jornal placar edicao 206
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Jornal Placar Edicao 206TRANSCRIPT
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S.Paulo briga por fortuna da Máfia do Apito
RETA FINAL
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S.Paulo briga por fortuna da Máfia do Apito
EDIÇÃO 206 | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | SEMANAL
WWW.PLACAR.COM.BR
Sites de apostas têm 100 mil “viciados” brasileiros PÁG. 16
O MELHOR DE TODAS AS RODADAS
70 ANOS DO REI
Times tentam achar novo Pelé há 50 anos. Veja dez candidatos (um deles desperdiçou pênalti ontem e seu time perdeu de virada) PÁG. 21
Governo estadual espera juiz voltar de férias para decidir indenização por danos morais e materiais PÁG. 18
Ronaldo joga “no sacrifício”
e Timão volta a colar nos líderes
PÁG. 4
EmbolouR$1,00
APENAS
A maior premiação do futebol brasileiro
bola de prata
DESCE
ViolênciaNo Quênia, sete pessoas morreram pisoteadas no tumulto provocado pelas torcidas na entrada para o maior clássico do país, no sábado. Três dias antes, na Itália, dois torcedores do Liverpool foram esfaqueados por rivais do Napoli, que jogaram pela Liga Europa.
SOBEq qHernanesIndicado por André Dias, desembarcou em Roma para jogar em uma Lazio decadente e está transformando a equipe, que quase foi rebaixada na temporada passada, em postulante ao título do Campeonato Italiano. Ontem, participou dos dois gols na vitória diante do Cagliari, por 2 x 1, no estádio Olímpico.
aquecimento02JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010
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OPINIÃO
Sérgio XavierDiretor de Redação da revista PLACAR
Ronaldo segue pesado. Gordo, se falarmos
as coisas como elas realmente são.
Mesmo assim, faz a diferença. Em seus
poucos toques na bola, em sua discreta
participação na maior parte da partida,
Ronaldo desequilibra. Quem viu a vitória
corintiana no clássico contra o Palmeiras
sabe disso. Ele infernizou a zagueirada
verde, sobretudo no primeiro tempo. Não
fez o gol da vitória, nem precisava.
Ronaldo não está muito menos pesado do
que já esteve. O ex-técnico Adilson Batista
é um apaixonado por tática, adora montar
equipes em que o time todo corre. O atual
Ronaldo corre pouco. Certamente por isso,
o Fenômeno não jogava. Bastou Adilson cair
para Ronaldo voltar, mesmo fora do peso.
Cada vez fica mais claro que é negócio para
o Corinthians ter um Ronaldo quando ataca
e jogar com um a menos quando se defende.
É sempre uma escolha complicada para um
treinador optar entre ousadia e segurança.
A torcida costuma preferir ousadia. O novo
técnico Tite, que não é bobo, já fez sua
escolha por Ronaldo. E, com ele, o Corinthians
voltou para a briga do título brasileiro.
VIVA O GORDO
A ESPN Brasil é parceira na Bola de Prata. As notas poderão ser conhecidas na transmissão dos jogos pela Rádio Eldorado/ESPN Brasil (FM 107.3 e AM 700).
Os jornalistas da PLACAR assistem, sempre nos estádios, a todas as partidas do Brasileirão e atribuem notas de 0 a 10 aos jogadores. Receberão a Bola de Prata os craques que tenham sido avaliados em pelo menos 16 partidas. Jogadores que deixarem o clube antes do fim do campeonato estarão fora da disputa. Em caso de empate, leva o prêmio quem tiver o maior número de partidas. Ganhará a Bola de Ouro aquele que obtiver a melhor nota média.
REGULAMENTO
Júlio César fechou o gol
contra o Palmeiras; líder
dos goleiros da Bola de
Prata é o cruzeirense Fábio
chuteira DE OURO Aqui vence quem fizer mais gols nos torneios mais fortes
OS ARTILHEIROS
S - SELEÇÃO; BRA - BRASILEIRO SÉRIE A; CB - COPA DO BRASIL; L - LIBERTADORES; CS - COPA SUL-AMERICANA; EST - PRINCIPAIS ESTADUAIS; EST/B - DEMAIS ESTADUAIS E SÉRIE B
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JOGADOR PTS TIME BRA (2) CB (2) L (2) CS (2) S (2) EST (2) EST/B (1)
JONAS 78 GRÊMIO 20 8 0 0 0 11 0
NEYMAR 70 SANTOS 10 10 0 0 1 14 0
ANDRÉ 52 EX-SANTOS 5 8 0 0 0 13 0
OBINA 48 ATLÉTICO-MG 10 5 0 2 0 7 0
VÁGNER LOVE 46 EX-FLAMENGO 4 0 4 0 0 15 0
KLÉBER 46 PALMEIRAS 10 0 7 1 0 5 0
ALECSANDRO 44 INTER 9 0 3 0 0 10 0
WASHINGTON 42 FLUMINENSE 10 0 5 0 0 6 0
DIEGO TARDELLI 42 ATLÉTICO-MG 7 7 0 0 0 7 0
RODRIGUINHO 40 FLUMINENSE 5 0 0 0 0 15 0
BRUNO CÉSAR 40 CORINTHIANS 12 0 0 0 0 8 0
BORGES 38 GRÊMIO 3 6 0 0 0 10 0
HERRERA 38 BOTAFOGO 7 3 0 0 0 9 0
FRED 34 FLUMINENSE 4 6 0 0 0 7 0
ROBINHO 34 EX-SANTOS 0 6 0 0 6 5 0
RICARDO BUENO 34 ATLÉTICO-MG 2 0 0 0 0 15 0
HEVERTON 33 PORTUGUESA 0 1 0 0 0 11 11
7,5O goleiro corintiano
Júlio César
levou a melhor
nota no clássico
Corinthians x
Palmeiras, ontem.
5,9é a media do goleiro
no Brasileiro.
Ele está entre os
dez melhores de
sua posição na
Bola de Prata.
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Obina fez três ontem, mas ainda está longe de Jonas e Neymar
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∑ placar.abril.com.br/blogs/blog-do-serginho/
Opinião sobre os principais assuntos do mundo da bola.
Blog do Serginho
∑ placar.abril.com.br/bola-de-prata
Ranking do prêmio mais importante do Brasil
Bola de Prata
∑ placar.abril.com.br/bola-de-prata/ chuteira-de-ouro/
Os 20 maiores artilheiros na premiação de PLACAR.
Chuteira de Ouro
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Bruno César voltou a marcar e alcançou 12
gols no Brasileirão
Tite mistura Mano e Adilson e Corinthians volta a vencer
Com o estilo de dois antecessores, técnico vence o Palmeiras na estreia e Timão volta a sonhar com o título
ZÉ VICENTE É EDITOR-EXECUTIVO DO JORNAL PLACAR.
DISTRAÍDOS
CHUTÃO
Por Zé Vicente
Como eles são desligados... Sabem que existem
milhares de substâncias que caracterizam doping
escondidas até nos mais inocentes comprimidos
pra gripe e fazem uso deles sem consultar a bula
ou o departamento médico de suas equipes. É
descongestionante pra cá, analgésico pra lá...
O nadador francês Frédérick Bousquet, um foguete
nos 50 metros livre e principal rival do brasileiro
Cesar Cielo nas piscinas, foi suspenso por dois
meses. A notícia foi divulgada na última quarta-
feira: seu teste antidoping deu positivo para o
estimulante heptaminol. À imprensa francesa,
Bousquet disse que botou a substância pra
dentro sem saber, na tentativa desesperada
de tratar uma forte crise de hemorroidas. “Me
deram este produto, que pode ser comprado sem
receita, e o tomei sem ler a bula”, declarou.
Mais curioso foi o caso do tenista Richard Gasquet,
também francês. O exame detectou 1,46 micrograma
de cocaína em sua urina (de 0,5 para cima o atleta
já é punido). Em sua defesa, Gasquet alegou que
ingeriu a droga involuntariamente ao beijar uma
garota numa balada durante o torneio de Miami,
em março do ano passado. Explicação aceita,
sua pena caiu de 12 para dois meses e meio.
Ontem Dagoberto desfalcou o São Paulo porque o
departamento médico do clube ficou sabendo que
o jogador tomou um remédio para dor de cabeça,
durante a semana. O medicamento contém uma
substância proibida pela Agência Mundial Antidoping.
O time, que vinha embalado, desembalou. A
chefia tricolor deve ter ficado muito contente...
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JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010
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Na tabela, o Dérbi paulistano valia mais para o time alvinegro que para o alviverde, que conta com o título da Sul-Americana para
voltar à Libertadores. Mas em campo esta-va também em jogo a supremacia no clássi-co, que é do Palmeiras. E a eterna rivalidade entre os clubes. O Corinthians venceu, mas a história ainda favorece o rival, que man-tém a vantagem de 120 vitórias a 114. O que importou no resultado de 1 x 0 no Pacaem-bu, no entanto, foi a essência alvinegra em campo. Ela não lembrou em nada o time que estava há sete jogos sem vitórias.
Mano Menezes, nos camarotes, viu o ti-me misturar a preocupação defensiva de seus tempos com a precisão nos passes e a
velocidade no meio da era Adilson Batista. Com essa mistura, o estreante Tite ainda impôs a raça que faltou nos últimos jogos.
E assim vieram os chutes de Ronaldo e o de Bruno César, que desviou em Marcos Assunção e definiu o placar aos 22min do 1º tempo. A partir dali, o Corinthians ofensivo mudou para um mais cauteloso.
O Palmeiras de Felipão insistia em su-as jogadas habituais, todas trancadas pe-lo bom meio-campo corintiano — enfim, de volta à formação titular. Elias, um leão, parecia jogar por dois. Júlio César, em tar-de inspirada, salvava com boa colocação. As faltas cobradas por Marcos Assunção eram encaixadas sem susto. Fim de jogo. E o Co-rinthians estava de volta ao campeonato.
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SÉRIE A, 18 CLUBES?
Certo. O campeonato de 2010 nem acabou.
Faltam sete rodadas. Tudo indefinido. Emoção
não faltará no torneio futebolístico mais
equilibrado do mundo. Mas eu já penso em 2011.
A possibilidade de termos ano que vem o melhor
Brasileirão da era dos pontos corridos é real.
Primeiro: não vai rolar Copa do Mundo para
paralisar o campeonato logo no seu início.
Segundo: existe um movimento interessante
de retorno e permanência de jogadores
importantes nos clubes locais em virtude
da Copa 2014. Terceiro: a chance de uma
melhora na qualidade dos times — uma pequena
“limpeza” — para o próximo torneio é grande.
Os candidatos mais fortes ao acesso à
série A 2011 são todos clubes tradicionais.
Coritiba, Figueirense, América-MG, Bahia,
Sport... Por outro lado, os favoritos ao
descenso à Segundona talvez não deixem
tantas saudades assim: Avaí, Atlético-GO,
Guarani, Goiás e, sobretudo, Prudente.
É claro que a série A “ideal” para 2001 deixaria
conseqüentemente muito enfraquecida a série
B. Mais enfraquecida ainda que a deste ano.
Esse desequilíbrio entre as duas divisões
do futebol brasileiro talvez seja hoje o único
pequeno problema num campeonato nacional
que já foi caótico. O Brasileirão dos pontos
corridos tem, sim senhor, começo, meio e fim.
Talvez uma redução para 18 clubes o
deixasse mais emocionante — e também
mais arriscado. Você é a favor?
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OPINIÃO DO JOGO
m ELIAS
Foi um, dois, três homens
em campo. A presença de
Mano nas tribunas pesou.
mJÚLIO CÉSAR
Fez, talvez, sua melhor
apresentação. Bem
posicionado sempre.
k EDINHO
Distribuiu pancadas, mas freou
o meio e o ataque corintianos.
Teve sorte de não levar cartão.
“Joguei clássico no sacrifício, pelo time”, diz FenômenoRonaldo aguenta o jogo inteiro e diz que vai cumprir a meta de atuar nove partidas seguidas até o final do Brasileirão
R onaldo jogou 30 minutos como atacante. Nos outros 60, poupou sua disposição para chamar a marcação e
enfiar alguns passes. Continuou até o fi-nal literalmente no sacrifício.
“A gente ajuda da maneira que pode. É o sacrifício em prol do clube”, disse o atacante, na saída da partida.
“Hoje não importava jogar bem, boni-to, o importante era ganhar três pontos. É um jogo que nos dá esperança para continuar sonhando com título”, disse o Fenômeno, resumindo o que o corintia-no espera da era Tite no comando.
Ronaldo completou, pela primeira vez no Brasileirão, uma segunda partida se-guida no time. A meta é cumprir nove Na quarta-feira, contra o Flamengo, diz que volta. “Uma vitória nos ajuda a con-tinuar na briga pelo título.”
