abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

16
Foz do Iguaçu, 10 à 14 de novembro de 2016 | Edição 206 | Ano V | R$ 3,00 Vitorassi ofende agente da Federal Prefeita Ivone é citada em acordo político para ser vice de Reni com uso de caixa 2 na campanha; Secretária de Saúde Patrícia Foster é delatada por ter atuado em favor de empresa no projeto fraudulento da PPP. Páginas 8 e 9 Páginas 4, 5, 6 e 7 Delações na Pecúlio envolvem Ivone e Patrícia em denúncias Melquizedeque revela que fez doação na campanha do Chico Por desobediência, prefeita e secretária podem ser presas Deputado Chico Brasileiro também é citado em delação pelo principal operador do esquema Pág. 3 Prazo é de cinco dias para arrumar situação do PA ou vão parar na cadeia Pág. 11

Upload: vuhuong

Post on 10-Feb-2017

230 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

Foz do Iguaçu, 10 à 14 de novembro de 2016 | Edição 206 | Ano V | R$ 3,00

Vitorassi ofende agente da Federal

Prefeita Ivone é citada emacordo político para ser vicede Reni com uso de caixa 2na campanha; Secretária deSaúde Patrícia Foster édelatada por ter atuado emfavor de empresa no projetofraudulento da PPP.

Páginas 8 e 9

Páginas 4, 5, 6 e 7

Delações na Pecúlio envolvemIvone e Patrícia em denúncias

Melquizedeque revela que fezdoação na campanha do Chico

Por desobediência, prefeita esecretária podem ser presas

Deputado Chico Brasileiro também é citado emdelação pelo principal operador do esquema

Pág. 3

Prazo é de cinco dias para arrumarsituação do PA ou vão parar na cadeia

Pág. 11

Page 2: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular2 10 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016

Comissão Mista decide enviar comunicado à prefeita para que projeto seja readequado

Insatisfação popular com orçamentomotiva protesto e revolta na CâmaraDa RedaçãoFonte e fotos: AI/CMFI

Com participação massivada Sociedade Civil, de Secre-tários Municipais, representan-te da Prefeita Interina IvoneBarofaldi e Vereadores, a au-diência pública que discutiu oOrçamento para 2017, reali-zada na manhã de quarta-fei-ra, 9 de novembro, a Comis-são Mista da Casa de Leisdefiniu por notificar o PoderExecutivo e solicitar que a Pre-feitura faça adequações aoProjeto de Lei da LOA para oano subsequente.

O Presidente da ComissãoMista da Câmara Municipal,Vereador Dilto Vitorassi (PV),conduziu o debate. “A tarefado Legislativo é tentar equa-cionar essa situação na medi-da em que é possível. Essemomento é de transição e pre-cisávamos de acompanha-mento efetivo da questão or-çamentária e para que tam-bém a cidade de Foz não so-fra mais prejuízos que já vemsofrendo. Essa mesa deve aca-tar a sugestão de convocar aPrefeita para que haja umaadequação ao orçamento”.

Ao final da reunião, o Ve-reador Dilto Vitorassi enfatizou“ao invés de fazer orçamentopor exemplo de R$ 24 milhõespara Câmara que faça de R$17milhões, por exemplo. A Co-missão Mista, nós, avocamosa necessidade de chamar oExecutivo para refazermosessa proposta. O Turismo tam-bém precisa de mais recursos,aumentamos impostos para

POLÍTICA

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seusautores e não representam a opinião do jornal

É uma publicação da Editora A Fronteira do Oeste Ltda.CNPJ 04.640.198/0001-29 | Insc. Municipal 30125

Telefone (45) 3029-4999 - Foz do Iguaçu / [email protected]

Jornalismo sem censura

REDAÇÃO

Diretor: Enrique Alliana

Claudete Desbezel

Jornalista Responsável:Eduardo Alliana - MTb: 10700/Pr

Impressão: Jornal OPARANÁ S/A

COMERCIAL

População esteve na Câmara para pressionar os vereadoresPopulação esteve na Câmara para pressionar os vereadoresPopulação esteve na Câmara para pressionar os vereadoresPopulação esteve na Câmara para pressionar os vereadoresPopulação esteve na Câmara para pressionar os vereadores

eles, eles têm o direito de rei-vindicar. Meu voto é contrárioa tirar dinheiro do Fozhabita,cultura, da educação, assistên-cia social, do esporte e soucontra aumentar verba da Co-municação. Por unanimidade,os companheiros que vieram àaudiência votaram por refazera proposta de Lei Orçamen-tária. A Comissão Mista vainotificar o Poder Executivoafirmando que a sociedade nãoestá satisfeita com o orçamen-to”, informou.

