poerner, arthur - o poder jovem

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    cial

    na

    real

    iza

    o d

    este

    Gov

    er-

    no.

    Um

    a da

    s fo

    rmas

    enc

    ontr

    adas

    pel

    o at

    ual

    Gov

    erno

    a

    ret

    omad

    a do

    Pro

    jeto

    Ron

    don,

    que

    pod

    e co

    ntri

    buir

    par

    a a

    inte

    gra

    o d

    a ju

    vent

    ude.

    O P

    roje

    to R

    ondo

    n te

    m a

    mis

    so

    de in

    tegr

    ar u

    m P

    as

    to

    dese

    quil

    i-br

    ado

    e t

    o de

    sigu

    al, e

    de

    forn

    ecer

    j

    uven

    tude

    a p

    ossi

    bili

    dade

    de

    cum

    -pr

    ir e

    sse

    pape

    l, de

    via

    jar

    pelo

    s m

    ais

    dife

    rent

    es r

    inc

    es d

    a no

    ssa

    Pt

    ria.

    O n

    ome

    um

    a ho

    men

    agem

    a u

    m b

    rasi

    leir

    o qu

    e co

    loco

    u a

    inte

    gra

    odo

    Pa

    s co

    mo

    mis

    so

    de s

    ua v

    ida,

    o m

    arec

    hal C

    ndi

    do R

    ondo

    n, u

    m b

    ra-

    sile

    iro

    que

    tinh

    a co

    mo

    av

    uma

    ndi

    a bo

    roro

    , do

    Mat

    o G

    ross

    o, m

    as e

    ssa

    ap

    enas

    um

    a ja

    nela

    que

    se

    abre

    par

    a a

    part

    icip

    ao

    da

    juve

    ntud

    e.O

    s es

    tuda

    ntes

    pod

    em e

    dev

    em p

    arti

    cipa

    r, n

    esse

    gov

    erno

    , da

    ampl

    ia-

    o

    dos

    hori

    zont

    es d

    emoc

    rti

    cos,

    da

    bata

    lha

    pela

    afi

    rma

    o d

    a so

    bera

    -ni

    a na

    cion

    al e

    pel

    o co

    mba

    te

    s de

    sigu

    alda

    des

    soci

    ais

    que

    afro

    ntam

    nos

    -sa

    con

    sci

    ncia

    pat

    rit

    ica

    e de

    moc

    rti

    ca.

    A r

    eedi

    o

    da o

    bra

    de A

    rthu

    rP

    oern

    er

    um

    a ho

    men

    agem

    aos

    est

    udan

    tes

    e um

    a ho

    men

    agem

    ao

    tale

    n-to

    e a

    o pa

    trio

    tism

    o do

    aut

    or.

    Mai

    o de

    200

    4

  • uand

    o A

    rthu

    r Jo

    s P

    oern

    er r

    eedi

    tou

    O p

    oder

    jov

    em p

    ela

    lti

    ma

    vez,

    em

    197

    9, e

    u ti

    nha

    nove

    ano

    s. N

    o im

    agin

    ava

    que

    um d

    ia e

    u m

    es-

    mo

    viri

    a a

    ser

    um p

    erso

    nage

    m d

    o li

    vro.

    Nem

    pod

    eria

    imag

    inar

    que

    um

    dia

    eu v

    iria

    a p

    arti

    cipa

    r de

    aco

    ntec

    imen

    tos

    que

    mud

    aram

    a h

    ist

    ria

    pol

    -ti

    ca d

    o B

    rasi

    l; q

    ue u

    m d

    ia e

    u es

    tari

    a, j

    unto

    com

    mil

    hes

    de

    bras

    ilei

    ros,

    espe

    cial

    men

    te o

    s es

    tuda

    ntes

    , ti

    rand

    o da

    Pre

    sid

    ncia

    da

    Rep

    bli

    ca u

    mho

    mem

    que

    l c

    hega

    ra p

    elo

    voto

    de

    mai

    s de

    trin

    ta m

    ilh

    es d

    e pe

    ssoa

    s. A

    opa

    rtic

    ipar

    de

    todo

    o p

    roce

    sso

    de im

    peac

    hmen

    t do

    ex-p

    resi

    dent

    e F

    erna

    n-do

    Col

    lor d

    e M

    ello

    , em

    199

    2, n

    a co

    ndi

    o d

    e pr

    esid

    ente

    da

    Uni

    o N

    acio

    -na

    l do

    s E

    stud

    ante

    s, a

    cabe

    i en

    tran

    do n

    a hi

    str

    ia d

    o m

    ovim

    ento

    est

    udan

    -ti

    l. M

    ais

    que

    isso

    , ac

    abam

    os m

    udan

    do u

    ma

    part

    e da

    his

    tri

    a do

    pa

    s,fa

    zend

    o ju

    s ao

    pod

    er q

    ue P

    oern

    er a

    trib

    uiu

    aos

    estu

    dant

    es.

