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METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE: Um caso Prático de Inteligência Competitiva no Inmetro Isabel Moniz Aragão de Lemos Loureiro Luciana Frechette Pinheiro PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ESPECIALISTA EM GESTÃO DO CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA EMPRESARIAL. Aprovado por: _______________________________________ Prof: Marcos do Couto Bezerra Cavalcanti, D.Sc. _______________________________________ Prof: Ronaldo Cavalheiro, Ph.D _______________________________________ Paulo Roberto Braga e Mello Rio de Janeiro, RJ – Brasil Novembro de 2004

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METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE:

Um caso Prático de Inteligência Competitiva no Inmetro

Isabel Moniz Aragão de Lemos Loureiro Luciana Frechette Pinheiro

PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ESPECIALISTA EM GESTÃO DO CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA EMPRESARIAL. Aprovado por:

_______________________________________ Prof: Marcos do Couto Bezerra Cavalcanti, D.Sc.

_______________________________________ Prof: Ronaldo Cavalheiro, Ph.D

_______________________________________ Paulo Roberto Braga e Mello

Rio de Janeiro, RJ – Brasil Novembro de 2004

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LOUREIRO, I. M. A . L; PINHEIRO, L, F.

Metodologia para o Programa Brasileiro de Avaliação

da Conformidade : Um Caso Prático de Inteligência

Competitiva no Inmetro. [Rio de Janeiro] 2004

VI, 70 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ,

Especialização, Engenharia de Produção, 2004 )

Projeto Final – Universidade Federal do Rio de Janeiro,

COPPE

1. Inteligência Competitiva 2. Gestão do Conhecimento

3. Programa Brasileiro de Avaliação da Conformidade

4.Metodologia de Coleta

I. COPPE/UFRJ II. Título (série).

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Agradecimentos Gostaríamos de manifestar aqui nossos agradecimentos a todos os que

colaboraram para a realização deste trabalho. Ao Paulo Roberto Braga e Mello, Chefe da Divit/Inmetro, pelo incentivo e

orientação prestada, com o intuito de nos ajudar na realização deste Projeto. À Elaine Coutinho Marcial, Presidente da Associação Brasileira de

Analistas de Inteligência Competitiva – ABRAIC, nossos agradecimentos pelo apoio e colaboração na disponibilização de informações que foram fundamentais para a realização deste Projeto.

Ao Hélio Santiago Vaitsman, pela grande colaboração que nos foi

prestada, mostrando boa-vontade, dedicação e disponibilidade em nos ajudar. Ao Alfredo Lobo – Diretor da Dqual/Inmetro e Gustavo Kuster – Chefe da

Dipac, pela atenção e viabilização da nossa participação em reuniões sobre o Estudo de Viabilidade Técnica – EVTE dos produtos, processos e serviços.

Ao professor Ronaldo Cavalheiro e André Pereira, por toda a atenção

prestada no desenvolvimento do trabalho. Ao Reinaldo Balbino Figueiredo, Diretor Técnico para a Certificação de

Produtos do Instituto Nacional de Normalização Americano – ANSI, pelas informações disponibilizadas sobre a atividade de avaliação da conformidade no exterior.

Ao Guilherme Witte e Juliana Calomeni, técnicos da Dipac que muito nos

ajudaram com informações sobre o EVTE. À Maíra e Alexandre Magno, na elaboração das referências

bibliográficas e identificação de conceitos para a Atividade de Inteligência Competitiva.

Ao André da Divit, que nos ajudou na elaboração das transparências

apresentadas. Aos nossos familiares e amigos pela compreensão, apoio e estímulo,

tanto no decorrer do Curso como na elaboração do presente trabalho.

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Resumo do Projeto Final apresentado à COPPE/UFRJ como parte dos

requisitos necessários para a obtenção do grau de Especialista em Gestão do

Conhecimento e Inteligência Empresarial

METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO DA

CONFORMIDADE:

Um Caso Prático de Inteligência Competitiva no Inmetro

Isabel Moniz Aragão de Lemos Loureiro

Luciana Frechette Pinheiro

Novembro/2004

Orientador: Ronaldo Cavalheiro

Coorientador: Hélio Santiago Vaitsman

Programa: Engenharia de Produção

Este trabalho apresenta o desenvolvimento de um Projeto de Inteligência

Competitiva para ser executado pelo Macroprocesso de Informação

Tecnológica para Metrologia e Qualidade do Inmetro. O objetivo deste trabalho

é a elaboração de uma Metodologia de Coleta de Informações para atender ao

Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica - EVTE do Programa Brasileiro da

Avaliação da Conformidade do Inmetro. Esta Metodologia teve a sua

aplicabilidade testada através de um Produto Piloto e seus resultados estão

descritos neste Projeto. Na elaboração deste projeto apresentamos também os

conceitos principais sobre Qualidade, Avaliação da Conformidade e EVTE de

Produtos, Processos e Serviços, a estratégia da empresa, o seu diagnóstico e

as competências necessárias ao profissional da Informação.

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Abstract of Final Project presented to COPPE/UFRJ as a partial of the

requirements for the degree of specialist in Knowledge Management and

Business Inteligence.

METHODOLOGY FOR THE BRAZILIAN PROGRAM OF CONFORMITY

ASSESSMENT :

a Practical Case of Competitive Intelligence in the Inmetro

Isabel Moniz Aragão de Lemos Loureiro

Luciana Frechette Pinheiro

November/2004

Advisor: Ronaldo Cavalheiro

Coadvisor: Hélio Santiago Vaitsman

Department: Industrial Engineering

This work presents the development of a Project of Competitive Intelligence to

be executed by Macroprocesso de Technological Information for Metrology and

Quality by Inmetro. The objective of this work is the elaboration of a

Methodology of Collection of Information to take care of to the feasibility study

Technique and Economic of the Brazilian Program of Conformity Assessment in

the Inmetro. This Methodology had its applicability tested through a Product

Pilot and its results are also present. In the elaboration of the Project, we also

present the main concepts on Quality, Conformity Assessment and EVTE of

Products,Processes and Services, the strategy of the company, its diagnosis

and the necessary abilities for the information profissional.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 3

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................... 3 1.2 QUALIDADE ............................................................................................ 3 1.3 AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE................................................................ 5 1.4 PROGRAMA BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE ...................... 6 1.5 ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DOS PRODUTOS, PROCESSOS E SERVIÇOS - EVTE ...................................................................... 7 1.6 MODELO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO ............................................... 9

2 ESTRATÉGIA DA EMPRESA .................................................................. 10

2.1 MISSÃO E VISÃO DE FUTURO ................................................................. 11 2.2 DIRETRIZES E OBJETIVOS ESTRATÉGICOS INSTITUCIONAIS....................... 11 2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .............................................................. 12 2.4 ÁRVORES DE OBJETIVOS....................................................................... 13 2.5 MACROPROCESSO AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE PRODUTOS, PROCESSOS E SERVIÇOS – AC........................................................................ 14 2.6 MACROPROCESSO DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA PARA METROLOGIA E QUALIDADE – ITQM........................................................................................ 15

3 DIAGNÓSTICO......................................................................................... 16

3.1 EVOLUÇÃO DO INMETRO........................................................................ 16 3.2 SITUAÇÃO ATUAL.................................................................................. 17 3.3 LOCALIZAÇÃO E INFRA-ESTRUTURA ........................................................ 20

4 IDENTIFICAÇÃO E JUSTIFICATIVA ....................................................... 31

5 PLANO DE AÇÃO .................................................................................... 33

5.1 METODOLOGIA PARA COLETA DE INFORMAÇÕES ..................................... 33 5.2 PLANEJAMENTO.................................................................................... 34 5.3 COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS .............................................................. 44 5.4 UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ........................................ 46

6 PLANO DE AVALIAÇÃO ......................................................................... 49

6.1 PROJETO PILOTO ................................................................................. 49 6.2 AVALIAÇÃO DA METODOLOGIA ............................................................... 59

7 CONCLUSÃO ........................................................................................... 60

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 62

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ANEXOS

Anexo 1. Plano de Ação Quadrienal do PBAC 2004-2007............................ 64 Anexo 2. Árvore de Objetivos: Qualidade e Competitividade ........................ 68 Anexo 3. Árvore de Objetivos: Solidez e Excelência Institucionais ............... 69 Anexo 4. Macroprocesso de Avaliação da Conformidade de Produtos,

Processos e Serviços – AC....................................................................... 70 Anexo 5. Macroprocesso de Informação tecnológica para Metrologia e

Qualidade – ITQM..................................................................................... 71

FIGURAS

Figura 1. Contextualização do Projeto............................................................. 8 Figura 2. Estrutura Organizacional do Inmetro .............................................. 12 Figura 3. Modelo Churchill Fonte: Crie .......................................................... 19 Figura 4. Foto aérea do Campus do Inmetro em Xerém. .............................. 20 Figura 5. Universo de fontes de informação.................................................. 39 Figura 6. Fluxograma da Metodologia ........................................................... 48

TABELAS

Tabela 1. Competências e atribuições do Inmetro...................................... 17 Tabela 2. Entrevista com técnico da Dipac................................................. 52 Tabela 3. Lista de informações conhecidas e já confirmadas..................... 53 Tabela 4. Lista de informações a encontrar................................................ 53 Tabela 5. Fontes de Informação indicadas pela DIPAC ............................. 54 Tabela 6. Fontes de informação mapeadas ainda não utilizadas ............... 54 Tabela 7. Fonte mapeada, ainda não utilizada, indicada por outra fonte ... 54 Tabela 8. Fontes mapeadas no exterior ainda não utilizadas..................... 55 Tabela 9. Tentativas de coleta que falharam.............................................. 55 Tabela 10. Informações a serem coletadas e as tentativas que falharam .... 56 Tabela 11. Informação a ser registrada no cronograma de coleta................ 57 Tabela 12. Relatório Preliminar .................................................................... 58

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

Com a globalização dos mercados, o espaço para a criação de barreiras

tarifárias vem sendo reduzido. Porém, o benefício conquistado no comércio

internacional com a redução de entraves, tarifas, subsídios, questões

aduaneiras, etc, se contrapõe ao surgimento de outras barreiras, mais sutis, de

difícil identificação, mas com a mesma função: proteger mercados (AZEVEDO,

2003). Estas barreiras são chamadas de barreiras técnicas. Em vez de tributos

de importação ou subsídios em setores pouco produtivos, os países

desenvolvidos passaram a exigir que produtos estrangeiros cumpram rigorosas

normas técnicas para entrar em seus mercados.

Nesse contexto, a questão técnica torna-se também uma questão

estratégica. Assim, a adequada gestão da qualidade, normalização e avaliação

da conformidade representam um diferencial para as organizações.

1.2 QUALIDADE

A qualidade está presente, ou talvez, ausente, no cotidiano das pessoas

de uma forma parcial, intensa ou total. Quando falta energia elétrica, quando

não conseguimos realizar uma ligação telefônica ou quando utilizamos um

posto de combustível, a qualidade é lembrada.

Segundo a Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade – FPNQ –

“Qualidade é a totalidade de características de uma entidade (atividade ou um

processo, um produto, uma organização ou uma combinação destes), que lhe

confere a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas e implícitas dos

clientes” (FPNQ, 2004).

A qualidade observou diferentes abordagens ao longo do tempo,

mudando de uma atividade de inspeção e seleção de itens não-conformes,

com caráter fortemente corretivo, para o uso de técnicas estatísticas que

garantiriam a qualidade do produto de forma preventiva. Posteriormente a

ênfase mudou do produto para o processo. Paralelamente, passou-se a

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trabalhar com os sistemas de qualidade das empresas. Atualmente o conceito

evoluiu, além das fronteiras da empresa, abrangendo toda a cadeia onde essa

está inserida.

Com a globalização da economia, a qualidade de produtos e serviços

passou a ser considerada um pré-requisito para a sobrevivência da empresa.

Na acirrada competição imposta pelos mais diferentes mercados, não basta

contar com um bom produto para que a liderança nas vendas esteja garantida.

Mais do que uma preocupação adicional, a procura incessante pela qualidade e

a conquista de ferramentas que verifiquem essa postura são imprescindíveis.

A qualidade depende diretamente da normalização e da metrologia. Não

há qualidade se não houver especificação dos insumos, do produto final, das

metodologias de produção e de medição dos atributos-chave (ALGARTE &

QUINTANILHA, 2000).

A confiabilidade dos processos de medição é de fundamental importância

para o desenvolvimento e melhoria da qualidade de um produto. A coleta de

medidas e informações corretas sobre as características físicas, químicas,

funcionais e de desempenho de produtos são a base para a determinação da

conformidade, ou não do produto.

No Brasil, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial – Inmetro – objetiva fortalecer as empresas nacionais, aumentando

sua produtividade por meio da adoção de mecanismos destinados à melhoria

da qualidade de produtos e serviços.

Qualidade aqui entendida como o atendimento a requisitos especificados

em normas e regulamentos técnicos, especialmente no que diz respeito aos

aspectos de saúde, segurança e meio ambiente, é o produto final de todo o

trabalho desenvolvido pelo Instituto.

O Inmetro busca disponibilizar no mercado maior quantidade de produtos,

processos e serviços em conformidade com as normas e os regulamentos

técnicos, através da descentralização e da diversificação da sistemática de

avaliação da conformidade.

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1.3 AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

“Avaliação da Conformidade é um processo sistematizado, com regras

pré-definidas, devidamente acompanhado e avaliado, de forma a propiciar

adequado grau de confiança de que um produto, processo ou serviço, ou ainda

um profissional, atende a requisitos pré-estabelecidos em normas ou

regulamentos” (INMETRO, 2004).

A avaliação da conformidade é um poderoso instrumento para o

desenvolvimento industrial e para a proteção do consumidor. Entre os

benefícios que gera para todos os segmentos da sociedade, podemos destacar

o estimulo à concorrência justa (na medida em que indica, claramente, os

produtos, processos ou serviços que atendem aos requisitos especificados) e à

melhoria contínua da qualidade, o incremento das exportações e o

fortalecimento do mercado interno. Para os agentes reguladores, os programas

de avaliação da conformidade representam um importante instrumento para

tornar efetivo o cumprimento dos regulamentos por eles estabelecidos e

facilitar a fiscalização por eles exercida.

O grande desafio da avaliação da conformidade é sua utilização como

regulador de mercados. A adoção de programas de avaliação da conformidade,

obedecendo a práticas internacionais, propicia o reconhecimento mútuo entre

programas de diferentes países, permitindo um natural fluxo de produtos, sem

o ônus da repetição dos ensaios e avaliações nos países compradores (LOBO,

2003).

Na área de avaliação da conformidade, o Inmetro é o único acreditador

oficial do Estado Brasileiro, seguindo a tendência internacional atual de apenas

um credenciador por país ou economia. O Inmetro é reconhecido

internacionalmente como o organismo de acreditação brasileiro e o único que

possui este reconhecimento na América Latina (MACHADO, 2002).

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1.4 PROGRAMA BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

O Inmetro, órgão gestor do Sistema Brasileiro de Avaliação da

Conformidade1 (SBAC), orienta o esforço brasileiro na formulação do Programa

Brasileiro de Avaliação da Conformidade – PBAC, cujo objetivo é promover

uma visão de longo prazo para a gestão estratégica da atividade de Avaliação

da Conformidade no País.