O vereador Luiz Queiroga(DEM) ressaltou “O viés es-porte é também da área soci-al, é um crime deixarmos deincentivar a educação física naárea educacional. Outro setorda nossa cidade importantís-simo é o turismo. Tenho cer-teza que com essa discussãosairemos ganhando em todosos segmentos, principalmentena área de Turismo”.

Na área do esporte, houveuma redução da previsão or-çamentária da LDO para aLOA de R$ 9,5 milhões paraaproximadamente R$ 6 mi-lhões, uma redução de cercade 27%, mas que não prejudi-

ca os programas em andamen-to, apenas incentivos. “Temoso Orçamento possível e o ide-al, infelizmente o ideal não te-mos como terceiriza-lo. Temosde atentar para o teto, não sópara Lei de ResponsabilidadeFiscal, Lei Orgânica, Consti-tuição, Tribunal de Contas euma série de normas para cum-primos com rigor”, disse o di-retor de Gestão Orçamentáriada Prefeitura, Erton René Neu-hauss.

A vereadora eleita, NanciRafain, ressaltou a Casa cheiapara discutiu e também criti-cou o baixo orçamento para oesporte. Geralmente quempode, paga, vai. Solução tem.Vamos falar na assistência so-cial que ninguém tocou no as-sunto. Para terceira idade fal-ta tudo, investimento, lazer,espaço, a cozinha que nuncafoi terminada. Turismo nem sefala, Fundação cultural tambémtem pouquíssima verba, tínha-mos coral, banda e orquestra,nada disso hoje existe mais.Falar de saúde e educação.Vejo uma preocupação quetemos de reforçar o orçamen-to das pastas, é muito pouco

o que foi colado e preocupan-te o que foi retirado”, questio-nou.

Proposta de Refazero Orçamento :.

“A tarefa de definição po-lítica é lamentável. O orçamen-to do esporte reduziu de fatode R$18 milhões para R$ 6milhões porque não consideraas emendas parlamentares. Nacultura, o corte foi de R$8 mi-lhões para R$ 5.750,00. Es-tamos considerando nessa aná-lise o orçamento aprovadopela Câmara para o exercíciode 2016, com as emendas par-lamentares. A minha propostaé a mesma, chamar a Prefeitu-ra sentarmos e se refazer esseorçamento do município. Oorçamento também é políticoe parte política não participado debate. Quem é gestor po-lítico não está aqui para fazera defesa do debate”, criticouo Vereador Nilton Bobato(PCdoB).

Área do Esporte :.“É um absurdo a gente ter

de vir aqui reivindicar uma coi-sa que é básica. Se a gente nãotem capacidade de investir noesporte, tampouco na saúde.Qual técnico do esporte foiconsultado? Pergunto a todosse vocês concordariam em re-ceber bolsa.

Teríamos de ter R$ 24 mi-lhões por ano de investimen-to na área do esporte e nãovamos ter nem R$ 7. Não es-tamos pedindo nenhum absur-do, 3% da arrecadação parao esporte é justo e possível.

Estamos falando de mais de20, 30, 50 anos de esporte deFoz do Iguaçu. Os professo-res são tratados de qualquerforma quando não tem nenhu-ma lei trabalhista. Os profissi-onais não podem ser tratadosdessa forma, são dispensadosvia whatsapp”, afirmou Gusta-vo Brandão.

Page 3: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

310 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular

Melquizedeque delata repasse dedinheiro para campanha do Chico

POLÍTICAIntenção era ajudar financeiramente na campanha de Chico Brasileiro em troca devantagens no possível futuro governo como venda de equipamentos de informática

Da RedaçãoFoto: Arquivo

Em delação premiada, oprincipal negociador do es-quema da Operação Pecúlio,o ex-secretário municipalMelquizedeque Ferreira deSouza, revelou que repassoude forma fraudulenta di-nheiro (desde 2012) paracampanha de Chico Brasi-leiro a prefeito de Foz doIguaçu. O repasse é consi-derado fraudulento porquenão foi declarado nas con-tas de campanha do candida-to que atualmente é deputa-do estadual. A origem do di-nheiro também não foi es-clarecida.

