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Nova Escola news Nova Escola news Entrevistas: – Valen.NSK Crew Porto Alegre/Rs. – Ygual. - Curitiba/ PR. – Kico.Nsk sobre sua trip para São Paulo/Sp! – Jotapê . Pax Crew Porto Alegre/Rs. Sessões Bombs. Black book. Painéis. Tattos: As mais loucas tattos.

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Nova Escola news

Nova Escola news

Entrevistas: – Valen.NSK Crew Porto Alegre/Rs.– Ygual. - Curitiba/PR. – Kico.Nsk sobre sua trip para São Paulo/Sp! – Jotapê . Pax Crew Porto Alegre/Rs.

Sessões Bombs.Black book.Painéis.

Tattos:As mais loucas tattos.

Editorial:Aligendi omnis aut quatior restiusam harchil lecabor molorem il eum quis moluptae mi, officipit, undit, ut autem fuga. Magnati aeperer ibusam in pedite eum re doloresti ommo cus, nient dolupta ssimolo restotatem quame perum quas quam int ium nul-lent aut optias ape rehenti aborem la vendis dolorer iberferum eosam ider-ciat.Met es magnam essunt, quamus ex et venis eossint pellupid minitati num repudia voluptia volupta con con com-niet uresto vollab inctur, torae sitasit

Aligendi omnis aut quatior restiusam harchil lecabor molorem il eum quis moluptae mi, officipit, undit, ut autem fuga. Magnati aeperer ibusam in pedite eum re doloresti ommo cus, nient dolupta ssimolo restotatem quame perum quas quam int ium nul-lent aut optias ape rehenti aborem la vendis dolorer iberferum eosam ider-ciat.Met es magnam essunt, quamus ex et venis eossint pellupid minitati num repudia voluptia volupta con con com-niet uresto vollab inctur, torae sitasit

Índice:

Entrevista com Valen Nsk. pag.6

Entrevista com Ygual Cmr. pag.10

Entrevista com Kicow Nsk. pag.14

Entrevista com Jotape Pax. pag.16

Tattos. pag. 19

Painéis. pag. 22

Black book. pag. 24

Valen Nsk.

Nome: Andres Stephanou

Idade: 16 anos

Tempo que pinta: 2 anos

Coletivo/crew: Nsk/2sd

Flickr/Fotolog/blog:

www.fotolog.com/valenart

www.flickr.com/andresvalen

Como e onde você começou a fazer graffiti?

Desde sempre tive interesse por desenhos. Na época que eu era fascinado por carros, o que me envolvia eles, era o desen-ho. O graffiti foi uma evolução de tudo isso. Comecei a me in-teressar pelas pixacões, e com a internet, tudo ocorre mais rapido. Comecei a pesquisar mais e se tornou o que é hoje.

Porque voce faz graffiti e oque você ganha fazendo isso? Faço graffiti porque é o que me mantem feliz. É algo que só quem pinta sabe explicar, a realização de fazer um trampo na rua e depois passar por ele é algo inexplicável. Não ganho nada, nunca ganhei na ver-dade, nunca fiz um graffiti co-mercial remunerado, mas acho que as amizades e os conhe-cimentos que tu adquire sobre convivencia, sao coisas que dinheiro nenhum compraria.

Qual a importâcia da velha es-cola do graffiti para você? Dou valor total à velha escola. Acho que um graffiteiro não é apenas trampo na rua, mas sim conhecimento. Se tu ta fazen-do algo, é porque teve alguém que deu inicio a isso, então, é preciso que tenhamos conheci-mento da velha escola.

Após alguns meses pintando na rua você entrou para a NSK Crew. Conte como isso ocorreu e por que.

Bom, como todos, fui aquele gur-izinho chato da internet, adicio-nava todo mundo em tudo quan-to era coisa hahaha, até que um dia, o Holie e o Kico vieram fazer um role aqui perto de casa, e de-cidiram me chamar. Depois dis-so, comecei a pintar direto com eles, e como o time estava

pequeno, na epoca eram só elesmesmos, decidiram me convidar pra participar do coletivo, acred-itando no meu potencial. Agra-deco demais, acho que se nao fosse esse convite, talvez eu nao estivesse nem pintando mais.