Em 2004 foi aprovado pelo Conselho Nacional de Metrologia,

Normalização e Qualidade Industrial2 (Conmetro) o Programa Brasileiro da

Avaliação da Conformidade 2004-2007, onde são tratadas na primeira parte, as

questões de caráter estratégico, a segunda engloba aspectos táticos e

operacionais, incluindo o Plano de Ação Quadrienal (Anexo 1), a questão da

seleção entre os diversos mecanismos para avaliação da conformidade e os

critérios de acompanhamento e Avaliação do Sistema Brasileiro de Avaliação

da Conformidade como um todo. O Programa foi idealizado e será

desenvolvido com base na participação de segmentos importantes da

sociedade, em particular agentes reguladores dos setores produtivos, das

entidades publicas e privadas de defesa do consumidor, além do meio

acadêmico e das entidades que constituem a infra-estrutura básica de

avaliação da conformidade no país.

O Plano de Ação Quadrienal tem por objetivo definir os produtos,

processos e serviços para os quais serão desenvolvidos programas de

avaliação da conformidade.

Partindo da premissa de que a atividade de avaliação da conformidade

causa impacto em diferentes segmentos da sociedade, o Plano se propõe a

reuni-los a fim de identificar e priorizar suas demandas. A partir de um

levantamento minucioso, obtêm-se informações acerca de um conjunto de

1 SBAC é um Sistema criado pelo Conmetro, como um subsistema do Sinmetro destinado ao desenvolvimento e coordenação das atividades de avaliação da conformidade no seu âmbito. 2 Conmetro é um colegiado interministerial que exerce a função de órgão normativo do Sinmetro e que tem o Inmetro como sua Secretaria Executiva. Integram o Conmetro os Ministérios do Desenvolvimento e Indústria e Comércio Exterior; da Ciência e Tecnologia; da Saúde; do Trabalho e Emprego; do Meio Ambiente; das Relações Exteriores; da Justiça; da Agricultura; Pecuária e do Abastecimento; da Defesa; o Presidente do Inmetro e os Presidentes da ABNT, da Confederação Nacional da Indústria - CNI e o do Instituto de Defesa do Consumidor – IDEC.

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produtos, o que permite traçar prioridades, com vistas a orientar e otimizar os

esforços do Inmetro.

A relação de produtos, serviços e processos apresentada no Plano de

Ação Quadrienal do PBAC 2004-2007, resultou do envio de um questionário,

ao longo de 2003, a 1506 entidades representativas dos segmentos públicos e

privados.

Submetidos à Metodologia de Identificação e Priorização de Demandas,

que foi amplamente divulgada, 55 itens foram selecionados em duas reuniões e

em seguida validados pelo Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade3

(CBAC), compondo a lista de produtos, serviços e processos que foi aprovada

pelo Conmetro.

1.5 ESTUDO DE V IABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DOS PRODUTOS ,

PROCESSOS E SERVIÇOS - EVTE

A Diretoria de Qualidade do Inmetro (Dqual) através da sua Divisão de

Programas de Avaliação da Conformidade (Dipac) é responsável por coordenar

e gerenciar os estudos de viabilidade, o desenvolvimento, a implantação, o

acompanhamento e a avaliação de programas de avaliação da conformidade

junto ao setor produtivo, aos órgãos regulamentadores e aos consumidores.

Os estudos de viabilidade técnica e econômica dos produtos, processos e

serviços é que irão definir quais serão os tipos de avaliação da conformidade

(que pode ser voluntária ou compulsória) e quais os mecanismos de avaliação

da conformidade que serão adotados para aquele produto, processo ou

serviço. O mecanismo de avaliação da conformidade é um processo que

associa o agente econômico que realizará a avaliação às ferramentas de

avaliação da conformidade (coleta de amostras, ensaios, auditorias, etc.). O

agente econômico poderá ser de 1ª parte (realizada pelo próprio fornecedor),

de 2ª parte (realizada pelo comprador) ou de 3ª parte (realizada por instituição

acreditada pelo Inmetro).

Para subsidiar a escolha do mecanismo de avaliação da conformidade é

extremamente necessário que se tenha informações sobre o produto, processo

3 O CBAC é o Comitê assessor do Conmetro constituído por representantes das partes interessadas nos diferentes mecanismos da avaliação da conformidade.

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ou serviço que será avaliado, a coleta dessas informações é parte integrante

do EVTE. Atualmente é a Dipac que vai implementar pela primeira vez o

EVTE, necessitando para isto de informações.

A Divisão de Informação Tecnológica (Divit) ou Unidade de Informação

Tecnológica, subordinada à Coordenadoria de Planejamento do Inmetro

(Cplan), identificou a falta de uma sistemática para a coleta de informações que

subsidiem o EVTE. O presente trabalho vem propor uma metodologia de coleta

dessas informações.

O que se pretende com essa metodologia é garantir a completude e

uniformização da coleta. O serviço será realizado pela Unidade de Informação

Tecnológica que é o setor que possui competência necessária para a execução

da metodologia e organização dos dados coletados. Dessa forma, os técnicos

da Dipac serão liberados desta tarefa e irão receber os insumos necessários

para a realização do objetivo fim de seu trabalho, a implantação dos programas

de avaliação da conformidade dos Produtos, Processos e Serviços.

Figura 1. Contextualização do Projeto

Qualidade

Avaliação da Conformidade

Inmetro

EVTE

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1.6 MODELO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO

Para a elaboração desse projeto, seguimos o modelo de projeto de

Gestão do Conhecimento do Centro de Referência em Inteligência Empresarial

(CRIE), que compreende as seguintes fases:

��Analisar a estratégia da empresa

��Fazer diagnóstico

��Identificar o projeto

��Elaborar plano de ação

��Elaborar plano de avaliação

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2 ESTRATÉGIA DA EMPRESA

O Inmetro é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC, que atua como

Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e

Qualidade Industrial (Conmetro), colegiado interministerial, que é o órgão

normativo do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial4 (Sinmetro).

O Inmetro é a única autarquia do Governo Federal que tem um Contrato de

Gestão assinado com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior tendo como intervenientes o Ministério da Fazenda e o Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão. Em dezembro de 2002 o Contrato de

Gestão do Inmetro foi mais uma vez renovado para um novo período, de três

anos, 2003/2005.

O Contrato de Gestão é um dos instrumentos integrantes do Plano Diretor

da Reforma do Aparelho do Estado e tem como objetivo dotar as entidades que

o assinam de maior autonomia administrativa e gerencial em troca de metas de

desempenho e instrumentos de controle consubstanciados no próprio contrato.

Tais entidades, quando autarquias, recebem o status de Agência Executiva ao

assinarem o referido contrato.

O Plano Estratégico do Inmetro 2002-2010 foi elaborado de forma

articulada com os compromissos do Inmetro estabelecidos no Contrato de

Gestão e no Plano Plurianual do Governo Federal (PPA).

O documento apresenta a missão e a visão de futuro do Inmetro e destaca

os principais resultados a serem alcançados pela instituição. As diretrizes

estratégicas estão associadas com objetivos estratégicos. Podemos observar

também que os resultados planejados estão quantificados em indicadores de

desempenho que pretendem ser permanentemente monitorados.

4 Sinmetro é um sistema público brasileiro, constituído por entidades públicas e privadas, que exerce atividades relacionadas com metrologia, normalização, qualidade industrial e certificação de conformidade.

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2.1 M ISSÃO E V ISÃO DE FUTURO

Missão:

“Promover a qualidade de vida do cidadão e a competitividade da

economia através da metrologia e da qualidade”.

Visão de Futuro:

“Consolidar-se como referencial de confiança junto à sociedade brasileira,

equiparando-se aos melhores do mundo, e dispor de autonomia de gestão”.

2.2 D IRETRIZES E OBJETIVOS ESTRATÉGICOS INSTITUCIONAIS

O Plano Estratégico do Inmetro afirma que as Diretrizes Estratégicas

traduzem os compromissos da Instituição com a realização de sua Missão e

Visão de Futuro, tendo em vista as tendências da sociedade e os balizamentos

governamentais. São elas:

I. Qualidade para o Cidadão.

II. Competitividade de Produtos e Serviços Brasileiros.

III. Solidez e Excelência Institucionais

A primeira diretriz diz respeito à busca da qualidade para o cidadão através

da educação e proteção do consumidor.

A segunda refere-se à contribuição que o Inmetro pode oferecer para o

aumento da competitividade de produtos e serviços brasileiros. Indica que as

ações do Instituto deverão voltar-se para apoiar a exportação brasileira e

fortalecer o controle de requisitos de qualidade e segurança de produtos

importados.

A terceira diretriz estratégica trata-se de um requisito para a efetivação das

diretrizes anteriores. Focaliza a integração e flexibilização do sistema de gestão

do Inmetro e a busca de crescentes níveis de eficiência, eficácia e efetividade

institucionais.

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2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Do ponto de vista organizacional o Inmetro tem hoje a seguinte estrutura

(figura 2):

��Quatro Diretorias: Diretoria da Qualidade – Dqual, Diretoria de

Metrologia Cientifica e Industrial - Dimci, Diretoria de Metrologia Legal –

Dimel e Diretoria de Administração e Finanças – Diraf;

��Três Coordenações: Coordenação de Planejamento – Cplan,

Coordenação de Articulação Institucional - Caint e Coordenação de

Credenciamento (Cgcre);

��Procuradoria Jurídica;

��Auditoria;

��Ouvidoria.

Figura 2. Estrutura Organizacional do Inmetro

Fonte: Site do Inmetro – http://www.inmetro.gov.br

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É importante destacar que na Dqual está incluída a Divisão de

Programas de Avaliação da Conformidade – Dipac e na Cplan está a Divisão

de Informação Tecnológica – Divit, áreas relacionadas com o objetivo desse

Projeto.

Esta estrutura organizacional vertical convive com outra organizada por

macroprocessos que são:

��Avaliação da Conformidade de Produtos, Processos e Serviços - AC

(relativa à Dqual);

��Padronização de Unidades de Medida - PDUM (relativa à Dimci);

��Controle Metrológico – CM (relativo à Dimel);

��Credenciamento de Organismos e de Laboratórios - CRE (relativo à

Cgcre);

��Informação Tecnológica para a Metrologia e Qualidade - ITQM

(relativo a Cplan/Divit).

2.4 ÁRVORES DE OBJETIVOS

Nas árvores de objetivos “Qualidade e Competitividade” (Anexo 2) e

“Solidez e Excelência Institucionais” (Anexo 3) define-se que os objetivos

estratégicos institucionais, voltados para fora e para dentro da organização

respectivamente contribuem para a realização das diretrizes estratégicas do

Inmetro. Além disso, em um processo em rede mostra-se como os objetivos

estratégicos dos macroprocessos agem, contribuindo através de ações para a

realização dos objetivos estratégicos e conseqüentemente para a as diretrizes

estratégicas e missão.

O monitoramento do planejamento estratégico institucional do Inmetro e

de seus macroprocessos permite que exista uma avaliação e adequação

permanente dos objetivos estratégicos dos macroprocessos às Diretrizes

Estratégicas da Instituição. O acompanhamento da realização das Diretrizes

Estratégicas do Inmetro permite que se faça as correções necessárias nos

processos de forma que eles contribuam de maneira decisiva para a realização

das Diretrizes Estratégicas.

Page 19: METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE ......Nesse contexto, a questão técnica torna-se também uma questão estratégica. Assim, a adequada gestão da qualidade, normalização

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A Diretoria da Qualidade – Dqual, na estrutura organizacional por

macroprocesso convive com o Macroprocesso de Avaliação da Conformidade

de Produtos, Processos e Serviços, escolhido para implantação deste Projeto.

2.5 MACROPROCESSO AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE PRODUTOS ,

PROCESSOS E SERVIÇOS – AC

O Macroprocesso de Avaliação da Conformidade de Produtos, Processos

e Serviços (Anexo 4) tem como objetivo prover as empresas do setor produtivo,

os órgãos regulamentadores, e os consumidores, de programas de avaliação

da conformidade às normas e regulamentos técnicos visando o aumento da

competitividade, a concorrência justa e a proteção do cidadão.

O produto do Macroprocesso de Avaliação da Conformidade é o

Programa de Avaliação da Conformidade, materializado pelo Regulamento de

Avaliação da Conformidade (RAC) do programa em questão.

A árvore do Macroprocesso Avaliação da Conformidade, indica como os

processos operacionais e projetos se alinham aos processos específicos e

esses aos objetivos estratégicos.

A Divisão de Programas de Avaliação de Conformidade – DIPAC é a

responsável por executar os seguintes processos operacionais apresentados

na árvore do Macroprocesso de Avaliação da Conformidade de Produtos,

Processos e Serviços como:

��Instrumentalização da avaliação da conformidade.

��Estudos de viabilidade de programas de avaliação da conformidade.

��Desenvolvimento de programas de avaliação da conformidade.

��Acompanhamento de programas de avaliação da conformidade.

Esses processos operacionais estão relacionados ao processo específico

“Elaboração e Implementação de Programas de Avaliação da Conformidade”

que é um dos processos que dá suporte para se cumprir o Objetivo Estratégico

“Diversificar e ampliar o número de produtos e serviços com a conformidade

avaliada”.

É importante ressaltar que o objetivo desse projeto está inserido no

contexto do processo operacional “Estudos de viabilidade de programas de

avaliação da conformidade”, gerenciado pela Dqual/Dipac.

Page 20: METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE ......Nesse contexto, a questão técnica torna-se também uma questão estratégica. Assim, a adequada gestão da qualidade, normalização

15

2.6 MACROPROCESSO DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA PARA

METROLOGIA E QUALIDADE – ITQM

A Coordenadoria de Planejamento - Cplan através da sua Divisão de

Informação Tecnológica – Divit convive com o Macroprocesso de Informação

tecnológica para Metrologia e Qualidade – ITQM (Anexo 5).

A Unidade de Informação tecnológica para Metrologia e Qualidade tem

como objetivo especifico prover todos os agentes e intervenientes na produção

de bens e serviços, especialmente às pequenas e médias empresas, e aqueles

nas relações de consumo, de informações em metrologia, avaliação da

conformidade e credenciamento, visando contribuir para o incremento da

competitividade, da confiabilidade de produtos e serviços, e do

desenvolvimento cientifico e tecnológico. Do ponto de vista interno visa buscar

externamente ao Inmetro as informações técnicas e estratégicas necessárias

para contribuir com a melhoria do desempenho das áreas finalísticas.

Assim, alinhada aos objetivos estratégicos institucionais, a Unidade de

Informação Tecnológica para Metrologia e Qualidade, através desse Projeto,

pretende implantar uma metodologia para coleta de informações para contribuir

com o aumento da qualidade final de um produto, processo ou serviço

submetido ao processo da avaliação da conformidade.

Page 21: METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE ......Nesse contexto, a questão técnica torna-se também uma questão estratégica. Assim, a adequada gestão da qualidade, normalização

16

3 DIAGNÓSTICO

Motivado pela necessidade de controlar a qualidade dos produtos e

serviços, o governo brasileiro criou o Inmetro como meio de alavancar o

avanço tecnológico no país e garantir a proteção da saúde e segurança do

cidadão.