A intenção era ajudar fi-nanceiramente na campanhade Chico Brasileiro em tro-ca de vantagens no possívelfuturo governo como vendade equipamentos de infor-mática, incluindo um not-book para cada aluno dasescolas municipais. A práti-ca do grupo investigado,conforme apurado na Ope-ração Pecúlio, era desviarrecursos públicos por meiode concorrência pública di-recionada a empresas ou dis-pensas fraudulentas de lici-tação, incluindo facilita-ções, aditivos, medições amaior e superfaturamentos.

Os agentes eram nomea-dos em cargos estratégicosdo governo para favorecer aorganização criminosa.Caso necessitasse de apro-vação da Câmara, não eraproblema, pois para garan-tir a maioria dos votos, par-te do dinheiro da propinapaga pelos empresários aosagentes públicos era repas-sada aos vereadores inte-grantes do esquema.

O grupo de vereadores secorrompia com dinheiro do

chamado "mensalinho" e in-dicações de emprego emnomeações de cargos co-missionados e nas empresasterceirizadas. Todos os pro-jetos de interesse da orga-nização criminosa eramaprovados com larga vanta-gem de votos.

Delaçõescomprometedores

Chico Brasileiro é depu-tado estadual e ficou em se-gundo lugar nas eleições aprefeito deste ano. Acabouderrotado por Paulo MacDonald que mesmo com opedido de candidatura inde-ferido pelo TRE do Paranáfoi vitorioso nas urnas.

Na delação, Melquizede-que de Souza, ex-secretáriode Tecnologia da Informa-

ção do governo Reni Perei-ra e principal operador doesquema de corrupção des-mantelado pela Polícia Fe-deral, fez revelações bom-básticas. Disse que "em ju-nho de 2012 o empresárioPedro Anselmo Agrizzi, vul-go 'Peter', dono da Nave In-formática em Ciudade DelEste, onde Melquizedequeera diretor operacional trou-xe a questão da candidaturade Reni Pereira" a prefeitode Foz do Iguaçu. Peter éconhecido inclusive pelaInterpol por envolvimentoem esquemas de contraban-do de equipamentos de in-formática no Paraguai.

A intenção "era posteri-ormente pleitear algo nosentido de se beneficiar dealguma maneira". Melquize-

deque contou que ele e Pe-ter fizeram uma sociedadesendo que de início cada umentrou com R$ 50 mil paracampanha de Reni. "Quenesse período, vendo as pes-quisas e considerando queChico Brasileiro tambémestava bem resolveramapostar as fichas nos doislados".

O esquema do notbookMelquizedeque disse na

delação que inicialmentepropôs um aporte de R$ 30mil para a campanha de Chi-co Brasileiro, mais um pro-jeto de computador (not-book) para cada aluno. "Queinclusive o colaborador(Melquizedeque) comprouuma peça (unidade) dessecomputador e emprestou

para que ele fizesse umaapresentação eleitoral doprojeto", consta nas decla-rações do ex-secretário. Aideia era que caso Chicovencesse o grupo pensavaem se beneficiar com a ven-da dos equipamentos para aprefeitura.

O delator acrescentouque por fim Reni ganhou aseleições de 2012 e solicitoumais R$ 50 mil, "que de fatoforam entregues a ele e quesaíram do caixa da empresade Melquizedeque a MCASolution. Que então a contaera R$ 150 mil para Reni eR$ 30 mil para o Chico".Diante destes episódios, odeputado deve apresentar osesclarecimentos assim quefor comunicado oficialmen-te do teor da delação.

Chico Brasileiro foi atingido essa semana pela delação do principal operador do esquemaChico Brasileiro foi atingido essa semana pela delação do principal operador do esquemaChico Brasileiro foi atingido essa semana pela delação do principal operador do esquemaChico Brasileiro foi atingido essa semana pela delação do principal operador do esquemaChico Brasileiro foi atingido essa semana pela delação do principal operador do esquemade corrupção desmantelado pela Polícia Federal na Operação Pecúliode corrupção desmantelado pela Polícia Federal na Operação Pecúliode corrupção desmantelado pela Polícia Federal na Operação Pecúliode corrupção desmantelado pela Polícia Federal na Operação Pecúliode corrupção desmantelado pela Polícia Federal na Operação Pecúlio

Page 4: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

4 10 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016 TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular

POLÍTICAEx-secretário Carlos Budel delatou os acordos entre o grupo políticoque assumiu a prefeitura nos últimos quatro anos

Barofaldi negociou aliança com ReniDa RedaçãoFotos: Arquivo

A atual prefeita em exer-cício Ivone Barofaldi nego-ciou acordos políticos parase aliar com Reni Pereiranas eleições de 2012. Tudoestá relatado com riquezade detalhes na delação pre-miada feita pelo ex-secre-tário Carlos Juliano Budel.Ele informou inclusivequais os cargos foram lo-teados e como cada um fa-ria dentro do governo ini-ciado há quatro anos.

