde se insere.
Sendo um projeto colectivo de planeamento e de intervenção, o primeiro
momento de construção deste documento estruturante da comunidade escolar
traduziu-se por um processo de avaliação interna, de modo a:
a) Identificar os pontos fortes e áreas de melhoria do Agrupamento;
b) Estruturar um plano das ações a desenvolver no sentido da prestação de um
serviço público de qualidade.
Realizou-se também um Fórum que mobilizou a comunidade educativa e a
comunidade envolvente para um debate sobre o Agrupamento, os seus
constrangimentos e as suas potencialidades e as respostas que teremos de ser
capazes de dar em conjunto com todos os agentes educativos,
2. Enquadramento Legal
A Lei de Bases do Sistema Educativo configura uma nova visão da escola:
torna-a mais autónoma e mais participada, devolvendo-a à comunidade onde está
inserida, permitindo-lhe tomar decisões sobre as opções pedagógicas e também
administrativas.
O Decreto-Lei nº 75/2008, na sua alínea a) do ponto 1 do Art. 9º, vem
reafirmar que o “Projeto Educativo (…) consagra a orientação educativa do
agrupamento de escolas (…), elaborado e aprovado pelos seus órgãos de
administração e gestão para um horizonte de três anos, no qual se explicitam os
princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais o agrupamento de
escolas (…) se propõe cumprir a sua função educativa”.
O ponto 1 do Art. 8º do mesmo Decreto-Lei reforça o enfoque na
transformação da organização escolar ao preconizar que “A autonomia da escola é a
faculdade reconhecida ao agrupamento de escolas (…) de tomar decisões nos
domínios da organização pedagógica, da organização curricular, gestão dos recursos
humanos, da ação social escolar e da gestão estratégica, patrimonial,
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administrativa e financeira, no quadro das funções, competências e recursos que
lhe estão atribuídos.”
O estatuído refere que a autonomia do Agrupamento se operacionaliza
através do Projeto Educativo, que orientará diferentes áreas de ação que vão dos
aspectos pedagógicos aos administrativos, dos valores que defende até às relações
que estabelece ao nível da comunidade local. A autonomia do Agrupamento
depende, pois, do contexto em que é exercida e das condições que o projeto
educativo originará para que o Agrupamento a possa exercer.
3. Identificação
Agrupamento Vertical de Ourique - 135392
Homologação: Despacho de 30 de Maio de 2000 do Sr. Secretário de
Estado da Administração Educativa, Augusto Santos Silva.
Estrada de Garvão – 7670 – 253 Ourique
Telefone: 286510900
Fax: 286510901
Nº de Contribuinte: 600070972
E-mail: [email protected]
Página net: www.agrupamentoescolasourique.drealentejo.pt
O Logótipo:
O Logótipo remete para a Batalha de Ourique, juntando o sol e o azul do
céu alentejano e o verde das planícies na Primavera.
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4. Caracterização do Contexto
4.1. Localização
O Agrupamento Vertical de Ourique situa-se no Concelho de Ourique,
Distrito de Beja.
Mapa 1
O Concelho de Ourique situa-se numa zona de transição entre a planície
Alentejana e a Serra Algarvia, que faz fronteira a Norte com o Concelho de
Aljustrel, a Noroeste com o Concelho de Santiago do Cacém, a Oeste com o
Concelho de Odemira, a Nordeste com o Concelho de Castro Verde, a Este com
Concelho de Almodôvar e a Sul com o Concelho de Silves.
Nas freguesias de Panóias, Conceição, Santa Luzia, Ourique e Garvão
predomina a planície, com pouco relevo, que se vai acentuando para Sul à medida
que o Algarve se aproxima. Santana da Serra é a única freguesia tipicamente
serrana.
A sede do Concelho, localiza-se entre dois grupos acima mencionados, situa-
se a 60 km da sede do Distrito, a 190 km de Lisboa, junto do entroncamento do IC1
e do IP2 (Sines – Beja) e a cerca de 5 km do nó da Autoestrada. O Concelho de
Ourique é composto por 6 freguesias. A população total do Concelho é de 6 199
habitantes (Censos 2001) e apresenta uma densidade populacional de 9 hab/Km2. A
freguesia de Ourique congrega 49,2% do total da população do Concelho, segue-se a
freguesia de Santana da Serra com 18,5%, a freguesia de Garvão com 13,8% e
Panóias detém 10,1% da população. Na freguesia de Santa Luzia encontramos 6,4%
da população e, por último, a freguesia da Conceição com apenas 2% da população
do Concelho de Ourique.
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4.2. Estabelecimentos de Ensino
O Agrupamento é constituído por cinco estabelecimentos de ensino distribuídos
por quatro freguesias:
Mapa 2
A Oferta Formativa do Agrupamento é a seguinte:
Escola EB2,3 S de Ourique:
2º,3º Ciclos e Ensino Secundário
Percursos Curriculares Alternativos
Cursos de Educação Formação
Cursos Profissionais
EB/JI de Ourique:
1º Ciclo e Pré-Escolar
Componente de AEC e Apoio à Família
EB/JI de Garvão:
1º Ciclo e Pré-Escolar
Componente de AEC e Apoio à Família
EB/JI de Panóias:
1º Ciclo e Pré-Escolar
Componente de AEC e Apoio à Família
EB/JI de Santana da Serra:
1º Ciclo e Pré-Escolar
Componente de AEC e Apoio à Família
Pré-escolar
1º Ciclo
2º, 3º e Sec.
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4.3. Mancha Horária dos Estabelecimentos
Na Escola Sede:
MANHÃ
1.º Bloco 09:00h – 09:45h
09:45h – 10:30h
2.º Bloco 10:50h – 11:35h
11:35h – 12:20h
Tempo suplementar 12:25h – 13:10h
ALMOÇO
TARDE
Tempo suplementar 13:20h – 14:05h
3.º Bloco 14:10h – 14:55h
14:55h – 15:40h
4.º Bloco 15:50h – 16:35h
16:35h – 17:20h
Em todos os estabelecimentos do Ensino Pré-Escolar e 1º Ciclo os horários
são definidos anualmente pelo Diretor sob proposta de cada estabelecimento
atendendo às necessidades pedagógicas.
5. Contexto Social
O Agrupamento Vertical de Ourique insere-se numa região social, cultural e
economicamente desfavorecida. O envelhecimento da população e a migração para
regiões com melhores ofertas profissionais e culturais são factores que fragilizam a
auto sustentabilidade do concelho.
Trata-se de um concelho pobre com fraca atividade económica e empresarial.
Sendo um concelho rural, a atividade agrícola é pouco produtiva e encontra-se em
declínio.
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Deve destacar-se que o concelho de Ourique é o maior exportador a nível
nacional de Carne de Porco Preto, atividade essa animada nos últimos anos com a
criação de empresas de média dimensão no concelho.
A economia local pode caracterizar-se do seguinte modo:
Estrutura produtiva agrícola marcadamente extensiva, geradora de pouco
emprego;
Predominância de atividades ligadas à exploração e transformação dos
recursos naturais, nomeadamente a exploração florestal e pecuária, a caça
e algum artesanato;
O sector do comércio e dos serviços embora débil e baseado numa economia
familiar representa no seu conjunto a principal atividade económica.
5.1. Alunos
No ano letivo 2009/2010, os 627 alunos do Agrupamento Vertical de Ourique
encontravam-se distribuídos por ano de escolaridade/curso de acordo com o
seguinte gráfico:
Gráfico 1
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Alunos que beneficiaram de:
Pré 1º
ano
2º
ano
3º
ano
4º
ano
5º
ano
6º
ano
7º
ano
8º
ano
9º
ano
10º
ano
11º
ano
12º
ano Total
Educação
Especial 2 - - 1 3 4 2 2 3 1 - - - 18
Tutorias - - - - - 4 1 4 4 1 - - - 14
Apoio
Psicológico 2 2 4 3 8 17 4 6 8 1 - 1 - 56
GAAF - - 1 - - 7 - 1 - - - - - 9
Tabela 1
Alunos que beneficiaram de aulas de recuperação/apoio:
5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano Total
Língua Portuguesa 18 22 28 21 11 - - - 100
Português - - - - - 14 5 4 23
H.G.P. 21 19 - - - - - - 40
História - - 14 17 12 - - - 43
Espanhol - - 7 13 - - - - 20
Francês - - - 5 15 - - - 20
Inglês 19 23 23 19 17 11 5 - 117
Matemática 26 27 - - 12 10 10 8 93
C. Naturais - - 13 3 4 - - - 20
F. Química - - 16 9 9 12 12 - 58
Tabela 2
Alunos que beneficiaram da Ação Social Escolar:
Pré 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano
Escalão a) A B A B A B A B A B A B
Alunos 4 12 15 12 9 8 8 13 17 20 14 16 19
Total 4 27 21 16 30 34 35
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7º ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano CEF Prof.
Escalão A B A B A B A B A B A B A B A B
Alunos 14 16 5 13 4 13 3 10 3 3 1 2 4 7 6 8
Total 30 18 17 13 6 3 11 14
Tabela 3
a) As crianças a frequentar o pré-escolar não estão abrangidas pelo programa da ASE,
porém a autarquia na componente de apoio à família são subsidiadas de acordo com o
rendimento per capita das famílias no prolongamento de horário e as refeições são pagas de
acordo com os escalões de abono de família, tal como nos outros níveis de ensino.
Caracterização dos Alunos
No ano letivo 2009/2010 elaborou-se num inquérito por questionário feito a uma
amostra (recolhida aleatoriamente) de alunos do Agrupamento, distribuída da seguinte
forma:
Sexo 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Total
M 10 11 9 9 39
F 13 6 6 8 33
As questões do inquérito visavam recolher informação sobre as condições de
existência dos alunos (secção 2), os seus hábitos de aprendizagem e sua autoavaliação de
interesses e capacidades, com vista à caraterização dos alunos do Agrupamento.
Esta caraterização serviu de diagnóstico para a elaboração do Projeto Educativo
2010-2013.
A família e a casa
1ª A Língua Portuguesa é língua de comunicação familiar (existe apenas
uma exceção no 1º ciclo) ainda que haja casos de origem estrangeira.
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2ª Os alunos têm condições físicas favoráveis ao estudo: espaço
apropriado; computador com ligação à internet. Os bens culturais são reduzidos,
contudo consideram que dispõem dos livros necessários de ajuda aos estudos.
3ª As famílias detêm abundância de telemóveis; suficiência de
automóveis, contudo18 casas de família ainda não dispõem de casa de banho
com banheira ou chuveiro.
Hábitos e tempo dedicado à aprendizagem
1ª O nº de alunos que tem explicações é reduzido. A Matemática é a disciplina à
qual os alunos têm maior nº de horas de explicações.
2ª No ensino secundário 30% dos alunos não dedica nenhuma hora por semana
ao estudo. É o nível de ensino onde esta % é maior.
3ª A maioria dos alunos dos 3 primeiros ciclos dedica menos de 2 horas por
semana ao estudo, segundo as percentagens de 69,44%; 58,82%; 54,37%. No secundário
a maioria (35,71%) vai para as 4 a 6 h semanais de estudo. Refira-se que no estudo
também se compreendeu a realização de trabalhos de casa.
4ª Os alunos não discriminam as disciplinas quanto ao tempo de estudo que lhes
dedicam, à exceção do 1º ciclo onde se regista um preferência pelo estudo da Língua
Portuguesa.
5ª A percentagem de alunos a estudar mais de 6h por semana está entre 0 e
5,71%, ou seja, é reduzida.
6ª É no ensino secundário que se verifica maior heterogeneidade no tempo
dedicado ao estudo pelos alunos.
7ª O método de aprendizagem mais usado pelos alunos é a memorização. Em
segundo lugar está a relacionação de conteúdos a aprender com outros já aprendidos e
com a sua aplicação útil em situações da vida.
8ª A seleção de informação do que é preciso aprender paralelamente com a
determinação do que não sabe é o método de estudo menos usado pelos alunos.
9ª Maioritariamente os alunos revelam ter métodos de estudo pouco
consistentes, pois alternam significativamente entre métodos, pelo que se conclui que
há desorientação, indeterminação ao nível dos métodos de estudo.
10ª É o 2º ciclo que apresenta melhores resultados nos métodos de estudo,
nomeadamente no empenho e autonomia. E o 3º os piores. São diferenças ligeiras,
contudo de registo.
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11ª Todos os alunos têm computador; O nº de alunos que nunca os usa é
desprezável;
12ª É nas suas casas que mais o usam;
13ª Os alunos do 1º ciclo e do secundário usam mais os computadores na escola
que os alunos dos outros ciclos;
14ª O uso do computador é mais intenso (uso quase diário) que moderado (1 a 2
vezes por semana) nos vários ciclos.
15ª Os alunos que mais usam os computadores são do 3º ciclo. Os que usam
menos são do 1º ciclo.
16ª O uso dos computadores é maioritário para trabalhos e pesquisa do que para
lazer, embora a diferença, exceto no segundo ciclo. A diferença de uso do computador
para fins de lazer ou de trabalho não é muito acentuada.
Interesses e capacidades
1ª Os alunos têm expectativas positivas em relação à escola, consideram que a
sua frequência é útil para a prossecução de estudos e para habilitar para a vida
profissional. O número de alunos que não tem esta opinião é desprezável. Verifica-se,
contudo, que no 3º ciclo e secundário a opinião favorável em relação à utilidade da escola
não é tão fortemente sentida.
2ª No estudo da Matemática verifica-se que no primeiro ciclo há boa impressão
da sua aprendizagem: é considerada envolvente, divertida e importante. Os resultados
são consequentemente bons. Este quadro positivo vai-se invertendo com a passagem dos
ciclos. Os alunos consideram que têm dificuldades em compreender os aspectos difíceis
das matérias.
3ª No estudo da Língua Portuguesa verifica-se que desde o 1º ciclo (em que os
alunos são bons na disciplina e a veem favoravelmente) até ao secundário decresce o
gosto pela disciplina. Também as opiniões se diferenciam, havendo um leque maior de
opiniões significativas que no 1º ciclo. Os alunos consideram que têm dificuldades em
compreender os aspectos difíceis dos textos.
4ª Na avaliação de resultados nas outras disciplinas e nas próprias capacidades,
regista-se também um decréscimo à medida que se avança no ciclo de ensino.
5ª A competição sentida pelos alunos nos resultados escolares tem valores mais
elevados no 1º ciclo.
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6ª O usar a competição como motivação nos estudos também é por cerca de 40%
dos alunos do primeiro ciclo. Esta percentagem vai diminuindo ao longo dos ciclos, até
ser desprezável no secundário.
7ª Em termos de ambições pessoais, verificam-se, à exceção dos alunos do
primeiro ciclo, baixos índices.
8ª Com valores ligeiramente discrepantes, todos os alunos do Agrupamento
gostam de trabalhar em grupo e consideram ser uma boa forma de aprendizagem.
Também se verifica que saberem que em grupo há a considerar o contributo de todos os
seus elementos.
9ª Os alunos do Agrupamento estudam motivados pela perspectiva de vir a
conseguir um melhor emprego e um futuro economicamente seguro.
10ª Os alunos consideram que, no geral, procuram dar o seu melhor para
adquirir os conhecimentos e as competências ensinados. Os que se esforçam menos são os
alunos do 3º ciclo.
11ª Ao nível da determinação e do crédito dado às próprias capacidades, é
também no 3º ciclo que se registam valores mais baixos e no 1º ciclo mais altos.
5.2. Pessoal Docente
Em 2009-2010, os docentes encontravam-se distribuídos pelas escolas do
Agrupamento conforme se constata no quadro seguinte. De realçar que cerca de
40% destes profissionais são docentes contratados.