Objetivando integrar uma estrutura sistêmica articulada, o Sinmetro, o

Conmetro e o Inmetro foram criados pela Lei 5.966, de 11 de dezembro de

1973, cabendo a este último substituir o então Instituto Nacional de Pesos e

Medidas (INPM) e ampliar significativamente o seu raio de atuação a serviço da

sociedade brasileira.

3.1 EVOLUÇÃO DO INMETRO

Durante a década de 80, período em que a economia era fechada, o

instituto teve atuação discreta. Na década de 90, o Inmetro deu início a um

processo de modernização institucional.

As transformações mais profundas no Instituto começaram com as

mudanças no Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial – Sinmetro. A reformulação do Sinmetro visou o seu ajustamento à

nova realidade da economia e da indústria brasileiras. No novo modelo, os

papéis e funções do Inmetro foram bastante impactados. O Instituto se afastou

de suas antigas funções operacionais e passou a assumir mais fortemente o

apoio às decisões e gestão do Sistema, a articulação das instituições

integrantes e a acreditação e supervisão dos organismos de certificação. O

Inmetro deixou também de exercer a função de registro de normas técnicas.

Para conferir ao Inmetro as capacidades e competências exigidas pelo

novo contexto, o Inmetro foi transformado em uma Agência Executiva por meio

do Contrato de Gestão com o MDIC, aprovado em 01/01/2003. O contrato lhe

garante certa autonomia administrativa em troca de metas de desempenho e

instrumentos de controle consubstanciados no próprio contrato.

Outras melhorias que ocorreram no processo de modernização do Inmetro

foram: a instalação efetiva do planejamento estratégico, a implantação e

Page 22: METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE ......Nesse contexto, a questão técnica torna-se também uma questão estratégica. Assim, a adequada gestão da qualidade, normalização

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operação de um moderno sistema de planejamento e acompanhamento

orçamentário, os aprimoramentos nos macroprocessos finalísticos, a

introdução de uma gestão centrada em uma hierarquia consistente de

indicadores, e o desenvolvimento e implantação de pesquisa de satisfação do

cliente/usuário (OLIVEIRA, 2002).

3.2 S ITUAÇÃO ATUAL

O Inmetro tem um Regimento interno aprovado em 09/07/2003. No

documento estão identificadas as competências e atribuições do Instituto.

Competências e atribuições do Inmetro

Executar as políticas nacionais de metrologia e da qualidade

Verificar a observância das normas técnicas e legais, no que se refere às unidades

de medida, métodos de medição, medidas materializadas, instrumentos de medição e

produtos pré-medidos.

Manter e conservar os padrões das unidades de medida, assim como implantar e

manter a cadeia de rastreabilidade dos padrões das unidades de medida no País, de forma a

torná-las harmônicas internamente e compatíveis no plano internacional, visando, em nível

primário, à sua aceitação universal e, em nível secundário, à sua utilização como suporte ao

setor produtivo, com vistas à qualidade de bens e serviços.

Fortalecer a participação do País nas atividades internacionais relacionadas com

metrologia e qualidade, além de promover o intercâmbio com entidades e organismos

estrangeiros e internacionais.

Prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho Nacional de Metrologia,

Normalização e Qualidade Industrial – Conmetro, bem assim aos seus comitês de

assessoramento, atuando como sua Secretaria-Executiva.

Fomentar a utilização da técnica de gestão da qualidade nas empresas brasileiras.

Planejar e executar as atividades de acreditação (credenciamento) de laboratórios de

calibração e de ensaios, de provedores de ensaios de proficiência, de organismos de

certificação, de inspeção, de treinamento e de outros, necessários ao desenvolvimento da

infra-estrutura de serviços tecnológicos no País

Coordenar, no âmbito do Sinmetro, a certificação compulsória e voluntária de

produtos, de processos, de serviços e a certificação voluntária de pessoal.

Tabela 1. Competências e atribuições do Inmetro. Fonte: Regimento Interno - Site do Inmetro

Page 23: METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE ......Nesse contexto, a questão técnica torna-se também uma questão estratégica. Assim, a adequada gestão da qualidade, normalização

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Os Sistemas de Planejamento são formais com a Coordenadoria de

Planejamento (Cplan) orientando a Instituição na elaboração do seu

Planejamento Estratégico.

Está implantado e encontra-se em pleno funcionamento um sistema de

planejamento e acompanhamento orçamentário bastante alinhado aos mais

modernos conceitos de planejamento e gestão.

Cerca de 75% de seu orçamento são cobertos por receitas próprias,

decorrentes de serviços que o Inmetro presta (como o fornecimento de padrões

para laboratórios que, por sua vez, têm indústrias como clientes; ou os

convênios com os institutos estaduais de pesos e medidas).

É definido como cliente do Inmetro o cidadão. O Inmetro mantém as

seguintes formas de relacionamento com seus clientes:

��Sistema de Atendimento ao Cidadão (SAC), através do 0300, Serviço

de Teleatendimento.

��Ouvidoria do Inmetro, ligada ao Gabinete da Presidência (Gabin), que

atende a sociedade por telefone ou e-mail e mantém os cadastros destes

clientes.

��Site do Inmetro com várias informações e serviços para o cidadão.

��Atendimento nas bibliotecas, disponibilizando informações sobre as

atividades da Instituição.

Em 2003, o Ibope fez uma pesquisa onde foram realizadas 2000

entrevistas, em todo o território nacional, com pessoas com idade de 16 anos

ou mais. O percentual da população que conhece o Inmetro cresceu 23% nos

últimos anos. O nível de confiança do Inmetro entre o total de entrevistados

cresceu 16% entre 1999 e 2003, tendo sido 64% em 1999 e 74% em 2003. Já

o percentual dos que confiam no Inmetro, entre aqueles que comprovaram

conhecer a Instituição e saber o que ela faz, é bem mais alto, tendo crescido 3

pontos percentuais neste mesmo período, chegando a 91% em 2003. Outra

informação relevante é que 83% desses entrevistados que comprovaram

conhecer o Inmetro e saber o que ele faz utilizam as informações do Instituto

nas suas decisões de compra.

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19

Várias ações em Gestão do Conhecimento estão acontecendo no

Inmetro, tais como seminários para a conscientização dos servidores sobre a

importância do tema. A Divisão de Recursos Humanos do Inmetro iniciou um

Projeto de Gestão de Competências, tendo como piloto a Diretoria de

Qualidade - Dqual. Este projeto permitirá entre outras ações, a modernização

da Divisão de Recursos Humanos na Diretoria de Administração – Diraf.

Para analisar a posição atual do modelo de gestão do Inmetro,

utilizaremos o Modelo Churchill apresentado na figura a seguir:

Figura 3. Modelo Churchill

Fonte: Crie

O modelo considera cinco estágios em que a empresa pode estar:

existência, sobrevivência, sucesso, decolagem e maturidade. Cada estágio é

caracterizado por: estilo gerencial, estrutura organizacional, sistemas formais

de controle, objetivos estratégicos, envolvimento do dono no negócio.

Baseado nesse modelo e nas informações que foram apresentadas sobre

o Inmetro, pode-se inferir que o Instituto encontra-se na fase de maturidade,

com as seguintes características: estilo gerencial descentralizado, estrutura

organizacional complexa, sistemas e planejamentos formais bem

Page 25: METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE ......Nesse contexto, a questão técnica torna-se também uma questão estratégica. Assim, a adequada gestão da qualidade, normalização

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desenvolvidos (gerenciamento e planejamento estratégico, sistemas de

custos).

3.3 LOCALIZAÇÃO E INFRA-ESTRUTURA

A sede do Inmetro fica no Rio Comprido, Rio de Janeiro. Estão instaladas

no Rio Comprido: a Presidência do Instituto (Presi), a Diretoria da Qualidade

(Dqual), Coordenadoria de Credenciamento (Cgcre), Coordenadoria de

Planejamento (Cplan), Coordenadoria de Articulação Internacional (Caint),

Procuradoria Jurídica (Proge), Auditoria (Audin) e Ouvidoria.

O campus de Xerém, de propriedade do Inmetro, fica no município de

Duque de Caxias, no interior de uma reserva florestal na base da serra de

Petrópolis, a 20 km desta cidade e a 40 km do centro do Rio de Janeiro.

Dispondo de 2,3 milhões de m2, dos quais 100 mil m2 de área construída

(laboratórios e unidades de apoio), o Campus de Xerém sedia três diretorias do

Inmetro: a Diretoria de Administração e Finanças (Diraf), a Diretoria de

Metrologia Legal (Dimel) e a Diretoria de Metrologia Científica e Industrial

(Dimci), cabendo a essas duas últimas toda a responsabilidade pela

coordenação da Metrologia no Brasil.

A rede de computadores do Rio Comprido está conectada ao Campus de

Xerém por uma linha de 2 Mbps.

Figura 4. Foto aérea do Campus do Inmetro em Xerém.

Fonte: Site do Inmetro

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No campus de Xerém está inserido o Parque Tecnológico de Xerém (PTX).

O parque visa propiciar às empresas de alta tecnologia ambiente para que

tenham na Metrologia um componente importante de desenvolvimento. É um

projeto corporativo estratégico do Inmetro e tem como objetivo fundamental

consolidar a missão e a vocação da instituição na promoção da inserção

competitiva da indústria nacional.

O PTX dispõe de uma infra-estrutura de apoio à produção de tecnologias

inovadoras especialmente aquelas ligadas à Metrologia e Qualidade Industrial.

Busca-se promover sinergia entre o Parque e os laboratórios do Inmetro, que

contam com excelente infra-estrutura e pessoal altamente qualificado.

Os três componentes básicos do projeto do Parque Tecnológico de Xerém

são:

��Parque de Empresas de base tecnológica, onde a Metrologia seja fator

de fundamental relevância no processo produtivo;

��Incubadora de Empresas, como centro empresarial voltado à inovação

tecnológica;

��Centro de Capacitação em Tecnologia Industrial Básica (CCTIB), como

vetor de alimentação do conhecimento inserido junto ao Parque.

3.3.1 Capitais do Conhecimento - Situação Atual no EVTE

Nesta seção faremos a apresentação da situação atual dos Capitais do

Conhecimento, no processo operacional Estudo de Viabilidade do Programa da

Avaliação da Conformidade do Macroprocesso de Avaliação da Conformidade

de Produtos, Processos e Serviços - AC, foco do nosso trabalho.

��Capital Estrutural

“O capital estrutural pode ser definido como um conjunto de sistemas

administrativos, conceitos, modelos, rotinas, marcas, patentes, programas de

computador, ou seja, a estrutura necessária para fazer a empresa funcionar”

(CAVALCANTI, 2001).

Consideramos a informação como pertencente ao capital estrutural da

Instituição.

Page 27: METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE ......Nesse contexto, a questão técnica torna-se também uma questão estratégica. Assim, a adequada gestão da qualidade, normalização

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A situação atual do capital estrutural no Processo Operacional EVTE

identifica no Macroprocesso AC, normas internas de procedimentos aprovadas

ou em fase de atualização. A norma interna geral (NIG-DQUAL-026) define os

Procedimentos para o Estudo de Viabilidade, Desenvolvimento e

Acompanhamento de Programas de Avaliação da Conformidade e já foi

aprovada pela Dipac. A norma interna técnica (NIT-DIPAC-014), está em fase

de aprovação e trata do método para desenvolvimento da sistemática de

avaliação da conformidade. Estas normas têm como objetivos orientar os

técnicos da Dipac, nos seus trabalhos do EVTE, desenvolvimento e

acompanhamento de programas de avaliação da conformidade.

As necessidades de informação para processos e serviços a terem a sua

conformidade avaliada ainda não foram identificadas pela Dipac, no caso de

produtos essas necessidades já estão definidas e sendo coletadas pela Dipac

de forma dispersa e sem uma metodologia própria. No momento algumas

equipes da Dipac já levantaram para alguns produtos a relação de normas e

regulamentos existentes.

O Sistema de Elaboração e Implementação de Programas de Avaliação

da Conformidade - Seipac, já está desenvolvido, e implantado na Dipac. Este

sistema informatizado servirá de subsídio aos técnicos da Dipac, para inserção

das informações coletadas no EVTE. Após a inserção dessas informações o

Seipac apontará a tendência para a escolha do tipo e/ou mecanismo de

avaliação da conformidade a ser aplicado no produto.

��Capital Ambiental

“Definimos como capital ambiental o conjunto de fatores que descrevem

onde a organização está inserida. São fatores expressos pelo conjunto das

características sócio-econômicas e pelos aspectos financeiros” (CAVALCANTI,

2001).

Para implementarmos o EVTE, o conhecimento do ambiente de

negócios de cada produto, processo ou serviço é fundamental para facilitar a

coleta das informações.

Na Dipac, a articulação com o seu ambiente de negócio se dá de forma

desarticulada. As informações que subsidiam o EVTE são coletadas no

ambiente externo sem um padrão específico e uma metodologia própria.

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Usualmente, a Dipac para coletá-las se dirige ao demandante do

produto, ou seja, a quem solicitou a avaliação da conformidade para através

dele procurar identificar o setor produtivo e regulamentador do produto em

questão.

A Dipac em reuniões com o setor produtivo obtém parte destas

informações sobre o produto, porém as necessidades de informações

referentes à análise de risco do produto e outras referentes à competitividade,

balança comercial, etc, não conhecidas pelo setor produtivo, ficam sem

resposta. Nestes casos cada equipe da Dipac tem uma forma de coletar esta

informação, algumas utilizam a sua sensibilidade e experiência no assunto para

responder as suas necessidades de informação.

��Capital Humano

O capital humano refere-se tanto à capacidade, habilidade e experiência

quanto ao conhecimento formal que as pessoas detêm e que agregam valor a

uma organização. É um ativo intangível que pertence ao próprio indivíduo, mas

que pode ser utilizado pela empresa para criar valor (CRIE, 2004).

As equipes da Dipac que vão desenvolver o EVTE já estão previamente

identificadas. Para cada grupo de produtos foi definido uma equipe de 1 a 3

técnicos, que se encontram com dificuldades para implementar o EVTE dos

produtos, por falta de experiência no assunto, e desconhecimento de uma

sistemática para identificação de fontes e coleta da informação.

��Capital de Relacionamento

O capital de relacionamento é aquele que valoriza e incentiva que uma

empresa estabeleça alianças estratégicas com os seus clientes, fornecedores,

sindicatos, governo e instituições financeiras, competidores, meios de

comunicação e grupos de interesse para ampliar sua presença no mercado.

(CAVALCANTI, 2001).

A Dipac não possui de forma organizada o cadastro das instituições com

as quais mantém relacionamento, instituições essas que serão consideradas

neste Projeto como fontes de informação e parte integrante do capital de

relacionamento da instituição.

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24

3.3.2 Capitais do Conhecimento - Situação Atual no Macroprocesso ITQM

Nesta seção faremos a apresentação da situação atual dos Capitais do

Conhecimento, no contexto do Macroprocesso ITQM, que pretende ser o setor

responsável pela coleta das informações do EVTE, buscando atender às

expectativas da Dipac.