    Li

    o li

    vro

    de P

    oern

    er q

    uand

    o j

    est

    ava

    no C

    entr

    o A

    cad

    mic

    o da

    Fac

    ulda

    de d

    e M

    edic

    ina

    da U

    nive

    rsid

    ade

    Fed

    eral

    da

    Par

    aba

    e n

    ele

    me

    insp

    irei

    par

    a co

    ntin

    uar

    uma

    luta

    h

    tant

    as d

    cad

    as p

    or o

    utro

    s co

    me

    ada

    e po

    r ta

    ntos

    mil

    hare

    s de

    est

    udan

    tes

    j t

    rilh

    ada.

    Se

    ante

    s eu

    j

    acre

    dita

    -va

    ser

    pos

    sve

    l m

    udar

    o m

    undo

    , de

    pois

    dO

    pod

    er jo

    vem

    pas

    sei

    a te

    rce

    rtez

    a de

    que

    iss

    o po

    de s

    er r

    eali

    dade

    e q

    ue e

    u er

    a m

    ais

    um e

    ntre

    os

    mil

    hare

    s qu

    e de

    dica

    ram

    sua

    vid

    a

    nsi

    a de

    con

    stru

    ir u

    ma

    soci

    edad

    e em

    que

    as m

    aior

    ias

    poss

    am d

    ecid

    ir s

    eus

    cam

    inho

    s.O

    pod

    er jo

    vem

    mos

    tra

    que

    mui

    tos

    jove

    ns,

    de n

    orte

    a s

    ul d

    o pa

    s,

    PREF

    CIO

    DPR

    EFC

    IO D

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    CIO

    DPR

    EFC

    IO D

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    CIO

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    4 E

    DI

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    Lindb

    ergh

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    utad

    o fe

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    l P

    resi

    dent

    e da

    UN

    E (

    1992

    -199

    3).

    Q

    16

    O PO

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    empe

    nhar

    am a

    vid

    a, o

    u bo

    a pa

    rte

    dela

    , na

    tent

    ativ

    a de

    cri

    ar n

    o B

    rasi

    l um

    sist

    ema

    educ

    acio

    nal

    que

    prom

    ova

    a ig

    uald

    ade,

    a f

    rate

    rnid

    ade,

    a d

    igni

    -da

    de d

    o se

    r hu

    man

    o; q

    ue l

    eve

    em c

    onta

    os

    anse

    ios

    da j

    uven

    tude

    num

    mun

    do c

    ada

    vez

    mai

    s co

    mpe

    titi

    vo e

    ond

    e as

    nec

    essi

    dade

    s in

    divi

    duai

    sn

    o s

    o le

    vada

    s em

    con

    ta;

    um s

    iste

    ma

    de e

    nsin

    o qu

    e pr

    ivil

    egie

    as

    po-

    pula

    es

    mai

    s hu

    mil

    des;

    que

    for

    tale

    a a

    edu

    ca

    o p

    blic

    a e

    grat

    uita

    ,ba

    ndei

    ra d

    e m

    uito

    s e

    mui

    tos

    anos

    de

    luta

    das

    ent

    idad

    es e

    stud

    anti

    s; q

    ueof

    ere

    a ao

    pov

    o tr

    abal

    hado

    r op

    ortu

    nida

    de d

    e co

    nhec

    er s

    ua h

    ist

    ria

    epr

    epar

    ar o

    fut

    uro

    base

    ado

    nos

    erro

    s e

    acer

    tos

    das

    gera

    es

    ant

    eces

    -so

    ras. P

    oern

    er, j

    orna

    list

    a co

    ncei

    tuad

    o, e

    le p

    rpr

    io a

    gent

    e da

    his

    tri

    a qu

    ees

    crev

    e, n

    o f

    ez o

    ret

    rato

    do

    mov

    imen

    to e

    stud

    anti

    l ap

    enas

    sob

    a

    tica

    da v

    ida

    acad

    mic

    o-es

    cola

    r. F

    oi a

    lm

    . Ret

    rato

    u co

    m fi

    deli

    dade

    a v

    incu

    la-

    o

    dest

    e m

    ovim

    ento

    com

    as

    bata

    lhas

    pol

    tic

    as n

    o pa

    s,

    desd

    e os

    tem

    -po

    s do

    Bra

    sil-

    Col

    nia

    . N

    o

    nov

    idad

    e qu

    e a

    traj

    etr

    ia d

    o m

    ovim

    ento

    estu

    dant

    il, n

    o s

    o

    bras

    ilei

    ro, s

    egue

    par

    alel

    a

    vida

    pol

    tic

    a on

    de s

    e in

    -se

    re e

    , m

    uita

    s ve

    zes,

    com

    ela

    se

    conf

    unde

    ou

    dela

    est

    fren

    te.

