novas mídias e o jornalismo social: apontamentos acerca da ... · acesso, divulgação, difusão e...
TRANSCRIPT
7º Encontro Paulista de Professores de Jornalismo Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Bauru 20 e 21 de maio de 2016
1
Novas mídias e o Jornalismo Social: apontamentos acerca da cobertura noticiosa dos protestos de 20131
Bibiana Alcântara GARRIDO2
(Unesp, Bauru, São Paulo) Antônio Francisco MAGNONI3
(Unesp, Bauru, São Paulo)
Resumo Este breve resumo trata da pesquisa de iniciação científica “Novos Meios de Comunicação e a Emergência do Jornalismo Social: uma análise da mídia noticiosa em rede” que estudou a cobertura noticiosa dos protestos de 2013 pela redução da tarifa do
transporte público. O interesse principal da pesquisa se concentrou na observação das iniciativas contra-hegemônicas e na comparação do conteúdo jornalístico das mídias consideradas “tradicional” e “alternativa” no Brasil. Palavras-chave Jornalismo Social; Mídia radical e alternativa; Ciberjornalismo independente;
Objetivos
A pesquisa de iniciação científica teve como finalidade comparar o tratamento
informativo dado pela mídia tradicional, nos moldes do coronelismo eletrônico
destacado por Lima (2011), e a mídia alternativa, que se contrapõe ao pensamento
dominante (DOWNING, 2002). Como objetivo complementar, foram propostas
concepções iniciais de um jornalismo social que coloca-se como alternativa ao contexto
atual da comunicação hegemônica, aos seus oligopólios e monopólios informativos,
uma modalidade que adquiriu força com as novas mídias digitais pela facilidade de
acesso, divulgação, difusão e baixo custo para a produção e difusão.
1 Trabalho apresentado no GP3 - Pesquisa na Graduação, do 7° Encontro Paulista de Professores de Jornalismo, realizado na Unesp, Bauru, em 20 e 21 de maio de 2016. 2 Jornalista, mestranda em Comunicação Midiática pelo Programa de Pós-Graduação da Faac-Unesp. E-mail: [email protected] 3 Jornalista, docente do Departamento de Comunicação Social da Faac-Unesp. E-mail: [email protected]
7º Encontro Paulista de Professores de Jornalismo Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Bauru 20 e 21 de maio de 2016
2
Metodologia
Análise qualitativa das notícias e reportagens publicadas no período de julho a
setembro de 2013, nos sites dos veículos selecionados: Folha de S. Paulo, O Estado de
S. Paulo, Veja, Brasil de Fato, Caros Amigos, Fórum e Outras Palavras. Foram
selecionadas em média, 12 notícias em cada veículo e analisadas por comparação de
linguagem textual e verbal. Para complementar a pesquisa, foram realizadas entrevistas
em profundidade com jornalistas que atuam em diversos veículos independentes.
Resultados
Nos protestos de 2013, a presença dos novos veículos jornalísticos foi de
tamanha importância, pois impulsionaram a mobilização e o pluralismo do movimento.
Foi pela rede, que pela primeira vez o direito conectivo (CANCLINI, 2007) do cidadão
médio se manifestou, devido a possibilidade de acesso às diferentes fontes de
informação, que permitiram questionar a mídia hegemônica que, como apontado pela
pesquisa, muitas vezes tratou do tema dos protestos de maneira tendenciosa. O
jornalismo social em rede é uma modalidade informativa crescente no Brasil, embora
ainda enfrente muitos desafios para se firmar como um modelo regular e profissional.
Para desenvolvimento perene da atividade em grandes, médias e pequenas cidades, é
preciso encontrar formas definitivas de sustentação econômica, que venham de fontes
independentes e interessadas na manutenção do jornalismo social e verdadeiramente
plural e democrático.
Referências
CANCLINI, Nestor García. Diferentes, desiguais e desconectados: mapas da interculturalidade. Tradução Luiz Sérgio Henriques – 2. Ed. – Rio de Janeiro : Editora UFRJ, 2007. DOWNING, John D. H. Mídia Radical: rebeldia nas comunicações e movimentos sociais. São Paulo: SENAC São Paulo, 2002. LIMA, V. A. de. Grande mídia vs. nova mídia na política brasileira. In: Regulação das comunicações: história, poder e direitos. São Paulo: Paulus, 2011, p. 149171.