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Meta Objetivos Ao nal desta aula, o aluno deverá estar apto para: • entender a função e a estrutura de um projeto de pesquisa; elaborar um projeto de pesquisa individual ou em dupla. • Propor uma estrutura e redação para o projeto de pesquisa, com base nas orientações e normas atuais. • Apresentar aspectos gerais da normalização do projeto de pesquisa, com base na norma da ABNT/NBR 15287 (2005). 3 aula REDAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: ESTRUTURA E NORMATIZAÇÃO LETRAS - PESQUISA APLICADA - MOD. 2 - VOL 1 - UNID 2 - AULA 3.indd 117 LETRAS - PESQUISA APLICADA - MOD. 2 - VOL 1 - UNID 2 - AULA 3.indd 117 10/6/2010 10:56:20 10/6/2010 10:56:20

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MetaObjetiv

os Ao fi nal desta aula, o aluno deverá estar apto para:

• entender a função e a estrutura de um projeto de pesquisa;

• elaborar um projeto de pesquisa individual ou em dupla.

• Propor uma estrutura e redação para o projeto de pesquisa, com base nas orientações e normas atuais.

• Apresentar aspectos gerais da normalização do projeto de pesquisa, com base na norma da ABNT/NBR 15287 (2005).

3 aula

REDAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA:ESTRUTURA E NORMATIZAÇÃO

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AULA 3REDAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA:

ESTRUTURA E NORMATIZAÇÃO

1 INTRODUÇÃO

Mais do que qualquer outro profi ssional, semdúvida, o cientista tem a obrigação de escrever

não apenas de maneira a fazer-se entendido,como de modo a não ser mal compreendido.

E. H. Mc Clelland.

Na aula anterior desta unidade, estudamos o passo

a passo para a construção de um plano de pesquisa,

com vistas à elaboração de um projeto de pesquisa.

Agora, retomando os passos antes

seguidos, passaremos a abordar

os aspectos referentes à estrutura

(item 2) e normas de redação

(item 3) do projeto de pesquisa,

orientando-o, com base no plano de

pesquisa antes feito, a redigir seu

projeto, obedecendo à normalização

vigente. No item 4, retomaremos

os aspectos tratados, fornecendo

um esquema da estrutura global

do projeto de pesquisa. Por fi m,

no item 5, concluiremos o capítulo

dando o norte para a próxima

unidade desta disciplina. FIGURA 1UAB/UESC

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Pesquisa Aplicada ao ensino de Letras

120 Módulo 2 I Volume 1 EAD

A Ciência Linguística: metodologia e aplicações

2 A ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA

As etapas que compõem

o projeto de pesquisa são

as mesmas estudadas

na aula anterior, quando

abordamos o plano de

pesquisa - na realidade, o plano de

pesquisa constitui uma previsão, em

forma sintética, do projeto. Veremos,

agora, que essas etapas

serão convertidas nos

capítulos que compõem o

texto do projeto de pesquisa;

dessa forma, em 2.1, falaremos

da função de cada um desses capítulos. Entretanto, o projeto

não é composto apenas de elementos textuais, assim,

apresentaremos também, em 2.2, os elementos pré-textuais

e pós-textuais que, junto com elementos textuais, formam o

projeto. No item 3, veremos que todos esses elementos devem

obedecer a uma ordem pré-estabelecida formalmente, com

uma redação e formalização adequada.

2.1 A subdivisão do texto e suas funções

Para que um projeto de pesquisa seja considerado de

boa qualidade, duas características são fundamentais:

1) que o estudo proposto seja original e refl ita boas

características éticas, fi losófi cas, epistemológicas e

metodológicas, conforme vimos na segunda aula da

primeira unidade;

2) que o projeto seja bem escrito, o que signifi ca dizer

que todos os seus capítulos estejam articulados de

maneira lógica, coerente e coesa.

A primeira característica já foi amplamente discutida na

Unidade 1. Quanto à segunda, já falávamos de cada uma de

suas etapas na aula anterior e, agora, abordaremos as questões

FIGURA 2UAB/UESC

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ATENÇÃO

referentes à redação do projeto.

