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MISSÃO DA ESCOLA BÍBLICA

Ensinar a Palavra de Deus e

capacitar seus participantes a

cumprirem a missão que Jesus

nos deu.

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Redação e preparação

de originais:

Redação:

ISBN :

Capa:

Diagramação:

Atendimento e tráfego:

Gráfica:

Pr. Bernardo Ferreira Inácio Júnior, Clarice Geci Kollenberg Sommer, Claudir Oliveira, Pr. Daniel Miranda Gomes, Heloise Nunes Gonçalves Lemos, Pr. Jonas Sommer, Diác. Marlene de Oliveira Garcia, Pr. Paulo Delfino da Silva, Pr. Reinaldo Velozo Martins Neto e Pr. Wesley Batista de Albuquerque.

Pr. Jonas SommerPr. Daniel Miranda Gomes

Melina LessaRevisão de textos:

Revisão teológica:

Rua Erton Coelho Queiroz, 50 - Alto Boqueirão - CEP 81770-340 - Curitiba - PR

http://www.ib7.org / [email protected]

978-85-98889-02-3

Pozati Comunicações

Marcelo Ângelo Negri

Fone: (41) 3379-2980

Gráfica Monalisa

Fone: (41) 3068-9009

EXPEDIENTE

Copyright © 2012 – Conferência Batista do Sétimo Dia BrasileiraEstudos para a Escola Bíblica Sabatina. É proibida a reprodução parcial ou

total sem autorização da Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira.

Os Estudos Bíblicos e as Meditações Bíblicas Diárias estão baseados na International Bible Lessons for Christian Education (Lições Bíblicas

Internacionais para o Ensino Cristão).

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃDiretor: Pr. Jonas Sommer

João Paulo Delfino da Silva

Pr Jonas Sommer

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Justiça e sabedoria

Fazendo as escolhas certas

Ensinado valores

Sabedoria e discernimento

Uma vida ordenada 6

7

8

9

10

73

85

99

113

125

A superioridade da sabedoria

Envelhecendo com sabedoria

Tradição e amor

Vivendo como povo de Deus

Perdoando como povo de Deus

1

2

3

4

5

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12

13

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149

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173

188

189

Amando como povo de Deus

Orando como povo de Deus

Informe missionário

Confi ando como povo de Deus

Página do tesoureiro

Referências bibliográfi cas

Abreviaturas

Editorial

Página do professsor

4

5

7

9

21

33

47

59

S U M Á R I O

Tradição eTradição eSabedoriaSabedoria

Conselhos para uma vida sábia

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AA – Almeida Atualizada ARA – Almeida Revista e AtualizadaARC – Almeida Revista e CorrigidaACRF- Almeida Corrigida e Revisada Fiel AS21 – Almeida Século 21 ECA – Edição Contemporânea de Almeida

GnÊxLvNmDtJsJzRt

1Sm2Sm1Rs2Rs1Cr2CrEdNeEtJóSlPvEcCtIsJr

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AmObJnMqNaHcSfAgZcMl

MateusMarcosLucasJoão AtosRomanos1 Coríntios2 CoríntiosGálatasEfésios FilipensesColossenses1 Tessalonicenses2 Tessalonicenses1 Timóteo2 TimóteoTitoFilemonHebreus Tiago 1 Pedro2 Pedro1 João 2 João 3 João Judas Apocalipse

MtMcLcJoAt

Rm1Cor2Cor

GlEfFpCl

1Ts2Ts1Tm2TmTtFmHbTg

1Pe2Pe1Jo2Jo3JoJdAp

ABREVIATURAS DE

NOVO TESTAMENTO

GênesisÊxodo LevíticoNúmeros DeuteronômioJosuéJuízesRute1 Samuel2 Samuel 1 Reis2 Reis 1 Crônicas 2 CrônicasEsdrasNeemiasEster Jó Salmos Provérbios Eclesiastes CânticoIsaías Jeremias Lamentações Ezequiel Daniel Oséias Joel Amós Obadias Jonas Miquéias Naum Habacuque Sofonias Ageu Zacarias Malaquias

