misc palmeira do açai 2015.1
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CENTRO UNIVERSITRIO DO ESTADO PARCURSO DE MEDICINA
Anny Karoliny Monteiro dos SantosDeivid Gonalves AmaralGabryela Vitria GomesGustavo Vitria GomesIgor Santos de SouzaJamille Lopes Helmer
Jssica Queirz AguiarMarlon Luis Miranda Moraes
Olvio Newton de Castro Ribeiro
Slvia Karinny Brito Calandrini de AzevedoRobertta Oliveira de ArajoThiago Lisboa Serro de Castro
Vanessa Pinto Rodrigues
ESTRATGIAS DE EDUCAO EM SADE AMBIENTAL
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CENTRO UNIVERSITRIO DO ESTADO DO PARCURSO DE MEDICINA
Anny Karoliny Monteiro dos SantosDeivid Gonalves AmaralGabryela Vitria GomesGustavo Vitria GomesIgor Santos de SouzaJamille Lopes Helmer
Jssica Queirz AguiarMarlon Luis Miranda Moraes
Olvio Newton de Castro Ribeiro
Slvia Karinny Brito Calandrini de AzevedoRobertta Oliveira de ArajoThiago Lisboa Serro de Castro
Vanessa Pinto Rodrigues
ESTRATGIAS DE EDUCAO EM SADE AMBIENTAL
Trabalho de concluso doprimeiro mdulo do MISC(MD4), do curso de Medicina doCentro Universitrio do Estado
do Par (CESUPA), comorequisito parcial paraaprovao.Orientadores: Profa. Leila SuelyAviz Lima e Prof. Haroldo Josde Matos.
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SUMRIO1 Introduo ................................................................................... 3
2 Sade ambiental ......................................................................... 5
2.1 Linha de atuao ................................................................... 7
2.2 Estruturao e fortalecimento da Vigilncia em Sade
Ambiental 8
2.2.1 Sistema de Vigilncia em Sade Ambiental .................... 8
2.2.2 Construo de Agendas Integradas em Sade Ambiental
9
2.2.3 Fomento promoo de ambientes saudveis............. 10
2.2.4 Produo de conhecimentos e desenvolvimento de
capacidades em Sade Ambiental ............................................................ 11
2.2.5 Disseminao da informao e utilizao dos meios de
comunicao para preveno e promoo da sade ................................ 13
2.2.6 Articulao institucional estratgica .............................. 15
3 Portaria N 586, de 14 de Julho de 2014................................... 17
4 Educao em Sade Ambiental ................................................ 21
4.1 Eixos de atuao da Funasa em Educao em Sade
Ambiental: 21
5 Aes Estratgicas em Sade Ambiental .................................. 23
5.1 Atuao em situaes de desastres .................................... 23
5.2 Plano de Segurana da gua .............................................. 23
5.2.1 Programa Nacional de Controle da Qualidade da gua
(PNCQA) 24
5.3 Programa de melhoria sanitria domiciliar ........................... 25
5.4
Plano Nacional de Saneamento Bsico ............................... 26
6 A Estratgia de Sade da Famlia na Promoo da Sade
Ambiental 29
7 Concluso ................................................................................. 30
8 Referncias Bibliogrficas ......................................................... 32
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1 INTRODUO
A reorientao do modelo de ateno sade, que ocorreu a partir
da implantao do Sistema nico de Sade (SUS) e da Estratgia de Sade da
Famlia (ESF), tem permitido o delineamento de novos contornos na Ateno
Bsica Sade (ABS), no pas. De fato, os referenciais da ESF permitem o
desenvolvimento de uma viso mais ampliada do ser humano e, por
conseguinte, do processo sade-doena. Isto s se torna possvel a partir da
implantao de aes voltadas para a comunidadeenquanto espao de trocas
e produes simblicascom peculiaridades especficas relacionadas cultura
e aos aspectos econmicos, sociais e ambientais, ao qual o indivduo e as
famlias pertencem. Em virtude da necessidade de uma abordagem integral dasadetanto no mbito coletivo, quanto no individual, a viso ampla sobre os
matizes do adoecimento ganha urgncia e relevncia (GUIMARES, 2010).
Nesse sentido, a sade pblica tem proposto o paradigma da
determinao social do processo sade-doena. O homem, inserido nesse
contexto, necessita de harmonia tanto intrinsecamente quanto em relao ao seu
ambiente, para que, ento, tenha um bem viver e uma boa sade (GUIMARES,
2010).O impacto ambiental sobre o bem-estar fisiolgico, emocional e/ou
social componentes que definem, com maior abrangncia, a sade dos
indivduos de uma dada coletividade, tem se expressado pelo aumento da
morbidade e mortalidade da populao. H diferente vulnerabilidade para a
aquisio de doenas relacionadas ao ambiente nas regies brasileiras,
destacando-se como entidades mrbidas significativas: asma; pneumoconiose;
cncer de pulmo; doenas infecciosas tanto emergentes quanto
reemergentes, com destaque para as zoonoses em centros urbanos ;
intoxicaes exgenas, sobretudo por pesticidas; dentre outras (GUIMARES,
2010).
A interdependncia entre sade e determinantes ambientais tem sido
reconhecida como decisiva, de um modo geral, pela comunidade cientfica,
sendo aspecto de extrema relevncia para a formulao das polticas sociais em
pases desenvolvidos. Esse reconhecimento significa um importante aspecto
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para a orientao de aes efetivas de promoo e proteo sade
(GUIMARES, 2010).
Com base nestas informaes, o presente trabalho tem por objetivo
apresentar estrategias de Educao em Sade Ambiental, baseado na ideiacentral de promoo em sade, inclusive no contexto da Estratgia de Sade da
Famlia (ESF).
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2 SADE AMBIENTAL
Trata-se de um campo de prticas intersetoriais e transdisciplinares voltadas
aos reflexos, na sade humana, das relaes ecogeossociais do homem com o
ambiente, com vistas ao bem-estar, qualidade de vida e sustentabilidade, a fim de
orientar polticas pblicas formuladas com utilizao do conhecimento disponvel e com
participao e controle social (GUIMARES, 2010).
Nesse sentido, o Ministrio da Sade vem implementando um Sistema de
Vigilncia em Sade Ambiental em todo o Pas, para aprimorar um modelo de atuao
no mbito do SUS, e vem constituindo competncias que objetivam a implementao
de aes em que constatada a relao entre sade humana, degradao e
contaminao ambiental (GUIMARES, 2010).
Outras instncias de governo tambm fazem interface importante com
questes de sade ambiental. As pastas da rea econmica se aproximam do tema
sade ambiental nos projetos de desenvolvimento, e a leitura cuidadosa de programas
e projetos de outros encontrar conexes com a rea de Sade Ambiental
(GUIMARES, 2010).
H cada vez mais demandas e problemas de sade relacionados com o meio
ambiente que pedem resoluo dos gestores estaduais e municipais do SUS, o que
est ocasionando cada vez mais o estabelecimento de parcerias do Governo Federal
com rgos e instituies em suas respectivas reas de abrangncia e dentro dos
limites das respectivas competncias (GUIMARES, 2010).
A Vigilncia em Sade Ambiental, brao operativo dessa poltica, consiste
em um conjunto de aes que proporcionam o conhecimento e a deteco de mudanas
nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na sade
humana, com a finalidade de identificar as medidas de preveno e controle dos fatoresde risco ambientais relacionados s doenas ou a outros agravos sade
(GUIMARES, 2010).