Localidade Pré-escolar 1º Ciclo 2º Ciclo
3º Ciclo e
Secundário
CEF
Cursos
Profissionais
Português
2ª Língua
Ensino Especial/
Apoio Educativo
Total
A. Palheiros 1 1 0 0 0 0 2
Garvão 1 1 0 0 0 0 2
Ourique 1 5 17 35 1 2 61
Panóias 1 1 0 0 0 0 2
Santa Luzia 1 1 0 0 0 0 2
Santana da
Serra 1 1 0 0 0 1 3
Total 6 11 17 35 1 3 73
Tabela 4
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5.3. Pessoal Não Docente
Desde Janeiro de 2008, com a assinatura do contrato de execução de
competências para os municípios em matéria de educação, a gestão do pessoal não
docente, nomeadamente no que diz respeito às competências de recrutamento,
afetação, colocação, remuneração, homologação da avaliação de desempenho, é da
competência da autarquia.
Tabela 5
Sendo fundamental que todo o pessoal não docente faça formação nas áreas
do conhecimento e da socialização no ano lectivo 2009/2010 as assistentes
operacionais em funções na cozinha frequentaram ações de formação nas áreas de
Segurança, Saúde e Higiene no Trabalho, Manipuladores de Alimentos e
Implementação do Sistema HACCP. Os restantes Assistentes Operacionais
frequentaram ações de formação na área da Ação Educativa na Construção de uma
Escola de Qualidade e Comunicação Interpares, ambas promovidas pelo Centro de
Formação Terras de Montado.
Pessoal Não Docente
Localidade
Assistentes
Operacionais Assistentes
Técnicos
A
S
E
Refeitório
Regime
Noturno
Total
Pré-
escolar
1º
Ciclo
2º, 3º e
Sec.
Garvão 2 1 0 0 0 2 0 5
Ourique 4 10 27 8 1 5 1 56
Panóias 1 2 0 0 0 1 0 4
Santana da
Serra 2 2 0 0 0 2 0 6
Total 9 15 27 8 1 10 1 71
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5.4. Associação de Pais
A Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento foi eleita
em 6 de Maio de 2010. A Associação de Pais e Encarregados de Educação é uma
associação representativa de todos os pais e encarregados de educação, estabelecida
e regida por estatutos próprios, com sede na escola sede do Agrupamento e eleita
entre os pais e encarregados de educação por mandatos de um ano, correspondente
ao ano letivo. Está organizada com os seguintes órgãos sociais: Assembleia-Geral,
Direção e Conselho Fiscal.
As atividades que desenvolve são de cooperação com a restante comunidade
escolar no sentido que seja proporcionado aos seus educandos um ambiente escolar
de qualidade, sendo para isso importante o maior envolvimento dos pais e
encarregados de educação do Agrupamento nas atividades escolares de convívio,
sessões de esclarecimento e formação que a associação organiza ou em que presta a
sua colaboração. A sua constituição e a sua atividade enquadram-se no definido no
artigo 144º – Direitos dos Pais e Encarregados de Educação – do Regulamento
Interno.
5.5. Associação de Estudantes
A Associação de Estudantes está devidamente legalizada e homologada em
Diário da República.
Funciona todos os dias da semana, das 9h00 às 17h20, em espaço próprio
dentro do recinto escolar.
A Associação de Estudantes tem várias secções – de Desporto, Cultural e
Recreativa – promovendo atividades nesses âmbitos, autonomamente ou em
articulação com outras estruturas da escola ou do meio de relevo para a
comunidade.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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5.6. Assembleia de Alunos
Nos termos do n.º 1 do artigo 14.º da Lei n.º 30/2002 de 20 de Dezembro, com
a redação que lhe foi introduzida pela Lei nº 3/2008 de 18 de Janeiro, os alunos
podem reunir-se em Assembleia de Alunos ou Assembleia-geral de Alunos.
Na Assembleia de Alunos ou Assembleia-geral de Alunos, estes são
representados pelos representantes da Associação de Estudantes e pelos delegados
ou subdelegados de cada turma constituída para o ano lectivo em curso.
Na Assembleia de Alunos poderão ser debatidos e/ou apreciados assuntos
relacionados com o funcionamento da escola ou de interesse geral dos alunos,
podendo, no referido âmbito, serem efectuadas propostas para apresentar ao
Conselho Geral, ao Diretor e ao Conselho Pedagógico.
A Assembleia de Alunos pode reunir no seu todo ou por níveis de ensino.
As reuniões da Assembleia de Alunos serão solicitadas ao Diretor, devendo
sê-lo por, pelo menos, dois terços dos delegados de turma de qualquer nível de
ensino. A mesma solicitação deverá ser acompanhada de uma ordem de trabalhos.
Caberá ao Diretor aquilatar da justeza das razões de tal solicitação, bem como da
calendarização da mesma.
As reuniões da Assembleia de Alunos serão moderadas pelo Diretor ou por
outro docente delegado por este órgão, e funcionará em termos a definir em
regimento próprio o qual será submetido à aprovação do Diretor e do Conselho
Pedagógico.
5.7. Parcerias
Em termos de gestão considera-se que o envolvimento na tomada de decisão
dos mais diretamente interessados aumenta a sua responsabilização pelos
resultados, com ganhos evidentes de eficiência e eficácia. Por outro lado, sendo
a participação a chave do sucesso de qualquer inovação, uma intervenção baseada
na interação entre diferentes atores é à partida susceptível de assegurar a
representação da maior parte dos interessados e o seu envolvimento numa relação
profícua, desde a formulação de um projeto de intervenção até à sua concretização e
avaliação.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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Para tal, o Agrupamento Vertical de Ourique assinou protocolos de parceria
com a Câmara Municipal de Ourique, Santa Casa da Misericórdia de Ourique,
Bombeiros Voluntários de Ourique, Ourique Desportos Clube, Associação Orik,
Associação Futuro de Garvão, Centro de Emprego de Ourique, Junta de Freguesia
de Ourique, Centro de Arqueologia…., .
O contexto social relativo ao ano letivo 2010/2011 pode ser consultado no
anexo 1.
6. Organização Pedagógica
6.1. Critérios de Distribuição do Serviço Docente
A componente letiva do horário semanal dos docentes é, em função do
respectivo ciclo e nível de ensino, a que se encontra fixada no artigo 77.o do
ECD.
A componente letiva de cada docente corresponde ao número de horas de
aulas lecionadas e abrange todo o trabalho efetuado com a turma ou grupo
de alunos durante o período de lecionação de cada disciplina ou área
curricular não disciplinar.
Os Educadores de Infância do Pré-escolar, cumprem vinte e cinco horas
letivas, duas horas de organização do trabalho escolar, uma hora de
atendimento aos Encarregados de Educação e 2 horas para supervisão da
componente de apoio à família.
Os docentes titulares de turma do 1º ciclo cumprem vinte e cinco horas
letivas, duas horas de apoio ao estudo, uma hora de atendimento aos
Encarregados de Educação e 2 horas para supervisão pedagógica das
atividades de enriquecimento curricular;
Os docentes de apoio educativo do 1º ciclo cumprem vinte e cinco horas
letivas e três não letivas de apoio ao estudo;
Os docentes da Educação Especial cumprem vinte e duas horas e quatro
horas não letivas exclusivamente com alunos com NEE.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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Os professores do 2º e 3º ciclos cumprem vinte e seis ou vinte e sete tempos
semanais na escola (inclui tempos supervenientes). As horas resultantes
desta redução serão, entre outras funções, utilizadas em
trabalhos/desempenho de cargos no estabelecimento de ensino.
Os professores que lecionam a menos de 100 alunos cumprem 27 horas
semanais de trabalho letivo e não letivo. Os docentes que lecionam a mais
de 100 alunos cumprem 26 horas semanais de trabalho letivo e não letivo.
Deve manter-se a continuidade pedagógica em todo o agrupamento, sem
prejuízo no definido nos pontos seguintes, desde que não haja conflitos que
condicionem o processo de ensino - aprendizagem;
No ensino pré-escolar estabelece-se ainda o critério da antiguidade no
Agrupamento, sempre que o critério da continuidade pedagógica não se
verifique;
No 1º ciclo estabelece-se ainda o critério da graduação ou ordenação dos
docentes nos concursos. É de referir que neste ciclo de ensino, no final do
quarto ano, e sempre que se encerre o estabelecimento de ensino, deixa de se
verificar a continuidade pedagógica aplicando-se por isso somente o critério
relativo à graduação dos docentes;
Sempre que possível não atribuir mais do que três níveis de ensino ao
mesmo docente;
Deve evitar-se a atribuição de mais de seis turmas por professor;
Os cargos devem ser atribuídos preferencialmente a professores do quadro
de agrupamento;
As disciplinas de exame devem ser lecionadas preferencialmente por
professores do quadro de agrupamento;
Os docentes podem independentemente do grupo pelo qual foram
recrutados, lecionar toda e qualquer disciplina, no mesmo ou outro ciclo ou
nível de ensino para o qual detenham formação adequada.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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6.2. Critérios para elaboração de horários
Turmas com disciplinas que têm exames nacionais e disciplinas mais
teóricas devem ser lecionadas preferencialmente no horário da manhã;
As disciplinas devem ser lecionadas nos espaços específicos correspondentes
a cada uma das suas áreas curriculares;
Continuidade do Estudo Acompanhado a ser lecionado pelos professores de
Língua Portuguesa e Matemática em todos os anos do 2º Ciclo.
Nas disciplinas em que a turma está dividida em turnos, as aulas
correspondentes a esses turnos devem ser lecionadas no mesmo dia;
As aulas de recuperação/apoio devem estar juntas ao bloco de quarenta e
cinco minutos e ser lecionadas pelo professor da disciplina,
preferencialmente;
Continuação, na medida do possível uma tarde sem atividades letivas, ou
em alternativa de dois dias com termo das aulas às quinze horas e quarenta
minutos;
Não haver mais do que duas turmas em simultâneo no pavilhão;
As AEC de Educação Física devem ocorrer no menor número de dias
possíveis;
Na disciplina de Educação Física, as aulas lecionadas no período da tarde só
poderão ter início após as 14 horas 55 minutos.
6.3. Critérios para a constituição de turmas
Os critérios pedagógicos para a constituição das turmas neste
Agrupamento, conforme o estipulado no ponto 5.1. do Despacho nº
14296/2007 de 3 de Julho, alterado pela rectificação nº 1258/2007 de 13
de Agosto e o Despacho 19117/2008 de 17 de Julho, são os seguintes:
As turmas do 1º ciclo do ensino básico são constituídas por 26 alunos,
não podendo ultrapassar esse limite;
As turmas do 1º ciclo do ensino básico, nas escolas de lugar único que
incluam alunos de mais de dois anos de escolaridade, são constituídas
por 18 alunos;
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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As turmas do 1º ciclo do ensino básico, nas escolas com mais de um
lugar, que incluam alunos de mais de dois anos de escolaridade, são
constituídas por 22 alunos;
As turmas dos 5º aos 12º anos de escolaridade são constituídas por um
número mínimo de 24 alunos e um máximo de 28 alunos;
As turmas com alunos com necessidades educativas especiais
resultantes de deficiências ou incapacidade comprovadamente inibidora
da sua formação de qualquer nível de ensino são constituídas por 20
alunos, não podendo incluir mais de 2 alunos nestas condições;
No 9º ano de escolaridade, o número mínimo para a abertura de uma
disciplina de opção do conjunto das disciplinas que integram as
componentes curriculares artística e tecnológica é de 10 alunos;
Nos cursos científico-humanísticos, nos cursos tecnológicos e nos cursos
artísticos especializados no nível secundário de educação, o número
mínimo para abertura de um curso é de 24 alunos e de uma disciplina de
opção é de 10 alunos;
É de 15 alunos o número para abertura de uma especificação nos cursos
tecnológicos e de uma especialização nos cursos artísticos especializados.
Medida de apoio aos alunos com Português como Língua Não Materna de
acordo com ao Despacho Normativo 7/2006, de 6 de Fevereiro, integrado
nas atividades de Sala de Estudo, sempre que o número de alunos por
nível de proficiência seja inferior a 10, tendo em conta o ofício
DGIDC/2011/GD/8.
Sempre que as atividades escolares decorram nos períodos da manhã e
da tarde, o intervalo para almoço não poderá ser inferior a uma hora
para estabelecimentos de ensino dotados de refeitório e de uma hora e
trinta minutos para os restantes;
Deve prevalecer a continuidade da turma, salvo por razões pedagógicas
devidamente fundamentadas pelo Conselho de Turma;
No Ensino Secundário, havendo turmas reduzidas, deve proceder-se ao
agrupamento dos alunos nas disciplinas de carácter geral;
As disciplinas de Educação Física e Línguas Estrangeiras não devem ser
leccionadas em dias seguidos.
O horário dos alunos não pode ter tempos livres intercalados;
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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O horário dos alunos não pode ter mais de 8 tempos letivos diários;
Sempre que possível, em cada dia deve haver um misto de aulas práticas
e aulas teóricas;
Sempre que no final do ano seja feito um diagnóstico pelo Conselho de
Turma de necessidade de apoio pedagógico, tutorias, etc., devem essas
necessidades constar do horário da turma em que o/os aluno/s se
insere/m;
O tempo de 45 minutos a decidir pela escola nos termos do Anexo III do
Decreto-Lei nº 94/2011, de 3 de Agosto, (carga horária semanal do 9º
ano) será em cada ano lectivo atribuído a Língua Portuguesa ou
Matemática tendo em conta os resultados apresentados no 8º ano em
cada uma destas disciplinas. Assim, a disciplina com a média de
resultados mais baixa usufruirá desse meio bloco no ano lectivo
seguinte.
É autorizado o desdobramento de turmas nas disciplinas do Ensino
Básico e Secundário de acordo com as condições constantes do Anexo 1
do Despacho nº 14206/2007 de 3 de Julho, de que faz parte integrante,
sendo referido desdobramento destinado ao trabalho prático e ou
experimental a desenvolver com os alunos;
Áreas curriculares disciplinares do ensino básico em que é autorizado o
desdobramento quando o número de alunos da turma for superior a 15:
Nas disciplinas da área de Ciências Físicas e Naturais - Ciências da
Natureza, Ciências Naturais e Ciências Físico-Químicas - no tempo
correspondente a um bloco de noventa minutos, de modo a permitir a
realização de trabalho experimental;
Disciplinas dos cursos do ensino secundário em que é autorizado o
desdobramento da turma:
Nos cursos científico-humanísticos até uma unidade letiva semanal
acrescida de um tempo de quarenta e cinco minutos quando o número de
alunos da turma for superior a 15, nas seguintes disciplinas:
Biologia e Geologia;
Biologia;
Desenho A;
Física;
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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Física e Química A;
Língua estrangeira (na Formação Específica do Curso de Línguas e
Humanidades)
Geologia;
As turmas dos anos sequenciais do Ensino Básico e Secundário, Cursos
de Educação Formação e Profissionais, bem como das disciplinas de
continuidade obrigatória, podem funcionar com um número de alunos
inferior ao previsto nos números anteriores, desde que se trate de
assegurar o prosseguimento de estudos aos alunos que, no ano anterior
frequentaram a escola com aproveitamento e tendo sempre em
consideração que cada turma ou disciplina só pode funcionar com
qualquer número de alunos quando for única;
Não poderão ser constituídas turmas apenas com alunos em situação de
retenção, devendo ser respeitada, em cada turma, a heterogeneidade do
público escolar, com exceção de projetos devidamente fundamentados de
direção executiva/direção pedagógica dos estabelecimentos de ensino,
ouvido o Conselho Pedagógico;
A constituição, a título excecional, de turmas com número inferior ou
superior ao estabelecido nos números anteriores carece de autorização
da respectiva Direção Regional de Educação, mediante análise de
proposta fundamentada do órgão de direção executiva do
estabelecimento de ensino, ouvido o Conselho Pedagógico;
Sempre que se revele necessário para a implementação de medidas de
apoio educativo aos alunos dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico, bem como
do Ensino Secundário, designadamente ao nível dos planos de
recuperação de desenvolvimento e acompanhamento, o Agrupamento
pode dispor, sob proposta do conselho de turma respetivo, dos tempos
resultantes da aplicação da tabela constante no nº 2 do artigo 12º do
Despacho nº 5328/2011, de 28 de Março;
O apoio aos alunos dos diferentes ciclos e níveis de ensino pode ser
prestado por qualquer docente do Agrupamento/Escola nos termos do
artigo 12º do Despacho nº 5328/2011, de 28 de Março.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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6.4. Implementação das Áreas Curriculares Não
Disciplinares
Na lecionação das áreas curriculares não disciplinares respeita-se o
documento orientador no qual se distinguem os seguintes pontos de
acordo com o Despacho nº 5328/2011, de 28 de Março;
A distribuição do serviço docente, no 2.º ciclo, deve, sempre que possível,
assegurar que cada docente leccione à mesma turma as disciplinas, ou
áreas disciplinares relativas ao seu grupo de recrutamento.