��Capital Estrutural

A Biblioteca da Unidade de Informação Tecnológica para Metrologia e

Qualidade tem como finalidade o atendimento ao público interno e externo,

através de serviços de pesquisa bibliográfica e localização de normas técnicas,

disseminação de informação e circulação de periódicos. O acervo desta

biblioteca é constituído por periódicos técnicos e científicos nacionais e

internacionais, coleções de normas técnicas nacionais, regionais,

internacionais, identificadas pela Unidade de Informação Tecnológica mediante

solicitação das outras Diretorias.

O acervo de normas técnico da Biblioteca mantém a coleção de Normas

Brasileiras - NBR atualizadas. A Biblioteca assinou recentemente o Information

Handling Service – IHS, um índice de pesquisa de normas mundiais. Através

do IHS, podemos pesquisar normas British Standard Association - BSI,

International Organization for Standardization - ISO, American Society for

Testing and Materials - ASTM e outras (esta base é referencial). As normas

textuais da ASTM são adquiridas através de uma modalidade de assinatura

de normas, que efetua o download de quantidades estipuladas dessas

normas.

No atendimento ao cliente interno e externo, o serviço de pesquisa

bibliográfica às normas técnicas brasileiras, estrangeiras e internacionais, é

elaborado também através dos sites oficiais das entidades de normalização. A

aquisição dessas normas em texto completo é feita através da Associação

Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e o tempo médio de espera é de 2 a 3

meses.

A Biblioteca já se encontra informatizada e para isto foi utilizado o

software Sysbibli para administração deste acervo. O software é composto

pelos seguintes módulos: registro de publicação não periódica, incluindo

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25

normas técnicas, periódicos, aquisição, empréstimo e área jurídica. O acervo

histórico da Biblioteca está incorporado ao Sysbibli e a sua manutenção é feita

permanentemente. O módulo do Sysbibli de consulta ainda não está

disponibilizado na Internet e Intranet, a previsão para esta disponibilização é

janeiro de 2005.

A Unidade de Informação Tecnológica para Metrologia e Qualidade

participa do Programa de Comutação Bibliográfica – Comut, em conjunto com

outras entidades técnico científicas. Este serviço permite que a Divit localize e

adquira os artigos de periódicos técnicos e científicos que não fazem parte do

acervo da sua Biblioteca. Outra fonte de informação utilizada é a do Centro de

Documentação Técnica da Embaixada da França – Cendotec, da qual a Divit

acessa algumas Bases de Dados entre elas a Base de Dados Pascal.

A consulta técnica é um serviço de atendimento mais especializado

prestado pela Unidade de Informação Tecnológica e elaborado pelos analistas

de informação com o objetivo de atender aos clientes externos.

Atualmente a Unidade de Informação Tecnológica não mantém um

cadastro de fontes de informação organizado e atualizado.

A Unidade de Informação Tecnológica em Metrologia e Qualidade,

dispõe ainda de uma acervo de publicações em Metrologia e Qualidade

editadas pela Instituição, muitas vezes a edição dessas publicações conta com

a participação de outras Entidades Patrocinadoras como Senai e Sebrae.

A gestão do Site e da Intranet do Inmetro estão sob a responsabilidade

da Unidade de Informação Tecnológica, o site já está na sua segunda versão e

adotou uma ferramenta via Web para a atualização descentralizada do seu

conteúdo.

��Capital Ambiental

A Unidade de Informação Tecnológica tem como um dos seus parceiros

principais a ABNT. Esta associação é acionada sempre que um cliente interno

solicita uma norma técnica para aquisição.

Atualmente, os parceiros externos da Unidade de Informação

Tecnológica, no que diz respeito aos atendimentos das Bibliotecas, não são

mapeados.

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��Capital de Relacionamento

Como citamos acima, o principal parceiro da Unidade é a ABNT, seguido

do Instituto Nacional de Tecnologia – INT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas

– IPT, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT,

Senai e Sebrae.

A Divit também se relaciona com todas as Bibliotecas integrantes do

Comut.

A nível interno a Unidade de Informação Tecnológica por ser um

Macroprocesso transversal, se relaciona com todos os Macroprocessos

finalísticos e outras Diretorias e Divisões do Inmetro.

��Capital Humano

A Unidade de Informação Tecnológica tem um quadro de bibliotecárias

e atendentes de bibliotecas que prestam o atendimento ao público interno e

externo. Estes profissionais não têm grande experiência em trabalhos

especializados de coleta da informação.

Os analistas de informação são profissionais multidisciplinares mais

especializados, responsáveis pelos atendimentos às áreas finalísticas do

Inmetro e atendimento às consultas técnicas solicitadas pelo cliente externo.

No setor de publicações a Divit têm profissionais capacitados na área de

comunicação social, como publicitários e especialistas em Marketing, temos

também profissionais de Letras, que atuam na revisão dos textos das

publicações.

O gerenciamento do site do Inmetro é de responsabilidade da Divisão de

Informação Tecnológica – Divit. O perfil do profissional desta área é de

analistas de sistemas, jornalistas e designers.

3.3.3 Capitais do Conhecimento Necessários para a implementação do

EVTE

Para atender ao objetivo estratégico “Diversificar e ampliar o número de

produtos e serviços com conformidade avaliada” do processo operacional

“Estudo de Viabilidade de Programas de Avaliação da Conformidade” do

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Macroprocesso AC, buscamos identificar os quatro Capitais do Conhecimento

necessários para a implementação do EVTE .

��Capital Estrutural

Nesta fase, o macroprocesso de AC precisará entender que a

informação é vital para o sucesso da implantação dos programas de avaliação

da conformidade e deve inserir nos procedimentos internos da Dipac sobre o

estudo de viabilidade, uma interface de trabalho com o macroprocesso de

ITQM para a coleta dessa informação. A frequência com que está informação

será coletada também deve ser definida, para subsidiar a fase de

acompanhamento do programa de avaliação da conformidade;

A Dipac precisará definir as suas necessidades de informação para os

processos e serviços no EVTE, assim como elaborou para os produtos a serem

avaliados.

��Capital Ambiental

No capital ambiental estamos definindo como ambiente de negócio o

demandante do produto, processo ou serviço já identificado, os agentes

reguladores nacionais e estrangeiros, instituições de normalização nacionais,

internacionais e estrangeiros, fabricante do produto, associações de classe e a

infra-estrutura técnica para avaliação da conformidade, composta de

capacitação de pessoal especializado, laboratórios de calibração e ensaios

acreditados e organismos de avaliação da conformidade.

��Capital de Relacionamento

Na identificação de parceiros, poderão ser sugeridas realizações de

eventos, onde as articulações setoriais com os demandantes dos produtos,

fabricantes e regulamentadores serão estimuladas.

No relacionamento interno, torna-se óbvio a necessidade de interface do

Macroprocesso AC com o Macroprocesso ITQM. As entrevistas com os

técnicos da Dipac, para levantamento das necessidades são uma das formas

de interação.

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��Capital Humano

Será necessário o conhecimento do ambiente de negócio dos produtos,

processos e serviços. Além disso, facilidade de comunicação.

3.3.4 Capitais do Conhecimento Necessários para a Implementação do

Objetivo do Macroprocesso ITQM

Para atender ao objetivo do Macroprocesso ITQM, a Unidade de

Informação tecnológica visa do ponto de vista interno buscar externamente ao

Inmetro as informações técnicas e estratégicas necessárias para contribuir com

a melhoria do desempenho das áreas finalísticas. Buscamos identificar os

quatro Capitais do Conhecimento necessários para a implementação deste

objetivo, tendo como base o EVTE.

��Capital Ambiental

No capital ambiental, e conforme já mencionado, o conhecimento do

ambiente de negócio, de cada produto, processo ou serviço é fundamental para

facilitar a coleta da informação.

A coleta de informações no ambiente de negócio da Instituição torna-se

uma necessidade para atendermos ao nosso objetivo estratégico baseados no

conhecimento externo, um caminho fácil de pesquisa é a Internet.

��Capital estrutural

No capital estrutural a Unidade de Informação Tecnológica precisará

desenvolver métodos para a produção da informação, que será composta das

Fases do Planejamento, Reunião, Análise, Integração e Difusão.

As fontes de Informação identificadas na fase da Reunião de Dados

deverão ser inseridas em um software onde serão mapeadas a fonte de

informação e a necessidade de informação da Dipac. As fontes de informações

serão categorizadas e os tipos de fontes identificadas podem ser: fontes

publicadas, internas e externas a Instituição. Ao coletar informações, podemos

considerar a possibilidade de dar algumas informações e receber outras.

As bases de dados on-line podem ser de extrema utilidade para localizar

informações. A assinatura de base de dados on-line, juntamente com a

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pesquisa na Internet, ajuda a reduzir o tempo gasto em bibliotecas, uma vez

que boa parte das fontes mais importantes de referência hoje está disponível

on-line. Uma hora de pesquisa on-line é igual a quatro semanas de pesquisa

em bibliotecas (SANTOS, 1999).

Podemos prever também boletins distribuídos mensalmente, contendo

uma listagem de pessoas que contribuíram com informações importantes

durante o mês, incluindo o seu nome e a fonte.

��Capital humano

O perfil do profissional da Unidade de Informação Tecnológica deve ser

revisto. Será preciso identificar se há profissionais na instituição com o perfil

adequado ou se será necessária a contratação de profissionais com

competências para identificação de necessidades e fontes de informação,

elaboração de um Plano de Coleta, análise, integração e difusão de

informação.

Os bibliotecários devem estar preparados para pesquisar em fontes de

informação, devem ter acesso a inúmeros diretórios, índices e outros materiais

relevantes e experiência em estratégia de busca através de base de dados on-

line. Se eles não têm acesso a informação, precisam saber onde encontrá-la.

O perfil adequado do profissional será detalhado na seção 5.3.

��Capital de relacionamento

No ambiente externo, a Unidade de Informação Tecnológica deve

identificar os relacionamentos chave para o sucesso deste negócio. Estes

novos parceiros que serão prospectados a partir do EVTE, serão cadastrados

como fontes de Informação importantes para a Instituição, ampliando a nossa

carteira de parceiros/clientes. Essas fontes de informação deverão ser

segmentadas por categorias.

No ambiente interno, a realização de um workshop de informações deve

ser prevista, sendo uma troca formal entre representantes de cada setor da

Instituição, os participantes podem ser solicitados a submeter uma lista de

informações do seu setor e também as informações que necessitam. Seria uma

forma de explorar a rede de relacionamento interna.

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Desenvolver um mapa de “quem conhece quem”, lista que deve conter o

nome do cliente na Instituição e assunto.

Essas estratégias mostram a importância do trabalho em rede e

colaborativo, para ativar a troca e revelar os “tesouros escondidos”.

3.3.5 Lacunas Identificadas

��Capital ambiental

Desconhecimento do ambiente de negócio no EVTE, o que dificulta a

atividade de coleta das informações.

��Capital estrutural

Foram identificadas as seguintes lacunas no que se refere ao capital

estrutural:

��Inexistência de uma metodologia para coleta das informações

originárias do EVTE, não permitindo que a Dipac reúna os dados de forma

completa e com a mesma amplitude para todos os produtos.

��Inexistência de um software para inserir as fontes de informação

identificadas e mapeá-las com as necessidades de informação do cliente.

��Inexistência de um Serviço de Coleta de Informações.

��Falta de uma interface de trabalho entre os Macroprocessos AC e o

ITQM em procedimentos internos de trabalho.

��Capital humano

A Unidade de Informação Tecnológica não tem pessoal especializado em

Planejamento, Reunião, Análise, Integração e Difusão da Informação. Temos

que capacitá-la, para liberarmos os técnicos da Dipac para a sua atividade fim,

que é a implantação e acompanhamento de programas de avaliação da

conformidade.

��Capital de relacionamento

Os nossos parceiros internos e externos devem ser mapeados como

potenciais fontes de informação.

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31

4 IDENTIFICAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A sociedade tem consciência de que a informação é fator de insumo

para o sucesso e principal ingrediente para a competitividade. A dificuldade

encontra-se, todavia, em como utilizar tal informação de forma prática, a ponto

de obter vantagem competitiva. Afinal, o volume de informações é cada dia

maior e o quantitativo supera o qualitativo (WORMSBECKER & CARVALHO,

2002).

A inexistência de uma sistemática de coleta das informações não

permitindo que a Dipac reúna os dados de forma completa e com a mesma

amplitude para todos os produtos, o desconhecimento do ambiente de negócio

externo à Instituição e a inexistência de formas de mapear as fontes de

informação publicadas, externas e internas, são as principais justificativas para

a elaboração do nosso Projeto, que tem como objetivo a elaboração de uma

Metodologia de coleta das informações para o EVTE.

Desta forma estamos identificando este Projeto como de Inteligência

Competitiva. Um Projeto de Inteligência Competitiva interage com os clientes

internos para identificar as suas necessidades de informação e em seguida,

desenvolve a informação a partir de registros internos e coleta dessas

informações no ambiente externo à Instituição.

A metodologia elaborada será parte integrante do capital estrutural da

Instituição. Na aplicação desta metodologia o ambiente de negócio vai ser

identificado e mapeado para viabilizar a coleta das informações necessárias

para a tomada de decisão do cliente. Assim, o produto final será a informação

identificada, analisada, integrada e difundida para o cliente.

A Inteligência competitiva já foi conceituada por diversos autores. A

seguir é citada uma definição bem adequada ao contexto da metodologia

proposta.

“A inteligência competitiva constitui a coleta ética e o uso da informação pública e publicada disponível sobre tendências, eventos e atores, fora das fronteiras da empresa. É um método para identificar as necessidades de informação da empresa; coletar, sistematicamente, a informação relevante e, em seguida, processá-la analiticamente, transformado-a em elemento para tomada de decisão”. (COELHO, 2000).

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De um modo geral, vemos que a prática da Inteligência Competitiva só

vem beneficiar organizações que buscam uma maior competitividade no

mercado e querem obter informações tratadas, que passam a ser informações

estratégicas para a identificação de oportunidades, proporcionando uma

vantagem competitiva.

A prática da inteligência competitiva não é uma atividade recente. Sua

origem é na Inteligência clássica, onde foi utilizada pelas forças armadas e na

década de 50 foi de grande importância na reconstrução dos países europeus

e do Japão. Nos EUA começou a ser utilizada nos anos 80 com o fim da

Guerra Fria, por ex-agentes da CIA.

No Brasil a IC é uma área em crescimento visto que há um aumento de

interesse nessa disciplina pelas organizações, para a implantação de Sistemas

de Inteligência Competitiva e, principalmente, na formação de profissionais

capacitados a trabalhar nessa área (GOMES & BRAGA, 2001).

O termo inteligência, de origem latina, é a capacidade de aprender,

compreender, interpretar, mas também pode significar, serviço de informações

se for considerada a sua origem inglesa. Atribui-se a Alden Burton o uso

pioneiro do termo, em 1959 e apesar de ter os primeiros registros, da década

de 70-80, vem se desenvolvendo de maneira gradativa a partir dos anos 90

(CARVALHO, 2001).