ANTIGO TESTAMENTO

L I V R O S D A B Í B L I A

NVI – Nova Versão InternacionalKJA – King James Atualizada BV – Bíblia Viva BJ – Bíblia de Jerusalém TEB – Tradução Ecumênica da BíbliaNTLH – Nova Tradução na Ling. de Hoje

ABREVIATURAS DAS VERSÕES BÍBLICAS UTILIZADAS

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www.ib7.org | 5

EditorialSabedoria, eis algo que todo mundo quer! A questão

é que a grande maioria não deseja desprender tempo para conquistá-la. E, sinceramente, não há um caminho fácil para adquiri-la. O método mais efi caz é o de matricular-se na “es-cola divina”, com joelhos dobrados, ouvidos atentos à voz do Senhor, coração aberto e prestando muita atenção às lições que Deus está tentando nos ensinar ao longo do caminho. O único atalho é a arte de aprender com os erros dos outros e absorver a sabedoria que eles adquiriram, procurando aplicá--la à nossa própria vida.

A Bíblia é o melhor material para nos ajudar a adqui-rirmos sabedoria. Primeiro, ela nos relembra, repetidas vezes, que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Se esse não for nosso ponto de partida, poderemos confi ar na sabe-doria do mundo, que muitas vezes pode ser um atalho rápido para lugar nenhum. Ao estudarmos as Escrituras Sagradas, com temor de Deus, estaremos trilhando um caminho segu-ro que nos conduzirá à sabedoria verdadeira, livrando-nos de muito sofrimento e decepções.

Neste trimestre, estudaremos alguns dos livros sapien-ciais do Antigo Testamento e um pouco dos ensinamentos de Jesus. Ao fazermos isso, teremos a oportunidade de absorver toda a sabedoria divina gravada nessas páginas das Sagradas Letras. Temos diante de nós um grande desafi o: o de viver bem. Para tal, é necessário ouvir, aprender, pesquisar e refl etir. Os cristãos hodiernos valorizam mais o sentir que o aprender. Mas o sábio ouve, refl ete, pesquisa, corrige a vida. Não busca sensações ou sentir-se bem, mas ser corrigido pela Palavra. Nela está a sabedoria, pois ela vem de Deus.

Gostaríamos de agradecer aos autores deste trimestre, por terem aceitado o desafi o de produzir tais lições. Sabemos que não é fácil escrever e, por isso, apreciamos a tenacidade

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e a habilidade com a qual eles abordaram cada tema. Espera-mos que nossos estudantes da Palavra de Deus, em terras ca-narinho e além-mar, apreciem e sejam edifi cados pelos estu-dos deste trimestre, que foram, carinhosamente, preparados por autores brasileiros.

Caso você tenha sido edifi cado e abençoado pelas mensagens devocionais, tão carinhosamente preparadas para sua edifi cação, ou tenha compreendido melhor a von-tade Deus para sua vida por meio dos comentários do En-tendendo e Vivendo, e gostaria de entrar em contato com os respectivos autores, envie-nos um email ou contate-nos por telefone, que lhe daremos as informações necessárias.

A Deus seja a glória!Pr. Jonas Sommer

[email protected]

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Página do ProfessorLécio Dornas

Quase todos nós já tivemos a experiência de ver um professor da Escola Bíblica Sabatina ser surpreendido pelo anúncio do término da aula. Muitos são os professores e alunos que vivem se queixando do pouco tempo reservado para o es-tudo em classe. Alguns professores chegam a dizer, frustrados, que a aula terminou exatamente quando começava a tratar da melhor parte do seu conteúdo.

A questão não é falta de tempo e sim de planejamento. Quando não há planejamento da aula, não importa o tempo a ela reservado, tudo sairá atabalhoadamente dando a impres-são de que está faltando algo. Quando existe planejamento, mesmo que o tempo seja curto, haverá produtividade e satis-fação na aula dada.

