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1 JULIA ALBUQUERQUE AGUIAR Avaliando a cognição na perimenopausa e menopausa cirúrgica: a qualidade do sono, estados de humor e queixas próprias da menopausa predizem o desempenho cognitivo? Natal 2017 Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Mestre em Psicobiologia.

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JULIA ALBUQUERQUE AGUIAR

Avaliando a cognição na perimenopausa e menopausa cirúrgica: a qualidade do sono, estados

de humor e queixas próprias da menopausa predizem o desempenho cognitivo?

Natal

2017

Dissertação apresentada à Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, para

obtenção do título de Mestre em

Psicobiologia.

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JULIA ALBUQUERQUE AGUIAR

Avaliando a cognição na perimenopausa e menopausa cirúrgica: a qualidade do sono, estados

de humor e queixas próprias da menopausa predizem o desempenho cognitivo?

Natal

2017

Dissertação apresentada à Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, para

obtenção do título de Mestre em

Psicobiologia.

Orientadora: Profa. Dra. Maria

Bernardete Cordeiro de Sousa - UFRN

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Leopoldo Nelson - ­Centro de Biociências - CB

Aguiar, Júlia Albuquerque.

Avaliando a cognição na perimenopausa e menopausa cirúrgica: a

qualidade do sono, estados de humor e queixas próprias da

menopausa predizem o desempenho cognitivo / Júlia Albuquerque Aguiar. - Natal, 2017.

80 f.: il.

Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do

Norte. Centro de Biociências. Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia.

Orientadora: Profa. Dra. Maria Bernardete Cordeiro de Sousa.

1. Hormônios sexuais - Dissertação. 2. Perimenopausa -

Dissertação. 3. Cognição - Dissertação. 4. Climatério -

Dissertação. I. Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de. II.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/BSECB CDU 577.175.6

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Título: Avaliando a cognição na perimenopausa e menopausa cirúrgica: a qualidade do sono,

estados de humor e queixas próprias da menopausa predizem o desempenho cognitivo?

Autor: Júlia Albuquerque Aguiar

Data da defesa: 09 de junho de 2017

Banca Examinadora:

__________________________________________

Profa. Dra. Maria Bernardete Cordeiro de Sousa

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, RN

Instituto do Cérebro

__________________________________________

Profa. Dra. Técia Maria de Oliveira Maranhão

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, RN

Departamento de Tocoginecologia e Obstetrícia

__________________________________________

Profa. Dra. Fabíola da Silva Albuquerque

Universidade Federal da Paraíba, PB

Departamento de Fisiologia e Patologia

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RESUMO

O aumento da expectativa de vida tem proporcionado a mulheres em todo o mundo viver

cerca de metade de suas vidas adultas após a menopausa, com deficiência de estrógenos. A

privação hormonal evidenciada a partir desse período de vida traz consigo um grande número

de consequências, incluindo déficit cognitivo, mudanças nos estados de humor, incluindo

depressão e ansiedade, redução de qualidade do sono e sintomas característicos tais como

ondas de calor, sudorese noturna, entre outros. O déficit cognitivo pode apresentar relação

com os demais sintomas durante esse período da vida. O objetivo desse estudo foi avaliar o

desempenho cognitivo de mulheres perimenopáusicas em função de transtornos de humor,

comorbidades, sintomatologia climatérica e ovariectomia cirúrgica. Sessenta e nove mulheres

foram recrutadas na Maternidade Escola Januário Cicco, Natal-RN. O desempenho cognitivo

foi avaliado utilizando testes cognitivos para memória verbal episódica, e função executiva,

incluindo memória operacional, além de questionário para queixas de memória. Foram

também investigados os transtornos de humor (depressão e ansiedade) e a qualidade do sono.

A presença de comorbidades e sintomatologia climatérica foram obtidos através dos

prontuários das participantes. As queixas de climatério foram mensuradas por meio do Índice

de Blatt-Kupperman. Todas estas variáveis, incluyindo a ovariectomia cirúrgica foram

utilizadas como preditores do desempenho cognitivo por meio da análise estatística de modelo

linear generalizado, considerando p < 0,05. Maiores sintomas de ansiedade e depressão e

qualidade de sono, foram preditores do desempenho cognitivo para função executiva. Além

disso, a sintomatologia climatérica e os sintomas de depressão foram preditores das queixas

de memória, mas as comorbidades não predisseram o desempenho cognitivo. A ovariectomia

cirúrgica, mas não a perimenopausa natural, predisse o desempenho cognitivo dominuído para

memória episódica. O hipoestrogenismo agudo vivenciado por mulheres ovariectomizadas

cirurgicamente sugere uma rápida alteração cognitiva, provavelmente decorrente do efeito

degenerativo do déficit hormonal. Nestes casos, a terapia de reposição hormonal, desde que

observados os critérios para a sua prescrição, possivelmente reduziria essa alteração, como

sugere a hipótese da janela crítica de oportunidade. Portanto, no período de transição

perimenopáusica ocorrem alterações fisiológicas próprias desta condição, além das

repercussões do hipoestrogenismo sobre a cognição, estados de humor e qualidade do sono,

de forma que abordagem integrada destes fatores pode favorecer a qualidade de vida das

pacientes.

Palavras-chave: Hormônios sexuais, perimenopausa, cognição, climatério.

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ABSTRACT

General life expectancy has increased, which has provided to women around the world live

about half of their adult lives after menopause, facing estrogen deficiency. Hormone

deprivation evidenced in this period of life brings with it a great number of consequences for

women, including cognitive deficit, changes in mood such as depression and anxiety, reduced

sleep quality, and characteristic symptoms of this period, which includes hot flashes and facial

flush, among others. Hence, this research aims to assess whether mood, sleep quality,

menopausal complaints and surgical ovariectomy predicted the cognitive performance in

perimenopausal women. Sixry-nine women were recruited in the Climacteric Clinic at the

Januário Cicco Maternity-School, Natal-RN, Brazil. The assessment of cognitive performance

occurred through tests of episodic memory, executive function and a questionnaire of memory

complaints. Mood, sleep quality, comorbidities, menopausal complaints and surgical

ovariectomy were analyzed as predictors of the cognitive performance. Comorbidities and

menopausal symptoms data were collected in the participants’ medical records. The

menopausal complaints were measured by the Blatt-Kupperman Index. The statistical analysis

was conducted using general linear model and all data analysis was considered significant

when P-value was < 0.05. Higher anxiety and depression symptoms, as well as worse sleep

quality, predicted executive function performance. Also, menopausal complaints and

depression symptoms predicted memory complaints, but comorbidities did not predict

cognitive performance. Surgical ovariectomy but not natural perimenopause predicted

reduced episodic memory performance in women. The acute hypoestrogenism faced by

surgically ovariectomized women indicates a fast change in cognitive performance, which

may suggest the degenerative effect of hormonal absence and a preventive use of hormone

therapy could possibly reduce this alteration, as supported by the critical windows hypothesis.

Therefore, in the perimenopausal transition typical physiological alterations are commonly

found, as well as hypoestrogenism repercussions on cognition, mood and sleep quality.

Hence, an integrated approach of those factors may improve life quality for the climacteric

patients.

Key words: Sex hormones. perimenopause, cognition, climacteric.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 8

1.1 Ação dos hormônios sexuais na cognição ........................................................................ 8

1.2 Estrógenos e cognição .................................................................................................... 10

1.3 Estrógenos no climatério................................................................................................. 13

2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 20

2.1 Geral ................................................................................................................................ 20

2.2 Específicos ...................................................................................................................... 20

3 HIPOTÉSES E PREDIÇÕES ................................................................................................ 20

4.1 Participantes .................................................................................................................... 21

4.2 Cognição ......................................................................................................................... 21

4.3 Queixas de memória ....................................................................................................... 22

4.4 Sintomatologia de climatério .......................................................................................... 22

4.5 Questionários de estados de humor................................................................................. 23

4.5.1 Sintomas de depressão ............................................................................................. 23

4.5.2 Sintomas de ansiedade ............................................................................................. 23

4.6 Qualidade do sono .......................................................................................................... 24

4.7 Procedimento .................................................................................................................. 24

4.8 Análise estatística ........................................................................................................... 25

6 DISCUSSÃO GERAL ........................................................................................................... 55

6.1 Sintomatologia climatérica e cognição ........................................................................... 55

6.2 Humor, sono e cognição ................................................................................................. 56

6.3 Comorbidades e cognição ............................................................................................... 58

6.4 Menopausa cirúrgica e cognição ..................................................................................... 59

7 LIMITAÇÕES DO ESTUDO E CONCLUSÕES ................................................................. 61

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 63

ANEXOS .................................................................................................................................. 74

Anexo 01. Escala de Memória Wechsler – subteste de Memória Lógica ............................ 75

Anexo 03. Inventário de Depressão de Beck ........................................................................ 78

Anexo 04. Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) ............................................... 80

Anexo 05. Índice de qualidade de sono de Pittsburgh .......................................................... 82

Anexo 06. Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa ............................................................ 84

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1 INTRODUÇÃO

A relação entre hormônios e comportamento é bastante estudada. A primeira evidência

da ação hormonal no comportamento animal foi reportada em 1849 por A. A. Berthold, ao

remover testículos de galo e observar modificações no comportamento sexual do indivíduo

(Becker & Breedlove, 2002). O interesse do estudo da endocrinologia comportamental,

campo que estuda essa relação, reside no fato que a regulação hormonal de diversos processos

fisiológicos durante a vida de um indivíduo reflete em seu no desenvolvimento e reprodução,

repercutindo em seus respectivos comportamentos (Whitten et al., 1998).

Comportamentos sexuais, sociais e de resposta ao estresse, por exemplo, ocorrem em

resposta a modulação hormonal em áreas do sistema nervoso central, assim como estão

sujeitos a interações com o ambiente no qual o indivíduo se insere e a sua experiência de vida

(Beach, 1975; Bos et al., 2012). Hormônios agem no cérebro em áreas específicas ativando ou

inibindo circuitarias responsáveis por comportamentos característicos de cada espécie para

dada situação (McEwen, 1981; McCall & Singer, 2012; Rilling, 2013). As variações

comportamentais qualitativas que são espécie-específicas são relacionadas aos genótipos, de

forma que variações genéticas influenciam as ações hormonais e as expressões

comportamentais correspondentes (Beach, 1975). Portanto o repertório comportamental de

cada espécie é modulado por uma série de fatores e também apresenta variações individuais.

1.1 Ação dos hormônios sexuais na cognição

Os hormônios sexuais atuam diretamente no cérebro, de forma a induzir a expressão

de comportamentos sexuais específicos para cada sexo (McCarthy et al., 2009). O papel dos

hormônios esteroides sexuais na organização da circuitaria neural foi evidenciado pela

primeira vez no estudo de Phoenix et al. (1959), no qual foi observado, em modelo animal,

que o comportamento sexual de machos e fêmeas adultos era influenciado pela ação hormonal

durante o período pré-natal. Ou seja, as regiões neurais responsáveis por expressar os

comportamentos sexuais do indivíduo adulto pareciam ser moduladas durante períodos

críticos do desenvolvimento (Diamond, 2009).

A partir dos resultados desse estudo, foi elaborada a hipótese sobre os efeitos

organizacionais e ativacionais dos hormônios esteroides sexuais. O efeito organizacional

estaria relacionado à capacidade dos hormônios sexuais em modificar áreas do sistema

nervoso durante o desenvolvimento pré e perinatal, que levaria a alterações persistentes no

comportamento durante a vida adulta do indivíduo. Por sua vez, o efeito ativacional refere-se

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à ação dos hormônios sexuais em áreas do sistema nervoso previamente alteradas por efeitos

organizacionais, de forma a promover a expressão de comportamentos específicos. Esse efeito

é temporário e seu tempo de ação depende da presença do hormônio na corrente sanguínea e

no tecido em que atua (Phoenix et al., 1959; Gerral, 2009).

Outros trabalhos apontam que efeitos organizacionais também ocorrem em outros

períodos do desenvolvimento, como a adolescência, o que indica a possibilidade de outras

janelas organizacionais em que os hormônios sexuais podem modular características

comportamentais (Sisk & Zehr, 2005; Schulz et al., 2009).

Os hormônios sexuais estão relacionados ao desenvolvimento e surgimento de

características e comportamentos sexuais na espécie humana, incluindo efeitos sobre

habilidades cognitivas diferenciadas para cada sexo (Hampson, 1990a). Essas características

diferenciadas entre sexos estão relacionadas aos efeitos organizacionais e ativacionais dos

esteroides sexuais na cognição (Williams & Meck, 1991). De acordo com Luine (2014), a

função cognitiva pode ser conceituada como a habilidade de ler, reter e recordar informações.

Ao se considerar as habilidades cognitivas humanas mais complexas, é necessário incluir

todas as funções e processos relacionados ao conhecimento como, por exemplo, atenção,

memória, compreensão e produção de linguagem.

É possível observar uma variação do desempenho cognitivo feminino durante o ciclo

menstrual. Várias pesquisas corroboram a hipótese de que altos níveis hormonais (estrógeno e

progesterona) estão relacionados à melhor performance feminina em tarefas para habilidades

verbais. Hampson (1990b), ao aplicar uma bateria de testes cognitivos em mulheres, observou

que durante a fase lútea (altos níveis de estrógeno e progesterona) as participantes

destacavam-se em atividades de fluência verbal e velocidade perceptual. Por outro lado,

mulheres durante a fase menstrual, na qual há baixos níveis de estrógeno e progesterona,

responderam melhor aos testes de habilidades espaciais.

Outros estudos também observaram diferenças na performance cognitiva de mulheres

quanto às habilidades espaciais durante a fase lútea e menstrual e obtiveram resultados

semelhantes (Hampson, 1990a; Silverman & Phillips, 1993; Hausmann et al. 2000). Phillips e

Sherwin (1992) verificaram menores resultados para testes de memória visual em mulheres

durante a fase menstrual do que para as mesmas mulheres durante a fase lútea, enquanto

Rosenberg & Park (2002) encontraram melhor performance em memória operacional verbal

em mulheres na fase lútea. Maki et al. (2002) constataram melhores resultados para fluência

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verbal e habilidades motoras finas e piores resultados para testes de rotação mental em

mulheres durante a fase lútea. Hampson & Morley (2013) observaram melhor desempenho

cognitivo em testes de memória operacional em mulheres na fase lútea, onde foi verificada

alta concentração de estradiol salivar, quando comparada a fase menstrual.

Portanto, várias pesquisas reforçam a modulação dos hormônios sexuais na cognição

humana, sugerindo que as variações do desempenho cognitivo podem estar relacionadas aos

efeitos organizacionais e ativacionais dos hormônios no sistema nervoso central em humanos.

1.2 Estrógenos e cognição

Estrógenos são hormônios esteroides produzidos pelos ovários, que, além da função de

amadurecimento do gameta feminino, promovem a diferenciação das características sexuais

femininas. No organismo feminino circulam três tipos de estrógenos: estrona (E1), estradiol

(E2) e estriol (E3), sendo que o 17β-estradiol é o principal hormônio circulante durante os

anos reprodutivos da mulher e é a forma mais potente de estrógeno (Rettberg et al., 2014).

Os estrógenos atuam como fatores transcricionais através da ativação de receptores

intracelulares de alta afinidade, que em seguida modulam a transcrição de genes específicos.