    No

    ex

    ager

    o di

    zer

    que,

    no

    Bra

    sil,

    os e

    stud

    ante

    s em

    mui

    tos

    mom

    ento

    s es

    tive

    -ra

    m a

    dian

    te d

    e se

    u te

    mpo

    , des

    cort

    inan

    do o

    fut

    uro,

    abr

    indo

    nov

    os c

    ami-

    nhos

    , for

    and

    o m

    udan

    as

    de r

    umos

    , rec

    haa

    ndo

    o ve

    lho

    e se

    mpr

    e bu

    s-ca

    ndo

    o no

    vo.

    Os

    estu

    dant

    es n

    o s

    e co

    nfor

    mam

    em

    ver

    a v

    ida

    pass

    ar n

    a ja

    nela

    da

    sala

    de

    aula

    sem

    nel

    a in

    terf

    erir

    . in

    eren

    te

    juve

    ntud

    e a

    rebe

    ldia

    , a n

    e-ce

    ssid

    ade

    de c

    onte

    star

    , de

    gri

    tar

    seu

    inco

    nfor

    mis

    mo

    com

    as

    inju

    sti

    as.

    O m

    ovim

    ento

    est

    udan

    til

    fi

    el d

    epos

    itr

    io d

    essa

    voc

    ao

    lib

    ert

    ria

    ju-

    veni

    l. Com

    O p

    oder

    jov

    em

    pos

    sve

    l co

    nhec

    er a

    s as

    pira

    es

    que

    mo-

    vem

    os

    jove

    ns e

    m

    poca

    s e

    situ

    ae

    s di

    stin

    tas,

    pri

    ncip

    alm

    ente

    daq

    uela

    spa

    rcel

    as q

    ue n

    o r

    epri

    mem

    sua

    rev

    olta

    e s

    e en

    gaja

    m n

    as o

    rgan

    iza

    es

    estu

    dant

    is p

    ara

    mel

    hor

    cola

    bora

    r co

    m a

    s m

    udan

    as

    que

    alm

    ejam

    par

    ato

    da a

    soc

    ieda

    de.

    p

    oss

    vel

    tam

    bm

    con

    hece

    r os

    mei

    os,

    nem

    sem

    pre

    orto

    doxo

    s, q

    ue u

    tili

    zam

    par

    a at

    ingi

    r se

    us o

    bjet

    ivos

    , qu

    e se

    ade

    quam

    p

    oca

    e s

    pos

    sibi

    lida

    des

    que

    se lh

    es a

    pres

    enta

    m.

    Som

    ente

    alg

    um

    que

    viv

    eu u

    m p

    ero

    do d

    essa

    his

    tri

    a e

    que

    a en

    ten-

    de c

    omo

    natu

    ral

    e ne

    cess

    ria

    , no

    cont

    exto

    em

    que

    se

    apre

    sent

    ou, p

    ode-

    ria

    escr

    ev-

    la t

    o b

    rilh

    ante

    e t

    rans

    form

    -la

    no

    mai

    s im

    port

    ante

    doc

    u-m

    ento

    de

    uma

    luta

    que

    no

    vai

    aca

    bar

    enqu

    anto

    hou

    ver

    pobr

    eza,

    dis

    cri-

    min

    ao

    , an

    alfa

    beti

    smo

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    sigu

    alda

    de s

    ocia

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    imen

    to

  • PR

    EFC

    IO D

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    EDI

    O

    17

    estu

    dant

    il n

    o s

    e ca

    nsa

    de r

    ejei

    tar

    essa

    rea

    lida

    de a

    bsur

    da.

    Por

    iss

    o, e

    s-t

    em

    con

    stan

    te m

    ovim

    ento

    , mes

    mo

    que

    a si

    tua

    o lh

    e se

    ja a

    dver

    sa, c

    o-m

    o na

    po

    ca d

    o re

    gim

    e m

    ilit

    ar.

    Mas

    a p

    ersi

    stn

    cia

    um

    a ca

    ract

    ers

    ti-

    ca d

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    mov

    imen

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    j c

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    atad

    a pe

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    audo

    so O

    tto

    Mar

    ia C

    arpe

    aux,

    em 1

    968,

    qua

    ndo

    prev

    ia q

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    uita

    s ou

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    dat

    as d

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    ia d

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    men

    to e

    stud

    anti

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    . V

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    E e

    sto

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    rata

    das

    por

    Poe

    rner

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    taat

    uali

    za

    o de

    O p

    oder

    jove

    m.

    Res

    ta-n

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    eran

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    e a

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    ima

    atua

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    o

    dest

    e li

    vro

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    etra

    te u

    ma

    real

    idad

    e em

    que

    tod

    a a

    luta

    est

    udan

    til

    tenh

    a si

    do v

    ito-

    rios

    a no

    sen

    tido

    ple

    no, d

    e j

    ter

    mos

    ati

    ngid

    o a

    soci

    edad

    e ju

    sta

    que

    tan-

    tos

    busc

    aram

    .