Ampliando-se o conceito de sade como uma prtica social, possvel
perceber a interdependncia entre indivduos, organizaes, grupos populacionais e os
conflitos decorrentes de sua interao com o meio ambiente. foroso reconhecer que
a cooperao, a solidariedade e a transparncia, como prticas sociais correntes entre
sujeitos, precisam ser, urgentemente, resgatadas. H que se compreender, ainda, quepromoo da sade no , apenas, um conjunto de procedimentos que informam e
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capacitam indivduos e organizaes ou que buscam controlar determinantes das
condies de sade de grupos populacionais especficos. Tem-se, portanto, que
disseminar a diversidade de possibilidades existentes para preservar e aumentar o
nosso potencial de sade por meio da promoo da sade (GUIMARES, 2010).Vale destacar a importncia da Comisso Permanente de Sade Ambiental
(Copesa), vinculada Secretaria de Vigilncia em Sade, como frum intra-setorial de
discusso, harmonizao, formulao, acompanhamento e avaliao de polticas
relacionadas sade ambiental (GUIMARES, 2010).
O fortalecimento da democracia assegurou aos cidados a prerrogativa de
participar na elaborao e na implementao das polticas pblicas por meio da
participao em audincias pblicas e da integrao em rgos colegiados. De igualforma, tal fortalecimento intensificou o dever do poder pblico de promover a sade
coletiva e prover as condies indispensveis ao pleno exerccio deste direito
fundamental do ser humano, constitucionalmente tutelado, que a sade. Convm
reforar que o dever do Estado no exclui o das pessoas, das famlias, das empresas e
da sociedade (GUIMARES, 2010).
A participao pode ocorrer, tambm, por intermdio da utilizao de
mecanismos judiciais e administrativos de controle dos diferentes atos praticados pelo
poder pblico, tais como as aes populares, aes civis pblicas, mandados de
segurana coletivo, aes de inconstitucionalidade por omisso, mandados de injuno,
entre outros instrumentos legais existentes (GUIMARES, 2010).
Nesse sentido, a construo e a implementao da Poltica Nacional de
Sade Ambiental devem se dar a partir de uma ampla articulao com diversos
segmentos, em especial com os movimentos sociais, de forma dinmica, com o objetivo
de fortalecer tal agenda no mbito dos canais formais da democracia. Assim, por meio
dos instrumentos de democracia direta, se assegurar que iniciativas como as redes
solidrias participem do processo de formulao, legitimao e validao desta poltica
(GUIMARES, 2010).
Citamos aqui alguns caminhos para se pensar em processos de
fortalecimento desta conjuno promotora da sade: (1) estabelecer polticas pblicas
integradas; (2) promover a responsabilidade social; (3) criar ambientes saudveis que
apiem o bem-estar humano; (4) influenciar polticas de desenvolvimento econmico
que favoream ganhos em sade; (5) fortalecer a ao social participativa para a sade;
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(6) estimular o desenvolvimento das capacidades e dos potenciais de indivduos e
grupos populacionais (empoderamento social); (7) utilizar os meios de comunicao
como veculo para a preveno e a promoo da sade; e 8) reorientar as prticas de
sade, contemplando tambm a promoo da sade (GUIMARES, 2010).
2.1 LINHA DE ATUAO
Para se concretizar o objetivo da Poltica Nacional de Sade Ambiental,
sugerem-se algumas linhas de atuao, que sero detalhadas abaixo:
- Estruturao e fortalecimento da Vigilncia em Sade Ambiental;
- Construo de agendas integradas de Sade Ambiental;
- Fomento promoo de ambientes saudveis;
- Estmulo produo de conhecimento e desenvolvimento de capacidades
em Sade Ambiental;
- Disseminao da informao e utilizao dos meios de comunicao para
preveno e promoo da sade; e
- Articulao institucional estratgica (BRASIL, 2007).
Importantes linhas de atuao so: (a) a participao na construo e na
implementao de polticas pblicas intersetoriais, de modo a colaborar na proteo e
na recuperao do meio ambiente e na melhoria da qualidade de vida; (b) a divulgao
da PNSA, ampliando a participao da sociedade civil e de outros setores do governo;
(c) a promoo da educao permanente em sade ambiental para o fortalecimento da
participao social; (d) o financiamento de projetos locais sustentveis; (e) o fomento
ao desenvolvimento tecnolgico; (f) o envolvimento da populao e das diversas esferas
do governo em torno do mesmo objetivo de concretizar a PNSA; (g) o monitoramento
das aes implementadas; (h) o acompanhamento das proposies do legislativo; (i) o
desenvolvimento de estudos e pesquisas na rea de sade ambiental; (j) a formaode equipes multidisciplinares e a capacitao dos tcnicos, de modo que tenham uma
viso holstica; (k) a internalizao de acordos internacionais relativos sade
ambiental; (l) a promoo de cooperaes tcnicas internacionais, regionais, estaduais
e municipais; (m) o fortalecimento das estruturas existentes; e (n) a promoo de
grandes e permanentes campanhas educativas sobre lixo, guas, florestas, agrotxicos,
entre outras (BRASIL, 2007).
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2.2 ESTRUTURAO E FORTALECIMENTO DA VIGILNCIA EM SADE
AMBIENTAL
2.2.1 Sistema de Vigilncia em Sade Ambiental
Considerando os aspectos ambientais, a vigilncia sade implica a
incorporao efetiva do conceito de ecologia e de ecossistema para a compreenso
das relaes entre sade e ambiente. Trata-se de conceitos transversais que auxiliam
a ao integrada sobre as demandas sanitrias. Para isso, faz-se necessria a
compreenso de que h uma inter-relao entre todos os elementos que conformam o
sistema de sade, sobre o qual cabe sade pblica intervir (BRASIL, 2007).
Deve ser ressaltado o cuidado para que as aes de vigilncia no estejam
voltadas apenas aos agravos identificados decorrentes da exposio humana aos
agentes nocivos no ambiente. Ou seja: no se deve s cuidar do final do processo, dos
efeitos. As avaliaes de risco podem ser uma oportunidade para a promoo da sade
e da qualidade de vida (BRASIL, 2007).
necessrio introduzir a perspectiva sistmica nas avaliaes de riscos
ambientais para a sade. O Princpio da Precauo, ao ser incorporado vigilncia da
sade humana, poder orientar as aes em situaes de incerteza ou de insuficincias
de conhecimento cientfico, dada a complexidade de certos problemas (BRASIL, 2007).
A proposta da vigilncia em sade ambiental deixa em aberto os desafios da
construo conceitual, ao mesmo tempo em que busca a ao integrada segundo os
princpios da Constituio Federal, do SUS, da Agenda 21, da carta dos Direitos
Humanos e de todas as convenes e os tratados concernentes firmados pelo estado
brasileiro (BRASIL, 2007).
Para a implementao das aes necessria uma estrutura organizada em
todos os nveis da ateno sade, pois no basta apenas a ateno bsica. precisocriar, de acordo com o diagnstico territorial dos riscos e dos ecossistemas, referncias
tcnicas para investigao e aes de maior complexidade (BRASIL, 2007).
Os instrumentos de vigilncia em sade ambiental devem permitir a anlise
de informaes relacionadas ao ambiente e sade e definir indicadores com o objetivo
de prevenir e atender a ocorrncia dos agravos sade (BRASIL, 2007).
A avaliao referida configurar a base desse processo de normalizao dos
aspectos que so considerados essenciais sade da populao. Entre esses aspectosdestacam-se a possibilidade concreta de eliminao de risco, o estabelecimento de
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limites de exposio humana aos fatores de risco ambiental e a regulamentao do
processo de comunicao desses riscos populao, tendo em conta as
susceptibilidades inerentes aos diferentes grupos populacionais (BRASIL, 2007).
