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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

6

22222222222222

I r a t i - P R

2014

Diversidade de Corpos

nas aulas de Educação

Física CADERNO TEMÁTICO

Silvana Maria Scheidt

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná

Programa de Desenvolvimento Educacional

Formação Continuada Em Rede

SILVANA MARIA SCHEIDT

CADERNO TEMÁTICO

Caderno Temático, apresentado a Secretaria

de Estado da Educação do PR, no Programa

Educacional PDE.

Orientador: Dr. Erivelton Fontana de Laat.

IRATI/PR

2014

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERITENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE 2014

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE – UNICENTRO

Silvana Maria Scheidt

Orientador: Prof. Dr. Erivelton Fontana de Laat

A Diversidade de Corpos nas aulas de Educação Física

IRATI/PR

2014

1 IDENTIFICAÇÃO

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO /PRODUÇÃO PEDAGÓGICA TURMA 2014

Título: Diversidade de Corpos nas aulas de Educação Física Autor: Silvana Maria Scheidt

Disciplina/Área: Educação Física

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual João XXIII

Rua Santa Catarina, Nº 260, Vila São João, Irati – PR.

Município da escola: Irati

Núcleo Regional de Educação: Irati

Professor Orientador: Dr. Erivelton Fontana de Laat

Instituição de Ensino Superior: UNICENTRO

Resumo:

É no ambiente escolar que nos deparamos com os vários tipos de diversidades, e por isto nos confrontamos com cenários de discriminações e preconceitos, o que gerou um compromisso enorme da escola para com a sociedade, educar para a valorização da diversidade, construir caminhos para a eliminação de preconceitos e práticas discriminatórias. Portanto esta intervenção pedagógica busca sanar as dificuldades encontradas no dia a dia da prática pedagógica da Educação Física, quando se trata de diversidade de corpos, através de atividades lúdicas e brincadeiras que abordem diferentes reflexões, incluindo pesquisas, debates e atividades práticas que envolvam o tema “CORPO”. O objetivo desta intervenção pedagógica é promover através das práticas corporais, as quais envolvam determinados caracteres dos diferentes tipos de corpos, associados às atividades lúdicas, reflexões que busquem a conscientização das diferenças existentes entre as pessoas, tendo o respeito e convívio social como pressuposto básico de convivência. Para isto, utilizaremos as metodologias ativas, as quais favorecem aos alunos uma motivação autônoma, pois os mesmos poderão ser a origem da sua própria ação, sendo envolvido de forma totalmente ativa, sendo parte integrante, mediador e buscador de novos conhecimentos, durante o processo de intervenção pedagógica na escola.

Palavras-chave: Diversidade. Corpo. Lúdico. Educação Física.

Formato do Material Didático: Caderno Temático

Público:

Alunos do1º Ano do Ensino Médio

SUMÁRIO

2 APRESENTAÇÃO 06

3 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS 08

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 10

4.1. O Corpo como Referência 10

4.2. Variedade de Corpos 11

4.3. Diversidade na Escola 13

4.4. A Diversidade e a Ludicidade na Educação Física 14

5. ATIVIDADES DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA 15

5. 1. UNIDADE DIDÁTICA 1 15

5.1.1. Refletindo sobre 15

5.2. UNIDADE DIDÁTICA 2 28

5.2.1. Refletindo sobre: 28

5.3. UNIDADE DIDÁTICA 3 31

5.3.1. Brincando com os corpos 31

6. FORMA DE ANÁLISE 36

REFERÊNCIAS 37

6

2 APRESENTAÇÃO

O presente trabalho refere-se à produção didática pedagógica que faz parte

do PDE, Programa de Desenvolvimento da Educação, da Secretaria do Estado de

Educação/SEED/PR, que consiste em um Caderno Temático a ser utilizado como

subsídio ao trabalho pedagógico do professor de Educação Física. Esta produção

será desenvolvida no Colégio Estadual João XXIII, situado na área perimetral

Urbana, do Município de Irati e está direcionada aos alunos do 1º ano do ensino

médio, a qual poderá, também, ser adaptada e trabalhada nas outras turmas do

ensino médio.

Esta intervenção pedagógica tem como finalidade principal promover

reflexões sobre os diferentes tipos de corpos existentes, as quais serão aliadas a

práticas corporais e as atividades lúdicas dentro das aulas de Educação Física,

possibilitando discussões sobre conscientização de diferenças existentes entre as

pessoas, tendo o respeito e o convívio social como pressuposto básico de

convivência.

Pois, é no ambiente escolar que nos deparamos com os variados tipos de

diversidades, e por isto nos confrontamos com cenários de discriminações e

preconceitos, o que gerou um compromisso enorme da escola para com a

sociedade: educar para a valorização da diversidade, construir caminhos para a

eliminação de preconceitos e práticas discriminatórias.

Dentro deste contexto que a escola vive atualmente, está inserida a

Educação Física, que ao longo do século XX se estabelece um padrão de beleza

criado a partir das medidas da média das mulheres, deu-se lugar a um ideal de

beleza, que valoriza um “tipo de corpo” bem distante da média da sociedade.

Modelo este, incentivado pelos meios de comunicação e de massa, sendo

extremamente limitador, pois se trata de um modelo que ignora a diversidade de

corpos que encontramos em uma sala de aula heterogênea, como cita Carvalho

(1998):

Quase diariamente o cidadão brasileiro se depara com a frase: ”saúde não interessa, o resto não tem pressa”, veiculada pela maior rede de televisão do país. Trata-se de um programa humorístico, com índice elevado de audiência, e que, por meio da construção de personagem representado por um professor de academia, busca transmitir a ideia da necessidade do exercício para a saúde. [...] Esteticamente, o personagem aparenta estar

7

saudável: forte, musculoso, formas evidenciadas pelo traje (camiseta, calção) que ao moldarem-se ao corpo as realçam (CARVALHO, 1998, p.55).

Nesta citação, podemos notar que esta frase, saúde não interessa, o resto

não tem pressa, muita utilizada ainda hoje, e que exemplifica claramente o quanto a

mídia tenta influenciar seus telespectadores, em relação à imagem do corpo ideal,

tanto para a saúde quanto para a estética. São detalhes que acabam refletindo

dentro do ambiente escolar, principalmente nas aulas de Educação Física, a qual

tem uma conotação errônea por uma maioria de pessoas que pensam que a

Educação Física Escolar tem o dever de acompanhar o que a mídia estabelece, pois

os meios de comunicação apontam que, ter um corpo perfeito esteticamente é

sinônimo de saúde, e se não for perfeito, que pelo menos esteja dentro de um

determinado padrão e assim ser reconhecido socialmente.

Faz-se necessário superar este paradigma da Educação Física competitiva,

do melhor e do pior, do mais rápido e do mais lento, do mais alto e do mais baixo, do

mais belo e do mais feio, entre outros.

Portanto esta intervenção pedagógica busca despertar nos alunos o

interesse e a compreensão sobre o tema, tentando envolve-los dentro do contexto

em sua totalidade, para que se sintam parte integrante e ativa das aulas e que após

as práticas pedagógicas e dinâmicas, os sujeitos envolvidos, possam ter um olhar

mais crítico e cooperativo, ressignificando o conceito de corpo que a mídia impõe,

promovendo assim uma educação de qualidade e cidadã que valoriza a diversidade

em todos os seus aspectos.