A outra estrela do clássico era justa-mente Tite, que reassumia o clube de-pois de cinco anos — foi dispensado ain-da na era MSI. Para os próximos jogos, promete empenho semelhante.
“Não precisa ser igual aos 30 minutos, que foram muito bons”, ponderou o téc-nico. “Mas temos que continuar vivos.”
CORINTHIANS 1PALMEIRAS 0
24/10/2010 - Pacaembu (São Paulo, SP)
J: Héber Roberto Lopes (PR)
R: R$ 1 085 683,50 P: 32 391
CA: William, Elias e Marcos Assunção
CORINTHIANS: Júlio César, Alessandro,
Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei,
Elias e Bruno César (Danilo 27/2º); Iarley
(William Morais 36/2º) e Ronaldo. T: Tite.
PALMEIRAS: Deola, Luís Felipe (Patrik int.),
Danilo, Fabrício e Rivaldo; Edinho, Marcos
Assunção, Tinga e Lincoln (Valdívia int.) (Dinei
34/2º); Luan e Kléber. T: Luiz Felipe Scolari.
Ronaldo aguentou os 90 minutos e deu canseira
no palmeirense Danilo
O GOL
22 DO 1º
1 x 0 Passe de Roberto Carlos para Bruno César, que chuta e desvia em Marcos Assunção.
DA TÁTICA À PRÁTICAArnaldo RibeiroRedator-Chefe da revista PLACAR.
∑ placar.abril.com.br/blogs/blog-do-arnaldo/
Análise e tática dos jogos, sem firulas.
Blog do Arnaldo
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07 seGUNDa-feira, 25 De oUtUbro De 2010 | jornal pl acar
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Valdívia, começou o Dérbi no ban-co. A justificativa de Felipão foi a lesão na coxa esquerda do Mago. Porém, ao ver o fraco desempe-
nho do time no 1º tempo, o comandante pe-diu que Valdívia e Patrik o seguissem. Os jogadores entraram no lugar do lateral Luís Felipe e do meia Lincoln.
Técnico põe Valdívia remendado pra jogar
O camisa 10 entrou com um adesivo tera-pêutico e uma cinta elástica para atenuar as dores. Embora o Palmeiras tenha melhora-do, o Mago teve uma participação discreta. No banco, Felipão demonstrava preocupa-ção com o chileno. Antes de Assunção co-brar uma falta perigosa, aos 28min, o trei-nador mandou Danilo perguntar a Valdívia
se estava bem; se estivesse com uma “dor-zinha”, iria sair. O Mago quis ficar, mas, aos 35min, foi substituído por Dinei.
Ao sair, ao contrário do que fizera contra o Santos, Valdívia cumprimentou o chefe e sentou no banco. Na coletiva, o treinador voltou a explicar a lesão do meia: “Ele tem uma fibrose, isso não o impede de jogar,
o chileno entrouno segundo tempo, mas não aguentou
Mago entra no 2º tempo, sente a coxa e não consegue ficar até o fim
mas dificulta alguns movimentos”. O mé-dico do clube ponderou que a substituição ocorreu para preservar o meia para a parti-da contra o Galo, pela Sul-Americana.
você Só paga r$ 0,31 por menSagem recebida.
palmeiras no celularenvie a mensagem:
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JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010
Júlio César, sempre bem colocado, foi um dos melhores no clássico de ontem
Elias jogou muito e espera que Mano o convoque outra vez para a seleção
“Até sonhei com as cobranças do Marcos Assunção”, diz goleirokJúlio César fez on-
tem, contra o Pal-meiras, provavelmente a sua partida mais segura. Esteve bem posicionado em quase todos os lances. Quando precisou fazer uma defesa mais arroja-da, não se intimidou. E até saiu bem nas bolas aéreas, uma de suas principais de-ficiências no gol.
Ontem, na saída do jo-go, comemorava o resul-tado e principalmente não ter sofrido gol em cobrança de falta de Marcos Assun-ção, possivelmente a jogada
(2)
Melhor no jogo, Elias rala por dois e por técnico da seleçãoVolante arrebenta e diz que vitória em clássico dá ânimo ao Corinthians, que ainda pensa no penta brasileiro
Os sete jogos sem vitória esta-vam engasgados. E nada me-lhor que vencer o maior rival para renascer no campeonato.
“Estava em busca disso. Um dia iria vol-tar a vencer. E no clássico é melhor”, de-finiu Elias, o melhor em campo no clássi-co. Coincidência ou não, o técnico da se-leção, Mano Menezes, que o convocou para os amistosos contra o Irã e a Ucrâ-nia, estava nas tribunas do Pacaembu.
“A gente pode mostrar um bom traba-lho com o Mano em casa, claro”, anima-va-se Jucilei, outro lembrado pelo ex-téc-nico corintiano para a seleção, mas só na partida contra os EUA.
O volante elogiou o trabalho de Ti-te, que teve menos de uma semana pa-ra montar o time. “Pelo pouco tempo de trabalho que ele teve com a gente, sou-be ajeitar um posicionamento certinho e bloqueou o jogo do Palmeiras.”
Bruno César, autor do gol, mesmo lon-ge do artilheiro, o gremista Jonas, ainda tem esperanças de conquistar a ponta en-tre os goleadores e o Brasileirão. “Esta-mos vivos na competição. O Tite chegou e deu tranquilidade.”
(1)
mais perigosa do Palmeiras de Felipão. “Até sonhei com as cobranças de falta do Marcos Assuncão”, disse o goleiro, formado nas cate-gorias de base do clube.
Segundo o corintiano, du-rante a semana, ele treinou posicionamento nas joga-das com o volante palmei-rense. “Procurei me preca-ver, me posicionando bem, para não ser surpreendido em algum lance”, afirmou.
Com a boa fase de Júlio César, o paraguaio Boba-dilla, contratado em julho, continua sem estrear.
Saiu mais um daqueles rankings mundiais
da Federação Internacional de História e
Estatística do Futebol (IFFHS). Desta vez, os
melhores treinadores da década estavam em
pauta. O critério utilizado foi a relação anual
dos Top 20 — desde 2001, o melhor comandante
do ano recebeu 20 pontos, o segundo melhor
recebeu 19 e assim sucessivamente.
Quem foi o vencedor? O francês Arsene Wenger,
que conquistou pelo Arsenal, no período em
questão, dois campeonatos ingleses e três
edições de FA Cup, além de um vice na Liga
dos Campeões. Claro, são marcas importantes,
mas tem gente com desempenho bem melhor.
Técnico da Inter de Milão, o espanhol Rafa
Benítez (foto), o sétimo da lista, foi bicampeão
nacional com o Valencia, que estava na fila há
31 anos, e ganhou a Copa da Uefa. No Liverpool,
faturou uma Champions League e foi vice em
outra, além de obter duas Copas da Inglaterra,
uma Supercopa Inglesa e uma Supercopa
Europeia. Será que não temos um desempenho
melhor que o de Wenger? Se o papo for
Mourinho (terceiro), vira covardia. Afinal, entre
os principais feitos do madridista na década
estão duas Champions, dois campeonatos
portugueses, dois ingleses e dois italianos.
Ou seja, Benítez e Mourinho foram “roubados”.
(3)
08clássico
POBRES BENÍTEZE MOURINHO
DIA DE FÚRIA
Por Bruno FavorettoRepórter do Jornal PLACAR
∑ placar.abril.com.br/blogs/dia-de-furia
Análise do que acontece no futebol espanhol.
Dia de Fúria
VOCÊ SÓ PAGA R$ 0,31 POR MENSAGEM RECEBIDA.
CORINTHIANS NO CELULARenvie a mensagem:
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‘Quero vencer pelo Corinthians’C
om a camisa 10, Danilo conquis-tou tudo o que podia pelo São
Paulo (Paulista, Brasileiro, Libertadores e Mundial). Hoje, no Corinthians, o experiente meia também quer ficar marcado por grandes conquistas.Pedro Proença
Você era muito identifica-do com o São Paulo. Como tem sido no Corinthians? Enfrentou a desconfian-ça da torcida e dos diri-gentes?Não, no futebol é natural passar por isso. Já fiz mi-nha parte no São Paulo. Fo-ram três anos muito bons [2004, 2005 e 2006], ganhei muitos títulos, mas passou. Agora, quero vencer pelo Corinthians.
Ídolo e campeão de tudo no São Paulo, Danilo tenta provar pra Fiel que é o cara
09 SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR
O Elias disse que achava justa a ida da torcida ao CT, desde que não houves-se violência. Roberto Car-los discordou, disse que no campo tudo bem, mas não no local de trabalho. O que pensa disso?Concordo com o Rober-to. A torcida tem que pro-testar no campo. Pode pe-gar no pé, xingar o jogador e reclamar do que quiser. Mas no CT, nosso local de trabalho e onde treinamos forte, não. Não vai nos aju-dar em nada.
Você ficou chateado por ter sido mencionado na fai-xa de protesto que os tor-cedores levaram ao CT? Sim, fiquei um pouco cha-teado, mas acho que é uma minoria, e não toda a tor-cida corintiana. Vou me
DANILO
Danilo Gabriel de Andrade
Idade: 31 anos
Nascido em: São Gotardo (MG)
Peso: 80 kg Altura: 1,86 m
Posição: meia
Clubes: Goiás (99 a 2003), São Paulo
(2004 a 2006), Kashima Antlers-JAP
(2007 a 2009) e Corinthians (2010)
Títulos: Campeonato Goiano (99, 2000, 2001 e
2003), Série B (1999), Copa Centro-Oeste (2000,
2001 e 2002), Campeonato Paulista (2005), Taça
Libertadores (2005), Mundial de Clubes (2005),
Campeonato Brasileiro (2006), Campeonato
Japonês (2007, 2008 e 2009), Copa do Imperador
(2007) e Supercopa do Japão (2008)
doar ao máximo nos trei-nos e nos jogos para a tor-cida ir ao estádio e fazer a parte dela lá.
O que achou da chegada do Tite?Nunca trabalhei com ele, mas joguei contra algumas vezes e conheço quem tra-balhou. Tite sempre mon-ta equipes muito bem or-ganizadas, e acho que é disso que o time precisa agora.
Você é um meia canhoto, o que muitos clubes do Bra-sil buscam, mas é reserva no Corinthians. Por quê?É uma opção do treinador. Nosso grupo é muito bom, tem muitas alternativas e o treinador põe quem ele quiser. Eu sempre me dedi-co para ter oportunidades.
ENTREVISTA DANILO
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Os segredos de Felipão no UzbequistãoNo Bunyodkor, técnico proibiu jogadores de conversarem no celular no vestiário e falava grosso com atletas do país, mas tradutor brasileiro dava aliviada nas broncas
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O Bunyodkor dirigido por Fe-lipão entre julho de 2009 e maio deste ano era muito su-perior ao restante das equi-
pes do Uzbequistão. Mas o técnico Luiz Felipe Scolari teve muito trabalho para colocar o clube nos eixos.
A começar pelos jogadores locais, acos-tumados a um ritmo mais frouxo de tra-balho. Os uzbeques não sofreram com os técnicos anteriores, inclusive com o bra-sileiro Zico, nem metade do que enca-raram com Felipão. O técnico começou proibindo os atletas de falarem no celu-lar no vestiário. Depois, impôs um treino bem mais puxado que o de costume.
“Os uzbeques estranharam a chegada do Felipão mais do que a gente”, conta o la-teral Edson Ratinho, que estava havia um ano no clube quando o gaúcho chegou. “Quem acompanha sabe que ele é durão, de cobrar muito. E os uzbeques não eram muito organizados. Às vezes ele falava coi-sa muito duras, mas o tradutor aliviava.”
Felipão levou Flávio Murtosa para tra-balhar como auxiliar-técnico, mas teve que se virar com Mirjalol Kushakovich Qosimov, considerado o maior jogador da história do Uzbequistão, aposentado des-de 2005. O detalhe é que técnico e auxi-liar não conversavam: Qosimov não en-tendia inglês e as poucas palavras entre os dois eram traduzidas pelo intérprete Marcelo dos Santos.
Foi mesmo a crise financeira da Zero-max, a empresa de gás que bancava o ti-me, que afastou Felipão e os brasileiros do clube uzbeque. O salário referente a seis meses de trabalho era pago todo de uma vez, no início de cada semestre. No começo de 2010, no entanto, o pagamen-to foi interrompido.
“A gente ficou oito meses sem receber. O Felipão deu um prazo para receber o dinheiro antes de ir embora”, diz Edson Ratinho. Denílson, brasileiro artilheiro do Mundial Interclubes de 2009 pelo Po-hang Steelers, da Coreia do Sul, pouco jo-gou. O macedônio Stevica Ristic, que veio do mesmo clube, sofria com os ciúmes dos brasileiros e das poucas oportunida-des dadas por Scolari no time principal. Saiu no meio deste ano.