Os efeitos apresentados a partir dessa ação genômica são tardios e prolongados, de forma a

modular expressão gênica e síntese proteica (Schumacher, 1990; McEwen & Alves, 1999).

Entretanto, estrógenos também agem rapidamente através de mecanismos não-genômicos, que

geram padrões comportamentais e fisiológicos rápidos e de curta duração (McEwen & Alves,

1999). Esses efeitos rápidos ocorrem devido à ativação de receptores nas membranas

neuronais (Schumacher, 1990). O cérebro é um órgão alvo desses hormônios esteroides para

ambos tipos de mecanismos (Robel & Baulieu, 1994).

Os receptores de estrógenos encontram-se amplamente distribuídos no cérebro, tanto

os intracelulares como os receptores presentes associados à membrana celular, tanto em

neurônios quanto em células da glia, além de serem expressos em ambos os sexos (Rettberg et

al., 2014). Inicialmente foram estudados receptores presentes no hipotálamo e glândula

hipófise, devido a sua relação evidente com ações do estrógeno na reprodução, embora hoje já

sejam pesquisados receptores encontrados em diversas outras regiões cerebrais, como

hipocampo, córtex e tronco cerebral (McEwen, 2001) e áreas hipotalâmicas que expressam o

comportamento sexual (McEwen et al., 2012).

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Dois tipos melhor descritos de receptores de estrógenos são ERα e ERβ, encontrados

tanto como receptores intracelulares como receptores associados à membrana celular (Almey

et al., 2015). A distribuição de ERα é mais ampla, incluindo uma maior concentração na

hipófise, hipotálamo, área pré-óptica hipotalâmica e amígdala, enquanto ERβ apresenta

distribuição restrita, com maior concentração no hipocampo e córtex cerebral. Os receptores

transmembrana são responsáveis por ativar sinalizações intracelulares rápidas quando

expostos a estrógenos e quando se ligam ao 17β-estradiol com funcionamento e sobrevivência

neuronal (McEwen, 2001; McEwen, 2002; Rettberg et al., 2014). Outro receptor de estrógeno

já descrito é o receptor de estrógeno acoplado à proteína G (GPER1), para o qual têm sido

registradas ações tanto em vias de sinalização rápida quanto regulações transcricionais

(Prossnitz & Barton, 2011).

O 17β-estradiol age no sistema nervoso central e periférico através da manutenção da

homeostase, regulação da plasticidade sináptica e cognição, neuroproteção e modulação da

sensação de dor (Prossnitz & Barton, 2011). Além da ação de estrógenos no cérebro que são

provenientes de órgãos esteroidogênicos (ovários, glândula adrenal e placenta), esse hormônio

pode também ser sintetizado diretamente no cérebro, caracterizando-se como neuroesteroide.

A observação da síntese de hormônios esteroides no cérebro foi realizada inicialmente por

Baulieu (1981) e foi confirmada por pesquisas em vários laboratórios, que observaram a

presença de enzimas clássicas de tecidos esteroidogênicos no sistema nervoso (Compagnone

& Mellon, 2000).

Vários hormônios esteroides se acumulam no cérebro, mesmo que não haja contato

com glândulas esteroidogênicas, e sua concentração é controlada por mecanismos próprios.

Entretanto, também ocorre modulação através da ação de hormônios produzidos

perifericamente, como é o caso do 17β-estradiol (Robel & Baulieu, 1994).

Estudos in vitro tem apresentado o papel neuroprotetor do estrógeno, conferindo

proteção à célula de várias formas, incluindo redução de morte celular devido a deprivação

nutricional e fatores tróficos, contra estresse oxidativo e efeitos neurotóxicos (Bhel, 2002a,

2002b; McEwen & Alves, 1999). Rune e Frotscher (2005) observaram o papel de estrógenos

produzido no hipocampo na neurogênese e plasticidade sináptica hipocampal.

Pesquisas in vivo com roedores têm demonstrado que fêmeas durante o período de

pré-menopausa, no qual há altos níveis de estrógenos, apresentam reduzido risco de isquemia,

neurotrauma e neurotoxicidade para certas drogas (Wise et al., 2001; Bhel, 2002a). Outras

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pesquisas têm evidenciado o aumento da função de diferentes sistemas de neurotransmissão,

tais como colinérgico e serotoniérgico, facilitação do potencial de longa duração no

hipocampo, aumento de fluxo sanguíneo para o cérebro e ações anti-inflamatórias (Ashtana et

al., 1999; Bhel & Holsboer, 1999; McEwen & Alves, 1999). Recentemente, também, foi

demonstrada uma modulação no sistema dopaminérgico, com a identificação de receptores

estrogênicos nos terminais do núcleo accumbens, córtex frontal medial e estriado dorsal

(Almey et al., 2015). Em estudos sobre terapia de reposição hormonal, foi verificado que os

estrógenos agem em sistemas colinérgicos do prosencéfalo basal, os quais projetam-se para

hipocampo e córtex cerebral em áreas cognitivas importantes. Sua ação inclui o aumento os

níveis de acetilcolinesterase, enzima necessária para síntese de acetilcolina, assim como

intensificação da ação da própria acetilcolina, indicando um efeito trófico dos estrógenos em

neurônios colinérgicos (McEwen & Alves, 1999). Em estudo com ratas ovariectomizadas, foi

observada redução de captação de colina e redução da atuação de acetilcolinesterase no

hipocampo, porém, com cinco semanas de reposição de estrógeno sob a forma de 17β-

estradiol, esse quadro foi revertido (Singh et al, 1994).

Sistemas serotoninérgicos no núcleo da raphe apresentam eferências para áreas

envolvidas com resposta fisiológica ao estresse, memória, humor, cognição e comportamento

afetivo, sendo essas áreas hipocampo, hipotálamo, amígdala e córtex pré-frontal (McEwen &

Alves, 1999; Bethea et al., 2002). Administração aguda ou crônica de estradiol em ratas

ovariectomizadas leva ao aumento da concentração de serotonina e seu metabólito 5-HIAA

em várias áreas do cérebro (Amin et al., 2005). Pesquisas com fêmeas de macaco rhesus

(Macaca mulatta) ovariectomizadas encontraram um aumento da expressão de triptofano

hidroxilase (THP) em fêmeas tratadas com estradiol quando comparadas àquelas tratadas com

progesterona ou placebo (Pecins-Thompson et al., 1996). THP é a enzima responsável pela

biossíntese de serotonina e supressão da expressão do transportador de serotonina (SERT)

(McEwen & Alves, 1999).

Gould et al. (1990) observaram o papel do estradiol na modificação e excitabilidade

sináptica hipocampais através da reposição de estradiol em fêmeas de rato ovariectomizadas,

de forma que a ausência do hormônio levou a redução da densidade das espinhas dendríticas

em células piramidais CA1 no hipocampo, área que atua no aprendizado, sendo esse quadro

rapidamente revertido com a reintrodução de estradiol nesses animais. Woolley e McEwen

(1992) constataram uma maior densidade nas sinapses hipocampais durante a fase de proestro

(altas concentrações de estradiol) de ratas não manipuladas, quando comparada à fase de estro

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(baixas concentrações de estradiol). Ratas ovariectomizadas tratadas com estradiol também

apresentaram maior densidade de sinapses, indicando o papel modulador do estrógeno no

hipocampo e, consequentemente, na cognição, a qual é dependente da comunicação neuronal.

Outros estudos também observam a função modulatória do estradiol sobre o

hipocampo, de forma a alterar transmissões sinápticas excitatórias e inibitórias em elementos

pré-sinápticos. Uma pesquisa investigou a excitação sináptica em neurônios da área CA1 do

hipocampo causada pela administração de 17β-estradiol em ratas, observando sua ação

através de um mecanismo pré-sináptico de potencialização de sinapses, de forma a aumentar a

probabilidade de liberação do neurotransmissor glutamato (Smejkalova & Woolley, 2010). A

ação do estradiol no hipocampo também ocorre de maneira a suprimir sinapses inibitórias no

hipocampo, de forma a reduzir a probabilidade de liberação de GABA em células

hipocampais pré-sinápticas (Huang & Woolley, 2012).

Warren et al. (1995) observaram a influência de estrógeno na plasticidade sináptica

hipocampal, registrando-a através da potenciação a longo prazo (LTP), e identificaram que

fêmeas de rato durante proestro, com altas concentrações de estrógeno circulante, apresentam

maior intensidade de LTP. Smith e McMahon (2005) constataram que tratamento com

estradiol em ratas ovariectomizadas intensifica a quantidade de LTP nas sinapses entre as

áreas CA3 e CA1 no hipocampo, o que pode estar relacionado com os efeitos positivos desse

hormônio na memória, e que a ocorrência de LTP está diretamente ligada com o aumento de

espinhas dendríticas e transmissores mediadas pelos receptores NMDA. Outro estudo

estabeleceu que a intensificação de LTP mediado por estradiol requer ativação de receptores

de NMDA contendo subunidade NR2B, cuja expressão é aumentada pelo estradiol, sugerindo

o papel desse hormônio na modulação da presença de receptores NMDA (Smith & McMahon,

2006).

1.3 Estrógenos no climatério

O climatério é o período de vida da mulher em que ocorre a transição da fase

reprodutiva para a fase não reprodutiva de sua vida (Utian, 2004; Fritz & Speroff, 2015). A

menopausa é considerada como a última menstruação da mulher, sendo, então, o momento em

que a menstruação cessa de forma permanente (Utian, 2004; Burger et al., 2007; Fritz &

Speroff, 2015). Os anos que antecedem a menopausa caracterizam a chamada perimenopausa

e apresentam mudanças no ciclo ovariano, sendo caracterizado principalmente por um maior

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período de tempo entre ciclos, podendo variar de 40 a 60 dias (Utian, 2004; Fritz & Speroff,

2015).

A fase do climatério é marcada pela queda na produção dos hormônios sexuais

femininos, a partir da redução do funcionamento dos ovários devido a diminuição natural de

folículos funcionais (Utian, 2004; Burger et al., 2007; Fritz & Speroff, 2015).

Para mulheres em idade reprodutiva, a produção de hormônios sexuais femininos é

regulada através do eixo Hipotálamo-Hipófise-Gonadal (HPG), no qual neurônios do

hipotálamo produzem o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), que é liberado no

sistema porta-hipofisário, estimulando a produção dos hormônios luteinizante e folículo

estimulante (LH e FSH, respectivamente) por células da adenohipófise. Esses hormônios

agem nos ovários para produção de estrógenos e progesterona (Crousos, 1998).

As mulheres que encontram-se na fase de climatério, por outro lado, apresentam

redução dos folículos, o que leva ao início as modificações hormonais, marcadas pela queda

da produção de inibina B, a qual é produzida pelas células da granulosa, juntamente com os

estrógenos. A inibina B é responsável pelo controle da liberação de hormônio folículo

estimulante (FSH) pela hipófise, de forma a manter o feedback negativo para redução de sua

produção (Fritz & Speroff, 2015). Tinkanen et al. (2001) observaram que os níveis de inibina

estão relacionados ao número de folículos antrais em desenvolvimento, dados que corroboram

os de Danforth et al. (1998), que argumentaram que os níveis de inibina caem paralelamente a

redução da quantidade de folículos antrais. Outro hormônio que apresenta redução é o

hormônio anti-Mülleriano (AMH), o qual também é produzido pelos folículos, o que leva a

conclusão que a redução de sua secreção indica a diminuição do número de folículos, sendo

um marcador da transição perimenopáusica (Sowers et al., 2008). Entretando, o AMH não é

utilizado como marcador por sofrer grande variação individual entre mulheres (Fritz &

Speroff, 2015).

Na ausência de inibina, o FSH é secretado em maiores concentrações. Inicialmente o

nível de produção de estrógenos permanecem apenas um pouco maior, mas os ciclos

ovarianos começam a ficar mais longos (Fritz & Speroff, 2015). A fase folicular torna-se mais

curta devido ao estímulo mais rápido ao desenvolvimento dos folículos ocasionado pelo

aumento dos níveis de FSH (Burger et al., 2007). Randolph et al. (2011) concluíram em seu

estudo que as modificações dos níveis de FSH e estrógenos durante a transição

perimenopáusica são relativamente constantes e conservadas para diferentes etnias.

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15

Logo, a transição perimenopáusica é caracterizada pelo aumento dos níveis de FSH e

redução dos níveis de inibina, enquanto os níveis de hormônio luteinizante (LH) permanecem

normais e de estrógenos ligeiramente aumentados (Sherman et al., 1976; Fritz & Speroff,

2015). O sinal clínico da transição é a modificação no comprimento do ciclo (Burger et al.,

2007).

1.4 Sintomatologia climatérica

Esse período é acompanhado de uma série de sintomas característicos, com grande

variabilidade entre as mulheres. Além da sintomatologia de climatério facilmente observável,

como amenorreia e ondas de calor, outras consequências acontecem e, muitas vezes, a sua

relação com a deficiência de estrógeno são ignoradas, como redução de aspectos da função

cognitiva normal do indivíduo, perda de cálcio nos ossos e aumento do risco de doenças

cardiovasculares (McEwen, 2002). Além disso, mudanças nos estados de humor, incluindo

depressão e ansiedade, e reduzida qualidade de sono são características também identificadas

neste período de transição (Mishra & Kuh, 2012).

Então, tentativas de prevenir ou reduzir a deterioração que ocorre normalmente com o

envelhecimento poderiam ajudar a aprimorar a qualidade de vida de mulheres durante grande

parte de suas vidas (Sherwin, 2007). Tendo isso em vista, o Consenso Brasileiro de

Terapêutica Hormonal da Menopausa (Wender et al., 2014) concluiu que a terapia hormonal

realizada durante a perimenopausa pode ser benéfico no controle dos estados de humor.

Dessa forma, muitas pesquisas investigam os aspectos da sintomatologia climatérica

envolvendo transtornos de humor, qualidade do sono e cognição (Bromberger et al., 2007;

Bromberger et al., 2010; Uguz et al., 2011; Gibson et al., 2012; Terauchi et al., 2012; Baker et

al., 2015; Freeman et al., 2015). Depressão, por exemplo, apresenta alta incidência durante o

climatério, entretanto, estudos não encontraram associação entre esse quadro e essa fase da

vida.

Estudos com mulheres durante a transição perimenopáusica e a pós-menopausa

argumentam sobre um maior risco de desenvolvimento de depressão quando comparado a

fase de pré-menopausa (Freeman et al., 2004; Cohen et al., 2006; Freeman et al., 2006).

Através de dados coletados a partir do The Study of Women´s Health Across de Nation –

SWAN (“Estudo da saúde da mulher através da nação”), estudo longitudinal sobre saúde

feminina conduzido nos Estados Unidos, Bromberger et al. (2007) observou que há um

aumento do risco de sintomas de depressão durante a transição perimenopáusica. Também

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16

com dados iniciais do SWAN, Bromberger et al. (2010) acompanhou longitudinalmente

mulheres que eram pré-menopáusicas ao início do estudo e afirmou que há uma maior chance

de desenvolvimento de depressão na peri e pós-menopausa, apesar de não encontrar relação

entre o quadro de depressão e as modificações nos níveis hormonais.