Além de oferecer uma reflexão que possa vir a servir como referência para

professores, pedagogos e a quem interessar discutir e debater sobre a temática que

se considera tão relevante para os dias atuais.

8

3 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Este é um caderno temático que objetiva ajudar na conscientização dos

educandos acerca da diversidade de corpos no seu dia a dia, bem como em suas

relações pessoais, consigo mesmo e com o outro, transformando suas atitudes,

pensamentos e práticas, começando pelo ambiente escolar.

Para Berbel (2011, p. 25):

A complexidade dos diversos setores da vida no âmbito mundial, nacional e local tem demandado o desenvolvimento de capacidades humanas de pensar, sentir e agir de modo cada vez mais amplo e profundo, comprometido com as questões do entorno em que se serve.

Uma das funções da escola é contribuir para que tal desenvolvimento

ocorra. Para isto pretende-se trabalhar durante o desenvolvimento desta intervenção

com as metodologias ativas, o que vem a favorecer uma motivação autônoma aos

alunos, pois os mesmos poderão ser a origem da sua própria ação, sendo envolvido

de forma totalmente ativa durante o processo da intervenção pedagógica na escola.

Durante todo o processo caberá ao professor a atenção necessária às

atividades, procurando proporcionar a participação dos alunos, verificando e

melhorando a sua prática, além de promover a construção de uma nova visão e

reflexão em relação ao tema corpo.

Segundo Berbel (2011, p. 28):

As Metodologias Ativas têm o potencial de despertar a curiosidade, à medida que os alunos se inserem na teorização e trazem elementos novos, ainda não considerados nas aulas ou na própria perspectiva do Professor. Quando atacadas e analisadas as contribuições dos alunos, valorizando-as, são estimulados os sentimentos de engajamento, percepção de competência e de pertencimento, além da persistência nos estudos, entre outras.

E isto vem de encontro aos propósitos da intervenção, a qual irá favorecer o

aluno, a ser parte integrante, mediador e buscador de novos conhecimentos, de

forma reflexiva e autônoma, durante todo o processo de desenvolvimento das ações

pedagógicas.

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O estudo acontecerá por meio da aplicação de 32 h/a, sendo que 16h/a para

uma turma e 16 h/a para outra turma, as quais serão divididas em três unidades

pedagógicas. A aplicação das atividades será direcionada aos alunos matriculados

e frequentadores do primeiro ano do ensino médio do Colégio Estadual João XXIII,

no Município Irati, NRE de Irati, durante o primeiro semestre de 2015.

As informações da operacionalização da Intervenção estão descritas

conforme quadro a seguir:

Quadro 1- Resumo da Intervenção Pedagógica

TÍTULO

ATIVIDADES

RECURSOS

PEDAGÓGICOS

NÚMERO

DE AULAS

UNIDADE I

“O Meu, o Seu e o Nosso Corpo.”

Dinâmicas e Debates.

TV Pen Drives, Espelho, revistas para recorte, Legislação, Cartazes.

Cinco horas/aula

UNIDADE II

“O Corpo que Nasce que Cresce e o Corpo que Morre.”

Filmes, Palestras, Pesquisas, Produção de um Documentário.

Slides, Vídeos, TV Pen Drives, Computadores da escola, Material tecnológico dos alunos (celulares e tablets).

Sete horas/aula

UNIDADE III

“Altos, Baixos, Magros, Gordos, Cegos, Deficientes Físicos, Ágeis, não Ágeis, todos dentro de um só contexto.”

Jogos e Brincadeiras.

Cones, bolas, tecidos TNT, cordas, Rede de Voleibol, sacos plásticos, som.

Cinco horas/ aula

Fonte: Própria Autora (2014).

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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 O Corpo como referência

No mundo atual sinônimo de saúde e de beleza é o corpo magro, caso a

pessoa não esteja dentro deste padrão, sem querer estar, está dentro de um grupo

que não se enquadra nos “padrões” de referência que a sociedade impõe.

Para Ortega (2008 apud PALMA 2012, p.100/101) ”os gordos, idosos e

outras figuras que não conseguem uma cartilha de saúde são fortemente excluídos

e estigmatizados nas sociedades atuais, sendo comparados a criminosos, [...]”.

Parece um tanto dramático falar assim, porém é o que se vive hoje, uma

espetacularização em torno do corpo, às vezes até preocupante realmente,

estimulam a magreza como um padrão de beleza e de saúde.

“[...] Os discursos que ecoam em campanhas publicitárias, revistas e programas televisivos parecem desencadear um poderoso conjunto de imperativos para determinar o modo como as pessoas devem conduzir suas próprias vidas e construir suas identidades. O sucesso e uma espécie de capital social têm sido associados, entre outros aspectos, à aparência física” (MOREIRA, 2007, p.52)

A insatisfação com o corpo é notório em nossa sociedade, pois a mídia

incute uma ideia de que corpo saudável remete-se ao corpo magro e bonito,

esquecendo-se de que cada indivíduo é único, com suas particularidades biológicas

e culturais.

“A nossa representação sobre o corpo é influenciada pela cultura a que pertencemos. Na sociedade contemporânea, acultura é atravessada por ideologias e valores de diferentes instituições sociais que atuam como mediadoras simbólicas das identidades individuais e coletivas. Entre tais instituições, encontram-se o mercado e a mídia, que atuam como produtores de imagens e símbolos referentes ao corpo, em uma dinâmica atrelada à noção de consumo. Neste cenário, que é muito mais complexo do que podemos expor neste momento, produzem-se referências de corpos adjetivados como “ideal”, “padrão”, “perfeito”. Estes corpos, cotidianamente, aparecem estampados nos mais diferentes meios de comunicação, como televisão, internet, jornais e revistas, carregados de sentidos e significados capazes de seduzir corações e mentes. [...]” (VELOZO¹, 2013, p. 176).

Com todas estas influências midiáticas, fica impossível este assunto não ser

tratado dentro das escolas, pois é lá que isto acaba se aflorando. O desejo de ser

11

aceito, ou de pelo menos estar dentro de um grupo, sem algum tipo de represália,

sendo quase que uma necessidade nesta fase. Para um adolescente o fato de não

estar incluso dentro destes “padrões” pode vir a causar sérios problemas

psicológicos para os mesmos e até mesmo desencadear alguns quadros clínicos

como transtornos alimentares por exemplo.

4.2 Variedade de corpos

Ludorf (2003) no estudo das concepções de corpos apontou três tipos: corpo

fragmentado, corpo intermediário e corpo sócio-cultural.

O corpo "fragmentado" seria a compreensão do corpo de forma reducionista, visando primordialmente aspectos técnicos ou biológicos. O corpo "sociocultural ou político" compreenderia uma visão crítica do corpo e do seu papel na sociedade. Ambos estariam nas extremidades do continuum. Nas posições intermediárias (corpo "intermediário"), o corpo é visto como um todo integrado (corpo-mente), entretanto, desconsiderando os aspectos socioculturais que o marcam e influenciam (LUDORF, 2003, p. 3).