O professor deve planejar suas aulas para a Escola Bí-blica. Não planejar é menosprezar o ensino das Escrituras e, ao mesmo tempo, demonstrar desprezo para como a tarefa do ensino. Não planejar é desrespeitar os alunos que depositam confi ança no zelo do seu professor. Não planejar é trair a con-fi ança da própria igreja que delegou ao professor tão sublime tarefa: a do ensino.

Comparecer diante de uma classe de Escola Bíblica sem um planejamento sério e bem elaborado é algo de que o pro-fessor deve fugir, pois como fi el cumpridor do seu dever leva em consideração o que Paulo escreveu: se é ensinar, haja dedi-cação ao ensino (Rm12:7b).

Ao planejar com dedicação suas aulas, o professor senti-rá em sua própria vida as bênçãos de realizar um trabalho para o Senhor, com a alegria de o estar fazendo com o melhor de si, explorando ao máximo suas potencialidades e sua criatividade. O professor verá no contato com os seus alunos, ao constatar o crescente interesse deles pela Palavra de Deus, a retribuição por realizar o ministério do ensino da Bíblia com amor, esforço e responsabilidade.

O planejamento de uma aula para a Escola Bíblica Saba-tina deve levar em consideração três fatores. Vamos examiná--los:

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1. Conteúdo. O professor precisa saber em profundidade o conteúdo que pretende ensinar aos seus alunos. Toda lição tem um ensinamento principal, naturalmente que deste emanam outros que, mesmo secundários, são também im-portantes e necessários. A transmissão e assimilação desses ensinamentos são imprescindíveis numa aula. O professor há que identifi car no estudo do texto bíblico da lição, e na própria lição, quais são os ensinamentos secundários e qual é o principal. Ao fazê-lo encontrará o conteúdo de sua aula.

2. Tempo. O professor, ciente do conteúdo, já tem uma ideia da quantidade de informações e de ensinamentos que pre-cisará transmitir. Necessitará fazer um trabalho de seleção de conteúdo, priorizando as informações e ensinamentos que se harmonizem de forma mais plena com a mensagem principal a ser transmitida. Este planejamento é de suma importância para não se cair no erro de usar muito tempo com um determinado aspecto da lição em detrimento de outros.

3. Didática. Para cada etapa da aula, o professor precisa pla-nejar uma estratégia didática. Ele deverá valer-se de estraté-gias que auxiliem e garantam o êxito de cada etapa da aula. Quando não se defi ne efi cazmente as estratégias didáticas, corre-se o risco da aula fi car chata e desmotivar o aluno. É possível que excelentes aulas tenham naufragado exata-mente pela negligência do aspecto didático. Assim, ao pla-nejar sua aula, o professor precisa pensar com antecedência sobre como vai agir em cada etapa.

A mesmice e a falta de criatividade didática podem pôr a perder todo um trabalho sério de interpretação bíblica. O pro-fessor precisará, no entanto, prevenir-se da tentação de variar metodologia apenas por variar, sem que haja harmonia entre o método didático e o tipo de ensino a ser ministrado. É preciso haver planejamento para que tudo seja bem pensado antes de ser executado.

De posse dessas informações, o professor deverá plane-jar suas aulas para a Escola Bíblica Sabatina. E quando chegar o fi nal de sua aula, não haverá mais surpresas. Todos os alunos sairão de suas classes instruídos e alimentados por uma aula que lhes trouxe ricos e importantes ensinamentos, nos quais procurarão pautar seus passos dia após dia.