A norma para apresentação do projeto de pesquisa

(ABNT/ NBR 15287, 2005) não indica que o projeto de pesquisa

deve conter as subdivisões que sugeriremos a seguir, mas

também não a proíbe, sugerindo que

Os elementos textuais devem conter uma parte introdutória, na qual devem ser expostos o tema do projeto, o problema a ser abordado, a(s) hipótese(s), quando coubere(m), bem como o(s) objetivo(s) a ser(em) atingido(s) e a(s) justifi cativa(s). É necessário que sejam indicados o referencial teórico que o embasa, a metodologia a ser utilizada, assim como os recursos e o cronograma necessários à sua consecução (p. 3).

Assim, é necessário esclarecer que tanto é possível

utilizar a estrutura proposta acima, o que pressupõe a seguinte

divisão: introdução, referencial teórico, metodologia, recursos,

cronograma; como é possível adotar a estrutura que propomos:

resumo, introdução, objetivos, justifi cativas, revisão de

literatura, metodologia, resultados esperados, cronograma,

orçamento - estrutura essa equivalente ao proposto no

formulário de projeto de pesquisa da Pró-reitoria de

Pesquisa e Pós-graduação – PROPP, na UESC. Entretanto,

qualquer que seja sua opção, você lançará mão do seu plano de

pesquisa para, a partir das informações ali registradas, redigir

seu projeto.

Dessa forma, supondo que será utilizada a segunda

sugestão de estrutura, dividiremos o texto do projeto nas

seguintes partes.

Resumo: nesta parte do projeto, você deverá expor,

de maneira concisa e objetiva, os objetivos gerais,

metodologia e resultados esperados da pesquisa, ou

seja, os aspectos centrais que auxiliem o leitor a ter

uma visão geral da pesquisa que será feita. Propõe-

se que o resumo tenha, no máximo, 250 palavras.

Introdução: aqui você deverá incluir informações

gerais acerca do tema, objeto de estudo e problema

de pesquisa, apresentando um breve relato do estado

da arte da pesquisa sobre o tema que será tratado.

Hipótese(s): o texto da(s) hipótese(s) deve ser

Formulário de projeto de

pesquisa: este formulário,

com toda a descrição

dos elementos que os

compõem, está disponível

no seguinte site: http://www.uesc.br/propp/index.php ? i t em=con t eudo_formulariosprojetos.php.

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Pesquisa Aplicada ao ensino de Letras

122 Módulo 2 I Volume 1 EAD

A Ciência Linguística: metodologia e aplicações

redigido em forma de tópicos. Os tópicos são

constituídos de proposições afi rmativas, as quais

podem, ainda, ser divididas em hipótese geral e

hipóteses específi cas. Para tal, faça uso do texto das

hipóteses elaboradas no seu plano de pesquisa.

Objetivos: você deverá redigir um texto em tópicos;

se couber, divida este capítulo em subcapítulos,

conforme a natureza dos objetivos (por exemplo,

3.1 Objetivos gerais, 3.2 Objetivos específi cos entre

outros). Exponha os objetivos de forma direta e

objetiva, sem preâmbulos nem prolixidez.

Justifi cativas: agora é o momento de você agir como

um verdadeiro “vendedor”, escrevendo o texto de

maneira a persuadir o leitor quanto à importância

da sua pesquisa. Para tanto, forneça justifi cativas

que convençam os avaliadores do seu projeto a

respeito da contribuição teórica, viabilidade e

aplicabilidade da pesquisa.

Revisão de literatura: neste capítulo, você deverá

elaborar uma redação a respeito das leituras feitas

sobre o tema tratado, expressando uma postura

crítica frente às questões e apontando lacunas

nas pesquisas, além de aspectos que merecem

novas abordagens. Apresentar também o tipo de

abordagem teórica que será adotado na sua pesquisa

em particular.

Metodologia: este é o momento de expor os

procedimentos operacionais que serão utilizados

para levar a pesquisa a cabo. Reveja as orientações

da aula anterior, tome como base o plano de

pesquisa e redija o texto, apresentando as seguintes

informações: a) quanto ao tipo de pesquisa; b)

quanto aos informantes; c) quanto aos instrumentos

e recursos que serão utilizados; d) quanto à

divulgação dos resultados.

Resultados esperados: descrever, se possível, os

resultados e os produtos advindos da pesquisa, os

quais se pretende atingir. Use seu plano de trabalho

como base mais uma vez.