O processo de inteligência competitiva tem sua origem nos métodos

utilizados pelos órgãos de inteligência governamentais, que visavam

basicamente identificar e avaliar informações ligadas à defesa nacional. Essas

ferramentas foram adaptadas à realidade empresarial e à nova ordem mundial,

sendo incorporadas a esse processo informacional as técnicas utilizadas: (1)

pela ciência da informação, principalmente no que diz respeito ao

gerenciamento de informações formais; (2) pela tecnologia da informação,

dando ênfase as suas ferramentas de gerenciamento de redes e informações e

às ferramentas de mineração de dados; e (3) pela Administração, representada

por suas áreas de estratégia, marketing e gestão (ABRAIC, 2004).

O tema do Projeto induz a uma discussão bastante interessante que é a

Inteligência Competitiva no âmbito do mercado e no do governo. No âmbito dos

Governos a IC, pode ser uma ferramenta importante para a competição entre

as Nações.

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5 PLANO DE AÇÃO

O plano de ação apresenta a criação de uma metodologia para coleta de

informações sobre produtos, processos e serviços para os quais serão

desenvolvidos programas de avaliação da conformidade.

Para um produto ter sua conformidade avaliada é necessário saber

previamente qual será o mecanismo de avaliação da conformidade que será

utilizado. Para isso é realizado o EVTE – Estudo de Viabilidade Técnica e

Econômica de produtos, processos e serviços.

A motivação para a criação da metodologia foi aprimorar o EVTE. Esse

estudo é realizado pelos técnicos da Dipac que precisam analisar informações

técnicas, econômicas e políticas sobre o produto, processo ou serviço em

questão para tomar a decisão sobre o mecanismo de avaliação da

conformidade a ser adotado. Atualmente, os próprios técnicos da Dipac

realizam a coleta dessas informações.

A metodologia será utilizada no âmbito da Divisão de Informação

Tecnológica – Divit que possui atribuições correlatas, competências

necessárias e que foi o órgão que identificou a falta de uma sistemática na

coleta de informações para o EVTE.

O objetivo é prover os técnicos da Dipac dessas informações por meio de

uma coleta sistemática, garantindo a sua completude e uniformidade. Com

isso, libera-se os técnicos da tarefa de coleta de informações e espera-se uma

maior qualidade das informações coletadas.

5.1 METODOLOGIA PARA COLETA DE INFORMAÇÕES

Para sistematizar a atividade de coleta da informação foi elaborada uma

metodologia com base nos fundamentos e componentes da Inteligência

Competitiva. Foram utilizados como referências os modelos apresentados por

VAITSMAN (2001) e GOMES & BRAGA (2001).

São cinco as fases que compõem a metodologia:

��Planejamento

��Reunião de dados

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��Análise

��Integração

��Difusão

Durante todo o processo são gerados alguns documentos e cada fase

possui um marco indicando o seu final. As fases que compõe a metodologia

são explicadas a seguir.

5.2 PLANEJAMENTO

A fase de planejamento consiste em identificar as necessidades de

informação dos técnicos da Dipac e determinar o prazo de entrega das

informações. É nessa fase que se determina o escopo do trabalho.

Por meio de entrevistas deverão ser levantadas as questões sobre

produtos, processos ou serviços cujas respostas os técnicos necessitam para

apoiar a tomada de decisão sobre o mecanismo de avaliação de conformidade

a ser adotado.

A entrevista deve ser conduzida por analistas da informação da Divit. É

recomendável a participação de dois analistas para garantir o entendimento do

que for tratado durante a entrevista. O entrevistado será o técnico responsável

pelo EVTE do produto, processo ou serviço em questão.

Para direcionar a entrevista, o analista deverá utilizar um questionário

contendo os itens explicados a seguir:

1. Nome do entrevistado – nome do técnico que está sendo

entrevistado.

2. Tema a tratar – qual é o produto, processo ou serviço que se deseja

obter informações, ou seja, qual será o objeto do EVTE.

3. Escopo temporal – limites de tempo de abrangência do tema. Deve-

se determinar uma data ou período mínimo para que uma informação

seja considerada válida. Por exemplo, para um determinado tema,

podem interessar somente as informações referentes aos últimos

dois anos.

4. Prazo de produção – tempo disponível para se realizar o trabalho

de coleta das informações.

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5. Quem é o demandante – quem solicitou a avaliação da

conformidade.

6. Qual o motivo da solicitação – por que o demandante solicitou a

avaliação da conformidade.

7. Aspectos fundamentais do assunto – é a parte mais importante do

questionário. Nesse ponto, deve-se identificar quais são as

informações necessárias sobre o tema em questão para que os

técnicos realizem o EVTE.

8. Valorar cada questão identificada no item anterior – o

entrevistado deve associar a cada questão um número entre 1 a 10,

levando-se em conta o custo e benefício da informação para o EVTE.

Esses valores servirão para que o analista saiba qual é o grau de

importância da informação. Com isso, poderão ser definidas

prioridades durante a coleta dessas informações.

9. Com que freqüência deseja receber as informações levantadas

sobre os aspectos fundamentais do assunto – o técnico deve

indicar de quanto em quanto tempo (semanalmente, mensalmente,

anualmente) deseja receber as informações. Assim, com base nessa

freqüência, o analista deverá planejar novas rodadas de coletas a fim

de manter essas informações atualizadas.

10. Aspectos fundamentais conhecidos pelos técnicos – verificar se

os técnicos da Dipac já têm resposta para alguma questão.

11. Fontes de informação conhecidas pelos técnicos – verificar se

os técnicos podem indicar potenciais fontes de informação para

alguma questão.

12. Contatos em fonte de informação conhecida – caso os técnicos

tenham indicado alguma fonte de informação, verificar se eles

possuem algum contato pessoal dentro da fonte.

13. Complementação especial - verificar se há necessidade de

consultoria, contratação de especialista, etc.

Após a entrevista, o analista responsável poderá elaborar o seu

planejamento das informações.

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Inicialmente será necessário organizar as informações obtidas durante a

entrevista para identificar e elaborar uma lista com as informações que deverão

ser coletadas.

Essa lista deve ser ordenada de forma descendente com base nos

valores dados pelos técnicos sobre o grau de importância para as questões

identificadas no item “Aspectos fundamentais do assunto”. Assim, o analista

terá uma lista por ordem de prioridade das informações que deverão ser

coletadas.

Somente nas próximas rodadas de coleta que têm o objetivo de manter

informações atualizadas, é que será necessário coletar novamente informações

sobre todas as questões.

O prazo de produção e a freqüência de recebimento das informações

identificados na entrevista devem ser registrados no Cronograma de Coleta.

Essa ferramenta tem como objetivo registrar e exibir datas de controle

(previstas e realizadas) de cada coleta:

��Data inicial da primeira rodada de coleta

��Data inicial de cada fase do processo

��Prazo de produção da primeira rodada de coleta

��Datas iniciais das próximas rodadas de coleta

��Prazo de produção das próximas rodadas de coleta.

O Cronograma servirá para que a equipe possa elaborar o

planejamento, controlar os prazos a serem cumpridos e recursos a serem

alocados para a realização das tarefas.

O final da fase de planejamento é marcado pela elaboração e entrega do

documento “Planejamento de Coleta de Informações”. Esse documento deve

ser composto pelos seguintes tópicos:

��Tema a tratar – produto, processo ou serviço objeto da coleta de

informações.

��Equipe de técnicos – nome dos técnicos responsáveis por indicar as

necessidades de informações.

��Equipe da Divit – nome dos analistas responsáveis pela entrega das

informações.

��Lista de informações a encontrar

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��Cronograma

O documento será elaborado pelo analista responsável e entregue aos

técnicos que solicitaram a coleta da Informação. Os analistas e os técnicos

deverão assiná-lo a fim de que se tenha o acordo e o compromisso dos

envolvidos.

Durante o EVTE os técnicos poderão sentir necessidade de outros

tipos de informações. Nesse caso, os analistas responsáveis serão acionados

e deverão iniciar o processo a partir da fase de Planejamento.

5.2.1 Reunião de Dados

Nesta segunda etapa inicia-se o processo de coleta de informações.

Aqui, é necessário identificar as fontes de informação que serão utilizadas, bem

como coletar e registrar todos os dados coletados de modo a permitir sua

manipulação posterior.

Mapeamento das fontes de informação

O mapa das fontes de informação pretende ser uma ferramenta valiosa

para os analistas. É um repositório de dados sobre fontes de informações já

identificadas. Nele estarão registradas potenciais fontes de informação para a

tentativa de coleta. Para cada fonte, o analista encontrará informações sobre a

mesma de forma que o seu trabalho seja facilitado.

Antes da primeira aplicação da metodologia, a equipe responsável pela

coleta das informações deverá elaborar um mapeamento de diversas fontes. O

mapeamento das fontes de informação consiste em:

��Identificar uma fonte que seja idônea;

��Registrar obrigatoriamente o telefone e endereço da fonte

identificada;

��Registrar o site oficial e e-mail para contato, quando houver;

��Categorizá-la de forma a facilitar a sua recuperação. Exemplos de

categorias: entidades sem fins lucrativos, entidades de defesa do

consumidor, entidade governamental, sindicatos, associações de

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classe etc. Uma fonte de informação poderá ser categorizada a

em um ou mais grupos.

��Registrar um breve descritivo sobre a fonte, caso haja

necessidade.

A cada aplicação da metodologia haverá possibilidade de ocorrer

aumento do número de fontes mapeadas à medida que forem identificadas e

utilizadas novas fontes de informação.

O Universo de Fontes de Informação

Para realizar a coleta das informações, o analista deverá identificar o

domínio da coleta, ou seja, quais fontes de informação poderão ser utilizadas.

A seleção das fontes de informação que serão utilizadas na coleta deve

ser feita com base na lista de informações a encontrar elaborada na fase de

planejamento.

O universo de fontes de informação a ser explorado pelo analista a fim

de selecionar as fontes adequadas é composto pelos seguintes elementos:

��Setor produtivo – as entidades que compõem o setor produtivo são

potenciais fontes de informação sobre o produto que está sendo

estudado.

��Inmetro – as respostas para algumas questões podem estar em

documentos internos ou podem ser de conhecimento dos técnicos do

Instituto. Os técnicos podem ainda sugerir fontes de informações

externas.

��Demandante – o próprio demandante deve ser considerado como

uma possível fonte de informação para algumas questões. O

demandante pode ainda sugerir outras fontes de informação.

��Setor econômico e social – as entidades que compõe o setor

econômico e social são potenciais fontes de informação para o

produto a ser estudado.

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Para o analista, as fontes de informação contidas nesse universo

poderão estar nas seguintes situações (figura 5):

��Fontes de informação indicadas – são fontes conhecidas e sugeridas

pela Dipac durante a aplicação do questionário na fase de

planejamento. Podem ser também fontes indicadas por outros

técnicos do Inmetro, pelo demandante ou ainda por outra fonte de

informação.

��Fontes de informações mapeadas – são as fontes já identificadas e

categorizadas contidas no Mapa de Fontes de Informação.

��Fontes de informações desconhecidas – são fontes ainda não

identificadas e utilizadas. Essas fontes deverão ser rastreadas nos

casos em que as fontes anteriores não tenham sido suficientes.

Figura 5. Universo de fontes de informação

Tipos de fontes de informação

SANTOS (1999) define três tipos de fontes de informação:

��Fonte de informação publicada é a mais amplamente utilizada na

técnica de inteligência competitiva. Um caminho fácil é pesquisar pela

Internet, em diretórios de associações e periódicos e base de dados on-

line. Exemplos: Dialog (fonte de referência de relatórios técnicos, jornais

e dados estatísticos) e Datastar (fonte ampla especialmente na área de

assuntos internacionais).

Indicadas

Mapeadas

Desconhecidas

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��Fonte de informação interna é freqüentemente a melhor inteligência.

Está localizada dentro da própria Instituição. A tarefa é desenvolver uma

rede interna para extrair facilmente essa informação disponível.

��Fonte de informação externa aflora por meio de discussões com os

parceiros, clientes externos à Instituição ou especialistas do setor, uma

das formas de obter essas informações é através de entrevistas

pessoais, pelo correio ou pelo telefone.

Base de Contatos Externos

A Base de Contatos Externos será composta por dados de contatos

pessoais em fontes de informação externas ao Inmetro. Dependendo do

resultado do contato realizado na fonte de informação, o analista deverá

registrar os dados da pessoa para um possível contato futuro. Assim, da

próxima vez que o analista precisar da fonte de informação saberá a quem

recorrer.

Coleta de informações

Para facilitar o trabalho dos analistas responsáveis pela coleta das

informações, as necessidades de informação identificadas na fase de

Planejamento, podem ser transformadas em macrotemas. Os macrotemas são

conjuntos de temas que durante a fase de planejamento foram considerados

como aspectos fundamentais. Os macrotemas são constituídos de

desdobramentos, como por exemplo: Macrotema: mercado mundial;

desdobramentos: ambiente de competição, formação de alianças e parcerias,

barreiras regulatórias (VAITSMAN, 2001). Para isto, podemos utilizar

ferramentas de indexação ou solicitar a colaboração de um técnico

especializado no assunto para ajudar nesta atividade.

O analista deve iniciar a coleta de informações no ambiente interno, ou

seja, deve verificar as questões que podem ser respondidas no Inmetro. O

analista poderá tentar localizar as informações em documentos, bases de

dados, no site do Inmetro ou por meio de pessoal especializado.

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Os dados coletados internamente devem ser registrados, indicando a

data, o órgão e, quando for o caso, o nome da pessoa que forneceu a

informação. Durante a realização da coleta, o analista deve ficar atento para

referências em documentos onde tenha encontrado alguma informação, pois

essas referências poderão levar a outras informações de interesse.

No ambiente externo, o primeiro passo é tentar coletar informações no

setor produtivo. O ideal é tentar reunir entidades do setor, associações de

classe e o próprio demandante em um encontro com os analistas responsáveis.

O objetivo dessa reunião é tentar coletar informações, obter indicações para

outras fontes de informação e oferecer aos analistas uma visão de como se

encontra o setor produtivo. Caso seja possível a realização da reunião, os

analistas deverão elaborar e enviar aos participantes uma pauta contendo o

objetivo da reunião e os tópicos que serão abordados, incluindo os itens da

lista de informações a encontrar. Isso possibilitará uma preparação prévia dos

participantes. Após a reunião, os analistas devem enviar aos participantes uma

ata de reunião contendo todos os assuntos tratados e informações coletadas.

Cada informação de interesse do EVTE conseguida durante a reunião

deve ser registrada, indicando a data, a entidade e o nome da pessoa que

forneceu a informação.

Para as questões não respondidas no ambiente interno e no setor

produtivo (ambiente externo), os seguintes passos devem ser seguidos,

levando-se em consideração que o analista deve coletar os dados para cada

questão, em pelo menos duas fontes de informação independentes:

1. Se o demandante não participou da reunião com o setor produtivo,

verificar se ele possui resposta para alguma questão ou se indica

alguma fonte de informação.

2. Verificar se há questões cujas respostas podem ser encontradas em

fontes de informação indicadas ou mapeadas.

