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1 STEC – BALANÇO DO MANDATO 2014 / 2018 ABRIL 2018 BOLETIM INFORMATIVO 36 EDIÇÃO ESPECIAL "STEC - O GUARDIÃO DA CGD E DOS SEUS TRABALHADORES" Edição Especial Balanço do mandato 2014 / 2018 Pedro Messias Entrevistas João Lopes

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Page 1: O STEC - O GUARDIÃO DA CGD E DOS SEUS TRABALHADORES · [ 6 ] R. do Bolhão, nº 85 - 4º Dto, 4000-112 PORTOSituação do Grupo CGD, Instabilidade das várias Administrações, Comissões

1STEC – Balanço do mandaTo 2014 / 2018

ABRIL 2018

BOLETIM INFORMATIVO 36EDIÇÃO ESPECIAL

"STEC -O GUARDIÃO DA CGD E DOS SEUS TRABALHADORES"

EdiçãoEspecial

Balanço do mandato

2014 / 2018

Pedro messias

Entrevistas

João lopes

Page 2: O STEC - O GUARDIÃO DA CGD E DOS SEUS TRABALHADORES · [ 6 ] R. do Bolhão, nº 85 - 4º Dto, 4000-112 PORTOSituação do Grupo CGD, Instabilidade das várias Administrações, Comissões

2STEC | CaIXa aBERTa nº 36 - EdIçÃo ESPECIal | aBRIl 2018

[ 2 ] STEC - Balanço do mandato 2014 / 2018.

[ 3 ] STEC - O Guardião da CGD e dos seus Trabalhadores.

Novas instalações da Delegação de Coimbra.

[ 4 ] Contratação Coletiva - Salários, Carreiras, Anuidades e Subsídio de Nascimento.

[ 5 ] Corte no Subsídio de Almoço.

Cortes nas Pensões.

Tabela Salarial e Cláusulas de Expressão Pecuniária.

[ 6 ] Situação do Grupo CGD, Instabilidade das várias Administrações, Comissões de Inquérito à CGD.

Audição do Presidente do STEC na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças.

[ 7 ] Programa de Recapitalização da Caixa, Programa de Reformas Antecipadas, Programa de Revogações por Mútuo Acordo.

Reuniões de Delegados Sindicais, Manifestações e Ações de Protesto.

[ 8 ] Entrevista - João Lopes - Presidente da Direção do STEC

[ 9 ] Entrevista - Pedro Messias - Vice-Presidente da Direção do STEC

[ 11 ] Campanha contra o Assédio Moral

[ 12 ] Jornadas Sindicais I e II

Formação

Apoios sociais

[ 13 ] Tempos Livres

[ 14 ] Evolução do STEC de 2014 a 2017

[ 15 ] Análise da distribuição dos Sócios do STEC em 31 de Dezembro de 2017

STEC balanço do mandato 2014 / 2018

índice

Foi um período difícil, marcado por inúmeros ataques aos direitos dos trabalhadores em geral e particularmente aos trabalhadores da Função Pública e das Empresas do Setor Empresarial do Estado onde o Grupo CGD está integrado.

Os cortes e a estagnação salarial e da carreira foi uma realidade constante, levando ao empobrecimento dos trabalhadores, ano após ano. Só em 2017 foram desconge-ladas as promoções embora sem contar os 4 anos (2013-2016).

A instabilidade de sucessivas administrações, os prejuízos da CGD, o Plano de Re-capitalização, a Reestruturação, o encerramento de balcões, a redução do número de trabalhadores, as reformas antecipadas e as revogações, as pressões, o assédio, marcaram este período e instalaram o medo nos trabalhadores.

A ação do STEC foi sempre de combate a estas adversidades, em várias frentes, pela via do diálogo, pela via jurídica, com ações de protesto e concentrações e com reivindicações.

Perante tudo isto, o STEC é a força cada vez mais necessária na defesa dos Traba-lhadores!

O STEC ESTÁ VIVO E ATIVO!