Cronograma: se você já elaborou um cronograma

UM CONSELHO

Contribuição teórica, viabilidade e aplica-bilidade da pesquisa: na aula anterior, este aspecto foi discutido no item 2.7. Vale a pena reler aquelas orienta-ções, além de retomar suas anotações feitas nas fi chas do plano de pesquisa.

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no seu plano de pesquisa, basta registrá-lo

aqui, sem inclusão de textos introdutórios nem

preâmbulos (apenas se for extremamente necessário

à compreensão do andamento do projeto).

Esclarecimentos sobre alguma etapa elencada no

cronograma devem ser feitos em forma de legenda,

abaixo do quadro-cronograma.

Orçamento: seguindo a mesma orientação anterior,

registre, neste capítulo, o orçamento feito no seu

plano de trabalho. A mesma observação é feita

quanto à inclusão de legendas.

2.2 A organização dos capítulos

Como ilustra a Figura 3 que segue, o projeto de pesquisa

deve funcionar como um quebra-cabeça, em que os capítulos, tal

quais as peças desse jogo, apesar da sua individualidade,

devem estar inter-relacionados, formando um

todo harmônico. Assim, desde a capa até a

última página, todos os elementos de um projeto

de pesquisa exercem um papel no sentido de

tornar sua redação informativa e objetiva.

Esses elementos são assim denominados:

elementos pré-textuais; elementos textuais;

elementos pós-textuais (ABNT/ NBR 15287,

2005, p. 2-3).

2.2.1 Elementos pré-textuais

Constituem todos os elementos que antecedem o texto

propriamente dito (escrito em prosa) e contribuem para dar

organização ao texto e orientar a sua leitura, fornecendo uma

previsão do que será lido. Por isso, em muitos aspectos, os

elementos pré-textuais também se revestem de importância

no interior de um projeto. São eles:

Capa: a capa é considerada, pela norma vigente, elemento

opcional do projeto de pesquisa; entretanto tornou-

se uma tradição que todos os trabalhos acadêmicos,

inclusive o projeto, não prescinda de uma capa, na qual

FIGURA 3UAB/UESC

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Pesquisa Aplicada ao ensino de Letras

124 Módulo 2 I Volume 1 EAD

A Ciência Linguística: metodologia e aplicações

devem constar as seguintes informações, na ordem que

se apresenta a seguir: a) instituição a que o projeto está

vinculado (no nosso caso, seria a Universidade Estadual

de Santa Cruz); b) nome do(s) autor(es); c) título

(sugerimos que se elabore um título sugestivo, mas

objetivo, evitando linguagem fi gurada ou título muito

extenso, quando possível); d) subtítulo (caso haja,

sugere-se que seja separado do título por dois pontos

ou outra distinção permitida pela norma); e) cidade da

instituição ou entidade; f) ano de entrega. A título de

exemplo, observe o modelo de capa que segue.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE LETRAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGÜÍSTICA

CLÁUDIA MARTINS MOREIRA

O ESTATUTO DA SÍLABA NA APRENDIZAGEM DA LEITURA: UM ESTUDO

COMPARATIVO ENTRE CRIANÇAS E ADULTOS

Salvador

2007

Figura 4: Modelo de capa de projeto de pesquisa

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Lombada: a lombada é a lateral do material impresso,

onde devem também constar informações a respeito da

obra. Tratando-se do projeto de pesquisa, é elemento

opcional, uma vez que seu texto costuma ser encadernado

em espiral. Entretanto, caso um projeto seja impresso

em brochura, a ordem das informações deve também

seguir as normas ABNT NBR 12225 (2004), tal quais os

demais documentos. Segundo aquela norma:

O nome do autor deve ser impresso no mesmo sentido da lombada [...].O título deve ser impresso no mesmo sentido do(s) nome(s) do(s) autor(es) [...].Os elementos alfanuméricos devem corresponder ao conteúdo abrangido pelo documento [...] e impressos no mesmo sentido da lombada (ABNT NBR, 2004, p. 2-3).

Folha de rosto: enquanto a capa é apontada, pela

norma vigente, como elemento opcional, a folha de

rosto, por sua vez, é elemento obrigatório do projeto de

pesquisa, e consta da seguinte ordem de informações: a)

autor(es); b) título; subtítulo (havendo subtítulo, sugere-

se que seja separado do título por dois pontos ou outra

distinção permitida pela norma); c) tipo de projeto e

nome da entidade onde deverá apresentar-se; d) cidade

da instituição ou entidade; e) ano de entrega. Observe

modelo.