3. Coletar as informações na fonte selecionada por um dos seguintes

canais, em ordem de preferência:

a. Site oficial: caso a fonte possua um site oficial, verificar se há

dados que interessam e confirmar via telefone ou e-mail se os

dados estão atualizados.

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b. E-mail: a utilização do e-mail é considerada interessante desde

que a resposta não ultrapasse 48 horas. Passado o prazo, deve-

se tentar outro meio de contato.

c. Telefone: caso a fonte não possua site ou e-mail, deve-se tentar

obter as informações por contato telefônico.

d. Reunião formal: se não foi possível obter as informações

desejadas pelos meios anteriores, deve-se ir até a fonte

pessoalmente e realizar uma reunião.

4. Registrar os dados coletados e também a data, local, nome da fonte e o

meio de comunicação utilizado.

5. Caso tenha sido realizado um contato pessoal, registrar o nome e

telefone do contato. Esse registro irá compor a Base de Contatos

Externos.

6. Se as fontes mapeadas não foram suficientes, será necessário localizar

outras fontes. Para cada nova fonte de informação identificada, deve-se

realizar o seu mapeamento.

7. Se o analista não conseguiu encontrar resposta para alguma questão

nas fontes identificadas ou não conseguiu identificar alguma nova fonte

para tentar a coleta, deve registrar o fato e justificá-lo, identificado as

tentativas realizadas e propondo um plano de contingência.

Caso o analista ainda não tenha conseguido encontrar todas as

informações necessárias, mas já possui informações consideradas

significativas, poderá programar uma data para outra rodada de coleta das

informações ainda não encontradas e então seguir para as outras fases.

O marco final dessa fase é uma lista contendo todas as informações

coletadas e suas respectivas fontes.

Nessa fase, para facilitar o trabalho dos analistas, pode ser interessante

a elaboração de um ofício ou até mesmo um folder do Inmetro para ser enviado

às entidades selecionadas, explicando o trabalho que está sendo realizado e

solicitando a colaboração das entidades em fornecer informações quando

funcionários do Inmetro entrarem em contato.

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5.2.2 Análise

Nesta fase os dados coletados devem passar por uma análise

minuciosa. Considera-se que a informação tenha sido coleta em uma fonte

idônea. Entretanto, uma verificação deve ser realizada visando à consistência

entre os dados coletados em fontes diferentes, ou seja, é necessário comparar

os dados e analisar se há discrepância entre os mesmos.

Durante a comparação, o analista deve também ficar alerta para

problemas com informações tendenciosas, ou seja, uma determinada fonte

pode ter algum tipo de interesse em mascarar ou deturpar alguma informação.

Assim, pode-se observar que é de extrema importância tentar coletar

respostas para uma mesma questão em fontes diferentes e independentes.

Caso seja verificada alguma inconsistência, será preciso retornar a fase

de reunião dos dados e realizar nova coleta em uma fonte de informação ainda

não pesquisada. Dessa forma, será possível checar se um dado é coerente ou

não.

Serão selecionados para a fase posterior, somente os dados já

analisados e considerados coerentes. Os dados restantes devem ser

identificados como descartados, mas não serão eliminados a fim de se ter um

histórico sobre as coletas.

Uma lista contendo somente as informações já analisadas e validadas é

o marco final dessa fase.

5.2.3 Integração

Nessa etapa as informações coletadas devem ser organizadas e

agrupadas em conjuntos de mesma natureza a fim de facilitar o entendimento

dos técnicos que as solicitaram. Um relatório apresentando as informações já

estruturadas de forma adequada é o marco final da fase de integração.

Em caso de exceção, onde não identificamos informações adequadas

para responder todas as questões solicitadas, será necessário elaborar um

relatório com um plano de contingência e a data para entrega do relatório final.

Assim, nesta fase, até o prazo final para completar o trabalho, podem

ser emitidos dois relatórios, um preliminar e um final, caso haja necessidade.

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5.2.4 Difusão

É a etapa na qual os dados coletados, analisados e integrados serão

entregues aos técnicos da Dipac. É importante ressaltar que o prazo acordado

na fase de planejamento deve ser obedecido. Caso contrário, o analista

responsável deverá registrar uma justificativa.

O marco final dessa fase é o relatório entregue aos interessados.

5.3 COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS

Nessa seção, serão identificadas as competências que julgamos ser

necessárias para os profissionais que irão compor a equipe responsável pelo

Planejamento, Reunião de Dados, Análise, Integração e Difusão da

informação.

Os profissionais adequados para compor a equipe são aqueles, como

definidos por SANTOS (1996), ligados ao setor da informação, no sentido de

sua participação nos processos de geração, disseminação, recuperação,

gerenciamento, conservação e utilização da informação, ou seja, bibliotecários

e documentalistas.

“Entende-se por profissionais da informação, os indivíduos que recebem formação específica para trabalhar com dados, informação e conhecimento. Nesse sentido, muitos são os profissionais que se enquadram na denominação profissional da informação, pois o objeto de trabalho desses profissionais é a informação” (VALENTIM, 2003).

MARCIAL (2003) apresenta como o profissional da informação pode

auxiliar na atividade de Inteligência Competitiva, indicando a sua importância

principalmente na etapa de coleta da informação.

“Sem sombra de dúvidas o profissional da Informação é aquele profissional treinado para coletar informações. Ele é treinado para encontrar a informação em arquivos, bibliotecas e grandes bases de dados, como por exemplo, as mantidas pelo IPT, INT, IBICT, ITI, ISI, Dialog, etc. Tal habilidade adiciona velocidade na obtenção dos dados necessários ao analista de Inteligência. Sem contar com o trabalho em

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rede o qual desempenha ao se conectar com os diversos centros de informações espalhados pelo Brasil e pelo mundo na busca de dados”.

A autora relaciona também as competências requeridas para o

profissional desempenhar as atividades de uma unidade de Inteligência

Competitiva:

��Compreensão da demanda e do contexto

��Conhecimento de fontes

��Domínio de ferramentas de acesso e busca e de tratamento

��Capacidade de seleção e síntese

��Capacidade de classificação e armazenamento, no contexto.

VALENTIM (2000b) aborda o perfil e as competências do profissional da

informação e apresenta o resultado do IV Encuentro de Escuelas de

Bibliotecología y Ciencia de la Información del Mercosur, realizado em

Montevidéu, em maio de 2000. O documento resultado desse encontro

relaciona as competências e habilidades desejadas em um profissional da

informação. Nesse documento identificamos as que julgamos ser fundamentais

para os profissionais que irão compor a equipe:

��Interagir e agregar valor nos processos de geração, transferência e

uso da informação, em todo e qualquer ambiente;

��Criticar, investigar, propor, planejar, executar e avaliar recursos e

produtos de informação;

��Trabalhar com fontes de informação de qualquer natureza;

��Processar a informação registrada em diferentes tipos de suporte,

mediante a aplicação de conhecimentos teóricos e práticos de

coleta, processamento, armazenamento e difusão da informação;

��Realizar pesquisas relativas a produtos, processamento,

transferência e uso da informação.

Com base na metodologia proposta e no projeto piloto realizado para

avaliar a metodologia, podemos inferir que a equipe deve possuir pelo menos

quatro analistas de informação com as competências acima citadas.

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Além desses profissionais, seria interessante que houvesse também na

equipe um integrante com conhecimentos e habilidades para gerenciar

projetos. Esse profissional seria responsável pela coordenação da equipe e do

processo, garantindo o andamento da atividade de coleta, o controle e

atendimentos dos prazos e alocação de recursos humanos e financeiros.

5.4 UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Para dinamizar e facilitar o funcionamento da metodologia, a Tecnologia

da Informação (TI) e seus recursos são considerados extremamente

necessários.

“A Tecnologia da Informação apóia todas as etapas de um processo de

inteligência competitiva, desde a fase de identificação das necessidades de

informação, passando pela coleta, análise e disseminação, até a avaliação de

produtos entregues” (GOMES & BRAGA, 2001).

A TI pode ser conceituada como recursos tecnológicos e computacionais

para guarda, geração e uso da informação e está fundamentada nos seguintes

componentes: hardware e seus dispositivos e periféricos; softwares e seus

recursos; sistemas de telecomunicações; gestão de dados e informações

(STAIR, 1998).

As tecnologias de informação devem ser consideradas ferramentas

básicas para qualquer tipo de unidade de trabalho/informação, uma vez que a

seleção, armazenagem, o processamento, a gestão, a recuperação e a

disseminação da informação, através dessas tecnologias, são mais eficientes e

eficazes (VALENTIM, 2000a).

No contexto desse projeto, podemos afirmar que os analistas de

informação precisam ter como suporte uma adequada ferramenta de TI, a fim

de recuperar as informações de forma rápida e eficiente.

A ferramenta de TI deverá conter funcionalidades para permitir o registro e

recuperação dos seguintes tipos de informações:

��Dados da entrevista

��Lista de informações a encontrar

��Cronograma de coleta (datas de controle)

��Mapa das fontes de informação

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��Base de Contatos Externos

��Informações coletadas nas fontes

É importante também que a ferramenta forneça uma forma simples de

gerar relatórios.

Em um primeiro momento, não consideramos necessário o investimento

em uma ferramenta específica para um Sistema de Inteligência Competitiva.

De acordo com GOMES & BRAGA (2001) em muitos casos a instalação

prematura de um pacote de tecnologia, ou a seleção errada de um, pode

seriamente afetar todo o Sistema.

Acreditamos que somente quando a atividade de coleta estiver

funcionando plenamente e quando os analistas de informação já estiverem com

alguma experiência na realização desta atividade, poderá se cogitar o

desenvolvimento ou a compra de um software. Isso se deve ao fato de que os

envolvidos, ou seja, os analistas de informação e os técnicos do EVTE, só

poderão definir as suas necessidades com relação ao sistema de apoio depois

que já estiverem bem familiarizados com a metodologia.

Assim, a utilização de uma planilha eletrônica pode ser uma boa opção no

momento. O Microsoft Excel, por exemplo, é uma poderosa ferramenta de

análise de informações, criação de cenários, formatação sintética de resultados

e tomada de decisões (FILHO, 2004). Além disso, uma grande vantagem é que

o Inmetro já possui licença de uso da ferramenta.

Depois de algum tempo de utilização da metodologia, realmente será

necessário o desenvolvimento ou a compra de uma ferramenta mais eficaz.

Além das funcionalidades mencionadas acima, será importante também que a

ferramenta seja integrada ao Seipac – Sistema de Elaboração e

Implementação de Programas de Avaliação da Conformidade. Como já foi dito

anteriormente, os técnicos da Dipac já utilizam esse aplicativo para a inserção

das informações coletadas sobre o produto, processo ou serviço que está

sendo estudado. Assim, na ocasião da especificação do sistema que dará

apoio à metodologia, deverá ser apontada a necessidade de que as

informações coletadas e registradas pelos analistas possam ser aproveitadas

no Seipac.

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Figura 6. Fluxograma da Metodologia

DIPAC

Necessidade de Informação

PLANEJAMENTO

Realização de Entrevista

Identificar Fontes

REUNIÃO DE DADOS

ANÁLISE

DIFUSÃO

Fontes identificadas

Disparar ação de coleta

REUNIÃO DE DADOS

Coleta positiva

Informações consistentes

INTEGRAÇÃO

Elaboração de relatório final

Conforme Entrada de dados no Seipac

DIPAC

DIPAC

INTEGRAÇÃO

Elaboração de relatório preliminar

Elaborar plano de contingência

Início

Fim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

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6 PLANO DE AVALIAÇÃO

Para avaliar a metodologia proposta foi executado um projeto piloto que

teve a participação de um analista de informação da Divit e técnicos da Dipac.

6.1 PROJETO P ILOTO

6.1.1 Planejamento

A seguir será apresentada a entrevista realizada com o técnico da Dipac.

Os textos em itálico correspondem às respostas do técnico.

Entrevista realizada no dia 13/10/04 1. Entrevistado(s)

Juliana Calomeni - Técnica da Dipac. 2. Tema a tratar.

Cadeira plástica monobloco. O programa se aplica ao setor produtivo. O regulamento de avaliação da conformidade (RAC) é para utilização do organismo acreditado pelo Inmetro.

3. Escopo temporal – Limites de tempo na abrangência do tema.

As informações devem ser mais atuais possíveis, representativas do setor. 4. Prazo de produção – tempo disponível para completar o trabalho

30 de novembro de 2004 5. Quem é o demandante?

Quem solicitou a avaliação da conformidade foi o Instituto Falcão Bauer, organismo acreditado pelo Inmetro para a certificação de produto.

6. Qual o motivo da solicitação?

Fabricantes de cadeira plástica procuraram o Instituto Falcão Bauer para a certificação do produto.

7. Aspectos fundamentais do assunto 1. Velocidade da mudança tecnológica do produto

2. O tempo de vida útil do produto e do projeto do produto

3. Número e porte dos fabricantes/distribuidores envolvidos

4. Volume total anual da produção e importação no setor

5. Forma de produção do produto

6. Receptividade do setor para a idéia de implantar um Programa de Avaliação da

Conformidade

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7. Impactos sobre a balança comercial

8. Impacto sobre a comercialização com blocos econômicos

9. Impacto sobre a competitividade

10. Existência de leis, regulamentos, portarias ou outros documentos legais voltados

não necessariamente voltados para a avaliação da conformidade 11. Existência de normas técnicas sobre o assunto

12. Existência de avaliação da conformidade para produtos similares

13. Existência de mecanismos adotados por outro país para o mesmo produto e se as

condições mercadológicas são as mesmas 14. Existência de capacitação tecnológica para avaliar a conformidade do produto

15. Análise de risco do produto, questões sobre o impacto das possíveis

conseqüências do risco. 16. O grau de severidade do risco, se é grave, maior ou menor

17. Se a freqüência da falha é freqüente ou não

18. O nº de acidentes ocorridos com o produto

19. A gravidade desses acidentes

20. Nº pessoas enfermas ou com problemas de saúde

21. O nº pessoas afetadas pela falha

22. Nº de pessoas enfermas ou com problemas de saúde

8. Grau de importância para cada questão levantadas no item 5? (Valores de 1 a

10) 1. Velocidade da mudança tecnológica do produto: 6

2. O tempo de vida útil do produto e do projeto do produto: 6

3. Número e porte dos fabricantes/distribuidores envolvidos : 8

4. Volume total anual da produção e importação no setor: 8

5. Forma de produção do produto: 8

6. Receptividade do setor para a idéia de implantar um Programa de Avaliação da

Conformidade: 10 7. Impactos sobre a balança comercial: 8

8. Impacto sobre a comercialização com blocos econômicos: 8

9. Impacto sobre a competitividade: 8

10. Existência de leis, regulamentos, portarias ou outros documentos legais voltados

não necessariamente voltados para a avaliação da conformidade: 10

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11. Existência de normas técnicas sobre o assunto: 10

12. Existência de avaliação da conformidade para produtos similares: 6

13. Existência de mecanismos adotados por outro país para o mesmo produto e se as

condições mercadológicas são as mesmas: 8 14. Existência de capacitação tecnológica para avaliar a conformidade do produto: 10

15. Análise de risco do produto, questões sobre o impacto das possíveis

conseqüências do risco: 10 16. O grau de severidade do risco, se é grave, maior ou menor: 10

17. Se a freqüência da falha é freqüente ou não: 10

18. O nº de acidentes ocorridos com o produto: 8

19. A gravidade desses acidentes: 10

20. nº pessoas enfermas ou com problemas de saúde: 8

21. O nº pessoas afetadas pela falha: 8

22. nº de pessoas enfermas ou com problemas de saúde: 8

9. Com que freqüência as informações levantadas sobre os aspectos

fundamentais do assunto devem ser enviadas para o técnico? Nós gostaríamos de receber as informações sobre a Análise de risco do produto de seis em seis meses na fase de acompanhamento do programa.