    Junh

    o de

    199

    5

  • livr

    o de

    Art

    hur

    Jos

    Poe

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    pod

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    H

    ist

    ria

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    arti-

    cipa

    o

    polt

    ica

    dos

    estu

    dant

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    rasi

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    os,

    vem

    pre

    ench

    er u

    ma

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    na e

    m n

    ossa

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    a. N

    o

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    meu

    con

    heci

    men

    to,

    pelo

    me-

    nos,

    a e

    xist

    nci

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    m e

    tal

    ento

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    stud

    ante

    do

    lti

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    irei

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    s ve

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    o le

    itor

    s

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    eend

    ido

    com

    um

    a ir

    reve

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    ia o

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    a di

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    cia

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    entu

    ada

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    onto

    de

    vist

    a.

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    e o

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    ovem

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    ssis

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    m d

    o s

    culo

    ). N

    ada

    mai

    s di

    fci

    l do

    que

    apr

    ecia

    r fa

    tos

    e ju

    lgar

    os

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    os,

    prin

    cipa

    lmen

    te o

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    utor

    , por

    exe

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    o, p

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    e ad

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    gir

    com

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    reve

    s po

    lti

    cas

    e eu

    s

    adm

    ito

    grev

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    ecla

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    imen

    tode

    sen

    ten

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    dici

    ria

    que

    est

    eja

    send

    o de

    sres

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    ada,

    iss

    o m

    esm

    o em

    ativ

    idad

    e qu

    e n

    o se

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    onsi

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    da e

    ssen

    cial

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    olet

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    ade.

    Ent

    endo

    que,

    cab

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    J

    usti

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    o d

    o P

    oder

    Jud

    ici

    rio

    e

    oP

    oder

    Jud

    ici

    rio,

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    nos

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    as,

    a

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    ula

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    e ,

    ser

    co

    ntra

    -se

    nso

    adm

    itir

    que

    det

    erm

    inad

    o gr

    upo

    soci

    al a

    ela

    no

    rec

    orra

    , ou

    que

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    corr

    endo

    , a

    ela

    no

    se s

    ubm

    eta

    para

    pro

    cura

    r im

    por

    sua

    vont

    ade

    pelo

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    lent

    o re

    curs

    o da

    gre

    ve.

    u

    ma

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    rant

    e in

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    nci

    a, e

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    m p

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    men

    te o

    rgan

    iza-

    do, a

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    stn

    cia

    para

    lela

    de

    uma

    Just

    ia

    do T

    raba

    lho,

    int

    egra

    nte

    do P

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    r Ju

    dici

    rio

    , e o

    cha

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    o di

    reit

    o de

    gre

    ve.

    Adm

    itir

    o d

    irei

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    rres

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    o de

    gre

    ve

    con

    cede

    r ao

    s di

    rige

    ntes

    gre

    -vi

    stas

    um

    sup

    erpo

    der

    que,

    sob

    repo

    ndo-

    se a

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    pri

    o P

    oder

    Jud

    ici

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    PREF

    CIO

    DPR

    EFC

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    Isto

    d

    itad

    ura

    exer

    cida

    por

    uma

    clas

    se s

    obre

    as

    dem

    ais

    e o

    bolc

    hevi

    smo

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    mai

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    do q

    ue a

    dita

    dura

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    r um

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    m n

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    tari

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    As

    luta

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    cla

    sse

    atra

    vs

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    reve

    s da

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    ivid

    ades

    ess

    enci

    ais,

    se

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    dena

    das,

    pod

    ero

    leva

    r

    sedi

    zent

    e di

    tadu

    ra d

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    m q

    uees

    te, p

    orm

    , est

    ar

    sem

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    cab

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    relh

    o, q

    ualq

    uer q

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    ja a

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    que

    o e

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    Tod

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    s di

    tadu

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    ta

    nto

    da e

    sque

    rda

    co-

    mo

    da d

    irei

    ta

    so

    igua

    lmen

    te e

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    vei

    s, p

    or s

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    libe

    rtic

    idas

    . A d

    e-m

    ocra

    cia,

    que

    dev

    e se

    r pr

    eser

    vada

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    anti

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    trav

    s d

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    ivre

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    ,

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    nto,

    com

    libe

    rdad

    e.

    sem

    pre

    opor

    tuno

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    etir

    o p

    ensa

    men

    to l

    apid

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    e B

    enja

    min

    Con

    stan

    t, o

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    ador

    da

    Rep

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    ca, e

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    188

    7,em

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    ilit

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    e no

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    onde

    nada

    apr

    epon

    der

    ncia

    de

    qual

    quer

    cla

    sse,

    mui

    to m

    aior

    con

    dena

    o

    deve

    ha-

    ver

    para

    o p

    redo

    mn

    io d

    a es

    pada

    , que

    tem

    sem

    pre

    mai

    s f

    ceis

    e m

    elho

    -re

    s m

    eios

    de

    exec

    utar

    os

    abus

    os e

    as

    prep

    otn

    cias

    . A

    ess

    e re

    spei

    to,

    em R

    evol

    vend

    o o

    pass

    ado,

    esc

    reve

    Tas

    so F

    rago

    so:

    No

    se

    pode

    ler

    sem

    em

    oo

    to

    ele

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    pen

    sam

    ento

    enu

    ncia

    do p

    or u

    m s

    olda

    do!