Uma metanálise realizada por Georgakis et al. (2016) encontrou uma relação inversa

entre a prevalência de depressão e uma maior idade da menopausa, juntamente com a maior

duração do período reprodutivo (período de tempo entre a menarca e a menopausa); de forma

a argumentar que mulheres com maior duração do período reprodutivo e, consequente, maior

idade da menopausa apresentam maior tempo de exposição a estrógenos endógenos, o que

poderia estar relacionado ao menor risco de depressão.

Com relação a ação de hormônios exógenos, Soares et al. (2001) conclui que o uso de

estradiol transdérmico é eficiente para tratamento de mulheres perimenopáusicas com

diagnóstico de depressão. Gordon et al. (2016) observou que um aumento nos níveis de

estradiol salivar causa um aumento nos níveis de cortisol salivar em mulheres depressivas,

hipotetizando que flutuações excessivas de estradiol, as quais as mulheres perimenopáusicas

estão constantemente expostas, pode levar a alterações no eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal,

responsável pela resposta fisiológica ao estresse, de forma que essas mulheres se tornam mais

reativas ao estresse. Dessa forma, os autores argumentam que esse é um possível modelo para

a prevalência de depressão na perimenopausa.

Uguz et al. (2011) concluiu que transtornos de humor, tais como ansiedade e

depressão, afetam a qualidade de vida de mulheres pós-menopáusicas. Ansiedade também foi

estudada longitudinalmente através dos dados do SWAN (Bromberger et al., 2013) e foi

encontrado um maior nível de sintomas de ansiedade para mulheres na peri e pós-menopausa,

quando comparadas com mulheres na pré-menopausa, de forma apresentar maior

susceptibilidade a ansiedade durante a transição perimenopáusica, quando não eram

cronicamente ansiosas. Gibson et al. (2012), com dados do SWAN, ao analisar mulheres

menopausadas natural e cirurgicamente, observou que sintomas de ansiedade e depressão

melhoram ao longo do tempo após a transição perimenopáusica, sem diferenças entre o tipo

de menopausa. Entretanto, as mulheres histerectomizadas passaram por cirurgia em diferentes

idades e todas as participantes utilizaram tratamento hormonal em algum momento, podendo

afetar os resultados obtidos. As divergências nos estudos sobre ansiedade e menopausa foram

analisadas em uma revisão sistemática realizada por Bryant et al. (2012), na qual os autores

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17

argumentaram que há uma grande variedade no método utilizado pelas pesquisas para

identificar a presença de quadro de ansiedade nas participantes, muitos utilizando medidas

não validadas e instrumentos de diagnóstico pouco conhecidos, reduzindo, dessa forma, o

impacto dos resultados.

A qualidade do sono também é bastante afetada, de forma que um estudo realizado

com polissonografia mostrou que mulheres peri e pós-menopáusicas passam mais tempo

acordadas a noite, mas não houve relação com comorbidades médicas ou psicológicas (Xu et

al., 2011), enquanto estudo anterior realizado também com polissonografia não encontrou

diferenças para mulheres peri e pós-menopáusicas quando comparadas com pré-menopáusicas

(Young et al., 2003). Por outro lado, outra pesquisa aponta que estados de ansiedade e

depressão parecem afetar a qualidade do sono de mulheres peri e pós-menopáusicas (Terauchi

et al., 2012).

Hollander et al. (2001) observaram através de um estudo longitudinal que reduções

nos níveis de estradiol estavam relacionadas a redução da qualidade do sono, enquanto Baker

et al. (2015) não observou relação entre níveis hormonais e qualidade do sono, apesar de

argumentar que há um déficit de sono severo durante os anos de aproximação da menopausa;

entretanto, esses resultados foram associados a existência de fogachos noturnos, os quais

relacionam-se com a redução dos níveis hormonais. Por outro lado, pesquisa realizada com

coorte japonesa ressaltou que depressão entre mulheres durante a transição perimenopáusica

está mais associada a insônia do que aos fogachos (Terauchi et al., 2010), enquanto outro

estudo com coorte espanhola argumentou que há relação entre a percepção de estresse e

insônia, levando em consideração problemas individuais e com os respectivos parceiros das

mulheres envolvidas (Cuadros et al., 2013). Freeman et al. (2015) realizaram estudo

longitudinal, no qual foi observado que a qualidade do sono durante a fase pré-menopáusica

prediz a qualidade experienciada durante a transição, indicando que dificuldades no sono

durante esse período de perimenopausa em mulheres saudáveis não é associado de forma

simples ao declínio ovariano.

A cognição também compõe os sintomas do climatério, de forma que muitas pesquisas

estudam a associação da performance cognitiva e demais sintomas durante essa fase da vida

feminina (Colenda et al., 2010; Greendale et al., 2010; Goveas et al., 2014; Lal et al., 2016),

uma vez que redução da performance cognitiva é comum nessa fase, embora esta associação

ainda não tenha sido comprovada (Greendale et al., 2010). Entretanto, a hipótese da “janela

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crítica de oportunidade” (critical window of opportunity) pressupõe que as mulheres que

realizam terapia hormonal com estrógenos na perimenopausa e por vários anos seguintes

teriam menor risco de declínio cognitivo durante o envelhecimento, uma vez que o seu

cérebro permanece exposto aos estrógenos por uma maior quantidade de tempo (Sherwin,

2012).

Em mulheres pós-menopáusicas mais velhas, Colenda et al. (2010) apontaram que a

frequência de casos de desordens psiquiátricas, tais como ansiedade e depressão, está

associada a função cognitiva reduzida para teste de cognição global. Em um estudo

longitudinal com mulheres pós-menopáusicas entre 65 e 79 anos, foi observado igualmente

que sintomas de depressão afetam a cognição global longitudinalmente, entretanto, foram

realizados também testes domínio-específicos, para os quais não foram encontrados resultados

relevantes (Goveas et al., 2014).

Greendale et al. (2010), através de estudo longitudinal com mulheres na

perimenopausa, observaram que sintomas de depressão estão relacionados a processamento

cognitivo reduzido e sintomas de ansiedade estão associados a aprendizado reduzido,

enquanto a qualidade do sono e sintomas vasomotores não parecem se relacionar com

performance cognitiva. Por outro lado, Lal et al. (2016) investigaram mulheres até 5 anos

após a menopausa que apresentavam Síndrome da apneia obstrutiva do sono, na qual há

redução ou bloqueio do fluxo de ar por obstrução das vias aéreas superiores, e encontraram

que as participantes com a síndrome reportavam maiores dificuldades cognitivas em

questionário; ou seja, a qualidade do sono parece influenciar na percepção das participantes

quanto a sua própria cognição.

Com o aumento da expectativa de vida evidenciado desde o século 20, mulheres em

todo o mundo têm vivido cerca de metade de suas vidas adultas após a menopausa, com

deficiência de estrógeno (Rapp et al., 2003; McEwen, 2002). Grande parte dos estudos sobre

ação do estrógeno costumava focar em aspectos reprodutivos, porém sabe-se hoje que o

cérebro é um dos órgãos que mais sofre com o decréscimo dos níveis de estrógeno em

mulheres após a menopausa natural ou cirúrgica (McEwen, 2002).

Muitos estudos buscam a relação entre a performance cognitiva apresentada por

mulheres durante o climatério e os níveis de estrógenos endógenos, uma vez que o déficit

hormonal é característico para essa fase da vida. Entretanto, os resultados têm sido

divergentes. Yaffe et al. (1998) realizaram uma pesquisa longitudinal por cinco anos com

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mulheres pós-menopáusicas com idade superior a 65 anos e não observaram relação entre as

concentrações hormonais e a performance cognitiva em teste de cognição global. O mesmo

foi observado por Barret-Connor & Goodman-Gruer (1999) em mulheres pós-menopáusicas

de idade entre 55 e 89 anos. Outros estudos mais recentes também não têm encontrado relação

entre os níveis de estrógenos endógenos e a performance cognitiva (Henderson, 2003;

Henderson et al., 2013; Boss et al., 2014).

Por outro lado, Drake et al. (2000) observaram a relação entre um melhor desempenho

em testes de memória verbal a maiores níveis de estradiol plasmático em mulheres pós-

menopáusicas acima de 65 anos. Assim como Ryan et al. (2012) encontraram associação

positiva entre as concentrações de estradiol e melhor performance para memória verbal

semântica e memória verbal episódica em estudo com mulheres australianas pós-

menopáusicas entre 45 e 55 anos. Em um estudo conduzido por Heys et al. (2011), foi

associado um período reprodutivo mais longo a uma melhor performance cognitiva global e

para memória verbal episódica para mulheres pós-menopáusicas acima de 50 anos em uma

população chinesa.

De acordo com a pesquisa longitudinal de Epperson et al. (2013) realizada por 14

anos, certos domínios cognitivos apresentam declínio independente da idade, possuindo

influência da senescência reprodutiva. O teste de memória verbal episódica, realizado

anualmente nas mulheres participantes, apresentou declínio de performance durante a

transição de pré para a pós-menopausa. Entretanto, outra pesquisa longitudinal mais recente

acompanhou mulheres pós-menopáusicas por 24 anos e não observou relação entre os níveis

de esteroides sexuais plasmáticos e cognição, sugerindo apenas uma relação modesta com os

níveis de estrona (Koyama et al., 2016). A diferença entre essas pesquisas pode estar na idade

das participantes acompanhadas, uma vez que o primeiro avaliou as mulheres a partir da pré-

menopausa, enquanto o segundo acompanhou apenas durante a pós-menopausa, o que pode

levar a divergências.

Dessa forma, a sintomatologia climatérica apresenta-se de forma complexa e com uma

grande variedade individual, tornando difícil a avaliação individual dos sintomas e, portanto,

apresentando resultados bastante divergentes disponíveis na literatura atual. Entretanto, há um

consenso quanto a existência dos sintomas e a necessidade de amenizá-los.

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2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Avaliar o desempenho cognitivo de mulheres perimenopáusicas em função de transtornos de

humor, comorbidades, sintomatologia climatérica e ovariectomia cirúrgica.

2.2 Específicos

Investigar a relação entre desempenho cognitivo e sintomatologia climatérica;

Investigar a relação entre desempenho cognitivo e transtornos de humor e qualidade de sono;

Avaliar a influência da presença de comorbidades no desempenho cognitivo;

Avaliar a influência de ovariectomia cirúrgica na performance cognitiva.

3 HIPOTÉSES E PREDIÇÕES

H1: A severidade dos sintomas de climatério predizem o desempenho cognitivo de mulheres

perimenopáusicas.

Predição 1: Participantes com índice climatérico moderado e alto apresentarão pior

desempenho cognitivo cognitiva em testes de memória episódica e função executiva.

H2: Qualidade do sono e sintomas de ansiedade e depressão predizem o desempenho

cognitivo de mulheres perimenopáusicas.

Predição 2: Fatores como qualidade do sono, ansiedade e/ou depressão predizem a um pior

desempenho cognitivo em mulheres perimenopáusicas.

H3: A presença de comorbidades prediz o desempenho cognitivo de mulheres

perimenopáusicas.

Predição 3: Participantes que apresentam comorbidades, tais como diabetes, hipertensão e/ou

obesidade, irão manifestar pior performance em testes cognitivos.

H4: Redução aguda de estrógeno prediz déficit cognitivo quando comparada a redução

gradual.

Precição 4: Participantes que sofreram menopausa cirúrgica recente apresentarão

performance cognitiva reduzida quando comparadas a participantes perimenopáusicas.

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4 METODOLOGIA

4.1 Participantes

As participantes foram selecionadas entre as pacientes do Ambulatório de Climatério

da Maternidade Escola Januário Cicco da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

Natal, RN. O recrutamento ocorreu anteriormente ao início do horário de atendimento do

ambulatório, a partir da análise do prontuário das pacientes.

Foram recrutadas 58 mulheres perimenopáusicas e 11 mulheres menopausadas

cirurgicamente, todas se apresentaram para consulta médica de acompanhamento no

Ambulatório de Climatério, que atende pacientes na faixa etária entre 40 e 65 anos. Todas

estavam necessariamente no período da perimenopausa ou passaram por menopausa cirúrgica

recentemente e não realizavam tratamento de nenhuma espécie. Todas as pacientes assinaram

o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido antes do início da coleta de dados.

O critério de inclusão de participantes utilizado para a pesquisa foi o diagnóstico

clínico de perimenopausa, o qual baseia-se na presença de irregularidade menstrual, com

variações maiores entre os períodos menstruais, como definido por Fritz & Speroff (2015).

Entretanto, foram consideradas, além das participantes com transição perimenopaussica

natural, também pacientes submetidas a menopausa cirúrgica no período inferior a seis meses.

Como critério de exclusão foi utilizado o grau de instrução inferior a 4 anos, para evitar

grandes variações nos testes cognitivos, além de idade inferior a 40 e superior a 55 anos, de

forma a evitar inclusão de casos de menopausa precoce ou tardia, respectivamente.

4.2 Cognição

Para realizar a avaliação cognitiva das participantes, foram realizados testes de

memória verbal, função cognitiva e memória operacional.

Memória verbal episódica – utilizado para medir memória verbal imediata e com

atraso (ANEXOS – Anexo 01), o subteste de Memória Lógica da Escala Wechsler de

Memória avalia memória declarativa verbal episódica imediata e tardia. As participantes

foram expostas a uma breve história e, sem seguida, foi requisitada a repetição imediata,

assim como após um intervalo de 30 minutos. As histórias utilizadas são alternativas ao

subteste de Memória Lógica da Escala Wechsler de Memória, adaptadas e validadas para o

Brasil (Bolognani et al., 2015).

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Memória verbal operacional - para medir memória operacional, o teste Span de

contagem é bastante utilizado e apresenta diferentes variações (Conway et al., 2005). De

forma geral, o teste consiste na contagem de formas geométricas expostas em uma dada

situação e na capacidade de memorizar a contagem realizada para evocação após intervalo de

tempo.

Função executiva (inibição) – o teste Stroop versão Victoria (Spreen & Straus, 1998)

foi utilizado para o componente de inibição da função executiva. O teste é composto por três

cartões, sendo que o primeiro contendo 24 retângulos coloridos nas cores marrom, rosa, verde

e azul, enquanto o segundo apresenta palavras aleatórias com as cores dos cartões e o último

apresenta o nome das cores pintadas em colorações que não correspondem ao nome

apresentado. Foi pedido às participantes que dissessem o nome das cores dos retângulos do

primeiro cartão, a cor em que estão escritas as palavras no segundo cartão e o nome das cores

em que as palavras estão impressas no terceiro cartão. Para avaliação da performance, foram

analisadas a velocidade de execução e a quantidade de erros.

Função executiva (atualização) – a tarefa de memória de números [equivalente ao teste

Number memory, Morris & Jones (1990); Miyake et al. (2000); Friedman et al. (2008)] foi

utilizada para o componente de atualização da função executiva. O teste consiste em

sequências aleatórias de números, sendo pedido a participante que repita os três últimos

números apresentados.

4.3 Queixas de memória

O questionário subjetivo de memória que foi aplicado consiste em um modelo em

português para o questionário Prospective and Retrospective Memory Questionnaire (PRMQ)

(Piauilino et al., 2010), o qual é composto por oito categorias e um total de 16 questões, sendo

duas questões por categoria (ANEXOS – Anexo 02). As categorias estão relacionadas a

memória prospectiva e retrospectiva e as participantes deverão avaliar sua própria memória

utilizando a escala que varia entre 1 e 5, sendo 1 “nunca” e 5 “muito frequentemente”.