“Sair antes do fim do contrato foi um modo de retribuir a ‘recepção’ que tive-mos lá”, conta o preparador de goleiros Carlos Pracidelli. Mas disso os hoje pal-meirenses não tinham do que reclamar: eles tinham carros, mansões e comida à disposição. Uma boa vida, afinal.Marcos Sergio Silva
Felipão veste traje típico uzbeque:
broncas aliviadas
Jogador salvou carreira de dois atletas do time
JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010
Rivaldo salvou brasileiros da pindaíba
kA crise econômica do Bunyodkor fez com
que três brasileiros ficas-sem oito meses sem rece-ber no Uzbequistão. Graças a Rivaldo, jogador e gerente de futebol do clube, dois de-les tiveram um alívio.
O craque do penta com-prou metade dos passes de João Victor e de Edson Ra-tinho e os negociou com o Mallorca, da Espanha, que disputa a primeira divisão local. Fora o problema fi-
nanceiro, Mirjalol Qosi-mov, que substituiu Feli-pão como técnico do time, não confiava nos brasi-leiros e montou a equipe apenas com jogadores uz-beques para a Champions League Asiática.
“A relação era boa co-migo, mas ele não gosta-va muito do João Victor”, afirma Edson. “Futebol tem dessas coisas, alguns estrangeiros não vão com a nossa cara.”
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A trajetória de Felipão até o retorno ao Palmeiras
é um dos grandes assuntos da revista
PLACAR de novembro, já nas bancas.
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11SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR
Trocar de técnico na hora do desespero não é uma boa. Os piores aproveitamentos da competição são de substitutos
de treinadores que já vinham mal.O pior, disparado, é o ex-gremista Mar-
celo Rospide. Ele dirigiu o Prudente por cinco rodadas. Tirou o time da 19ª colo-cação e o deixou na 20ª — pior que isso, impossível. Mas a posição era o de me-nos. Rospide conseguiu conquistar ape-nas 5% dos pontos disputados (1 de 25). O Prudente tem ainda outro técnico entre os piores: Antônio Carlos Zago, detentor de apenas 22% de 21 pontos possíveis.
O time do interior paulista não é o único a deixar dois treinadores nes-sa zona ingrata. O Ceará emplacou Es-tevam Soares (17% dos pontos) e Má-rio Sérgio (22%). Só não está na zona de degola graças ao técnico com melhor aproveitamento em um clube no Brasi-leirão: PC Gusmão, no período em que treinou o Vovô, obteve 81% dos pontos.
O segundo colocado também já não dirige seu clube. É o atual técnico da se-leção brasileira, Mano Menezes, dono de 70% de aproveitamento enquanto di-rigia o Corinthians.
Dos que ainda comandam seus times na competição, o melhor é Renato Gaú-cho. Tirou o Grêmio da zona de rebai-xamento com 67% do total de pontos que disputou. Cuca, do Cruzeiro, levou dois terços de tudo o que jogou desde a oitava rodada.
Técnico ‘bombeiro’se queima no Campeonato BrasileiroPiores desempenhos até a 30ª rodada foram de treinadores que chegaram pra tentar apagar incêndios
81%OS MELHORES
OS PIORES*
70%
67%
65%
58%
22%
22%
1 9%
1 7 %
5%
especial
0%
PC Gusmão (Ceará)
50% 100%
0%
Mano Menezes (Corinthians)
50% 100%
0%
Renato Gaúcho (Grêmio)
50% 100%
0%
Cuca (Cruzeiro)
50% 100%
0%
Celso Roth (Inter)
50% 100%
0%
Mário Sérgio (Ceará)
50% 100%
0%
Antônio Carlos (Prudente)
50% 100%
0%
Geninho (Atlético-GO)
50% 100%
0%
Estevam Soares (Ceará)
50% 100%
0%
Marcelo Rospide (Prudente)
50% 100%
* técnicos com mais de quatro jogos no Brasileirão
SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR
Magno Alves comemora o primeiro gol
do Ceará
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13são paulo
Vovô freia fase de CarpegianiCeará faz 2 x 0 no Tricolor, que tinha vencido todas com o novo treinador
O Ceará não deu moleza pro São Paulo, que tinha venci-do seus três jogos com Carpe-giani no comando, e fez 2 x 0.
Sem os suspensos Alex Silva, Richarly-son e Jean e com Jorge Wagner, Dago-berto e Junior Cesar sem condições de atuar, o técnico são-paulino escalou Re-nato Silva como lateral-direito. O Vovô se aproveitou e explorou aquele lado.
Aos 8min, Magno Alves tabelou com Geraldo e chutou pra fora. Aos 13min, Carlinhos Paraíba cruzou e Ricardo Oliveira marcou de peito, mas o bandei-rinha viu impedimento. Aos 19min, Ce-ni salvou o Tricolor quando Geraldo, na marca do pênalti, bateu fraco. Um mi-nuto depois, Vicente centrou pra Mag-no Alves: 1 x 0. Carpegiani percebeu e tirou o zagueiro Xandão pra entrada de Ilsinho (Renato voltou à zaga), mas o Vovô fez outro, numa bomba no ângulo de Diego Sacoman. Aos 47min, Michel Alves evitou o gol de Ricardo, após as-sistência de Fernandão.
Domínio sem golsNo 2º tempo, o Tricolor dominava,
mas quem assustava era Diego Sacoman, que exigiu grande defesa de Ceni. O São Paulo criou mais algumas chances, mas os cearenses estavam muito bem posta-dos. O calor atrapalhou? “Não é descul-pa. A equipe deles estava melhor do que a gente”, admitiu Lucas, suspenso con-tra o Atlético-PR.
SÃO PAULO 0
CEARÁ 2
24/10/2010 – Castelão (Fortaleza, CE)
J: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
R: R$ 1 118.96,00 P: 44 591
CA: Diogo e Lucas
CEARÁ: Michel Alves; Anderson, Fabrício e Diego Sacoman;
Boiadeiro, Michel, João Marcos, Geraldo (Careca 38/2º) e
Vicente; Magno Alves (Reina 17/2º) e Washington (Misael
22/2º). T: Dimas Filgueiras.
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Renato Silva, Xandão (Ilsinho
29/1º), Miranda e Diogo (Zé Vítor 17/2º); Rodrigo Souto,
Carlinhos Paraíba, Lucas (Marlos 22/2º) e Fernandinho;
Fernandão e Ricardo Oliveira. T: Paulo César Carpegiani.
OS GOLS
20 DO 1º
1 X 0 Depois de boa jogada pela esquerda,
Vicente cruza na cabeça de Magno Alves, que,
sozinho, testa para as redes de Ceni.
34 DO 1º
2 X 0 O zagueiro Diego Sacoman apareceu
no ataque do lado direito e soltou um canudo,
de perna canhota, no ângulo direito do goleiro.
OPINIÃO DO JOGO
m CENIO capitão evitou uma catástrofe no Ceará. Defesas precisas em finalizações de Geraldo e Diego Sacoman.
k GERALDOEm tarde de Seedorf, sua atuacão só não foi perfeita porque perdeu um gol na cara de Ceni.
q CARPEGIANIO treinador ainda tem crédito, mas pecou ao improvisar Renato Silva na lateral — criou uma avenida por ali. VOCÊ SÓ PAGA R$ 0,31 POR MENSAGEM RECEBIDA.
SÃO PAULO NO CELULARenvie a mensagem:
GOLTRICOLOR para 22745 NOTTRICOLOR para 22745▼ ▼
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MAURÍCIO É REDATOR-CHEFE DA REVISTA RUNNER’S WORLD.
O PACTO
CARRINHO
Por Maurício Barros
Um vírus. Um estalo. Um botox mental. Ou um
pacto com o Cujo. Sabe-se lá por quê, alguns
jogadores de uma hora pra outra viram craques. O
Grafite, por exemplo. Jeitão desengonçado, meio
caneleiro. Peregrinou por Matonense, Ferroviária,
Santa Cruz. Foi mal no Grêmio, sumiu na Coreia.
E voltou para o Brasil. No Goiás, foi bem e chegou
ao São Paulo, onde virou ídolo, foi convocado
para a seleção e depois se transferiu para a
Europa. “Você vai sumir”, disse a ele o presidente
do São Paulo, Juvenal Juvêncio, quando viu que
o perderia para o Le Mans, da França — uma
espécie de Olaria de lá. Juvenal engole até hoje
as palavras. Grafa foi da França ao Wolfsburg,
um Avaí da Alemanha. Em 2009, não só o time
foi campeão da Bundesliga como Grafite foi o
artilheiro do campeonato. Resultado: o ex-grosso
disputou a Copa do Mundo da África do Sul.
Jonas, do Grêmio, trilha o mesmo caminho. No
Santos, não conseguiu se firmar como titular.
Despencou para a Lusa. E ressurgiu no Grêmio
fazendo gols aos montes. Golaços de direita, de
esquerda, de fora da área... É incrível que esse
Jonas, artilheiro disparado do Brasileirão, tenha
surgido de dentro daquele outro Jonas mediano.
Futebol tem disso. Um time aparentemente
desgovernado às vezes encaixa e vira um
esquadrão. Um jogador também pode, de
repente, cair num time que parece montado só
para que ele dê certo. E aí o cara desencanta, se
estabelece em outro nível e faz a vida. Depois,
escapa de noite pra agradecer na encruzilhada.
(2)(1)
Fernandão queima filme no vacilo de DagobertoAtacante tricolor, que não era titular havia um mês, não foi bem em Fortaleza
Artilheiro do time no Brasilei-ro com oito gols, Fernandão, que se recuperou de uma le-são muscular na panturrilha,
ganhou sua primeira chance de atuar por 90 minutos desde a chegada de Paulo Cé-sar Carpegiani, já que Dagoberto se me-dicou por conta própria e foi vetado. Mas o camisa 15 não aproveitou a oportunida-de e dificilmente começará a partida de quinta-feira, contra o Atlético-PR.
Fernandão, que não começava uma par-tida como titular desde 22 de setembro, sentiu o calor do Castelão e não conse-guiu municiar bem Ricardo Oliveira, que ficou isolado — a não ser aos 47min do 1º tempo, quando fez boa assistência para o
centroavante, mas Michel Alves pegou. Fernandão foi acionado 31 vezes, perdeu cinco bolas e finalizou apenas uma vez.
Quatro voltamNo duelo com o Furacão, Carpegiani
não vai contar com Lucas, que recebeu o terceiro amarelo ontem. Mas Jean, Alex Silva e Richarlyson, que cumpriram sus-pensão diante do Ceará, vão estar à dis-posição. Outro que volta à equipe é Da-goberto. Com gripe e dor de cabeça, ele tomou um remédio que poderia acusar doping num eventual exame, e foi corta-do por precaução. Mas, como o medica-mento demora aproximadamente cinco dias para sair pela urina, ele volta.
14são paulo
Atacante deu um
chute e um passe na
derrota para o Ceará
jornal pl acar | segunda-feira, 25 de outubro de 2010
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SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR
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“Ficamos chateados como Carpegiani”, diz Baier O capitão do Atlético-PR, rival na quinta-feira, foi afastado pelo técnico um mês antes de o chefe ir pro Tricolor
Na quinta-feira, às 21 horas, na Arena Barueri, Paulo Cé-sar Carpegiani vai reencon-trar seus ex-comandados do
Atlético-PR, adversário direto do Trico-lor na corrida por uma vaga na Liberta-dores. Capitão do Furacão, o meia Pau-lo Baier garantiu ao Jornal PLACAR que tem a receita para que sua equipe consi-ga os três pontos.
“Temos que competir com o São Pau-lo, que tem grandes jogadores e vive um bom momento, como a gente. Não adian-ta a gente só se defender, pois vamos per-(1
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ADRIANA É EDITORA DA REVISTA MANEQUIM.
ABAIXO OUNIFORME
ESTILO FC
Adriana Marmo
O uniforme é mais um ar tif ício que as
empresas usam para construir sua imagem.
Em algumas profissões, como médicos
e mecânicos, a roupa é uti l i tária e até
um item de segurança. Dá para imaginar
um time em campo sem camisas iguais?
Até casados contra solteiros têm lá seus
códigos de identif icação. Agora, será
que precisa mesmo colocar narradores,
comentaristas e jornal istas esportivos
vestidos com o mesmo modelinho para
apresentar uma par tida de futebol? A ideia
não é original, veio de fora. Há tempos
as emissoras americanas e europeias
adotaram a padronização. É constrangedor
ver aqueles homões vestidos feito gêmeos
ou irmãos ciumentos aper tados nas
cabines comentando os lances da par tida.