10. Aspectos fundamentais já conhecidos pelos técnicos

A cadeira plástica foi analisada pelo Inmetro, através do Programa de análise de produtos em 12/1998 e 04/2004 (esta informação está disponível no site do Inmetro). Em contato com a divisão do Inmetro responsável pelo Programa de análise de produtos, a Dipac identificou o Instituto Nacional do Plástico - INP e o seu responsável o S. Paulo Colina. O Sr. Paulo Dacolina nos indicou entidades representativas do setor para contato. Em contato com esta entidade, conseguimos respostas para as seguintes questões:

��Velocidade da mudança tecnológica do produto: É pequena

��Tempo de vida útil do produto: De dois a três anos, dependendo das condições

de uso e armazenagem do produto. ��Número e o porte dos fabricantes: Grandes a médias empresas, 18 fabricantes

no setor, onde 9 estão associadas ao INP e estes representam 80% da produção de cadeira plástica.

��Qual a forma de produção: Lote ��Existem normas técnicas sobre o assunto: Existe a NBR 14776, errata da

norma deve sair em out/2004, abrange qualquer modelo desde que seja monobloco.

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��Existem mecanismos de avaliação da conformidade já definidos para produtos

similares: Não ��Existe regulamentação e capacitação tecnológica: Ainda não existe capacitação

tecnológica, e não há regulamentação sobre o assunto.

��Foco do risco: foco do risco é segurança 11. A DIPAC conhece alguma fonte de informação?

As fontes de informação conhecidas são: �� Associação Brasileira do Plástico – Abiplast �� Associação Brasileira do Móvel – Abimóvel �� Instituto Nacional do Plástico – INP

E os Laboratórios e organismos acreditados pelo Inmetro que são: �� Cetea / Ital �� Instituto Nacional de Tecnologia – INT �� Instituto Falcão Bauer.

12. Caso positivo, a Dipac possui contato em alguma fonte de informação

conhecida? �� Abiplast e INP –- o Sr. Paulo Dacolina, tel (11) 3817-8712 / 38131366 �� Abimóvel –- Fernanda Campos �� Cetea / Ital – Sr. Maurício Rossi �� Instituto Nacional de Tecnologia – Edir Evangelista �� Instituto Falcão Bauer – Sandro de Souza e Osvaldo Kinochita

Através do Sr. Paulo Dacolina, você poderá conseguir os telefones dos outros contatos.

13. Outras considerações

Na análise de risco do produto, precisaremos utilizar dados históricos são eles: nº acidentes ocorridos, gravidade dos acidentes, nº pessoas afetadas pela falha, nº pessoas enfermas ou com problemas de saúde e o impacto das possíveis conseqüências. O grau de severidade do risco e a freqüência da falha. O Impacto sobre a balança comercial e sobre a comercialização com blocos econômicos e competitividade, o volume total da produção anual do setor produtivo e da importação no setor, os mecanismos adotados por outro país para o mesmo produto e suas condições mercadológicas e, finalmente, a autoridade regulamentadora do produto no exterior, se houver é claro.

14. Complementação especial – consultoria, contratação de especialista Neste caso não acho necessário.

Tabela 2. Entrevista com técnico da Dipac

Após a entrevista, o analista selecionou em tabelas os dados originários da

entrevista ao técnico da Dipac, para facilitar a visualização desses dados e

chegar a finalização da fase de Planejamento (Tabelas 3 e 4).

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Informação a encontrar Situação

Velocidade da mudança tecnológica do produto Respondida integralmente pelo técnico O tempo de vida útil do produto Respondida integralmente pelo técnico O número e o porte dos fabricantes Respondida integralmente pelo técnico Qual a forma de produção Respondida integralmente pelo técnico Existem normas técnicas sobe o assunto? Respondida integralmente pelo técnico Existem mecanismos de avaliação da conformidade já definidos para produtos similares?

Respondida integralmente pelo técnico

Existe regulamentação e capacitação tecnológica? Respondida integralmente pelo técnico Foco do risco Respondida integralmente pelo técnico

Tabela 3. Lista de informações conhecidas e já confirmadas

Informação a encontrar Situação Análise de risco do produto como o nº acidentes ocorridos A encontrar A gravidade dos acidentes, A encontrar O nº pessoas afetadas pela falha A encontrar O nº pessoas enfermas ou com problemas de saúde A encontrar O Impacto das possíveis conseqüências. A complementar O grau de severidade do risco A complementar Freqüência da falha A complementar Impacto sobre a balança comercial A encontrar Impacto sobe a comercialização com blocos econômicos A encontrar Impacto sobe a competitividade A encontrar O volume total da produção anual do setor produtivo/da importação no setor A encontrar Mecanismos adotados por outro país para o mesmo produto e suas condições mercadológicas

A encontrar

A autoridade regulamentadora do produto no exterior A encontrar Tabela 4. Lista de informações a encontrar

6.1.2 Reunião de Dados

Na fase de reunião de dados, identificamos as principais fontes de

informação, através do nosso cliente que é a Dqual/Dipac, e contatos pessoais

com outras Divisões do Inmetro e seguimos algumas regras básicas para

facilitar a Coleta de Informações e mapear as fontes de informação e as

informações a encontrar por coleta.

1º passo: mapear as fontes de informação indicadas pela Dipac;

2º passo: mapear as fontes de informação de tentativas de coleta que

falharam (1ª tentativa);

3º passo: mapear as fontes de informação ainda não utilizadas;

4º passo: mapear as fontes de informação no exterior ainda não

utilizadas;

5º passo: mapear as fontes de informação das informações a encontrar

por coleta, tentativas (2º) que falharam;

6º passo: mapear as fontes de informação indicadas por outras fontes;

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7º passo: mapear o cronograma da freqüência da informação a ser

enviada ao técnico da Dipac.

Nas tabelas a seguir são apresentadas as fontes de informação que

foram identificadas, os contatos realizados e as tentativas de coleta.

Fonte de Informação Contato Tel / fax/ e-mail/ site Categoria Vínculo Observação Associação Brasileira

da Indústria do Móvel - Abimóvel

Fernanda Campos de

Andrade

(11)38178712/ 38131366/

[email protected]

Associação de classe

Abnt Representa o setor

produtivo

Associação Brasileira da Indústria e do Plástico - Abiplast

Paulo Dacolina

Associação de classe

INP Representa o setor

produtivo Instituto

Nacional do Plástico - INP

Paulo Dacolina (Diretor

Executivo)

(11)3814-8142/ 3814-8604/

[email protected] http://www.inp.org.br/

Abiplast Representa o setor

produtivo

CETEA / Ital Maurício Rossi Bordin

(19) 3743-1913/ 3241-8445

[email protected]

Laboratório Acreditado

Inmetro

Instituto Nacional de Tecnologia - INT

Edir Alves Evangelista

(21)2123-1169/ (21)2123-1179/

[email protected]

Organismo Acreditado

Inmetro

Instituto Falcão Bauer Sandro de Souza

(11) 3611-1729/ (11) 36111729/

[email protected]

Organismo Acreditado

Inmetro

Tabela 5. Fontes de Informação indicadas pela DIPAC

Fonte de informação

Contato Tel / fax / e-mail/ site Categoria Observação

Confederação Nacional da

Indústria - CNI

(61) 317-9989 317-9982

http://www.cni.org.br/

Confederações de Indústria

Informações sobre as Associações de classe

atuantes no setor em questão podem se obtidas, com as

Federações de Estado. Cadastro

Sindical da Indústria

http://www.fiesp.org.br/ Sindicatos Através do site. Identificaremos os sindicatos

do setor em questão. Tabela 6. Fontes de informação mapeadas ainda não utilizadas

Fonte de

informação Contato Tel / fax / e-mail / site Categoria Observação

Receita Federal

Cesar Dalston

[email protected] Entidade Governamental

Ainda não entramos em contatamos

Tabela 7. Fonte mapeada, ainda não utilizada, indicada por outra fonte

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Endereços eletrônicos Categoria Observação

http://www.iaf.nu/ Órgão Internacional de acreditação

Responde a questões referentes à avaliação da conformidade do

produto em questão no exterior. http://www.european-accreditation.org/ Órgão de acreditação da

Europa Responde a questões referentes à

avaliação da conformidade do produto em questão no exterior,

necessitando de validação. http://iaac-acreditation.org/ Órgão de acreditação na

América Responde a questões referentes à

avaliação da conformidade do produto em questão no exterior,

necessitando de validação. http://www.nist.gov/ Órgão de normalização

e acreditação dos EUA Responde a questões referentes à

avaliação da conformidade do produto em questão no exterior,

necessitando de validação. http://www.apec-pac.org/ Órgão de acreditação do

pacífico Responde a questões referentes à

avaliação da conformidade do produto exterior, necessitando de

validação. Tabela 8. Fontes mapeadas no exterior ainda não utilizadas

Fonte de

informação Contato Tel / fax / e-mail /site Categoria Justificativa

Sociedade Brasileira de Ortopedia e

Traumatologia

0800-557268 [email protected]

Entidade sem fins lucrativos

Esta fonte não fornece o tipo de

informação solicitada.

Catálogo dos exportadores

brasileiros - CNI

http://www.brazil4export.com/

Confederação de Indústria

Esta fonte está desatualizada.

Instituto Pró-Consumidor

(21) 2240-8716 Entidade de defesa do

Consumidor

Esta fonte não fornece o tipo de

informação solicitada.

Fundação de Proteção e Defesa do

Consumidor-Procon/SP

(11)3824-0446 http://www.procon.sp.gov.br/

Entidade de defesa do

Consumidor

Fonte não confirmada. Neste site encontramos um relatório das reclamações por fabricante, o que não nos interessa inicialmente, pois precisamos de um

relatório por produto.

Departamento de Proteção e

Defesa do Consumidor - DPDC do MJ

Andiara Patrícia

(61) 429-3163/3991 http://www.mj.gov.br/dpdc

Entidade Governamental

O DPDC pediu para formalizar a

solicitação. Conversando com

uma Divisão do Inmetro, fomos informados que

eles não tem esta informação.

Secretaria de Comércio

Exterior -Secex do Ministério da Indústria e do

Comércio Exterior -MDIC

Augusto César Sá Barreto

Sebastião

(21) 2126-1188/1243 [email protected]

http://www.desenvolvimento.gov.br

Entidade Governamental

Eles só têm a informação para móveis plásticos, pesquisa feita no

Sistema Alice.

Tabela 9. Tentativas de coleta que falharam

Page 61: METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE ......Nesse contexto, a questão técnica torna-se também uma questão estratégica. Assim, a adequada gestão da qualidade, normalização

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Informação a coletar Fonte de informação Resultado da Coleta

Análise de risco do produto como o nº acidentes ocorridos

Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor -DPDC do

MJ

O DPDC pediu para formalizar a solicitação, Conversando com uma Divisão do Inmetro, fomos

informados que eles já foram contatados e não têm esta informação.

A gravidade dos acidentes,

Departamento de Proteção e Defesa do

Consumidor - DPDC do MJ

O DPDC pediu para formalizar a solicitação. Conversando com uma Divisão do Inmetro, fomos

informados que eles já foram contatados e não têm esta informação.

O nº pessoas afetadas pela falha

Departamento de Proteção e Defesa do

Consumidor - DPDC do MJ

O DPDC pediu para formalizar a solicitação. Conversando com uma Divisão do Inmetro, fomos

informados que eles já foram contatados e não têm esta informação.

O nº pessoas enfermas ou com problemas de

saúde

Departamento de Proteção e Defesa do

Consumidor - DPDC do MJ

O DPDC pediu para formalizar a solicitação. Conversando com uma Divisão do Inmetro, fomos

informados que eles já foram contatados e não têm esta informação.

O Impacto das possíveis conseqüências.

Departamento de Proteção e Defesa do

Consumidor - DPDC do MJ

O DPDC pediu para formalizar a solicitação. Conversando com uma Divisão do Inmetro, fomos

informados que eles já foram contatados e não têm esta informação.

O grau de severidade do risco

Departamento de Proteção e Defesa do

Consumidor - DPDC do MJ

O DPDC pediu para formalizar a solicitação. Conversando com uma Divisão do Inmetro, fomos

informados que eles já foram contatados e não têm esta informação.

A freqüência da falha Departamento de Proteção e Defesa do

Consumidor - DPDC do MJ

O DPDC pediu para formalizar a solicitação. Conversando com uma Divisão do Inmetro, fomos

informados que eles já foram contatados e não têm esta informação.

Impacto sobre a balança comercial

Secretaria de Comércio Exterior - Secex

do Ministério da Indústria e do Comércio Exterior -

MDIC

Eles só têm a informação para móveis plásticos, pesquisa feita no Sistema Alice e indicaram a

receita federal para contato.

Impacto sobe a comercialização com blocos econômicos

Secretaria de Comércio Exterior - Secex

do Ministério da Indústria e do Comércio Exterior -

MDIC

Eles só têm a informação para móveis plásticos, pesquisa feita no Sistema Alice e indicaram a

receita federal para contato.

Impacto sobe a competitividade

Secretaria de Comércio Exterior -Secex

do Ministério da Indústria e do Comércio Exterior -

MDIC

Eles só têm a informação para móveis plásticos, pesquisa feita no Sistema Alice e indicaram a

receita federal para contato.

O volume total da produção anual do setor produtivo/da importação

no setor

Secretaria de Comércio Exterior -Secex

do Ministério da Indústria e do Comércio Exterior -

MDIC

Eles só têm a informação para móveis plásticos, pesquisa feita no Sistema Alice e indicaram a

receita federal para contato.

Mecanismos adotados por outro país para o

mesmo produto e suas condições

mercadológicas

Secretaria de Comércio Exterior - Secex

do Ministério da Indústria e do Comércio Exterior -

MDIC

Eles só têm a informação para móveis plásticos, pesquisa feita no Sistema Alice e indicaram a

receita federal para contato.

A autoridade regulamentadora do produto no exterior

Secretaria de Comércio Exterior - Secex

do Ministério da Indústria e do Comércio Exterior -

MDIC

Eles só têm a informação para móveis plásticos, pesquisa feita no Sistema Alice e indicaram a

receita federal para contato.