O diretor de turma deverá leccionar, para além de leccionar as
disciplinas ou áreas disciplinares atinentes ao seu grupo de
recrutamento, a área curricular não disciplinar de Formação Cívica;
O tempo atribuído ao Estudo Acompanhado, no 2ºciclo, deve ser utilizado
parcialmente pelas escolas para apoio aos projetos em curso,
designadamente:
Desenvolvimento do Plano da Matemática (cf. o despacho n.º
6754/2008, de 29 de Fevereiro, e edital);
Realização de atividades no âmbito dos planos de recuperação,
desenvolvimento e de acompanhamento dos alunos (cf. o despacho
normativo n.º 50/2005, de 20 de Outubro);
Programas definidos a nível da escola.
A área de estudo acompanhado deve ser assegurada pelo professor
titular de turma, no caso do 1.º ciclo, e, preferencialmente, pelos grupos
de recrutamento de Língua Portuguesa e de Matemática, nos 2.º ciclos.
Tendo em conta a diversidade de experiências vividas nas escolas e
atendendo à sua importância para a promoção da melhoria das
aprendizagens, a área de estudo acompanhado pode integrar, entre
outras, as seguintes modalidades:
Desenvolvimento de planos individuais de trabalho e estratégias
de pedagogia diferenciada de modo a estimular alunos com
diferentes capacidades;
Programas de tutoria para apoio a estratégias de estudo,
orientação e aconselhamento do aluno;
Atividades de compensação e de recuperação;
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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Atividades de ensino específico da língua portuguesa para alunos
oriundos de países estrangeiros.
A área de estudo acompanhado deve ser planeada, desenvolvida e
avaliada, quando necessário, em articulação com outros técnicos de
educação e envolvendo igualmente os pais ou encarregados de educação e
os alunos.
Ao longo do ensino básico, em formação cívica devem ser desenvolvidas
competências nos seguintes domínios:
Educação para a saúde e sexualidade de acordo com as orientações dos
despachos nºs 25 995/2005, de 28 de Novembro, e 2506/2007, de 23 de
Janeiro
Educação ambiental;
Educação para o consumo;
Educação para a sustentabilidade;
Conhecimento do mundo do trabalho e das profissões e educação para o
empreendedorismo;
Educação para os direitos humanos;
Educação para a igualdade de oportunidades;
Educação para a solidariedade;
Educação rodoviária;
Educação para os media;
Dimensão europeia da educação
A área curricular referida no número anterior deve ser planeada,
desenvolvida e avaliada, com recurso a parcerias com entidades
governamentais e não governamentais, externas à escola, que apoiem a
realização dos projetos e facilitem o intercâmbio de experiências entre escolas
através da realização de concursos, visitas de estudo, encontros nacionais,
exposições e de outras iniciativas divulgadas e apoiadas pelo ME ou entidades
locais.
Nos 2.º e 3.º ciclos, a área disciplinar da formação cívica deve ser
atribuída aos diretores de turma e o seu tempo curricular utilizado para,
através da participação dos alunos, regular os problemas de aprendizagem e
da vida da turma bem como para desenvolver projetos no âmbito da cidadania
e participação cívica, tendo em conta o referido no n.º 10.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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O módulo de Cidadania e Segurança deve ser trabalhado na área da
formação cívica, em cinco blocos de noventa minutos, ao longo do 5.º ano de
escolaridade, de acordo com uma sequência e um calendário a definir pela
escola e tendo em conta as orientações da Direção Geral de Inovação e de
Desenvolvimento Curricular.
O trabalho a realizar em cada uma das áreas curriculares não
disciplinares deve obedecer a uma planificação que deverá figurar no
respectivo projeto curricular de turma, com a identificação das competências a
desenvolver, as experiências de aprendizagem e a respectiva calendarização.
O trabalho desenvolvido em cada uma das áreas referidas no número
anterior deve ser objecto de uma avaliação participada e formativa, no
contexto da turma e, ainda, de uma avaliação global no final do ano letivo, a
realizar pelo conselho pedagógico, da qual deverá resultar um relatório, no
qual deve constar:
Recursos mobilizados;
Modalidades adoptadas;
Resultados alcançados.
No final do ano letivo, o diretor envia à direção regional de educação
respetiva a avaliação global referida no número anterior.
Cada direção regional de educação elabora um relatório global
relativo às escolas da respectiva área, o qual deverá ser enviado à
Direção -Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular até 31 de
Agosto.
7. Parque Escolar / Equipamentos
O Parque Escolar do Agrupamento não é o ideal para desenvolver um ensino
público de qualidade. No Ensino Básico há constrangimentos que se prendem com a
tipologia das escolas, construídas nas décadas de 40 e 50. Na Escola sede
deparamo-nos com um número insuficiente de salas e gabinetes, resultado,
infelizmente não do número de alunos, mas sim da inclusão de várias estruturas de
apoio. É de salientar também a necessidade de criação de um espaço mais amplo e
funcional para a ocupação do tempo livre dos alunos.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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Escolas
Espaços
EB 2,3/S
Ourique
EB 1
Ourique
JI
Ourique
EB1 / JI
Santana
da Serra
EB1/JI
Panóias
EB1
Garvão
JI
Garvão
Sala de JI 0 0 2 1 1 0 1
Sala de aula 14 6 0 1 2 2 0
Sala EVT/ET/EV 3 0 0 0 0 0 0
Sala EM 1 0 0 0 0 0 0
Laboratórios 3 0 0 0 0 0 0
Sala Informática 2 0 0 0 0 0 0
Sala Professores
1 0 0 0 0 0 0
Pavilhão
Gimnodesportivo 1 0 0 0 0 0 0
BE 0 1 0 0 0 0 0
BE/CRE
1 0 0 0 0 0 0
Gabinete D.
Executiva 1 0 0 0 0 0 0
Gab. Apoio ao Aluno 1 0 0 0 0 0 0
Gab. Ed. Especial 1 0 0 0 0 0 0
Cozinha
1 1 0 1 1 0 1
Refeitório
1 1 0 0 0 0 0
Casas de Banho 12 9 1 8 8 4 4
Balneários 4 0 0 0 0 0 0
Campo de jogos
exterior 1 0 0 0 0 1 0
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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Sala de Alunos 1 0 0 0 0 0 0
Bar
1 0 0 0 0 0 0
Papelaria
1 0 0 0 0 0 0
Reprografia
1 0 0 0 0 0 0
Gab,. Associação Pais 0 0 0 0 0 0 0
Sala DTs 1 0 0 0 0 0 0
Serviços
Administrativos
1 0 0 0 0 0 0
PBX
1 0 0 0 0 0 0
Sala Associação
Estudantes
1 0 0 0 0 0 0
Salas com Q.
Interativos 8 0 0 0 0 0 0
Salas com computador 22 6 1 2 2 2 1
Salas com Projetor 8 1 1 1 1 1 1
Salas com
TV/Vídeo/DVD 4 1 1 2 2 0 1
Sala de atend. E.E. 1 0 0 0 0 0 0
Espaços Clubes /
Projetos 2 0 0 0 0 0 0
Gab. Psicologia 1 0 0 0 0 0 0
Gab. Int. Precoce 1 0 0 0 0 0 0
Tabela 6
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
31
8. Avaliação do Agrupamento
8.1. Autoavaliação
A autoavaliação tem caráter obrigatório, desenvolve-se em permanência,
conta com o apoio da administração educativa e assenta nos termos de análise
seguintes:
a) Grau de concretização do projeto educativo e modo como se prepara e
concretiza a educação, o ensino e as aprendizagens das crianças e alunos, tendo em
conta as suas características específicas;
b) Nível de execução de atividades proporcionadoras de climas e ambientes
educativos capazes de gerarem as condições afetivas e emocionais de vivência
escolar propícia à interação, à integração social, às aprendizagens e ao
desenvolvimento integral da personalidade das crianças e alunos;
c) Desempenho dos órgãos de administração e gestão das escolas ou
agrupamentos de escolas, abrangendo o funcionamento das estruturas escolares de
gestão e de orientação educativa, recursos e a visão inerente à ação educativa,
enquanto projeto e plano de atuação;
d) Sucesso escolar, avaliado através da capacidade de promoção da
frequência escolar e dos resultados do desenvolvimento das aprendizagens
escolares dos alunos, em particular dos resultados identificados através dos
regimes em vigor de avaliação das aprendizagens;
e) Prática de uma cultura de colaboração entre os membros da comunidade
educativa.
A partir do ano lectivo 2009/2010 foi criada uma equipa de Avaliação
Interna que tem como missão a avaliação permanente do desempenho da escola nas
suas várias vertentes. A análise dos resultados é enviada anualmente para os
órgãos responsáveis a quem compete aprovar e estabelecer planos de melhoria.
8.2. Avaliação Externa
No ano lectivo de 2008/2009, o Agrupamento Vertical de Ourique foi objeto
de Avaliação Externa por parte da Inspeção-Geral de Educação. Desta intervenção,
que teve lugar entre os dias onze e treze de Março de 2009, foi elaborado um
relatório final com a avaliação do respectivo Agrupamento. Nos domínios avaliados
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
32
– Resultados, Prestação do Serviço Educativo, Organização e Gestão Escolar,
Liderança e Capacidade de Autorregulação e Melhoria do Agrupamento – obteve a
menção BOM.
9. Avaliação de Desempenho do Pessoal Docente
A avaliação do desempenho do pessoal docente tem por referência:
a) Os padrões de desempenho docente estabelecidos a nível nacional, sob proposta
do conselho científico para a avaliação de professores;
b) Os objetivos e as metas fixados no projeto educativo e nos planos anual e
plurianual de atividades do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada;
c) Os objetivos individuais, facultativos, que fixem o contributo do avaliado para os
objectivos e as metas referidos na alínea anterior ou para áreas relevantes do seu
desenvolvimento profissional.
10. Resultados Escolares: resultados das avaliações
interna e externa por Ciclo
1º Ciclo
Avaliação Interna – 4ºAno
APROVEITAMENTO
Estabelecimentos escolares e respectiva taxa de sucesso
2009/10 2010/11
Língua Portuguesa 100% 96,88%
Matemática 100% 96,88%
Estudo do Meio 100% 96,88%
Expressões 100% 96,88%
Área de Projeto 100% 100%
Formação Cívica 100% 100%
Estudo Acompanhado 95,2% 100%
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
33
Avaliação Externa – 4º Ano
Provas de Aferição –
Taxa de sucesso 2009/10 2010/11
Área Disciplinar Média
Escola
Média
Nacional
Média
Escola
Média
Nacional
Língua Portuguesa 85% 91,6% 72,4% 68,8%
Matemática 72,5% 88,9% 54,7% 67,8%
2º Ciclo
Avaliação Interna
APROVEITAMENTO
Áreas disciplinares e respectiva taxa de sucesso
Área Disciplinar 2009/10 2010/11
Educação Moral e Religiosa 100% ---
Educação Musical 100% 100%
Artes e Ofícios 100% 100%
Educação Visual e Tecnológica 100% 100%
TIC 100% 100%
Educação Física 99% 100%
Área de Projeto 99% 100%
Estudo Acompanhado 99% 92,94%
Ciências da Natureza 97% 95,45%
História e Geografia de Portugal 96% 95,29%
Inglês 95% 98,67%
Formação Cívica 95% 100%
Matemática 93% 94,09%
Língua Portuguesa 90% 79,55%
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
34
Avaliação Externa – 6º ano
Provas de Aferição
Taxa de sucesso 2009/10 2010/11
Área Disciplinar Média
Escola
Média
Nacional
Média
Escola
Média
Nacional
Língua Portuguesa 91,7% 88,4% 63,7% 64,6%
Matemática 62 % 88,9% 54% 58%
3º Ciclo
Avaliação Interna
APROVEITAMENTO
Áreas disciplinares e respectiva taxa de sucesso
Área Disciplinar 2009/10 2010/11
Educação Moral e Religiosa Católica 100% 100%
Área de Projeto 100% 98,70%
Educação Tecnológica 100% 97,62%
Educação Visual 100% 98,61%
Tecnologias de Informação e Comunicação 100% 100%
Área Funcional – Carpintaria 100% 100%
Área Funcional – Mecânica 100% 100%
Geografia 99% 87,66%
Educação Física 99% 98,70%
Formação Cívica 99% 96,08%
Estudo Acompanhado 94% 91,50%
Ciências Naturais 94% 94,77%
Francês 92% 92,59%
Espanhol 90% 78,86%
História 85% 80,13%
Inglês 82% 69,33%
Ciências Físico-Químicas 82% 85,33%
Matemática 73% 64,94%
Língua Portuguesa 72% 74,03%
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
35
Avaliação Externa – 9º ano
Exame nacional
Taxa de sucesso 2009/10 2010/11
Área Disciplinar
Média
Escola
Média
Nacional
Média
Escola
Média
Nacional
Língua Portuguesa 81,08% 91% 52,9% 54,7%
Matemática 75,68% 74% 41,8% 49%
Ensino Secundário
Avaliação Interna - (Média das classificações internas atribuídas em todos os anos
finais)
APROVEITAMENTO
Áreas disciplinares e respectiva taxa de sucesso
Área Disciplinar 2009/10 2010/11
Área de Projeto 100% 100%
Biologia 100% 100%
Biologia e Geologia 100% 71,43%
Educação Física 100% 100%
Geografia A 100% 100%
Matemática Aplicada às Ciências Sociais 100% 61,54%
Psicologia B 100% 100%
Filosofia 100% 84,21%
Inglês 94,74% 84,62%
História A 92,86% ---
Português 88,35% 87,5%
Física Química A 75% 83,33%
Matemática A 67,35% 68,42%
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
36
Avaliação Externa – (Média das classificações finais após a primeira fase dos
exames nacionais)
APROVEITAMENTO
Áreas disciplinares e respectiva taxa de sucesso
Área Disciplinar 2009/10 2010/11
Biologia e Geologia – 11º ano 100% 83,3%
Física e Química A – 11º ano 45% 70%
Matemática A – 12º ano 74% 64,7%
Português 100% 75%
11. Prémios de Mérito
Anualmente são atribuídos os prémios de mérito – Exames Nacionais e
Solidariedade.