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Pesquisa Aplicada ao ensino de Letras

126 Módulo 2 I Volume 1 EAD

A Ciência Linguística: metodologia e aplicações

CLÁUDIA MARTINS MOREIRA

O ESTATUTO DA SÍLABA NA APRENDIZAGEM DA LEITURA: UM ESTUDO

COMPARATIVO ENTRE CRIANÇAS E ADULTOS

Projeto de pesquisa apresentado

ao Programa de Pós-graduação em

Letras e Lingüística, Instituto de Letras,

Universidade Federal da Bahia, como

requisito parcial para aprovação em

Exame de Qualifi cação para o Doutorado

em Letras.

Orientadora: Profa. Dr. Elizabeth Teixeira

Salvador

2007

Figura 5 – Modelo de folha de rosto de projeto de pesquisa

LETRAS - PESQUISA APLICADA - MOD. 2 - VOL 1 - UNID 2 - AULA 3.indd 126LETRAS - PESQUISA APLICADA - MOD. 2 - VOL 1 - UNID 2 - AULA 3.indd 126 10/6/2010 10:56:2610/6/2010 10:56:26

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Lista de ilustrações: elemento opcional, a lista de

ilustrações consiste no elenco de todas as ilustrações do

documento (quadros, desenhos, esquemas, fl uxogramas,

fotografi as, gráfi cos, mapas entre outros), as quais

devem iniciar o título pelo nome de “Figura”, seguido do

número da ordem em que ocorre no texto e do título.

Também na lista, as ilustrações devem ser apresentadas

através do número e título, obedecendo à ordem em que

se apresentam no texto, seguida do respectivo número

da página. Observe modelo.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Resumo da distribuição silábico-lexical dos segmentos........ 11 32Figura 2 Padrões silábicos do português brasileiro.............................. 11 45Figura 3 Distribuição dos sujeitos quanto à escola e professoras........ 12 104Figura 4 Distribuição da amostra defi nitiva no início do ano letivo....... 12 107Figura 5 Distribuição da amostra defi nitiva ao fi nal do ano letivo......... 12 107

(...)

Lista de tabelas: esse é também um elemento opcional

no projeto e constitui-se na lista de todas as tabelas

apresentadas no texto, seguindo as mesmas orientações

da lista de ilustrações.

Lista de abreviaturas e siglas: esta consiste no elenco

dos termos abreviados ou siglas, com seus respectivos

signifi cados. Sugere-se apresentar esta lista nos casos em

que determinadas siglas ou abreviaturas sejam usadas

frequentemente, esclarecendo-se seus signifi cados. É

também elemento opcional.

Lista de símbolos: quando se utilizam caracteres especiais

no texto, como transcrições fonéticas, por exemplo, os

símbolos utilizados devem ser explicados nesta lista, para

orientar a compreensão do leitor. Seu uso é opcional.

Sumário: elemento obrigatório, consiste na listagem de

todos os capítulos, subcapítulos e seções que compõem

o projeto, os quais devem ser apresentados da mesma

Figura 6 – Modelo de lista de ilustrações

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Pesquisa Aplicada ao ensino de Letras

128 Módulo 2 I Volume 1 EAD

A Ciência Linguística: metodologia e aplicações

SUMÁRIO

1 Resumo............................................................................................3

2 Introdução....................................................................................... 4

3 Hipóteses........................................................................................ 5

4 Objetivos......................................................................................... 6

5 Justifi cativas.................................................................................... 7

6 Revisão de literatura....................................................................... 9

7 Metodologia................................................................................... 11

8 Resultados esperados................................................................... 13

9 Cronograma................................................................................... 14

10 Orçamento......................................................................................15

11 Referências bibliográfi cas...............................................................16

maneira que fi guram no interior do texto, seguido da

página inicial. Veja o exemplo.

2.2.2 Elementos textuais

Os elementos textuais constituem os capítulos principais

do projeto, os quais foram descritos no item 2.1 - resumo,

introdução, hipótese(s), objetivo(s), justifi cativas, revisão de

literatura, metodologia, resultados esperados, cronograma,

orçamento - que devem ser obrigatoriamente escritos em prosa

e obedecerem ao padrão de correção gramatical, de estilo e

de normalização recomendados.