Al iás, a gravata laranja que a Globo
escolheu para o Campeonato Brasi leiro
não é boa. A camisa polo vermelha que
os meninos do SporTV usam sob o paletó
azul é de chorar. O mais grave é que,
com isso, perde-se qualquer nuance de
personalidade — afinal, o que a gente
veste também é uma forma de expressão.
Claro que não dá para l iberar geral, t ipo
cada um vai como quer (em televisão,
algumas cores e estampas provocam
problemas na imagem). Mas é para isso
que existem os f igurinistas, não é mesmo?
(2)
der. Nossa vantagem é que a gente joga da mesma forma dentro e fora de Curitiba. Vai ser um grande jogo”, afirma o camisa 10 atleticano, que hoje completa 36 anos.
Paulo Baier vê prós e contras no fato de o treinador são-paulino ter deixado o Atlético há 22 dias. “Logicamente a gente sabe como ele joga e pode tirar proveito, mas ele também conhece nossas caracte-rísticas”, explica Baier.
AfastamentoCarpegiani acertou com o Tricolor no
último dia 3. Um mês antes, tirou Paulo
Baier do jogo com o Avaí com a justifica-tiva de que o meia estava desgastado fisi-camente — houve especulações sobre um desentendimento entre ambos. Baier con-firma a versão de Carpegiani e não nega que a saída do técnico foi ruim. “A gente ficou um pouco chateado, estávamos nu-ma crescente boa com o Paulo, que é um grande treinador e nos ajudou muito, mas cada um tem seu jeito de trabalhar. Agora temos que dar valor ao Sérgio Soares, um cara bacana, esforçado, trabalhador, que está dando muita força”, diz o veterano.Bruno Favoretto
NÃO HOUVE DISCUSSÃO NENHUMA. TIVEMOS UMA CONVERSA FRANCA. O PAULO É UM JOGADOR TARIMBADO.
A GENTE FICOU UM POUCO CHATEADO (PELA SAÍDA DELE), MAS CADA UM TEM SEU JEITO DE TRABALHAR.
16especial
JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010
Quer apostar quanto?
Bwin ................ (Áustria)Soccerway ..... (Alemanha, Áustria e Malta) Bet-at-home ... (Alemanha, Áustria e Malta)Betsson ........... (Malta) Betway ............ (Malta) Digibet ............ (Alemanha) Unibet .............. (Suécia)
A lei brasileira não impede um apostador de se cadastrar num site hospedado em outro país, pois não há legislação específi ca sobre jogos online. Mas advogados explicam que apostas em qualquer competição esportiva são enquadradas como contravenção, segundo o decreto-lei de 1941 que proibiu o jogo de azar no país. “Tal qual o pôquer, pela letra fria da lei, já daria pra enquadrar apostas esportivas como jogo de ‘não azar’. A aposta demanda conhecimento, raciocínio. A loteria exige sorte”, defende João Ricardo, responsável pela Betsson no Brasil.
Pedro Trindade, 26 anos, gosta tanto de apostar que até seu trabalho de conclusão no curso de Direito é sobre isso. Ele começou no pôquer há oito anos. “Eu não era muito bom, aí investi em esportes”, conta o mineiro, que começou apostando quantias pequenas e foi aumentando. “É todo dia. Vivo disso. Tem gente que ganha 30 000 euros de uma vez porque coloca grana em dez jogos acumulados. Prefiro apostas simples. Coloco 1 000 euros e
As casas de apostas online estão bastante expostas no mundo da bola. A austríaca Bwin, que estampa a camisa do Real Madrid, também patrocinou Milan e Bayern de Munique e até emprestou o nome ao Campeonato Português. Na barriga de Felipe Melo, da Juventus-ITA, é possível ver a BetClic, que também está com o Lyon e outros 12 clubes lusitanos: Braga, Rio Ave, Paços Ferreira, Vitória de Setúbal, Vitória de Guimarães, União de Leiria, Acadêmica
O quediz a lei
Sites são fortes patrocinadores do futebol
‘Ganhei 4 000 euros e perdi 3 000 de uma vez’
Onde estão sediados os sites
O mineiro Pedro Trindade vive de apostar
Febre na Europa, os sites de aposta passaram a dar atenção ao Brasil. Cada real ou euro apostado pode se multiplicar — ou evaporar. “Estamos em 22 países, cumprimos a legislação de Malta, onde estamos sediados de forma 100% legal. Jogar é como comprar um livro num site gringo. Não aceitamos apostadores dos EUA, onde é proibido”, diz João Ricardo, responsável pela Betsson no Brasil. A estimativa é que existam 100 mil jogadores por aqui. “Cada um aposta em média 100 reais, três vezes menos que na Europa”, conta. Pra não ter problema com o imposto de renda, o premiado declara o valor como dinheiro de cassino no exterior (a tributação é maior). Por Bruno Favoretto
muitas vezes ganho 4 000”, revela. Quanto ele já perdeu? “É difícil apostar mais que 1 000. Perdi 3 000 euros na final do futebol americano, mas sou bem controlado”, afirma. Pedro acha que não dá certo investir no Atlético-MG, pois envolve sua paixão. “Pra apostar e receber, alguns sites emitem boleto bancário e uma corretora de valores pega o dinheiro e transmite pra conta no país do site. Outros são no estilo PayPal, um banco virtual chamado Neteller”.
de Coimbra, Beira-Mar, Naval, Nacional, Olhanense e Portimonense. O Sportingbet, que recentemente se desvinculou do Portsmounth-ING, apoia Wolverhampton-ING, Steaua Bucareste-ROM e os austríacos Áustria Viena e Magna. Destaque também pra Bet-at-home (Mallorca-ESP), 888.com (Sevilla-ESP, West Bromwich-ING e Middlesbrough-ING), Tote (Hull City-ING), Eurobet (Palermo-ITA) e Unibet (Valencia-ESP).
129%foi o crescimento das apostas na Europa em relação à última década.
Fonte: Comissão de Serviços da União Europeia
U$ 19,5 bié o mercado europeu de apostas em 2010 (o lucro dos sites é de 40%).Fonte: Comissão
de Serviços da
União Europeia
100 milé o número aproximado de apostadores brasileiros (eles jogam 100 reais, em média).Fonte: Betsson
A lei brasileira não impede um apostador de se cadastrar num site hospedado em outro país,
em qualquer competição esportiva são enquadradas como contravenção, segundo o decreto-lei de 1941 que proibiu o jogo de azar no país. “Tal qual o pôquer, pela letra fria da lei, já daria pra enquadrar apostas esportivas como jogo de ‘não azar’. A aposta demanda conhecimento, raciocínio. A loteria exige sorte”, defende João Ricardo, responsável pela Betsson no Brasil.
Sites são fortes patrocinadores do futebol
Pedro Trindade, 26 anos, gosta tanto de apostar que até seu trabalho de conclusão no curso de Direito é sobre isso. Ele começou no pôquer há oito anos. “Eu não era muito bom, aí investi em esportes”, conta o mineiro, que começou apostando quantias pequenas e foi aumentando. “É todo dia. Vivo começou apostando quantias pequenas e foi aumentando. “É todo dia. Vivo começou apostando quantias pequenas
disso. Tem gente que ganha 30 000 euros de uma vez porque coloca grana
3 000 de uma vez’
O mineiro Pedro Trindade vive de apostar
888.com .......... (Gibraltar)Sportingbet .... (Inglaterra)Bet 365............ (Inglaterra)BetClic ............ (Inglaterra)Ladbrokes ...... (Inglaterra)Tote .................. (Inglaterra)Eurobet ........... (Inglaterra)Betshop........... (Inglaterra e Itália)
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Gana teria amolecido contra a seleção
Quando o assunto é manipulação de resultados, até a seleção brasileira está na mira. Em 2008, o jornalista canadense Declan Hill lançou o livro The Fix: Soccer and Organized Crime (A armação: futebol e crime organizado, sem tradução para o português), que questionou o resultado de oito jogos, quatro deles realizados na Copa de 2006. Todos teriam a mão do líder de uma rede de apostas ilegais baseada no sudeste asiático. Nas oitavas de final do Mundial da Alemanha, o Brasil fez 3 x 0 na seleção de Gana, em Dortmund. Apesar da goleada, quem viu o duelo se lembra que a equipe africana foi superior durante boa parte do tempo e desperdiçou várias oportunidades. A sacanagem envolveria pelo menos um atacante ganês. Antes de ser eliminada por Parreira, Gana já havia levado 2 x 0 da Itália: além de abusar de perder gols, o zagueiro Kuffour deu uma “entregada” a 7 minutos do fim. Inglaterra 1 x 0 Equador e Itália 3 x 0 Ucrânia também foram acusados.
Jogo do Brasil na Copa é suspeito
100 milé o número aproximado de apostadores brasileiros (eles jogam 100 reais, em média).Fonte: Betsson
PARA QUEM QUER ARRISCARConheça algumas das várias possibilidades de apostas numa partida de futebol — o vencedor é só um detalhe
Quem será o vencedor
Corinthians x Palmeiras (quanto o Sportingbet pagou por cada real apostado)
anfitrião
R$ 1,95
empate
R$ 3,25
visitante
R$ 3,50
Qual o número de gols do time da casa
(de 1min a 15min do 1º tempo, de 16min a 30min...
Quem estará ganhando a cada 15 minutos
(de 1min a 15min do 1º tempo,de 16min a 30min...)
Qual o número de gols do visitante
(de 1min a 15min do 1º tempo, de 16min a 30min...)
Que equipe vai marcar gols
(da casa, visitante, ambos ou nenhuma)
Que equipe que vai marcar o primeiro gol
(da casa, visitante ou nenhuma)
Qual o tempo do jogo com mais gols
Qual o momento do primeiro gol
(de 1min a 15min do 1º tempo, de 16min a 30min...)
Qual o momento do último gol
(de 1min a 15min do 1º tempo, de 16min a 30min...)
Qual o último jogador a marcar um gol
Qual o total de escanteios
Qual a primeira equipe a ter um escanteio
Qual a última equipe a ter um escanteio
Qual a primeira equipe a acertar a trave
Qual a última equipe a acertar a trave
Ronaldo vai fazer um gol? Em que tempo?
Ronaldo vai fazer dois gols? Em que tempo?
Ronaldo vai fazer três gols? Em que tempo?
Kléber vai fazer um gol? Em que tempo?
Kléber vai fazer dois gols? Em que tempo?
Kléber vai fazer três gols? Em que tempo?
Elias vai levar cartão amarelo? Em que tempo?
Pierre vai levar cartão amarelo? Em que tempo?
Se o placar terá acima ou abaixo de 1,5 gols*
Se o placar terá acima ou abaixo de 2,5 gols
Se o placar terá acima ou abaixo de 3,5 gols
Se o placar terá acima ou abaixo de 4,5 gols
Qual será o total de gols na partida
Quem será o vencedor do 1º tempo
(time da casa, empate ou visitante)
Quem será o vencedor do 2º tempo
(time da casa, empate ou visitante)
Se o 1º ou o 2º tempo terá mais ou menos de 0,5 gol
Se o 1º ou o 2º tempo terá mais ou menos de 1,5 gol
Qual o total exato de gols no 1º tempo
(e se número par ou número ímpar)
Qual o total exato de gols no 2º tempo
(e se número par ou número ímpar)
Qual o total de gols
(e se número par ou número ímpar)
Qual o total de gols do time da casa no 1º e no 2º tempo
Qual o total de gols do visitante no 1º e no 2º tempo
Qual o placar exato no 1º e no 2º tempo
Qual o placar exato do jogo
Qual o vencedor do 1º tempo
(com possibilidade de palpite duplo)
Que time vai levar o primeiro cartão amarelo
Que time vai levar o segundo cartão amarelo
Que time vai levar o último cartão amarelo
Que time vai levar o primeiro cartão vermelho
Que time vai levar o segundo cartão vermelho
Que time vai levar o último cartão vermelho
Qual o número de gols a cada 15 minutos
(2)
* O NÚMERO FRACIONADO ELIMINA A CHANCE DE ACERTAR “NA CABEÇA”, QUE É OUTRA POSSIBILIDADE DE APOSTA.
jornal pl acar | segunda-feira, 25 de outubro de 2010
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especial18
Impune, Máfia espera juiz em férias
E xatos cinco anos se passaram e o processo criminal da Má-fia do Apito está arquivado desde o ano passado, mas o
governo estadual ainda briga para rece-ber indenização dos envolvidos. As au-dições foram encerradas há dez dias. O resultado sairá assim que o juiz do caso voltar de férias.
Descoberta em outubro de 2005, a Má-fia do Apito foi um esquema que envol-veu árbitros e golpistas de sites de apos-tas — os resultados eram acertados com o juiz e a quadrilha lucrava. Gravações mostraram que Edilson Pereira de Car-valho tentou vender os 25 jogos que api-tou no ano. Onze deles foram remarcados no Brasileiro daquele ano por decisão de Luiz Zveiter, presidente do STJD.