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Wesley Batista de Albuquerque

Domingo – Malaquias 4:1-6

Os políticos que exercem uma posição no governo não são os únicos que recebem críticas. O contexto que antecede o trecho desta nossa meditação coloca Deus sob o ataque di-reto de críticas também: Onde está o Deus do juízo? (Ml 3:17) e Inútil é servir a Deus... (Ml 3:14). Mas são críticas que partem de um coração endurecido. Um coração empedernido não entende as coisas de Deus. Então, Deus decide ser justo e fará os seguintes atos de justiça: para os soberbos e perversos, o Dia do Senhor será um dia de destruição e não de alegria (v. 1); mas para os que temem ao Senhor, nascerá o sol da justi-ça. Ou seja, o livramento (salvação) trará alegria àqueles que temem a Deus de verdade (v. 2). Haverá uma oportunidade para arrependimento, mediante proclamação profética (vv. 5, 6) e que está baseada na Lei (v. 4). Parece-me que isso atende bem aos reclames de um mundo que quer colocar Deus no banco dos réus: justiça para os maus, justiça para os bons e oportunidade para quem ainda não se decidiu!

Segunda – Números 15:37-41

Conforme a necessidade, as pessoas vão criando ins-trumentos de memorização para não se esquecerem de algo importante. Quem nunca ouviu falar de recados colocados na geladeira, no guarda-roupa, no espelho do banheiro etc.? Hoje em dia, esses mecanismos estão mais sofi sticados, pois temos agendas eletrônicas nos celulares, computadores e ou-tros eletrônicos portáteis. Ainda que os instrumentos sejam

Meditações Bíblicas Diárias

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diferentes, a ideia ainda é a mesma: fazer lembrar o que é im-portante. Na época em que o povo de Israel peregrinava pelo deserto, o Senhor também providenciou um meio para evitar o esquecimento de algo fundamental na vida do povo. A fi m de não se esquecerem dos mandamentos, eles foram orienta-dos a fazerem franjas (borlas) nas extremidades de suas rou-pas e olharem para elas. Em nosso contexto nós não usamos franjas em nossas roupas, mas fi ca o desafi o: o que podería-mos carregar conosco que nos ajudasse a lembrar o Criador?

Terça – Salmos 115:3-11

O auxílio e a proteção de Deus são muito questiona-dos quando a situação não vai bem. É como se Deus estives-se falhando em cumprir Sua parte no trato. Isso é refl exo de nossa visão situacional. Acabamos por modelar as capacida-des de Deus de acordo com o que acontece à nossa volta. Se estamos felizes, logo nos lembramos da bondade e da fi deli-dade do Senhor. Contudo, basta que a situação se torne incô-moda para tal bondade e fi delidade do Senhor fi car nublada pela dúvida. Não digo que a dúvida seja incompatível com a fé. É possível que levantemos questionamentos. Isso não é pecado. No verso 2 deste salmo uma dúvida é lançada pelos inimigos de Israel: Onde está o Deus deles? O que fazer para nos livrarmos desta visão situacional? Continuar confi ando e bendizendo o nome do Senhor desde agora e para sempre (v. 18). Olhai para o Senhor, pois, e vivei!

Quarta – 2 Coríntios 9:6-12

Vejo nesta passagem um “eco” de Mateus 6:33. Não te-nha dúvidas de que ajudar fi nanceiramente aqueles que pre-cisam é uma forma de buscar o reino de Deus em primeiro lu-gar. Paulo estava levando consigo alguns irmãos macedônios. E, conforme o combinado, eles receberiam ajuda fi nanceira

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da igreja de Corinto. O apelo de Paulo estava fundamentado em algumas razões bem convincentes: primeiro, o apóstolo apelou para a liberalidade de cada um (v. 7). Quem foi agra-ciado com o reino acaba agraciando outros. Segundo, Pau-lo apelou para a providência de Deus (vv. 8-10). O Senhor é o dono de nossos depósitos (sementeiras). Ele garantirá que nada nos faltará (Sl 23). Terceiro, tudo isso redunda em graças a Deus (vv. 11,12). Buscar a glória de Deus é buscar o reino de Deus em primeiro lugar. As demais coisas, como o texto deixa claro, serão acrescentadas.