E a 2SD?Isso veio com o tempo. Nao temos o hábito de fazer graf-fiti NSK, e um dos objetivos da criacao do 2SD, era fazer justamente isso, formando com o time da NSK que era da zona sul, expalhar o 2SD em si. Hoje ja perdeu o ritmo de fazer isso, mas todos seguem assinando a sigla nos graf-fitis.

Normalmente você pinta pai-néis junto com sua crew. Como rola o contato com outros es-critores, por exemplo, os que já estão há mais anos que você em atividade?

Po é sempre muito legal. Gosto muito de pintar com pessoas novas, ainda mais quando pos-suem certa experiencia pra me repassar, é gratificante.

Qual sua opinião sobre o graffi-ti autorizado e o graffiti ilegal? Sou a favor dos dois, porem, um respeitando o outro. Graffiti legal eh pra quando tu ta com os amigos, que tira um, dois dias, pra se dedicar total ao muro. Ja o ilegal, eh pra quan-do tu queres algo mais rapido, adrenalina, só pra marcar mes-mo, sem muitos detalhes.

Como sua família encara o fato de você ir pra rua pintar? Minha mãe é grande incen-tivadora disso. Se não fosse por ela nao estaria pintando , mas rola sempre a velha preo-cupacao dela. O resto da fa-milia não ta nem ai.

De que forma você consegue material para pintar?

Agradeco por ter uma mãe que apoia, ela me da total estrutura para o graffiti. Às vezes rolam pinturas com material ‘’arrega-do’’, mas sao escassas.

Qual a maior dificuldade que voce enfrentou fazendo graffiti? Acho que é a minha idade. É raro tu ver alguem da minha idade ativo assim na rua, e muitas pessoas nao levam fé. Talvez seja por isso a minha extinção de trabalhos comer-ciais hahhaa. A ignorância das pessoas que passam na rua, e te chingam, ou te olham como se tu fosse algo abaixo, é bem ruim tambem.

Já vivenciou ou presenciou algu-ma história interessante fazendo graffiti na rua?Conte-nos. Vish, toda pintura tem alguma coisa acontecendo, engracada, ou séria. Tem uma que foi foda, que demonstrou o cumulo da ignorância de uma pessoa. Tava eu e o Holie nos preparando pra largar, o Caone ja tinha vazado. Esse muro é num beco gigantão, e o muro também era, mas no outro lado do beco tinha um

outro muro, mas coberto por plantas, a única coisa que se salvava era uma portinha de fer-ro, pequena. O Caone acabou o trampo, e inventou de pintar um urso ali. Tranquilo foi embora e ficou eu e o Holie ali. Escureceu, colocando a tag, chega um cara completamente descontrolado me pegando pelo braço e man-dando apagar a tal porta. Avisei que aquilo não tinha sido feito por mim, e o cara que tinha feito já tinha vazado.

O maluco começou a pegar a escada e tocar no chão, e isso se repetiu umas 5 vezes, até que ele pegou meu boné e uma lata do Holie, no meio de isso tudo, o maluco tava simples-mente descontrolado. Nisso, o maluco ia pedindo pra nós bat-ermos nele, hahahahah. Disse que só ia entregar as paradas se a gente apagasse. Ou seja, algo meio impossível. O Holie já começou a me pilhar pra dar a fuga de canto, mas eu queria o boné. Até que 20 minutos passados, já havia ligado pro Caone vir apagar a parada, porque nós não tinhamos tinta prata pra pintar. O Caone demorou uns 20 minutos, e no meio desse tempo, era a indecisão do Ho-lie pilhando: ”vamo valen, olha ali meu, vamo ninguem ta ven-do, eh so sair de fininho, vamo meu”, mas eu iria perder meu boné. O caone chegou, pintou a porta, ficou novinha. O dono, orgulhosamente, não ficou satisfeito, mas deixou as-sim e entregou as paradas. No fim ele ainda falou ”Marquei bem a cara de voces, se ten-tarem fazer algo com a minha familia, vou lembrar direitinho”. hahaha, na hora o pavor pegou, porque o maluco falou que era promotor, e queria dar algum motivo pra nos agredir ele e dai foder, mas depois que a gente entro no carro, passado o pavor, foi engracado. hahaha depois ainda colou o Athos, Kico e o Milindro. hahahahha foi foda.