Edilson, ao lado dos empresários Nagib Fayad e Vanderlei Polol, cumpriu prisão temporária de cinco dias. Paulo José Da-nelon, que fez o mesmo na série B, foi ba-nido do quadro da CBF, assim como Edil-son. A reportagem não conseguiu localizar o ex-árbitro, que vive em Jundiaí com a es-posa e trabalha com um amigo num bar.
Em agosto de 2009, os desembargado-res Francisco Menin e Christiano Kuntz votaram pelo trancamento do processo, entendendo que os fatos apurados não traduziam crime de estelionato.
A decisão encerrou a investigação na área criminal. Mas, em 2006, o Ministé-rio Público paulista entrou com ação in-denizatória de 34 milhões de reais con-tra os envolvidos (árbitros, empresários, FPF e CBF) por danos materiais e morais causados aos torcedores (segundo o Esta-tuto do Torcedor). O valor seria recolhi-do para projetos assistenciais. “Como de-fesa, as entidades exploram a questão da não profissionalização dos árbitros e da ausência de vínculo empregatício, termos do artigo 88, da Lei 9.615-98”, diz Carlos Miguel Aidar, advogado da FPF. Se o es-cândalo acontecesse hoje, os envolvidos pegariam de dois a seis anos de reclusão, já que a lei 12.299 foi alterada em quatro artigos em 27 de julho de 2010.Bruno Favoretto
Processo criminal do escândalo da arbitragem foi arquivado, mas daria cadeia se fosse hoje; estado cobra FPF e CBF
Zveiter mandou voltar 11 jogos na série A e nenhum na série BPaulo José Danelon se apresentou à PF em 2005 e não foi preso
Timão de Roger e Tevez
jogou contra São Paulo e
Santos de novo, passou
o Inter e foi campeão
Edilson foi absolvido de estelionato, mas pode pagar por danos morais e materiais
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seGUNDa-feira, 25 De oUtUbro De 2010 | jornal pl acar
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confirma sua predileção em perder
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Neymar falha e Peixe toma virada
O Santos recebeu o agonizante Prudente e perdeu de virada (3 x 2). A equipe praiana teve duas alterações em relação à derrota
para o São Paulo: o lateral-esquerdo Léo, recuperado de uma lesão na cervical, vol-tou na vaga de Alex Sandro, enquanto o atacante Keirrison entrou no lugar do la-teral Pará, que estava suspenso. Com isso, o volante Danilo foi deslocado pra ala e o Peixe foi a campo com três atacantes: Neymar, Zé Eduardo e Keirrison.
Aos 13min, Zé Love foi lançado e, li-vre, bateu, Giovanni rebateu e Keirrison completou pra fora. Aos 16min, João Vi-tor caminhou com a bola, girou e chutou fraco pra defesa de Rafael. Três minutos depois, o trio de avantes santistas foi às redes: de volta depois de nove rodadas, Keirrison aproveitou cruzamento de Da-nilo e abriu a contagem.
Aos 21min, momento de tensão. Edu Dracena e Flávio se chocaram e o beque prudentino ficou estático no chão, mas não foi nada grave.
O Santos era superior e, aos 36min, al-cançou o segundo tento. Em cobrança de falta, Neymar, que vestiu a camisa 70 em homenagem aos 70 anos de Pelé, arris-cou, Zé Eduardo escorou e Durval, sem goleiro, completou para o gol.
Virada maluca O Prudente voltou ao combate no 2º
tempo com duas alterações: saíram Adria-no Pimenta e William para as entradas de Rhayner e Gilmar. Deu resultado: Wesley recebeu de João Vitor e deslocou o golei-ro Rafael: 2 x 1. Danilo falhou feio, Rhay-ner aproveitou, invadiu a área e foi der-rubado por Edu Dracena: Gilmar cobrou firme o pênalti no canto esquerdo — Ra-fael caiu para o direito. O empate obrigou Marcelo Martelotte a fazer duas mudan-ças: Keirrison deu lugar a Madson e Alan Patrick, a Alex Sandro.
Mas foi a Abelha que bicou o Peixe. João Vitor lançou Rhayner, que passou pra Wesley completar: 3 x 2. O time do in-terior perdeu Leonardo e Flávio expul-sos — o último fez pênalti em Zé Love. Neymar bateu pra fora. Zé ainda perdeu chance frontal aos 48min.
Santos vencia por 2 x 0 atéo intervalo, mas Prudente enlouquece na etapa finale faz três dentro da Vila
24/10/2010 – Vila Belmiro (Santos, SP)
j: Marcelo Aparecido de Souza (SP)
r: R$ 275 895 p: 11 075
ca: Danilo, Edu Dracena, Keirrison, Anderson,
Giovanni, Wesley e João Vitor
cV: Leonardo e Flávio Boaventura
Santos: Rafael; Danilo, Durval, Edu Dracena e Léo;
Roberto Brum (Marquinhos 24/2º), Arouca e Alan
Patrick (Alex Sandro 14/2º); Neymar, Zé Eduardo e
Keirrison (Madson 13/2º). T: Marcelo Martelotte.
prudente: Giovanni; Roberto, Flávio Boaventura,
Leonardo e Claydson; Anderson, Sasha, João Vitor e
Adriano Pimenta (Rhayner int.); William (Gilmar int.)
e Wesley (Anderson Bill 32/2º). T: Fábio Giuntini.
os gols
19 do 1º
1 x 0 Danilo cruza na cabeça de Keirrison, que completa.36 do 1º
2 x 0 Neymar cruza, Zé Eduardo apara e Durval faz.1 do 2º
2 x 1 Wesley recebe de João Vitor e desloca Rafael.9 do 2º
2 x 2 Danilo falha, Dracena faz pênalti e Gilmar anota.16 do 2º
2 x 3 Rhayner cruza pra Wesley empurrar.
opinião do jogo
m rhaynerEntrou no intervalo na vaga de Adriano Pimenta, sofreu o pênalti de Dracena no segundo gol e serviu Wesley no terceiro.
k KeirrisonDepois de nove rodadas, voltou ao time e marcou um gol, mas perdeu um no começo. Foi substituído.
q neymarO garoto vestiu a camisa 70 pra homenagear Pelé, mas, além de não liderar a equipe, perdeu o pênalti que traria o empate.
19santos
VOcê só paga r$ 0,31 pOr MensageM recebida.
SanToS no celularenvie a mensagem:
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Ele era o mais miudinho do time, mas logo desandou a fazer gols e ficou famoso em Bauru, onde ganhava uns trocados dos fãs
arquivoTemas inesquecíveis retratados em quatro décadas de PLACAR
Os primeirospassos do Rei
Em 1953, aos 13 anos de idade, Pelé debutou no futebol pe-la equipe juvenil do extinto Bau-
ru Atlético Clube, o Baqui-nho. Lá, durante dois anos, jogou com outros meninos talentosos que sonhavam em atuar pela seleção. Mas o futuro Rei, que era o des-taque do time, achava aqui-lo exagero puro, conforme mostrou a revista PLACAR de 23 de outubro de 1990.
Aquele BAC, que foi montado após uma peneira gigante que envolvia rapazes de
8 a 16 anos, era de fato muito bom. Apli-cou 21 x 0 no São Paulo (sete gols do miú-
do Edson Arantes). A equi-pe disputou 33 partidas em 1954 e marcou impressio-nantes 148 gols.
A cidade então passou a vislumbrar o filho do seu Dondinho como o suces-sor do húngaro Puskas, o maior jogador da época. O talento também rendeu a Pelé fama na cidade inte-riorana: “Eu era reconheci-
do em qualquer rua da cidade e todos me davam dinheiro para ajudar em casa”, re-
latou o Rei. Pelé só se separava da bola em duas oca-
siões: quando a grana em sua casa encurta-va (engraxava sapatos para contribuir com a renda familiar) ou quando havia missa aos domingos, da qual sua família não o libera-va. Por isso, ele odiava quando o Baquinho jogava aos domingos.
Mas o Rei dava um jeito de se vingar: “Eu ia espalhando a fumaça do incenso na cara das pessoas”, confidenciou à reportagem.
Em 1956, com a equipe desfeita, seu trei-nador, Waldemar de Brito, o levou para o Santos, clube no qual escreveria com dri-bles, gols e títulos a biografia mais gloriosa do futebol mundial.
Sábado Pelé comemorou 70 anos (apesar de constar o dia 21 de outubro na certidão de nascimento). Seu reinado começou aos 13
Clube agora é supermercadokA antiga sede do Bauru Atlético
Clube foi vendida em 2006 para a rede de supermercados Tauste, de Marí-lia, cidade “rival” dos bauruenses. O cam-po foi demolido para dar lugar a uma loja. Uma das antigas casas na qual a família de Pelé morou também não teve um des-tino dos mais nobres: o imóvel está dete-riorado e é usado como abrigo por mora-dores de rua e usuários de drogas.
O jovem Kaká despontou na final do Rio-São Paulo de 2001
EM OUTUBRO DE 1990...
No dia 3, depois de mais de quatro décadas de separação, Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental se reunificavam. O Muro de Berlim caiu.
No dia 13, terminava a Guerra Civil do Líbano, que começou em 1975 e que foi um dos conflitos mais sangrentos da história do Oriente Médio.
O “berço” do futebol do Rei virou supermercado
Casa onde Pelé morou em Bauru está abandonada
Do Bauru Atlético Clube só restou a fachada
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JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010
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21SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR
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Os novos Pelés
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É batata: sempre que surge algum garoto muito habilidoso, imprensa e vários torcedores passam a tratá-lo como “o novo Pelé”. Alguns sequer se firmaram em seus clubes. Outros construíram uma carreira sólida, mas não chegaram a ameaçar a majestade do Rei Edson. O Jornal PLACAR relembra alguns deles: quatro ainda podem lutar pela coroa.
Freddy AduGanense naturalizado americano, o cara era apontado como novo Pelé já aos 14 anos. Em 2007, foi para o Benfica, mas ainda não justificou a comparação e já foi emprestado para vários clubes. Atualmente está no Aris FC, da Grécia.
Washington Além do toque refinado, o atacante também era parecido fisicamente com o Rei. A comparação surgiu nos tempos de Guarani, mas o atleta, que faleceu neste ano, ficou marcado por preferir a seleção olímpica à principal em 1972.
NeymarGraças às atuações que encheram os olhos da torcida e ajudaram o Peixe a levar o Paulista e a Copa do Brasil, o jornal italiano Gazzeta dello Sport escreveu que o menino da Vila era o novo Pelé. Mas ainda faltam três Copas em seu currículo.
Dener Prodigioso na arte de driblar, o moleque brilhou na Portuguesa, no Grêmio e no Vasco, cuja torcida o chamava de “mistura de Garrincha com Pelé”. Prometia ser um grande craque, mas morreu num acidente de carro aos 23 anos (1994).
RobinhoSempre que surge um negro franzino, driblador e habilidoso no Peixe, há uma grande tentação em compará-lo a Edson Arantes do Nascimento. Ainda mais se esse jogador fizer do Corinthians uma fiel vítima na decisão de um título inédito.
Ronaldinho GaúchoHabilidoso e acrobático, o Dentuço já foi tido como o sucessor do Rei desde os tempos de Grêmio. Em seu auge no Barcelona, a coroa quase lhe foi dada — mas desde 2006 o irmão de Assis mescla lampejos da genialidade com improdutividade.
Abedi PeléMaior boleiro da história de Gana, o pai de Dede Ayew construiu uma sólida carreira na França, sobretudo no Lille e no Olympique de Marselha, além do Torino-ITA. Também foi eleito o melhor jogador africano por três anos seguidos.
Almir PernambuquinhoO atacante ganhou o apelido de “Pelé Branco” por causa de sua atuação na partida contra o Milan — que deu o título mundial ao Santos, em 1963. Genial e genioso, Almir também é tido como um dos primeiros bad boys do futebol brasileiro. Morreu numa briga de bar.
ValdoArmador de bons passes e bons chutes lançado pelo Grêmio, Valdo foi chamado às pressas para a seleção na Copa de 1986, onde impressionou Zico. Fez sucesso no Benfica e no PSG-FRA. Voltou ao Brasil com 34 anos e jogou até os 40.
Edu Bons jogos em 1966 levaram Jonas Eduardo Américo, ponta-esquerda do Santos, à Copa da Inglaterra com apenas 16 anos. A convocação tão jovem fez germinar a ideia de que o rapaz era o sucessor do Rei. Edu jogou no Peixe por dez anos com muita regularidade.