Segundo Ludorf (2003) o corpo fragmentado diz respeito às partes do corpo

humano, como mãos, pés, tórax, braços, rosto, cabeça, etc. Será trabalhada a

fisiologia, anatomia, postura, velocidade, postura, entre outros. Neste conceito a

função do profissional de Educação Física é reeducar, cuidar, orientar, visando uma

vida saudável e com qualidade.

Figura 1 – Corpo fragmentado Fonte: Lucas (2010)

12

O corpo intermediário refere-se à beleza, ao prazer, harmonia e liberdade. O

profissional de Educação Física o vê de forma holística, considerando suas partes e

inter-relações, trabalhando as manifestações corporais (LUDORF, 2003).

Figura 2 – Corpo intermediário Fonte: Dasmaceno (2014)

O corpo sócio-cultural considera a história, a identidade, a cultura, entre

outros. Neste conceito o profissional de Educação Física, o vê como forma

pedagógica no trabalho da linguagem corporal. Trabalham os diversos conceitos,

como o corpo que a mídia explora também o corpo alienado, o corpo modelado,

trabalhador e reprimido.

Figura 3 – corpo midiático Fonte: Berger (2008).

13

O tema diversidade tem ocupado muitos espaços de reflexão na área

educacional. São inúmeros os fatores que contribuem para essa discussão sendo

que as escolas têm o dever de transformar suas concepções e suas práticas, de

modo que atenda a todos os alunos, sem descriminações de qualquer diferença.

Atuar na diversidade pressupõe olhar o outro (aluno), vê-lo como ser histórico, atuante na sociedade, não mero reprodutor do conteúdo repassado pelo professor na sala de aula, este outro precisa atuar com os demais integrantes no espaço educativo e, também, da sociedade que traz saberes da sua experiência, que é alguém capaz de realizar leituras do seu mundo, imprimindo novos sentidos ao mesmo (PIETROBOM apud ZYCH, 2011, p. 97).

Porém, também sabemos que não é uma tarefa muito fácil, pois fomos

naturalizados ainda com aquele ideal de nacionalidade padrão antigo, recortado em

sua diversidade, que elegeu um único jeito de ser. Deste modo a nossa diversidade

acabou sendo de uma forma silenciada e agora por forças maiores, questões de lei,

somos obrigados a revê-la em toda sua amplitude.

Conforme Oliveira (2011, p.214) “estamos preparados para entender o outro

em relação a nós de forma igualitária, embora reconhecendo e valorizando as

diferenças presentes”.

Este “embora”, apesar de sabermos da importância e da valorização da

diversidade, fica alguma coisa no ar, o aluno que de alguma forma tem esta

sensação de desconforto, devido a sua diversidade, acaba ficando sem perspectivas

e não há como negar a frustração do indivíduo. De certa forma depende de uma

intervenção significativa dos educadores e de toda a equipe pedagógica, pois na

verdade o que se espera, é esta ação, algo que realmente faça alguma diferença,

cause mudanças, talvez até seja mesmo certa proteção, ou seja, os alunos precisam

se sentir seguros, amparados dentro do ambiente escolar.

E quando isto não acontece, o aluno, a criança, não sente esta segurança,

os mesmos acabam se excluindo, o que os leva a não sentirem mais vontade de

neste ambiente. Causa disto é o considerável número de crianças fora da escola e

de abandono escolar. O que mais tarde irá influenciar em suas vidas pessoais, no

social destes jovens, os quais sem habilidades e sem as competências necessárias

4.3. Diversidade na Escola

14

para assumirem suas vidas e sua cidadania plena, com o mínimo de dignidade

possível, acabam ficando à margem de uma sociedade que, infelizmente,

prevalecem ainda mecanismos elitistas e excludentes.

A Educação Física diante dos temas da diversidade e também da inclusão,

em todos os sentidos, deve priorizar o educando, e oferecer atividades que tenham

participação plena dos alunos; o professor deve criar condições iguais para todos,

evitando assim qualquer tipo de exclusão. É necessário mudanças e adaptações nas

atividades da Educação Física tradicional, para tanto é preciso refletir sobre a

formação do professor de Educação Física. Segundo Garcia (1999 apud LOPES E

VALDÉS, 2003, p.3), esta formação deve pelo menos garantir que:

A escola forme alunos em cidadãos críticos, ativos e participativos é necessário à existência de professores comprometidos com uma educação de qualidade. Isso nos leva a crer que estes professores devem estar aberto aos novos valores, que transmitam a seus alunos o respeito e que saibam conviver com a diversidade numa sociedade inclusiva.

Na perspectiva de uma Educação Física que contemple a aproximação e o

coletivo, é que as atividades lúdicas e as brincadeiras contribuem para a diversidade

e para inclusão. Neste sentido a Rede Saci (2005, p.1) afirma que: “as brincadeiras

dizem muito sobre as regras que legislam a convivência entre as pessoas, seus

costumes e trocas atribuindo-lhes um pertencimento a determinada cultura”.

As atividades lúdicas podem ser aliadas importantes para que as crianças

superem suas dificuldades, também as brincadeiras podem tirar do isolamento

aqueles que não se sentiam incluídos na educação física.

Conforme afirma Falkenbach et al (2007, p.5) “o brincar capacita a

experimentação concreta da criança, possibilitando um ir e vir entre as

representações mentais e as ações concretas, firmando-se como um facilitador no

exercício das aprendizagens.”

A coletividade baseada na colaboração e no respeito mútuo contribui para

uma ação social que contribuirá para a inclusão, no que tange à Educação Física, o

lúdico é favorável como aliado neste processo.

4.4. A Diversidade e a Ludicidade na Educação Física

15

5. ATIVIDADES DA INTERVENÇÃO

PEDAGÓGICA

5.1 Unidade Didática 1

5.1.1. Refletindo sobre:

“O Meu, o Seu e o Nosso Corpo.”

“A noção de “copo ideal” pode gerar análises interessantes sobre a forma

como o discurso corporal é produzido na sociedade contemporânea. É

possível questionar o que é, como é, e onde pode ser encontrado o tal

corpo ideal. Entretanto, esse empreendimento pode recair em uma

explicação filosófica de que esse conceito de corpo existiria apenas no

plano abstrato das ideias, sendo, portanto, um corpo irreal [...]”(VELOZO¹,

2013, p. 177).

OBJETIVO: Refletir sobre os diferentes tipos de “CORPOS” existentes, a começar

pelo seu próprio Corpo em seu próprio mundo.

Nº de aulas: 5 h/aulas

Material: TV Pen drive, Espelho, Papel bobina, tesouras, cola, pinceis atômico e

revistas para recortes.

1ª aula:

1º passo: Os alunos assistirão a um vídeo que fala sobre Diversidade, com o qual,

iniciarei a introdução ao Tema, que será trabalhado, durante a maioria das aulas do

1º semestre de 2015:

(Acessado em 12/08/2014). https://www.youtube.com/watch?v=ESC1IGiqPT4

16

2º passo: Dá-se início a uma reflexão da seguinte forma:

3º passo: Os alunos deverão pensar em uma palavra que contextualize a palavra

Diversidade, sem comentar com os colegas. Após deverá escrever na lousa a

palavra que pensou, ao redor da palavra central, para uma reflexão posterior.