Afirmou que "em 2012quando se encaminhou anegociação final para aeleição, o PSDB (de Ivonee Budel) não lançou candi-dato próprio e nisso com-pôs a chapa com Reni Pe-

reira indicando a candidataa vice, Ivone Barofaldi. Queisso se deu por decisão doPSDB estadual. Também fi-

Acordo de Reni com PSDB envolveu loteamento de cargos na prefeituraAcordo de Reni com PSDB envolveu loteamento de cargos na prefeituraAcordo de Reni com PSDB envolveu loteamento de cargos na prefeituraAcordo de Reni com PSDB envolveu loteamento de cargos na prefeituraAcordo de Reni com PSDB envolveu loteamento de cargos na prefeitura

Budel delata distribuição decargos para os vereadores

O ex-secretário Carlos Budel contou que"no começo de 2013, em março, em razãode dificuldades políticas na articulação coma Câmara de Vereadores houve uma reuniãono gabinete entre Budel, Reni e Ivone, sen-do que ele foi convidado para assumir aSecretaria de Governo, considerando o bomrelacionamento com os vereadores e a ex-periência de ter presidido a casa por trêsmandatos".

Nesse primeiro momento o objetivo erasintonizar o Legislativo com o Executivocom o fim de aprovar projetos, não tendonesse primeiro momento nenhum acordofinanceiro. Entretanto, "os acordos foramno sentido de conceder cargos comissio-nados e cargos nas terceirizadas aos verea-dores, tais como auxiliar de serviços gerais,merendeira, recepcionista de posto de saú-de, entre outros".

Ressaltou que com exceção de Nilton

Bobato, todos os outros vereadores foramcontemplados com cargos comissionadose com cargos terceirizados. A distribuição

era de dois a sete cargos comissionados ede sete a vinte cargos nas terceirizadas paracada um.

cou definido que o PSDBteria duas pastas, sendo umadelas a Secretaria de Obras(a ser ocupada por Budel) e

uma autarquia, o Foztrans, aser ocupado por DjalmaPastorello, então presiden-te do PSDB na cidade".

Conforme consta na de-lação, entretanto, desseacordo inicialmente feitoBudel acabou por não sernomeado na Secretaria deObras quando do início dogoverno Reni, ou seja, oacordo não foi cumprido.Essa situação deixou claropara Budel que ele não eraconsiderado pessoa de con-fiança por parte de Reni.

A vice-prefeita acabouassumindo a Secretaria deDesenvolvimento Econô-mico e Djalma Pastorellofoi para o Centro de Con-venções. Apenas a partir dasegunda metade do gover-no é que Carlos Budel as-sumiu o Foztrans e passoua acumular a função de Se-cretário Municipal deObras.

Budel disse que no início do governo apenas o vereador BobatoBudel disse que no início do governo apenas o vereador BobatoBudel disse que no início do governo apenas o vereador BobatoBudel disse que no início do governo apenas o vereador BobatoBudel disse que no início do governo apenas o vereador Bobatonão tinha cargos comissionados indicadosnão tinha cargos comissionados indicadosnão tinha cargos comissionados indicadosnão tinha cargos comissionados indicadosnão tinha cargos comissionados indicados

Page 5: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

5TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular 10 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016

Da RedaçãoFoto: Arquivo

Vice-prefeita aparece em intermediações de transações financeiras e pedidosde nomeação supostamente para integrantes da organização criminosa

Prefeita Ivone é citada em episódiosrevelados em delações da "Pecúlio"

POLÍTICA

Nas delações juntadas aoprocesso nesta semana, aprefeita em exercício, IvoneBarofaldi, é citada em episó-dios, supostamente agindo nointeresse da organização cri-minosa desmantelada pelaOperação Pecúlio. Em umdeles, o ex-secretário Rodri-go Becker, afirmou na dela-ção que Ivone pediu R$ 40mil de um esquema de caixa2 da campanha eleitoral de2012. Disse que seria para apessoa de Renato Mayer Bu-eno (gerente regional Oeste/Sudoeste da Sanepar) e queo valor seria devolvido.