Quanto à correção gramatical, o texto do projeto de

pesquisa deve estar escrito rigorosamente de acordo com as

regras de: ortografi a; concordância nominal e verbal; regência

nominal e verbal; colocação pronominal entre outras.

No que tange ao aspecto estilístico, sugerimos que o

produtor do projeto atente para, entre outros, os seguintes

aspectos:

Figura 7: Modelo de sumário

Correção gramatical: a correção gramatical diz respeito aos padrões de correção preconizados pela gramática normativa da língua em que o texto está escrito, o que envolve a ortografi a, a regência, a colocação, a concordância entre outros.

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a) propriedade e precisão vocabular: utilize termos e

expressões adequados ao contexto da frase e do texto como

um todo, evitando palavras de sentido ambíguo, compreensão

imprecisa, linguagem vulgar ou excessivamente simples (como

palavras comumente usadas apenas na oralidade, mas que não

podem ser transpostas para a escrita);

b) uso de termos técnicos: no contexto de uma ciência,

alguns termos usados no nosso cotidiano recebem um sentido

bastante específi co daquela área, ou seja, recebem uma

atribuição técnica; por isso, é importante estar atento quanto

ao uso desses termos e estar seguro de que eles estão sendo

empregados no sentido que se deseja;

c) linguagem adequada ao público: é necessário o

produtor do texto entender que, provavelmente, o avaliador

do seu projeto é conhecedor do tema tratado; por outro lado,

não se pode redigir como se o leitor soubesse de antemão tudo

que será dito, por isso, é necessário buscar um equilíbrio de

linguagem, adequando o estilo da escrita ao provável leitor do

texto.

No que diz respeito à normalização do texto, serão

tratados, no item 3, os aspectos que envolvem o espacejamento,

as margens, o layout e as normas para redação das citações e

das referências bibliográfi cas.

2.2.3 Elementos pós-textuais

Denominam-se elementos pós-textuais a parte do projeto

que é posterior aos elementos textuais e cuja função é apresentar

informações complementares ao texto principal. Geralmente, é

possível compreender o teor de um projeto de pesquisa tendo

acesso apenas a sua parte textual, funcionando, o restante

das informações, como adicionais ao que já foi apresentado.

Entretanto, o acréscimo das informações complementares pode

ser fundamental, tendo em vista o fato de ali estar apresentado

parte do material básico para a execução da pesquisa. De acordo

com a ABNT/NBR 15287 (2005), os elementos que compõem a

parte pós-textual são:

Referências: elemento obrigatório, constituem a lista

das obras citadas no interior do texto do projeto. Devem

ser elaboradas de acordo as normas ABNT NBR 15287

Estilo: estilo, em termos gerais, diz respeito à maneira pessoal como o autor escreve um texto. A maneira como constroi as frases e organiza os parágrafos, o tipo de vocabulário selecionado, a maneira como envolve o leitor, tudo isso é exemplo daquilo que se denomina estilo de linguagem escrita.

Normalização: a normalização escrita diz respeito ao conjunto de normas que regem a escrita de um determinado tipo de documento, em determinada sociedade. A normalização que rege a escrita dos textos acadêmicos no Brasil denomina-se NBR, ou seja, Norma Brasileira, e está sob a tutela da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

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Pesquisa Aplicada ao ensino de Letras

130 Módulo 2 I Volume 1 EAD

A Ciência Linguística: metodologia e aplicações

(2005).

Glossário: elemento opcional, o glossário compõe-se da

lista de palavras, seguidas do seu signifi cado, julgadas

de compreensão complexa pelo autor. Muitas vezes, é

necessário apresentar um glossário quando são utilizados,

no projeto, muitos termos técnicos.

Apêndice: elemento opcional, constitui-se em documentos

com função ilustrativa, de esclarecimento entre outras.

Devem ser apresentados, nesta parte, os documentos

produzidos pelo próprio autor do projeto.

Anexo: elemento opcional, tem a mesma função do

apêndice, entretanto, nele fi guram os documentos de

autoria alheia ao autor do projeto.

Índice: elemento opcional, utilizado no caso de não ter

sido apresentado um sumário no início do projeto.

3 NORMALIZAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

Embora tenhamos nos dedicado, até aqui, à redação

e organização da estrutura do projeto, em muitos aspectos,

algumas normas de elaboração foram apresentadas; entretanto,

queremos abordar, explicitamente, neste momento, os aspectos

normativos voltados para a formatação do texto do projeto.