4.4 Sintomatologia de climatério

O índice climatérico de Blatt-Kupperman é um conjunto dos principais sintomas

apresentados por mulheres durante o climatério, convertendo numericamente as queixas

subjetivas dos sintomas de acordo com a sua severidade. Os sintomas incluem queixas

vasomotoras, parestesia, insônia, nervosismo, melancolia, vertigem fadiga, artralgia, e

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mialgia, dores de cabeça, palpitação e formigamentos (Kupperman et al., 1953). Escores até

18 obtidos no índice são considerados como sintomas leves, entre 19 e 35 são sintomas

moderados e maiores que 35 são considerados sintomas graves. Esse índice é aplicado pelos

médicos que atendem no ambulatório de Climatério, os quais passam por treinamento

adequado realizado pela médica responsável e são assistidos durante o atendimento.

4.5 Questionários de estados de humor

Foi inicialmente esclarecido a participante o propósito de cada teste e o modo como

deveriam ser respondidos. A aplicação dos questionários foi realizada de forma individual,

sem nenhuma interferência do avaliador, o qual podia ser solicitado a ajudar em caso de

dúvidas.

4.5.1 Sintomas de depressão

O estado de humor das participantes foi avaliado através da investigação dos níveis de

depressão das pacientes, utilizando o Inventário de Depressão de Beck (IDB) (Beck et al.,

1961) (ANEXOS – Anexo 03). O IDB é um questionário de auto-relato de sintomas e atitudes

cognitivas composto por 21 itens, nos quais a participante tem que escolher uma ou mais

afirmações que descrevam adequadamente como ela se sentiu na última semana. Altos níveis

de depressão são indicados por pontuações altas, sendo o máximo 63 pontos. A quantificação

do quadro depressivo foi realizada a partir do recomendado por Beck, Steer & Garbin (1988),

considerando a pontuação menor que 10 como sem depressão ou depressão mínima; variações

entre 10 e 18 como depressão leve a moderada; entre 19 e 29 como depressão moderada a

grave; e entre 30 e 63 como depressão grave.

4.5.2 Sintomas de ansiedade

O inventário de Ansiedade Traço-Estado (Spielberger et al, 1970) foi utilizado para

investigar o quadro de ansiedade das participantes, de forma a distinguir entre traço e estado

(ANEXOS – Anexo 04). O estado de ansiedade é considerado como estado emocional

transitório, enquanto o traço de ansiedade está relacionado a características relativamente

estáveis de cada indivíduo. Foi utilizada a versão validada para o Brasil (Biaggio & Natalício,

1979). O inventário é composto por duas partes (uma para traço e outra para estado), cada

uma composta por vinte itens. Cada item varia de 1 a 4, sendo que maiores valores indicam

maior grau de ansiedade. Resultados entre 20 e 40 indicam baixa ansiedade, 41 a 60, média

ansiedade e de 61 em diante, alta ansiedade.

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4.6 Qualidade do sono

Para avaliar a qualidade do sono das participantes, foi utilizado o Índice de qualidade

de sono de Pitssburgh (ANEXOS – Anexo 05), o qual é um questionário que padroniza a

medição de qualidade do sono, classificando os indivíduos entre “pequenos dormidores” e

“grandes dormidores” (Buysse et al., 1989). Ao todo são 19 questões respondidas pela

participante e 5 respondidas pelo companheiro de quarto, não sendo essas ultimas de

preenchimento obrigatório. A pontuação geral varia entre 0 e 21, de forma que maiores

pontuações indicam pior qualidade de sono. Pontuações acima de 4 indicam qualidade de

sono ruim e acima de 10 indicam a presença de distúrbio do sono.Foi utilizada a versão

validada para a língua portuguesa e aplicada a população brasileira (Bertolazi, 2008).

4.7 Procedimento

As participantes foram recrutadas entre 7:00 horas e 9:00h horas para o horário da

manhã e entre 11:30 horas e 14:30 horas para o horário da tarde, enquanto esperavam

atendimento no Ambulatório de Climatério. Todas foram guiadas para uma sala na própria

maternidade, na qual foram submetidas individualmente ao teste de memória lógica e aos

questionários para transtornos de humor, qualidade de sono e ao questionário subjetivo de

memória. Após cerca de um mês, as pacientes se apresentarão novamente para consulta no

ambulatório e, nesse momento, serão aplicados os demais testes cognitivos (função executiva

e memória operacional) (Figura 01).

Figura 01: Linha temporal representando as etapas do procedimento.

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Além dos resultados obtidos a partir dos testes, foram coletados, a partir dos

prontuários, dados relacionados às comorbidades mais comuns apresentadas pelas

participantes e o índice climatérico de kupperman. As comorbidades utilizadas para análise

foram obesidade e sobrepeso, hipertensão e diabetes. O índice de Kupperman foi utilizado

para dividir as participantes em grupos de acordo com a presença ou ausência de

sintomatologia climatérica (Figura 02).

Figura 02: Organograma do desenho experimental do projeto de acordo com o Índice de

Blatt-Kupperman

4.8 Análise estatística

A análise estatística foi realizada no software SPSS e o teste utilizado foi modelo

linear geral para avaliar a performance cognitiva das participantes em testes de memória

verbal episódica, função executiva e no questionário de Memória Prospectiva e Retrospectiva.

Escolaridade foi utilizada como covariável em todas as análises para controlar seu efeito no

resultado final. Para investigar a relação entre a performance cognitiva e depressão, ansiedade

e qualidade do sono, essas três variáveis foram incluídas como covariáveis. Para analisar a

relação entre cognição e a existência de comorbidades, as comorbidades foram adicionados

como fatores fixos.

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Os resultados para sintomas de climatério, medidos através do índice climatérioco de

Blatt-Kupperman, foram separados em dois grupos através de análise de cluster para se obter

um grupo com sintomas leves e outro com sintomas moderados a altos. A comparação entre

as participantes perimenopáusicas e ovariectomizadas também foi realizada através desta

análise estatística, adicionando o tempo de amenorreia em meses e idade como covariáveis e a

existência de menopausa cirúrgica como fator fixo. Para todas as análises, foram observados

os efeitos principais de cada variável sobre a cognição e para todos os resultados foram

considerados valores de p < 0,05.

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5 ARTIGO

Assessing cognition in perimenopausalwomen and those submitted to surgical

menopause: how do sleep, mood and menopausal complaints predict cognitive

performance?

Júlia Albuquerque Aguiar1, Mônica Carolina de Miranda2, Victor Kenji Medeiros Shiramizu3

Diva Carolina Medeiros Francelino4, Carlos Alberto da Cunha Junior4, Iaponira Vidal5, Maria

Bernardete Cordeiro de Sousa1,3

1Pós-graduação em Psicobiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2Programa

de Pós-graduação em Psicobiologia, Universidade Federal de São Paulo; 3Instituto do

Cérebro, Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 4Health Sciences Center,

Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Climacteric Clinic of Januário Cicco

Maternity School, Federal University of Rio Grande do Norte.

Periódico: Climacteric.

Status da publicação: a ser submetido.

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Assessing cognition in perimenopausal women and those submitted to

surgical menopause: How do sleep, mood and menopausal complaints

predict cognitive performance?

Hypoestrogenism characterizes the climacteric period, when women may experience a number

of physiological changes, psychological disorders, reduced cognitive performance, and sleep

disturbance. This study investigated whether mood, sleep quality, menopausal complaints and

surgical ovariectomy predict cognitive performance in perimenopausal women. Fifty-eight

perimenopausal and eleven surgically ovariectomized women were recruited at the Climacteric

Clinic of the Januário Cicco Maternity School, in Natal, Brazil. Cognitive performance was

assessed using tests of episodic memory, executive function and a memory complaints

questionnaire. Mood, sleep quality, comorbidities, menopausal complaints and surgical

ovariectomy were analyzed as predictors of cognitive performance. Stronger mood symptoms

and worse sleep quality predicted poorer executive function performance. Moreover, severity of

depression and menopausal symptoms predicted memory complaints, but comorbidities did not

forecast cognitive performance. Surgical ovariectomy, but not natural perimenopause, predicted

reduced episodic memory performance. The acute hypoestrogenism faced by surgically

ovariectomized women indicates a marked change in cognitive performance, which may suggest

the degenerative effect of absent hormones and preventive use of hormonal therapy could

reduce this alteration, as supported by the critical window hypothesis. Hence, an integrated

approach for the management of the hypoestrogenism repercussions on cognition, mood and

sleep quality may improve life quality for the climacteric patients.

Key words: sex hormones, perimenopause, climacteric, cognition.

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Introduction

The permanent cessation of menstruation characterizes the climacteric period, a transition

between the reproductive and non-reproductive phase of a woman’s life [1,2]. Menopause is

the last menstruation experienced by women, while the period before it is characterized as the

perimenopause [1,3,2].

Women going through this transition may experience a number of physiological changes,

including vasomotor symptoms, psychological disorders such as anxiety and depression, sleep

disturbance, and reduced cognitive performance, among others [4-12]. Poorer cognitive

performance and subjective memory complaints are reported among peri and postmenopausal

women with psychological disorders and other menopause-related symptoms [13-19]. Thus,

the importance of a possible interaction between cognition and climacteric symptoms must be

better understood.

Moreover, comorbidities such as hypertension, diabetes mellitus, dyslipidemia and obesity,

which are common during middle age, also influence cognitive performance [20]. Studies

with the elderly, including late postmenopausal women, have found positive or negative

associations between comorbidities, such as hypertension, obesity and diabetes, and cognitive

performance, as well as a risk of possible cognitive impairment [21-25]. With respect to early-

onset perimenopause, the present study assessed cognitive performance in early

perimenopausal women in light of existing comorbidities.

Surgical menopause also affects cognitive performance, where abrupt hormonal changes are

reflected in several cognitive domains [26,27]. The critical window hypothesis suggests that

hormone therapy during menopause transition reduces cognitive impairment, since the brain

is continually exposed to estrogens [28].

As such, a large number of possible factors exhibiting negative associations with cognitive

performance must be investigated to better understand their interactions and the potential

effect on overall cognitive performance.

The present study aimed to investigate whether mood, sleep quality, menopausal complaints

and surgical ovariectomy predict cognitive performance in perimenopausal women.

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Methods

Participants and procedure

Subjects were recruited among patients seeking treatment at the Climacteric Clinic of

Januário Cicco Maternity School – belonging to the Federal University of Rio Grande do

Norte, Natal, Brazil. Recruitment occurred between February and December 2016, with a

total of 69 participants by the end of the study.

The following inclusion criteria were adopted: age between 40 and 55 years, clinical

diagnosis of perimenopause, based on menstrual irregularity, as defined by Fritz & Speroff

[2], as well as a history of surgical menopause in the previous six months. The exclusion

criteria were previous use of hormonal therapy medication and less than four years of formal

education, as a way to avoid wide variations in cognitive tests results.

Recruitment occurred twice a day on Tuesdays, between 7:00 am and 9:00 am and 11:30 am

and 2:30 pm, and only in the latter period on Wednesdays. The procedure was conducted

individually in a private room. Two sessions were necessary to apply all the tests and

questionnaires. The first consisted of the mood, sleep and memory complaints questionnaires

and the Logical Memory subtest. The second involved executive function tests.

Protocols and data collection

Cognition tests

Cognitive function was assessed through verbal episodic memory and executive function

tests, as follows:

Verbal episodic memory – the Logical Memory subtest of the Wechsler Memory Scale was

used to evaluate declarative verbal episodic memory and consists of a story that the

participants must recall immediately and 30 minutes after hearing it. The version used was

developed in Brazilian Portuguese and validated by Bolognani et al. [29].

Working memory – the Counting Span test was used to evaluate working memory and

consisted of counting geometric shapes and the ability to memorize them for later recall [30].

Executive function (inhibition) – the Stroop test was applied to assess the inhibition

components of the executive function [31].

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Executive function (updating) – the Number Memory test was used to evaluate the updating

components of executive function, analyzing the ability to recall the last three numbers on a

list of random numbers [32-34].

Mood and sleep quality

Mood assessment was conducted using the State-Trait Anxiety Index to evaluate current

anxiety and as a trace of each participant’s personality [35,36], with each item rated from 1 to

4, in which higher scores indicate greater anxiety. The Beck Depression Inventory, also used

to assess mood, evaluated depression symptoms [37], whereby scores from 0 to 10 indicate no

depression symptoms, from 10 to 18 mild depression, 18 to 29 moderate depression, and 30 or

higher severe depression. Sleep quality was analyzed using the Pittsburgh Sleep Quality Index

[38], with scores from 0 to 4 indicating good sleep quality, 5 to 9 poor sleep quality, and 10 or

higher the presence of sleep disorder. The version used was developed in Brazilian

Portuguese and validated by Bertolazi [39].

Menopausal symptoms

The Blatt-Kupperman Index (BKI) was applied to assess general menopausal symptoms,

since this index provides a way to numerically convert subjective complaints according to the

severity of each symptom. The index includes symptoms of vasomotor complaints,

paresthesia, insomnia, nervousness, melancholy, vertigo, weakness (fatigue), arthralgia,

myalgia, headache, palpitation and formication [40]. The scale ranges from 0 to 48, with

scores between 0 and 20 considered mild climacteric symptoms, 20 and 35 moderate, and

higher than 35 severe. The index scores were collected from the participants’ individual

medical records and used to classify the women into two groups according to the score

obtained: high/medium for values of 20 or higher, and low for scores between 0 and 19. This

index was applied by trained physicians who were assisted by the main physician responsible

for the ambulatory facility.

Memory complaints

The Prospective and Retrospective Memory Questionnaire (PRMQ) [41] was used to evaluate

memory complaints using questions related to prospective and retrospective memory, in

which participants must evaluate their own memory abilities.

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32

Comorbidities

Data related to each participant’s comorbidities were collected from their individual medical

records, considering only predominant comorbidities (obesity, dyslipidemia, diabetes mellitus

and hypertension).

Statistical analysis

Statistical analysis was conducted using SPSS software (version 20.0). A generalized linear

model was used to assess whether cognitive performance is predicted by existing

comorbidities, such as mood, sleep quality and menopausal symptoms. A univariate analysis

of variance was carried out using episodic memory (Logical Memory subtest) and executive

function data, the latter including the updating component (Number Memory test), inhibiting

component (Stroop test), working memory (Counting Span test) and the Prospective and

Retrospective Memory questionnaire as dependent variables. The number of years of formal

education was used in each analysis as covariate, so as not to influence the final result.

The BKI was used to separate women according to symptom severity into two groups: one

consisting of participants with low scores and the other with medium to high scores. These

groups were defined in SPSS by conducting a cluster analysis to summarize the data into two

meaningful groups. Both groups were used as a fixed factor in the analysis to determine

whether symptom severity predicted performance. From the total of 58 perimenopausal

women, 15 had missing BKI information in their medical records.

The scores for anxiety, depression and sleep quality were used as covariates to investigate if

symptoms and sleep predicted performance. The comorbidities reported by physicians in each

participant’s medical chart were used as fixed factors to evaluate whether they predicted

performance. Fifty-seven women had complete medical records, and only one contained

missing information.

The same analysis was used to assess whether surgical ovariectomy predicted cognitive

performance. The 11 participants were age-matched. Age, years of formal education and

duration of amenorrhea were used as covariates to control their possible effects on the results,

while surgical menopause was used as a fixed factor. All data were considered statistically

significant at a P-value < 0.05.