Sede STEC - LISBOA Largo Machado de Assis, Lote-A, 1700-116 LISBOAtel 21 845 4970/1 - móv 93 859 0888, 91 849 6124

fax 21 845 4972

Delegação STEC - PORTOR. do Bolhão, nº 85 - 4º Dto, 4000-112 PORTO

tel 22 338 9076, 22 338 9128fax 22 338 9348

Delegação STEC - COIMBRAR. do Carmo, nº 54 - 5º AA, 3000-098 COIMBRA

tel 23 982 7686, 23 982 8554fax 23 982 6802

www.stec.pt [email protected]

Boletim Informativo Caixa Aberta Nº 36 - Edição EspecialAbril de 2018

Periodicidade: Trimestral - Tiragem: 6500 ExemplaresDirecção e Redacção: Departamento de Comunicação do STEC

Concepção Gráfica: Hardfolio - Impressão: Ligrate - Atelier Gráfico, Lda.

caixa aberta nº 36- abril 2018

neste número pretende-se lembrar as dificuldades por que passámos e o trabalho desenvolvido durante estes quatro anos de mandato da atual direção.

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3STEC – Balanço do mandaTo 2014 / 2018

O que é o STEC atualmente?É muito mais do que um conjunto de cerca de 5.300 sócios.É um sindicato que está sempre próximo dos sócios e que os defende.É uma organização idónea, prestigiada, e reconhecida interna e externamente,pelos Trabalhadores em primeiro lugar,pela CGD e pelas Empresas do Grupo, mas também pela Comunicação Social, pela Assembleia da República, pelo Secretário de Estado das Finanças e até por sindicatos nos países onde a CGD está presente.É um sindicato reivindicativo, responsável e interveniente na defesa dos direitos dos trabalhadores.É um interlocutor sério e construtivo, que privilegia o diálogo,mas que não foge à luta sempre que é necessário.É uma organização estável, financeiramente sólida e com um património invejável.Temos orgulho em ser STEC!

STECo Guardião da CGD e dos seus Trabalhadores

Novas instalações daDelegação de Coimbra

Em 2016 foram adquiridas novas instalações para a Delega-ção do STEC em Coimbra, um espaço com condições dignas e adequadas à atividade do sindicato.

Foi um bom investimento para o sindicato, tal como já tinha acontecido com a Delegação do Porto e a Sede em Lisboa.

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4STEC | CaIXa aBERTa nº 36 - EdIçÃo ESPECIal | aBRIl 2018

Com o Fim do programa de ajustamen-to e da presença da troika em Portugal em 2014, o STEC decidiu que era a al-tura certa para virar a página e voltar à normalidade. Apresentámos à CGD uma proposta de revisão do Acordo de Em-presa, a que se seguiu outra proposta de revisão do Acordo Coletivo de Trabalho das Empresas do Grupo. Em resulta-do das negociações foram publicados no início de 2016 os novos Acordos da CGD e das Empresas e foi subscrito um protocolo de compromisso de revi-são salarial, logo que terminassem os constrangimentos impostos pelo Or-çamento de Estado.

No Acordo de Empresa com a CGD, o STEC conseguiu instituir o subsídio ao nascimento no valor de 750€ e as anui-dades nos primeiros quatro anos de carreira (só existiam a partir da primei-ra diuturnidade), e conseguiu também manter as promoções por antiguidade (já retiradas no ACTV da Banca), fican-do, no entanto, dependentes de 50% de avaliações positivas nos anos de perma-nência no nível.

No Acordo Coletivo das Empresas do Grupo CGD, o STEC conseguiu intro-duzir as anuidades que não existiam e também o subsídio de nascimento, ambos com igual valor ao da CGD.

Contratação Coletiva – Salários, Carreiras,Anuidades e Subsídio de Nascimento

O período deste mandato da Direção que decorreu entre 2014 e 2018 foi marcado por grandes dificuldades para os traba-lhadores do Grupo CGD, com os pri-meiros dois anos com cortes salariais (apesar da reversão), que só em mea-dos de 2015 vieram a ser considerados inconstitucionais e a terminar a partir daí, mas sem efeitos retroativos.

Com o novo Governo saído das eleições, terminou o brutal aumento de impostos decretado pelo governo e a troika, no-meadamente a sobretaxa extraordiná-ria de IRS. As carreiras mantiveram-se congeladas até à publicação do Orça-mento de Estado para 2017, mas a Ad-ministração da Caixa, até hoje, recusa-se a contar os 4 anos (2013-2016) para efeitos de promoções.

Perante a intransigência da Caixa, após inúmeras reuniões, a Direção do STEC colocou ações em Tribunal sobre estas matérias. Primeiro sobre os cortes sa-lariais e congelamento das carreiras e, mais recentemente, sobre o apagamen-to dos 4 anos da carreira.