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Realização Patrocínio
© Foto gentilmente cedida por Araquém Alcântara, conselheiro do Movimento Planeta Sustentável
www.facebook.com/viagemdoconhecimento
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Comunidade: Viagem do Conhecimento
Viajar é conhecer, e conhecer é viajarHá três anos, a VIAGEM DO CONHECIMENTO reúne estudantes, professores e suas famílias em todo o Brasil para explorar o universo da viagem e do turismo como experiência essencial da educação. Na edição 2010, 6.920 escolas públicas e particulares estão participando da maior olimpíada de conhecimentos histórico-geográ� cos do país. Conheça, divulgue, participe: www.viagemdoconhecimento.com.br
Ameaçada de extinção, a arara-azul-de-lear
vive no sertão da Caatinga principalmente
em Canudos (BA).
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23SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR
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Rodada a rodada, a Lazio ten-ta calar aqueles que acham que o time não vai ter gás para se manter por muito tempo
na ponta do Campeonato Italiano. O clu-be dos brasileiros Hernanes, André Dias e Matuzalém aplicou 2 x 1 no Cagliari, no es-tádio Olímpico de Roma. O resultado man-tém os biancocelesti na liderança do cal-cio, com 19 pontos. Quem pode encostar é o Milan, que hoje entra em campo em Ná-poles diante da ex-equipe de Maradona.
Atuando em casa, a Lazio tentou sufo-car o time do sul da bota. O primeiro gol saiu aos 21min de jogo. Hernanes cobrou falta na barreira, pegou o rebote e fina-lizou de novo, a bola ficou com Stefano Mauri e sobrou para Sergio Floccari, que castigou da entrada da área e mandou pa-ra o fundo da rede. O ex-camisa 10 do São Paulo quase ampliou aos 38min, quan-do fez boa jogada no bico da área, mas foi desarmado.
Na etapa final, os três boleiros que construíram o primeiro gol aumentaram a vantagem romana. Aos 7min, Flocca-ri cruzou rasteiro na pequena área, Her-nanes errou o chute e a bola sobrou para Mauri, que marcou de barriga. Matri di-minuiu aos 15min.
Roma ajuda lanternaNo Ennio Tardini, em Parma, o time da
casa, que é último na tabela, ficou no 0 x 0 com a brasileiríssima Roma, que está em 14º lugar, apenas um ponto fora da zona de rebaixamento. Quarto colocado, o Chievo fez 2 x 1 no Cesena. A Juventus de Felipe Melo empatou com o Bologna (0 x 0).
Lazio de Hernanes é líder isolada
Hernanes tem sido fundamental para a Lazio
Ex-tricolor participa dos dois gols romanos sobre o Cagliari
MUNDão
GIAN É EDITOR DE ESPORTES DO PORTAL IG.
O BRASIL É ALI
BOLA NA BOTA
Por Gian Oddi
Faz algum tempo, o futebol italiano era exemplo
de organização e sucesso para outros países.
Nas últimas semanas, além de não conseguir
coibir a ação de vândalos sérvios que
impossibilitaram a disputa de um jogo entre Itália
e Sérvia pelas Eliminatórias da Eurocopa, o país
assistiu à agressão de torcedores organizados
do Napoli, armados com tacos de beisebol e
facas, contra simpatizantes do Liverpool que
foram à Itália para ver um jogo da Liga Europa.
Há tempos as autoridades italianas vêm tentando
inibir as ações dos tais “organizados”. Leis
como a que permite a prisão de torcedores em
flagrante ou mesmo a apreensão da carteira
do torcedor, o que facilita a identificação
dos criminosos, foram aprovadas com muita
dificuldade, tamanha a força dos grupos
organizados conhecidos como Ultràs. “O
problema da Itália são as torcidas organizadas.
São elas que mandam no nosso futebol”, chegou
a dizer o técnico Fabio Capello pouco antes de
deixar o país para comandar a seleção inglesa.
Não à toa, portanto, o futebol italiano,
antes invejado por todo o planeta, passou
o contar com média de público inferior à de
Alemanha, Inglaterra e Espanha, as outras
três grandes praças do futebol europeu. Se
no Brasil tínhamos a Itália como modelo,
hoje os italianos têm a mesma sensação em
relação a seus vizinhos europeus. Se eles
conseguirem resolver seu problema, voltarão
a ser o melhor exemplo para o Brasil. Porque,
hoje, Itália e Brasil não são muito diferentes.
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INGLATERRA
Bendtner comemora o terceiro gol do Arsenal
Arsenal atropela City e é 2ºkEm Manchester, o
City bem que tentou apertar o Arsenal pra en-costar no líder Chelsea, mas o zagueiro Boyata foi expul-so aos 4min e os Gunners se aproveitaram. Nasri, Song e Bendtner marcaram na vi-tória por 3 x 0 sobre os Citi-zens, resultado que deixou a equipe de Arsene Wenger na vice-liderança por cau-sa do saldo de gols — tem a mesma pontuação dos dois clubes de Manchester. O United fez 2 x 1 no Stoke com gols de Hernández.
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HOLANDA
Ola Toivoneni celebra o quarto dos dez gols no clássico
PSV aplica 10 no rival
kO Feyenoord sofreu ontem a maior gole-
ada da sua história: 10 x 0 para o PSV Eindhoven, no clássico holandês. O des-taque da partida foi o bra-sileiro Jonathan, de 21
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anos, que marcou três gols.Com a goleada, o PSV man-tém a liderança do campe-onato, com 24 pontos. O Feyenoord é o antepenúlti-mo colocado, com 8 pontos e saldo negativo de 10 gols.
24JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010
ESPECIAL
The names of the gameA origem da palavra “futebol”, que vem do inglês football, não tem nada a ver com chutar uma bola. Veja algumas explicações para os termos usados no esporte mais popular do mundo
Futebol vem do inglês foot (pé) + ball (bola). “Bola no pé”, “pé na bola” ou, pra ser mais pomposo, “espor-te que se pratica movimentando a
bola com os pés”, certo? Segundo etimologis-tas e pesquisadores do esporte, errado.
O termo football, em sua origem, refe-re-se a qualquer atividade lúdica com bola que se pratique a pé — e não sobre cavalos, como vários esportes praticados pela aris-tocracia europeia ao longo dos séculos. Por muito tempo, o rúgbi e seus similares tam-bém foram chamados de football — o fute-bol americano, basicamente jogado com as mãos, é football até hoje.
Pra diminuir a confusão, o rúgbi deixou de se chamar futebol e virou rúgbi em ho-menagem à Rugby School, escola fundada em 1567 na Inglaterra e que é considerada o berço desse esporte.
Foram os ingleses das classes mais altas que apelidaram o futebol de soccer (como é chamado até hoje nos Estados Unidos). Os adolescentes de lá, como quaisquer outros, gostavam de criar apelidos pra tudo, em ge-ral colocando “er” no final das palavras. Cha-mavam rúgbi de rugger, por exemplo. Pe-garam a palavra association (de Association Football, nome completo do futebol, oficiali-zado em 1863) e criaram assoccer, que logo virou soccer. Com a popularização do espor-te entre as classes mais baixas, o nome foot-ball atropelou o soccer dos mauricinhos.
A partir de 1881, o nome do jogo era foot-ball e ponto final — pelo menos, na Inglater-ra. Ao desembarcar em países de língua in-glesa, como Estados Unidos, Canadá, Austrá-lia e África do Sul, outros esportes (parentes do rúgbi) já eram chamados pela massa de football. O jeito foi apelar para soccer. Alguns países africanos e o Japão também foram por aí: sokker e sakka, respectivamente.
A maior parte dos países de língua não-inglesa adaptou a palavra football ao seu idioma (como nós) ou criou uma nova, jun-tando “pé” ou “chute” com “bola” — balom-pié em espanhol, podósfairo em grego, sepak bola em indonésio… No Brasil, tentaram emplacar “balípodo” e as portuguesas “lu-dopédio” e “pedibola”. (1
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Felipão leu e releuA Arte da Guerra em 2002
Futebol roubou palavras e expressões da guerra kNo livro A Dança dos Deuses — Fute-
bol, Sociedade, Cultura, o historiador Hilário Franco Júnior afirma que o futebol é uma guerra simbólica. A linguagem usa-da por praticantes e seguidores indica esse caráter bélico. Exemplos: “matar a jogada”, “artilheiro” (goleador, mas também solda-do da artilharia que lida com canhões, mor-teiros e outros lançadores de projéteis) e ca-pitão (o líder oficial do time). Existem ou-tros — como “zaga” (defesa, mas também o conjunto de militares na retaguarda de uma tropa, e “bomba” (chute forte).
Hilário lembra que muitos jogadores são chamados de “guerreiros” e que os jogos são
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tratados como “duelos”. O cântico da torci-da do Arsenal, da Inglaterra, chama o time de “exército vermelho e branco”. Em 2005, o Barça de Ronaldinho Gaúcho foi chama-do de “alegre máquina de guerra”.
O autor cita a revista PLACAR de feverei-ro de 2006, quando Parreira afirmou que “Copa é guerra”, e a edição de 15 de abril de 1988, quando o treinador Rubens Minelli declarou: “Sou fascinado pelas batalhas da Segunda Guerra Mundial. Os conceitos (...) do marechal alemão Rommel, a Raposa do Deserto, encaixam-se no futebol”. No Mun-dial de 2002, Felipão adotou o manual A Arte da Guerra, escrito no século 4 a.C.
Dicionário quase etimológico futebolês-português*
caneco – título; os
troféus costumavam
ter o formato de uma
taça de metal (como a
Jules Rimet, de ouro,
que o Brasil ganhou
na Copa de 70), e o
espírito gozador do
brasileiro transformou
“taça” em “caneco”
caneta – passar a bola entre as pernas (jocosamente, “canetas”) do adversário
e recuperá-la logo à frente
carrinho – quando um jogador vem na corrida e tenta alcançar a bola (ou a
perna do adversário), procurando deslizar na grama com as pernas esticadas (na
posição em que as crianças ficam em seus carrinhos de brinquedo)
catar (ou caçar) borboleta – quando o goleiro salta para agarrar ou cortar
a bola e não a alcança (surgiu da comparação com a falta de elegância de alguém
agitando os braços durante uma caça às borboletas, que mudam o rumo de seu
voo com agilidade)
chuveirinho – tentativa de chegar ao gol com o levantamento da bola na
direção da área adversária, fazendo “chover” bolas para o cabeceio dos atacantes
drible da vaca – quando o jogador lança a bola por um lado do adversário,
corre pelo outro lado e a recupera à frente; uma teoria para a origem do nome
remete aos tempos em que o futebol era jogado em fazendas, entre bois e vacas
pastando pelo campo de jogo
firula – enfeitar a jogada demonstrando habilidade no domínio de bola, em geral
sem objetividade; o termo, imagina-se, vem do galego ferolete (pequena flor) ou
do inglês firulete (adorno rebuscado e também um passo de tango)
gandula – responsável por buscar as bolas que saem do campo; homenagem
ao atacante argentino Bernardo Gandulla, que em 1939 foi contratado pelo Vasco
da Gama e não servia para muita coisa além de gentilmente buscar a bola para os
companheiros e adversários
gol olímpico – gol marcado em cobrança de escanteio sem que a bola toque em
ninguém antes de entrar. Há duas versões para o surgimento da expressão: uma
diz que o termo foi usado no amistoso Argentina 2 x 1 Uruguai em 2 de outubro de
1924 — o argentino Cesáreo Onzari marcou o estranho gol e seus compatriotas
criaram a expressão pra zoar os uruguaios, então campeões olímpicos; outra
versão diz que foi o Vasco da Gama quem criou a expressão em março de 1928
ao vencer o time uruguaio Montevideo Wanderers com um gol de escanteio
pedalada – passar alternadamente os pés ao redor da bola, formando uma
espécie de “8” na horizontal, lembrando o movimento de um ciclista pedalando
ou mesmo o formato de uma bicicleta
pegar na veia – acertar a bola com força, especialmente com o peito do pé,
por onde passa a artéria pediosa
peixinho – atirar-se de cabeça em direção a uma bola rente ao chão, com os
braços e pernas estendidos para trás, numa posição que lembra a de um peixe
debaixo d’água
pelada – jogo de várzea, de rua ou rachão quase sem regras e formalidades;
o termo pode ter nascido do fato de seus praticantes jogarem descalços ou do
fato de os campos não terem grama
volante – jogador que protege a defesa e inicia as jogadas de ataque (na
origem, “volante” é aquilo que não tem localização fixa, que se move ou se
desloca com facilidade)
chaleira – quando o jogador trança
as pernas e acerta a bola com o pé
de trás; também é a jogada em que
se dribla o adversário com um leve
toque com a parte de fora do pé,
levantando a bola o suficiente para
tirá-la do alcance do marcador.