As questes relacionadas s desigualdades sociais e territoriais, naproblemtica das doenas e dos acidentes, tanto em relao ao trabalho como os
relacionados com a organizao e a ocupao do espao, so elementos importantes
que devem ser considerados pelas vigilncias no contexto brasileiro. Questionar o que
o ser humano est fazendo com o meio ambiente e consigo prprio e indagar como
fazer a ao mobilizadora e transformadora da nocividade ambiental em prol da sade
so temas que impulsionam a conscincia coletiva para uma vigilncia sade que se
articula com o ambiente (BRASIL, 2007).A vigilncia em sade ambiental dever ser implementada nos estados, nos
municpios e no Distrito Federal por meio da estruturao do Subsistema Nacional de
Vigilncia em Sade Ambiental (Sinvsa), compreendendo, prioritariamente, os
seguintes programas de vigilncia em sade relacionados: (1) gua para o consumo
humano; (2) ao solo; (3) ao ar; (4) aos desastres naturais; (5) aos acidentes
tecnolgicos; (6) s substncias qumicas; (7) aos ambientes de trabalho; (8) aos fatores
fsicos; (9) aos fatores biolgicos;1 e (10) aos mecanismos tcnicos, legais e polticos
de gesto que os viabilizem. Para tanto, o setor pblico dever proporcionar, nos trs
nveis de gesto do SUS, a infra-estrutura adequada e os recursos necessrios para o
desenvolvimento das aes de vigilncia em sade ambiental (BRASIL, 2007).
2.2.2 Construo de Agendas Integradas em Sade Ambiental
A construo de aes intra e intersetoriais um dos eixos centrais da
Poltica Nacional de Sade Ambiental, pois, dessa forma, busca-se a compatibilizao
dos procedimentos da vigilncia em sade ambiental, que esto em desenvolvimentono SUS, com aquelas praticadas por outros setores, para que sejam potencializadas e
somadas as competncias e os recursos disponveis, evitando-se a superposio de
aes e os conflitos entre instituies governamentais (BRASIL, 2007).
No caso da interface com a rea de Sade do Trabalhador, aes conjuntas
esto definidas pela Poltica Nacional de Sade do Trabalhador, por meio da estratgia
da Rede Nacional de Ateno Integral Sade do Trabalhador (Renast) (BRASIL,
2007).
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A construo de processos que captem a pluralidade de perspectivas para a
efetivao de plataformas comuns de ao, mesmo que temporrias, pode lanar as
bases para a conformao de uma Agenda Integrada de Sade Ambiental, a fim de
reunir talentos, energias e recursos de distintos saberes e setores para um a aoconjunta mais permanente (BRASIL, 2007).
2.2.3 Fomento promoo de ambientes saudveis
Ambiente e sade so interdependentes e inseparveis. As relaes entre
os homens e a natureza ocorrem em ambientes que podem e devem ser favorveis
sade. O termo ambiente no incorpora apenas a dimenso fsica ou natural, mas
tambm a social, a cultural, a econmica e a poltica, sejam elas familiares, de trabalho,
lazer, educao, consumo, produo, etc. Conformar um ambiente saudvel colocar
a qualidade da vida em foco nos locais onde as pessoas vivem, transitam, trabalham,
buscam servios pblicos, praticam o seu lazer, etc., para alm da funo original da
organizao em questo, de forma participativa e articulada (BRASIL, 2007).
O termo ambientes saudveis materializa-se de forma mais especfica e
com distintas escalas: metrpoles, cidades e municpios saudveis, bairros saudveis,
ilhas saudveis, locais de trabalhos saudveis, escolas saudveis, mercados
saudveis, parques saudveis, habitaes saudveis, etc (BRASIL, 2007).
Mais uma vez coloca-se em questo o territrio, espao concreto de inter-
relao social, nas suas distintas escalas e dimenses, onde se articulam os distintos
atores para atuar sobre os distintos determinantes do processo sade-doena (BRASIL,
2007).
O acompanhamento sistemtico do impacto que as mudanas no meio
ambiente produzem sobre a sade, particularmente nas reas de produo de energia,
de alimentos, de bens de consumo, deve ser exercido para assegurar benefcios paraa sade das populaes. essencial capacitar as pessoas no seu viver cotidiano para
lidar com sua sade e enfrentar os momentos de adoecimento. Esta tarefa pode ser
realizada nas escolas, nos lares, nos locais de trabalho, em espaos comunitrios, etc.
As aes podem partir de organizaes governamentais, instituies educacionais,
profissionais, comerciais e trabalho voluntrio (BRASIL, 2007).
O fomento promoo de ambientes saudveis exige a elaborao, a
implantao e a implementao de polticas pblicas integradas e planejadas mediante
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a articulao e a interao de distintas pastas governamentais e setores da sociedade
civil (BRASIL, 2007).
A construo de uma pedagogia de promoo da sade ambiental necessita
da construo de instrumentos e aes que no captem apenas o risco (os agentes e adinmica), a exposio (os agentes e os susceptveis) e os agravos (clnicos e
adversos), mas tambm os protagonistas que ativamente preservam e os que
reconstruam, de forma criativa, o espao socioambiental (BRASIL, 2007).
No caso do setor Sade, sua contribuio mais significativa para o fomento
promoo de ambientes saudveis se produz com: (1) a adoo de princpios, tais
como o da precauo e do po luidor-pagador; (2) o mapeamento de reas com
populao sob risco de exposio a fatores de risco ambiental; (3) a anlise e oestabelecimento de limites de exposio, bem como a possibilidade concreta de
eliminao dos riscos a que esto submetidas as populaes; (4) a reavaliao do
arcabouo normativo e dos padres relativos sade ambiental; (5) o envolvimento da
Sade no estabelecimento de critrios de qualidade ambiental; (6) e, ainda, o apoio aos
rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio e sociedade civil no que tange sade
ambiental (BRASIL, 2007).
Sendo assim, a poltica ser favorecedora da sade nos distintos ambientes
de inter-relao humana se fortalecer potencialidades e capacidades de processos de
defesa da vida, se compartilhar conhecimentos e informaes, se aumentar a
capacidade de mobilizao cidad, se fortalecer a autonomia de sujeitos e se enfrentar
determinantes socioeconmicos da degradao da vida e da sade humana de forma
integrada e articulada com um leque ampliado de atores, setores e conhecimentos
(BRASIL, 2007).
2.2.4 Produo de conhecimentos e desenvolvimento de capacidades em
Sade Ambiental
O ensino da sade em sua articulao com o ambiente, no Brasil, ainda
encontra-se em fase inicial, o que pode ser verificado tanto pela baixa oferta de cursos
nas instituies de ensino quanto pela pouco expressiva produo cientfica nesta rea
do conhecimento. No entanto, a lgica da produo de conhecimento no pode ficar
restrita ao saber da academia, pois temos de reconhecer que h tambm um saber
popular (BRASIL, 2007).
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importante a insero da temtica da sade ambiental nos currculos dos
cursos superiores brasileiros no somente da rea da sade, mas ainda das reas
ambientais e de educao. Essa medida possibilitar o acesso de um maior nmero de
pessoas ao assunto e posteriormente facilitar a operacionalizao de aes em prolda sade ambiental (BRASIL, 2007).