Os prémios de mérito – Exames Nacionais têm o objetivo de reconhecer e de
valorizar o mérito, a dedicação e o esforço no trabalho e desempenho escolares,
premiar o comportamento dos alunos no final do Ensino Básico e do Ensino
Secundário. (Regulamento – Anexo 2)
O prémio de mérito – Solidariedade visa reconhecer e valorizar o mérito dos
alunos que desenvolvam iniciativas ou ações exemplares no âmbito da solidariedade social.
(Regulamento – Anexo 3)
12. Plano de Melhoria
Decorrente do documento “ Um olhar crítico sobre os resultados da
Avaliação Externa dos alunos – 2009 ”, enviado pela Equipa de Apoio às Escolas do
Alentejo Litoral e da reflexão dos vários departamentos curriculares e áreas
disciplinares, foi elaborado um Plano de Melhoria do Agrupamento, o qual é revisto
anualmente, no qual se tem em conta a autoavaliação efetuada no agrupamento no
final do ano letivo (Anexo 4).
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
37
13. Sucesso Educativo do Agrupamento no ano lectivo 2009/2010
No ano letivo 2009/2010, a Equipa Avaliação Interna, na autoavaliação que
fez do Agrupamento, realizou um estudo comparativo do sucesso educativo dos
alunos no primeiro e terceiro períodos que se anexa a este documento. (Anexo 5)
Capítulo II
1. Diagnóstico
No diagnóstico realizado tomou-se em linha de conta o Projeto de
Intervenção do Diretor do Agrupamento, os resultados apresentados pela Equipa
de Avaliação Interna (Caraterização do nível sociocultural dos pais e Encarregados
de Educação; Lacunas ao nível da literacia; Situação da articulação entre ciclos) o
tratamento dos resultados da avaliação dos alunos, internos e externos, bem como o
relatório preliminar de autoavaliação. Assim, encontraram-se alguns
constrangimentos e algumas potencialidades.
1.1. Constrangimentos Globais
i. Falta de espaços que permitam uma ocupação dos tempos livres dos
alunos com a qualidade desejável;
ii. O número elevado de docentes contratados não permite uma
aplicação consistente e contínua de propósitos educativos;
iii. Dispersão e heterogeneidade das escolas ao nível socioeconómico
(alunos), das instalações, equipamentos e regime de funcionamento
nos diversos estabelecimentos;
iv. Instalações educativas do primeiro ciclo desadequadas para o que lhe
é hoje solicitado;
v. Meio cultural assimétrico - contextos sociofamiliares
desestruturados ou pouco estruturados reproduzindo
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
38
comportamentos e representações sociais da escola preconcebidos,
pais pouco escolarizados, com poucos hábitos de leitura, fraca
valorização da escola e das aprendizagens, fracas expectativas em
relação ao nível de escolarização a atingir pelos filhos e pouca
valorização da escola;
vi. Redução contínua do número de alunos;
vii. A comunicação ainda não é totalmente eficaz entre os diversos níveis
de ensino, e entre as diferentes estruturas o que não permite ainda
uma articulação plena;
viii. O funcionamento dos diversos serviços está muito condicionado pela
frequente mudança de recursos humanos, facto que também constitui
uma ameaça a uma estratégia global de melhoria do funcionamento
das atividades educativas e de apoio;
ix. A utilização das TIC no processo ensino-aprendizagem ainda não é
prática generalizada ao nível da sala de aula. Verifica-se ainda a
necessidade do aumento da prática de trabalho colaborativo entre os
docentes. Nota-se também alguma dificuldade na utilização dos
recursos informáticos.
1.2. Potencialidades Globais
i. Não têm sido referidos ao longo dos anos casos de insegurança ou
violência nas escolas do Agrupamento;
ii. Bom relacionamento entre os diversos sectores da comunidade
educativa (docentes, não docentes, alunos e encarregados de
educação);
iii. Clima amigável e propício à aprendizagem nos diversos
estabelecimentos;
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
39
iv. Clima de liberdade e responsabilidade;
v. Respeito pela diferença e pela diversidade de opiniões;
vi. Predisposição e capacidade para a integração de alunos estrangeiros;
vii. Pessoal não docente colaborante e cumpridor, disponível para as
tarefas que lhe são solicitadas ou outras de sua iniciativa, atento e
disponível para o apoio aos alunos;
viii. Bom relacionamento entre o pessoal docente, não docente, a Direção e
o Conselho Geral;
ix. Criação de uma Associação de Pais;
x. Existem parcerias com entidades locais, públicas e privadas: há um
grande envolvimento das autarquias, Câmara Municipal e Juntas de
Freguesia, e uma dinâmica de colaboração com as estruturas
autárquicas, que assumem um papel facilitador em diversas
situações, constituindo-se com uma oportunidade fundamental na
procura da melhoria da qualidade do serviço educativo;
xi. A disponibilidade demonstrada pela comunidade interna e
envolvente do Agrupamento em toda a dinâmica cultural;
xii. Taxa de abandono escolar quase nula;
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
40
1.3. Dificuldades Detetadas e Estratégias Implementadas
no ano letivo 2009/10
Dificuldades Detetadas Estratégias Implementadas
Pré-Escolar
- A maioria das crianças apresenta um
vocabulário pobre; dicção deficiente;
pouca apetência pelas atividades de
domínio de abordagem à escrita.
- Autonomia; realização de trabalhos
individuais; compreensão e raciocínio
lógico.
- Aquisição de novos conhecimentos
(pouco interesse de algumas crianças)
origem: baixo nível sociocultural dos
pais; inexistência de estímulos; pouca
oferta de atividades de carácter cultural
no Meio.
- Espaços físicos com condições
deficitárias de habitabilidade; ausência
de conforto; infiltração de água.
-Os alunos das escolas das freguesias
fora da sede de concelho não têm
contato direto com a biblioteca escolar.
- Vinda à biblioteca pelo menos uma vez
por período letivo.
Educação Especial – 2 crianças
-Multideficiência visual e cognitiva.
- Comprometimentos graves em termos
cognitivos.
- Educadora especializada da equipa de
intervenção precoce.
- Apoio do Centro de Recursos para a
Inclusão (CRI).
- Terapeuta da fala; Hipoterapia; sala
de snozlen
- Apoio pedagógico personalizado
Tecnologias de apoio (utilização de
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
41
símbolos SPC).
- Adequações no processo de matrícula.
- Currículo Específico Individual
1 º Ciclo
- Falta de concentração.
- Falta motivação
- Dificuldades ao nível da fala
- Comportamento irregular que
perturba as aulas.
- Dificuldades na leitura/escrita
- Distração na sala de aula.
- Dificuldades na compreensão oral e
escrita
- Vocabulário limitado
- Desinteresse pela escola
- Dificuldade na interpretação de textos
- Maior articulação dos conteúdos
programáticos com os interesses e
motivações dos alunos.
- Elaboração de Planos de Recuperação
- Apoio Psicológico
- Apoio individualizado na sala de aula,
pela professora titular de turma.
- Apoio Pedagógico Personalizado,
professor de Apoio Educativo.
- Maior colaboração dos pais e
encarregados de educação.
- Terapia da fala
- Maior valorização dos trabalhos
individuais e de grupo.
- Alteração da disposição dos alunos na
sala de aula.
- Diversificação dos materiais utilizados
na sala de aula.
Educação Especial– 4 alunos
- Baixa atenção e concentração; falta de
interesse e motivação; dificuldades de
expressão oral e escrita; dificuldades na
relação com os adultos e seus pares;
dificuldades de linguagem; falta de
autonomia; falta de hábitos de trabalho.
- Recurso a diferentes materiais
pedagógicos: tangram; Cuisenaire;
ábaco; blocos lógicos.
- Apoios: professor de apoio educativo;
psicólogo; terapeuta da fala;
fisioterapeuta.
2º Ciclo
- Comportamento desajustado dos
alunos na sala de aula, prejudicando o
trabalho e as aprendizagens.
- Reuniões com os pais e encarregados
de educação.
- Reformulação de conteúdos.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
42
- Falta de responsabilidade dos alunos.
- Pouca capacidade de concentração nas
aulas.
- Falta de autonomia na realização dos
trabalhos.
- Dificuldades na leitura e na produção
de textos.
- Dificuldades na integração de textos.
- Falta de empenho na realização das
tarefas.
- Falta de hábitos e métodos de
trabalho.
- Maior apoio individualizado na sala de
aula.
- Aumento da realização de
fichas/atividades de avaliação
formativa.
- Maior apoio nas aulas de recuperação.
- Mais atenção aos cadernos diários e
portefólios.
- Alertar os diretores de turma e os
encarregados de educação para a falta
de materiais, TPC e comportamento.
- Recorrer às TIC.
- Maior controlo na execução dos TPC.
- Solicitação de participação e reforço
positivo.
Educação Especial – 6 alunos
- Dificuldades ao nível da participação
dos alunos as turmas de referência nos
casos de autismo e problemas
funcionais, colocam grandes desafios
aos docentes titulares das disciplinas,
na gestão de comportamentos
- Assessorias; psicólogos; terapeuta da
fala; fisioterapeuta; apoio ao domicílio.
3º Ciclo
- Falta de hábitos e métodos de
trabalho.
- Dificuldades no raciocínio Matemático
e na aplicação prática de conceitos.
- Falta de atenção e concentração
provocada pelo comportamento
inadequado.
- Falta de estudo e empenho.
- Falta de pontualidade e iniciativa.
-Lacunas nos conhecimentos
- Aumento da realização de
fichas/atividades de avaliação
formativa.
- Reforço nos métodos e hábitos de
estudo nas aulas de Matemática e
Estudo Acompanhado.
- Distribuição dos alunos na sala –
alteração.
- Reformulação das planificações.
- Reajustamento do número de aulas.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
43
gramaticais.
- Falta de pré-requisitos.
-Assiduidade irregular.
- Não comparência às aulas de
recuperação.
- Aulas de recuperação.
- Reforço na participação oral.
- Apoio individualizado na sala de aula.
- Planos de recuperação.
- Maior envolvimento dos pais e
encarregados de educação.
- Estratégias diversificadas e
individualizadas para os alunos com
dificuldades.
- Promover mais TPC.
- Mais trabalho individualizado.
- Realização de mais exercícios
gramaticais.
- Apoio dos alunos com maior
dificuldade.
-Exigir caderno diário organizado e todo
o material necessário.
- Estimular boas práticas de trabalho
individual e de estudo.
- Reforçar o controlo sobre assiduidade e
pontualidade.
- Fomentar a informação aos DT e Enc.
Educação.
Educação Especial – 6 alunos
- Comprometimentos graves em termos
cognitivos.
- Criança com Asperger – dificuldades
graves ao nível da
atenção/concentração.
- Alterações graves em termos
comportamentais.
- Criança com síndrome de Pradder
Willy- comprometimento grave ao nível
- Utilização de materiais de estimulação
da leitura; escrita; Matemática;
utilização das TIC; software educativo;
manuais; fichas; Kit de notas;
calculadora; símbolos SPC; Internet;
estimulação de reforço positivo.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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da funções intelectuais do
temperamento e da personalidade.
- Surdez bilateral
Secundário
- Pouco espírito crítico.
- Dificuldade de argumentação ou
descrição dos seus raciocínios.
- Falta de hábitos e métodos de
trabalho.
- Dificuldades na compreensão e
interpretação de enunciados e falta de
pré-requisitos ao nível do cálculo.
- Atraso no cumprimento das
planificações devido às atividades
extracurriculares.
- Comportamento desajustado.
- Duas turmas em simultâneo dificulta o
poder de concentração, a participação e
o empenho na sala de aula.
- Imaturidade.
- Lacunas na Língua Portuguesa.
- Não cumprimento de prazos na
entrega de trabalhos.
- Dificuldades nas competências lógico-
discursivas na Língua Materna.
- Falta de autonomia na construção de
portefólios.
- Disciplina que a escola lhe ofereceu e
não de opção.
-Espírito de derrotismo.
- Foram lecionadas todas as bases em
falta.
- Fornecidos os pré-requisitos
necessários.
- Adaptação ao ritmo de aprendizagem
dos alunos.
- Reforço de métodos de trabalho na
sala de aula.
-Mais apoio individualizado.
- Proporcionar mais atividades de
grupo.
- Aulas de recuperação.
- Maior solicitação na sala de aula.
-Apelo aos Encarregados de Educação
para maior acompanhamento.
-Maior responsabilização dos alunos
para cumprimento dos prazos.
-Fichas de apoio.
-Trabalhos de casa com correção.
- Planos de trabalho e de estudo.
- Reforço da pesquisa individual/grupo,
com apresentação de plano de trabalho.
- Divisão clara de tarefas.
- Utilização de materiais relacionados
com a realidade do senso comum.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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2. Respostas Educativas de Apoio ao Processo de
Ensino / Aprendizagem
Ao longo dos últimos anos têm sido implementadas algumas respostas
educativas de reforço ao processo de ensino aprendizagem e às quais será dada
continuidade, a saber:
Biblioteca Escolar - CRE e Plano Nacional de Leitura (PNL)
Fomentar e desenvolver o gosto/prazer pela leitura;
Motivar os alunos para a escrita;
Promover o desenvolvimento das literacias de informação;
Levar os alunos a perceber a importância de saber pesquisar, selecionar,
tratar e avaliar a informação disponibilizada na Internet;
Educar para os valores do pluralismo e da igualdade social;
Apoiar e promover os objetivos definidos de acordo com as finalidades e
currículo da escola;
Criar e manter nos alunos o hábito e o prazer da leitura, da aprendizagem e
da utilização das bibliotecas ao longo da vida;
Proporcionar oportunidades de utilização e produção de informação que
possibilitem a aquisição de conhecimentos, a compreensão, o desenvolvimento
da imaginação e o lazer;
Apoiar os alunos na aprendizagem e na prática de competências de avaliação
e utilização da informação, independentemente da natureza e do suporte,
tendo em conta as formas de comunicação no seio da comunidade;
Providenciar acesso aos recursos locais, regionais, nacionais e globais e às
oportunidades que confrontem os alunos com ideias, experiências e opiniões
diversificadas;
Organizar atividades que favoreçam a consciência e a sensibilização para as
questões de ordem cultural e social;
Trabalhar com os alunos, professores, órgãos de gestão e pais de modo a
cumprir a missão da escola;
Defender a ideia de que a liberdade intelectual e o acesso à informação são
essenciais à construção de uma cidadania efetiva e responsável e à
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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participação na democracia;
Promover a leitura, os recursos e serviços da biblioteca escolar junto da
comunidade escolar e fora dela.
Plano da Matemática
Tornar possível um trabalho regular e mais individualizado com os alunos
com dificuldades;
Criar um sistema de parcerias educativas que apoiem os alunos com
dificuldades em Matemática;
Criar uma cultura de trabalho de grupo entre equipas de professores;
Envolver os pais e encarregados de educação na melhoria do sucesso a
Matemática dos seus educandos;
Promover a articulação entre os diversos ciclos do Agrupamento.
Desenvolver a curiosidade e o gosto de aprender matemática;
Incrementar uma maior participação;
Desenvolver o espírito de tolerância e de cooperação;
Desenvolver o raciocínio abstrato;
Desenvolver e aprofundar as capacidades dos alunos na utilização dos
computadores;
Desenvolver as capacidades de compreensão, análise, aplicação e síntese de
software;
Promover a compreensão, a interpretação e a utilização de representações
matemáticas (tabelas, gráficos, expressões, símbolos…);
Desenvolver a capacidade de utilizar a matemática na interpretação e
intervenção no real;
Desenvolver o conhecimento do espaço, realizando construções geométricas;
Explorar atividades interdisciplinares, nomeadamente a química, a física e
ciências da terra e da vida.