    Oco

    ncei

    to

    ind

    estr

    utv

    el;

    est

    de

    p e

    est

    ar

    em t

    odos

    os

    tem

    pos.

    S

    no

    o re

    conh

    ecer

    o o

    s qu

    e ti

    vere

    m a

    lma

    de s

    ubse

    rvie

    nte

    ou d

    e ti

    rano

    .Q

    uant

    o s

    nos

    sas

    pouc

    as d

    iver

    gnc

    ias,

    pod

    era

    mos

    diz

    er,

    com

    oV

    olta

    ire,

    n

    o co

    ncor

    do c

    om u

    ma

    s p

    alav

    ra d

    o qu

    e di

    zeis

    , mas

    def

    en-

    dere

    i at

    a m

    orte

    o v

    osso

    dir

    eito

    de

    diz

    -lo

    .M

    as,

    o li

    vro

    de P

    oern

    er

    um

    doc

    umen

    tri

    o be

    m c

    onca

    tena

    doda

    ati

    vida

    de c

    vic

    a da

    moc

    idad

    e es

    tuda

    ntil

    , ao

    long

    o da

    his

    tri

    a, d

    esde

    quan

    do o

    Bra

    sil

    aind

    a n

    o ex

    isti

    a co

    mo

    na

    o. E

    le f

    ocal

    iza,

    ass

    im,

    aco

    ntri

    bui

    o d

    os m

    oos

    est

    udan

    tes

    na c

    onst

    ru

    o da

    pr

    pria

    pt

    ria,

    que

    a a

    ssoc

    ia

    o da

    pt

    ria

    fsi

    ca,

    com

    os

    seus

    enc

    anto

    s na

    tura

    is,

    p

    tria

    mor

    al, c

    om a

    sua

    his

    tri

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    ue

    o re

    posi

    tri

    o de

    sua

    s be

    leza

    s m

    orai

    s. E

    sta

    a

    alm

    a vi

    vifi

    cado

    ra d

    aque

    la. A

    moc

    idad

    e br

    asil

    eira

    , com

    o m

    ostr

    a o

    au-

    tor,

    est

    eve

    sem

    pre

    pres

    ente

    , ou

    foi

    pio

    neir

    a, n

    os g

    rand

    es m

    ovim

    en-

    tos

    cvi

    cos

    que

    a no

    ssa

    hist

    ria

    reg

    istr

    a, ta

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    nial

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    171

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    do

    Am

    aral

    ,at

    acar

    am, d

    e su

    rpre

    sa, a

    s fo

    ras

    fra

    nces

    as i

    nvas

    oras

    do

    Rio

    de

    Jane

    iro,

    mui

    to s

    uper

    iore

    s em

    nm

    ero

    e em

    arm

    amen

    to, a

    o co

    man

    do d

    e D

    ucle

    rc,

    e as

    enc

    urra

    lara

    m n

    o T

    rapi

    che

    da C

    idad

    e, o

    nde

    vier

    am a

    cap

    itul

    ar.