Várias ações de protesto sobre estas matérias foram realizadas por dirigen-tes, membros do Conselho Nacional, De-legados Sindicais e reformados, durante estes quatro anos.

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5STEC – Balanço do mandaTo 2014 / 2018

Os reformados da CGD viram as suas pensões cortadas durante todo o período de intervenção da Troika até 2015, não tendo qualquer reversão desse corte. Só com a deci-são do Tribunal Constitucional em 2015 os cortes foram reti-rados. Posteriormente, e já com o Governo atual, verificou-se a retirada progressiva ao longo do ano de 2016 da sobretaxa extraordinária de IRS.

Todas as iniciativas e ações de protesto realizadas pelo STEC sobre os cortes e o congelamento de salários abran-geram também os reformados e tiveram o apoio e a partici-pação destes, já que as reformas dos trabalhadores da CGD estão indexadas aos vencimentos dos ativos.

Tabela Salarial eCláusulas de Expressão Pecuniária

Terminados os constrangimentos através do Orçamento de Estado para 2017, a Direção do STEC apresentou em fe-vereiro e depois novamente em março uma proposta de revisão salarial para 2017 e 2018. Depois de várias iniciati-vas e formas de pressão sem resultado, a Direção, em junho de 2017 recorreu à Conciliação no Ministério do Trabalho, onde só após três reuniões e já depois do STEC apresen-tar a reformulação da sua proposta para 2018, a Caixa se viu finalmente obrigada a responder na reunião de 20 de março de 2018.A proposta apresentada de 0,35% de aumento é clara-mente insuficiente e denota uma insensibilidade social gritante, apesar de a Caixa manifestar abertura para a ne-gociação.

Os trabalhadores estão há 8 anos sem aumento salarial, viram reduzido o subsídio de almoço, e foram-lhes retira-dos 4 anos à carreira.

O STEC lutará, por todos os meios, para conseguir um aumento salarial que reponha algum do poder de compra perdido desde 2010.

Corte no Subsídio de Almoço

Cortes nas Pensões

Logo no início de 2017, uma das primeiras medidas da atu-al Administração foi a de alterar a forma de pagamento do subsídio de almoço, de mensal (nos 12 meses do ano, retirando os dias de falta, uma prática de há cerca de 40 anos), para o pagamento diário estritamente por dia de tra-balho, retirando assim, além das faltas, os dias de férias. A Direção, depois da tentativa infrutífera de reverter esta al-teração pela via do diálogo, interpôs ações em Tribunal (Administrativo e do Trabalho) que ainda decorrem, tendo o STEC ganho no Tribunal da Relação a ação relativa aos trabalhadores com contrato individual de trabalho. Esta não é ainda uma decisão final, pois a Caixa poderá ain-da recorrer.

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6STEC | CaIXa aBERTa nº 36 - EdIçÃo ESPECIal | aBRIl 2018

Situação do Grupo CGD,Instabilidade das várias Administrações,Comissões de Inquérito à CGD.

Audição do Presidente do STECna Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças

Simultaneamente com todas estas ações de retirada de direi-tos, os trabalhadores viram-se confrontados com uma situa-ção de grande instabilidade na empresa, com ataques diá-rios na Comunicação Social e na Assembleia da República, através das Comissões de Inquérito criadas. As alterações sucessivas na Administração levaram a que, durante alguns períodos a CGD estivesse praticamente em autogestão, tendo os trabalhadores dado a cara, junto dos clientes em defesa da Instituição e da sua imagem.

A situação a que a CGD chegou decorreu de má gestão das várias Administrações anteriores, de créditos de milhares de milhões de euros mal concedidos. Mas os efeitos das impa-ridades, decorrentes dessa má gestão, não recaíram sobre os gestores, mas sim, sobre os trabalhadores e sobre os contribuintes.

A audição parlamentar do presidente da Direção do STEC, João Lopes, na Comissão Parlamentar de Orçamento e Fi-nanças da Assembleia da República em 8 de março de 2018, solicitada por esta comissão, após aprovação unânime de to-dos os grupos parlamentares, é uma prova do prestígio des-te sindicato. Esta audição foi divulgada através do site do STEC.