Quinta – Provérbios 3:27-35

Este texto de Provérbios me faz lembrar os Dez Manda-mentos, no sentido de que pelo menos oito deles começam com partículas negativas. Do verso 27 ao 31, temos orienta-ções que começam com termos negativos. Isso já nos oferece uma dica importante. Procuremos não fazer às outras pessoas aquilo que não queremos que elas nos façam. Contudo, esse princípio não é só o que podemos aprender deste texto. O autor bíblico aponta para outras razões que nos estimularão a nos relacionarmos de maneira sábia com o próximo. São elas: porque o Senhor abomina o que age perversamente (v. 32); porque o Senhor traz maldição sobre tais pessoas (v. 33); por-que o Senhor escarnece delas (v. 34) e porque o Senhor trará vergonha sobre elas (v. 35). Agir perversamente não é uma escolha; é o resultado da falta de sabedoria!

Sexta – Provérbios 3:13-26

Este texto nos leva a reavaliar nosso conceito de lucro. Reavaliar no sentido de expandir sua aplicação para nossa vida. É muito interessante que, em nosso texto, o lucro está relacionado (ou agregado) à sabedoria, devido aos seguin-tes fatores: singularidade, natureza e amostragem efi ciente.

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Singularidade, porque só a sabedoria doada por Deus supera outros elementos de valor, como o ouro e a prata. Essa ideia só será bem entendida à luz do próximo ponto. Natureza, porque só a sabedoria pode oferecer atrativos como esses: vida longa (v. 16), paz (v. 17), felicidade (v. 18), vida para a alma (v. 22), procedimento seguro (v. 23), liberdade do medo, sono tranquilo (vv. 24, 25) e proteção (v. 26). Quem, em sua sã cons-ciência, recusaria lucros como esses? E, por fi m, temos o fator da amostragem efi ciente. Os versos 19 e 20 dizem que foi com a sabedoria que o Senhor fez os céus e a terra. Você já olhou para o céu hoje? E o que dizer das belezas naturais da Terra, como rios, árvores e animais? Tudo isso foi feito com sabedo-ria!

Sábado – Provérbios 3:2-12

Salomão tece suas palavras dentro de um pano de fundo bem conhecido – o relacionamento de pais e fi lhos. Bons pais orientam, ensinam. Bons fi lhos ouvem e aplicam o que ouviram (vv. 2,3). Ouvir os ensinos dos pais é viver com sabedoria. Sabedoria que veio da prática, da experiência! Um dos ensinos que podemos destacar, entre os muitos que fo-ram dados, é o que está no verso 5: Confi a no Senhor de todo o teu coração e não te estribes em teu próprio entendimento. Isso signifi ca que não haverá uma confi ança real e crescente no Senhor se não deixarmos de confi ar em nós mesmos. A razão para isso é porque nosso entendimento é limitado, o do Senhor não! Como saberei que estou confi ando ou não no Senhor? Pelo fato de você estar ou não mais perto dEle. A distância entre vocês dois determinará o grau de confi ança!

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Questões para Estudo do Texto

As pessoas querem que sua vida tenha propósito e signifi cado. Existe alguma maneira de fazer com que isso re-almente aconteça? O sábio, em Provérbios, nos ensina que aprender a temer a Deus dá sentido e propósito à nossa vida.

Núcleo da Lição

Confi a no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimen-to. (Pv 3:5)

Estudo: Provérbios 3:1-12Contexto: Provérbios 3 Devocional: Salmos 115:3-11

Verso Áureo Referências Bíblicas

07 de abril de 20120101

1. Como um fi lho deve responder à instrução de seu pai? (v. 1)

R:.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................2. Como devemos interpretar a promessa de que fi lhos

obedientes terão uma vida longa e satisfatória? (v. 2)

R:............................................................................................................................................................................................................................