  • PREF

    CIO

    DA

    1 E

    DI

    O 2

    1

    Em

    seg

    uida

    , de

    scre

    ve P

    oern

    er o

    s pa

    ssos

    dad

    os p

    or J

    os

    Joaq

    uim

    da M

    aia,

    em

    178

    6, j

    unto

    a T

    hom

    as J

    effe

    rson

    , em

    baix

    ador

    dos

    Est

    ados

    Uni

    dos

    da A

    mr

    ica

    na F

    ran

    a, s

    olic

    itan

    do o

    apo

    io a

    mer

    ican

    o pa

    ra a

    caus

    a da

    nos

    sa i

    ndep

    end

    ncia

    . V

    em d

    epoi

    s a

    mag

    nfi

    ca p

    arti

    cipa

    o

    da m

    ocid

    ade

    estu

    dios

    a na

    Inc

    onfi

    dnc

    ia M

    inei

    ra. E

    bri

    lhan

    te e

    dec

    isiv

    ase

    ria

    a su

    a pa

    rtic

    ipa

    o n

    as c

    ampa

    nhas

    abo

    lici

    onis

    ta e

    rep

    ubli

    cana

    . A

    -qu

    ela,

    que

    em

    polg

    a a

    inte

    lig

    ncia

    e o

    cor

    ao

    da

    juve

    ntud

    e ci

    vil e

    mil

    itar

    bras

    ilei

    ra,

    gero

    u a

    cria

    o

    de c

    lube

    s e

    asso

    cia

    es

    estu

    dant

    is,

    dest

    ina-

    dos

    a al

    forr

    iar

    escr

    avos

    , nas

    fac

    ulda

    des

    e es

    cola

    s, in

    clus

    ive

    na tr

    adic

    io-

    nal E

    scol

    a M

    ilit

    ar, d

    a P

    raia

    Ver

    mel

    ha, q

    ue e

    ra to

    da u

    ma

    verd

    adei

    ra s

    o-ci

    edad

    e ab

    olic

    ioni

    sta

    os

    alu

    nos

    adqu

    iria

    m e

    m l

    eil

    es, c

    om f

    undo

    s da

    Soc

    ieda

    de,

    ou m

    uita

    s ve

    zes

    esc

    ondi

    am

    escr

    avos

    em

    sua

    s r

    epb

    li-

    cas

    , em

    Bot

    afog

    o, a

    t a

    par

    tida

    de

    um n

    avio

    par

    a o

    Nor

    te, q

    uand

    o o

    fici

    -al

    do

    Ex

    rcit

    o pa

    ssag

    eiro

    , qu

    e n

    o le

    vass

    e em

    preg

    ado,

    rec

    ebia

    ,

    lti

    -m

    a ho

    ra,

    com

    pas

    sage

    m p

    ara

    cria

    do,

    requ

    isit

    ada

    de a

    cord

    o co

    m a

    lei

    ,um

    pre

    to p

    rove

    nien

    te d

    e um

    a da

    quel

    as

    rep

    blic

    as

    para

    des

    emba

    rcar

    no C

    ear

    , que

    , des

    de 2

    5 de

    mar

    o d

    e 18

    84, h

    avia

    pro

    clam

    ado

    a li

    bert

    a-

    o do

    s ca

    tivo

    s, a

    ntec

    ipan

    do-s

    e, a

    ssim

    L

    ei

    urea

    em

    mai

    s de

    qua

    tro

    anos

    ! P

    or i

    sso

    o

    Cea

    r d

    enom

    inad

    o a

    Terr

    a da

    Luz

    , po

    rque

    foi

    na-

    quel

    a en

    to

    prov

    nci

    a no

    rdes

    tina

    que

    jorr

    ou, e

    m p

    rim

    eiro

    luga

    r, a

    luz

    dali

    berd

    ade

    para

    os

    noss

    os ir

    mo

    s de

    cor

    .F

    oi n

    essa

    po

    ca q

    ue o

    div

    ino

    poet

    a da

    pt

    ria,

    o j

    ovem

    Cas

    tro

    Al-

    ves,

    pro

    duzi

    u os

    bel

    os p

    oem

    as

    Nav

    io N

    egre

    iro

    , V

    ozes

    d

    fric

    a e

    outr

    os,

    verd

    adei

    ros

    peta

    rdos

    at

    mic

    os,

    post

    os n

    os a

    lice

    rces

    da

    infa

    me

    inst

    itui

    o

    e qu

    e ta

    nto

    cont

    ribu

    ram

    par

    a ap

    ress

    ar a

    aur

    ora

    da r

    eden

    -

    o do

    s ca

    tivo

    s, m

    as a

    s co

    nseq

    nc

    ias

    de m

    ais

    de t

    reze

    ntos

    ano

    s de

    degr

    adan

    te e

    scra

    vid

    o de

    ixar

    am s

    eqe

    las

    terr

    vei

    s de

    que

    ain

    da n

    ono

    s li

    bert

    amos

    . D

    epoi

    s de

    pas

    sado

    oit

    enta

    ano

    s, m

    uito

    s ag

    em c

    omo

    sefo

    ssem

    , ai

    nda,

    cap

    ataz

    es o

    u se

    nhor

    es d

    e es

    crav

    os,

    e ou

    tros

    ... c

    omo

    sefo

    ssem

    esc

    ravo

    s...

    Dur

    ante

    a C

    ampa

    nha

    Abo

    lici

    onis

    ta s

    e pr

    oduz

    iu t

    alve

    z a

    prim

    eira

    grev

    e de

    nat

    urez

    a po

    lti

    ca q

    ue a

    nos

    sa h

    ist

    ria

    regi

    stra

    e q

    ui

    a

    nica

    gre

    -ve

    pol

    tic

    a ju

    sta:

    a g

    reve

    dos

    jan

    gade

    iros

    do

    Por

    to d

    e F

    orta

    leza

    , cap

    ita-

    nead

    os p

    elo

    jang

    adei

    ro N

    asci

    men

    to, a

    lcun

    hado

    o D

    rag

    o do

    Mar

    . Con

    -su

    mad

    a a

    Abo

    li

    o no

    Cea

    r,

    em 2

    5 de

    mar

    o d

    e 18

    84,

    com

    o fo

    i di

    to,

    pret

    ende

    ram

    os

    senh

    ores

    de

    escr

    avos

    sal

    var

    prej

    uzo

    s, e

    xpor

    tand

    o se

    uses

    crav

    os p

    ara

    vend

    -lo

    s no

    Sul

    , es

    peci

    alm

    ente

    , em

    So

    Pau

    lo,

    onde

    alca

    nav

    am a

    lto

    pre

    o na

    s la

    vour

    as d

    e ca

    f o

    u na

    s pl

    anta

    es

    de

    cana

    -

    22

    O PO

    DER

    JOVE

    M

    de-a

    ca

    r do

    Est

    ado

    do R

    io d

    e Ja

    neir

    o. C

    om a

    rec

    usa

    dos

    jang

    adei

    ros

    detr

    ansp

    orta

    rem

    os

    pobr

    es p

    reto

    s, d

    e te

    rra

    para

    bor

    do d

    os n

    avio

    s qu

    efi

    cava

    m fu

    ndea

    dos

    ao la

    rgo,

    no

    pud

    eram

    efe

    tuar

    as

    pret

    endi

    das

    expo

    rta-

    es

    de

    escr

    avos

    e f

    icar

    am e

    les

    hom

    ens

    livr

    es,

    na b

    endi

    ta T

    erra

    da

    Luz!

    ni

    ca g

    reve

    pol

    tic

    a de

    cent

    e qu

    e eu

    con

    heo

    .A

    moc

    idad

    e de

    u o

    seu

    sang

    ue g

    ener

    oso

    em d

    efes

    a do

    Bra

    sil,

    alis

    -ta

    ndo-

    se n

    os B

    atal

    hes

    de

    Vol

    unt

    rios

    da

    Pt

    ria

    que

    segu

    iam

    par

    a o

    teat

    roda

    gue

    rra

    do P

    arag

    uai.

    Ass

    im t

    amb

    m c

    ontr

    ibui

    u pa

    ra d

    efen

    der

    e co

    nsol

    idar

    a R

    epb

    lica

    ao la

    do d

    o M

    arec

    hal F

    lori

    ano

    Pei

    xoto

    .O

    aut

    or s

    egue

    aco

    mpa

    nhan

    do t

    odas

    as

    ativ

    idad

    es c

    vic

    as e

    agi

    ta-

    es

    est

    udan

    tis,

    des

    de a

    quel

    es d

    ias

    de in

    tens

    o id

    eali

    smo

    das

    cam

    panh

    asda

    Abo

    li

    o e

    da R

    epb

    lica

    e q

    ue f

    oram

    cer

    tam

    ente

    a f

    ase

    mai

    s br

    ilha

    n-te

    da

    atua

    o

    pol

    tica

    da

    noss

    a ju

    vent

    ude,

    ao

    long

    o da

    nos

    sa h

    ist

    ria,

    at

    os n

    osso

    s di

    as.

    E

    de

    just

    ia

    reco

    nhec

    er q

    ue e

    la e

    stev

    e se

    mpr

    e

    altu

    -ra

    de

    seus

    gra

    ndes

    ld

    eres

    e f

    oi d

    igna

    des

    ses

    guia

    s ge

    rado

    s na

    s en

    tra-

    nhas

    da

    hist

    ria

    . Em

    rec

    ente

    vis

    ita

    ao B

    rasi

    l, di

    sse

    a um

    jorn

    al d

    o P

    ara-

    n o

    pad

    re P

    edro

    Arr

    upe,

    o P

    apa

    Neg

    ro, q

    ue

    o B

    rasi

    l u

    m p

    as

    sem

    l-

    dere

    s e

    neg

    ou q

    ue a

    s ex

    plos

    es

    da ju

    vent

    ude

    seja

    m p

    reju

    dici

    ais,

    de

    s-de

    que

    con

    tem

    com

    o c

    arin

    ho d

    os m

    ais

    velh

    os.

    Ass

    im s

    e ex

    pres

    sou,

    chei

    o de

    sab

    edor

    ia, r

    ecor

    dand

    o a

    glor

    iosa

    ger

    ao

    de

    1889

    , o l

    cido

    es-

    pri

    to d

    e T

    asso

    Fra

    goso

    : F

    omos

    ins

    trum

    ento

    inc

    onsc

    ient

    e de

    tod

    os o

    sno

    ssos

    ant

    epas

    sado

    s qu

    e ha

    viam

    pag

    o co

    m a

    vid

    a o

    dese

    jo d

    e co

    nfia

    r o

    pas

    a in

    stit

    ui

    es d

    emoc

    rti

    cas

    .

    na

    moc

    idad

    e qu

    e se

    cul

    tiva

    m g

    rand

    es i

    deai

    s. O

    s m

    oos

    mal

    en-

    trev

    em

    a m

    alda

    de h

    uman

    a. N

    o a

    tent

    am n

    a as

    tci

    a e

    diss

    imul

    ao

    de

    cert

    os i

    ndiv

    duo

    s. C

    edem

    , de

    pre

    fer

    ncia

    , ao

    s es

    tm

    ulos

    nob

    res.