Plano Tecnológico da Educação
Para garantir a eficaz execução dos projetos ao nível de escola, é necessário
desenvolver o modelo orgânico e operacional deste Plano.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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As equipas PTE exercem as seguintes funções ao nível do respetivo
estabelecimento de ensino:
a) Elaborar no agrupamento/escola um plano de ação anual para as TIC (plano
TIC). Este plano visa promover a utilização das TIC nas atividades letivas e não
letivas, rentabilizando os meios informáticos disponíveis e generalizando a sua
utilização por todos os elementos da comunidade educativa. Este plano TIC deverá
ser concebido no quadro do projeto educativo da escola e integrar o plano anual de
atividades, em estreita articulação com o plano de formação;
b) Contribuir para a elaboração dos instrumentos de autonomia definidos no
artigo 9.º do Decreto -Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, integrando a estratégia TIC na
estratégia global do agrupamento;
c) Coordenar e acompanhar a execução dos projetos do PTE e de projetos e
iniciativas próprias na área de TIC na educação, em articulação com os serviços
regionais de educação e com o apoio das redes de parceiros regionais;
d) Promover e apoiar a integração das TIC no ensino, na aprendizagem, na
gestão e na segurança ao nível de agrupamento/escola não agrupada;
e) Colaborar no levantamento de necessidades de formação e certificação em
TIC de docentes e não docentes;
f) Fomentar a criação e participação dos docentes em redes colaborativas de
trabalho com outros docentes ou agentes da comunidade educativa;
g) Zelar pelo funcionamento dos equipamentos e sistemas tecnológicos
instalados, sendo o interlocutor junto do centro de apoio tecnológico às escolas e das
empresas que prestem serviços de manutenção aos equipamentos;
h) Articular com os técnicos das câmaras municipais que apoiam as escolas do
1.º ciclo do ensino básico dos respetivos agrupamentos de escolas.
Desporto Escolar
Criar uma tradição desportiva na escola;
Fortalecer relacionamentos interpessoais, bem como o respeito pela diferença
física.
Incentivar a participação dos alunos no planeamento e gestão das atividades
desportivas escolares;
Fazer com que seja observado o respeito pelas normas do espírito desportivo,
fomentando o estabelecimento, entre todos os participantes, de um clima de
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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boas relações interpessoais e de uma competição leal e fraterna;
Observar e cumprir rigorosamente as regras gerais de higiene e segurança
nas atividades físicas;
Oferecer aos alunos um leque de atividades que, na medida do possível,
reflita e dê resposta às suas motivações intrínsecas e extrínsecas,
proporcionando-lhes atividades individuais e coletivas que sejam adequadas
aos diferentes níveis de prestação motora e de estrutura corporal;
Dar a conhecer aos alunos, ao longo do seu processo de formação, as
implicações e benefícios de uma participação regular nas atividades físicas e
desportivas escolares, valorizá-las do ponto de vista cultural e compreender a
sua contribuição para um estilo de vida ativa e saudável;
Proporcionar a todos os alunos, dentro da Escola, atividades desportivas de
caráter recreativo/lúdico, de formação, ou de orientação desportiva.
Proporcionar atividades de formação e/ou orientação desportiva, tendo em
vista a aquisição de competências físicas, técnicas e táticas, na via de uma
evolução desportiva e da formação integral do jovem.
Clubes / Projetos
Proporcionar aos alunos atividades que enriqueçam a sua formação;
Desenvolver nos alunos capacidades psicomotoras, intelectuais e afetivas;
Desenvolver nos alunos a criatividade, o sentido de responsabilidade e
autonomia;
Articular/rentabilizar saberes das diferentes áreas curriculares e não
disciplinares;
Ampliar as ações educativas e favorecer a livre organização das crianças e
adolescentes, no tempo e no espaço de lazer;
Desenvolver o espírito comunitário, levando os alunos a participar na vida
cívica de forma critica e responsável;
Ocupar os tempos livres dos alunos com atividades lúdicas, culturais e
recreativas.
Atividades de Enriquecimento Curricular
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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Promovem o desempenho ao nível da promoção de respostas diversificadas em
função das realidades locais, de apoio às escolas, às famílias e aos alunos;
Adaptam os tempos de permanência dos alunos na escola às necessidades das
famílias e simultaneamente e garantem que os tempos de permanência na
escola são pedagogicamente ricos e complementares das aprendizagens
associadas à aquisição das competências básicas.
Educação Especial e Apoio Socioeducativo
Educação Especial
A oferta educativa da Educação Especial, neste agrupamento, norteia-se pela
inclusão educativa e social, pelo acesso educativo, pela igualdade de oportunidades,
fomentando a autonomia, a estabilidade emocional e preparando as crianças/Jovens
com necessidades educativas especiais de carácter permanente para o
prosseguimento de estudos ou para uma vida pós-escolar ou profissional.
No âmbito destas funções, o docente da Educação Especial garante o
planeamento e acompanhamento dos apoios aos alunos com Necessidades educativas
especiais de caráter permanente, facilitando a comunicação entre todos os
intervenientes e fomentado o trabalho colaborativo. Participa, ainda, em reuniões de
Conselhos de Turma e articula o seu trabalho em estreita colaboração com a Direção
Executiva.
No que diz respeito aos alunos com necessidades educativas especiais de caráter
permanente, há metas e estratégias específicas a considerar.
Metas:
- Responder às necessidades educativas especiais e fomentar o potencial dos alunos
com limitações significativas ao nível da atividade e da participação, num ou vários
domínios da vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de caráter
permanente;
- Proceder à inclusão educativa e social das crianças, garantindo a equidade
educativa, quer em termos de igualdade de oportunidades, quer no acesso e nos
resultados;
- Determinar claramente o grupo-alvo de Educação Especial, através dos processos
de referenciação e avaliação dos alunos de acordo com a Classificação Internacional
de Funcionalidade;
- Incrementar respostas educativas adequadas ao nível da Educação Especial,
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
50
especificadas no Programa Educativo Individual de cada aluno, avaliando a
implementação das medidas educativas adotadas;
- Adequar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos, com o objetivo de facilitar
o acesso à participação social e à vida autónoma.
Estratégias:
- Proceder à criação e/ou alteração das medidas organizativas, de funcionamento e à
utilização de estratégias de ensino adequadas que garantam aos alunos o acesso e o
sucesso educativo, elevando os seus níveis de participação;
- Recorrer à utilização de métodos, técnicas, material didático e novas tecnologias
adequadas ao nível de funcionalidade de cada aluno;
- Proceder à articulação curricular com os outros docentes e técnicos envolvidos no
processo educativo de cada aluno;
- Criar disciplinas alternativas de cariz funcional para alunos com Currículo
Específico Individual;
- Assentar a intervenção pedagógica em estratégias de diferenciação e apoio
especializado (com recurso ao apoio individual ou em pequeno grupo ou a tutorias);
- Aplicar as medidas educativas previstas no Decreto-Lei nº3/2008, de 7 de Janeiro;
- Desenvolver e incrementar a comunicação com os pais e encarregados de educação
no sentido de informar e obter informações necessárias ao desenvolvimento do
processo Educativo do aluno;
- Assegurar a participação das crianças em atividades de grupo ou turma da
comunidade educativa;
- Colaborar na identificação das respostas específicas diferenciadas a alunos, com
baixa visão, com perturbação do espectro do autismo e multideficiência;
- Desenvolver/Manter parcerias com o Centro de Recursos de Inclusão e outras
entidades que visem a execução de respostas adequadas aos alunos com
necessidades educativas especiais e garantir a transição para a vida pós-escolar.
Intervenção Precoce
Considera-se Intervenção Precoce o conjunto de medidas de apoio integrado
centrado na criança e na família, incluindo ações de natureza preventiva e
reabilitativa, nomeadamente no âmbito da educação, da saúde e da ação social. O
Agrupamento Vertical de Ourique assegura a prestação de serviços de intervenção
precoce na infância, num âmbito interdisciplinar, com os serviços de saúde e de
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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segurança social, Com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Ourique e
outros, considerados necessários à famílias e às crianças entre os 0 e 6 anos.
Apoio Socioeducativo
O apoio sócio educativo visa responder às dificuldades na aprendizagem,
caraterizadas como constrangimentos ao processo de ensino/aprendizagem, de
caráter temporário.
Este apoio é prestado na sequência da apreciação feita pelo Conselho de Turma
e tendo em conta as dificuldades temporárias de cada aluno em áreas específicas.
Pode ser concretizado através de aulas de recuperação ou de apoio, frequência da
sala de estudo ou desenvolvimento de um programa de tutoria.
Para a implementação de medidas de apoio educativo aos alunos do 1º ciclo do
ensino básico, o Agrupamento deverá utilizar os docentes que não tenham turma
atribuída.
Os Agrupamentos que não disponham de docentes nas condições referidas no
número anterior podem beneficiar de um crédito de horas letivas semanal calculado
de acordo com a seguinte fórmula, devendo o valor obtido ser arredondado para a
unidade, por defeito:
10
25º1º CicloturmasN
Programa de Tutoria
A tutoria é uma modalidade de apoio pedagógico transdisciplinar que integra
várias modalidades: a de acompanhamento, de remediação e a de apoio e de
encorajamento, e cuja eficácia resulta da relação interpessoal entre um sujeito que
manifesta dificuldades e outro que sabe como ajudá-lo a progredir nas suas
aprendizagens.
As tutorias destinam-se a alunos que manifestem desajustamento psicológico,
relacional, emocional e social, frequentemente com origens externas à escola e que
revelem pré-requisitos insuficientemente consolidados em anos letivos anteriores.
Serviços de Psicologia e Orientação
Os serviços de psicologia e orientação para o pré-escolar, ensinos básico e
secundário são assegurados por técnicas especializadas em psicologia educacional e
clínica, suportadas financeiramente pela Autarquia. Têm as seguintes funções:
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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A avaliação psicopedagógica e respectivo encaminhamento.
Desenvolvimento de atividades de orientação escolar e profissional;
Em relação aos alunos com necessidades educativas especiais, estes são
acompanhados pelas psicólogas contratadas no âmbito do CRI (Centro de Recursos
para a Inclusão).
Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF)
Proporcionar condições psico-sócio-emocionais que contribuam para a
consolidação do sucesso educativo dos alunos;
Estabelecer, em parceria, estratégias de intervenção no combate à exclusão
social dos alunos e famílias;
Colaborar com os docentes/educadores, em geral, com diretores de turma em
particular, e com as famílias, na avaliação / acompanhamento /
encaminhamento de alunos e famílias, em situações de desajustamento
escolar associado à existência de problemas de difícil gestão em contexto
escolar;
Oferecer aos alunos um espaço de diálogo e reflexão, a que podem
espontaneamente aceder, estabelecendo uma relação de confiança e empatia;
Prevenir situações de indisciplina, absentismo, abandono e insucesso escolar;
Fomentar atitudes e comportamentos adequados;
Despistar situações de risco;
Promover o envolvimento/participação das famílias na vida escolar dos
educandos;
Contribuir, através de adequado apoio à família e ao aluno, para a resolução
das situações problemáticas;
Promover práticas parentais socializadoras e assertivas.
Aulas de Substituição/Permuta/Reposição de aulas
Aplicam um conjunto de procedimentos que visam dar exequibilidade ao
regime de substituições dos docentes, em ausências de curta duração, conforme o art.
82º do ECD, Decreto-Lei nº 15/2007 de 19 de Janeiro, Despacho nº 19117/2008, de 17
de Julho, tendo em conta a realidade do Agrupamento Vertical de Ourique,
designadamente ao nível dos seus recursos físicos e humanos.
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Sala de Estudo
A sala de estudo deve ser entendida, essencialmente, como um espaço de apoio e
complemento educativo e é um espaço onde os alunos podem:
Desenvolver capacidades, competências, atitudes e valores;
Adquirir hábitos de trabalho;
Aprender técnicas de estudo, a adoptar atitudes para resolver problemas de
concentração…
Aplicar essas técnicas de acordo com a especificidade das disciplinas;
Realizar os trabalhos de casa propostos pelos professores com apoio para as
suas dificuldades;
Estudar as matérias leccionadas nas aulas;
Realizar trabalhos de grupo;
Inventariar dúvidas para posteriormente esclarecer com os professores das
respectivas disciplinas;
Adquirir cultura;
Encontrar um ambiente propício ao estudo.
Percursos Curriculares Alternativos
Este Agrupamento tomou a iniciativa de desenvolver Percursos Curriculares
que constituem uma oferta educativa dirigida a alunos que, encontrando-se dentro
da escolaridade obrigatória (até aos 15 anos, inclusive), apresentem insucesso
escolar repetido ou risco de abandono precoce devidos à existência de problemas de
integração na comunidade escolar; à ameaça de risco de marginalização, de exclusão
social; ao registo de dificuldades condicionantes da aprendizagem, nomeadamente:
forte desmotivação, elevado índice de abstenção, baixa autoestima e falta de
expectativas relativamente à aprendizagem e ao futuro, bem como o desencontro
entre a cultura escolar e a sua cultura de origem.
A matriz curricular dos percursos alternativos deve assegurar a aquisição de
competências essenciais definidas para cada ciclo de ensino, nomeadamente nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, acrescida de uma formação artística
ou profissionalizante, de modo a permitir a permeabilidade entre percursos, a
transição para outras modalidades de formação, bem como a continuidade de
estudos.
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Cursos de Educação e Formação de Jovens
Os Cursos de Educação e Formação de Jovens, ministrados no Agrupamento,
constituem uma modalidade de educação, que confere a equivalência ao 9.º Ano de
Escolaridade e uma qualificação profissional de nível 2. Os cursos visam o
desenvolvimento de competências para o exercício de uma profissão e,
simultaneamente permitem o prosseguimento de estudos a nível do ensino
secundário (Ensino Regular ou Ensino Profissional).
Os cursos de Educação e Formação destinam-se a alunos com o 6º ou 7º ano de
escolaridade, ou frequência do 8º ano e que tenham idade igual ou superior a 15
anos.
Cursos Profissionais
Os cursos profissionais são uma modalidade do nível secundário de educação que
conferem equivalência ao ensino secundário regular e que se caraterizam por
promoverem uma aprendizagem de competências viradas para o exercício de uma
profissão. Destinam-se aos alunos que concluíram o 9º ano de escolaridade ou que
têm formação equivalente.
A conclusão com aproveitamento de um curso profissional, confere um nível de
qualificação e a respetiva certificação profissional de nível IV, permite, seguindo os
requisitos exigidos, a reorientação do percurso formativo no ensino secundário e
possibilita o prosseguimento de estudos no ensino superior.
Capítulo III
1. Justificação do Projeto
A educação é um projeto global de formação permanente, pessoal, cultural e
social, que implica uma grande responsabilidade e se fundamenta numa conceção
global do ser humano, razão pela qual esta formação integral não pode, nem deve,
ser fragmentada entre a escola, a família e a comunidade. Protagonizar um trajeto
próprio que contribua para afirmar a autonomia e a identidade das nossas
escolas/agrupamento, impõe a conjugação de vontades daqueles três elementos que
deverão constituir uma verdadeira comunidade educativa.