O fato de o grafiteiro ganhar espaço em galerias de artes, qual sua opinião sobre?

Acho que muita gente critíca, mas não vai ser essa pessoa que critica que vai pagar tuas contas no final do mês. Não falo por mim, ate porque nao posso reclamar disso, mas vejo acontecendo com muita gente isso. Mas acho que o cara nao pode se vender extremamente pra galeria, da mesma forma

que o trabalho dele foi pra galeria, ele tem que continuar representando nas ruas.

Defina seu trabalho e o que você quer passar ao fazê-lo na rua? Tento passar sempre uma que-bra de visual na cidade. Iden-tifico muito meu trabalho com a variacao de cores vivas. Gosto quando a pessoa passa, causa um espanto, mas um es-panto bom, de nao esperar por aquilo, mas acabar gostando.

De o seu recado para a galera:Agradeço a minha mãe,a gal-era que ta junto comigo. Sou um exemplo de que a idade nao importa e que com dedicação e esforco, tudo é possivel. É ne-cessário percorrer todo um ci-clo, desenhar bastante, adquirir conhecimento, pra depois partir pra rua. E o reconhecimento, vem com o tempo, nunca adqui-ri nada de significante no graf-fiti, mas aos poucos as coisas vêm tudo com seu tempo.

Ygual. Cmr. Nome: Caio

Idade: 17

Tempo que pinta: Desde os primórdios, 5 anos.

Coletivo/crew: CMR!

Flickr/Fotolog/blog: www.fotolog.com/ygual

Como e onde você começou a fazer graffiti?Comecei como a maioria, riscando folha de caderno, vendo muito trampo na cidade, olhando pra tudo que era lugar, até tomar coragem e ir com-prar a primeira lata de spray e roubar um látex que tinha sido usado na pintura de casa!Os primeiros foram por perto de casa, sempre saia com um amigo de colégio meu, fazendo tag reto contornado, estilo grapixo, só que bem mal feito.

Porque você faz graffiti e o que você ganha fazendo isso?

Faço única e exclusivamente por amor e por amizades, além é claro do vandalismo e da adrenalina, a parada pulsa, não consigo ficar sem pintar, nunca ganhei porra nenhuma com isso, e só gastei na real!Por que ‘’Ygual’’?Cara, pra ser diferente, ironia né? (risos).

Qual a importância da velha es-cola do graffiti para você?

VIXEEE, sem comentários, hoje é tudo mais fácil, tudo é di-vulgável, material bom de fácil acesso, na antiga os caras eram raçudo velho, era sem chorume-la, o bang dos caras era pesado e pronto,metiam as caras sem medo,e é claro,essa é a maior influencia que deixaram,pelo menos pra mim!

Sua pegada é o Throw-up. Tem como explicar esse gos-to pelo vômito?

Cara, o que curto do vômito é que atinge um grande público assim, com traços rápidos, le-tras mais simples, uso muitas cores fortes, porque porra,o povo ta cansado de ver merda de propaganda,cinza,prédio em cima de prédio,nós temos por dever acabar com essa mancha cinza,e já que as

pessoas vão ver,acho interes-sante que entendam e recon-heçam por onde passam.Qual sua opinião sobre o graf-fiti autorizado e o graffiti ile-gal?

Cara, tudo é massa.Eu SINCERAMENTE prefiro o ilegal, é instintivo, seila, não tem como explicar o que sinto, mas não desmereço o autorizado, acho da hora ver coisas blaster produzidas

também e aproveitar pra apre-nder um pouco e adaptar na correria do t-up ilegal.