O STEC interveio nesta matéria, através de reuniões com o Secretário de Estado do Tesouro e com os Grupos Parlamen-tares, com a denúncia na comunicação social, com panos co-locados frente à sede da CGD e em ações de protesto. Com estas iniciativas, o STEC granjeou um prestígio junto dos vá-rios órgãos de comunicação e dos grupos parlamentares pelo conhecimento manifestado sobre o funcionamento e os pro-blemas da CGD.

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7STEC – Balanço do mandaTo 2014 / 2018

Programa de Recapitalização da Caixa,Programa de Reformas Antecipadas,Programa de Revogações por Mútuo Acordo.

Reuniões de Delegados Sindicais,Manifestações e Ações de Protesto.

Com o Programa de Recapitalização da Caixa veio o encerramento de balcões e a reestruturação de serviços, e com eles as transferências e a redução do núme-ro de trabalhadores através de Refor-mas Antecipadas e Revogações por Mútuo Acordo.

Realizaram-se durante o mandato vá-rias reuniões de Delegados Sindi-cais, umas descentralizadas e outras nacionais, algumas terminando em concentrações de protesto junto à Sede da CGD.

Com esta Administração realizaram- -se também duas Ações de Protesto: uma junto ao MEO-Arena em Lisboa em 1 de abril de 2017 e outra jun-to ao Euro-Parque em Santa Maria da Feira em 3 de fevereiro de 2018, onde a Caixa realizou reuniões de Tra-balhadores a nível nacional.Todas estas Ações t iveram como objetivo protestar contra a falta de diálogo e de negociação, contra a austeridade e em defesa de au-mentos Salariais e das Pensões de Reforma.

O STEC participou também em outras manifestações com objetivos idênticos.

Sobre todas estas matérias a Direção do STEC promoveu Ações de protesto e desenvolveu várias iniciativas junto da Comunicação Social, junto do Se-cretário de Estado das Finanças e junto dos Grupos Parlamentares da Assem-bleia da República, sempre na defesa dos trabalhadores do Grupo CGD.

O STEC reuniu também com várias or-ganizações sindicais de Espanha e França procurando trocar informa-ções recíprocas e estabelecer laços de solidariedade perante a aplicação do Programa de Recapitalização da CGD que prevê a venda da presença da CGD naqueles países.

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8STEC | CaIXa aBERTa nº 36 - EdIçÃo ESPECIal | aBRIl 2018

Numa altura em que o mandato dos atuais Órgãos Sociais do STEC está prestes a terminar, qual o balanço destes últimos 4 anos?

JL/ Este mandato foi marcado por duas fases distintas – os dois primeiros anos, fo-ram a continuidade da situação de congelamento dos salários e das carreiras, com todas as consequências negativas que daí resultaram para a vida dos trabalhadores e aposentados da CGD. Foram mais dois anos de sacrifícios injustos e incompre-ensíveis, porque partiram da premissa absurda de considerarem os trabalhadores da Caixa como funcionários públicos. Os dois últimos anos já foram marcados pela aprovação do Orçamentos de Estado, que determinou o fim dos congelamentos até aí existentes, só que a Administração não o entendeu assim e o resto da história to-dos a sabemos – não aceita a contagem de 4 anos de efetivo serviço nem a atuali-zação salarial em 2017, respondendo à proposta salarial do STEC para 2018, com uma contraproposta de 0,35%, que nos abstemos de qualificar.

Como se pode caraterizar a situação dos trabalhadores da CGD, pelo facto de se encontrarem hoje divididos em dois regimes de pensões - Caixa Geral de Aposentações e Segurança Social?

JL/ Uma situação muito preocupante, pela desigualdade de condições que estabe-lece e pelo conflito geracional que daí resulta. Um dos segredos da cultura de so-lidariedade e entreajuda que na CGD sempre se cultivou, foi precisamente recusar choques intergeracionais entre os seus trabalhadores. Ora, é isso precisamente que está aqui em causa e que levanta legítimas preocupações quanto ao futuro. As pro-fundas desigualdades que atualmente existem, em termos de situação de doença e cálculo de pensão de reforma, entre aqueles que entraram para a CGD, antes ou após 1/1/2006, explicam estas apreensões.

Os dezasseis anos de vida do STEC, as dificuldades iniciais e a sua rápida afirmação como a principal organização sindical dos trabalhadores do Grupo CGD, que reflexão sugerem?