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33

Results

The sample included 69 women aged between 40 and 55 years (M=49.13; SD=3.68) with

mean formal education of 9.19 years (SD=3.589). A total of 11 women had undergone

surgical menopause within six months of the study and the other 58 were naturally

perimenopausal women. Most of the participants were employed (55), the remainder were

homemakers (6), while 8 participants provided incomplete data. Marital status varied, with

single (24.6%) and married (64.6%) being the most common (with 4 missing data), and the

mean number of children was 2.67 (SD=1.27), with 6 missing data (Table 1).Only 19

participants agreed to participate on the second day of the study, which consisted of executive

function tests only. Of the 19 participants, 7 had been surgically ovariectomized and 12 were

perimenopausal women. The most common comorbidities were diabetes mellitus,

hypertension, dyslipidemia and obesity, with incomplete medical records from two

participants. A total of 15 participants provided incomplete medical records for the Blatt-

Kupperman climacteric Index. The surgically ovariectomized women were included only in

the last analysis of the research.

Menopausal symptoms and cognition

The cluster analysis conducted in this study divided the sample of 58 perimenopausal women

into two groups, the first consisting of 33 women (mild symptoms) with a centroid score of 16

and the second (medium to high symptoms) contained 21 participants with a centroid score of

34, since menopausal index data of 3 participants were missing. These two groups were

significantly different (F= 92.862; p< 0.00), as illustrated in Figure 1. Women with low BKI

scores, considered to have few or no climacteric symptoms, and those with medium and high

scores, appear to have performed similarly on all the tests. By contrast, the prospective and

retrospective memory questionnaire predicted higher symptom severity (F = 19.273, p< 0.00),

where women with medium-high scores show poorer performance than those with low scores,

as illustrated in Tables 2, 3.1 and 3.2.

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Figure 1. Mean Prospective and Retrospective Memory Questionnaire (PRMQ) for the two

groups of menopausal index (N=55), p< 0.00.

Mood, sleep and cognition

The depression symptoms analyzed here were characterized in a total sample of 25 women

with no symptoms, 18 with mild to moderate depression, 10 with moderate to severe, and 5

with severe depression. Thus, of the 58 perimenopausal women, 33 women had varying levels

of depression symptoms. Participants with higher scores on the Beck Depression Inventory

exhibited lower performance on the Counting Span test for total proportion of recall without

the correct order of appearance (F= 17.101, p= 0.006) and all-or-nothing load scoring (F =

8.553, p= 0.026). BDI scores predicted the prospective and retrospective memory

questionnaire scores (F= 19.273, p< 0.00). Higher scores on the questionnaire mean higher

memory complaints, and are associated with stronger depression symptoms (Figure 2 and

Tables 3.1 and 3.2).

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Figure 2. Beck Depression Inventory (BDI) predicted performance using univariate analysis

of variance in the Counting Span test (CS) (N= 9) for (A) p= 0.006, (B) p= 0.026 and

(C) Prospective and Retrospective Memory Questionnaire (PRMQ) (N= 40), p< 0.00.

The anxiety state of the women consisted of 19 participants with mild anxiety, 37 with

moderate anxiety and 2 with high anxiety symptoms. The anxiety trait included 12 women

with mild anxiety, 45 with moderate anxiety and 1 with high anxiety symptoms. For the State-

Trait Anxiety Inventory, higher anxiety predicted lower performance for executive function,

the updating component, assessed using the Number Memory test, for the total amount of

numbers recalled (F=8.291, p= 0.028) and correct order of sequences (F =6.939, p= 0.039).

The anxiety trait also predicted the working memory component, assessed by the Counting

Span test, for all-or-nothing load scoring (F = 18.119, p< 0.05) (Figure 3 and Tables 3.1 and

3.2). Mood did not predict cognitive performance for episodic memory. The sleep profile of

the participants included 16 women with good sleep quality, 28 with poor sleep quality and 14

with sleep disorder. Sleep quality predicted only the Counting Span test performance for the

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total proportion of recall without the correct order of appearance (F= 6.911, p< 0.039) and all-

or-nothing load scoring (F = 6.283, p< 0.046) (Figure 3 and Tables 3.1 and 3.2).

Figure 3. The trait of anxiety (STAI-trait) predicted performance using univariate analysis of

variance in Number memory for (A) p<0.028 and (B) p<0.039 and (C) Counting Span

test (N=9), p<0.05

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Figure 4. Sleep quality predicted performance using univariate analysis of variance in the

Counting Span test (CS) (N=9) for (A) p< 0.039 and (B) p< 0.

Comorbidities and cognition

The presence of different comorbidities was investigated for each of the 58 participants and

the most common were obesity (33), hypertension (18), diabetes mellitus (13) and

dyslipidemia (22). Thirteen participants had no comorbidities, 15 had only one, 16 had two, 9

had three, and 3 exhibited all four comorbidities (Figure 5 and Tables 3.1 and 3.2).

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Figure 5. Number of comorbidities recorded for each participant: 13 (23.2%) with no

comorbidities; 15 (26.8%) with one, 16 (28.6%) with two, 9 (16.1%) with three and 3

(5.4%) with four.

Statistical analysis failed to show any associations between the comorbidities investigated and

cognitive performance, or memory complaints. The statistical results are shown in Tables 3.1

and 3.2.

Surgical menopause and cognition

The sample of 11 ovariectomized women was used only for comparison against the cognitive

performance of 58 naturally perimenopausal women. The participants were age-matched and

univariate analysis of variance was conducted using age, years of formal education and

duration of amenorrhea (months) as covariates to control the possible effect of each variable

on the final result. The cognitive data from the Prospective and Retrospective Memory

questionnaire were used as dependent variables and ovariectomy as a fixed factor. No

alterations were found for most cognition tests between the two groups, but there was a strong

tendency for a difference in the Logical Memory subtest, which assesses episodic memory (F

= 4.344, p< 0.054) (Table 4).

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39

Discussion

Menopausal symptoms and cognition

The Blatt-Kupperman index numerically converts the most common climacteric symptoms, in

order to better understand the severity of the menopausal complaints of each participant [40].

The symptoms included in the index are related to vasomotor complaints, paresthesia,

insomnia, nervousness, melancholy, vertigo, weakness (fatigue), arthralgia, myalgia,

headache, palpitation and formication. The present study divided the participants into two

groups based on the scores obtained on this index: high/medium and low scores. According to

the data found in this study, there were no intergroup differences, suggesting that the

perimenopausal complaints investigated by this scale may not predict cognitive performance

on verbal episodic memory and executive function tests. On the other hand, the symptoms

predicted the prospective and retrospective memory questionnaire scores, which show that

women with elevated climacteric symptoms were more likely to report a higher number of

memory complaints.

Other studies also failed to find an association between vasomotor complaints, one of the

items contained in the Blatt-Kupperman index, and performance on cognitive function tests

[42,43,15]. One study, however, indicated a negative association between self-reported hot

flashes and verbal memory performance [44]. However, an objective measure of vasomotor

symptoms, as measured by ambulatory skin conductance monitors, seems to be more efficient

than subjective measures, such as diaries and questionnaires [45].

The hormonal status of menopausal women was associated with memory complaints when

premenopausal and postmenopausal women were compared. Early postmenopausal women

(within 5 years after menopause) were more likely to report more cognitive complaints.

However, perimenopausal women were excluded from the analysis due to the small number

of participants with this condition [41]. The menopausal index also shows that menopausal

symptoms are negatively associated with cognitive performance [46].

Perimenopausal women exhibited increased memory complaints, along with hot flashes, night

sweats and reduced libido [47]. Menopause-related symptoms seem to predict memory

complaints in peri and postmenopausal women, as well as psychological and psychosocial

factors [13,16-19]. When compared to pre- and postmenopausal women, perimenopausal

women were more likely to report memory complaints [48].

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40

The Blatt-Kupperman index contains several items regarding general menopausal complaints.

However, this index has been criticized, given that symptoms of libido and vaginal dryness

are not considered, and the items have different weights for arbitrary reasons [49]. Sexual

dysfunction, for example, is strongly associated with severe menopausal complaints, as

measured by this index [50]. Thus, specific domains of menopausal complaints may be related

to cognitive performance, but the effects might be diluted in the overall index. Accordingly,

mood and sleep questionnaires were used here as alternative ways to investigate specific

changes observed in menopausal transition.

Mood, sleep and cognition

Mood, as measured by symptoms of anxiety and depression, predicted cognition differently.

Higher anxiety levels predicted poorer Number Memory test performance, which is an

executive function task, more specifically the updating component. Higher levels also

predicted worse performance in the Counting Span test, used to assess working memory. This

study failed to determine if anxiety predicts other aspects of cognition. High-anxiety

symptoms do not seem to be associated with verbal memory, although learning may be

affected by prior anxiety symptoms [15], which corroborates the findings of this study, since

trait anxiety was associated with cognition as opposed to state anxiety at the moment of the

procedure. Studies with older adults suggest an association between the severity of anxiety

and cognitive impairment, such as in tests of episodic and visual memory [51,52]. However,

only Greendale et al. [15] studied perimenopausal women, and, to our knowledge, this is the

first study to show that anxiety symptoms predict executive function performance.

Depression symptoms also predicted poorer performance in the Counting Span test.

Greendale et al. [15] found that perimenopausal women with high levels of depression

symptoms scored lower on processing speed tests, but these symptoms had no effect on

learning. Depression symptoms have been associated with cognitive impairment when

analyzed cross-sectionally [53] and older postmenopausal women with psychiatric disorders,

depression being the most common, were more likely to display cognitive impairment, as

measured by the questionnaire [14]. Moreover, depression symptoms were used to predict

higher scores on the prospective and retrospective memory questionnaire. Women with higher

depression symptom scores reported more memory complaints, which were also associated

with symptoms of depression, anxiety and sleep disturbance in perimenopausal women [17].

The same results were found when perimenopausal women were compared to pre- and

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41

postmenopausal women [48]. Thus, the present results corroborate those of the literature,

demonstrating that anxiety and depression have a negative influence on cognition. Although

the hormonal status of the samples may differ among studies, Weber et al. [54] concluded that

differences in cognitive performance throughout menopausal transition are not explained by

mood or sleep disturbance. This does not mean that sleep quality and mood do not influence

cognitive performance, but hormonal status may have a greater influence when women in

different stages of the climacteric period are compared.

The present study also investigated sleep quality, which predicted performance on the

working memory test. Women who reported poorer sleep quality had worse working memory

performance. Studies show that peri and postmenopausal women experience sleep difficulties

[55,56]. Greendale et al. [15] found no association between sleep and cognitive performance

in perimenopausal women. On the other hand, another study found that sleep quality predicted

cognitive performance on tests of verbal memory, working memory and attention in

postmenopausal women [44]. Memory complaints seem to be associated with sleep quality

[17,48], but the sample of the present study precluded corroborating these findings.

Although studies have demonstrated cognitive deficits associated with poor sleep quality, the

results differ from those of the literature [44,15]. Nevertheless, this study corroborates the fact

that sleep predicts working memory performance. In addition, the questionnaires of

depression and anxiety present questions that overlap the sleep quality questionnaire, which

makes the results more complete and assertive.

Comorbidities and cognition

Among the exclusion criteria in studies with menopausal women is the presence of several

comorbidities. However, results obtained using only a sample of healthy women may not be a

global representation of what women experience during menopausal transition, given that

menopausal women are afflicted with several comorbidities due to general health issues. This

study showed that comorbidities such as hypertension, diabetes mellitus, dyslipidemia and

obesity do not predict cognitive performance on verbal episodic memory and executive

function tests. Boss et al. [57] highlighted the importance of studying comorbidities along

with cognitive function in the elderly. A systematic review concluded that hypertension,

diabetes and, to a lesser extent, obesity and dyslipidemia, are negatively associated with

cognitive performance, especially in the memory, processing speed and cognitive flexibility

domains [20].

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Hypertension has been correlated with hippocampal atrophy the effect being progressive

according to time since onset of the comorbidity [58]. Obesity has been shown to be related to

poorer global cognitive function, language and memory in both elderly men and women [23].

A higher body mass index (BMI) in midlife and later midlife is associated with poorer

cognitive performance [24]. On the other hand, postmenopausal women who participated in

the Women’s Health Initiative (WHI) and had higher BMI scores showed better cognitive

performance and those with lower waist-to-hip ratios (WHR) had lower risk of dementia

[59,60].

Elderly men and women with diabetes mellitus seem to be at greater risk of developing mild

cognitive impairment [21]. Additionally, high glycosylated hemoglobin levels, a marker of

glucose control in elderly postmenopausal women, is associated with increased risk of

developing cognitive impairment [22]. Gray matter and reduced hippocampal volume was

also observed in postmenopausal women with diabetes mellitus who underwent hormonal

therapy [25].

However, none of these studies investigated perimenopausal women, only elderly post-

menopausal individuals. Most of the results observed do not correspond to the findings of the

present study, since they may be related to age rather than hormonal deficiency. Furthermore,

numerous studies involve a sample of postmenopausal elderly women many years after their

last menstrual cycle, in contrast to the sample studied here. All the participants were younger

when compared to the samples from other studies, and were all perimenopausal, meaning they

were under a hormonal condition that differs from the late postmenopausal women in most

studies. Moreover, the findings of the present study suggest that women in the

perimenopausal period are less susceptible to cognitive impairment in specific memory

domains when associated with metabolic alterations. Thus, more studies are needed to better

understand how metabolic alterations are connected to cognitive performance in

perimenopausal women. It is also important to inform these women that hormone replacement

therapy will prevent the development of most cognitive impairment throughout the

postmenopausal period.

Surgical menopause and cognition

The decline in cognitive performance related to surgical menopause has been documented

since Sherwin [26], who confirmed an association with marked endocrine changes related to

the loss of circulating sex steroids. Abrupt changes in hormonal status have repercussions on

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different cognitive domains. However, in our study, surgical ovariectomy did not predict

cognitive performance until 6 months after surgery. A robust tendency was found for the

Logical Memory subtest, suggesting a possible difference in episodic memory performance,

in which ovariectomy predicted poorer performance. This tendency corroborates the

systematic review conducted by Henderson & Sherwin [61], who concluded that no cognitive

changes occurred during the natural menopausal transition, although ovariectomized women

showed significantly poorer performance in episodic memory. Farrag et al. [62] also observed

a cognitive decline for ovariectomized women in the Logical Memory subtest when compared

to their age-matched counterparts. Rocca et al. [63], also age-matching participants,

concluded that unilateral or bilateral oophorectomy before the onset of menopause is

associated with increased risk of cognitive impairment, as determined by psychological

assessment.

The literature shows consistent data regarding the effect of ovariectomy on cognition when

compared to similarly-aged control groups. The present study corroborates these findings and

adds the effect of natural menopausal transition on cognition. The cognitive performance of

both groups was similar, although a possible surgical menopause effect on episodic memory

suggests abrupt hormonal changes influence cognitive performance. A larger sample might

produce a convincing result. Episodic memory is associated with brain regions such as the

hippocampus, retrosplenial cortex, prefrontal cortex, parietal cortex and ventromedial cortex,

among others [64,65]. Many of these circuitries have estrogen receptors [4,66] and reduced

cognitive performance in the absence of estrogen circulation might indicate an association.