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Enquanto organização, e tendo como base o Currículo Nacional (a definição
das competências gerais e transversais que os alunos devem desenvolver nos
diferentes ciclos de escolaridade) e as orientações dadas pela legislação existente, o
Agrupamento Vertical de Ourique, assumido o conceito de autonomia definido no
Decreto-Lei nº 75/2008, tem de ser capaz de se mobilizar, de se estimular e, através
de todas as suas estruturas, estabelecer as linhas orientadoras do tipo de educação
que quer proporcionar aos seus alunos; unificar critérios de atuação tendo em vista
uma maior coerência e uma maior substância; tornar distintiva e singular a
organização educativa; apelar à participação ativa de todos os membros da escola;
esclarecer, através de uma comunicação eficaz, as metas a atingir bem como os
modos de avaliação dos processos e dos produtos.
O Agrupamento Vertical de Ourique deve analisar o contexto social,
económico e cultural em que está inserido e avaliar as funções reais que a escola
está neste momento a desenvolver e consequentemente perseguir finalidades
próprias congruentes com o contexto local.
O Agrupamento Vertical de Ourique não pode ter uma função meramente
reprodutora de normas e práticas que se limitem a ser uma tradução de finalidades
gerais, não tendo em conta a especificidade do meio e da vontade e do poder
organizativo, criativo e decisório dos seus atores. A escola não pode nunca ser
reduzida ao simples papel de transmissora de valores definidos exteriormente. Ela
tem de produzir, no espaço da sua autonomia, uma cultura própria, uma cultura de
escola.
É então necessário definir um conjunto de princípios, de valores e de
políticas capazes de mobilizarem e dinamizarem a ação da escola e que atinjam a
globalidade da organização e comprometam todos os seus elementos.
2. Missão, Princípios e Valores
O serviço público de educação, de acordo com os princípios e finalidades
previstos na LBSE e no conjunto de diplomas legais que definem e regulamentam a
organização e o funcionamento do sistema educativo português, visa dotar todos e
cada um dos alunos das competências e conhecimentos que lhes permitam:
Explorar plenamente as suas capacidades;
Integrar-se ativamente na sociedade;
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Dar um contributo efetivo para a vida económica, social e cultural do país.
A escola pública, enquanto espaço de concretização das mudanças
preconizadas para o sistema educativo, tem sempre que incorporar no seu projeto
educativo os grandes princípios e finalidades consignados na sua lei fundamental -
a Lei de Bases do Sistema Educativo - que traduzem os valores orientadores da
nossa sociedade para a educação escolar.
Este projeto educativo pretende refletir a forma como este Agrupamento se
empenha no processo de concretização dessas finalidades e princípios, conferindo-
lhe uma identidade própria.
Assim, a ação educativa do Agrupamento assentará numa educação:
Personalizada;
No respeito pelo património natural, cultural e ambiental;
Para a criatividade;
Para o espírito crítico;
Para a liberdade responsável;
E ainda para os valores de:
Autonomia;
Responsabilidade;
Liberdade;
Solidariedade;
Respeito pelos outros.
Enquanto organização educativa à qual está confiada a missão de prestar o
serviço público de educação, o Agrupamento Vertical de Ourique assume como:
Missão
Afirmar-se como uma organização educativa de qualidade, que assegure o efetivo
sucesso educativo dos alunos, garantindo-lhes todas as aprendizagens consideradas
essenciais no contexto da escolaridade básica, no quadro da elaboração e implementação
de um projeto educativo e curricular ajustado às condições locais e às características
individuais dos alunos.
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Ambição Estratégica
O Agrupamento Vertical de Ourique afirma como ambição, no prazo de três anos,
melhorar o desempenho escolar dos alunos nos diversos níveis de educação e ensino,
aumentando a qualidade e a equidade no processo de ensino-aprendizagem, de forma a
garantir melhores condições de sucesso educativo para todos.
3. Metas e Finalidades
A ambição concretiza-se na definição de metas concretas a atingir na
melhoria dos resultados escolares. Assim foram definidas as seguintes metas.
Metas
Atendendo ao sucesso educativo dos últimos três anos lectivos:
Taxa de sucesso escolar global (no conjunto dos três ciclos) entre 92 % e 96%;
Taxa de sucesso escolar no 1º ciclo (no conjunto do 2º, 3º e 4º ano) acima de 95%;
Taxa de sucesso escolar no 2º ciclo (no conjunto do 5º e do 6º ano) acima de 90%;
Taxa de sucesso escolar no 3º ciclo (no conjunto do 7º, 8º e 9º ano) acima de 85%;
Taxa de sucesso escolar do Ensino Secundário igual ou superior a 75%;
Melhorar a qualidade do sucesso escolar nas diversas áreas/disciplinas.
Tendo em conta a Meta Nacional de 2015 procedeu-se no ano letivo 2010-
2011 à redefinição das metas a atingir no Agrupamento relativamente à melhoria
dos resultados escolares (anexo 6)
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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Apresenta-se seguidamente um conjunto de finalidades e objetivos gerais a
atingir no âmbito da melhoria do desempenho da função educativa da organização:
Finalidades
Até 2013 conduzir o Agrupamento a um desempenho que:
Traduza um processo de mudança da instituição no sentido de desenvolvimento
de uma cultura de responsabilidade e participação que afecte todas as dimensões
da sua atuação;
Assegure a criação e desenvolvimento de competências e apetências que
efetivem a possibilidade de aprender ao longo da vida;
Promova um maior e melhor envolvimento dos pais e encarregados de educação
no processo educativo;
Faça uma eficiente articulação entre ciclos;
Mobilize esforços para uma boa literacia da leitura e da informação;
Permita a constante formação profissional e pessoal dos agentes educativos;
Faça a assunção das responsabilidades individuais;
Desenvolva processos ágeis de comunicação, divulgação e acompanhamento;
Faça a promoção efetiva entre a escola e a comunidade envolvente,
nomeadamente na criação de parcerias criteriosas e úteis;
Imprima ao Agrupamento uma dinâmica cultural;
Dê visibilidade ao Agrupamento;
Crie hábitos regulares, objetivos e rigorosos de Avaliação Interna dos métodos e
dos resultados;
Promova a utilização por parte dos professores de estratégias de ensino que se
traduzam por uma maior eficácia da aprendizagem dos alunos;
Melhore, em parceria com as restantes estruturas, o funcionamento de todos os
sectores:
Mantenha a taxa de abandono escolar atual.
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Capítulo IV
1. Linhas orientadoras
O Projeto Educativo do Agrupamento Vertical de Ourique apresenta-se
organizado em três linhas orientadoras de intervenção - Literacia da Leitura e da
Informação (LO 1); Articulação entre Ciclos (LO 2 e 3); Envolvimento com a
Comunidade (LO 4 e 5).
Para cada uma delas definem-se objetivos a atingir, ações a desenvolver e
indicadores de desempenho a utilizar na avaliação do trabalho desenvolvido.
Literacia da Leitura e da Informação (LO 1)
No contexto da sociedade em que vivemos, a escola é o lugar onde é
fornecida a chave para a compreensão dessa sociedade, transformando-se num
espaço de aprendizagem onde se facultam aos alunos os meios para a construção do
conhecimento e se criam e desenvolvem as capacidades necessárias a
aprendizagens permanentes ao longo da vida, o que é fundamental num mundo
globalizado e em constante mudança. Fundamentalmente pretende-se dos nossos
alunos competências essenciais para que, uma vez chegados ao final do ensino
básico, possam com sucesso funcionar de forma adequada e eficaz na sociedade,
quer ingressem no mundo do trabalho, quer venham a prosseguir os seus estudos.
Este é um tema globalizante, abrangente e transversal de toda a atividade
da escola. É a capacidade, ou a ausência dela, de perceber o mundo que nos rodeia
que faz toda a diferença entre sermos cidadãos ativos, livres, autónomos ou
cidadãos amorfos, presos a dogmas, dependentes. Tendo em conta, entre outras, a
6ª competência essencial definida no perfil do aluno à saída do Ensino Básico –
pesquisar, selecionar, e organizar informação para a transformar em conhecimento
mobilizável – e a informação como competência estratégica, transversal a todo o
currículo do Ensino Básico e Secundário o objetivo da Literacia da leitura e da
informação, deve ser perseguido por todos os agentes educativos do Agrupamento.
A partir dos resultados obtidos pelos alunos – a partir de uma amostragem
aleatória distribuída pelos ciclos de aprendizagem – numa avaliação direta de
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competências de literacia foi possível definir o perfil de literacia dos alunos do
Agrupamento, bem como concluir da relação direta que esses níveis de literacia têm
com os resultados obtidos.
Perfil de Literacia dos Alunos do Agrupamento
- Por Ciclo -
1º Ciclo
Realizam bem operações numéricas a partir de informação contida em
material impresso;
Processam a informação do texto escrito em prosa evidenciando lacunas ao
nível do raciocínio, feito por meio de associações de ideias e nas operações
lógicas;
Na literatura documental verificaram-se mais dificuldades na leitura-
compreensão, já que fazem muitas leituras parciais e erradas dos
documentos;
Revelam familiaridade com o texto escrito e automatismos provocados pela
aprendizagem e repetição;
Revelam dificuldades na faculdade de abstração, quando ao serem
confrontados com um significante novo (e tendo tido o apoio do dicionário)
lhes é difícil estabelecer a correspondência com o significado.
2º Ciclo
Revelam familiaridade com o texto escrito e automatismos provocados pela
aprendizagem e repetição;
Processam a informação do texto escrito em prosa evidenciando lacunas ao
nível do raciocínio, feito por meio de associações de ideias e nas operações
lógicas;
Revelam dificuldades na faculdade de abstração quando ao serem
confrontados com um significante novo (e tendo tido o apoio do dicionário)
lhes é difícil estabelecer a correspondência com o significado;
Dificuldades na articulação e tradução verbais do raciocínio;
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Na literacia quantitativa registam-se várias lacunas nas respostas parciais
e erradas que traduzem dificuldades em conjecturar, em colocar hipóteses.
Têm pouca predisposição para procurar entender a estrutura de um
problema e para desenvolver a razoabilidade de um resultado.
3º Ciclo
Revelam familiaridade com o texto escrito e automatismos provocados pela
aprendizagem e repetição;
Na literacia documental, verificam-se dificuldades e os alunos têm lacunas
na capacidade de comparar textos, identificando a função de cada qual;
Verifica-se que o esforço cognitivo exigido por um texto que exija a sua
participação crítica não é, a maior parte das vezes, correspondido pelos
alunos.
Ensino Secundário
Os alunos prendem-se mais ao conhecimento que possuem, investindo
pouco na em observações sensoriais, o que enfraquece a interpretação;
Processam a informação do texto escrito em prosa evidenciando lacunas ao
nível do raciocínio, feito por meio de associação de ideias e nas operações
lógicas;
Na literacia documental revelam dificuldades em identificar informações
fornecidas por tabela;
Na literacia quantitativa registam-se várias lacunas nas respostas parciais
e erradas que traduzem dificuldades em conjecturar, em colocar hipóteses.
Têm pouca predisposição para procurar entender a estrutura de um
problema e para desenvolver a razoabilidade de um resultado;
Revelam dificuldades na faculdade de abstração.
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Perfil de Literacia dos Alunos do Agrupamento
- Conclusões do Inquérito aos Docentes -
Nos momentos de avaliação
Os alunos não compreendem as questões, porque não as leem ou releem;
A linguagem científica pode ser tanto impeditiva como facilitadora;
A presença de suporte (imagens, exemplos, modelos…) facilita a resolução
de questões, conduzindo a um maior sucesso por parte dos alunos;
Verifica-se uma maior dificuldade na resolução de perguntas que implicam
raciocínio abstrato;
Os alunos revelam mais sucesso em questões que não envolvam muita
escrita (escolha múltipla / verdadeiros e falsos; associação; legendagem;
ordenação /resposta curta; completamento; desenvolvimento);
Nos testes e fichas de avaliação formativa, os alunos, geralmente, corrigem
as suas respostas, mas não têm por hábito registar notas complementares.
Nos momentos de desenvolvimento de conteúdos
Os saberes mobilizados pelos alunos restringem-se à disciplina e ao
quotidiano;
Os alunos não compreendem as perguntas ou tarefas propostas, devido a
dificuldades ao nível lexical, sintáctico e problemas de concentração;
Os alunos compreendem melhor através de exemplos concretos;
Perante um documento audiovisual, frequentemente os alunos têm
dificuldade em concentrar-se e, consequentemente, em memorizar e aplicar
esses conteúdos;
Nas apresentações orais, adoptam uma postura informal e não adequam a
apresentação ao público;
Os alunos revelam faltas de métodos de estudo (não sublinham; não fazem
resumos ou esquemas; limitam-se a ler) e de hábitos de trabalho (não
sabem procurar e selecionar informação; não sabem adaptar textos);
O principal objetivo dos trabalhos de grupo é facilitar a realização das
tarefas;
Aquando da realização de trabalhos de grupo, os alunos revelam saber
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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utilizar os recursos disponíveis e adotam uma postura correta. Contudo,
não conseguem gerir o tempo atribuído para a realização da tarefa;
Perante uma tarefa, é dado tempo suficiente ao aluno para a sua
realização, que nem sempre o aluno utiliza corretamente. Tal acontece por
má gestão do tempo e também devido à sua pouca autonomia na realização
da tarefa.
Nos trabalhos de casa
Os alunos realizam os trabalhos de casa quase sempre;
Aqueles que não o realizam alegam o esquecimento como principal razão;
Os alunos frequentemente corrigem os trabalhos de casa;
O T.P.C. é realizado por um maior número de alunos quando é registado no
quadro;
Os exercícios de aplicação são o tipo de T.P.C. que os alunos preferem fazer.
Definido o perfil e as lacunas evidenciadas, podemos concluir que as
dificuldades nas competências de literacia verificadas iniciam-se logo no 1ºciclo,
agravando-se com o passar dos níveis de instrução.
Objetivo Geral – LO 1
Melhorar os níveis de literacia, aumentando o sucesso académico e formativo dos
alunos.
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Ações a desenvolver – LO 1
LO 1.1.
LO 1.2
LO 1.3.
LO 1.4
LO 1.5.
LO 1.6.
LO 1.7
LO 1.8.
LO 1.9.
LO 1.10.
LO 1.11.
LO 1.12.
LO 1.13
LO 1.14
Diversificar materiais de trabalho;
Reforçar o Plano Nacional de Leitura fazendo a apologia do
livro;
Reforçar a articulação pedagógica entre os vários níveis de
ensino do Agrupamento, definindo as aprendizagens
essenciais para final de ciclo;
Exercitar os alunos na interpretação/compreensão de texto,
mantendo os Contratos de Leitura;
Exercitar a produção de textos escritos;
Realizar exercícios ortográficos, mantendo o Concurso de
Ortografia;
Envolver os pais/encarregados de educação na dinâmica
pedagógica do agrupamento de forma a favorecer hábitos de
leitura;
Apelar a uma atuação mais fundamentada, refletida e
colaborativa dos docentes, quer no plano da articulação
vertical e horizontal dos programas, quer na definição de
metodologias, estratégias e atividades, tendo em vista a
promoção de competências no domínio da língua materna;
Favorecer hábitos de leitura através do intercâmbio
escola/família;
Reforçar a aprendizagem da língua materna em todas as
disciplinas e áreas do currículo;
Promover, através da Biblioteca/CRE, atividades de
animação que sensibilizem as crianças/alunos para a
importância da leitura;
Valorizar a Língua Portuguesa na sua componente de
comunicação oral e escrita;
Reconhecer e valorizar o sucesso dos alunos, através do
alargamento do Prémio de Mérito ao 2º e 3º Ciclo;
Fornecer e técnicas de estudo na área disciplinar de Estudo
Acompanhado;
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LO 1.15
LO 1.16
LO 1.17
LO 1.18
LO 1.19
LO 1.20
LO 1.21
LO 1.22
LO 1.23
LO 1.24
LO 1.25
Alterar a ponderação dos diferentes critérios de avaliação
para cada aluno abrangido pelo Regime de Educação
Especial, tendo em conta as suas áreas mais e menos fortes;
Prestar um apoio mais individualizado dentro da sala de
aula;
Incentivar o trabalho de pares, promovendo o espírito de
interajuda;
Elaborar materiais/fichas de acordo com as capacidades dos
alunos e diferenciação mais frequente dos métodos de ensino;
Incentivar o desenvolvimento de atividades de preparação
individual para os momentos de avaliação e realização de
atividades de remediação pós-teste
Sensibilizar para a construção do saber/conhecimento a partir
da intervenção/experiência dos alunos;
Utilizar as novas tecnologias com mais frequência;
Solicitar a BE/CRE para auxílio na preparação e
disponibilização de materiais e realização dos trabalhos de
pesquisa, assim como na colaboração em atividades
curriculares e extracurriculares;
Promoção, pela BE/CRE, de atividades que desenvolvam o
gosto pela leitura/saber e literacia;
Promoção, pela BE/CRE, da utilização das novas tecnologias
como fonte de recurso e divulgação da informação;
Outras.