De que forma você consegue material para pintar?Trampando! (risos)

Qual a maior dificuldade que você enfrentou fazendo graf-fiti?Ah, sempre envolvendo polici-ais, e vocês sabem muito bem do que eu to falando (risos).

Já vivenciou ou presenciou alguma história interessante fazendo graffiti na rua?Cara, já vi um cara morrer. Foi bem foda, usuário de crack, morreu na minha frente, e os caras que tavam com ele nem deram importância. Mas sem-pre rolam mais coisas engra-çadas do que tristes, tombo de maluco que tava pintando junto, tombo meu, porres, bri-gas, correriiiias, vixe,só quem vive isso sabe como é!

Já caiu (foi preso) alguma vez, ou algo parecido?

Já sim,de ir pra delegacia e tudo,apenas uma vez,em 2004,tinha 12 anos,nem sabia de nada,cai catando tag reto com um amigo!Mas enquadros dos malditos policiais, banhos de tinta roles de viatura, fugas e essas coi-sas as vezes rolam,mas só serve de escola pra da próxima vez não dar a mesma mancada!

O fato de o grafiteiro ganhar es-paço em galerias de artes, qual sua opinião sobre? O graffiti só é graffiti quando esta na RUA, se fujir disso não é graffiti. Pode ser bonito, bem feito,pode ser qualquer coisa,menos graffiti.E MALDI-TOS SEJAM OS FILHOS DA PUTA QUE USAM NOSSO NOME PRA ENCHER O RABO DE GRANA.

Defina seu trabalho e o que você quer passar ao fazê-lo na rua?

Cara, meu trabalho é objetivo e freqüente!Meu objetivo é fortalecer a cena, fazer ami-gos e pintar o maximo que conseguir!

Conte-nos seu ponto de vista sobre o respeito na rua e o atropelo.

O respeito se perdeu, nego pinta 3 trampos e acha que é o Jaspion do role ja!O negócio do atropelo tem que ser anali-sado, tipo, em minha opinião depende muito da intenção do cara que ‘atropelou’, se foi na maldade o cara merece surra de pau mole, mas se foi por não saber dos movimentos

da cena e tal,por ser novo,o cara só não pode repetir,mas merece uma chance de ar-rumar a merda que acaba de fazer!

Deixe aqui sua mensagem para a galera que está começando á fazer este tipo de trabalho nas ruas ou um simples desabafo!

Caras,pintem,a escola é a rua,ousem,pintem,pintem e pintem,façam o possível e o impossível pra unir a galera da sua área e destrua mano, sem-pre focado em evoluir, em ter material bom, e mete as caras, E HUMILDADE SEMPRE

Kicow Nsk.

Conten-nos como foi sua trip para São Paulo:K. Meu, foi loco, pra começa rolo uma turbulencia na ida, cheguei la ja vi que tava na cidade do pixo mesmo, dentro do aeroporto no estaciona-mento de motos ja tinha umas motos com adesivos de pixo, alem de ter ficado 4 horas no engarrafamento na marginal, ja pensei que a cidade era tudo o que me falavam mesmo, transito,pixação e o tiete que de fato fede.

Oque você achou da cidade?

K. cidade é linda, pelo menos pra mim que fui lá para ver isso mesmo, pixação e graffiti, meu é tudo riscado, predio portao de ferro, janela, orelhão enfim tudo mesmo e com diversos tipos de ferramenta, spray,rolo, canetão, giz de cera, vidro riscado com chave e mais vários.

Como foi a troca de idéias com os artistas paulistas?K. Foi da hora meu, embora eu só tenha tido mais contato com o Nick e o Icone, tem muita gente que pinta na cidade, os cara são muito sangue bom, o Nick tava sempre disposto pro role e o Icone tava na função de um concurso se pa, e meio que-brado de material, mesmo as-sim conseguimos fazer um role, o resto dos caras que eu tinha combinado role trabalhava du-rante a semana.