Perimenopausal status is associated with the onset of cognitive alterations due to decreased

ovarian hormone levels, and impairment becomes more pronounced after several years of

menopause [54]. In addition, a number of factors predict the presence of alterations

commonly reported during the menopausal transition.

This study showed that mood and sleep quality predicted executive function performance.

Menopausal and depression symptoms predict memory complaints. While comorbidities did

not predict cognitive performance, more detailed research should be undertaken to fully

understand if metabolic alterations influence the cognitive performance of perimenopausal

women. Analyses of whether surgical ovariectomy predicts cognitive performance, matching

women by age and duration of amenorrhea, revealed no significant differences, but a strong

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trend for reduced episodic memory performance was found for women who had undergone

surgical menopause.

There were a number of limitations to this study. The relatively small sample is justified by

the inability to recruit women exhibiting the established criteria. Moreover, several

participants refused to take part on the second day of the procedure or did not appear for

regular visits at the hospital, thereby justifying the small sample available for executive

function tests. Missing medical records resulted in incomplete data regarding comorbidities

and the Blatt-Kupperman index, which further reduced more the sample of valid participants.

Furthermore, the perimenopause is a phase marked by hormonal and psychological variations,

which makes it difficult to assess specific impacts of hypoestrogenism on cognition without

considering the weight of other variables.

The overall outcome of this study indicates that several factors are related to menopausal

transition by predicting cognitive performance in perimenopausal women. As such,

understanding cognitive status throughout the climacteric period is complex and requires

understanding the different symptoms involved in order to ensure better quality of life for

women going through this transition. This study describes current information on the

cognitive performance of perimenopausal women, corroborating the benefits of hormonal

therapy. The critical window hypothesis suggests a possible protective effect of estrogen on

the brain during menopausal transition. The acute hypoestrogenism faced by surgically

ovariectomized women indicates a sudden change in cognitive performance, while

progressive hypoestrogenism may sustain episodic memory for a longer period. However, the

preventive use of hormonal therapy could probably mitigate these changes. In addition, we

propose that simple episodic memory tests, such as the Mini-Mental State Examination [67],

the Blatt-Kuperman index and sexual dysfunction, could be added to the initial screening of

perimenopausal women, in order to assess both menopausal complaints and memory. These

tests could confirm the importance of climacteric diagnoses and improve clinical

management.

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50

Tables

N(%) Mean SD Range

Age 68 49.13 3.681 40-55

Marital status

Single 16(24.6)

Married 42(64.6)

Divorced 4(6.2)

Widowed 3(4.6)

Number of children 63 2.67 1.27 0-6

Occupation

Employed 55(90.2)

Housewife 6(9.8)

Education (years) 69 9.19 3.584 4-17

Surgical menopause (months) 11 4.18 0.464 3-6

Table 1. Characteristics of the study population

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51

Test

Blatt-Kuppermand Index groups - N(Mean, SD)

Low score

Medium/High

score

Prospective

and

Retrospective

Memory 23(34.04±8.952) 17(50.47±14.123)

Logical Memory

Immediate

recall 26(7.96±3.904) 18(7.22±4.506)

Delayed recall 26(7.54±3.901) 18(5.78±4.048)

Stroop

Time 3(15.93±19.684) 6(4.76±12.018)

Errors 3(0.00±1.00) 6(0.67±1.424)

Number Memory

Numbers

recalled 3(22.333±5.859) 6(24.667±3.265)

Orders recalled 3(5.0±3.605) 6(5.0±2.898)

Counting Span

Total

proportion -

order 3(0.41±0.085) 6(0.438±0.126)

Total

proportion - no

order 3(0.671±0.114) 6(0.721±0.132)

All or nothing

load scoring 3(0.312±0.198) 6(0.368±0.180)

Table 2. Mean cognitive performance for the two groups of menopausal complaints, indicating different sample size for each test.

Page 52: JULIA ALBUQUERQUE AGUIAR Avaliando a cognição na ......de consequências, incluindo déficit cognitivo, mudanças nos estados de humor, incluindo depressão e ansiedade, redução

52

Prospective and Retrospective Memory

Logical Memory Stroop

Immediate recall Delayed recall Time Errors

N (Mean, SD) (β, p) N (Mean, SD) (β, p) N (Mean, SD) (β, p) N (Mean, SD) (β, p) N (Mean, SD) (β, p)

Menopausal index 40(41.04±14.123) -16.831(0.000)* 44(7.66±4.126) -0.122(0.920) 44(6.84±4.048) 1.168(0.342) 9(8.48±14.777) 11.119(0.382) 9(0.44±1.424) -0.941(0.441)

Mood and Sleep 53(38.91±13.989)

57(7.95±3.988)

57(7.04±4.031)

12(7.24±12.984) 12(0.50±1.314)

STAI-State

-0.45(0.246)

0.018 (0.780)

-0.027(0.707) -1.245(0.244) 0.017(0.844)

STAI-Trait

-0.256(0.291)

0.063(0.432)

0.127(0.139) -0.008(0.993) -0.115(0.153)

Sleep quality

0.492(0.282)

0.150(0.321)

0.114(0.476) 0.551(0.838) 0.174(0.472)

DBI

0.846(0.000)*

-0.094(0.113)

0.110(0.083) -0.193(0.667) 0.049(0.243)

Comorbidities 51(39.12±14.207)

55(7.93±4.059)

55(7.04±4.100)

12(7.24±12.984) 12(0.50±1.314)

Obesity

-2.001(0.661)

0.441(0.677)

0.492(0.671)

-7.355(0.480)

1,340(0.105)

Dyslipidemia

30565(0.431)

1.851(0.079)

2.001(0.083)

-4.667(0.678)

-1.262(0.153)

Diabetes Mellitus

-0.196(0.970)

-0.243(0.841)

-0.256(0.847)

-3.685(0.762)

-1.196(0.204)

Hypertension

5.385 (0.249)

0.986 (0.368)

0.909(0.448)

-11.297(0.301)

-0.587(0.445)

Table 3.1. Statistical results for cognitive performance for memory complaints, episodic memory and inhibition component of executive fuction

according to each variable used as predictor, indicating different sample size for each test. (*) indicates statistically significant outcomes.

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Number Memory Counting Span

Numbers recalled Orders recalled Total proportion - order Total proportion - without order All or nothing load scoring

N (Mean, SD) (β, p) N (Mean, SD) (β, p) N (Mean, SD) (β, p) N (Mean, SD) (β, p) N (Mean, SD) (β, p)

Menopausal index 9(23.889±4.075) -3.920(0.195) 9(5.00±2.915) -1.199(0,570) 9(0.429±0.109) -0.61(0.499) 9(0.704±0.122) -.0021(0.836) 9(0.349±0.175) -0.051(0.746)

Mood and Sleep 12(24.916±3.964) 12(5.666±2.806) 12(0.4558±0.115) 12(0.723±0.113) 12(0.439±0.246)

STAI-State

0.136(,449)

0.040(,765)

-0.007(0.324)

-0.001(0.804)

-0.002(0.758)

STAI-Trait

-0.400(0.028)*

-0.280(0.039)*

-0.010(0.100)

-0.006(0.150)

-0.026(0.005)*

Sleep quality

0.125(0.790)

0.113(0.753)

0.014(0.441)

0.030(0.039)*

0.049(0.046)*

DBI

0.152(0.086)

0.084(0.189)

-0.001(0.842)

-0.008(0.006)*

-0.009(0.026)*

Comorbidities 12(24.916±3.964) 12(5.666±2.806) 12(0.4558±0.115) 12(0.723±0.113) 12(0.439±0.246)

Obesity

3.031(0.270)

1.895(0.388)

0.020(0.832)

0.026(0.745)

0.148(0.474)

Dyslipidemia

2.013(0.489)

0.024(0.992)

0.037(0.727)

-0.21(0.813)

0.026(0.906)

Diabetes Mellitus -0.358(0.908)

-0.797(0.223)

0.060(0.,609)

0.107(0.290)

0.149(0.544)

Hypertension 2.102(0.441)

0.856(0.754)

-0.040(0.685)

-0.131(0.150)

-0.207(0.338)

Table 3.2. Statistical results for cognitive performance for the updating component of executive function and working memory according to each

variable used as predictor, indicating different sample size for each test. (*) indicates statistically significant outcomes.

Page 54: JULIA ALBUQUERQUE AGUIAR Avaliando a cognição na ......de consequências, incluindo déficit cognitivo, mudanças nos estados de humor, incluindo depressão e ansiedade, redução

54

Tests Number of

women

Ovariectomized

women

Naturally

perimenopausal

women

p-value

Prospective and Retrospective

Memory 20 11(39.18±11.152) 9(47.33±16.023) 0.372

Logical Memory

Immediate recall 22 11(10.55±3.830) 11(7.20±3.967) 0.054*

Delayed recall 22 11(9.18±3.488) 11(5.8±3.259) 0.103

Stroop

Time 12 7(1.324±6.389) 5(1.496±10.606) 0.448

Errors 12 7(0.714±1.112) 5(0,00±0.000) 0.399

Number Memory

Numbers recalled 12 7(25.571±5.968) 5(27.40±2.073) 0.941

Orders recalled 12 7(6.714±3.302) 5(7.00±2.449) 0.510

Counting Span

Total proportion - order 12 7(0.535±0.186) 5(0.473±0.173) 0.694

Total proportion - without order 12 7(0.811±0.109) 5(0.749±0.112) 0.725

All or nothing load scoring 12 7(0.658±0.432) 5(0.579±0.277) 0.271

Table 4. Statistical results for cognitive performance using ovariectomy as a predictor, indicating different sample size for each test. (*) indicates

statistically significant outcomes.

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6 DISCUSSÃO GERAL

6.1 Sintomatologia climatérica e cognição

De acordo com os dados deste estudo, a severidade dos sintomas, quando separadas as

participantes em baixo e médio-alto índice de Blatt-Kupperman para, não foi capaz de

predizer o desempenho os testes de memória episódica e função cognitiva. Entretanto, a

severidade dos sintomas climatéricos predisse as queixas de memória, de forma que

participantes com maior sintomatologia reportaram maiores queixas de memória no

questionário. Dessa forma, a primeira hipótese foi refutada para os testes cognitivos e

corroborada para as queixas de memória.

Estudos que buscaram associações entre sintomas vasomotores, que compõem o índice

de Kupperman, e performance cognitiva não foram capazes de encontrar resultados

significativos ((Polo-Kantola et al., 1997; LeBlanc et al., 2007; Greendale et al., 2010), apesar

de um estudo ter encontrado relação entre a presença desses sintomas e baixa performance

cognitiva para memória verbal episódica (Maki et al., 2008). Entretanto, Maki (2015)

concluiu que a utilização de auto relato de sintomas vasomotores através de questionários e

diários, por exemplo, não é o melhor método para avaliar sua relação com performance

cognitiva, de forma que o ideal seria medir objetivamente através da condutividade cutânea.

Quanto à relação encontrada entre as queixas de memória e a sintomatologia de climatério,

outros estudos corroboram esse resultado, entre eles . Piaulino et al. (2010) em um estudo

utilizando o questionário de memória prospectiva e retrospectiva em adultos, com faixa etária

entre 20-80 anos, onde mulheres apresentam mais queixas de memória que homens. Ao

analisar-se as mulheres separadamente de acordo com o seu status hormonal (pré e

pósmenopausa), foi observado que mulheres recentemente menopausadas (até 5 anos de

menopausa) apresentavam maior quantidade de queixas de memória quando comparadas às

prémenopáusicas, mas as mulheres perimenopáusicas não foram incluídas na análise devido

ao baixo número amostral.

Devi et al. (2005) observaram que mulheres perimenopáusicas apresentaram maior

número de queixas de memória, assim como sintomas vasomotores, sudorese noturna e libido

reduzida. Diferentes estudos relatam que sintomas de climatério, assim como fatores

psicológicos e psicossociais, predizem queixas de memória em mulheres peri e

pósmenopáusicas (Weber et al, 2009; Schaafsma et al, 2010; Weber et al, 2012; Drogos et al,

2013; Triantafyllou et al, 2016). Quando comparadas a mulheres premenopáusicas, mulheres

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peri e pósmenopáusicas apresentam maior probabilidade de reportar queixas de memória

(Unkenstein et al., 2016), assim como parece haver uma associação negativa entre os escores

do índice de Blatt-Kupperman e performance cognitiva (Bojar et al, 2015).

O índice de Blatt-Kupperman, utilizado neste estudo, é composto por diversos itens

que compõem os sintomas comuns durante o climatério. Entretanto, existem críticas a esse

índice, uma vez que ele não inclui sintomas de libido e ressecamento vaginal, assim como os

itens apresentam diferentes pesos por razões arbitrárias (Alder, 1998). Disfunção sexual, por

exemplo, está fortemente associada a sintomas de climatério severos, medidos por este

mesmo índice (Cruz et al., 2017). Dessa forma, domínios específicos das queixas de

climatério podem apresentar relação com a performance cognitiva, mas os efeitos podem ter

sido diluídos ao analisar o índice. De acordo com o que foi discutido, os questionários de

qualidade do sono e humor atuam como formas alternativas de investigar mudanças

específicas observadas durante a transição perimenopáusica.

6.2 Humor, sono e cognição

Transtornos de humor, avaliados por meio de sintomas de ansiedade e depressão,

foram capazes de predizer o desempenho cognitivo de formas diferentes entre si. O traço de

ansiedade apresentou associação predisse o desempenho cognitivo no teste Number memory,

de forma que, quanto maior o traço ansioso da personalidade da participante, pior o

desempenho cognitivo para o componente de atualização da função executiva. O traço de

ansiedade também foi capaz de predizer o desempenho para o teste Counting Span também,

no qual as participantes com maior traço ansioso apresentaram pior o desempenho para

memória operacional. Greendale et al. (2010) concluíram que altos sintomas de ansiedade

podem não estar associados com performance em testes de memória verbal, apesar de que o

aprendizado pode ser afetado por sintomas anteriores de ansiedade. O mesmo foi observado

nesse estudo, uma vez que o estado de ansiedade no momento do procedimento não

influenciou a performance cognitiva, enquanto o traço ansioso da personalidade apresentou

relação com a função executiva. Estudos com indivíduos de idade mais avançada indicam

relação entre severidade de ansiedade e prejuízo cognitivo (Beaudreau & O’Hara, 2008), onde

indivíduos de idade média de 63,7 anos, apresentaram o estado de ansiedade relacionado com

a redução do desempenho em testes de memória episódica e visual (Wetherell et al., 2002).

Entretanto, tais estudos não mencionam referência ao desempenho cognitivo de mulheres

durante o climatério.

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57

Sintomas de depressão também foram capazes de predizer o desempenho para o teste

Counting Span, de modo que participantes com maiores sintomas de depressão apresentaram

pior memória operacional. Greendale et al. (2010) observaram que altos níveis de depressão

em mulheres perimenopáusicas podem estar associados com velocidade de processamento,

mas não com aprendizado. Em um estudo transversal, sintomas de depressão foram

associados a déficits cognitivos (Goveas et al., 2014). Mulheres pós-menopáusicas entre 65 e

79 anos com desordens psiquiátricas, principalmente depressão, eram mais propensas a

apresentar prejuízo cognitivo, aferido por meio de questionários (Colenda et al., 2010).