Becker revelou que o es-quema foi montado já na cam-panha de Reni Pereira/IvoneBarofaldi. "Foi esclarecidoque em relação à campanhaas pessoas que tratavam comdinheiro eram Tatiane FrankivGutierrez (Casa Civil), Gian-carlo Schettini de AlmeidaTorres (então braço direito deReni), Adoaldo Lenzi Junior,Marcio de Azevedo, RenatoMayer Bueno e Alexei daCosta Santos (contador e en-tão presidente do PSB, par-tido de Reni)".

Relatou que dias antes daseleições a Ivone Barofaldi oprocurou "dizendo que o Re-nato pediu R$ 40 mil para elae devolveria depois da cam-panha". Ivone queria que Ro-drigo Becker avalizasse oempréstimo, porém ele nãoaceitou. O ex-secretário dis-se acreditar "que ela recebeuesse dinheiro de maneira ir-regular de fornecedores daprefeitura, pois até meadosde 2016 estava dando pro-blema com esses R$ 40 mil",que inclusive Renato ligoupedindo a intervenção de Be-cker junto a Reni para resol-ver, mas ele não se envolveu.

Esquema de caixa 2na campanha

O ex-secretário entregouna delação todo o esquemade alimentação financeira docaixa 2, envolvendo princi-palmente dinheiro de emprei-teiros e grupos econômicosque viriam a saquear depoisos cofres da prefeitura medi-ante facilitações em troca depropinas. Segundo Rodrigo"o empreiteiro Nilton JoãoBeckers (que chefiava o gru-po SR) doou, através de cai-xa 2, aproximadamente R$200 mil entregues a Márcio eTatiane para a campanha deReni/Ivone".

Disse que tem conheci-mento de que Renato solici-tou e recebeu R$ 50 mil deJoão Kammer, proprietárioda Kammer Construtora que

presta serviços para a Sane-par. Revelou ainda da Recei-ta Estadual veio doação paraa campanha de Reni/Ivonenão sabendo especificar ovalor nem a origem.

O responsável por essaarrecadação era Giancarlo(auditor da Receita Estadu-al) que já mantinha gente no-

meada no gabinete de Renidesde quando ele era depu-tado. Esse mesmo Giancarlofoi investigado por envolvi-mento com outra quadrilhadescoberta na Operação Di-lúvio em 2006 em que 33pessoas foram presas no mai-or esquema de fraudes nocomércio exterior.

Para a reta final das elei-ções de 2012, o ex-secretá-rio Rodrigo Becker acrescen-tou na delação que não viu odinheiro, mas Túlio Bandei-ra, representante de um gru-po de Pato Branco, doouaproximadamente R$ 2 mi-lhões para a campanha deReni Pereira/Ivone Barofaldi.

Dinheiro de caixa 2 da campanha Reni/Ivone está dando problema até hoje, revelou delator Rodrigo BeckerDinheiro de caixa 2 da campanha Reni/Ivone está dando problema até hoje, revelou delator Rodrigo BeckerDinheiro de caixa 2 da campanha Reni/Ivone está dando problema até hoje, revelou delator Rodrigo BeckerDinheiro de caixa 2 da campanha Reni/Ivone está dando problema até hoje, revelou delator Rodrigo BeckerDinheiro de caixa 2 da campanha Reni/Ivone está dando problema até hoje, revelou delator Rodrigo Becker

Page 6: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular6 10 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016

Da RedaçãoFoto: Arquivo

Depoimentos nos acordos de delação premiada revelam que atual secretáriade saúde participou ativamente da trama da PPP

Delações lançam Patrícia Foster aocentro das investigações da Pecúlio

POLÍTICA

A atual secretária de saú-de de Foz do Iguaçu, PatríciaFoster, pessoa de confiançada prefeita Ivone Barofaldi,foi alçada ao centro das inves-tigações da Operação Pecú-lio. O caso estourou com asrevelações feitas nos recentesacordos de delação premia-da. Todos os conteúdos libe-rados do sigilo foram anexa-dos ao processo na semanapassada. Os depoimentos dosréus que fizeram acordo coma justiça apontam para a par-ticipação ativa da secretáriana de tentativa de implantaçãoda Parceria Público-Privada.