Para isso, forneceremos informações sobre: espacejamento,

margem, formatação, citações e referências bibliográfi cas.

3.1 Espacejamentos, margens e formatação

Recomenda-se o uso de papel A4, impresso em cor

preta (podendo ser apresentadas, em outras cores, apenas

as ilustrações), tamanho 12. Em textos de informação

complementar localizada, como as notas, legendas, citações

entre outras, recomenda-se usar um tamanho menor do que a

fonte do texto principal.

Quanto às margens, segundo a norma, “as folhas devem

apresentar margem esquerda e superior de 3cm; direita e

inferior de 2cm” (ABNT NBR, 15287, 2005, p. 5).

No que respeita ao espacejamento, recomenda-se que

seja utilizado um espaço 1,5 entrelinhas e dois espaços 1,5

entre os fi nais e inícios de capítulos, ou separando o título do

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texto que o precede. Essas recomendações visam apresentar

um layout em que se visualizam mais facilmente as divisões

internas do texto do projeto. Embora essa seja uma regra

geral, há determinadas partes do texto em que se recomenda

usar parágrafo simples, como: “citações de mais de três linhas,

notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e das

tabelas [...], referências ao fi nal do projeto, [que] devem ser

separadas entre si por dois espaços simples” (ABNT NBR 15287,

2005, p. 5).

A formatação dos títulos segue as seguintes orientações:

- títulos com indicativos numéricos devem ser alinhados

à esquerda;

- o indicativo de seção deve ser separado do título apenas

por um espaço, sem uso de nenhum outro recurso como hífen

ou ponto;

- os títulos sem indicativos numéricos (lista de ilustração,

sumário entre outros) devem ser centralizados;

- recomenda-se fazer diferenciação entre os títulos

de capítulos e seus subcapítulos, e entre os capítulos e as

suas respectivas seções, utilizando recursos como caixa alta,

minúscula em negrito, minúscula em itálico entre outros (ABNT

NBR 6024, 2003). A partir dessa recomendação, cada instituição

pode propor seu próprio padrão. Sugerimos, aqui, com base

em Lubisco e Viera (2002), utilizar maiúsculas em negrito

para os capítulos principais; maiúsculas sem negrito para os

capítulos secundários; minúsculas com negrito; minúsculas

sem negrito; minúsculas em itálico respectivamente. Veja o

esquema exemplifi cativo abaixo.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA2.1 O PAPEL DA SÍLABA NO ENSINO E APRENDIZAGEM DO PB2.1.1 A sílaba: defi nição e função2.1.2 Os padrões silábicos do PB2.1.2.1 Padrões simples2.2.2.1 Padrões complexos

(...)

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Pesquisa Aplicada ao ensino de Letras

132 Módulo 2 I Volume 1 EAD

A Ciência Linguística: metodologia e aplicações

- também é recomendado que os capítulos sejam sempre

numerados progressivamente “para evidenciar a sistematização

do conteúdo do projeto” (ABNT NBR 15287, 2005, p. 5).

No que diz respeito à paginação, a recomendação é a

seguinte:

Todas as folhas do projeto, a partir da folha de rosto devem ser contadas seqüencialmente, mas não numeradas.A numeração é colocada, a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha [...](ABNT NBR 15287, 2005, p. 5).

3.2 Citações

Ao escrever um texto científi co, nos cercamos de outras

vozes, vozes de outros pesquisadores que trataram ou tratam

do mesmo tópico de pesquisa com que estamos trabalhando,

cujas abordagens ou estão de acordo com a nossa perspectiva,

ou representam um contraponto, uma oposição ao nosso ponto

de vista. Assim, muitas vezes, quando produzimos um texto,

necessitamos transcrever trechos da fala desses autores - ou

seja, fazemos uma citação - para esclarecer melhor uma ideia

que estamos desenvolvendo, apresentar outro ponto de vista ou

acrescentar uma informação àquilo que está sendo exposto. Ao

apontar essas funções centrais da citação, estamos chamando

atenção para a sua característica fundamental: a necessidade.

Se é possível produzir um texto expondo seu próprio ponto de

vista sobre um tema, é isso que se deve fazer. Se não, recorre-

se a outros autores.