JJSSustiça e ustiça e

abedoriaabedoria

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14 | Estudos Bíblicos - 2° Trimestre de 2012

3. A benignidade e a fi delidade devem ser escritas na tábua do coração (vv. 3,4). O que isso de fato signifi ca?

R:.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................4. Se Deus deu-nos uma mente racional, por que não pode-

mos confi ar em nosso próprio entendimento? (v. 5)

R:.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................5. O que signifi ca reconhecer a Deus em todos os nossos

caminhos (v. 6)? Dê exemplos práticos.

R:.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................6. O que signifi ca temer a Deus? Como isso muda nossa

vida? (vv. 7,8)

R:.............................................................................................................................................................................................................................7. Deus promete enriquecer a todos os fi éis e generosos (vv.

9,10)? Explique isso.

R:.............................................................................................................................................................................................................................8. Que atitudes nós devemos evitar quando o Senhor nos

disciplina? (v. 11)

R:.............................................................................................................................................................................................................................9. Se Deus nos ama tanto quanto a Bíblia diz, por que Ele

permite que passemos por situações difíceis? (v. 12)

R:.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

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Daniel Miranda Gomes

A palavra “provérbio”, no título do livro “Provérbios de Salomão”, vem do hebraico mashal, que signifi ca “se-melhança” ou “comparação”. Todavia, essa palavra tem um signifi cado muito mais amplo. Ela é usada no livro de Ezequiel no sentido de alegorias e parábolas (17:2; 24:3) e também para adágios (18:2; 16:44). Em diversas passagens bíblicas, mashal refere-se a uma sátira ou imagem zombe-teira (Is 14:4; Jr 24:9; Mq 2:4). E, em cada caso, há uma lição a ser aprendida por nós. 1

Provérbios é uma coleção de ditados de sabedoria. De fato, a sabedoria desempenha papel importante nesse livro, sendo claramente indicada nos versos de abertura (1:2-7). Muito embora o livro, como um todo, seja credita-do a Salomão, fi lho de Davi, o rei de Israel (Pv 1:1), vários autores são ali claramente mencionados: Salomão (1:1; 10:1; 25:1), Ezequias (25:1), Agur (30:1) e Lemuel (31:1). Além disso, há outros autores cujos nomes não foram citados. A exemplo, em Provérbios 22:17, somos informados de que começam ali as palavras dos sábios e, em Provérbios 24:23, que são também estes provérbios dos sábios. 2

A maioria dos estudiosos aponta 10 apelos pater-nos ou lições em Provérbios (cf. 1:8-19; 2:1-22; 3:1-12; 3:21-35; 4:1-9; 4:10-19; 4:20-27; 5:1-23; 6:20-35 e 7:1-27). O texto em estudo é a terceira dessas palestras, o qual discorre sobre os benefícios materiais da sabedoria.

E n t e n d e n d o

V i v e n d o&

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Princípios de sabedoria

O terceiro discurso, em estudo, é constituído de seis princípios básicos (nos versos ímpares) e dos bene-fícios derivados deles, se praticados (nos versos pares). Esses princípios dizem respeito às atitudes que devemos adotar para termos um estilo de vida saudável. Os benefí-cios não são necessariamente imediatos ou mágicos, mas pode-se esperar que sejam acrescidos na vida daqueles que colocarem em prática os princípios aqui expostos. Vejamos quais são eles:

1. O princípio para uma vida bem-sucedida. É dever dos pais guiar seus fi lhos na vida, ensinando-lhes a comportar-se segundo os valores morais. No verso 1, o fi lho é exortado a não esquecer-se das instruções de seu pai, guardando, no coração, os seus mandamentos. O texto original, em hebraico, enfatiza as palavras “meus ensinos” e “meus mandamentos”. O pai deseja a comple-ta obediência do fi lho. Para tanto, seus ensinos e manda-mentos devem estar sempre presentes na mente e o fi lho não deve esquecê-los! Isso é mais do que apenas um sim-ples conselho.3

Coração, no hebraico, é usado simbolicamente para representar tanto a sede das emoções quanto do in-telecto e da vontade. Guardar os mandamentos de Deus afeta o ser interior, de onde fl uem as ações. A obediência amorosa aos mandamentos e aos princípios da Palavra de Deus proporciona saúde ao corpo, paz ao espírito e, portanto, vida longa (v. 8; cf. 9:10,11; 10:27; 19:23). Deste modo, uma criança terá melhor chance de experimentar uma vida saudável e plena se obedecer à Palavra de Deus, conforme o ensino e a prática de pais dedicados.