JL/ Essa questão conduz-nos de volta ao passado, aquele passado dos sonhos e da utopia em que nos lançámos nesta aventura, que foi levar a defesa da causa dos trabalhadores e da CGD ao limite, criando uma organização sindical específica e de raiz com esse grande objetivo. Hoje, olhando para trás, só podemos dizer que a aventura de ontem se tornou, muito rapidamente, numa bonita e gratificante realida-de. Esta constatação não nos faz esquecer os enormes obstáculos que nos criaram, as armadilhas que prepararam, as calúnias que lançaram. Apesar disso soubemos resistir e soubemos mostrar que a representação e a defesa dos trabalhadores do Grupo Caixa, só se poderá fazer com o STEC e nunca contra o STEC.

Num tempo em que os direitos dos trabalhadores são, praticamente todos os dias, afrontados e desvalorizados, como devemos encarar esta realidade?

JL/ É, infelizmente, uma das grandes preocupações com que os trabalhadores hoje se confrontam e é também a prova de que a luta de classes continua a existir, pese embora os “cantos de sereia” que nos querem fazer acreditar o contrário. A chama-da “concertação social” pode estar a servir para muita coisa, mas não para emanci-par, ou sequer para equilibrar os direitos de quem trabalha, face aos interesses do empregador. Não é por acaso que de há um tempo a esta parte, as administrações das empresas, tal como a da CGD, passaram a chamar «colaboradores» aos traba-lhadores! Ora isto não é uma mera questão de semântica… isto é intencional! Foi a

entrevista

João lopesPresidente da Direção do STEC

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9STEC – Balanço do mandaTo 2014 / 2018

forma que aqueles que detêm o poder encontraram, para levar os trabalhadores a interiorizar que são seus iguais e que já não precisam de reivindicar melhores con-dições de trabalho.

Quais as grandes questões que atualmente se colocam aos trabalhadores do Grupo CGD?

JL/ Em primeiro lugar, e porque sem empresas sólidas não há trabalhadores, preo-cupa-nos o futuro do Grupo CGD, a forma como se vai desenrolar o processo de re-estruturação nos próximos anos, a continuação do encerramento de balcões, a for-ma como vai ser feita a redução de trabalhadores, a defesa dos seus direitos e o seu acompanhamento por parte do Sindicato.

Destacar também o que é urgente: A valorização do trabalho, pelo aumento das re-munerações fixas; A redução do leque salarial, de forma a que as generosas remu-nerações dos altos quadros, não continuem a ser assegurados à custa dos baixos salários para os restantes trabalhadores; O conhecimento rigoroso das despesas que fazem parte da rubrica – Custos com o pessoal; A transparência das admissões de pessoal da CGD; O rigor a observar no processo de Avaliação de Desempenho, nomeadamente o cumprimento estrito das regras de reclamação; A tomada de me-didas que assegurem aos novos trabalhadores, uma situação de igualdade quando se confrontam com faltas por doença. A defesa intransigente dos Serviços Sociais da CGD e a garantia da sua dotação continuar a assegurar a sua existência e o seu funcionamento de sempre.

Como sócio número 1 do STEC, fundador e Presidente da Direção desde a sua constituição, que mensagem final gostarias de deixar a todos os sócios?

JL/ Em primeiro lugar, apelar a todos os sócios para que se envolvem na vida do seu sindicato. Esta instituição, que construímos a partir do nada, contra tudo e con-tra todos, é hoje uma entidade sólida, com um número de associados muito para além da média nacional de sindicalização, com um património invejável e uma saú-de financeira absolutamente intocável. Ainda há poucos dias o relatório e contas de 2017 foi aprovado pelo Conselho Nacional, por esmagadora maioria, com uma úni-ca abstenção.

Somos uma entidade reconhecida pelo movimento sindical, com dirigentes respei-tados dentro e fora da Caixa. Talvez por isso o STEC seja para alguns uma pedra no sapato, um amargo de boca de inveja pela obra que construímos, num clima de grande unidade e respeito.

Digo isto porque, nos últimos dias, o STEC está a ser alvo de um ataque organizado por um grupo de pessoas que, a todo o custo, sem qualquer tipo de decência e re-correndo a métodos vergonhosos, alguns sob anonimato, pretendem pôr em causa a instituição que hoje somos.

Pergunta-se: quem de facto está por detrás destes ataques e com que objetivos?A quem interessa o enfraquecimento/destruição do STEC?À Administração; a outros sindicatos do setor?