Saber citar é uma característica que demonstra a

segurança do autor do texto. Um texto com excesso de citação,

ou com citações desnecessárias, demonstra que o autor pode

ter insegurança quanto à suas próprias posições teóricas, ou

que tenha difi culdade de expressar, com suas próprias palavras,

ideias originais.

Há duas formas de fazer citação: ou se faz referência a

um autor por meio de paráfrase, expressando a sua posição a

respeito de um assunto; ou se faz uma transcrição de parte do

que foi dito por aquele autor. Boaventura (2007, p. 81) denomina

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essas duas formas de citações conceptuais e citações textuais

respectivamente. No primeiro caso, deve-se expor, ao lado da

colocação feita, através de parênteses, a fonte, e apresentar o

sobrenome do(s) autor(es) em caixa alta, seguido da data. Não

há necessidade de fazer referência à página da fonte, apenas se

o autor do texto principal julgar necessário. Se o nome do autor

entrar no seu texto, não se deve usar a caixa alta, e apenas a

data vem entre parênteses. Observe o exemplo abaixo, em que

teremos os dois casos a que nos referimos (destacado aqui em

sublinhado para efeito de ênfase):

A segunda forma de fazer citação é usando a transcrição

literal do trecho do autor. É importante enfatizar que esta citação

deve entrar como parte do texto principal, complementando a

frase de modo a manter a fl uência, a coesão e a coerência

do texto. Quando a citação for curta (com menos de três

linhas), deve estar entre aspas, e as informações sobre a

fonte (obedecendo as mesmas orientações acima), virem logo

depois, entre parênteses, acrescida da página de onde foi

retirado o trecho citado, conforme mostra o exemplo abaixo (o

sublinhado é usado apenas aqui, para efeito de ênfase):

Essa interferência já foi evidenciada no estudo da aprendizagem da estrutura

CCV (consoante+consoante+vogal) tautossilábica, na oralidade e escrita

(FREITAS, 2001) e se tem refl etido no comportamento dos sujeitos da pesquisa

de Moreira (2003).

Trecho tirado do texto de Moreira (2007, p. 43).

Para exemplifi car, poderia se considerar equivocada a seguinte asserção: “A

aprendizagem da escrita e da leitura não está relacionada com a aprendizagem

de códigos nem com a decodifi cação” (DURANTE, 1998. p. 31).

Trecho retirado do texto de Moreira (2007, p. 43).

No caso de citação longa (com mais de três linhas),

ela deve ser escrita em fonte menor (sugere-se a fonte 10,

parágrafo simples) e recuada a 4 cm, a partir da margem

esquerda. As informações sobre a fonte devem obedecer ao

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Pesquisa Aplicada ao ensino de Letras

134 Módulo 2 I Volume 1 EAD

A Ciência Linguística: metodologia e aplicações

mesmo modelo do exemplo anterior. Observe o exemplo da

formatação da citação longa abaixo (sublinhado para efeito de

ênfase):

A esse respeito, manifesta-se a autora:

Por equívocos e por inferências falsas, passou-se a ignorar

ou a menosprezar a especifi cidade da aquisição da técnica

da escrita. Codifi car e decodifi car viraram nomes feios. ‘Ah,

mas que absurdo! Aprender a ler e escrever não é aprender

a codifi car e decodifi car’. Aí é que está o erro. Ninguém

aprende a ler e a escrever se não aprender relações entre

fonemas e grafemas [...] lingüisticamente, ler e escrever é

aprender a codifi car e a decodifi car (SOARES, 2006, p.17).

Retirado de Moreira (2007, p. 44).

Se necessário, o autor do texto principal pode acrescentar

ou excluir trechos, para manter a coerência e a coesão sintática,

mas isso deve ser sinalizado através do uso de colchetes entre

as alterações feitas, conforme ocorre no exemplo anterior.

3.3 Referências bibliográfi cas

Como já dissemos alhures, todas as vezes que um texto

possui citações de outros autores (e apenas se são feitas

citações!), ao fi nal do documento, devem constar todas as

informações a respeito das fontes citadas. Essas informações

devem ser expostas sob o título Referências, ou Referências

bibliográfi cas, ou Referências consultadas entre outras. A

formatação dessa referência deve também obedecer as normas

da ABNT (ABNT NBR 6023, 2002).