O estabelecimento de uma agenda de reas temticas essenciais para
estudos e pesquisas relacionados ao desenvolvimento em sade, ambiente e
desenvolvimento sustentvel dever constituir uma prioridade para a Poltica Nacional
de Sade Ambiental, devendo ser produzida de forma articulada com entidades
voltadas cincia, tecnologia e educao, buscando incentivar e estimular, por
intermdio dos agentes financiadores, o engajamento dos pesquisadores, educadores,cientistas e professores referida agenda (BRASIL, 2007).
Especial ateno ser concedida s pesquisas que vinculem a qualidade
ambiental aos efeitos sade, bem como a estudos que levem em conta todos os
custos sociais e ambientais das polticas, dos programas e dos projetos, analisando as
alternativas de preveno e de medidas curativas ou corretivas, para maior eficincia
na utilizao dos recursos disponveis (BRASIL, 2007).
Deve ser promovida a participao multissetorial para o desenvolvimento de
metodologias de avaliao, gerenciamento de riscos e de impacto ambiental que
contribuam para o estabelecimento de prioridades e metas em sade ambiental; para a
hierarquizao das medidas de interveno para promoo da sade e da proteo
ambiental; para a definio de medidas de interveno para a limitao de danos
sade humana e ao meio ambiente; para a identificao de reas temticas em matria
de pesquisa cientfica e para a orientao de comunicao de risco efetiva e objetiva
(BRASIL, 2007).
As populaes, sobretudo em nvel municipal, devero ser providas de
conhecimento atualizado, gil e adequado sobre as questes referentes sade
ambiental, por intermdio dos processos de educao formal e no formal, mediante a
utilizao de todos os meios e atividades capazes de promover hbitos e atitudes que
repercutam positivamente na sade da comunidade (BRASIL, 2007).
A disponibilizao do conhecimento dever objetivar, entre outras metas, a
capacitao da populao para promover a sade ambiental, potencializando, assim, a
atuao comunitria. Ao lado disso, ampliaro o controle social o fortalecimento da ao
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das autoridades locais nesse contexto e o estmulo efetiva participao de
representantes da comunidade nos diferentes fruns e instncias existentes localmente,
voltados definio e avaliao de aes (BRASIL, 2007).
A promoo da sistematizao de experincias, objetivando no s o seureforo e ou ampliao, bem como a sua divulgao junto a outras comunidades com
realidades semelhantes, tambm dever ser incentivada (BRASIL, 2007).
O desenvolvimento e a capacitao de trabalhadores em sade constituem-
se em diretrizes que perpassaro todas as demais definidas na Poltica Nacional de
Sade Ambiental. Configuram-se como instrumentos privilegiados e estratgicos, na
consecuo do propsito desta poltica, que possibilitaro que o setor Sade disponha
de pessoal em qualidade e quantidade, cujo provimento adequado e oportuno deresponsabilidade dos trs nveis de governo (BRASIL, 2007).
O enfoque da capacitao de recursos humanos ser no desenvolvimento
de competncias e habilidades no campo das estratgias promocionais e das medidas
preventivas para a proteo da sade pblica contra riscos ambientais, aliadas
introduo de aspectos relacionados sade em outras polticas pblicas e em
empreendimentos econmicos (BRASIL, 2007).
Dessa forma, os indivduos e a comunidade tornam-se sujeitos e atores do
processo educativo que estimula continuamente a organizao de aes coletivas e
solidrias, incentivando e valorizando o dilogo, a criatividade e as atitudes crticas,
objetivando a busca de solues para as questes de sade que afetam as
comunidades, em prol da melhoria da qualidade de vida (BRASIL, 2007).
2.2.5 Disseminao da informao e utilizao dos meios de comunicao
para preveno e promoo da sade
A rea de Sade Ambiental compreende aes de planejamento e de gestopara o controle das situaes de risco e para a avaliao das intervenes. A
disseminao da informao, mediante a utilizao dos meios de comunicao para a
preveno e a promoo da sade, precisa estar inclusa no planejamento (BRASIL,
2007).
A mdia, pelo alcance necessrio das iniciativas de controle ao risco sobre a
sade humana, deve ser requisitada e utilizada em prol da sade ambiental. Da mesma
forma, requer-se um sistema de informao organizado e integrado, para anlise e
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comunicao, de forma ampla e articulada, que facilite a operacionalizao da vigilncia
em sade ambiental (BRASIL, 2007).
No mbito do Ministrio da Sade, uma questo limitante como o
arcabouo institucional fragmenta a vigilncia sade. De igual forma, indaga-se comoisso se repercute no SUS como um todo. A discusso sobre a vigilncia em sade
ambiental necessariamente precisa ser pensada na perspectiva de se identificar as
interfaces das diferentes vigilncias (ambiental, epidemiolgica, em sade do
trabalhador, sanitria e dos laboratrios de sade pblica) para facilitar a ao
integrada, especialmente no nvel local. As diferenas entre as vigilncias no se do
em relao s definies, pois estas so muito prximas, mas sim do ponto de vista
operacional e da instrumentalizao destas. Na verdade, o que se faz necessrio otrabalho em sistemas integrados (BRASIL, 2007).
Sem a necessidade de que se caia em uma interminvel discusso
epistemolgica, deve-se optar por um encaminhamento prtico para as aes que o
Ministrio da Sade deve definir como de sua atribuio, a fim de que possa integrar,
com outros setores governamentais e no-governamentais, uma verdadeira ao
intersetorial, de cooperao, para as aes de responsabilidade que seriam assumidas,
cada qual segundo sua competncia institucional. Sendo assim, o MS deve internalizar
a dimenso ambiental em suas aes e na sua reflexo para possibilitar o dilogo com
os demais setores (BRASIL, 2007).
Os espaos de desenvolvimento humano, ou seja, os territrios legtimos
submetidos a macrocontextos e estruturados por microcontextos se localizam nos nveis
locais. Por essa razo, onde se pode desenvolver a integrao das aes de
vigilncia. Cada uma das vigilncias setoriais possui atribuies na ponta do sistema de
sade. Nesse sentido, o papel do gestor local estratgico, e sua capacitao requer
um esforo conjunto e definido no nvel central do sistema de sade (BRASIL, 2007).
Em relao Vigilncia em Sade Ambiental, a constante discusso do
prprio objeto e da rea de atuao est permitindo o direcionamento das futuras
atribuies e dos fluxos lgicos e operacionais, prevendo a incluso das bases de dados
demogrficos, de informaes afins, incluindo as de sade, e a adoo de anlises
epidemiolgicas e espaciais. Sob a responsabilidade da Coordenao-Geral de
Vigilncia em Sade Ambiental (CGVAM/SVS) encontram-se a estruturao e a
integrao dos diferentes sistemas de informaes para a vigilncia em sade
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ambiental, sistemas que objetivam a efetivao da Poltica Nacional de Informao e
Informtica em Sade (BRASIL, 2007).
O estabelecimento de fluxo de informaes, atravs da Ripsa, exigido pela
essncia funcional dos sistemas de informao. Operao e funcionalidade centram aconcepo dessas ferramentas, em que as previses para inmeras situaes e o
planejamento prvio aproximam a implantao de aes de preveno, controle e
remediao necessidade real. Desse modo, esforos e recursos destinados
manuteno das condies de sade e identificao de riscos podem ser otimizados no
planejamento e na execuo das medidas pertinentes (BRASIL, 2007).
2.2.6 Articulao institucional estratgica
Para a efetiva implantao da Poltica Nacional de Sade Ambiental
necessrio garantir sua consolidao poltica, financeira, institucional e operacional.