Articulação entre Ciclos (LO 2 e 3)
Em termos organizacionais, este é um dos pontos fulcrais na promoção do
sucesso educativo dos alunos. Tratando-se de um Agrupamento Vertical, a
articulação pedagógica e a sequencialidade da aprendizagem são dimensões
organizacionais da maior importância. O processo de formação de um aluno não é
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constituído por compartimentos estanques, muito menos por patamares sem
ligação entre si.
Assim, é necessário incrementar a articulação entre ciclos de uma forma
mais eficaz. Esta articulação vertical, de iniciativa interna, deve desenvolver-se
em duas perspetivas: sequencialidade curricular (L0 2) e participação em
atividades conjuntas de complemento curricular (LO 3).
No que diz respeito à primeira perspetiva (LO 2), refira-se que os resultados
seguintes foram obtidos através de uma abordagem direta aos docentes das
diversas áreas curriculares do 1º ano; 5º, 7º e 10º anos que correspondem a anos de
transição de ciclo. Os resultados fundamentaram-se na seguinte questão:
Ao elaborar o trabalho de planificação do ano, integrou a planificação do ano
anterior, ao nível dos conteúdos não leccionados, das estratégias/atividades
aplicadas; das características do grupo-turma?
Análise da articulação entre ciclos no Agrupamento na
perspetiva de sequencialidade curricular
– Por anos iniciais de ciclo –
1º Ano
Todos os professores titulares de turma falaram com os colegas de pré-
escolar, no sentido de saberem as competências desenvolvidas. Todos
tiveram em consideração as competências do pré-escolar.
5º Ano
Houve uma reunião entre os Diretores de turma de 5º ano e os professores
titulares de turma do 4º. Nesta, estes transmitiram informações aos
Directores de Turma. Foi referido que todos os conteúdos foram leccionados.
A informação transmitida incidiu fundamentalmente sobre o perfil dos
alunos: os com facilidades, com dificuldades; os com necessidades
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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educativas especiais. É qualificada de uma abordagem geral o que se faz
nessas reuniões.
Em Educação Visual e Tecnológica, por constatarem que os alunos não
estavam munidos de várias competências consideradas essenciais e
estruturantes, os respectivos docentes tiveram a iniciativa de fazer um
documento com uma lista de competências para desenvolvimento no 1º ciclo
de estudos naquela área de conhecimento. Lista que foi entregue ao 1º ciclo.
7º Ano
Tratando-se do início do 3º ciclo os docentes elaboraram as respetivas
planificações de acordo com os programas das disciplinas que leccionam.
Alguns docentes tiveram informações sobre os conteúdos lecionados, e sobre
as competências adquiridas pelos alunos. Assim nas disciplinas de História;
Geografia; Matemática; Ciências Naturais; Inglês, E. Visual, os docentes
tiveram acesso a informações, quer na forma escrita (através de relatórios
escritos anexados às atas), quer oralmente (através de contatos entre os
docentes das respetivas disciplinas do 6º e 7ºano, ou dos departamentos).
Em Língua Portuguesa, a planificação foi elaborada sem consulta da
planificação do ano anterior. Nas disciplinas de Ciências Físico-Químicas;
Espanhol e Educação Tecnológica, também não houve qualquer informação,
visto tratar-se de novas disciplinas.
10º Ano
Nas disciplinas cujos docentes estão em continuidade pedagógica de
lecionação (3 disciplinas), as respetivas docentes tiveram em conta a
planificação do ano anterior. Nas restantes, os docentes que não
consultaram a planificação do ano anterior colheram informações junto dos
Diretores de Turma. Como algumas disciplinas têm no seu programa
conteúdos repetidos em anos transatos (apenas dados com outro grau de
aprofundamento) os docentes descansaram sobre as competências não
adquiridas nesses anos, já que havia, portanto, a possibilidade de repetição,
em função das dúvidas reveladas.
Em síntese, o documento PCT do ano anterior não serve de ponto de
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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partida para o trabalho de planificação anual, o que explica não haver
fundamento de adequações programáticas e pedagógicas às turmas.
Objetivo Geral – LO 2
Incrementar a articulação de sequencialidade curricular entre ciclos de uma forma
mais eficaz.
Ações a desenvolver
LO 2.1
LO 2.2
LO 2.3
Na passagem do Pré-Escolar para o 1º ciclo, no final de cada
ano letivo e após a produção de relatórios individuais
(Processo do Aluno) que contemplem perspetivas de vária
ordem sobre o aluno e a sua família, terá lugar uma reunião
formal entre o Educador e o Professor Titular de Turma para
entrega e debate em torno dessa informação;
Na passagem do 1º ciclo para o 2º ciclo – fase sensível do
percurso do aluno, face ao número de professores e um
desenraizamento da sua comunidade –, no início do ano
lectivo terá lugar uma reunião formal entre os professores do
4º ano de escolaridade e os diretores de turma do 5º ano de
escolaridade. Nessa reunião serão entregues os processos
individuais dos alunos e serão abordadas e transmitidas
informações relativas a aspectos familiares, do domínio
cognitivo por área, sócio afetivo, eventuais necessidades
educativas especiais e cuidados de saúde. Os aspectos do
domínio da avaliação cognitiva por área serão, por sua vez,
entregues pelos diretores de turma a cada Departamento
Curricular/Grupo Disciplinar para que possam ser ativados
mecanismos de melhoria.
Na passagem do 2º para o 3º ciclo e deste para o Ensino
Secundário, os Coordenadores de Ciclo darão especial atenção
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
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LO 2.4
LO 2.5
LO 2.6
LO 2.7
LO 2.8
LO 2.9
LO 2.10
à atualização e organização dos Processos Individuais dos
alunos e dos Projetos Curriculares de Turma para que todos
os dados neles contidos possam ser consultados sempre que
necessário.
A reunião de início do 2º ciclo deve ser generalizada a
todos os professores dos respectivos Conselhos de Turma e
só deve ser feita após se ter conhecimento do perfil dos
alunos. Esta recomendação baseia-se no facto de se
considerar que as informações colhidas pelo professor de
cada área curricular serão mais pertinentes e específicas
para o âmbito do seu trabalho de planificação. De fato
considera-se que trocar impressões sobre os alunos é pouco
para uma efetiva articulação. Assim, a reunião deverá ser
feita noutros moldes, para que a transferência de
conhecimentos e competências e estratégias utilizadas no
grupo-turma seja efetiva.
Relativamente aos docentes, cuja colocação é posterior ao
início do ano escolar, deverão ser informados de tudo o que
foi dito nessa reunião, bem como da documentação
existente.
Que no final de cada ano letivo, cada docente faculte
informações sobre a execução da sua planificação, para que o
docente do ano seguinte (quando não se regista continuidade
pedagógica) possa elaborar as suas planificações com um
conhecimento efetivo a nível do trabalho realizado no ano
anterior.
Que o documento PCT do ano anterior seja basilar no
trabalho de planificação.
Planificação conjunta e troca de recursos entre docentes de
níveis diferentes das mesmas disciplinas.
Realização de projetos conjuntos, troca de experiências e
promoção de atividades transversais.
Existência de práticas conjuntas de avaliação entre docentes
de níveis diferentes, das mesmas disciplinas.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
70
LO 2.11
LO 2.12
LO 2.13
Vinda dos alunos do 4º ano no final do ano letivo à sede do
Agrupamento.
Realização de uma reunião formal dirigida pelo delegado dos
grupos disciplinares de Inglês e Educação Física e com a
presença do professor da disciplina do 5º ano de escolaridade
e com o(s) docente(s) das AEC se promova:
o No início do ano letivo, uma troca de informações
relativamente a programas e planificações;
o No início do ano letivo, uma planificação de atividades
conjuntas a inserir no Plano Anual de Atividades;
o No final do ano letivo, um relatório que deverá conter
o número de alunos do concelho e por escola que
frequentaram determinada AEC, bem como dos
conteúdos trabalhados e ainda de um relatório
qualitativo sobre os resultados alcançados;
Outras.
Fazendo parte integrante da escolaridade básica, até agora obrigatória em
Portugal, os três ciclos que a integram resultaram de processos de construção
social, historicamente distintos, como distinta foi a formação dos profissionais,
que em cada um desses ciclos leciona, e diferente foi a estrutura organizacional e
física dos estabelecimentos escolares que por ela têm sido responsáveis (Pires,
1994; Pires, 1996; Lima, 2002). A herança dessas diferenças de origem, mandato
e formação tem sido repetidamente referida como a principal causa da
desarticulação entre os diferentes ciclos que compõem a escolaridade básica. Um
indicador da existência de diferentes culturas profissionais continua a verificar-se
nas dificuldades sentidas pelos alunos nas transições de ciclo, e no desajuste
entre níveis de exigência que depois se traduz na necessidade de articulação inter
ciclos.
Neste Agrupamento, no que diz respeito à segunda perspetiva (LO 3), refira-
se que a prática de realização de atividades conjuntas e partilhadas com outros
níveis de ensino se institucionalizou durante o ano lectivo 2009/2010. Contudo, é
necessário que essa dinâmica seja cada vez mais consistente, devendo ser
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
71
traduzida no Plano Anual de Atividades de acordo com as grandes linhas
orientadoras do Projeto Educativo.
Análise da articulação entre ciclos no Agrupamento na
perspetiva da participação em atividades conjuntas de
complemento curricular
Principais constrangimentos
Organizacionais:
o Falta de rotinas construídas
Espaciais:
o Edifícios separados geograficamente
Objetivo Geral - LO 3
Incrementar a participação em atividades conjuntas de complemento curricular de
uma forma mais abrangente
Ações a desenvolver
LO 3.1
LO 3.2
LO 3.3
LO 3.4
LO 3.5.
Realização de projetos conjuntos, troca de experiências e
promoção de atividades transversais entre os vários ciclos de
escolaridade.
Planificação conjunta e troca de recursos entre os vários
ciclos.
Envolvimento dos docentes das AEC na definição e realização
das atividades de complemento curricular.
Utilização das novas tecnologias da informação como forma
de ultrapassar os constrangimentos espaciais.
Dinamização de Clubes e Projetos que se enquadrem nos
propósitos do Projeto Educativo,
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
72
LO 3.6.
LO 3.7
Continuação de renovação, investimento e inovação da
Biblioteca/CRE no sentido de contribuir para a formação
contínua de todos;
Outras.
Envolvimento com a Comunidade (LO 4 e 5)
Deve ser sublinhada a importância do papel da família na motivação, interesse,
orientação, colaboração e valorização das atividades escolares curriculares e
extracurriculares dos alunos. Assim, a escola tem o dever de criar condições
favoráveis à sua participação, não só para saber do aproveitamento e
comportamento dos seus educandos (LO 4), mas também para a participação nas
diferentes atividades socioculturais( LO 5).
Caraterização socioeconómica e cultural dos Pais e
Encarregados de Educação
- Análise dos dados recolhidos – LO 4
Idade - A média de idades dos pais é sempre superior à das mães.
Habilitações - As mães têm mais habilitações que os pais.
Perfil - As mães representam 86,58% dos Encarregados de Educação.
Residência - O maior número de pais e mães reside no concelho de Ourique
Profissões - As profissões dos pais e das mães são muito divergentes. O
maior número de pais está dividido por profissões mais ligadas ao sector
secundário que exige mais esforço físico e em menor grau por profissões
mais ligadas aos serviços. Em relação às mães, há uma maior
empregabilidade no sector dos serviços, registando-se também um número
significativo de domésticas.
Tempos livres – Apenas uma minoria de mães pratica desporto, preferindo
dedicar o seu tempo livre aos media e trabalhando em casa em tarefas
domésticas. Também há um número considerável que se dedica à leitura e
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
73
estudo; em relação aos pais a maioria dedica-se a trabalhar em serviços de
horticultura e outros ligados à sua residência. No entanto há uma
distribuição equitativa entre atividades de desporto, caça/pesca e também
na leitura e media; de salientar o pouco tempo dedicado ao descanso quer
dos pais das mães; também se verifica o pouco tempo dedicado a brincar em
casa com os filhos.
Dados respeitantes ao envolvimento dos Encarregados
de Educação na sua relação com os Diretores de Turma
– LO 4
Iniciativa/Origem do contato
Ano Letivo 2009/2010
Ciclos DT-EE EE-DT Total de alunos
1º Ciclo 369 96 161
2º Ciclo 478 54 98
3º Ciclo 346 72 139
Secundário 70 5 85
Quadro 1
Da reunião com a Coordenadora do Ensino pré-escolar para discussão dos
dados obtidos concluiu-se o seguinte:
Existe um envolvimento dos pais e encarregados de Educação diário,
informal e pronto que ocorre aquando da entrega das crianças na escola.
Ordinariamente, no final de cada período letivo.
Com várias atividades sistemáticas, as educadoras agilizam processos e
promovem a existência da chamada parceria pedagógica escola-família.
Neste nível de estudos já se registam alguns constrangimentos no
envolvimento dos pais e encarregados de educação.
Verifica-se que os contatos são feitos essencialmente por iniciativa do
Diretor de Turma, significando que são despoletados fundamentalmente pela
necessidade de resolução de um ou vários assuntos específicos.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
74
Meios de contactos:
a) Do Diretor de Turma para o Encarregado de Educação
O contacto privilegiado no 1º Ciclo é feito na escola e presencialmente (De
salientar que no primeiro ciclo não existem serviços administrativos, o que também
deve ser tido em conta na leitura destes dados). No 2º Ciclo destaca-se o contato por
escrito.
Já no 3º Ciclo, verifica-se uma ligeira preferência pelo contato presencial. Ao
nível do Secundário o contato é realizado em igual número na escola
(presencialmente), telefonicamente e por escrito.
b) Do Encarregado de Educação para o Diretor de Turma
Constatou-se que no 1º, 2º e 3º Ciclos os Encarregados de Educação preferem
contatar o Diretor de Turma na escola, presencialmente. Porém no Ensino
Secundário, os encarregados de Educação elegem o contato telefónico.
c) Sobre a utilização da “hora de atendimento”
De um modo geral, como se ilustra com o quadro seguinte, a hora de
atendimento estabelecida no horário do Diretor de Turma é preterida, no 1º Ciclo.
Nos restantes ciclos os atendimentos fora desta hora são quase em mesmo número
que os atendimentos nesta hora. Assim conclui-se que o Diretor de Turma revela
bastante flexibilidade e disponibilidade no atendimento aos Encarregados de
Educação, para ir ao encontro das possibilidades destes.