A trama da PPP foi desar-ticulada no bojo da OperaçãoPecúlio como sendo mais umafrente de ação da organizaçãocriminosa que se instalou naprefeitura e foi desmanteladapela Polícia Federal. O gru-po, flagrado em intercepta-ções telefônicas, se referiama PPP como sendo “a cerejado bolo”, pois envolveria ci-fras anuais de R$ 120 milhõespelo prazo de até três déca-das.

Um dos delatores que con-tou como se deu a participa-ção de Patrícia é o réu Regi-naldo da Silveira, que na con-dição de servidor público nocargo de técnico em radiolo-gia, tinha trânsito livre na Se-

cretaria de Saúde e atuava nogrupo do empresário Euclidesde Moraes Barros Junior,também preso durante as in-vestigações. O ex-secretárioe operador do esquema, Me-lquizedeque de Souza, tam-bém comprometeu Patrícia emseu depoimento de delaçãopremiada.

RevelaçõescomprometedorasConforme os depoimen-

tos, a atuação de PatríciaFoster, que é advogada, teriaocorrido na primeira tentativade implantação da PPP. Re-ginaldo contou ao MinistérioPúblico Federal que em mea-dos de 2015 foi procuradopor Marco Fatuche, de Curi-tiba, para fazer um projeto deparceria público privada paraprestação de serviços na áreada saúde. Marco lhe apresen-tou Roberto Floriani, propri-etário da empresa Atual Mé-dica, também de Curitiba,onde participou de várias reu-niões. Na primeira tentativa dePPP também participou comointeressada a empresa Globo-med do médico Faertes.

Reginaldo disse que reali-zou os estudos pela AtualMédica e depois ficou saben-do que as servidoras PatríciaFoster (à época diretora naSecretaria de Saúde), SandraBarreto, Claudio Pomplona eAlice (que assumiu a Secre-

taria recentemente por 60dias) fizeram os estudos e pro-jetos para a Globomed. Infor-mou saber que o então secre-tário de saúde, Charlles Bor-tolo, tinha preferência pelaGlobomed.

Informou que “foi marca-da uma reunião na sala daSecretaria de Tecnologia daInformação para apresenta-ção dos projetos tendo sesobressaído o da Atual Mé-dica. Patrícia Foster realizouuma manobra para desclassi-ficar a Atual Médica e parali-

saram o processo de parce-ria público-privada. Ficou evi-dente a participação de Pa-trícia, Sandra, Claudio e Ali-ce no projeto na área, poisusaram as mesmas metodolo-gia que Sandra usou no pro-jeto de HospiSus e contratoda Pró-Saúde”.

De acordo com Reginaldo,uma das manobras de Patrí-cia Foster foi levar o projetode parceria para votação noComus que reprovou eventu-al PPP. “Que o prefeito Renificou muito insatisfeito com

isso e exonerou Patrícia docargo de diretora e a colocoupara trabalhar como assesso-ra no setor de recursos huma-nos. Que assim morreu o pro-jeto na primeira fase. Que emmeados de outubro de 2015recomeçou a ideia do novoprojeto da parceria publicaprivada. Que a Dra Letizia(Abatte Fiala), procuradorado Município lotada em Cu-ritiba, foi trazida para Foz doIguaçu para dirigir o projetoda nova PPP”, consta na de-lação de Reginaldo.

Delator disse que Patricia preparou projeto de interesse de empresaDelator disse que Patricia preparou projeto de interesse de empresaDelator disse que Patricia preparou projeto de interesse de empresaDelator disse que Patricia preparou projeto de interesse de empresaDelator disse que Patricia preparou projeto de interesse de empresade Curitiba que atuaria como parceira no modelo PPPde Curitiba que atuaria como parceira no modelo PPPde Curitiba que atuaria como parceira no modelo PPPde Curitiba que atuaria como parceira no modelo PPPde Curitiba que atuaria como parceira no modelo PPP

Page 7: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

7TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular 10 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016

Da RedaçãoFoto: Arquivo

Na delação, ex-secretário revelou detalhes de como foi costurado o esquemapara implantação de parceria envolvendo milhões dos cofres públicos

Melquizedeque confirma participaçãode Patrícia em favor de empresa PPP

Os fatos relatados por Re-ginaldo Sobrinho foram con-firmados por outros réus emdelação premiada, dentre eleso ex-secretário Melquizede-que de Souza, um dos princi-pais operadores do esquemade corrupção na prefeitura deFoz do Iguaçu, desmanteladopela Operação Pecúlio. Eleconfirmou a participação dePatricia Foster em projeto deinteresse da empresa Globo-med que viria a operar a par-ceria público-privada envol-vendo cifras de milhões doscofres públicos.