Por consolidao poltica entende-se a garantia de sua implantao no
mbito do SUS, definindo o seu arcabouo terico conceitual, oficializado por
instrumentos legais especficos e legitimados pelos diversos fruns de participao
social. Os recursos financeiros necessrios para a execuo da poltica devem ser
discutidos e definidos no mbito dos diversos fruns decisrios das polticas de sade
nas trs esferas de governo e nas esferas das polticas de reas afins (BRASIL, 2007).
A viabilizao e a consolidao desta poltica ocorrero por meio de uma
rede institucional e hierarquizada de vigilncia em sade, nas trs esferas de governo,
respeitadas as atribuies definidas nas legislaes vigentes (BRASIL, 2007).
As atribuies do Ministrio da Sade, nesse tocante, sero a de coordenar
a Poltica Nacional de Sade Ambiental, na esfera nacional, e a de apoiar
institucionalmente e financeiramente a execuo das aes de vigilncia em sade
ambiental nos estados e municpios, nas suas respectivas esferas (BRASIL, 2007).Na operacionalizao apontam-se, de forma geral, as principais aes que
precisariam ser desenvolvidas para a implementao da poltica: (1) a adequao e a
ampliao da capacidade institucional para a Vigilncia em Sade Ambiental; (2) o
fortalecimento de uma cultura participativa favorecedora de ambientes saudveis; (3) a
identificao pactuada dos fatores de risco sade humana e a preveno de efeitos
deletrios sade; (4) o fortalecimento da rede de laboratrios para Vigilncia em
Sade Ambiental; (5) a organizao e o fortalecimento dos sistemas de informao emsade ambiental; (6) a elaborao de normas e procedimentos relativos s aes de
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preveno e controle de fatores de risco (ou dele decorrentes) que tenham repercusso
na sade; (7) a gesto integrada em Sade Ambiental; (8) a definio das intervenes
especficas nas situaes de emergncia; (9) a avaliao, o gerenciamento e a
comunicao de risco sade; (10) a definio de indicadores de Sade Ambiental;(11) a efetivao de mecanismos e instrumentos de educao permanente em sade
ambiental; e (12) o desenvolvimento de mecanismos de cooperao tcnica (BRASIL,
2007).
Mais ainda, para alm da vigilncia ambiental no mbito do SUS, a Poltica
Nacional de Sade Ambiental dever se constituir numa estratgia de articulao,
sinergia e integrao das aes j empreendidas por vrias instncias de governo
situadas em outros Ministrios, bem como das iniciativas efetuadas pela sociedade civil(BRASIL, 2007).
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3 PORTARIA N 586, DE 14 DE JULHO DE 2014
Dispesobre as diretrizes para atuao em Educao em Sade Ambiental
na FUNASA. A Fundao Nacional de Sade (FUNASA) tem o papel de fomentar o
desenvolvimento de aes de Educao em Sade Ambiental visando a promoo da
sade no mbito do Sistema nico de Sade (SUS) (BRASIL, 2014).
Os princpios e diretrizes para atuao em Educao em Sade Ambiental
para promoo da sade so baseados nos seguintes conceitos:
I - A Poltica Nacional da Promoo da Sade - PNPS que distingue a
promoo da sade como uma das estratgias de produo da sade, um modo de
pensar e de operar articulado s demais polticas e tecnologias desenvolvidas no
sistema de sade brasileiro, contribuindo na construo de aes que possibilitamresponder s necessidades sociais em sade;
II - A Sade Ambiental, rea da sade pblica afeita ao conhecimento
cientifico e formulao de polticas e s correspondentes intervenes (aes)
relacionadas interao entre a sade humana e os fatores do meio ambiente natural
e antrpico que a determina, condiciona e influencia, com vistas a melhorar a qualidade
de vida do ser humano sob o ponto de vista da sustentabilidade;
III - O Subsistema Nacional de Vigilncia em Sade Ambiental quecompreende o conjunto de aes e servios prestados por rgos e entidades pblicas
e privadas, relativos vigilncia em sade ambiental, visando o conhecimento e a
deteco ou preveno de qualquer mudana nos fatores determinantes e
condicionantes do meio ambiente que interferem na sade humana, com a finalidade
de recomendar e adotar medidas de promoo da sade ambiental, preveno e
controle dos fatores de riscos relacionados s doenas e outros agravos sade;
IV - A Educao em Sade Ambiental que compreende um conjunto de
prticas pedaggicas e sociais, de contedo tcnico, poltico e cientfico, que no mbito
das prticas de sade ambiental um processo permanente e continuo na relao
instituio, sujeitos e coletividade para construo de valores, saberes, conhecimentos
e prticas que fortaleam as relaes sustentveis da sociedade humana na interao
sade, meio ambiente e desenvolvimento sustentvel para promoo da sade;
V - A Sustentabilidade em seus aspectos social, poltico, ambiental e
sanitrios entre outros, centrada no exerccio responsvel e consequente da cidadania,
com a distribuio equitativa da riqueza que gera, no se utilizando mais do que pode
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ser renovado, de modo a favorecer condies dignas de vida, sem comprometer o futuro
das prximas geraes;
VI - O Territrio como espao de relaes, no qual se manifesta a vida
cotidiana dos indivduos e das populaes. resultante de uma acumulao desituaes histricas, econmicas, ambientais, sociais e culturais que promovem
condies particulares para a produo de sade (BRASIL, 2014).
As aes de educao em sade ambiental para promoo da sade so
desenvolvidas considerando os seguintes princpios:
I - Ter o territrio de produo da sade como referncia de relaes e
atuao;
II - Ter os diferentes grupos populacionais e comunidades como sujeitos dasaes;
III - Ter a sade no modelo ecossistmico como o ponto de interao na
matriz sustentvel entre meio ambiente, economia e comunidades sendo o ambiente
um territrio vivo, dinmico onde se materializa a vida humana e a sua inter-relao com
o universo;
IV - Incentivar a participao dos sujeitos como protagonistas nas aes de
educao em sade ambiental para promoo da sade;
V - Respeitar o universo cultural das pessoas, formas de organizao das
comunidades e suas manifestaes no processo sade-doena considerando
experincias, valores, crenas, conhecimentos e prticas, tendo os respectivos
territrios como referncia;
VI - A interlocuo, o dilogo entre os saberes cientficos e populares, para a
produo compartilhada de conhecimentos, adequaes das prticas lgica de vida
da populao e a conformao dos territrios;
VII - A vulnerabilidade socioambiental como um ponto de partida para a
atuao em Educao em Sade Ambiental, para que os riscos em sade sejam
contextualizados em estratgias mais amplas de promoo da sade;
VIII - Ter as aes intersetoriais, integradas e supletivas com base nos
determinantes sociais da sade com vistas melhoria da qualidade de vida das
populaes (BRASIL, 2014).
A atuao tcnica em Educao em Sade Ambiental no mbito da
Fundao Nacional de Sade dar-se das seguintes formas:
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I-Formao de perfis compatveis para a atuao em Educao em Sade
Ambiental;
II - Em consonncia com a Poltica Nacional de Promoo da Sade e com
o Subsistema de Vigilncia Sade Ambiental;II - Mediante insero de aes e definio de metas estabelecidas no Plano
Plurianual - PPA;
III - De forma complementar e ou suplementar, em apoio s equipes dos
estados e municpios, no planejamento, execuo, monitoramento e avaliao de
projetos e aes de Educao em Sade Ambiental junto s populaes em situaes
de vulnerabilidade socioambiental e sanitria;
IV - Estabelecendo parcerias e articulaes com as trs esferas de governo,com instituies e organizaes da sociedade civil;
V - Com ampliao da discusso sobre as aes de educao em sade
ambiental como ao de promoo da sade e incluso social e sua insero nas
agendas territorializadas e sustentveis;
VI - Apoiando prticas locais que estimulem a promoo da sade,
participao e o controle social;
VII - Fomentando a formao de redes sociais para o fortalecimento das
aes de educao em sade ambiental;
VIII - Criando e implementando instrumentos de planejamento,
acompanhamento, monitoramento e avaliao;
IX - Elaborando indicadores de processo e de impacto das aes de
educao em sade ambiental;
X - Fomentando aes de educao em sade ambiental junto a municpios,
estados e Distrito Federal, com apoio tcnico e financeiro;
XI - Por meio de cooperaes tcnicas, estudos e pesquisas;
XII - Qualificando equipes tcnicas em educao em sade ambiental;
XIII - Apoiando a formao de Ncleos de Educao em Sade Ambiental
nas instncias estaduais e municipais do SUS, articulado com o Ministrio da Sade
(BRASIL, 2014).