Tabela 10. Informações a serem coletadas e as tentativas que falharam

Page 62: METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE ......Nesse contexto, a questão técnica torna-se também uma questão estratégica. Assim, a adequada gestão da qualidade, normalização

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Necessidades de Informação Freqüência da informação a ser enviada ao

técnico da Dipac Questões sobre Análise de risco do produto Semestral, após a implantação do programa de

avaliação da conformidade do produto Tabela 11. Informação a ser registrada no cronograma de coleta

Os aspectos fundamentais já conhecidos pelos técnicos, conforme

apresentado na Fase de Planejamento, foram identificados através da

realização de uma reunião formal, entre a Dipac com a participação da Divit e

as entidades representativas do Setor como: associações de classe,

demandante e laboratórios acreditados pelo Inmetro. Nesta ocasião as

questões sobre a análise de risco do produto (questões sociais) e balança

comercial (questões econômicas), não foram respondidas por estas

Instituições.

6.1.3 Análise

Esta fase não pôde ser avaliada, pois ainda não identificamos as fontes

de informação adequadas para responder as questões listadas na tabela 4 –

Lista de Informações a Encontrar.

6.1.4 Integração

Nesta fase devemos elaborar um Relatório, contendo as soluções

para atender as questões não respondidas, listadas na tabela 4 – Lista de

Informações a Encontrar, como o exemplo a seguir:

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Relatório preliminar da Atividade de Coleta de Informações

Produto: Cadeira Plástica

Data: 12/11/2004

Analista responsável: Isabel Loureiro

Na aplicação desta metodologia, conseguimos mapear várias fontes de

informações, porém não conseguimos identificar a existência de fontes de informação

adequadas para responder a todas as questões levantadas sobre análise de risco do

produto e balança comercial. Isto nós leva a concluir que, embora o volume de

informações seja grande, nem todas as informações estão disponíveis na forma

estruturada que necessitamos.

Neste caso, necessitamos de soluções para responder as questões

pendentes. No caso de análise de risco, podemos articular junto ao DPDC, para que

solicite aos Procons dos Estados, a elaboração de relatórios de reclamação dos

clientes, categorizados por tipo do produto, atualmente esses relatórios são

organizados pelos Procons somente pela lista de fabricantes. Outra proposta é a

realização de convênios com entidades representativas na área de saúde, para que

possamos acompanhar os casos de acidentes ocorridos antes, durante e após a

avaliação da conformidade do produto em questão.

Em questões relacionadas ao impacto na balança comercial e outras

relacionadas ao Comércio Exterior, podemos prever Acordos de Cooperação Mútua ou

Convênios entre a Secex, Inmetro e Ministério das Relações Exteriores. Por outro lado,

vamos executar outra rodada de coleta de informações, procurando validar a fonte de

informação indicada da Receita Federal e contatando também a Coordenadoria de

Assuntos Internacionais do Inmetro, para nos ajudar na identificação de outras fontes

de informação.

O nosso prazo para a entrega do relatório final é no dia 30/11/04.

Tabela 12. Relatório Preliminar 6.1.5 Difusão

Este relatório deve ser entregue ao Chefe da Divit e após a sua

aprovação, deve ser encaminhado ao Chefe da Dipac, para acompanhamento.

Page 64: METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE ......Nesse contexto, a questão técnica torna-se também uma questão estratégica. Assim, a adequada gestão da qualidade, normalização

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6.2 AVALIAÇÃO DA METODOLOGIA

Na aplicação desta metodologia todas as fontes de informação serão

mapeadas para serem utilizadas em outras pesquisas de informação. As

necessidades de informação e as fontes de informação mapeadas nos

facilitarão na pesquisa de identificação de quem trata de quê e onde está a

informação para outras pesquisas que se sucederem sobre o assunto,

esperamos com isso diminuir o tempo para a conclusão de cada rodada de

coleta.

O aumento pela procura por informação, ou seja, o aumento da

demanda deve ser previsto, podendo partir da Dipac e também de outras

Divisões integrantes da Dqual/Inmetro, como a Divisão de Articulação Externa -

Diape e a Divisão de Orientação e Incentivo à Qualidade - Diviq, que em linhas

gerais necessitam do mesmo tipo de informação já mapeada neste Projeto.

Para avaliação desta metodologia podemos prever alguns indicadores de

resultados, que são:

��Nº de coletas efetuadas por ano;

��Tempo gasto (em dias) para efetuar a rodada de coleta por analista

responsável;

��Assuntos mais pesquisados no mês/ano;

��Nº fontes de informação mapeadas por ano;

��Nº relatórios emitidos com as informações mapeadas com sucesso;

��Nº relatórios com soluções que foram aceitas e implementadas pela

Divit em conjunto com a Dipac.

No Projeto Piloto, onde testamos esta Metodologia inicialmente para o

produto Cadeira Plástica, não obtivemos sucesso na identificação de uma fonte

de informação adequada para a questão. Assim, devemos ampliar o nosso

Capital de Relacionamento e buscarmos outras formas de resolver esta

questão, uma delas é interagindo cada vez mais com os nossos parceiros

internos e externos à Instituição.

O volume de informação é bem grande e excede a habilidade de coleta,

porém devemos pensar que a informação só tem valor se atende a uma

expectativa do cliente, e novas formas de estruturação da informação devem

ser previstas visando agregar conhecimento ao nosso cliente.

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7 CONCLUSÃO

Num ambiente globalizado, onde a rodovia mundial de informação

(Internet) disponibiliza um número infindável de informações, este Projeto tem o

mérito de pretender selecionar a informação certa no momento certo.

Este Projeto selecionado para a aplicação da Metodologia para o

Programa Brasileiro da Avaliação da Conformidade - PBAC é um dos mais

importantes no Planejamento Estratégico do Inmetro, já que é a espinha dorsal

para contribuir com o aumento da competitividade dos produtos, processos e

serviços do Brasil, bem como contribuir para aumentar a consciência de

cidadania do brasileiro.

Após a implantação desta Metodologia na Dipac, podemos implantá-la

em outras Divisões da Dqual, como também em Diretorias do Inmetro, como a

Diretoria de Metrologia Legal - Dimel, Diretoria de Metrologia Científica e

Industrial – Dimci e Coordenadoria Geral de Acreditação – CGCRE.

Neste ponto, não podemos nos esquecer da Intranet, que deverá ser

utilizada como uma ferramenta integradora e de comunicação, nos apoiando na

divulgação das Informações contidas nos Relatórios elaborados na fase de

Integração desta Metodologia. Assim, podemos perceber uma das formas de

sinergia entre os Capitais do Conhecimento, com o Capital Estrutural

potencializando o Capital Humano que exerce atividade no Inmetro. Este

capital humano, dependendo da sua habilidade de comunicação pode

aumentar o Capital de Relacionamento da Instituição, estabelecendo relações-

chave para o sucesso não só do nosso Projeto, como das Atividades

Finalísticas do Inmetro.

A melhor forma de motivar as pessoas é fazê-las parte deste processo.

Torná-las parte de um time. Dando feedback, fazendo com que informações

válidas e mapeadas voltem para aqueles que a forneceram, de modo que a

nossa Rede de Relacionamentos interna e externa seja sempre ampliada

(SANTOS, 1998).

Assim, estamos sugerindo a criação de um Serviço de Inteligência

Competitiva na Divit. Este Serviço será o responsável pela aplicação desta

Page 66: METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE ......Nesse contexto, a questão técnica torna-se também uma questão estratégica. Assim, a adequada gestão da qualidade, normalização

61

Metodologia e deve ser constituído por pessoas, equipamentos e

procedimentos aqui já definidos.

Finalmente, esperamos poder contribuir para que o Macroprocesso

ITQM do Inmetro possa atingir o seu papel de difusor de informação técnica e

estratégica para o cliente interno, melhorando e apoiando o processo decisório

da Instituição, funcionando como uma fonte de informação Interna em

potencial.

Page 67: METODOLOGIA PARA O PROGRAMA BRASILEIRO DE ......Nesse contexto, a questão técnica torna-se também uma questão estratégica. Assim, a adequada gestão da qualidade, normalização

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ALGARTE, Waldir; QUINTANILHA, Delma. A História da Qualidade e o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade. Rio de Janeiro: INMETRO/SENAI, 2000. 143p.

AZEVEDO, Annalina Camboim de. “Alerta Exportador!”: a questão informacional no tratamento das barreiras técnicas. Disponível em: www.inmetro.gov.br . Acessado em outubro de 2004. CARVALHO, Kátia de. “Disseminação de Informação e Informação de Inteligência Organizacional”. DataGramaZero – Revista de Ciência da Informação. Rio de Janeiro,v.2, n.3, jun.2001. Disponível em: http://www.dgz.org.br. Acessado em setembro de 2004.

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Anexo 1. PLANO DE AÇÃO QUADRIENAL DO PBAC 2004-2007

Introdução

A lista dos produtos, serviços e processos, apresentada neste documento, resultou do envio de um questionário, ao longo de 2003, a 1.506 entidades representativas dos segmentos públicos e privados de todo o país, dentre estas os Ministérios, os Agentes Reguladores, as entidades representativas do setor produtivo, as dos trabalhadores, dos consumidores e do meio Acadêmico. De todos, 270 confirmaram o recebimento do citado questionário, e 75 o responderam efetivamente. Recebemos indicações de 144 itens que, analisados criticamente, redundaram posteriormente em 104 itens que foram remetidos para as reuniões de discussão focada com a sociedade, tendo a do Rio de Janeiro contado com 9 entidades participantes e a de São Paulo, com 25. Submetidos à Metodologia de Identificação e Priorização de Demandas que é explicada logo abaixo, e que foi amplamente divulgada, 54 itens foram selecionados naquelas duas reuniões e em seguida validados pelo CBAC, compondo a lista que está sendo encaminhada para aprovação por esse Conselho. Desses 54 itens, acrescido com o de Responsabilidade social, conforme deliberação do mesmo, o Inmetro se encarregará de proceder aos estudos de avaliação técnica para se chegar aos cerca de 35 a 40 programas que tem condições de desenvolver até 2007. Para o desenvolvimento de programas de avaliação da conformidade, as Comissões Técnicas são compostas pelas partes interessadas, convocadas mediante Portarias do Inmetro. Quanto ao caráter compulsório ou voluntário dos programas, o mesmo será definido através da aplicação da Metodologia de Definição de Mecanismos, também validada pelo CBAC. Considerando que o orçamento do Inmetro é oriundo prioritariamente de recursos públicos, serão priorizados por estes recursos, os programas de interesse público. Programas de interesse setorial não serão priorizados, desde que tenham alocação de recursos externos. O referido Plano de Ação, dada a sua característica quadrienal, será revisado anualmente, mantendo-se o horizonte 2007 do PBAC.

2. Metodologia de Identificação e Priorização de Demandas

A metodologia utilizada para elaboração do Plano de Ação Quadrienal 2004 - 2007 do SBAC teve o objetivo de sistematizar e tornar participativo o processo de identificação e priorização dos produtos, processos e serviços que serão alvo de programas de avaliação da conformidade neste período. A fim de produzir o resultado esperado, a metodologia foi dividida nas 5 (cinco) fases a seguir.

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Fase 1Pesquisa junto

a sociedade

Fase 2Definição dos

critérios de priorização

Fase 3Priorização

junto a sociedade

Fase 4Validação junto ao CBAC

Fase 5Aprovação

junto ao Conmetro

Fase 1 – Pesquisa junto à sociedade

Pesquisa realizada junto à sociedade (entidades públicas e do setor produtivo; entidades representativas dos trabalhadores e consumidores, e meio acadêmico).

Fase 2 - Definição dos critérios de priorização

Para analisar os fatores ambientais que influenciam a operacionalização de cada produto, processo ou serviço, foram definidos os seguintes 3 (três) critérios qualitativos de avaliação.

• Critério 1: Saúde, Segurança e Meio Ambiente

• Critério 2: Fortalecimento do mercado Interno

• Critério 3: Balança Comercial

Fase 3 – Priorização junto à sociedade

A priorização foi feita a partir de reuniões, que utilizam a técnica da discussão focada, com representantes da sociedade. As reuniões ocorreram nos dias 26 e 27 de janeiro de 2004

Fase 4 – Validação junto ao CBAC

Após as análises anteriores e uma vez obtido um consenso mínimo junto à sociedade sobre os produtos a serem priorizados, a carteira foi validada em reunião pelo CBAC no dia 16 de fevereiro.

Fase 5 – Aprovação junto ao Conmetro

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A aprovação dos produtos junto ao Conmetro será feita em reunião no dia 13 de abril de 2004.

3. Lista de produtos, processos ou serviços

1. Água engarrafada, os garrafões e serviços de engarrafamento 2. Água sanitária 3. Base para fusíveis 4. Bens de informática 5. Bolsas de sangue 6. Cabos de aço 7. Cachaça 8. Cadeira de rodas 9. Cadeira para transporte e cinto de segurança infantil 10. Cadeira plástica 11. Cilindros para gases 12. Cinto de segurança automotivo 13. Componentes de bicicleta 14. Componentes de extintores de incêndio 15. Desfibriladores cardíacos 16. Elevadores 17. Embalagem para produtos perigosos 18. Equipamento de compressão para abastecimento de gás natural

veicular - GNV e gás natural de cozinha -GNC 19. Equipamentos de proteção individual - EPI 20. Equipamentos e sistemas de postos de combustíveis 21. Escapamento veicular (catalisador) 22. Fios e cabos elétricos 23. Fogos de artifício 24. Implantes ortopédicos 25. Lâmpadas 26. Luvas cirúrgicas e de procedimento 27. Madeira e derivados (painéis compensados, madeira serrada, pisos,

portas, móveis) 28. Material hospitalar (gazes, compressas e ataduras gessadas) 29. No break até 10 kVA 30. Óculos de grau e solar 31. Oxímetro de pulso 32. Pára-choque traseiro para veículo de carga 33. Pára-raios classe 15kv 34. Pino rei utilizado em transporte de carga 35. Programas de computador 36. Próteses humanas 37. Purificadores de água 38. Quinta-roda utilizadas em transporte de carga 39. Reator para lâmpada de alta intensidade 40. Receptáculo para lâmpadas 41. Responsabilidade social 42. Rodas e sistema de freios de veículos automotores 43. Seringas e agulhas hipodérmicas 44. Serviço de coleta e transporte de resíduos de serviços de saúde

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45. Serviço de desgaseificação de tanques utilizados no transporte rodoviário de produtos perigosos

46. Serviço de manutenção em elevadores 47. Sistema de conservação de produtos sob refrigeração e

congelamento em supermercados e afins 48. Sistemas de gestão de APPCC - Análise de perigos e pontos

críticos de controle na área de alimentos 49. Serviço ocupacional em turismo 50. Terminais telefônicos : móveis e fixos 51. Tintura para cabelo 52. Tubos de aço para condução e acessórios 53. Turismo de aventura 54. Turismo sustentável 55. Ventiladores de teto

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Anexo 2. ÁRVORE DE OBJETIVOS: QUALIDADE E COMPETITIVIDADE

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Anexo 3. ÁRVORE DE OBJETIVOS: SOLIDEZ E EXCELÊNCIA INSTITUCIONAIS

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Anexo 4. MACROPROCESSO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE PRODUTOS, PROCESSOS E SERVIÇOS – AC

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ANEXO 5. MACROPROCESSO DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA PARA METROLOGIA E QUALIDADE – ITQM