Em um dos trechos da de-lação, Melquizedeque disseque em abril de 2015, devidoa uma série de problemas nasaúde, o prefeito Reni Perei-ra entendeu que a parceria

POLÍTICA

público-privada seria a melhoralternativa. Contou que foi re-alizada uma reunião entre ele,o prefeito e Dr Laerte, pro-prietário da Globomed. Queo Dr Laerte se interessou peloprojeto e defendeu um proje-to incluindo o PA Morumbi ea UPA, bem como a constru-ção de uma nova UPA no Por-to Meira e posteriormenteadicionando o Hospital Mu-nicipal.

Afirmou que “Dr Laerteera ligado a Patrícia Foster,que já trabalhava na Secreta-ria de Saúde. Que a informa-ção sobre a intenção de im-plantação do novo modelo setornou conhecida dentro daprefeitura, de modo que aequipe do Tulio Bandeira, pormeio da Atual Médica, de pro-priedade do Dr Roberto Flo-riani, também de igual modomanifestou interesse em de-

senvolver o projeto de PPP.Portanto, o interesse pelo pro-jeto ficou estabelecido entre aGlobomed, do Dr Laerte,apoiado pela Patrícia Foster,Sandra Barreto, então audito-ra da Secretaria de Saúde;Alice Maria Macedo, e Clau-dio, esposo da Alice que eraenfermeiro; e a Atual Médica,do Dr Roberto Floriani deCarvalho, apoiada pelo pró-prio Melquizedeque, pelo em-presário Euclides de MoraesBarros Junior e por Reginal-do Sobrinho”.

Briga entre empresasO ex-secretário relatou na

delação que pelo modelo ado-tado se poderia haver umacomposição para formaçãodo projeto, ou seja, adotarparte do projeto de uma em-presa e parte da outra. Entre-tanto, as empresas não tinham

interesse que houvesse essacomposição. Segundo Mel-quizedeque foi marcada umareunião para apresentaçãodos projetos em que fez apon-tamentos contra a Globomede em defesa da proposta daAtual Médica. Entretanto,“essa disputa causou um des-conforto muito grande, umavez que a Patrícia Foster pos-suía forte apoio político demodo que nesse primeiro mo-mento, não se levou a frente aimplementação do novo mo-delo. Essa primeira tentativade PPP não progrediu porcausa dessa briga”.

Segunda tentativaRevelou, por fim, que no

segundo momento de tentati-va de implantação quando ele(Melquizedeque) não estavamais na prefeitura, “quematuou fortemente foi Euclides,

sendo que o Reginaldo assu-miu o papel de elaboração doedital e Letizia assumiu umpapel fundamental na partejurídica. Que nessa segundafase, Tulio Bandeira e Jomaa,que atuava no hospital, conti-nuaram envolvidos com a Atu-al Médica”.

Nas investigações da Pe-cúlio, essa segunda tentativade PPP, foi descoberta e de-sarticulada pela Polícia Fede-ral e Ministério Público Fede-ral com a análise de documen-tos e conteúdo das intercep-tações telefônicas. Vários en-volvidos foram presos e a li-citação que estava sendo re-alizada foi cancelada por or-dem da justiça. Descobriu-seque o esquema de direciona-mento tinha como objetivodesviar recursos públicos aserem distribuídos entre osparticipantes do esquema.

Grupo preGrupo preGrupo preGrupo preGrupo pretttttendia administrar hospital, UPendia administrar hospital, UPendia administrar hospital, UPendia administrar hospital, UPendia administrar hospital, UPA e PA e PA e PA e PA e PA manipulando altas somas em dinheirA manipulando altas somas em dinheirA manipulando altas somas em dinheirA manipulando altas somas em dinheirA manipulando altas somas em dinheiro do seo do seo do seo do seo do setttttor de saúdeor de saúdeor de saúdeor de saúdeor de saúde

Page 8: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

8 10 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016

Da RedaçãoFoto: Arquivo

Vereador usou a tribuna da Câmara para fazer ataques pessoais eofender a honra de agente do Núcleo de Inteligência da PF

Vitorassi ataca a imprensa e policialfederal por ter sido citado na Pecúlio

O vereador Dilto Vitorassi(PV) aparece em uma lista aolado de outros oito vereado-res que tiveram os nomes ano-tados em uma agenda do ex-diretor de pavimentação daprefeitura, Girnei de Azevedo,que é um dos réus da Opera-ção Pecúlio. A agenda é partedo material apreendido comGirnei e periciado pelo Núcleode Inteligência da Polícia Fe-deral. A perícia levantou sus-peitas de que os nove nomespodem ser dos vereadores quesupostamente recebiam men-salinho pago com dinheiro doesquema de corrupção des-mantelado na operação.