As aes e projetos de Educao em Sade Ambiental so desenvolvidos e
promovidos com as seguintes finalidades:
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I - Fortalecer a transversalidade das aes com as reas tcnicas da
FUNASA;
II - Ampliar a discusso da ao de Educao em Sade Ambiental nas
instncias descentralizadas do SUS como poltica integrada de incluso social e depromoo da sade;
III - Apoiar tcnica e ou financeiramente, municpios, estados e Distrito
Federal no desenvolvimento de aes e projetos de educao em sade ambiental
voltados para diferentes comunidades e grupos populacionais, cujas populaes
encontrem-se em situaes de risco e vulnerabilidade socioambiental e sanitria,
visando a promoo da sade;
IV - Fomentar e desenvolver em carter suplementar e ou complementaraes de educao em sade ambiental junto aos municpios com comunidades
remanescentes de quilombos, ribeirinhas, extrativistas, assentamentos da reforma
agrria, rurais e outras de interesse das polticas pblicas;
V - Compartilhar e disseminar conhecimentos, prticas, experincias,
tecnologias sociais saudveis e sustentveis, metodologias emancipatrias e
inovadoras, de Educao em Sade Ambiental;
VI - Articular com gestores, profissionais, instituies afins, grupos sociais,
organizaes da sociedade civil, conselhos representativos com vistas
sustentabilidade dos projetos e aes de Educao em Sade Ambiental integradas s
agendas das polticas pblicas;
VII - Atuar de forma articulada com instituies governamentais em polticas
pblicas de interesse comum;
VIII - Estimular a participao e controle social na implementao e
sustentabilidade das diversas aes de sade ambiental e saneamento implementadas
pela FUNASA (BRASIL, 2014).
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4 EDUCAO EM SADE AMBIENTAL
A Fundao Nacional de Sade (Funasa) tem o papel de fomentar o
desenvolvimento de aes de Educao em Sade Ambiental visando incluso social,
a promoo e proteo da sade, por meio do apoio aos gestores e tcnicos dos
diversos nveis de gesto do Sistema nico de Sade (SUS) (FUNASA, 2015).
A Funasa reconhece a Educao em Sade Ambiental como uma rea de
conhecimento tcnico que contribui efetivamente na formao e o desenvolvimento da
conscincia crtica do cidado, estimulando a participao, o controle social e
sustentabilidade socioambiental, utilizando entre outras estratgias a mobilizao
social, a comunicao educativa/informativa e a formao permanente (FUNASA,
2015).Entende a Educao em Sade Ambiental como um conjunto de prticas
pedaggicas e sociais, de contedo tcnico, poltico e cientfico que no mbito das
prticas de ateno sade, deve ser vivenciada e compartilhada por gestores,
tcnicos, trabalhadores, setores organizados da populao e usurios do SUS
(FUNASA, 2015).
Baseia-se, entre outros princpios, no dilogo, reflexo, respeito cultura,
compartilhamento de saberes, ao participativa, planejamento e deciso local,participao, controle social, sustentabilidade socioambiental, mobilizao social e
incluso social (FUNASA, 2015).
4.1 EIXOS DE ATUAO DA FUNASA EM EDUCAO EM SADE
AMBIENTAL:
- Fomento a Educao em Sade Ambiental e Mobilizao Social em
Saneamento junto ao Programa Saneamento da Funasa (PAC I e II) e
demais programas;
- Estruturao do componente Educao em Sade Ambiental junto ao
Programa Nacional de Saneamento Rural;
- Fomento s aes de Educao em Sade Ambiental e Mobilizao
Social junto aos estados e municpios beneficiados com aes do
Programa gua para Todos: Cisternas do Semi rido;
- Fomento s aes de Educao em Sade Ambiental na Cooperao
Tcnica em Sade Ambiental e Saneamento Bsico;
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- Apoio tcnico por meio da Cooperao Tcnica em Sade Ambiental e
Saneamento Bsico visando insero e o desenvolvimento de aes de
Educao em Sade Ambiental;
- Produo de material educativo, didtico e pedaggico em apoio prticaeducativa e de mobilizao social em Sade Ambiental e Saneamento
Bsico;
- Incentivo busca de novas ferramentas e estratgias de aprendizagem
em Educao em Sade Ambiental, por meio de estudos e pesquisas,
com vistas ao aperfeioamento tcnico das atividades educativas
desenvolvidas no mbito da Funasa e junto aos parceiros do SUS
(FUNASA, 2015).
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5 AES ESTRATGICAS EM SADE AMBIENTAL
A Coordenao de Gesto de Aes Estratgicas de Sade Ambiental
(Cogae), inserida na estrutura organizacional do Departamento de Sade Ambiental
(Desam) por meio da Portaria Funasa n 200 de 15 de maro de 2012, tem como
propsito planejar e estruturar o apoio nas aes de resposta aos desastres
ocasionados por inundaes e apoio aos gestores de sistema ou soluo alternativa
coletiva de abastecimento de gua pblico na implementao do Plano de Segurana
da gua (PSA), dentro do mbito de atuao da Funasa (FUNASA, 2015).
5.1 ATUAO EM SITUAES DE DESASTRES
A Funasa vem se estruturando para apoiar os estados, municpios e Distrito
Federal nas aes de resposta aos desastres ocasionados por inundaes, de forma
complementar, quando demandada pelo Ministrio da Sade, conforme
Portarias Funasa n 1.032/13 e 1.079/13 que instituem, respectivamente, o Plano e o
Protocolo de Atuao da Funasa em Situaes de Desastres ocasionados por
Inundaes (FUNASA, 2015).
Esses instrumentos visam sistematizar as aes voltadas para o atendimento
populao exposta s situaes causadas por inundaes, contribuindo para o
fortalecimento das estratgias do Ministrio da Sade capazes de mitigar os impactos
negativos relacionados a sade em reas urbanas e rurais, de maneira a potencializar
a capacidade de resposta frente a estas situaes (FUNASA, 2015).
5.2 PLANO DE SEGURANA DA GUA
A Organizao Mundial de Sade (OMS) em suas diretrizes sobre qualidade
da gua para consumo humano (Guidelines for Drinking-Water Quality) aponta para
uma mudana de perspectiva, deslocando o foco principal do monitoramento do produtofinal (gua tratada), para a gesto preventiva de risco, como forma mais efetiva de
garantia da segurana da gua para consumo humano. Este fato evidenciado na 3
edio das diretrizes da OMS, publicada em 2004, ao propor a implantao da
metodologia de Plano de Segurana da gua (PSA) (FUNASA, 2015).