Sobre os trampos que viu lá:

K. Os trampos em São Paulo são foda, tem caracteristicas diferentes de Porto Alegre, são muitos bombs por toda a cidade , fora as pixações q realmente dominam por la, os lugares mais embaçados, daqueles que tu não sabe como os cara cheg-aram la mesmo, na marginal vi um pixo no meio de uma torre

muito alta, de forma que era muito alto pra escada ou ex-tensor, e tambem era muito no meio para ter sido feito de ca-beça para baixo mesmo usando um extensor.

Conseguiu pintar por lá? Se sim, com quem ?

K. Meu eu dei muito azar pois fiquei dez dias la e só parou de chover nos ultimos dois, mais mesmo assim consegui pintar sim, eu estava em um bairro distante do centro era alta mão pra cola la e arriscar nao con-seguir pintar, então todo dia quando acordava olhava pra janela pra ver como tava o tem-po, logo depois ligava pro Nick pra saber se no bairro dele

tava chovendo tambem,e sem-pre tava, até que o nick desco-lo um pico fechado pra nos pintar, é o espaço Doutrina , um lugar onde rola exposições e um som, dub e rap. Foi bem loco, eu não conhecia o Nick pessoalmente nem por foto só por internet por meio do Holie q já tinha colado com ele, ai agente se pexo na estação da luz troco uma ideia e foi pro pico q fica no bairro ipiranga , depois de trocar uma idéia com

o Betinho DDZ que era um dosdonos do pico escolhemos o pico e pintamos.Depois era aq-uilo tava me batendo pra pinta na rua, eu tava ficando maluco ja vendo tantos trampos pela cidade e nao parava de chover, até que um dia liguei pro nick e agente decidiu arriscar, co-lamo la na área do Icone que também ia pintar com agente, o muro quem nos levou foi um pixador da zona o CHT. Che-gamos la trocamos uma ideia com o tiozinho e tocamo o

trampo embaixo da garoa mes-mo.

Gostaria de salientar mais algo?

K. Quero agradecer a dis-posição do Nick , que até fujiu da mina no dia do aniversário pragente pintar, o CHT que descolou o muro pra nós, o

Icone também por ter descola-do um tempo pra pintar comi-go e a galera do espaço doutri-na Betinho DDZ que foi super sangue bom. É isso quem tiver a oportunidade de cola em Sampa vai porque vale a pena, só antes de uma olhada na previsão do tempo.Obrigado. http://www.flickr.com/photos/kico_nsk/

Jotape PaxJotape Pax

Nome: Jonathan Peres aka Jo-tapê PaxIdade: 25Tempo que pinta: 9anosColetivo/crew: PAX UR-BANÓIDE LKFlickr/Fotolog/blog: www.flickr.com/paxbrasil – www.fotolog.com/familiapax

Como e onde você começou a fazer graffiti?

Comecei na época de colégio, sempre desenhei, lia bastante gibi, colecionava carta de rpg e colava todos adesivos pos-síveis no ropeiro, dentro e fora, quando nnao tinha mais espa-ço, passava pra parede.Conheci o FeliPedra, o Grimm e depois o Nado e o Pinduca, pessoal da antiga do centro.Eu morava na Cidade Baixa,

e via muito pixo, na época dominado pelas torcidas orga-nizadas. Me interessei e fui em eventos que tinha graffiti, con-heci o Trampo, o Men, o Aranha e apartir dai todos que pinta-vam na época.

Porque voce faz graffiti e oque você ganha fazendo isso?Meu, sempre curti desenho, prestava atenção nos detal-hes, nas cores. Sempre linkei o graffiti com alguma frase, uma mensagem. Mesmo que de

protesto, mesmo provocativa.Queria passar de ônibus, e ver meus desenhos na parede também, comecei no meu bairro, depois pelo caminho até o colégio, aos poucos fui vendo meus desenhos por todo lugar que eu já tinha pas-sado algum dia.Faço isso até hoje, pinto onde eu passar, tiver uma tinta e me sentir seguro pra isso..

