poesia heterônima de alberto caiero

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Poesia Heterônima Poesia Heterônima Equipe: Emanuelly Silvério Lindolfo Texeira Raimundo

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Page 1: Poesia Heterônima de Alberto Caiero

Poesia HeterônimaPoesia Heterônim

a Equipe:Emanuelly

SilvérioLindolfo Texeira

Raimundo Chagas

Thatiane Nunes

Page 2: Poesia Heterônima de Alberto Caiero

Os heterônimos são concebidos como individualidades distintas da do autor, este criou-lhes uma biografia e até um horóscopo próprios. Encontram-se ligados a alguns dos problemas centrais da sua obra: a unidade ou a pluralidade do eu, a sinceridade, a noção de realidade e a estranheza da existência.

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Traduzem a consciência da fragmentação do eu, reduzindo o eu “real” de Pessoa a um papel que não é maior que o de qualquer um dos seus heterônimos na existência literária do poeta. São a mentalização de certas emoções e perspectivas, a sua representação irônica. De entre os vários heterônimos de Pessoa destacam-se: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.

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Page 5: Poesia Heterônima de Alberto Caiero

Alberto Caeiro nasceu em Lisboa, em 1889 e morreu em 1915, mas viveu quase toda a sua vida no campo, com uma tia-avó idosa, porque tinha ficado órfão de pais cedo. Como educação, apenas tinha tirado a instrução primária e não tinha profissão.

Page 6: Poesia Heterônima de Alberto Caiero

Como surgiu Alberto Caiero? Conta o próprio Fernando Pessoa que “se lembrou um dia de fazer uma partida a Sá-Carneiro — de inventar um poeta bucólico, de espécie complicada, e apresentar-lho, já me não lembro como, em qualquer espécie de realidade. Levei uns dias a elaborar o poeta mas nada consegui. Num dia em que finalmente desistira — foi em 8 de Março de 1914 — acerquei-me de uma cômoda alta, e, tomando um papel, comecei a escrever, de pé, como escrevo sempre que posso.

Page 7: Poesia Heterônima de Alberto Caiero

 E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa espécie de êxtase cuja natureza não conseguirei definir. Foi o dia triunfal da minha vida, e nunca poderei ter outro assim. Abri com um título, O Guardador de Rebanhos. E o que se seguiu foi o aparecimento de alguém em mim, a quem dei desde logo o nome de Alberto Caeiro. Desculpe-me o absurdo da frase: aparecera em mim o meu mestre. Foi essa a sensação imediata que tive.”

Page 8: Poesia Heterônima de Alberto Caiero

Quando Fernando Pessoa escreve em nome de Caeiro, diz que o faz “por pura e inesperada inspiração, sem saber ou sequer calcular que iria escrever.”

Page 9: Poesia Heterônima de Alberto Caiero

Características físicas de Alberto Caeiro

Estatura média;Frágil;Louro quase sem cor;Olhos Azuis;Cara Raspada;

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Motivos temáticos da poesia de Alberto Caiero

A postura Antimetafísica:•Recusa do pensamento;•Rejeição do social (artificial).

A atitude sensacionalista:•Sobrevalorização das sensações;•Importância atribuída à visão.

A defesa do objetivismo:•Observação objetivo do mundo;•Negação de atitudes de análise e interpretação.

A comunhão com a natureza:•Integração na natureza;•Identificação com os elementos naturais;•Poesia deambulatória.

Page 11: Poesia Heterônima de Alberto Caiero

O paganismo e o panteísmo naturalista:•Existência material como única verdade das coisas;•Presença da divindade no mundo;•Relação intrínseca com a natureza.

A vivência calma e pacífica:•Aceitação exclusiva do presente (passado e futuro como conceitos elaborados).

A contradição entre a teoria e prática:•Poesia pensada e trabalhada;•Disfarçada simplicidade.

Page 12: Poesia Heterônima de Alberto Caiero

O guardador de rebanhos

O meu olhar é nítido como um girassol.Tenho o costume de andar pelas estradasOlhando para a direita e para a esquerda,E de vez em quando olhando para trás...E o que vejo a cada momentoÉ aquilo que nunca antes eu tinha visto,E eu sei dar por isso muito bem...Sei ter o pasmo essencialQue tem uma criança se, ao nascer,Reparasse que nascera deveras...Sinto-me nascido a cada momentoPara a eterna novidade do Mundo...

Page 13: Poesia Heterônima de Alberto Caiero

Creio no mundo como num malmequer,Porque o vejo. Mas não penso nelePorque pensar é não compreender...O Mundo não se fez para pensarmos nele(Pensar é estar doente dos olhos)Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Page 14: Poesia Heterônima de Alberto Caiero

Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,Mas porque a amo, e amo-a por issoPorque quem ama nunca sabe o que amaNem sabe por que ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,E a única inocência não pensar...

Alberto Caeiro

Page 15: Poesia Heterônima de Alberto Caiero

FIM!!!