Sintomas de depressão também foram capazes de predizer maiores escores para o

questionário de queixas de memória, de forma que mulheres com maiores sintomas de

depressão reportaram mais queixas. Um estudo com mulheres perimenopáusicas observou que

maiores escores para depressão estavam associados com sintomas de depressão, ansiedade e

distúrbios do sono (Weber et al., 2012), o que está parcialmente de acordo com o resultado

obtido no presente estudo. Ao comparar mulheres perimenopáusicas com mulheres pré e

posmenopáusicas, o mesmo resultado foi obtido, de forma que mulheres perimenopáusicas

parecem ser mais afetadas com atitude negativa com relação à menopausa e maiores sintomas

de depressão, ansiedade e pior qualidade do sono emenos satisfeitas com sua memória

(Unkenstein et al., 2016).

Dessa forma, os resultados deste estudo corroboram com os dados da literatura,

demonstrando que ansiedade e depressão influenciam a cognição de forma negativa. Apesar

de o status hormonal das participantes variar entre estudos, Weber et al. (2013) concluíram

que diferenças na performance cognitiva através das diferentes fases do climatério não são

explicadas estatisticamente apenas pelo humor e distúrbios do sono.

A qualidade do sono também foi investigada neste estudo e apresentou relação similar

ao teste Counting Span, de forma a influenciar negativamente a memória operacional. Estudos

com mulheres peri e posmenopáusicas concluíram que essas apresentam distúrbios durante o

sono (Kravitz et al., 2003; Kalleinen et al., 2008). Greendale et al. (2010) não encontrou

associação entre qualidade do sono e performance cognitiva, apesar de Maki et al. (2008) ter

concluído que qualidade do sono predizia performance cognitiva em testes de memória

verbal, memória operacional e atenção. Quanto às queixas de memória, parece haver

associação entre maior número de queixas e pior qualidade do sono (Weber et al., 2012;

Unkenstein et al., 2016), mas o presente estudo não foi capaz de corroborar tais resultados,

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58

embora corrobore que pior qualidade de sono prediz uma pior na memória operacional de

mulheres perimenopáusicas. Além disso, os questionários de depressão e ansiedade

apresentam questões que se sobrepoem ao questionário de sono, tornando os resultados mais

completos e assertivos.

Dessa forma, esse estudo não foi capaz de corroborar com a segunda hipótese para

todos os aspectos aqui avaliados. Transtornos de humor e qualidade do sono parecem predizer

apenas o desempenho para função executiva e sintomas de depressão parecem predizer

queixas de memória.

6.3 Comorbidades e cognição

A terceira hipótese desenvolvida por esse estudo foi refutada, uma vez que nenhuma

das comorbidades analisadas apresentaram associação com os testes cognitivos utilizados e o

mesmo foi observado para o questionário de memória prospectiva e retrospectiva, que avalia

as queixas de memória.

Boss et al. (2014), elucidou a necessidade de se estudar a existência de comorbidades

juntamente com a performance cognitiva em idosos. Uma revisão sistemática concluiu que

hipertensão, diabetes, assim com dislipidemia e obesidade em uma menor extensão, estão

negativamente associadas com performance cognitiva, mais especificamente para domínios de

memória, tais como velocidade de processamento e flexibilidade cognitiva (Van den Berg et

al., 2009). A conexão fisiológica entre esses dados indica a associação entre comorbidades e

diferenças cerebrais, como por exemplo a correlação entre participantes portadores de

hipertensão e o encolhimento do hipocampo, sendo esse um efeito progressivo de acordo com

o tempo de convivência com a comorbidade (Raz et al. 2005). Obesidade tem sido

apresentada em estudos como relacionada a uma pior performance cognitiva global,

linguagem e memória para homens e mulheres idosos (Gunstad et al., 2010). O índice de

massa corporal (IMC), também utilizado neste estudo, na meia idade, está associado com uma

pior performance cognitiva (Dhal et al., 2013). Por outro lado, análises realizadas com

participantes do estudo da Women’s Health Iniciative (WHI) observaram que mulheres com

maior IMC apresentaram melhor performance cognitiva e mulheres com menor razão cintura-

quadril apresentaram menor risco de demência (Kerwin et al., 2010; Kerwin et al., 2011).

Deste modo, pode ser observado que os resultados permanecem contraditórios.

Com relação ao diabetes mellitus, homens e mulheres idosos apresentam maior risco

de desenvolver algum comprometimento cognitivo (Yaffe et al, 2004) e maiores níveis de

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hemoglobina glicosilada, a qual é um marcador de controle de glicose, em mulheres

pósmenopáusicas idosas estão associados a um maior risco de desenvolvimento de

comprometimento cognitivo (Yaffe et al., 2006). Espeland et al. (2015) observou que

mulheres pósmenopáusicas que realizaram tratamento hormonal e eram portadoras de

diabetes mellitus apresentaram redução de volume da massa cinzenta hipocampal, o que pode

relacionar-se a performance cognitiva observada em outros estudos.

O presente estudo não foi capaz de corroborar com os dados presentes na literatura.

Entretanto, o desenho experimental dos estudos encontrados não incluem mulheres

perimenopáusicas, dando ênfase em idosos. Os dados disponíveis podem relacionar-se a idade

dos participantes mais especificamente do que à deficiência hormonal propriamente dita, de

forma que não é possível realizar uma comparação mais profunda. Os resultados deste estudo

sugerem que mulheres perimenopáusicas são menos susceptíveis a déficits em domínios

específicos de memória quando associados a alterações metabólicas.

6.4 Menopausa cirúrgica e cognição

A quarta e última hipótese deste estudo foi foi também corroborada, no que diz

respeitoao desempenho das participantes em teste de memória episódica, mas não para os

demais domínios analisados.

Além da investigação da influência de diferentes fatores na performance cognitiva de

mulheres perimenopáusicas, também foi realizada uma comparação entre o desempenho delas

e o observado em mulheres recentemente ovariectomizadas. A redução da performance

cognitiva de mulheres ovariectomizadas tem sido documentada desde Sherwin (1988),

confirmando uma associação com a drástica modificação endócrina relacionadas a perda dos

esteroides sexuais. A mudança abrupta no status hormonal dessas mulheres tem repercussão

em diferentes domínios cognitivos. Entretanto, a presença de ovariectomia cirúrgica não foi

capaz de predizer o desempenho para função executiva e memória episódica ou para queixas

de memória. Apenas uma tendência para o subteste de Memória Lógica foi encontrada,

sugerindo uma possível diferença para performance em memória episódica verbal. Essa

tendência corrobora com os dados discutidos pela revisão sistemática de Henderson &

Sherwin (2007), na qual concluíram que estudos não encontramaram modificações cognitivas

durante a transição menopáusica natural, mas mulheres ovariectomizadas apresentaram

reduzida performance para memória episódica. Farrag et al (2002) observou declínio

cognitivo para mulheres ovariectomizadas no subteste de Memória Lógica ao pareá-las pela

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60

idade com parentes. Rocca et al. (2007), também pareando pela idade, concluiu que

ooforectomia uni ou bilateral antes da menopausa está associada com aumento do risco de

prejuízo cognitivo, avaliado através de questionário.

O presente estudo corrobora com os dados e adiciona uma comparação com o efeito da

transição menopáusica natural na cognição. A performance cognitiva de ambos grupos

apresenta similaridades, apesar de um possível efeito da menopausa cirúrgica na memória

episódica parecer sugerir um efeito da mudança hormonal brusca na performance cognitiva.

Possivelmente uma amostra maior poderia apresentar um resultado estatisticamente

significativo para esse domínio cognitivo.

A memória episódica está associada a áreas do cérebro tais como hipocampo, córtex

retrosplenial, córtex pré-frontal, parietal e ventromedial, além de outras regiões (Shallice et

al., 1994; Hassabis & Maguire, 2007). Muitas destas circuitarias apresentam receptores de

estrógenos (McEwen, 2002; Morrison et al., 2006) e a redução da performance cognitiva na

ausência de circulação de estrógeno pode indicar uma associação entre o desempenho

cognitivo e a ação estrogênica. Dessa forma, o presente estudo corrobora com a hipótese da

“janela crítica de oportunidade”, a qual sugere uma ação benéfica da terapia de reposição

hormonal no cérebro de forma a reduzir o risco de declínio cognitivo pela contínua exposição

aos estrógenos por um maior período de tempo. O hipoestrogenismo agudo ao qual as

mulheres ovariectomizadas estão sujeitas inidica uma mudança rápida no desempenho

cognitivo, enquanto o hipoestrogenismo progressivo observado em mulheres naturalmente

perimenopáusicas pode sustentar o desempenho para memória episódica durante um maior

intervalo de tempo. Entretanto, o uso preventivo da terapia de reposição hormonal poderia

possivelmente reduzir o declínio cognitivo enfrentado nas duas ocasiões. Dessa forma, a

sugestão feita aqui seria a adição de um teste simples de memória episódica durante a triagem

inicial de pacientes perimenopáusicas, como por exemplo o Mini Exame de Estado Nental

(Lourenço & Veras, 2007), juntamente com o índice de Blatt-Kupperman, para avaliar tanto

as queixas de climatério quanto a memória. Essa prática pode aumentar a assertividade dos

diagnósticos durante o climatério e aperfeiçoar manejo clínico dos sintomas.

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61

7 LIMITAÇÕES DO ESTUDO E CONCLUSÕES

Este estudo apresenta algumas limitações. O número relativamente pequeno da

amostra é justificado pela dificuldade em recrutar mulheres no tempo destinado ao estudo,

uma vez que muitas pacientes do Ambulatório de Climatério não se encaixavam nos critérios

delimitados para a pesquisa. Além disso, poucas participantes se despuseram a participar do

segundo encontro do procedimento ou não apareceram para retorno das consultas

ambulatoriais, o que justifica o número ainda menor da amostra para testes de função

executiva. A grande ocorrência de registros médicos ausentes acarretou em dados incompletos

para comorbidades e índice climatérico de Blatt-Kupperman, o que acarretou em redução da

amostra válida de participantes para algumas análises. Outra limitação para o estudo se deve

ao fato que a fase da perimenopausa inclui variações psicológicas e hormonais que tornam

difícil de avaliar o impacto específico do hipoestrogenismo na cognição sem considerar as

demais variáveis.

A partir dos dados obtidos no presente estudo são apresentadas as seguintes

conclusões:

1- Transtornos de humor e qualidade do sono predizem o desempenho para função

executiva em mulheres perimenopáusicas;

2- Sintomas de depressão e a sintomatologia de climatério predizem as queixas de

memória apresentadas pelas participantes;

3- Apesar de o estudo indicar que comorbidades não predizem a cognição de mulheres

perimenopáusicas, estudos mais detalhados são necessários para compreender como

alterações metabólicas influenciam o desempenho cognitivo em mulheres

perimenopáusicas.

4- A presença de ovariectomia cirúrgica não parece predizer desempenho cognitivo ao

parear mulheres ovariectomizadas cirurgicamente e mulheres naturalmente

perimenopáusicas por idade, controlando tempo de amenorreia. Apenas uma tendência

para memória episódica foi encontrada, a qual poderia ser significativa caso a amostra

fosse maior.

Os resultados obtidos no presente estudo e as evidências da literatura sugerem que

durante a perimenopausa ocorrem variações discretas da memória relacionadas a deficiência

estrogênica, principalmente associadas à memória episódica. Durante o período de transição

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62

ocorrem alterações fisiológicas próprias desta condição, as quais parecem envolver

repercussões do hipoestrogenismo sobre a cognição, estados de humor e qualidade do sono,

de forma que a abordagem integrada destes fatores apresentam o potencial de favorecer a

qualidade de vida das pacientes durante o climatério.

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63

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74

ANEXOS

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Anexo 01. Escala de Memória Wechsler – subteste de Memória Lógica

História de Maria da Conceição

ML 01 Imediata Tardia

1.MARIA

2.DA CONCEIÇÃO,

3.DO SERTÃO

4.DO CEARÁ,

5.TRABALHA

6.COMO LAVADEIRA

7.PARA O PREFEITO

8.DA CIDADE.

9.NUMA MANHÃ,

10.ENCONTROU,

11.NO BOLSO

12.DE UMA CALÇA SUJA,

13.UMA CAIXINHA BONITA

14.CONTENDO UM ANEL

14.DE OURO

16.E UMA NOTA FISCAL

17.NO VALOR DE 2.000 REAIS

18.A JOIA

19.ESCAPOU DE SUAS MÃOS

20.E CAIU NO RALO.

21.ELA PEGOU UM GALHO

22.DE ÁRVORE

223.PARA TENTAR FISGAR O ANEL.

24.DEPOIS DE 30 MINUTOS

25.FINALMENTE CONSEGUIU RECUPERÁ-LO.

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História de Suzana Borges

ML 02 Imediata Tardia

1.SUZANA

2.BORGES

3.DA PERIFERIA

4.DE SALVADOR,

5.ESTUDANTE

6.DE DIREITO

7.NA UNIVERSIDADE

8.FEDERAL,

9.RECLAMOU

10.NO ESCRITÓRIO

11.DA DIRETORIA

12.QUE TINHA SUMIDO,

13.DE CIMA DE SUA MESA,

14.NA TARDE ANTERIOR,

15.OS LIVROS

16.QUE ELA TIHA COMPRADO

17.ELA DISSE QUE IA TER 3

18.PROVAS,

19.QUE AINDA NÃO TINHA ESTUDADO,

20.E QUE OS EXAMES ACONTECERIAM

21.DALI A DOIS DIAS.

22.A DIRETORA

23.PREOCUPADA COM A SITUAÇÃO DA MENINA

24.EMPRESTOU OS LIVROS

25.PARA ELA

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Anexo 02.Questionário subjetivo de memória

Questionário de Memória (QMPR)

Esse é um questionário sobre problemas de memória que ocorrem com todos de tempos em tempos. Por favor

avalie no questionário a seguir a frequência com que cada uma das frases ocorre com você usando a escala de 1 a

5 indicada abaixo:

ESCALA: 1. Nunca; 2. Raramente; 3. Às vezes; 4. Frequentemente; 5. Muito frequentemente.

No Problemas Resposta

1 Você decide fazer alguma coisa daqui a alguns minutos e depois esquece de fazê-la?

2 Você não reconhece um local que visitou anteriormente?

3 Você esquece de fazer alguma coisa que deveria fazer daqui a alguns minutos mesmo

que esteja à sua frente, como tomar uma pílula ou apagar o fogo?

4 Você esquece coisas que lhe foram ditas alguns minutos atrás?

5 Você esquece compromissos se não for lembrado por alguém ou por algo como um

calendário ou uma agenda?

6 Você não reconhece um personagem no rádio ou na TV de uma cena para outra?

7 Você esquece de comprar alguma coisa que planejou comprar, como um presente,

mesmo que veja a loja?

8 Você não lembra de coisas que aconteceram nos últimos dias?

9 Você repete a mesma história para a mesma pessoa em diferentes ocasiões?

10 Você pretende levar alguma coisa com você antes de sair de um aposento ou de casa,

mas minutos depois esquece de pegá-la, mesmo que a coisa esteja na sua frente?

11 Você perde coisas que acabou de deixar em algum lugar, como uma revista ou seus

óculos?

12 Se alguém pede para dar um recado ou alguma coisa para outra pessoa, você esquece de

fazê-lo?