4º passo: Cada aluno dará sua contribuição, ou pelo menos maioria deles, e será

feita uma reflexão sobre todas as palavras conectadas à palavra chave, os quais

serão instigados pela professora.

5º passo: Para concluir a aula, será feita uma dinâmica com os alunos, já com o

molde de um desenho feito em uma cartolina branca, utilizando o pincel atômico,

para os traços de o desenho ficar fortes, será feito outro desenho nos mesmos

moldes, o qual será recortado em pedaços, de acordo com o número de alunos

existentes na aula, a medida que são recortado os pedaços, os mesmo serão

enumerados, e cada pedacinho será entregue para cada aluno, o qual deverá

decorá-lo utilizando-se de tinta guache, da maneira que ele quiser.

DIVERSIDADE

17

Um dos desenhos será numerado e recortado, os pedaços serão distribuídos

aos alunos, os quais irão decorá-los!

OBS. Lembrar aos alunos que eles não deverão recortar as partes que

estiverem contornadas com a caneta (o contorno do desenho).

6º passo: Após todos terminarem, será montado um quebra cabeça em cima do

outro molde do desenho, com os pedaços que os alunos decoraram e também uma

reflexão sobre a dinâmica.

Alguns conceitos sobre Diversidade: A ideia de diversidade está ligada aos conceitos de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. E, muitas vezes, também, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na intersecção de diferenças, ou ainda, na tolerância mútua. A diversidade (do latim diversĭtas) é uma noção que se refere à diferença, à variedade, à abundância de coisas distintas ou à divergência. Fonte (Acessado em 15/10/2015): http://pt.wikipedia.org/wiki/Diversidade Fonte (Acessado em 15/10/2014): http://conceito.de/diversidade

2ª Aula

1º passo: Continuando a reflexão sobre a aula anterior, será distribuído para alguns

alunos, papéis dobrados, e neles estará escrito os seguintes conteúdos: Normas,

Leis, Resoluções, Situações cotidianas em que o tema Diversidade está presente,

porém de diferentes formas. O que ampliará e dará um novo significado, uma nova

visão do sentido da palavra Diversidade, enquanto pensamos em IGUALDADADE X

JUSTIÇA. Ex.: Vaga para idosos, lugares especiais em ônibus para algumas

pessoas, preferências nas filas de bancos, Área para fumantes, etc.

LEGISLAÇÃO

18

DECRETO Nº 8.262, DE 31 DE MAIO DE 2014 Altera o Decreto nº 2.018, de 1º de outubro de 1996, que regulamenta a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, no art. 50 da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e no Decreto nº 5.658, de 2 de janeiro de 2006,

DECRETA: Art. 1º O Decreto nº 2.018, de 1º de outubro de 1996, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 2º

I - RECINTO COLETIVO FECHADO - local público ou privado, acessível ao público em geral ou de uso coletivo, total ou parcialmente fechado em qualquer de seus lados por parede, divisória, teto, toldo ou telhado, de forma permanente ou provisória;

V - LOCAL DE VENDA - área ou espaço fixo e fisicamente delimitado localizado no interior de estabelecimento comercial e destinado à exposição e à venda de produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco; e

VI - EMBALAGEM DE PRODUTO FUMÍGENO, DERIVADO OU NÃO DO TABACO - invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento destinado a acondicionar ou empacotar os produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, que sejam comercializados diretamente ao consumidor.

“Art. 3º É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilé ou outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo fechado.

§ 1º A vedação prevista no caput estende-se a aeronaves e veículos de transporte coletivo.

§ 2º Excluem-se da proibição definida no caput:

I - locais de cultos religiosos de cujos rituais o uso do produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, faça parte;

II - estabelecimentos destinados especificamente à comercialização de produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, desde que essa condição esteja anunciada, de forma clara, na entrada, e desde que em local reservado para a experimentação de produtos dotados de condições de isolamento, ventilação ou exaustão do ar que impeçam a contaminação dos demais ambientes;

III - estúdios e locais de filmagem ou gravação de produções audiovisuais, quando necessário à produção da obra;

IV - locais destinados à pesquisa e ao desenvolvimento de produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco; e

V - instituições de tratamento da saúde que tenham pacientes autorizados a fumar pelo médico que os assista.

§ 3º Nos locais indicados no § 2º deverão ser adotadas condições de isolamento, ventilação e exaustão do ar e medidas de proteção ao trabalhador em relação à exposição ao fumo, nos termos de normas complementares editadas pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e Emprego.” (NR)

“Art. 7º É vedada, em todo o território nacional, a propaganda comercial de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilé ou outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, com exceção apenas da exposição

- Área para Fumantes e não

Fumantes:

19

dos referidos produtos nos locais de vendas, observado o seguinte:

I - a exposição dos produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, nos locais de venda somente poderá ocorrer por meio do acondicionamento das embalagens dos produtos em mostruários ou expositores afixados na parte interna do local de venda;

II - o expositor ou mostruário conterá as seguintes advertências sanitárias:

a) advertência escrita sobre os malefícios do fumo, segundo frases estabelecidas pelo Ministério da Saúde, usadas sequencialmente, de forma simultânea ou rotativa;

b) imagens ou figuras que ilustrem o sentido das mensagens de advertência referidas na alínea “a”; e

c) outras mensagens sanitárias e a proibição da venda a menor de dezoito anos;

III - as frases, imagens e mensagens sanitárias previstas no inciso II ocuparão vinte por cento da área de cada uma das faces dos mostruários ou expositores que estejam visíveis ao público; e

IV - o expositor ou mostruário conterá, ainda, a tabela de preços, que deve incluir o preço mínimo de venda no varejo de cigarros classificados no código 2402.20.00 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI vigente.” (NR)

“Art. 7º-A. As embalagens de produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, conterão:

I - advertência escrita sobre os malefícios do fumo, segundo frases estabelecidas pelo Ministério da Saúde, usadas sequencialmente, de forma simultânea ou rotativa;

II - imagens ou figuras que ilustrem o sentido das mensagens de advertência referidas no inciso I; e

III - outras mensagens sanitárias e a proibição da venda a menor de dezoito anos.

§ 1º As embalagens dos produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, não poderão conter palavras, símbolos, dispositivos sonoros, desenhos ou imagens que possam:

I - induzir diretamente o consumo;

II - sugerir o consumo exagerado ou irresponsável;

III - induzir o consumo em locais ou situações perigosas ou ilegais;

IV - sugerir ou induzir bem-estar ou saúde;

V - criar falsa impressão de que uma marca seja menos prejudicial à saúde do que outra;

VI - atribuir aos produtos propriedades calmantes ou estimulantes, que reduzam a fadiga ou tensão ou produzam efeito similar;

VII - insinuar o aumento de virilidade masculina ou feminina ou associar ideia ou imagem de maior êxito na sexualidade das pessoas fumantes;

VIII - associar o uso do produto a atividades culturais ou esportivas ou a celebrações cívicas ou religiosas; e

IX - conduzir a conclusões errôneas quanto às características e à composição do produto e quanto aos riscos à saúde inerentes ao seu uso.