Será que estes ataques sórdidos não encerram também um ataque velado aos nos-sos Serviços Sociais, destruindo o STEC para facilitar o caminho a uma desintegra-ção dos mesmos?

Que todos reflitam sobre isto e sobre o que está aqui em causa.

O STEC tem de continuar a ser o principal defensor e porta-voz dos trabalhadores do Grupo CGD.

Há que dizer NÃO ao aventureirismo e ao oportunismo, à calúnia e infâmia de quem não quer construir, mas apenas destruir!

A defesa da CGD e de todos os que aqui trabalham, assim o exige.

Esta instituição, que construímos a partir do nada, contra tudo e contra todos, é hoje uma entidade sólida, com um número de associados muito para além da média nacional de sindicalização, com um património invejável e uma saúde financeira absolutamente intocável.

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10STEC | CaIXa aBERTa nº 36 - EdIçÃo ESPECIal | aBRIl 2018

Estando a terminar este mandato, que balanço faz destes últimos 4 anos? O Presidente do STEC falou em dois momentos distintos. Concorda com esta separação?

PM/ Sim, foram dois momentos distintos. O antes e o depois do Orçamento de Es-tado de 2017.

Ainda sobre esses momentos, penso que será igualmente de destacar a intensa ati-vidade desta Direção durante o ano de 2016, desdobrando-se em contatos junto do Governo e de todos os Grupos Parlamentares.

Como todos por certo se recordarão, foram momentos de grande intensidade e nada agradáveis: os trabalhadores a serem considerados funcionários públicos para efeitos de cortes e restrições diversas; a Administração em funções que, por estar de saída, não funcionava e por isso não tomava decisões; o folhetim da nova Admi-nistração que não tomava posse; e como se tudo isto não bastasse negociava-se a recapitalização da Caixa. Nesse "intervalo", se assim se pode dizer, a Caixa ser-via de arma de arremesso político com grave prejuízo para a sua imagem, estabili-dade e sustentação.

E quanto a este período penso que será de realçar o importante papel assumido pe-los trabalhadores da CGD, diria até fundamental, na defesa da Instituição e evitan-do o delapidar maior da empresa. Papel esse que provavelmente nunca será devi-damente reconhecido. Como, aliás, ainda hoje acontece.

Como encaras o futuro do STEC? Que rumo poderá tomar?

PM/ Bom, essa é uma pergunta aparentemente curta. Como princípio basilar o STEC deve continuar a praticar o que se apelida de “sindicalismo de proximidade”. Ir ao encontro dos sócios, falar com eles, e tentar sempre encontrar soluções ade-quadas para contratempos e problemas que sempre vão aparecendo. Aliás, penso que será importante saber-se que esta postura praticada pelo STEC tem criado na-tural curiosidade, quer de outros sindicatos quer também a nível académico.

Aos sócios cabe igualmente uma parte importante, que é interessarem-se mais pela vida sindical, com particular destaque aos mais jovens.

Os próximos anos, em que vai continuar o processo de reestruturação do Grupo CGD, não vão ser fáceis. O encerramento de balcões e a redução de trabalhadores vai continuar, certamente com reformas antecipadas e revogações. Cá estaremos para esclarecer e defender os trabalhadores das pressões e do assédio.

Penso também que a par disto, entraremos numa situação de maior normalidade, com negociação salarial anual. Já quanto à revisão dos Acordos de Contratação, prevêem-se dificuldades, face às intenções já várias vezes manifestadas pela Admi-nistração em querer retirar direitos. Cá estaremos, com o apoio dos trabalhadores, para defendê-los.

Na vertente comunicacional o STEC pensa que é possível fazer melhor. Temos de fazer melhor. De acordo com alguns estamos em plena "4ª revolução industrial", já outros dizem que esta fase não é sequência de nenhuma das revoluções anterio-res, antes a chegada de uma revolução em tudo diferente e por isso apelidada de "4.0".

entrevista

Pedro messiasVice-Presidente da Direção do STEC

Os próximos anos, em que vai continuar o processo de reestruturação do Grupo CGD, não vão ser fáceis.(...) Cá estaremos para esclarecer e defender os trabalhadores das pressões e do assédio.