Diz-se que foi criada por Charles
Miller, introdutor do futebol no
Brasil, e por isso era chamada de
Charles. “Chaleira” teria vindo da
semelhança entre as duas palavras
*Fontes: Dicionário Futebolês Português (Luiz César Saraiva Feijó, ed. Francisco
Alves, 2006); Novo Dicionário de Futebol (Carlos Alberto de Lima, 2006) e Cabeça
de Bagre (Ari Riboldi, ed. AGE, 2008)
http://tinyurl.com/25dxrwa
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O FIM DA CRISE
PACIENTE INGLÊSJames ScavonePublicitário e praticantedo legítimo humor britânico
Aqui na Inglaterra nada é mais importante no
momento que a contenda entre sir Alex Ferguson
e Wayne Rooney. Nem mesmo os cortes no
orçamento do governo conseguem competir
com o atacante de Manchester. David Cameron,
o novo primeiro-ministro, agradece a distração
em tempos de cortes e depressão pós-crise.
Rooney choraminga e ameaça fugir de casa. Seu
paizão e treinador até agora tinha ficado quieto
ouvindo as queixas públicas do pupilo. Mas a
situação foi se agravando e pai e filho resolvem
lavar o uniforme sujo através da imprensa.
Rooney diz que “o Manchester United não é
mais sombra do que já foi e que não aspira mais
títulos” e Ferguson rebate revelando as traições
do ex-queridinho. Opa, calma lá, caro leitor.
O cavaleiro da Rainha não abre a agenda
telefônica do baixinho inglês, e sim as tramoias
de seu empresário. Rooney estaria sendo
sondado por Manchester City (seguindo Carlos
Tevez), Real Madrid (seguindo Cristiano Ronaldo)
e pelo Chelsea (seguindo o rico dinheiro russo).
No final, o filho mimado assina com o United
por mais cinco anos. Garante a bolada de 250
mil libras semanais e a promessa de novas
estrelas para brincar com ele em Old Trafford.
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∑ placar.abril.com.br/blogs/blog-do-james/
Humor britânico e paixão brasileira juntos.
Blog do James
segunda-feira, 25 de outuBro de 2010 | jornal pl acar
pelo brasil27
Obina rouba cena e tira ponta do CruzeiroGols do artilheiro fizeram Galo abrir três gols de vantagem; reação da Raposa assustou
N um estádio lotado de cruzeiren-ses, Obina marcou três gols e foi o nome do clássico mineiro en-tre o Cruzeiro, que não perdia
havia seis jogos e saiu da liderança. O Atléti-co-MG deixou a zona de rebaixamento.
Aos 4min, Obina chutou forte de fora da área e Fábio defendeu. Mas na jogada se-guinte, Leandro cruzou e Obina, de cabeça,
a estrela de obina brilhou: três gols no
clássico mineiro
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Fla empata clássico contra o Vasco
Inter segura Grêmio no OlímpicokMesmo ficando du-
as vezes à frente no marcador, o Grêmio não fez valer o fator casa e em-patou em 2 x 2 o clássico contra o Inter mesmo jo-gando no Olímpico.
O resultado impediu o Tricolor de chegar à zona da Libertadores — conti-nua atrás do Botafogo e do Atlético-PR na briga pela quarta vaga no torneio continental. Colorado, com 48 pontos, segue com um a mais do que o rival.
O tricolor gaúcho fez um 1º tempo mais consistente do que o rival e terminou a etapa em vantagem graças a André Lima, que desviou cruzamento de Douglas.
A segunda etapa foi mais movimentada: Alecsandro empatou de pênalti, de-pois de uma “defesa” de Fábio Rochenback como a do uruguaio Suárez na Copa. Fábio Santos repôs o Grêmio em vantagem, mas D’Alessandro decre-tou a igualdade.
kO Clássico dos Milhões terminou em 1 x 1, no Engenhão. Foi o 15º
empate dos cruzmaltinos. O clube e o Bo-tafogo são os que mais empatam no Brasi-leirão. Já o Fla segue há seis rodadas sem perder, porém na 13ª posição com 38 pon-tos, quatro a menos do que o Vasco.
O 1º tempo foi bastante aberto, e o Vas-co teve mais sorte ao abrir o marcador com o zagueiro Cesinha, aos 26min, após infelicidade da zaga flamenguista.
O Mengo chegou ao gol de empate com Renato Abreu, desviando cruzamento, aos 35min do segundo tempo.
venceu o duelo com Fábio e abriu o placar.Montilo quase empatou aos 10: tabelou
dentro da área do Atlético duas vezes com Henrique e bateu rente à trave esquerda.
Aos 24min, a bola passou por todos na área cruzeirense e Obina ampliou batendo cruzado. Com 27min, a melhor chance do Cruzeiro no primeiro tempo. Werley derru-bou Edcarlos na área. Na cobrança de pê-
nalti, Montillo ajeitou a bola, deu uma cava-dinha no meio e mandou por cima do gol.
Num contra-ataque do Atlético, Serginho bateu cruzado e Obina, de carrinho e divi-dindo com Edcarlos, empurrou para o gol. O Cruzeiro diminuiu com um golaço. Thia-go Ribeiro foi até a linha de fundo e cruzou para trás. Da entrada da área e wm seu pri-meiro toque na bola, Gilberto acertou de
primeira no ângulo de Renan Ribeiro. Com 20min, Rever subiu mais que a zaga
do Cruzeiro e testou para baixo para fazer o quarto. Cuca tirou Marquinhos Paraná e co-locou Roger, que deu novo gás para a Rapo-sa. Após boa defesa de Renan aos 31 min, Thiago Ribeiro cabeceou no rebote e dimi-nuiu. Dois minutos depois, Ribeiro chutou cruzado na área e fez o terceiro. Mas foi só.
GRENAL RIO
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André Lima festeja o 1º gol do clássico
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Washington fez um gol para o lado errado no Paraná
QUE FALTA FAZ UM CADERNO
2014 ÉLOGO AQUI
Jonas OliveiraEditor da revista PLACAR.
Há cerca de dois meses estive em um
seminário sobre transporte para a Copa de
2014. O secretário-adjunto dos Transportes
Metropolitanos de São Paulo, João Paulo de
Jesus Lopes (que também é diretor de futebol
do São Paulo Futebol Clube), garantiu em sua
palestra que o Expresso Aeroporto era das
obras prioritárias de São Paulo para o Mundial.
Trata-se de um trem que ligaria a estação da Luz,
no centro de São Paulo, ao aeroporto de Guarulhos.
O trajeto de 28 quilômetros seria percorrido sem
paradas, em 15 minutos. João Paulo garantiu que o
projeto seria tocado, independentemente de o trem
de alta velocidade que ligaria Campinas ao Rio de
Janeiro, passando por Guarulhos, sair do papel.
Nesta semana, o governo paulista anunciou
que desistiu do projeto. O motivo: falta de
interesse da iniciativa privada. Como não
haveria demanda suficiente pelo serviço, não
houve empresas interessadas na licitação.
O que é um grande pena. O enorme crescimento
no número de passageiros de avião no Brasil
não foi acompanhado de uma melhoria no
acesso aos aeroportos, que é caro e demorado.
Em alguns lugares, gasta-se mais tempo e
dinheiro com táxi que com o próprio voo.
Enquanto o orçamento dos estádios vai
ficando cada vez maior, devido às exigências
da Fifa, as obras de infraestrutura — que são
as que realmente servirão de legado — aos
poucos vão sendo redimensionadas. Nessas
horas, não seria nada mal um caderno
de encargos de mobilidade urbana.
Furacão embola a liderança2 x 2 na Arena da Baixada faz com que o Tricolor empate com o Cruzeiro na liderança e fique só um ponto na frente do Corinthians
O Fluminense continua sem vencer no Brasileiro. Ontem, ao empatar com o Atlético-PR em 2 x 2, completou a quinta
partida sem vitória e viu o Corinthians encostar na tabela.
O jogo começou com grande pressão do Fluminense. Aos 11, Rodriguinho ca-beceou com grande perigo por cima do gol. Mas aos poucos o Atlético foi encon-trando o futebol pelo meio, pressionando no final do primeiro tempo. Aos 40min, Paulinho acertou cobrança de falta per-to do travessão, e o goleiro Ricardo Ber-
na espantou para escanteio.Dois minutos depois, Guerrón fica
cara a cara com o goleiro e a bola pas-sa raspando a trave direita. A resposta do Fluminense veio na bola parada, com Washington chutando forte e Neto fa-zendo grande defesa.
No começo do segundo tempo, Paulo Baier cruzou na área e Washington mar-cou um gol contra contra de cabeça. Pou-co depois, Diguinho derrubou Guerrón na área. Até a zaga do Fluminense ficou parada, mas o juiz não marcou o pênalti.
Aos 24, num sem pulo de primeira fora
da área, Marquinhos acertou o cantinho esquerdo de Neto e empata. O meia po-deria ter virado o jogo aos 33. Em bom lançamento, ficou livre pela esquerda da área, mas mandou longe do gol. No ata-que seguinte, Washington driblou dois marcadores e Neto fez grande defesa.
Num contra-ataque dos paranaenses, Wagner Diniz fez a jogada pela direita, cruzou e, no rebote da zaga, bateu para marcar o segundo gol. Aos 40, Tartá foi derrubado por Ivan González na área e dessa vez o juiz marcou o pênalti. Conca bateu de bico no meio e empatou o jogo.
Pereira, do Coxa: time está na briga
Trinca afina disputa pela série BkA série B entra em semana decisiva
a sete rodadas do final. O líder Cori-tiba tem 60 pontos. Vinha de goleada por 5 x 1 no Vila Nova, empatou sem gols no clássico contra o Paraná sábado e viu a dis-tância para o Figueirense, segundo coloca-do, diminuir para 5 pontos.
O time de Santa Catarina poderia ter encostado, mas perdeu para o Icasa por 3 x 1 fora. Bom para o Bahia, que goleou o ASA em casa por 5 x 1 e está empa-tado com o Figueira, com 55 pontos. Na próxima rodada, o Coritiba enfrenta o São Caetano no sábado, o Bahia visita o Paraná na sexta e o Figueirense pega o
Sport também no sábado.A Portuguesa, em sexto, tomou a virada
em casa por 2 x 1 para o América-RN, que está na zona da degola, e agora tem que vencer o ASA sábado que vem, em Arapira-ca, para continuar sonhando com o acesso. Outro paulista que deu vexame foi a Ponte Preta. Perdeu fora para o Santo André, pe-núltimo colocado, e vai com tudo pra cima do Vila Nova na amanhã, em Campinas.
Na degola, América-RN e Ipatinga fa-zem o duelo dos desesperados, mas quem vencer não deixa a zona de rebaixamento. O Santo André joga com o América-MG e o Brasiliense enfrenta o Icasa.
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∑ placar.abril.com.br/blogs/jonas-oliveira/
2014: a preparação do Brasil para sediar a Copa.
Blog do Jonas
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pelo brasil28
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JORNAL PL ACAR | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010
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SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2010 | JORNAL PL ACAR
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Fluminense 54 31 15 9 7 51 33 18Cruzeiro 54 31 15 9 7 43 32 11Corinthians 53 31 15 8 8 53 38 15Santos 48 31 14 6 11 53 42 11Internacional 48 31 14 6 11 37 33 4 Botafogo 48 31 11 15 5 43 32 11Atlético-PR 47 31 13 8 10 35 38 -3 Grêmio 47 31 12 11 8 52 39 13São Paulo 44 31 12 8 11 43 45 -2 Palmeiras 44 31 10 14 7 36 31 5 Ceará 42 31 10 12 9 27 30 -3 Vasco 42 31 9 15 7 35 33 2 Flamengo 38 31 8 14 9 34 33 1 Atlético-GO 35 31 10 5 16 42 47 -5 Guarani 35 31 8 11 12 31 44 -13Atlético-MG 34 31 10 4 17 41 54 -13 Vitória 34 31 8 10 13 34 41 -7Goiás 31 31 8 7 16 34 50 -16Avaí 30 31 7 9 15 39 49 -10Prudente* 24 31 5 9 16 31 50 -19
AGENDA
FUTSAL - A ESPN Brasil transmite AABB X Garça, pelo Paulista de futsal
TÊNIS DE MESA - Assista à final masculina de duplas do Aberto da Coreia, pelo Circuito Mundial de Tênis de Mesa, às 16h, na ESPN.
FUTEBOL AMERICANO - Acompanhe Dallas Cowboys x New York Giants, pela ESPN, às 22h.
NBA - Miami Heat e Orlando Magic, de Ryan Anderson (foto), duelam às 22h. Na ESPN.
HANDEBOL - A ESPN transmite, às 18h40, Blumenau x Concórdia, pela Liga Nacional de Handebol feminino.