O PSA identifica e prioriza perigos e riscos em sistemas de abastecimento
de gua para consumo humano, desde o manancial at o consumidor. Esta metodologia
visa estabelecer medidas de controle para reduzir ou eliminar os perigos e riscos,
estabelecendo procedimentos para verificao da eficincia da gesto dos sistemas de
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controle da qualidade da gua, com base no diagnstico, monitoramento e avaliao da
bacia hidrogrfica ao consumidor final (FUNASA, 2015).
Entendendo a importncia do PSA, a Funasa tem se estruturado para apoiar
os responsveis pelos sistemas e/ou solues alternativas coletivas de abastecimentode gua para consumo humano na elaborao e implantao desta metodologia
(FUNASA, 2015).
5.2.1 Programa Nacional de Controle da Qualidade da gua (PNCQA)
A universalizao do servio de abastecimento de gua uma das grandes
metas para os pases em desenvolvimento, por ser o acesso gua, em quantidade e
qualidade, essencial para reduzir os riscos sade pblica (FUNASA, 2015).
O objetivo geral do Programa Nacional de Apoio ao Controle da Qualidade
da gua para Consumo Humano (PNCQA) fomentar e apoiar tecnicamente os
estados, Distrito Federal e municpios no desenvolvimento de aes, planos e polticas
para as aes de controle da qualidade da gua para consumo humano a fim de garantir
que a gua produzida e distribuda tenha o padro de qualidade compatvel ao
estabelecido na legislao vigente, visando promoo da sade e a melhoria do bem-
estar das populaes atendidas (FUNASA, 2015).
Reconhecendo a necessidade de avanar nesse tema, a Coordenao de
Controle da Qualidade da gua (Cocag), integrante do Departamento de Sade
Ambiental (Desam), da Fundao Nacional de Sade (Funasa), criou o Programa
Nacional de Apoio ao Controle da Qualidade da gua para Consumo Humano
(PNCQA), implementado em articulao com os prestadores de servios pblicos de
abastecimento de gua para consumo humano, rgos de meio ambiente, estados,
Distrito Federal e municpios, conforme procedimentos e padro de potabilidade
estabelecidos pelo Ministrio da Sade (FUNASA, 2015).O Programa prioriza aes em municpios com dificuldade na implementao
da Portaria n 518/GM, de 25 de maro de 2004, do Ministrio da Sade e reas de
interesse do Governo Federal, tais como comunidades quilombolas, reservas
extrativistas, assentamentos rurais e populaes ribeirinhas (FUNASA, 2015).
Atribuies do PNCQA
Coordenar, acompanhar e avaliar o fomento de apoio tcnico aos estados,
Distrito Federal e municpios nas aes de controle da qualidade da gua para consumo
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humano, conforme procedimentos e padro de potabilidade estabelecidos pelo
Ministrio da Sade na Portaria n 518/GM, de 25 de maro de 2004
Fortalecer e integrar os laboratrios das Unidades Regionais de Controle da
Qualidade da gua para Consumo Humano (URCQA) Rede Nacional de Laboratriosde Sade Pblica priorizando a modernizao e implementao do Sistema de Gesto
da Qualidade, conforme requisitos especificados em normas tcnicas;
Estabelecer prioridades, objetivos, metas e indicadores para o apoio ao
controle da qualidade da gua pactuados na Comisso Intergestores Tripartite;
Participar da elaborao de diretrizes, normas e procedimentos relacionados
s aes de controle da qualidade da gua para consumo humano e reas afins, junto
aos rgos competentes de setores da vigilncia em sade, saneamento, meioambiente e recursos hdricos, das trs esferas de governo;
Coordenar a execuo de forma complementar das aes de controle da
qualidade da gua em situaes de vulnerabilidade e de desastres em articulao com
as demais reas competentes, junto aos estados, Distrito Federal e municpios;
Fomentar e coordenar o apoio execuo de aes estratgicas de controle
da qualidade da gua em reas de interesse especial do governo;
Fomentar e apoiar tecnicamente a implementao dos Planos de Segurana
da gua, conforme os princpios recomendados pela Organizao Mundial de Sade
(OMS) ou diretriz vigente;
Fomentar e apoiar tecnicamente as aes de fluoretao nos estados,
Distrito Federal e municpios, em articulao com os programas de Sade Bucal do
Ministrio da Sade;
Apoiar o desenvolvimento de estudos e pesquisas na rea de Controle da
Qualidade da gua para Consumo Hhumano;
Estabelecer parcerias em apoio s secretarias estaduais e municipais de
sade para o desenvolvimento de aes em consonncia com o Subsistema Nacional
de Sade Ambiental, do Ministrio da Sade (FUNASA, 2015).
5.3 PROGRAMA DE MELHORIA SANITRIA DOMICILIAR
Melhorias Sanitrias Domiciliares so intervenes promovidas nos
domiclios, com o objetivo de atender s necessidades bsicas de saneamento das
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famlias, por meio de instalaes hidrossanitrias mnimas, relacionadas ao uso da
gua, higiene e ao destino adequado dos esgotos domiciliares (FUNASA, 2015).
O Programa de MSD tem os seguintes objetivos:
Implantar solues individuais e coletivas de pequeno porte, com tecnologiasapropriadas;
Contribuir para a reduo dos ndices de morbimortalidade provocados pela
falta ou inadequao das condies de saneamento domiciliar;
Dotar os domiclios de melhorias sanitrias, necessrias proteo das
famlias e promoo de hbitos higinicos; e
Fomentar a implantao de oficina municipal de saneamento (FUNASA,
2015).O conceito de melhorias sanitrias, neste programa de repasse de recursos,
est relacionado ao saneamento individual do domiclio. Devem fazer parte da proposta
apresentada Funasa, na medida exata da necessidade domiciliar percebida de forma
integrada e devem ser combinados de acordo com as caractersticas da localidade
(FUNASA, 2015).
5.4 PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BSICO
Implantado em 1969 e atualizado em 2007, atravs da Lei 11.445/2007-
Regulamentada pelo decreto n 7.217/ 2010, esse plano tambm utiliza a educao em
sade ambiental para garantir saneamento bsico e melhor qualidade de vida. Algumas
das suas estratgias so:
- Fomentar a criao de ouvidorias nos prestadores de servios de
saneamento bsico.
- Apoiar a capacitao das administraes municipais para as aes de
saneamento bsico, promovendo a divulgao das responsabilidades legais vigentes,
por meio de esforo cooperado do Governo Federal com associaes de municpios.
- Enfatizar, como princpio da execuo da poltica de saneamento bsico, a
autonomia do titular na sua relao com os prestadores, bem como desenvolver
programas e aes com vistas a fortalecer o papel do titular. -- Desenvolver aes de
recuperao, reestruturao e revitalizao de operadores pblicos de saneamento
bsico, fortalecendo sua capacitao tcnica, aperfeioando os mecanismos e
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instrumentos de participao e controle social e fomentando a cooperao entre entes
federados.
- Garantir a concluso das intervenes fsicas implementadas com recursos
pblicos, com acompanhamento efetivo e participativo dos conselhos afins.- Promover o levantamento e a divulgao das melhores prticas de gesto
dos servios.
- Fomentar a comunicao social para a promoo de aes de saneamento
bsico, por meio da adoo de tcnicas e recursos pedaggicos de educao ambiental,
voltada para a garantia dos direitos de cidadania e a promoo da sade.
- Desenvolver prticas permanentes de educao ambiental para o
saneamento bsico, destinando-se parcela mnima dos recursos de programas e aes.- Intensificar em todos os nveis de escolaridade a educao ambiental para
o saneamento bsico, por meio de projetos pedaggicos e material educativo
adequados e da articulao com a Secretaria de Educao Bsica do Ministrio da
Educao, visando a incorporao do tema em seus programas.