Atendimentos DT-EE-DT
Ano Letivo 2009/2010
Ciclo Dentro da hora Fora da hora Total de alunos
1º Ciclo 2 266 161
2º Ciclo 94 46 98
3º Ciclo 112 111 139
Secundário 36 26 85
Quadro 2
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
75
Forma de Contato: espontânea/solicitada
Os Encarregados de Educação contatam os Diretores de Turma,
essencialmente, quando são solicitados, notando-se um decréscimo gradual ao longo
dos Ciclos, conforme se verifica, pelos dados do quadro seguinte.
Forma de Contato EE-DT/PTT/ Educador
Ano Letivo 2009/2010
Ciclo Solicitada Espontânea Total de alunos
1º Ciclo 173 51 161
2º Ciclo 77 22 98
3º Ciclo 56 29 139
Secundário 22 5 85
Quadro 3
Conclusões
Os Pais e Encarregados de Educação reduzem os seus contatos com a escola
à medida que os alunos avançam nos estudos. Esta situação parece
constituir uma postura normal, já que o crescimento de uma criança passa
justamente pela progressiva responsabilização para os aspectos da sua vida
particular. Contudo, dada a alteração da realidade social, esta situação
deverá ser repensada. Também no 2º ciclo, 3º e secundário os alunos têm, no
estabelecimento de ensino, maior liberdade em tempo disponível e espaço.
Este facto ainda torna mais contraditória a postura, acima descrita, dos
Encarregados de Educação.
A hora de atendimento não constitui o tempo por excelência de contatos com
os Encarregados de Educação. Verifica-se uma situação de tipo «familiar»
em que a flexibilidade do Diretor de Turma para receber os Encarregados de
Educação se tornou norma.
A caderneta escolar encontra-se subaproveitada nas suas potencialidades.
De facto, alguns documentos-modelo da escola repetem os já existentes na
caderneta.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
76
No ano letivo 2010/2011 foram registados os dados respeitantes ao envolvimento
dos Encarregados de Educação na sua relação com os Diretores de Turma, ao longo
do ano letivo (anexo 7)
Objetivo Geral – LO 4
Encorajar a intervenção dos Encarregados de Educação que não vêm à escola
Ações a desenvolver
LO 4.1
LO 4.2
LO 4.3
LO 4.4
LO 4.5
LO 4.6
LO 4.7.
LO 4.8
Deslocação, uma vez por período, das estruturas envolvidas
a cada uma das escolas do 1º ciclo que fiquem fora da sede
do concelho, para ir, por um lado, ao encontro dos pais e
encarregados de educação de alunos do 2º, 3º ciclo e
Secundário que por motivos vários não se desloquem à sede
do Agrupamento, e por outro lado, para ir ao encontro de
todos aqueles pais e encarregados de educação que queiram
debater questões de vária índole educativa.
Reunião no início do ano entre os Coordenadores de Ciclo e a
Associação de Pais.
Divulgação do GAAF junto dos Encarregados de Educação na
primeira reunião do ano lectivo.
Utilização mais efetiva da caderneta escolar.
Utilização das novas tecnologias da informação na
comunicação.
Promover ações de sensibilização e formação dos
encarregados de educação;
Promover a participação em decisões ou na organização das
atividades escolares por parte das encarregadas, quando
permitam modificações internas e contribuam para o
desenvolvimento integral do aluno;
Outras.
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
77
Dados respeitantes ao envolvimento dos Pais,
Encarregados de Educação e Parcerias nas diferentes
atividades socioculturais – LO 5
A Escola e a Comunidade têm nestes últimos anos trabalhado em conjunto,
observando-se, de forma crescente uma maior solicitação por parte da Escola e
consequentemente um maior interesse e envolvimento pelo que ela promove. Nesta
estratégia, continuar-se-á a privilegiar os contactos com a edilidade local, como
representante institucional dos interesses da comunidade, com as Juntas de
Freguesia da área pedagógica da Escola, com as outras parcerias anteriormente
identificadas, bem como, a partir do ano lectivo 2010/2011, com a Associação de
Pais e Encarregados de Educação que são os primeiros interessados no
desenvolvimento do Projeto Educativo. Neste sentido, devem ser desenvolvidas
ações visando uma maior aproximação dos Encarregados de Educação à Escola,
nomeadamente, promovendo Ações de Formação e atividades culturais que
promovam uma participação ativa de forma a facilitar a ligação escola/meio.
Objetivo Geral
Promoção da abertura das escolas ao exterior e a sua integração nas comunidades
locais
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
78
Ações a desenvolver
LO 5.1
LO 5.2
LO 5.3
LO 5.4
LO 5.5
LO 5.6
LO 5.7
LO 5.8
LO 5.9
LO 5.10
LO 5.11
LO 5.12
Realizar reuniões com os encarregados de educação e as
diferentes parcerias no início ano letivo para os implicar e
divulgar o Regulamento Interno, o Projeto Educativo e o
Plano Anual de Atividades.
Estimular a participação em todos os projetos das parcerias
que estejam em convergência com o projeto educativo do
Agrupamento;
Incentivar a exposição de trabalhos de alunos nos espaços das
parcerias;
Propor às Associações de Pais a criação de uma “escola de
pais”;
Levar a cabo a realização um jantar anual com antigos
alunos, professores e funcionários deste Agrupamento;
Trazer ao Agrupamento personalidades de relevo nas várias
áreas do conhecimento e da cultura;
Efetivar parcerias que promovam a identidade e cultural.
Utilizar espaços da autarquia para realização de palestras,
seminários, apresentações;
Dinamizar atividades culturais, recreativas, de animação,
que revelem a participação e envolvimento de toda a
comunidade educativa;
Fomentar a utilização da Webpage
(www.agrupamentodeescolasdeourique.drealentejo.pt) como
forma de informação e contato permanente dirigido à
Comunidade;
Contribuir para a adoção de mecanismos de colaboração e
articulação entre a Associação de Pais e restantes
encarregados de educação;
Participar em projetos da iniciativa das parcerias que
estejam em convergência com o Projeto Educativo do
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
79
LO 5.13
LO 5.14
LO 5.15
LO 5.16
LO 5.17
Agrupamento;
Criar o Passaporte da Leitura para Pais e Encarregados de
Educação;
Recolha de memórias orais;
Recuperação de jogos tradicionais;
Hora do conto para Pais e Filhos;
Outras.
Capítulo V
1. Avaliação do Projeto Educativo
O Projeto Educativo é um documento de planeamento estratégico a longo
prazo que irá orientar a elaboração dos outros documentos estruturantes deste
Agrupamento de escolas: o Regulamento Interno, o Projeto Curricular de
Agrupamento, o Plano Anual/ Plurianual de Atividades e os Projetos Curriculares
de Turma. Estes documentos servirão, entre outros aspetos, para salientar as áreas
a aperfeiçoar e para destacar as virtualidades do Projeto Educativo, de forma a
proceder a alterações sempre que necessário. É nesta linha de atuação que assume
particular importância o Plano de Ação e Melhoria que permitirá registar,
anualmente, as mudanças que deverão ser efetuadas, procurando aprimorar um
documento que deverá ser encarado como um processo contínuo e não como um
produto acabado.
Neste propósito, anualmente, deverão ser estabelecidas no Plano Anual de
Atividades as metas, as atividades a realizar, o cronograma das ações a
desenvolver e as estratégias a implementar, aprovadas pelo Conselho Pedagógico,
constituindo o próprio Plano Anual de Atividades um instrumento eficaz que
permitirá medir o grau de consecução de uma parte significativa do Projeto
Educativo do Agrupamento.
A par desta avaliação, e no âmbito do Plano de Ação e Melhoria, constituir-
se-á um grupo de trabalho para a Autoavaliação do Agrupamento, responsável pela
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
80
avaliação pormenorizada de cada Área de Intervenção do Projeto Educativo,
nomeadamente, a recolha de elementos de avaliação do Projeto Educativo do
Agrupamento no final de cada ano letivo, a apresentação de uma síntese dessa
avaliação anual no último Conselho Pedagógico com base na monitorização do
processo, uma avaliação dos resultados globais, qualitativa e quantitativa, e uma
proposta de revisão dos planos operacionais para posterior apreciação e validação
pelo Conselho Geral. Este trabalho de acompanhamento e avaliação tem uma
função explícita como quadro de referência e de coerência na planificação do
trabalho do ano lectivo seguinte, funcionando também como elo de ligação entre os
vários documentos de planificação e de estruturação da ação educativa.
O processo de avaliação do Projeto Educativo do Agrupamento será
sustentado numa matriz de autoavaliação já elaborada, a qual será constituída por
vários indicadores de desempenho do Agrupamento e das Escolas que o integram.
Tais indicadores serão organizados em torno dos três pilares do Projeto Educativo.
2. Monitorização da avaliação
Linha
Orientadora
Indicador de
Medida Quem avalia
Quando
avalia Como avalia
Literacia da
Leitura e da
informação
(LO 1)
Taxa de sucesso,
de insucesso e
qualidade dos
resultados por
disciplina e ano de
escolaridade
Professores da
disciplina,
Coordenadores de
Departamento
Final de cada
período
Atas, relatórios,
dados estatísticos
Taxa de sucesso,
de insucesso e
qualidade dos
resultados por
turma e ciclo de
ensino
Diretores de
Turma,
Coordenadores
de Ciclo
Final de
cada
período
Atas,
relatórios,
dados
estatísticos
Resultados nas Professores da Após a Atas,
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
81
provas de aferição
e exames nacionais
disciplina,
Coordenadores
de
Departamento
afixação
dos
resultados
relatórios,
dados
estatísticos
Funcionamento
das estruturas
escolares de gestão
e de orientação
educativa
Equipa de
Avaliação
Interna
Final do
ano letivo
Relatórios,
Questionários,
atas.
Biblioteca
CRE
Professor(a)
Bibliotecário(a)
Final de
cada
período
Segundo
orientações da
RNB
Aulas de
Recuperação
Professores
responsáveis
pela sua
lecionação,
elemento da
direção
Coordenadores
de Ciclos
Final de
cada
período
Atas,
relatórios,
dados
estatísticos
sobre os
resultados
alcançados
Taxa de sucesso e
Insucesso e
qualidade dos
resultados dos
Cursos de
Educação, e
Formação,
Percursos
Curriculares
Alternativos e via
profissionalizante
Diretores de
turma, Diretores
de Curso,
Coordenador das
Diferentes
Ofertas
Formativas
Final de
cada
período/Ano
Letivo
Dados
estatísticos,
atas, relatórios
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
82
Taxa de
empregabilidade /
Prosseguimento de
Estudos
Coordenador das
Diferentes
Ofertas
Formativas
Final do
ano letivo
Dados
estatísticos,
relatórios
Articulação
entre Ciclos
(LO 2 e 3)
Taxa comparativa
de sucesso, de
insucesso e
qualidade dos
resultados na
passagem para
cada ciclo de
ensino.
Coordenadores
de Ciclo
Final de
ano letivo
Atas,
relatórios,
dados
estatísticos
Articulação entre
os diferentes
departamentos
Coordenadores
de ciclo e de
departamento,
Professor(a)
Bibliotecário(a),
Professores das
AEC
Final de
cada
período
Atas,
relatórios
Articulação entre
ciclos nas vertentes
curriculares e não
curriculares
Coordenadores
de ciclo, de
departamento
Final de
cada
período
Atas,
relatórios
Envolvimento
com a
Comunidade
Ligação
Escola/família
Diretores de
Turma,
Coordenadores
de Ciclo e
Equipa de
Avaliação
Interna
Final de
cada
período
Caraterização
socioeconómica
dos EE, dados
estatísticos
sobre o
número e tipo
de contatos
mantidos com
os EE, atas e
relatórios.
Ligação Escola e
diferentes parcerias
Órgão(s) de Gestão
e Administração
Final de cada
período Atas e relatórios
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
83
(LO 4 e 5)
Resposta Educativa
de Apoio ao Processo
de
Ensino/Aprendizagem
Indicador de
Medida Quem avalia
Quando
avalia Como avalia
Biblioteca/ CRE Atividades
desenvolvidas
Professor(a)
Bibliotecário(a)
Final de cada
período
Relatórios,
dados
estatísticos de
frequência
Apoios educativos Implementação
de medidas de
apoio educativo
Professores de
apoio, de
Educação
Especial e
outros docentes
com funções de
apoio
Final de cada
período
Atas, relatórios,
dados
estatísticos
sobre os
resultados
alcançados
Serviço de psicologia
e orientação
Atividades
desenvolvidas
Responsável
pelo serviço
Final de cada
período
Relatórios
Atividades de
Enriquecimento
Curricular (AEC)
Análise das
Atividades de
Enriquecimento
Curricular
Professor
responsável
pela atividade e
professor titular
de turma/Grupo
Disciplinar
Final do ano
letivo
Relatórios,
dados
estatísticos
Projetos e
Clubes
Atividades
desenvolvidas e
seu
enquadramento
com o PE
Responsáveis
pelos Clubes
ou Projetos
Final de
cada
período
Relatórios,
dados
estatísticos
de frequência
Plano da Matemática
Sucesso dos
alunos
Coordenador Final do
ano letivo Relatório
Plano Tecnológico da
Educação
Desenvolvimento
do modelo
orgânico e
operacional do
Coordenador
Final de
cada
período
Relatório
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
84
Plano
Educação Especial e
Apoio Socioeducativo
Sucesso da
inclusão
educativa e social
Educadora
Intervenção
Precoce;
Equipa de
Educação
Especial;
Tutores;
Serviço de
Psicologia e
Orientação;
GAAF.
Final de
cada
período
Atas,
relatórios
Percursos
Curriculares
Alternativos/Cursos
de Educação e
Formação
Sucesso escolar e
social
Conselho de
Turma
Final de
cada
período
Atas,
relatórios
ACND
Atividades
desenvolvidas no
âmbito das ACND
Conselho de
Turma
Final de cada
período
Atas, relatórios,
dados
estatísticos
Instrumentos de
Autonomia
Indicador de
Medida
Quem avalia Quando
avalia Como avalia
Projeto Educativo
Grau de
concretização
Conselho Geral
Final de
cada ano
letivo e
final do
ciclo de
execução
Questionário,
atas,
relatórios,
enviados pelas
estruturas
intermédias e
os outros
órgãos de
direção e
gestão
Plano Anual de
Atividades
Professores
responsáveis
pelas atividades,
Coordenadores
de
Departamento,
Conselho
Final de
cada
período
Questionários,
relatórios,
atas, dados
estatísticos de
frequência
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
85
Pedagógico,
Conselho Geral
Projeto Curricular
de Turma
Conselhos de
Turma
Final do
ano letivo
Questionários,
atas, relatórios
Projeto Curricular
de Agrupamento
Conselho
Pedagógico/
Departamentos/
Coordenadores
de Ciclo/Órgão
de Gestão
Anualmente Atas,
relatórios
Regulamento
Interno
Elaboração e Aplicação
Equipa de
Avaliação
Interna/Conselho
Geral/Órgão de
Gestão
Final do
ano letivo
Questionários,
atas, relatórios
dos diferentes
coordenadores
Conta de Gerência Conselho Geral Em cada
ano letivo
Dados
fornecidos pelo
Conselho
Administrativo
Relatório de
Autoavaliação
Equipa de
Avaliação Interna
Final do ano
letivo
Atas,
relatórios,
questionários,
inquéritos
Agrupamento Vertical de Ourique – 135392 Projeto Educativo 2010/2013 _____________________________________________________________________
86
Anexos