Page 11: O STEC - O GUARDIÃO DA CGD E DOS SEUS TRABALHADORES · [ 6 ] R. do Bolhão, nº 85 - 4º Dto, 4000-112 PORTOSituação do Grupo CGD, Instabilidade das várias Administrações, Comissões

11STEC – Balanço do mandaTo 2014 / 2018

E porque um sindicato melhor precisa da participação ativa e eficaz dos e com os seus associados, estamos a estudar a implementação de uma aplicação para tele-móvel que permita uma comunicação mais direta entre o sócio e STEC e vice-versa, com diversas funcionalidades adicionais, tais como registo de sugestões, questio-nários, informação de protocolos, participação em grupos de interesse, pedidos de apoio social e de declarações consulta de eventos, alertas, enfim toda uma panó-plia de funções que permita uma interação ainda mais eficaz. Não vai ser fácil, mas se fosse fácil não tinha piada.

Tudo isto sem naturalmente descontinuar todas as vias de comunicação já existentes.

Ainda quanto a inovações e apoios aos mais novos, o STEC tem procurado o “dois em um”: inovar e ir ao seu encontro deste grupo de associados. Dou como exemplo a introdução do subsídio de nascimento e das anuidades até aos 4 anos de servi-ço, que foram introduzidos em 2016 no Acordo de Empresa com a CGD e no Acor-do Coletivo de Trabalho com as Empresas do Grupo (neste caso todas as anuida-des, que não existiam).

Mas não estamos ainda satisfeitos com o alcançado. Fruto da (grande) diferencia-ção de regimes de Segurança Social existentes na Empresa, e à insensibilidade até aqui demonstrada pelas sucessivas Administrações, nomeadamente no apoio na doença, o STEC tem vindo a preparar um sistema que de alguma forma procure mi-norar essa diferenciação. Neste caso, temos um trabalho já bastante desenvolvido contamos muito em breve dar notícias sobre esta matéria. Não será ainda o ideal, serão passos cautelosos, mas que pretendemos seguros.

De uma forma geral, o STEC deverá manter aquilo que caracteriza esta estrutura de trabalhadores: a sua independência, face à Administração, face aos partidos políti-cos, realizando um trabalho de unidade de todos sempre em defesa dos Trabalha-dores do Grupo CGD.

Campanha contra o Assédio MoralO STEC desenvolveu esta campanha em dois momentos, primeiro em 2015, di-vulgando um Guia e uma brochura pro-movidos pela Comissão de Igualdade da CGTP e, depois em 2017 e também em 2018 foi dada continuidade à campanha contra o Assédio Moral com a emissão de um cartaz, uma nova brochura e o pri-meiro número do Jornal Satírico de ban-da desenhada “The Box”.

Este tema foi também tratado em vá-rios comunicados. Neste período, e de-corrente destas campanhas, foi efetuado acompanhamento pré-contencioso de vários sócios e intervenção junto da Cai-xa, com o objetivo de resolver as situa-ções que nos foram denunciadas.

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12STEC | CaIXa aBERTa nº 36 - EdIçÃo ESPECIal | aBRIl 2018

Fruto do trabalho de informação e alerta junto dos sócios nas visitas aos locais de trabalho, temos verificado um sucessivo aumento de pedidos de aplicação destas medidas.

No período de 2014 a 2017 o número de sócios que beneficiaram dos apoios sociais foi de 1356, distribuídos da seguinte forma:

Próteses Oculares: 903 sócios – 15.887,85€ Próteses Auditivas: 10 sócios – 1.180,00€ Apoio ao Nascimento: 443 sócios – 91.200,00€

Jornadas Sindicais I e II

Apoios sociais

Formação

Realizaram-se em março de 2015 as I Jornadas Sindicais, sobre Legislação La-boral e Importância e Papel do Delegado Sindical onde participaram um total de 97 Delegados, divididos em 5 sessões, tendo sido realizadas duas sessões em Lisboa e Porto e uma sessão no Algarve.

Em maio de 2016 realizaram-se as II jornadas sindicais, centradas nos temas Acor-do de Empresa/IRCTs e Assédio Moral, abrangendo cerca de 120 delegados sindi-cais que se distribuíram em 6 sessões - em Lisboa, Algarve, Coimbra e Porto.