BRASILEIRÃO - Às 18h30, o Palmeiras enfrenta o ameaçado Goiás na Arena Barueri. O PFC transmite.
CAMPEONATO INGLÊS - Tentando afastar a crise, o Liverpool visita o Bolton. A ESPN Brasil transmitirá o duelo, às 14h.
Amanhã
Hoje
Quarta
Quinta
Domingo
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Coritiba 60 31 18 6 7 55 37 18Figueirense 55 31 16 7 8 55 31 24Bahia 55 31 16 7 8 54 36 18América-MG 52 31 16 4 11 47 37 10Sport 50 31 14 8 9 48 33 15Portuguesa 46 31 14 4 13 55 45 10Duque de Caxias 45 31 14 3 14 39 43 -4Ponte Preta 45 31 12 9 10 43 37 6ASA 44 31 14 2 15 46 47 -1Paraná Clube 43 31 12 7 12 42 38 4São Caetano 41 31 11 8 12 42 46 -4Icasa 40 31 11 7 13 43 43 0Bragantino 40 31 9 13 9 37 30 7Guaratinguetá 40 31 9 13 9 39 43 -4Vila Nova-GO 38 31 11 5 15 40 52 -12Náutico 38 31 11 5 15 33 53 -20Ipatinga-MG 33 31 9 6 16 39 51 -12Santo André 32 31 8 8 15 42 50 -8América-RN 32 31 8 8 15 30 56 -26Brasiliense-DF 31 31 7 10 14 30 51 -21
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CAMPEONATO BRASILEIRO
SÉRIE A
Libertadores Rebaixamento
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Sul-Americana
DATA JOGO
23/10 Botafogo 1 x 0 Vitória Guarani 0 x 1 Atlético-GOOntem Corinthians 1 x 0 Palmeiras Ceará 2 x 0 São Paulo Atlético-PR 2 x 2 Fluminense Goiás 1 x 0 Avaí Santos 2 x 3 Prudente Cruzeiro 3 x 4 Atlético-MG Grêmio 2 x 2 Inter Vasco 1 x 1 Flamengo
30ª RODADA
DATA HORA JOGO
27/10 22h00 Flamengo x Corinthians28/10 21h00 São Paulo x Atlético-PR 21h00 Fluminense x Grêmio 21h00 Atlético-GO x Ceará30/10 16h00 Inter x Santos 16h00 Vitória x Vasco 18h30 Palmeiras x Goiás 18h30 Prudente x Cruzeiro 18h30 Atlético-MG x Botafogo 18h30 Avaí x Guarani
31ª RODADA
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JONAS
Grêmio
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WASHINGTON
Fluminense
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* Prudente perdeu três pontos por escalar jogador irregular
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IMAGEM DA SEMANA
RESSUCITADO Miguel Garcia, do Salamanca, desmaia depois de sofrer uma parada cardíaca em jogo da segunda divisão da Espanha. Reanimado por paramédicos, o jogador passa bem.
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Sem ver, jornalista sente o jogoDe olhos vendados, o repórter Pedro Henrique Araújo “viu” Corinthians x Ceará pela 27ª rodada do Brasileirão
O Corinthians en-trou em cam-po atacando pa-ra o lado das ar-
quibancadas. Meião branco, calção preto e camisa bran-ca, o uniforme clássico. Do lado de lá, o guerreiro Cea-rá, que marca ainda no pri-meiro tempo com Marcelo Nicácio num contra-ataque agressivo. Até aí, nada além de uma partida de futebol comum como em qualquer estádio do mundo.
A diferença foram as cir-cunstâncias da reportagem. Ao lado de Marcos Fidalgo, brilhante jornalista e (acre-dite, isso é um detalhe irre-levante) deficiente visual, fui ao estádio do Pacaem-bu para ver o Timão jogar. Marcos, inveterado corin-tiano, faz isso com frequên-cia. Ao lado de seu pai, Pe-dro Fidalgo, entramos na arquibancada laranja. E lá fechei meus olhos pelas próximas duas horas.
Uma venda apertada so-bre os olhos, um fone com a narração nos ouvidos e eu estava pronto para uma ex-periência única em minha vida: acompanhar uma par-tida de futebol sem o auxí-lio da visão, sentido que jul-
gava vital nessa e em outras tantas situações.
O pai de Marcos foi um dos meus “olhos”. Com pa-ciência, ia narrando os lan-ces de perigo em tempo real. A torcida tornou-se outro termômetro: é com os gritos de “aqui tem um bando de louco” que me sinto no estádio. E tinha o rádio, fiel escudeiro dos ce-gos, apesar da quantidade exagerada de propagandas e digressões dos locutores. Ao lado de Marcos, quem narrava o jogo para ele era seu amigo Jorge Piccolli.
A partida, apesar do emo-cionante empate em 2 x 2, foi o menos importante. O resultado poderia ter sido qualquer um que a experi-ência já teria valido a pena.
Ao sair do estádio, de ben-gala, em direção ao estacio-namento, percebi outras di-ficuldades, alheias ao mun-do ludopédico. Quando tirei a venda dos olhos, valorizei coisas que passavam ba-tidas. Independentemente da visão, o estádio é sempre um bom lugar para emo-ções. Em todos os sentidos.
A aventura completa está na revista PLACAR de no-vembro, já nas bancas.
Seu Pedro narra os principais lances para nosso repórter “perdidão” Com ajuda do pai, Marcos encara os obstáculos pra “ver” o Timão
Marcos, corintiano
e deficiente visual, vibra
tanto quanto qualquer
torcedor; o repórter de
PLACAR, com venda nos olhos para
ver como é a sensação,
demora a entrar no clima
jornal pl acar | segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Não preciso ver um jogoNão preciso da imagem, mas da ima-
ginação. Para mim, um gol só é gola-ço quando bem narrado, uma vitória só é gloriosa se bem contada. As narrações podem vir de um fone, do pai, do amigo ou dos jornais. E vale para todos esta vi-são, cegos ou não. Mais que jogado e visto, o futebol é um esporte escrito, contado de pai para filho, recitado em mesas de bar. Foi assim que se soube do gol de Pelé na Javari, um gol que poucos viram, mas to-dos o viram, por que leram, ouviram. São esses escritos, esses ditos que o eternizam. Futebol e cegueira, ambos são ficção.
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segunda-feira, 25 de outuBro de 2010 | jornal pl acar
A prova de ontem da etapa masculina da Copa do Mundo de maratona aquática foi cancelada ontem, um dia depois da morte do campeão da modalidade no Pan de 2007, o americano Francis crippen. Há suspeita de que a temperatura da água, de 33 graus, tenha contribuído para a tragédia. A prova de domingo foi cancelada. No lado das mulheres, a brasileira Ana Marcela faturou o título mundial.
A Espanha quebrou os 163 jogos de invencibilidade do Brasil no futsal com um vitória por 2 x 1 na final do Grand Prix, em Anápolis. Os espanhóis haviam perdido a final da Copa do Mundo, em 2008.
O número 2 do mundo, roger Federer, conquistou o Torneio de Estocolmo ontem, ao derrotar o alemão Florian Mayer por 2 sets a 0 (6/4 e 6/3). A bielo-russa Victoria Azarenka levou o Torneio de Moscou.
O paranaense Gregolry panizo, 25, levou ontem o bicampeonato da Volta Ciclística de São Paulo. A competição percorreu 1 069 quilômetros por 55 cidades. Quem faturou a etapa de São Paulo foi Antônio Nascimento.
Ao derrotar a judoca eslovena Ana Velensek, a brasileira Mayra aguiar, 19, conquistou Mundial Sub-20, no Marrocos. Foi o primeiro ouro de Mayra, bronze em 2006 e duas vezes prata, em 2008 e 2009.
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Alonso vence GP maluco e pode ser campeão em InterlagosChuva quase transformou pista da Coreia do Sul em rio; Massa completou pódio em terceiro
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Alonso assumiu a liderança do campeonato na reta final e pode ser campeão no Brasil pela terceira vez
Numa prova cuja pista quase foi t r a n s f o r m a -da num rio pe-
la chuva torrencial que cas-tigou o circuito de Yeon-gan (Coreia do Sul), o piloto da Ferrari Fernando Alon-so assumiu a liderança do campeonato faltando duas corridas para o fim da tem-porada. Hamilton e Massa completaram o pódio.
A chuva atrasou em 10 minutos a largada, que só aconteceu com o safety car na pista. Porém, após três voltas, devido à pouca ade-rência do asfalto e o conse-
quente risco de aquaplana-gem (derrapagem), a pro-va foi suspensa por quase uma hora.
A segunda largada tam-bém aconteceu com o carro de segurança, que ficou na pista por mais de 14 voltas. Quando ele abandonou o circuito, a sorte começou a sorrir para o espanhol: seu principal concorrente ao tí-tulo, Mark Webber, da Red Bull, errou, bateu no muro, foi atingido por Rosberg e abandonou a prova. O aci-dente trouxe o safety car à corrida por mais três voltas.
Menos de dez giros de-
pois, na 31ª volta, o carro de segurança voltaria ao cir-cuito, dessa vez por causa de um acidente envolven-do Sebastien Buemi e Timo Glock. Enquanto o safe-ty car estava na pista, Alon-so sofreu seu único contra-tempo na prova: quando efetuou sua parada, os me-cânicos ferraristas atrasa-ram a troca de pneus, per-mitindo que Hamilton, ter-ceiro colocado, lhe roubasse o segundo lugar.
Na relargada, contudo, Hamilton vacilou e Alonso recuperou a vice-lideran-ça. Na 46ª volta, o alemão
Sebastian Vettel, que lide-rava a corrida, foi obrigado a abandoná-la — seu motor explodiu. Com a ponta em seu colo, Alonso simples-mente administrou a pri-meira colocação, terminan-do a prova no final da tar-de, quando a visibilidade já era horrível. Schumacher chegou em quarto e Barri-chello, em sétimo.
Se Alonso vencer o GP do Brasil (onde conquistou os títulos de 2005 e 2006) e Webber não chegar entre os quatro primeiros, o espa-nhol será campeão com um GP de antecedência.
mundial de pilotos PILOTO PAÍS EquIPE PTS1 FErNANdO AlONSO ESP FErrArI 231
2 MArk WEBBEr AUS rEd BUll 220
3 lEWIS HAMIlTON ING MClArEN 210
4 SEBASTIAN VETTEl AlE rEd BUll 206
5 JENSON BUTTON ING MClArEN 189
6 FElipE Massa Bra FErrari 1437 rOBErT kUBICA POl rENAUlT 124
8 NICO rOSBErG AlE MErCEdES 122
9 MICHAEl SCHUMACHEr AlE MErCEdES 66
10 ruBEns BarrichEllo Bra WilliaMs 4711 AdrIAN SUTIl AlE FOrCE INdIA 47
12 kAMUI kOBAyASHI JAP SAUBEr 31
13 VITANTONIO lIUzz ITA FOrCE INdIA 21
14 VITAly PETrOV rUS rENAUlT 19
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SINCERAMENTE, MUITOS JOGADORES DO NOSSO TIME FICAVAM ACORDADOS ATÉ ÀS 5H, 6H. MUITOS VIERAM AQUI A PASSEIO. O PESSOAL DO MANCHESTER UNITED, ENTÃO, LÁ NO RIO, FICAVA SÓ NA PISCINA.
Roberto Carlos, sobre o título mundial que o Corinthians ganhou em 2000 (quando ele era do Real Madrid), em entrevista à ESPN na semana passada.
O MEU CLUBE ESTAVA À BEIRA DO PRECIPÍCIO, MAS TOMOU A DECISÃO
CORRETA: DEU UM PASSO À FRENTE.João Pinto, ex-Benfica e seleção portuguesa.
Essa frase, dita em 1992, é um dos maiores clássicos do besteirol futebolístico.
PÔ, SEU JUIZ, JURO QUE O GOL FOI LEGÍVEL. LEGÍVEL!Luciano, da Portuguesa Santista, inconformado com o bandeirinha que anulou um gol “legítimo”.
COMO VOCÊ SABE, O SANTINHA VEM AÍ NUMA EMBALAGEM BÁRBARA.Henágio, ídolo do Santa Cruz, sobre o embalo do time no Campeonato Brasileiro de 1984.
ESTOU FELIZ POR FINALMENTE JOGAR EM UM TIME GRANDE NO BRASIL.Nilmar, quando saiu do Inter e veio para o Corinthians, em 2005. Imagine se ele não queimou o filme com os colorados...
CALMA, GENTE, TEM UM CARA ME ENCOXANDO AÍ! ASSIM NÃO DÁ.Ronaldo, após o 0 x 0com o Guarani, olhandopara o repórter LuizCarlos Quartarollo, da rádio Jovem Pan.
Frases infelizes e engraçadas que eles disseram... e continuam dizendo
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