§ 2º Nas embalagens de produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, as cláusulas de advertência e as imagens a que se referem os incisos do caput deste artigo serão sequencialmente usadas de forma simultânea

20

ou rotativa e, nesta última hipótese, variarão no máximo a cada cinco meses, inseridas, de forma legível e ostensivamente destacada, em cem por cento da face posterior da embalagem e de uma de suas laterais.

§ 3º A partir de 1º de janeiro de 2016, além das cláusulas de advertência e imagens a que se referem os incisos do caput deste artigo, nas embalagens de produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, vendidas diretamente ao consumidor, também deverá ser impresso texto de advertência adicional ocupando trinta por cento da parte inferior de sua face frontal.” (NR)

Art. 2º Este Decreto entra em vigor cento e oitenta dias após a sua publicação. Art. 3º Ficam revogados o inciso IV do caput do art. 2º e o art. 4º e art. 5º do Decreto nº 2.018, de 1º de outubro de 1996.

Brasília, 31 de maio de 2014; 193º da Independência e 126º da República.

DILMA ROUSSEFF / Arthur Chioro

(Acessado em 27/10/14) http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI201936,61044Decreto+proibe+fumo+em+locais+fechados+no+pais

CAPÍTULO Do Transporte

Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares.

§ 1o Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer documento pessoal que

faça prova de sua idade.

§ 2o Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados 10% (dez por

cento) dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a placa de reservado preferencialmente para idosos.

§ 3o No caso das pessoas compreendidas na faixa etária entre 60 (sessenta) e 65 (sessenta e

cinco) anos, ficará a critério da legislação local dispor sobre as condições para exercício da gratuidade nos meios de transporte previstos no caput deste artigo.

Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-á, nos termos da legislação

específica: (Regulamento) (Vide Decreto nº 5.934, de 2006)

I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos;

II – desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, para os idosos que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos.

Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os mecanismos e os critérios para o

Vagas para estacionamento para

idosos

21

exercício dos direitos previstos nos incisos I e II.

Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.

Art. 42. São asseguradas a prioridade e a segurança do idoso nos procedimentos de embarque e desembarque nos veículos do sistema de transporte coletivo. (Redação dada pela Lei nº 12.899, de 2013)

(Acessado em 27/10/2014) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm

LEI No 10.048, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2000.

Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60

(sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

Art. 2o As repartições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos estão

obrigadas a dispensar atendimento prioritário, por meio de serviços individualizados que assegurem tratamento diferenciado e atendimento imediato às pessoas a que se refere o art. 1

o.

Parágrafo único. É assegurada, em todas as instituições financeiras, a prioridade de atendimento às pessoas mencionadas no art. 1

o.

Art. 3o As empresas públicas de transporte e as concessionárias de transporte coletivo

reservarão assentos, devidamente identificados, aos idosos, gestantes, lactantes, pessoas portadoras de deficiência e pessoas acompanhadas por crianças de colo.

Art. 4o Os logradouros e sanitários públicos, bem como os edifícios de uso público, terão normas

de construção, para efeito de licenciamento da respectiva edificação, baixadas pela autoridade competente, destinadas a facilitar o acesso e uso desses locais pelas pessoas portadoras de deficiência.

Art. 5o Os veículos de transporte coletivo a serem produzidos após doze meses da publicação

desta Lei serão planejados de forma a facilitar o acesso a seu interior das pessoas portadoras de deficiência.

Portadores de Deficiência

22

§ 1o (VETADO)

§ 2o Os proprietários de veículos de transporte coletivo em utilização terão o prazo de cento e

oitenta dias, a contar da regulamentação desta Lei, para proceder às adaptações necessárias ao acesso facilitado das pessoas portadoras de deficiência.

Art. 6o A infração ao disposto nesta Lei sujeitará os responsáveis:

I – no caso de servidor ou de chefia responsável pela repartição pública, às penalidades previstas na legislação específica;

II – no caso de empresas concessionárias de serviço público, a multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), por veículos sem as condições previstas nos arts. 3

o e 5

o;

III – no caso das instituições financeiras, às penalidades previstas no art. 44, incisos I, II e III, da Lei n

o 4.595, de 31 de dezembro de 1964.

Parágrafo único. As penalidades de que trata este artigo serão elevadas ao dobro, em caso de reincidência.

Art. 7o O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias, contado de sua

publicação.

Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 8 de novembro de 2000; 179o da Independência e 112

o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Alcides Lopes Tápias Martus Tavares

(Acessado em: 27/10/2014) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10048.htm

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES Projeto de Lei nº 668, de 2007 (Apensos: PL nº 1.912/07, PL nº 1.981/07, PL nº 2.272/07 e PL nº 2.395/07) Dispõe sobre a colocação de assentos especiais para pessoas obesas em estabelecimentos de entretenimento e nos meios de transporte público coletivo em geral. Autor: Deputado MANOEL JUNIOR Relator: Deputada ALINE CORRÊA I - RELATÓRIO Vem ao exame desta Comissão a proposição em epígrafe que pretende obrigar os estabelecimentos voltados para o entretenimento (teatros, cinemas e casas de shows, por exemplo) em funcionamento no território nacional, bem como os meios de transporte público coletivo em geral, a disporem de, no mínimo, 10% (dez por cento) de assentos especiais para pessoas obesas. O texto prevê ainda que,

Lei que regulamenta a disponibilidade

de acentos especiais para obesos:

23

na ausência de obesos para utilizar os assentos especiais, estes poderão ser ocupados por outras pessoas passados quinze minutos após o início das apresentações, no caso de espetáculos, e depois do início do trajeto, no caso dos transportes públicos. A iniciativa justifica-se, segundo o autor, porque o Brasil possui, segundo estatísticas oficiais, cerca de 56 milhões de obesos, os quais enfrentam muitas dificuldades em seu cotidiano, devido à falta de mobiliário adequado. Distribuída inicialmente às Comissões de Desenvolvimento Urbano (CDU) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), a proposição, *F7A113BC37 * F7A113BC37 que tramita em regime conclusivo, recebeu parecer favorável na CDU, com substitutivo, do então relator, Deputado Marcelo Melo, que não chegou a ser apreciado. Em virtude de requerimento de redistribuição oferecido pelo Deputado Chico da Princesa, foi revisto o despacho original, para determinar que esta Comissão de Viação e Transportes (CVT) se pronuncie quanto ao mérito da matéria. Nesse ínterim, foram apensadas ao projeto de lei sob análise quatro outras proposições, a saber: • PL nº 1.912/07, da Sra. Lucenira Pimentel, que dispõe sobre a reserva de vagas para as pessoas obesas no sistema de transporte coletivo; • PL nº 1.981/07, do Sr. Sandro Matos, que obriga a criação de assentos especiais para obesos em locais públicos; • PL nº 2.272/07, do Sr. Reinaldo Nogueira, que obriga as empresas de transporte coletivo de passageiros a disponibilizarem, nos veículos com mais de 30 (trinta) assentos, no mínimo 10% (dez por cento) dos assentos com proporções maiores; • PL nº 2.395/07, do Sr. Homero Pereira, que cria a reserva de assentos especiais para pessoas obesas nos transportes coletivos interestaduais de passageiros. Durante o prazo regimental, não foram apresentadas emendas neste Órgão Técnico. É o nosso relatório. II - VOTO DO RELATOR Estudos recentes têm demonstrado que a obesidade já representa um problema de saúde pública em nosso País, como no restante do mundo, sendo que as principais causas são o sedentarismo e o alto consumo de alimentos não saudáveis e de alimentos industrializados. Inúmeras ações de conscientização já estão em curso, na mídia, em escolas e locais de trabalho, mas o quadro não é de fácil reversão. *F7A113BC37 * F7A113BC37 Além das consequências danosas que a obesidade traz para a saúde do indivíduo, as pessoas que sofrem deste mal ainda enfrentam inúmeras dificuldades no dia a dia. Como bem apontou o Deputado Marcelo Melo, relator na CDU, Atividades corriqueiras para as demais pessoas, como comprar roupas, passar por uma catraca, ir ao cinema ou ao teatro, fazer uma viagem de ônibus ou avião, entre outras, são verdadeiros suplícios para os obesos. Parece oportuna, portanto, a preocupação dos autores das proposições sob exame, de criar condições para que esses cidadãos possam fazer uso dos veículos de transporte coletivo e usufruir de momentos de lazer com segurança e conforto. Contudo, concordamos com o Deputado Marcelo Melo quanto à necessidade de se fazer aperfeiçoamentos na proposta. O primeiro desses ajustes é meramente formal. A Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, que trata, entre outros pontos, da elaboração, da redação, da alteração e da consolidação das leis, estipula que um mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, exceto quando a subsequente se destine a complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta por remissão expressa (art. 7º, inciso IV). Essa disposição desaconselha a aprovação de uma norma legal autônoma sobre a matéria, visto que a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, define, entre outras providências, as normas gerais e os critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e parece ser a norma indicada para abrigar o conteúdo proposto. Afinal, considerando que a definição de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida constante da própria Lei nº 10.098, de 2000, refere-se a pessoas que têm sua capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-lo temporária ou permanentemente limitada (art. 2º, inciso III), pode-se concluir que os obesos fazem parte desse segmento. Não se discute que os obesos, assim como os idosos e os portadores de deficiência, têm sérias dificuldades para se relacionarem com o meio e para utilizá-lo, devido à inadequação do mobiliário em certos locais e em veículos de transporte. Um outro ajuste proposto pelo Deputado Marcelo Melo em seu substitutivo, e com o qual concordamos, diz respeito ao mérito. De fato, o percentual de 10% de assentos adaptados previsto no projeto de lei principal e em um dos apensos soa exagerado e pode trazer problemas quanto à redução *F7A113BC37

24

* F7A113BC37 significativa de capacidade dos ambientes e dos veículos. Assim, preferimos reduzi-lo para 5%. Cabe, também, um aperfeiçoamento de redação, para deixar mais clara a regra que prevê a possibilidade de utilização por outras pessoas dos assentos especiais não ocupados por obesos desde que passados quinze minutos do início das apresentações, no caso de espetáculos, e do início do trajeto, no caso dos transportes públicos. Embora seja uma regra importante, visto que evita que os assentos permaneçam vazios, ela é de difícil aplicação no caso dos transportes coletivos urbanos, onde não há, a rigor, um ponto de início do trajeto. Mesmo nos demais casos, deve-se lembrar que a venda dos ingressos, seja para os assentos especiais ou não, deve ser feita antes do início do espetáculo ou da viagem. Por outro lado, a previsão de um prazo de reserva, constante do PL nº 2.395/07, apenso, só faz sentido em algumas situações específicas, o que não é o caso do transporte urbano e de cinemas, por exemplo. Finalmente, devem ser alteradas as cláusulas de vigência e de revogação. A primeira porque precisa contemplar prazo maior para que se tenha amplo conhecimento da lei editada e para que sejam tomadas as providências necessárias ao seu cumprimento. Quanto à revogação, somente se faz necessária a cláusula se houverem normas legais a serem expressamente invalidadas. Diante do exposto, votamos pela aprovação quanto ao mérito do Projeto de Lei nº 668, de 2007, e de seus apensos, na forma do substitutivo anexo, elaborado com base no texto oferecido pelo Deputado Marcelo Melo. Sala da Comissão, em 2008. Deputada ALINE CORRÊA Relatora *F7A113BC37 * F7A113BC37 COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 668, DE 2007 (E aos apensos: PL nº 1.912/07, PL nº 1.981/07, PL nº 2.272/07 e PL nº 2.395/07) Altera a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, para dispor sobre a instalação de assentos especiais para pessoas obesas nos locais que menciona. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que trata, entre outras providências, do estabelecimento de normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, para dispor sobre a instalação de assentos especiais para pessoas obesas em locais de espetáculos, entretenimento, esportes, conferências, aulas e outros de natureza similar e nos veículos de transporte público coletivo em geral. Art. 2º O art. 12 da Lei nº 10.098, de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 12. Os locais de espetáculos, entretenimento, esportes, conferências, aulas e outros de natureza similar deverão dispor de assentos especiais para pessoas obesas, de espaços reservados para pessoas que utilizam cadeira de rodas e de lugares específicos para pessoas com deficiência auditiva e visual, inclusive acompanhante, de acordo com a ABNT, de modo a facilitar-lhes as condições de acesso, circulação e comunicação. Parágrafo único. No que concerne aos assentos especiais para pessoas obesas, eles deverão representar, no mínimo, 5% (cinco por cento) do total dos assentos disponíveis. *F7A113BC37 * F7A113BC37 Art. 3º A Lei nº 10.098, de 2000, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 16-A: Art. 16-A. Os veículos de transporte público coletivo em todas as modalidades, deverão dispor de assentos especiais para pessoas obesas, conforme especificações do poder público responsável. Art. 4º A Lei nº 10.098, de 2000, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 25-A: Art. 25-A. Os assentos especiais para pessoas obesas de que tratam os arts. 12 e 16-A poderão ser ocupados por outras pessoas se não houver interessados na compra dos respectivos bilhetes: I – até 30 (trinta) minutos antes do início do espetáculo ou de apresentação esportiva; II – até 6 (seis) horas antes do início da viagem, no caso do transporte coletivo terrestre e aquaviário; III – até 12 (doze) horas antes do início da viagem, no caso do transporte aéreo. Parágrafo único. No caso de eventos ou viagens em que não sejam vendidos bilhetes ou ainda no transporte coletivo urbano, os assentos especiais de que trata o caput poderão ser ocupados por outras pessoas, a qualquer momento, se não houver pessoas obesas interessadas em utilizá-los. Art. 5º Esta Lei entra em vigor após decorridos 360 (trezentos e sessenta) dias de sua publicação oficial. Sala da Comissão, em 2008.

25

Deputada ALINE CORRÊA Relatora *F7A113BC37* F7A113BC37 Fonte (acessado em: 05/11/2014): http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=956A58BDC5DFA759B63E91A3B593CF42.node2?codteor=552389&filename=Parecer-CVT-09-04-2008

OBS. Nos papéis que serão entregues aos alunos, serão colocados artigos e

normas resumidas, justamente para que os mesmos possam detectar sobre o que

aquele artigo ou norma está falando.