- Promover campanhas de comunicao social, de forma a ampliar a
conscincia crtica quanto aos direitos ao saneamento bsico, com foco na promoo
da qualidade de vida da populao.
- Fortalecer a cultura da participao e do controle social por meio da
participao em conselhos, audincias pblicas, reunies comunitrias e demais aes
de mobilizao social que estimulem o envolvimento da sociedade.
- Fortalecer as instncias e mecanismos existentes de participao e controle
social, estimulando a criao de novas.
- Levantar e divulgar boas prticas de instncias e mecanismos de
participao e controle social, desenvolvendo-se estudos sobre experincias em outros
setores e sua potencial aplicao ao saneamento bsico.
- Promover a capacitao continuada de conselheiros e representantes de
instncias de participao e controle social em questes especficas de saneamento
bsico.
- Articular e mobilizar o setor de saneamento bsico para integrar os comits
de bacia, com vistas sua maior participao nas questes sobre o uso e manejo das
guas nas bacias hidrogrficas. Articular e mobilizar o setor de saneamento bsico para
integrar os conselhos de sade, meio ambiente e recursos hdricos.
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- Fomentar a confeco de adequado material para divulgao de
informaes sobre a prestao de servios, com indicadores apropriados.
- Criar espaos de discusso sobre saneamento bsico, orientados por
mobilizadores sociais, que estimulem a participao da comunidade e despertem seuinteresse para a implementao da poltica do setor.
- Promover o fortalecimento das instncias de controle social em saneamento
bsico e avaliar reconhecimento legal de seu carter deliberativo, reforando sua
capacidade de influenciar as polticas pblicas e divulgando boas prticas participativas.
- Promover campanhas para esclarecimentos e divulgao, junto aos titulares
dos servios, das exigncias legais para sua regulao e delegao (FUNASA, 2015).
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6 A ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA NA PROMOO DA SADE
AMBIENTAL
O profissional enfermeiro fundamental neste processo, visto que
geralmente o responsvel pelo gerenciamento das unidades de sade da famlia, e
no APA ele trabalha junto com a vigilncia ambiental, trabalho que consiste num
conjunto de aes que proporcionam o conhecimento e a deteco de mudana nos
fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interfere na sade
humana, que permitam identificar as medidas de preveno e controle de risco
ambientais. Lacerda relata que o enfermeiro em suas aes deve realizar a promoo
da sade ambiental, visando desenvolver aes preventivas na ateno primria
ambiental e identificar e ressaltar os riscos ambientais para a populao a ser assistida(LACERDA et al., 2010).
Em suma Lacerda (2010), relata que sade e ambiente so duas dimenses
inseparveis, sendo o ambiente indispensvel para a ocorrncia da existncia da vida.
O profissional de sade torna-se um agente importantssimo na promoo da sade
ambiental, visto que este capacitado a atuar com abordagem scio-ambiental tanto
no nvel individual, tanto coletivo. Na estratgia de sade da famlia conforme este
mesmo autor, o trabalho de promoo da sade ambiental deve ser realizado de formaarticulado, intersetorial, interdisciplinar de acordo com a realidade ambiental da
comunidade. Uma das ferramentas para o sucesso deste trabalho a educao
ambiental, em que a equipe dever comprometer-se com a ao preventiva, seja ela de
preveno e/ou controle na busca da transformao social visando um trabalho
humanizado, democrtico e dinmico para a promoo da qualidade de vida. Porm
no basta apenas a atuao dos profissionais no direcionamento das aes voltadas
para a promoo da sade ambiental, necessrio que haja uma poltica nacional
relacionada entre sade e ambiente realmente efetiva e cidados comprometidos na
construo da sade ambiental. Alm disso, notria a necessidade da conscientizao
da populao em geral a fim de que contribuam na construo da sade ambiental
(LACERDA et al., 2010).
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7 CONCLUSO
Com o processo de industrializao, neoliberalismo e globalizao
desencadeado pelos pases desenvolvidos ao longo dos tempos, houve uma grande
necessidade de descoberta e sntese de diversos servios e produtos novos, por parte
do homem, com uma descontrolada utilizao dos recursos naturais. A degradao do
meio ambiente est relacionada com o crescente desenvolvimento industrial, que, por
sua vez, pode desencadear inmeras situaes de risco sade do homem e no
ecossistema (ARAUJO, 2010).
A Vigilncia em Sade Ambiental busca a identificao de situaes de risco
ou perigo no ambiente que possam causar doenas, incapacidades e mortes com o
objetivo de adotar ou recomendar medidas para a remoo ou reduo da exposio aessas situaes de risco (ARAUJO, 2010).
O campo da Vigilncia em Sade Ambiental, de acordo com o Ministrio da
Sade - MS, compreende a rea da sade pblica, afeita aos conhecimentos cientficos,
formulao de polticas pblicas, s correspondentes intervenes (aes)
relacionadas a interao entre a sade humana, os fatores do meio ambiente 1 natural
e antrpico que a determinam, condicionam e influenciam, com vistas a melhoraria da
qualidade de vida do ser humano sob o ponto de vista da sustentabilidade (ARAUJO,2010).
A grande necessidade atual a produo de conhecimentos e prticas que
integram dimenses econmicas, sociais, polticas, ambientais e sanitrias ao
pensarmos problemas em sade ambiental em sua relao com o desenvolvimento e
sustentabilidade, assim como possveis estratgias de promoo da sade, de carter
emancipatrio, que articulem a to propalada relao local-global em todos os sentidos
(ARAUJO, 2010).
A Vigilncia em Sade Ambiental com os condicionantes e determinantes
que afetam sade humana, tem um papel fundamental dentro das aes do setor
sade que so realizadas pelos municpios, a sua implantao vm de encontro s
atribuies dos SUS, que so antever os riscos que podem ser causadas por diferentes
fatores tanto biolgicos e no biolgicos. O conjunto das aes preventivas que so
desempenhadas pela vigilncia, traz sem dvida uma grande melhoria na qualidade de
vida da populao e do ecossistema, entretanto, devemos entender os impactos das
atividades humanas sobre o meio ambiente e as conseqncias deste impacto que
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afetam sade da populao. necessrio propor estratgias de ao que, a partir do
conhecimento cientfico, tecnolgico e acadmico, possamos ajudar na harmonia, na
construo de atitudes e prticas saudveis entre o homem e a natureza.
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8 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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BRASIL, Ministrio da Sade. Portaria n 586, de 14 de julho de 2014. Dispe sobreas diretrizes para atuao em Educao em Sade Ambiental na FUNASA. DirioOficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Poder Executivo, Braslia, DF, 2014.
BRASIL. Ministrio da Sade. Conselho Nacional de Sade. Subsdios paraconstruo da Poltica Nacional de Sade Ambiental / Ministrio da Sade,Conselho Nacional de Sade.Braslia : Editora do Ministrio da Sade, 2007.
Fundao Nacional de Sade. Sade ambiental. FUNASA, Braslia, [S.l.]. Disponvelem:< http://www.funasa.gov.br/site/saude-ambiental/ >. Acesso em mar. 2015.
GUIMARES, Francisco Tavares. Educao ambiental como domnio dapromoo da sade: conversaes pedaggicas no mbito da Estratgia deSade da Famlia. [S.l.], 2010.
LACERDA, G.C.; MARQUES, M.S.; PEREIRA, B.S. A promoo da sade
ambiental no contexto do programa de sade da famlia.C&D-Revista Eletrnicada Fainor, Vitria da Conquista, v.3, n.1, p.2-11, jan./dez. 2010