Durante o mandato realizaram-se algumas ações de formação nas instalações do STEC, nomeadamente sobre os seguintes temas:Workshop de Métodos e Técnicas de Estudo;Workshop de Fotografia - Tratamento de Imagens;Arte de Falar em Público;Língua Inglesa – Atendimento.Workshop em “Primeiros socorros”, realizados em Coimbra, Porto, Lisboa e Guarda.A Direção divulgou também as Ações promovidas pelo Inovinter com quem temos protocolo estabelecido e nas quais participaram alguns familiares e asso-ciados do STEC.

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13STEC – Balanço do mandaTo 2014 / 2018

Tempos LivresNa área dos Tempos Livres realizaram-se passeios diversifica-dos, de carater cultural ou de simples convívio e diversão, com destaque para os Peddy-Papers que terminaram em confrater-nização nas instalações do STEC em Lisboa, no Porto e em Coimbra.

Os concursos de Fotografia e os passeios fotográficos, reali-zados em cada ano, continuaram a ter grande adesão.Um dia em Tormes - Visita ao Museu de Eça de QueirozDescida de Canoagem no MondegoPeddy-Papers no Porto em Coimbra e em LisboaPasseio de Hippo Trip “Explorar Lisboa por terra e rio”Caminhada pelos Passadiços do PaivaPasseios Fotográficos: a Montesinho, por Terras da Idanha, no Alto Douro Vinhateiro, ao Baixo Alentejo.

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14STEC | CaIXa aBERTa nº 36 - EdIçÃo ESPECIal | aBRIl 2018

Evolução do STEC de 2014 a 2017Para uma melhor compreensão da evolução do STEC neste mandato, apresenta-mos aqui uma análise às novas admissões de sócios nos últimos quatro anos:

A redução de trabalhadores no Grupo CGD teve também efeitos nos Delegados Sin-dicais do STEC. Um número significativo de Delegados, passaram à situação de re-forma e outros foram transferidos, com o encerramento de balcões e a reestrutura-ção dos serviços. Assim, a rede de Delegados Sindicais reduziu, contando com 210 Delegados Sindicais no final de 2017.

Total de novos Sóciosnovos Sócios da CGdnovos Sócios das Empresas do GrupoCGd

distribuição dos novos sócios

43,00%42,50%42,00%41,50%41,00%40,50%40,00%39,50%39,00%38,50%38,00%

2014

2015

2017

2016

variação da percentagemde sindicalização do stec

180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

2014

2015

2017

2016

Apesar das grandes dificuldades económicas, que são, na esmagadora maioria dos casos, a razão invocada para a saída de associados, o STEC conseguiu angariar novos sócios, mantendo sensivelmente o número de associados. Há ainda a realçar que tendo reduzido o número de trabalhadores, ao manter o número de sócios, o STEC tem vindo sempre, nos últimos anos, a subir a percentagem de sindicalização, sendo atualmente de 42,76%.

Percentagem de Sindicalização no STECPercentagem de Sindicalização em outros Sindicatos

variação dos sindicalizadosstec / outros sindicatos

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0

2014

2015

2017

2016

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15STEC – Balanço do mandaTo 2014 / 2018

Análise da distribuição dos Sócios do STECem 31 de Dezembro de 2017

No período de 2014 a 2017, muitos sócios passaram à situação de reforma e pré-reforma, e outros saíram por rescisão, o que motivou uma descida de 77,89% para 69,6% a percentagem de sócios trabalhadores no ativo.

Quanto à distribuição dos sócios por Zona Sindical, manteve-se sensivelmente a percentagem de sócios em cada uma das zonas sindicais.

Relativamente à distribuição por faixa etária, registou--se uma redução, de 1,58%, de sócios com idade in-ferior a 35 anos, comparativamente com a mesma dis-tribuição no ano de 2013, o que reflete o facto de não haver admissão de novos trabalhadores.

distribuição dos sóciospor situação

distribuição dos sóciospor zona sindicalsede e delegações

distribuição dos sóciospor sexo

distribuição dos sóciospor faixa etária

69,60 %

45,65 % 86,49 %

50,06 %21,85 %

13,51 %

15,14 %

8,55 % 34,80 %

54,35 %

Quanto à distribuição por sexo aumentou 2% a percen-tagem de mulheres registando 54.35%.

Desta análise podemos concluir que a distribuição dos nossos associados reflete, de forma muito aproximada, a realidade dos trabalhadores do Grupo CGD, em to-dos os aspetos.

activosPré-Reformadosaposentados

Homensmulheres

<= 35 anos> 35 anos

lisboaPortoCoimbra

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