3ª aula

1º passo: Iniciaremos a aula com a seguinte questão aos alunos:

- Levando em consideração tudo que foi falado nas aulas anteriores, o que vocês

entendem por:

2º passo: Os alunos terão acesso a vídeos e imagens, que falem sobre os variados

tipos de pessoas, corpos, raças e etnias. E com isto dá-se a introdução ao tema que

será trabalhado.

Fonte Youtube: (Acessado em 08/10/2014 e 28/08/2014) https://www.youtube.com/watch?v=Yc13xe89d4M http://youtu.be/D8mmc1CDb54

3º passo: Ocorrerá uma breve reflexão sobre os vídeos assistidos, enfatizando

sempre a questão da valorização e do respeito ao próximo, pensar o corpo como

construção social.

4ª Aula “DINÂMICA DO ESPELHO”

Diversidade de Corpos?

26

Fonte: http://www.mundoeducacao.com/fisica/translacao-espelhos.htm

1º passo: Será levado um espelho onde os alunos terão a oportunidade de observar

se de corpo inteiro, durante um determinado tempo.

2º passo: Os alunos terão acesso a várias revistas de recortes, com diferentes

temas e assuntos, nelas deverão encontrar algum tipo de corpo, com que os

mesmos gostariam de ter. Após deverão colocar o nome na figura e entrega-la ao

professor (a).

5ª Aula

1º passo: Atividade “Boneco de papel”

Fonte:http://evangelismoinfantil.blogspot.com.br/2011/05/tesouros-infantis-2o-trimestre 2011_1181.html

27

4º passo: Neste momento, os alunos deverão formar duplas, utilizando o papel

bobina, um deverá fazer o contorno do corpo do outro, em seu tamanho e forma

real, após deverão recortar, fazer a caricatura no boneco, colar a figura no boneco e

também escrever o porquê de terem escolhido aquela figura.

5º passo: Passar aos alunos um vídeo com relato de pessoas famosas que passam

por diversas mudanças físicas durante a sua trajetória de vida.

Fonte (acessado em 05/11/14) - http://youtu.be/LmCk9GNHYxM

Obs.: O material confeccionado deverá ser entregue no final da aula para o

professor (a).

Dica: Nesta aula professor, você poderá fazer um

diagnóstico particular em relação ao

comportamento da turma, no que se refere ao

respeito e a consideração da turma em relação ao

outro, e qual é a percepção que eles possuem em

relação a si próprio.

28

5.2 UNIDADE DIDÁTICA 2

5.2.1 Refletindo sobre:

“O CORPO QUE NASCE QUE CRESCE E O

CORPO QUE MORRE.”

Objetivo: Proporcionar aos alunos, momentos reflexivos sobre o Corpo, no que se

refere em questões de saúde, idade cronológica, as alterações ocorridas no corpo

durante o tempo e de como o corpo é dividido biologicamente.

Nº de aulas: 7 h/aula

Material: Slides, vídeos, materiais tecnológicos disponibilizados pela escola e

pessoais dos alunos.

1ª AULA

1º passo: Reflexão sobre o vídeo: “Famosos Antes e Depois”, que foi passado na

aula anterior, se necessário, passar novamente para relembrar. Após será passado

alguns slides, com figuras que demonstrem a transformação natural do corpo no

decorrer do tempo.

2º passo: Após a explicação, os alunos serão levados até o laboratório do colégio,

para visualizar o esqueleto humano, bem como os cartazes que lá estão expostos,

para terem uma melhor noção no que diz respeito ao corpo fragmentado.

2ª e 3ª AULA

1º passo: Estas aulas serão destinadas para uma visita a UNICENTRO, para além

de conhecerem a Instituição, as unidades que trabalham especificamente com

questões que envolvam o tema “Corpo”, para assistirem a uma palestra relacionada

ao tema de estudo: “O Corpo que nasce, o Corpo que cresce e o Corpo que

29

morre”, ou seja, as principais mudanças ocorridas no corpo, em relação ao tempo

de vida, até chegar a morte.

4ª E 5ª AULA

1º passo: Nestas aulas nos aprofundaremos uma pouco mais o assunto das aulas

anteriores, fazendo uma pesquisa no laboratório de informática da escola, buscando

informações sobre as limitações sobre o Corpo biológico e a potência no Corpo

social, no que se refere a corpos tatuados, modelados, estilizados, mutilados,

malhados, etc. Uma aula destinada a pesquisa e a outra destinada a apresentação

ao grupo.

OBS. Será passado um vídeo chamado Artificialização do Corpo – Supervenus de

Frederic Doazan.

Obs. Os alunos deverão entregar o conteúdo da pesquisa em forma de

trabalho escrito.

Dicas para o Professor:

Caso não seja possível, tirar os alunos do prédio escolar, o trabalho

poderá ser realizado em sala de aula mesmo. Pode ser convidado alguém

para realizar a palestra.

30

6ª E 7ª AULA

1º passo: Nestas aulas os alunos poderão utilizar seus recursos tecnológicos, como

celulares, tablets, para produzirem vídeos de si próprios com o Tema “Corpo”, será a

produção de um vídeo documentário, baseado nos conhecimentos adquiridos nas

aulas anteriores. Eles deverão escolher um tipo de corpo para representar neste

vídeo, ou seja, deverão criar uma história sobre o seu “suposto” corpo. Este vídeo

deverá ser postado no Youtube o qual deverá ser visualizado pelos colegas, bem

como pelo professor (a). Uma das aulas será para iniciar o trabalho de produção da

história e do vídeo e a outra será para apresentação dos vídeos.

Obs. Os alunos também deverão arquivar este vídeo (formato mpeg) em seus

arquivos pessoais (pendrives), antes de retirá-lo da pagina do Youtube, pois

este vídeo terá peso na avaliação bimestral!

OBS: Para todos os trabalhos realizados, serão atribuídos valores,

os quais serão somados e terão peso na média bimestral dos

alunos.

31

5.3 UNIDADE DIDÁTICA 3

5.3.1 Brincando com os corpos

“Altos, baixos, Magros, Gordos, Cegos,

Deficientes Físicos, Ágeis, não Ágeis

todos dentro de um só contexto!”

Objetivo: O objetivo desta unidade é fazer com que o aluno se coloque no lugar do

outro, sinta as dificuldades, perceba que uma atividade tão simples para uns pode

ser de extrema dificuldade para outros, que cada um tem o seu valor, que nem

sempre ser o mais rápido pode ser uma vantagem. E assim, vivenciando estas

experiências saberá valorizar mais o outro, bem como a si mesmo.

Número de aulas: 4 h/aulas

Material: Tiras em TNT escuras para as vendas, Cones altos e baixos, bola

adaptada envolta com sacolas plásticas ou com outro material que faça algum tipo

de barulho, Bola de Voleibol ou qualquer outra desde que seja mais leve e Rede de

voleibol, Tira de TNT, som e cadeiras, bola de borracha, baliza, cordas, arcos

1ª Aula “Futebol às cegas”

Obs. Nesta aula os alunos vivenciarão como seria realizar algumas atividades

físicas se não possuíssem o sentido da visão.