2. O princípio para uma boa reputação. O ensino ex-posto no versículo três é uma advertência para se colocar a bondade e a fi delidade no pescoço, como se fossem um colar.

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Além disso, as duas virtudes também devem ser escritas no coração, como se este fosse uma tábua (cf. Pv 7:1-3; 2Co 3:3).

A benignidade e a fi delidade são importantes qua-lidades de caráter. Ambas envolvem atitudes e postura. Uma pessoa leal age de modo responsável. Uma pessoa fi el trabalha em prol da justiça a favor de outros. Só pen-samentos e palavras não bastam; a nossa vida é que revela se somos verdadeiramente benignos e fi éis. Suas atitudes correspondem à sua postura? 4

O resultado é estabelecido no verso 4. Se colocar em prática esse princípio, então você terá o favor de Deus e dos homens, e boa reputação (v. 4, NVI). O signifi cado evidente é que a prática da benignidade e da fi delidade atrai não somente o favor divino e humano, mas também o reconhe-cimento divino e humano.

3. O princípio para andar no caminho do sucesso. O terceiro princípio começa com um imperativo: Confi a no Senhor de todo o teu coração (v. 5a). A palavra hebrai-ca “confi a” refere-se à atitude de depositar toda a nossa fé na pessoa de Deus. Devemos confi ar no Senhor com todo o nosso coração, cientes de que Ele é capaz e sábio para fazer o melhor. Esse tipo de confi ança exige um compro-misso da pessoa com todo o seu ser – mente, emoções e vontade. Em outras palavras, submeta seu ego a Deus. Não procure ser independente dEle.

Entretanto, nosso problema começa quando con-fi amos em nossos próprios recursos e habilidades (v. 5b; cf. Is 5:21). Da próxima vez que você pensar que já tem tudo planejado, pare e medite sobre o assunto, sob o ponto de vista de Deus. Examine seus valores e suas prioridades. O que é importante para você? Que áreas você não submete a Deus? Você pode reconhecer o Senhor em muitas áreas da sua vida, mas naquelas em que tentar restringir ou ig-

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norar a presença e os conselhos de Deus o resultado será lamentável.

A pessoa espiritualmente madura permite que a Pala-vra de Deus direcione seu caminho. Leve suas decisões a Deus em oração, use a Bíblia como seu guia e siga a direção que Deus lhe der. Ele direcionará seu caminho, guiando e protegendo-o.

Não confi emos jamais apenas em nossa força e sentimentos, mas depositemos toda a nossa fé no amor e poder de Deus. Devemos confi ar completamente ao Se-nhor todas as nossas escolhas a fazer. Se assim o fi zermos, a promessa é que Ele endireitará as nossas veredas (v. 6), quer dizer, tornará o caminho reto ou plano, retirando os obstáculos; e assim nosso caminho será seguro, bom e fe-liz ao fi nal.

4. O princípio para uma vida saudável. Ao contrá-rio do anterior, o quarto ensinamento começa com um conselho em forma negativa: Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal (v. 7). Para o coração, onde habita o temor do Senhor, o maior inimigo é a soberba de nossa própria sabedoria. Não con-vém sermos sábios aos nossos olhos; devemos estar dis-postos a ouvir e a sermos corrigidos pela Palavra de Deus.

O resultado desse princípio, conforme descrito, é fi sicamente benéfi co. Se obedecermos às Escrituras, isso permitirá que nossos dias sejam aumentados, porque Ele produzirá em nós vida e paz, saúde para o teu corpo e re-frigério para os teus ossos (v. 8). Ser humilde, temer a Deus e apartar-se do mal trazem saúde espiritual, psicológica e física. Existe uma ligação entre o bem-estar espiritual, físico e mental. Cada um infl uencia os outros.