A maneira como essas informações devem estar expostas

variam de acordo com o tipo de suporte textual, ou seja, se o

texto-fonte for um livro, o formato da referência deve obedecer

a um padrão tal, que o difere do padrão exigido se o texto-

fonte for um periódico, por exemplo. Para maiores detalhes

sobre essas diferentes formatações, sugerimos a leitura da

referida norma. Todavia, em termos gerais, as referências

sobre as fontes devem apresentar as seguintes informações,

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na ordem que segue: nome do(s) autor(es) (primeiro o último

sobrenome, seguido de vírgula e do nome), seguido de ponto;

título da obra (destacado em negrito ou itálico), seguido de

ponto; número da edição, seguido da abreviação “ed”, seguido

de ponto; local de publicação, seguido de dois pontos; nome

da editora, seguido de vírgula; data de publicação, seguida de

ponto. Observe o modelo de referência de livro que segue:

CAGLIARI, Luis Carlos. Alfabetização e Lingüística. 5 ed. São Paulo:

Scipione, 1992.

RESUMINDO

Para fi nalizar nossa exposição sobre os elementos que

compõem o projeto de pesquisa, apresentamos abaixo o esquema

total do projeto de pesquisa - indicando os capítulos numerados

e os não numerados. Isso irá orientar melhor a produção do seu

texto.Estrutura total do projeto de pesquisa:Capa LombadaFolha de RostoLista de Ilustrações

Lista de TabelasLista de Abreviaturas e siglasLista de SímbolosSumárioResumo 1 Introdução 2 Hipótese(s) 3 Objetivo(s)4 Justifi cativas5 Revisão de literatura6 Metodologia7 Resultados esperados8 Cronograma9 Orçamento Referências GlossárioApêndiceAnexoÍndice

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Pesquisa Aplicada ao ensino de Letras

136 Módulo 2 I Volume 1 EAD

A Ciência Linguística: metodologia e aplicações

LEITURA RECOMENDADA

GOLDIM, R. Projeto de pesquisa: aspectos éticos e metodológicos. 2001. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/bioetica/projeto.htm> Acesso em: 18 nov. 2009.

GUERRA, M. de O.; CASTRO, N. C. de. Como fazer um projeto de pesquisa. Disponível em: <http://www.faceca.br/bsi/documentos/como_fazer_um_projeto_de_pesquisa.doc> Acesso em: 18 nov. 2009.

AATIVIDADETIVIDADE

De posse de todo material disponível – plano de trabalho, aulas desta unidade, livros consultados entre outros – elabore o texto do seu projeto de pesquisa. Observe, para tanto, as seguintes recomendações: - o projeto pode ser elaborado individualmente ou em dupla; - embora estejamos supondo a obediência à estrutura proposta, você tem a liberdade de optar por outra estrutura que achar mais conveniente, desde que esteja de acordo com as normas da ABNT; - o projeto deve ter, ao todo (incluindo elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais), no mínimo, 10 páginas e, no máximo, 20 páginas

4 CONCLUSÃO

Concluímos, nesta aula, a nossa abordagem acerca da fase de

preparação da pesquisa, com a fi nalização das orientações para a elaboração

do projeto de pesquisa.

Agora, de posse de todas essas informações, caberá ao estudante

redigir seu projeto, tomando como base seu plano de pesquisa e as

orientações quanto à redação e à normalização, expostas nesta aula. Para

ampliar seus conhecimentos sobre o assunto, estamos propondo uma série

de textos que versam sobre a estrutura do projeto de pesquisa.

Na aula posterior, iniciaremos nossa terceira unidade da disciplina, que

versará sobre a fase de divulgação da pesquisa, enfocando, especifi camente,

o texto acadêmico monografi a.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12225: informação e documentação: lombada: apresentação. Rio de Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15287: informação e documentação: projeto de pesquisa: apresentação. Rio de Janeiro, 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

BOAVENTURA, E. M. Metodologia de pesquisa: monografi a, dissertação e tese. São Paulo: Atlas, 2007.

LUBISCO, N. M.; VIEIRA, S. C. Manual de estilo acadêmico: monografi as, dissertações e teses. 2 ed. Salvador: Edufba, 2002.

MOREIRA, C. M. Projeto de pesquisa: o estatuto da sílaba na aprendizagem da leitura: um estudo comparativo entre crianças e adultos. UFBA: Salvador, 2007. (Inédito).

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Suas anotações

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