1ª passo: - Primeiramente será feito um aquecimento, onde os alunos deverão com

os olhos fechados fazer alguns movimentos que serão dirigidos pelo professor.

Ex: Andar pela quadra com os olhos fechados, fazendo movimentos como saltito,

agachamentos, isto em determinados momentos ao som da voz do professor, ou

também poderá ser utilizado o apito, após combinar com os alunos o que devem

fazer quando apitar 1 vez, outro movimento quando apitar 2 vezes e assim por

diante.

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OBS. Neste momento ainda não será necessária à utilização das vendas.

2ª passo: Em duplas, utilizando uma venda para um dos integrantes da dupla, este

deverá ser conduzido por seu colega, dentro do espaço da quadra, o colega que

será o condutor tem que ajuda-lo a passar por todos os obstáculos que serão

colocados pela quadra sem deixar que o mesmo se bata com o outro colega ou em

algum obstáculo. Após um determinado tempo invertem-se os papéis e os

obstáculos mudam também de lugar.

3º passo: Divide a turma em dois grupos, ou mais, para dar inicio ao jogo de futsal,

segue as regras do jogo normalmente. Apenas os goleiros não utilizarão as vendas,

a bola será adaptada, envolta com sacolas plásticas que proporcione barulho para

que eles possam se direcionar.

4º passo: Após todos participarem será feito uma reflexão sobre todas as

sensações que tiveram durante a realização das práticas.

Fonte: Adaptado e modificado pela autora, conforme realidade escolar; Acessado em 05/10/2014: http://www.brasilescola.com/educacao-fisica/futebol-para-cegos.htm

2ª Aula “Peso e sobre peso”

Obs. Os alunos irão experimentar fazer algumas atividades como se eles

estivessem com sobre peso. Serão colocados em volta da cintura, dos alunos alguns

pesinhos (sacos de areia) de mais ou menos 500g cada um.

1º passo: Nesta atividade, iremos juntamente com os alunos confeccionar o

material, cada aluno deverá confeccionar os seus pesinhos, para isto, precisaremos

de sacolas plásticas (trazidas pelos próprios alunos, no mínimo duas para cada

pesinho), areia (quadra de areia do colégio), jornal e fita durex larga para dar o

acabamento no saquinho de areia (peso).

2ª passo: Corrida em forma de circuito, sem tirar os pesinhos da cintura;

3º passo: “CIRCUITO DE GINÁSTICA”

* O circuito terá 10 estações, todos os alunos deverão passar por todas as estações.

33

* Os alunos permanecerão 3 minutos em cada estação e deverão seguir a ordem

das estações.

1ª Estação: Em velocidade, fazer zig-zag pelos cones;

2ª Estação: Saltitar por cima dos cones (pequenos), uma passada em cada espaço

disponibilizado entre os cones;

3ª Estação: Fazer sessões de abdominais, deitados nos colchonetes;

4ª Estação: Pula corda;

5ª Estação: Passar por baixo de obstáculos, uns mais baixos outros mais altos;

6ª Estação: Sessão de rolamentos, como o aluno conseguir fazer, de frente, de

lado, como preferir;

7ª Estação: Sobe e desce degraus, uns maiores e outros menores;

8ª Estação: Exercícios de agachamento e flexão;

9ª Estação: Pular amarelinha dentro dos arcos;

10ª Estação: Em velocidade, fazer um X tocando a mão nos cones colocados na

quadra.

34

Fonte (Acessado em 20/10/2014), adaptado pela autora: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=40878, http://www.efdeportes.com/efd163/atividades-recreativas-em-criancas-obesas.htm

3ª Aula “Voleibol Sentado”

Obs. Nesta atividade os alunos passarão pela experiência de não poder usar seus

membros inferiores em uma atividade física.

1º passo: Os alunos, divididos e duas equipes, sentados aleatoriamente na quadra

(espaço quadra de Voleibol) cada equipe na sua metade, deverão passar a bola um

para o outro com 5 passes em velocidade sem deixa-la cair no chão, após deverão

passar a bola para o campo adversário tentando fazer com que a bola caia no chão

da quadra adversária . Primeiramente com uma bola e depois com duas bolas.

Quem fizer 10 pontos antes vence.

Obs. Não pode levantar o quadril do chão para pegar a bola. As regras do jogo,

também irão sendo mudadas, durante a realização da atividade.

2º passo: - Momento de reflexão e feedback da aula.

4ª Aula “Handebol sem um dos braços”

Obs. Nesta atividade os alunos passarão pela experiência de não poder usar um de

seus membros superiores, de preferência prender o braço do lado dominante, ou

seja, o destro poderá utilizar apenas o esquerdo e o canhoto apenas o direito,

durante a prática da atividade física.

1ª passo: “Dança da Cadeira”

Ao final de todas as aulas deverá ser feito um

feedback com os alunos, para o colhimento de

informações.

35

- Dependendo do número de alunos pode ser divididos dois grupos e

simultaneamente iniciar a brincadeira, pedindo a colaboração de um aluno monitor,

para cada grupo. Os alunos deverão andar no ritmo da música em volta das

cadeiras, com os braços atrás do corpo, sem tocar nas cadeiras. E no momento em

que a música parar, deverão sentar-se em uma das cadeiras, sem tirar as mãos de

trás do corpo, aquele que não conseguir sentar-se irá ajudar a monitorar a prova.

2ª passo: Dividir as equipes de acordo com o número de alunos, máximo 3 equipes.

Nesta atividade os alunos poderão jogar o Handebol normalmente, ou seja, com as

regras normais, porém estarão com um dos braços presos juntamente ao corpo, sem

poderem movimentá-lo. Vence a equipe que fizer o maior número de gols, detalhe o

goleiro também estará com um dos braços presos.

3ª passo: Momento de reflexão e feedback da aula.

36

Após serem ministradas todas às 16 horas/aula, em ambas as turmas, será

solicitado, para todos os alunos elaborarem um texto individual, explicitando os

conteúdos abordados sobre o tema diversidade de corpos nas aulas de Educação

Física. Após, deverão expor seus sentimentos em relação a tudo o que foi

trabalhado sobre o tema, ou seja, se houveram frustrações, decepções, conquistas,

aprendizado e se o tema foi relevante para eles ou não. Caso a reposta seja

negativa, os alunos deverão explicar a sua negativa e quais maneiras achariam

melhor de abordar esta temática. Enfim os alunos farão uma analise crítica reflexiva

sobre tudo o que foi trabalhado e abordado.

Na sequência serão selecionados seis alunos de cada turma, sendo que três

deles com influências positivas e três deles com influências negativas sobre o

conteúdo, para uma entrevista semiestruturada.

A técnica de análise escolhida será a “análise de conteúdo” proposta por

Bardin (1970). A análise de conteúdo é um conjunto de técnicas de análise das

comunicações visando obter por procedimentos sistemáticos e objetivos de

descrição do conteúdo das mensagens, indicadores que permitam a inferência de

conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas)

destas mensagens (BARDIN, 1970).

6. FORMA DE ANÁLISE

37

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 1970.

BERBEL, Neusi Aparecida Navas. As Metodologias Ativas e a promoção da autonomia de Estudantes, Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n.

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