5. O princípio para ser próspero. O quinto princí-pio encontra-se no verso 9: Honre o Senhor com todos os

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seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações. Esse versículo refere-se ao sistema de dízimos e ofertas ordenados pela Lei (cf. Nm 18:21-29; Dt 14:22-29). O ensino é transmitido mediante termos agrícolas. A re-ferência às Primícias, o antigo festival da colheita, aponta para Deuteronômio 26:9-11, onde o adorador separava, anualmente, os primeiros e melhores frutos da produção de seu campo e relembrava, com alegria e gratidão, a re-denção dada pelo Deus de Israel e Sua contínua benigni-dade.

Deus promete a todos que lhe oferecem o dízimo de seus bens e ganhos, como sincera demonstração de fé, louvor e adoração, derramar mais bênçãos fi nanceiras e econômicas do que eles têm condições de recolher e armazenar (v. 10; cf. Ml 3:10; Dt 28:8,12; 2Co 9:8). Porém, infelizmente:

Muitas pessoas dão ao Senhor as sobras. Se tiverem condições de ofertar depois de as contas serem pagas, elas o fazem. Estas pessoas podem ser sinceras e con-tribuir de boa vontade, mas não estão obedecendo ao que a Palavra diz. Deus quer a primeira parte de nos-sa renda. Isto demonstra que Ele, não as posses, tem prioridade em nossa vida e é a fonte de nossos recur-sos (nós apenas os administramos). Ofertar a Deus nos ajuda a vencer a cobiça, a administrar corretamente os recursos que Deus provê para nós e nos habilita a rece-ber as bênçãos especiais da mão do Senhor. 5

Isso não deve ser pensado como um “evangelho da prosperidade”, que só promete saúde e riqueza. No en-tanto, em geral, Deus abençoa aqueles que são fi éis, ge-nerosos e sacrifi ciais em sua doação (cf. Mc 10:29, 30).

6. O princípio para uma boa formação do caráter. Finalmente, diz o sábio: Meu fi lho, não despreze a disci-plina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão (v.

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11). Com essa advertência, o sábio expõe as bênçãos que seguem a possessão da sabedoria. Esse versículo e o se-guinte são citados em Hebreus 12:5, 6. “Disciplina” é uma palavra que tem a mesma etimologia da palavra “discípu-lo”, que signifi ca “aquele que segue”. A disciplina faz parte do plano de Deus para Seus fi lhos. Ela tem como meta a formação do nosso caráter, ensinar o governo de nós mesmos e proporcionar-nos confi ança e direção própria.

O benefício da correção pelo Senhor é a garantia de que Ele nos ama (v. 12; cf. Jó 5:17; Ap 3:19). O pai corrige seu fi lho porque o ama e deseja que seja sábio e bom. As afl ições estão muito longe de causar danos aos fi lhos de Deus, porque elas, pela Sua graça, aumentam a santidade deles. Pense nisso: que tipo de pai não disciplina o seu fi lho? Aquele que simplesmente não se importa com ele!

Um estilo de vida que abrange os seis princípios acima com certeza irá produzir o melhor tipo de vida: uma que agrada a Deus.

Notas

1 BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert J. (Orgs.). Comentário bíblico, v. 2. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2001, p. 236.

2 LÍNDEZ, José Vílchez. Sabedoria e sábios em Israel. São Paulo: Loyola, 1999, p. 65.

3 NICKELSON, Ronald L. (ed.). Standard lesson commentary. Cincinnati, Ohio: Standard Publishing, 2011, p. 11.

4 BÍBLIA. Bíblia de estudo de aplicação pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 836.

5 BÍBLIA. Bíblia de estudo de aplicação pessoal. Obra citada, p. 836.