Qual a importâcia da velha es-cola do graffiti para voce?

Todo mérito é deles! Quem começou a fazer quando não tinha internet nem publica-ções acessíveis, percorreu um caminho muito maior que o nosso, definitivamente.Todos que se comunicavam por correio, escreviam a punho e esperavam semanas até ter uma resposta. a surpresa nes-sa época era muito maior!

Hoje a internet movimenta muito mais pessoas, amplia o interciambio, mas as vezes faz se perder a magia de se sentir surpreendido.Por isso quem tem a raiz na velha tem todo o meu respeito. Por segurar o rojão de se expor anos na rua e manter a mesma postura desde o inicio até hoje e por saber representar um movimento e servir de referen-cia pra quem vem anos depois.

Qual sua opinião sobre o graf-fiti autorizado e o graffiti ile-gal?

O graffiti é na rua. O que muda é o intuito de quem faz. Pode ser no terreno baldio, na casa de um amigo ou no muro de um desconhecido. Pode começar sem autorização e acabar com lanche da tarde e refrigerante. Não me importo de pedir pra pintar em algum muro. Se tenho muita vontade de pintar tento de um maneira

ou de outra. Tenho noção de lugares que são bons ou não pra pintar e quero me manter pintan-do e conhecendo gente que ad-mira o que eu faço.

De que forma voce consegue material para pintar?

Sempre investi no material. A parte mais difícil de todas.Minhas primeiras 10 latas foram cortesia da Dona Graça, minha mãe!!

Comecei a trocar trabalhos por tinta, quando sobrava tinta, pedia uma grana. Coisas para os amigos. Tudo que eu ganhei pintando, gastei pintando. Hoje a realidade é outra, tem tinta boa pra pintar e gente queren-do pagar pra ter um desenho na sala ou no pátio de casa. Se for uma proposta boa, ta ai meu próximo kit de tinta!!

Qual a maior dificuldade que voce ja enfrentou fazendo graffiti?

Sempre fui mais de observar, queria ver como que fazia tal traço, como conseguia fazer degradê e brilhos. A maior dificuldade era pintar mesmo. Sem nenhum trabalho na rua, não tinha credibilidade com desconhecidos, foi a época dos bombs, pinturas escondi-das. Hoje se quero pintar

grande, temos argumentos e muito trabalho pra mostrar, se tiver afim de fazer algo simples, pego o spray e saio sem rumo. Sempre deu certo.Ok, quase sempre.

Defina seu trabalho e oque voce quer passar ao fazer seu trab-alho na rua?Meu trabalho é livre, antes de tudo. Sem rótulos. Já passei por vários momentos, hoje pinto porque me divirto, só tem figura em Porto, rende muita risada. Não gosto de gente com cara amarrada, tenho um lance com energias e coisas de presença de espírito. Se não tem clima pra conversar, pintar vai ser mais difícil ainda.

Conte-nos seu ponto de vista sobre o respeito na rua e o atropelo.Não tenho muito apego com meus trampos, acho que ex-istem muros recicláveis, out-ros que devem ser preserva-dos. Vai do bom senso né?Se me atropelar, tomara que seja pra fazer um mais foda, daqueles de parar na frente e dizer “C*&$alho que bagulho F@^da!!!

Sobre o graffiti entrando nas galerias , qual é seu ponto de vista sobre isso?É a inversão de papéis! O que antes era reprimido hoje é ad-mirado. Acho válido.Mas é bom lembrar que, se o graffiti hoje está nas galerias é porque foi visto e se mani-festou na rua. Se tiver que parar de pintar na rua, perde a graça.

Deixe aqui sua mensa-gem para a galera que está começando á fazer este tipo de trabalho nas ruas ou um simples desabafo!Foque! Insista em uma coisa só. Não dá pra fazer tudo ao mesmo tempo.Pratique, mesmo sozinho.Crie um estilo próprio.Respeite os mais velhosE pense nas 6 pessoas mais próximas de você hoje.

Tattos.

Paineis

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