    Pe

    mco

    nfia

    na

    inab

    alv

    el n

    o po

    der

    das

    idi

    as s

    edut

    oras

    . N

    o d

    uvid

    am u

    ms

    inst

    ante

    de

    que

    os n

    omes

    pos

    suam

    o c

    ond

    o m

    arav

    ilho

    so d

    e tr

    ansm

    u-da

    r, d

    e m

    odo

    subi

    tne

    o, o

    s ho

    men

    s e

    o go

    vern

    o so

    cial

    que

    ele

    s ex

    erce

    m.

    Sem

    os

    arro

    ubos

    da

    moc

    idad

    e, o

    seu

    dev

    otam

    ente

    e a

    s su

    as e

    s-pe

    ran

    as, s

    eria

    im

    poss

    vel

    mod

    ific

    ar a

    est

    rutu

    ra d

    a so

    cied

    ade.

    Eu

    tinh

    avi

    nte

    anos

    e h

    avia

    mui

    tos

    da m

    inha

    idad

    e, e

    mbo

    ra n

    o f

    alta

    ssem

    vel

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    For

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    Esc

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    Mil

    itar

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    rden

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    des

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    ente

    ao

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    sil.

    Era

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    min

    Con

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    sem

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    ente

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    cio,

    Rio

    de

    Jane

    iro,

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    0).

    A m

    ocid

    ade

    , a

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    , sin

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    o de

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    ela

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    ente

    dos

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    s, d

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    rti

    cos,

    pat

    rit

    icos

    ,cr

    ist

    os,

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    onal

    ista

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    erta

    men

    te,

    have

    r e

    ntre

    os

    jove

    nses

    tuda

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    , m

    as,

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    mer

    o m

    uito

    inf

    erio

    r ao

    que

    se

    adm

    ite,

    pel

    a le

    -vi

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    om q

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    cham

    , ge

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    se c

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    nac

    iona

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    tas

    com

    com

    unis

    tas.

    A tr

    inch

    eira

    nat

    ural

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    tra

    o co

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    o

    o na

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    nali

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    ias

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    tern

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    sta,

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    eolo

    gia

    naci

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    o n

    acio

    nali

    smo

    sem

    pre

    teve

    boa

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    os m

    eios

    uni

    ver-

    sit

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    ssim

    , com

    tri

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    a ca

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    mre

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    o

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    a m

    ocid

    ade

    estu

    dant

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    s

    suas

    org

    aniz

    ae

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    cla

    sse.

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    eo

    de

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    ela

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    Con

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    stud

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    ida

    pela

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    side

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    ois

    deta

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    nos

    do

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    ia d

    o cl

    ima

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    m-a

    vent

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    sa r

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    nici

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    1) o

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    do p

    ela

    Uni

    o U

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    r-si

    tri

    a F

    emin

    ina

    aos

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    s E

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    sen-

    tar

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    Pau

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    Cea

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    Par

    an,

    Rio

    de

    Jane

    iro,

    Per

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    buco

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    inas

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    ais)

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    ogo

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    ada

    , um

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    que

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    e te

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    lega

    o

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    ilei

    ra

    8

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    fer

    ncia

    24

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    JOVE

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    eric

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    uita

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    13

    sess

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    enum

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    e e

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    senv

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    945,

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    UN

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    lio

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    Via

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    mo

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    aque

    japo

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    se n

    orte

    -am

    eric

    ana

    de P

    earl

    Har

    bor,

    qua

    ndo

    havi

    a, a

    qui,

    pess

    oas

    de p

    rest

    gio

    que

    pre

    tend

    iam

    lev

    ar o

    Bra

    sil

    a al

    inha

    r-se

    com

    as

    pot

    ncia

    s do

    Eix

    o, a

    moc

    idad

    e es

    tuda

    ntil

    , mob

    iliz

    ada

    pela

    UN

    E e

    dem

    ais

    enti

    dade

    s re

    pres

    enta

    tiva

    s de

    est

    udan

    tes,

    con

    stit

    uiu-

    se e

    m v

    angu

    arde

    ira

    das

    man

    ifes

    ta

    es d

    e ru

    a e

    dos

    mov

    imen

    tos

    de m

    assa

    ant

    ifas

    cist

    as, e

    s-ti

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    o c

    resc

    imen

    to, n

    o B

    rasi

    l, da

    cor

    rent

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    ria

    dos

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    ados

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    e se

    irr

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    assi

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    em c

    onse

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    aque

    las

    dem

    ais

    enti

    dade

    s es

    tuda

    ntis

    , be

    m c

    omo

    da S

    ocie

    dade

    dos

    Am

    igos

    da

    Am

    ri-

    ca,

    com

    Osw

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    Ara

    nha

    e o

    gene

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    Man

    uel

    Rab

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    e d

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    efes

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    acio

    nal,

    para

    todo

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    con

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    e as

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    la o

    aut

    or.

    Mos

    tra

    este

    , ai

    nda,

    que

    a U

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