13 Você olha para coisas sem perceber que já as viu momentos antes?

14 Se você tentasse entrar em contato com um amigo ou parente que não estava em casa,

você esqueceria de tentar novamente mais tarde?

15 Você esquece o que viu na TV no dia anterior?

16 Você esquece de contar alguma coisa que pretendia contar para alguém alguns minutos

antes?

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Anexo 03. Inventário de Depressão de Beck

INVENTÁRIO DE DEPRESSÃO DE BECK (IDB)

Neste questionário há grupos de frases que se referem a estados de espirito. Leia cuidadosamente cada grupo e

escolha a frase (ou frases) que melhor descreve a forma como sente presentemente. Por favor faça um círculo no numero que

se encontra no início da(s) frase(s) que escolheu. Certifique-se de que leu todas as frases de cada grupo antes de fazer a sua

escolha.

01. Não me sinto triste.

02. Sinto-me triste.

03. Ando sempre triste e não consigo evitá-lo.

04. Ando tão triste ou infeliz que não consigo suportar mais isto.

05. Não me sinto particularmente desencorajado(a) em relação ao futuro.

06. Sinto-me desencorajado(a) em relação ao futuro.

07. Sinto que não tenho nada a esperar do futuro.

08. Não tenho qualquer esperança no futuro e sinto que a minha situação não pode melhorar.

09. Não me sinto um(a) falhado(a).

10. Sinto que tive mais fracassos que a maioria das pessoas.

11. Quando olho para a minha vida passada, tudo o que vejo é uma quantidade de falhanços.

12. Sinto que sou uma pessoa completamente falhada.

13. Sinto-me tão satisfeito(a) com as coisas como anteriormente.

14. Não me sinto satisfeito(a) com as coisas que anteriormente me satisfaziam.

15. Não me consigo sentir realmente satisfeito(a) com nada.

16. Sinto-me descontente e aborrecido(a) com tudo.

17. Não me sinto culpado(a) de nada em particular.

18. Sinto-me culpado(a) uma grande parte das vezes.

19. Sinto-me bastante culpado(a) a maior parte das vezes.

20. Sinto-me sempre culpado.

21. Não sinto que esteja a ser vítima de algum castigo.

22. Sinto que posso vir a ser castigado(a).

23. Espero vir a ser castigado(a).

24. Sinto que estou a ser castigado(a).

25. Não me sinto desiludido(a) comigo.

26. Estou desiludido(a) comigo mesmo(a).

27. Estou desgostoso(a) comigo mesmo(a).

28. Odeio-me.

29. Não sinto que seja pior do que qualquer outra pessoa.

30. Critico-me a mim mesmo(a) pelas minhas fraquezas ou erros.

31. Estou constantemente a culpar-me pelas minhas faltas.

32. Acuso-me de todo o mal que acontece.

33. Não penso suicidar-me.

34. Tenho idéias de pôr termo à vida, mas não consigo concretizá-las.

35. Gostaria de pôr termo à vida.

36. Gostaria de pôr termo à vida se tivesse oportunidade.

37. Não choro mais do que é habitual.

38. Choro mais, agora, do que era costume.

39. Passo o tempo a chorar.

40. Costumava ser capaz de chorar, mas agora não consigo chorar mesmo

quando me apetece. (cont.)

41. Não ando mais irritado(a) do que é costume.

42. Fico aborrecido(a) ou irritado(a) mais fácilmente do que era costume.

43. Sinto-me constantemente irritado(a).

44. Não fico irritado(a) com o que anteriormente me irritava.

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45. Não perdi o interesse pelas outras pessoas.

46. Interesso-me menos pelas pessoas do que era costume.

47. Perdi quase todo o interesse pelas outras pessoas.

48. Perdi todo o interesse pelas outras pessoas.

49. Sou capaz de tomar decisões tão bem com anteriormente.

50. Evito tomar tantas decisões como fazia anteriormente.

51. Agora tenho muito mais dificuldade em tomar decisões do que tinha anteriormente.

52. Sinto-me completamente incapaz de tomar qualquer decisão.

53. Acho que o meu aspecto é o do costume.

54. Preocupo-me por poder parecer velho(a) ou pouco atraente.

55. Sinto que há constantes mudanças no meu aspecto que me tornam pouco atraente.

56. Acho que tenho um aspecto horrível (desagradável).

57. Sou capaz de trabalhar tão bem como é costume.

58. Agora necessito de um esforço maior do que anteriormente para começar a fazer qualquer coisa.

59. Tenho que fazer um grande esforço para fazer qualquer coisa.

60. Não consigo fazer nenhum trabalho.

61. Consigo dormir tão bem como é habitual.

62. Não durmo tão bem como costumava.

63. Acordo 1 ou 2 horas mais cedo do que era costume e custa-me voltar a adormecer

64. Acordo muitas horas antes do que era costume e não consigo tornar a adormecer.

65. Não me sinto mais cabsado(a) do que é habitual.

66. Fico cansado(a) com mais facilidade do que dantes.

67. Fico cansado(a) quando faço seja o que for.

68. Sinto-me demasiado cansado(a) para fazer seja o que for.

69. O meu apetite é o mesmo de sempre.

7o. Meu apetite não é tão bom como costumava ser.

71. O meu apetite piorou muito, ultimamente.

72. Não tenho apetite absolutamente nenhum.

73. Não tenho perdido peso, ultimamente.

74. Perdi mais de 2.5 kg de peso.

75. Perdi mais de 5 kg de peso.

76. Perdi mais de 7.5 kg de peso.

77. Não me tenho preocupado(a) com a minha saúde mais do que é habitual.

78. Estou preocupado(a) com problemas de saúde tais como dores, problemas de estomago ou prisão de ventre.

79. Estou tão preocupado(a) com os meus problemas de saúde que me é difícil pensar noutra coisa.

80. Estou tão preocupado(a) c\ os meus problemas de saúde que não consigo pensar absolutamente em mais nada.

81. Não notei qualquer mudança recente no meu interesse pela vida sexual.

82. Estou menos interessado(a) pela vida sexual do que anteriormente.

83. Estou muito menos interessaodo(a) pela vida sexual, agora.

84. Perdi completamente o interesse pela vida sexual.

Qualifica-se somando somente as respostas, a forma de classificar a pontuação é a seguinte:

0 a 12 pontos: pessoa sem depressão clínica

13 a 20: sintomas depressivos leves

21 a 30: depressão moderada

31 ou mais: depressão severa.

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Anexo 04. Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE)

INVENTÁRIO DE ANSIEDADE TRAÇO-ESTADO – IDATE

Nome: ___________________________________________________Data: ______

PARTE I

Leia cada pergunta e faça um círculo ao redor do número à direita da afirmação que melhor indicar como você se

sente agora, neste momento.

Não gaste muito tempo numa única afirmação, mas tente dar uma resposta que mais se aproxime de como você se

sente neste momento.

AVALIAÇÃO

Muitíssimo ......................... 4 Um pouco ............................. 2

Bastante ............................. 3 Absolutamente não ............... 1

1. Sinto-me calmo(a) ....................................................................................... 1 2 3 4

2. Sinto-me seguro(a) ...................................................................................... 1 2 3 4

3. Estou tenso(a) .............................................................................................. 1 2 3 4

4. Estou arrependido(a) ................................................................................... 1 2 3 4

5. Sinto-me à vontade ...................................................................................... 1 2 3 4

6. Sinto-me perturbado(a) ............................................................................... 1 2 3 4

7. Estou preocupado(a) com possíveis infortúnios .......................................... 1 2 3 4

8. Sinto-me descansado(a) ............................................................................... 1 2 3 4

9. Sinto-me ansioso(a) ..................................................................................... 1 2 3 4

10. Sinto-me "em casa" ................................................................................... 1 2 3 4

11. Sinto-me confiante .................................................................................... 1 2 3 4

12. Sinto-me nervoso(a) .................................................................................. 1 2 3 4

13. Estou agitado(a) ........................................................................................ 1 2 3 4

14. Sinto-me uma pilha de nervos ................................................................... 1 2 3 4

15. estou descontraído(a) ................................................................................. 1 2 3 4

16. Sinto-me satisfeito(a) ................................................................................ 1 2 3 4

17. Estou preocupado(a) .................................................................................. 1 2 3 4

18. Sinto-me superexitado(a) e confuso(a) ...................................................... 1 2 3 4

19. Sinto-me alegre ......................................................................................... 1 2 3 4

20. Sinto-me bem ............................................................................................ 1 2 3 4

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PARTE II

Leia cada pergunta e faça um círculo em redor do número à direita que melhor indicar como você geralmente se

sente.

Não gaste muito tempo numa única afirmação, mas tente dar a resposta que mais se aproximar de como você se sente

geralmente.

AVALIAÇÃO

Quase sempre .................... 4 Às vezes ................................ 2

Frequentemente ................. 3 Quase nunca ......................... 1

1. Sinto-me bem ............................................................................................................................. 1 2 3 4

2. Canso-me facilmente .................................................................................................................. 1 2 3 4

3. Tenho vontade de chorar ............................................................................................................ 1 2 3 4

4. Gostaria de poder ser tão feliz quanto os outros parecem ser ..................................................... 1 2 3 4

5. Perco oportunidades porque não consigo tomar decisões rapidamente ...................................... 1 2 3 4

6. Sinto-me descansado(a) ............................................................................................................. 1 2 3 4

7. Sou calmo(a), ponderado(a) e senhor(a) de mim mesmo ........................................................... 1 2 3 4

8. Sinto que as dificuldades estão se acumulando de tal forma que não

as consigo resolver ......................................................................................................................... 1 2 3 4

9. Preocupo-me demais com coisas sem importância .................................................................... 1 2 3 4

10. Sou feliz ................................................................................................................................... 1 2 3 4

11. Deixo-me afetar muito pelas coisas .......................................................................................... 1 2 3 4

12. Não tenho muita confiança em mim mesmo(a) ........................................................................ 1 2 3 4

13. Sinto-me seguro(a) ................................................................................................................... 1 2 3 4

14. Evito ter que enfrentar crises ou problemas ............................................................................. 1 2 3 4

15. Sinto-me deprimido(a) ............................................................................................................. 1 2 3 4

16. Estou satisfeito(a) ..................................................................................................................... 1 2 3 4

17. Às vezes, idéias sem importância me entram na cabeça e ficam me

preocupando ................................................................................................................................... 1 2 3 4

18. Levo os desapontamentos tão a sério que não consigo tirá-los da cabeça ................................ 1 2 3 4

19. Sou uma pessoa estável ............................................................................................................ 1 2 3 4

20. Fico tenso(a) e perturbado(a) quando penso em meus problemas

do momento ................................................................................................................................... 1 2 3 4

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Anexo 05. Índice de qualidade de sono de Pittsburgh

Questionário “ÍNDICE DE QUALIDADE DO SONO DE PITTSBURGH” – IQSP

Nome: Sexo: M F Idade _____

Data da entrevista ____/_____/_________

Instruções:

As questões a seguir são referentes aos hábitos de sono apenas durante o mês passado. Suas respostas devem

indicar o mais corretamente possível o que aconteceu na maioria dos dias e noites do mês passado. Por favor,

responda a todas as questões.

1.Durante o mês passado, à que horas você foi deitar à noite na maioria das vezes?

HORÁRIO DE DEITAR: ________

2.Durante o mês passado, quanto tempo (em minuto)

você demorou para pegar no sono, na maioria das

vezes?

QUANTOS MINUTOS DEMOROU PARA PEGAR

NO SONO: __________

3.Durante o mês passado, a que horas você acordou

de manhã, na maioria das vezes?

HORÁRIO DE ACORDAR:__________

4.Durante o mês passado, quantas horas de sono por

noite você dormiu?(pode ser diferente do número de

horas que você ficou na cama)

HORAS DE SONO POR NOITE: _________

Para cada uma das questões seguinte escolha uma

única resposta, que você ache mais correta. Por

favor, responda a todas as questões.

5.Durante o mês passado, quantas vezes você teve

problemas para dormir por causa de:

a) Demorar mais de 30 minutos para pegar no sono

( )nenhuma vez

( )menos de uma vez por semana

( )uma ou duas vezes por semana

( )três vezes por semana ou mais

b) Acordar no meio da noite ou de manhã muito cedo

( )nenhuma vez

( )menos de uma vez por semana

( )uma ou duas vezes por semana

( )três vezes por semana ou mais

c) Levantar-se para ir ao banheiro

( )nenhuma vez

( )menos de uma vez por semana

( )uma ou duas vezes por semana

( )três vezes por semana ou mais

d) Ter dificuldade para respirar

( )nenhuma vez

( )menos de uma vez por semana

( )uma ou duas vezes por semana

( )três vezes por semana ou mais

e) Tossir ou roncar muito alto

( )nenhuma vez

( )menos de uma vez por semana

( )uma ou duas vezes por semana

( )três vezes por semana ou mais

f) Sentir muito frio

( )nenhuma vez

( )menos de uma vez por semana

( )uma ou duas vezes por semana

( )três vezes por semana ou mais

g) Sentir muito calor

( )nenhuma vez

( )menos de uma vez por semana

( )uma ou duas vezes por semana

( )três vezes por semana ou mais

h)Ter sonhos ruins ou pesadelos

( )nenhuma vez

( )menos de uma vez por semana

( )uma ou duas vezes por semana

( )três vezes por semana ou mais

i) Sentir dores

( )nenhuma vez

( )menos de uma vez por semana

( )uma ou duas vezes por semana

( )três vezes por semana ou mais

k)Outra razão, por favor, descreva:______________

Quantas vezes você teve problemas para dormir por

esta razão durante o mês passado?

( )nenhuma vez

( )menos de uma vez por semana

( )uma ou duas vezes por semana

( )três vezes por semana ou mais

6.Durante o mês passado, como você classificaria a

qualidade do seu sono?

( )Muito boa

( )ruim

( )Boa

( )muito ruim

7.Durante o mês passado, você tomou algum remédio

para dormir, receitado pelo médico, ou indicado por

outra pessoa (farmacêutico, amigo, familiar) ou

mesmo por sua conta?

( )nenhuma vez

( )menos de uma vez por semana

( )uma ou duas vezes por semana

( )três vezes por semana ou mais

Qual(is)?

8.Durante o mês passado, se você teve problemas

para ficar acordado enquanto estava dirigindo,

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fazendo suas refeições ou participando de qualquer

outra atividade social, quantas vezes isso aconteceu?

( )nenhuma vez

( )menos de uma vez por semana

( )uma ou duas vezes por semana

( )três vezes por semana ou mais

9.Durante o mês passado, você sentiu indisposição ou

falta de entusiasmo para realizar suas atividades

diárias?

( )Nenhuma indisposição nem falta de entusiasmo

( )indisposição e falta de entusiasmo pequenas

( )Indisposição e falta de entusiasmo moderadas

( ) muita indisposição e falta de entusiasmo

Comentários do entrevistado (se houver)

Você cochila?

( ) Não

( ) Sim

Comentário do entrevistado (se houver)

Caso Sim –Você cochila intencionalmente, ou seja,

pôr que quer?

( ) Não

( ) Sim

Comentários do entrevistado (se houver)

Para você, cochilar é

( )Um prazer

( )Uma necessidade

( )Outro – qual?

Comentários do entrevistado (se houver).

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Anexo 06. Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa

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