O Tribuna e outros meiosde comunicação divulgaram oassunto, o que causou alvo-roço na Câmara Municipal.Na primeira sessão ordináriadeste mês (no dia 3 de no-vembro) o vereador Vitorassireagiu de forma extremamen-te agressiva à publicação, ata-cando a imprensa, o Judiciá-rio e o policial federal que ela-borou o relatório pericial. Eleusou a tribuna do Legislativopara fazer ataques pessoais eofender a honra de agente doNúcleo de Inteligência da PF.

Leia abaixo trechos dopronunciamento destempera-

POLÍTICA

do do vereador:"Existem duas orquestra-

ções nesse país que me deixapreocupado. Um é da grandeimprensa e da imprensa locale outra é do Judiciário. Issoás vezes me leva a repensarse compensa ser um cidadãode bem. Colocaram nove ve-

readores como supostos en-volvidos no mensalinho por-que um policial da federal in-dicou na investigação".

"Tive acesso ao conteúdodo delator Girnei onde ele diz:Foi esclarecido que assumiu oDRM no primeiro momentoquando Carlos Budel, então

secretário solicitou a Girneique desse prioridade no aten-dimento aos pedidos de ve-readores da base aliada naCâmara. Disse que na épocafoi decretada moratória o quedificultou o atendimento dequalquer pedido. Que a mo-ratória durou cerca de seis

meses. Nesse período não foidada prioridade aos vereado-res da base e na medida dopossível atendeu diversas so-licitações de vereadores.Consta que em uma agendaapreendida pela PF em buscae apreensão na sua residên-cia os nomes de cinco ou seisvereadores que aparecem sãoos que pertenciam a base deReni Pereira e que essa basedo governo variou muito nodecorrer do mandato".

A partir desse ponto, Vi-torassi passou a atacar as ins-tituições e a pessoa do poli-cial federal. "Onde está o cri-me, que dá direito a um jor-naleco colocar nove vereado-res como supostos envolvidosno mensalinho. Estou entran-do na Corregedoria, na Pro-motoria Pública porque essespoliciais federais pensar que eutenho medo deles eu prefiro amorte do que me curvar a essepovo. Não vou me curvar aesse cidadão. Vou representá-lo nas barras da lei para elemostrar onde que sobre essetexto ele encontrou algumacoisa para incriminar alguém.Onde há crime aqui? E o jor-naleco pega de uma indicação,mostra documento (relatóriode perícia), estampa a foto denove vereadores e diz essassão as supostas pessoas querecebiam o mensalinho".

Vereador Vitorassi reagiu com ataques ao relatório da Polícia Federal queVereador Vitorassi reagiu com ataques ao relatório da Polícia Federal queVereador Vitorassi reagiu com ataques ao relatório da Polícia Federal queVereador Vitorassi reagiu com ataques ao relatório da Polícia Federal queVereador Vitorassi reagiu com ataques ao relatório da Polícia Federal queencontrou agenda com nomes de nove vereadores suspeitos de receberemencontrou agenda com nomes de nove vereadores suspeitos de receberemencontrou agenda com nomes de nove vereadores suspeitos de receberemencontrou agenda com nomes de nove vereadores suspeitos de receberemencontrou agenda com nomes de nove vereadores suspeitos de receberemmensalinho com dinheiro da corrupção na prefeituramensalinho com dinheiro da corrupção na prefeituramensalinho com dinheiro da corrupção na prefeituramensalinho com dinheiro da corrupção na prefeituramensalinho com dinheiro da corrupção na prefeitura

Vereador confessa que usa advogadosdo Sindicato para sua atuação política

Ao atacar o Judiciário, a imprensa e o agen-te da Polícia Federal, o vereador Dilto Vito-rassi acabou falando demais e confessando ati-tudes que podem lhe render processo e questi-onamentos. No pronunciamento feito no último

dia 3 de novembro na tribuna da Câmara elerevelou, por exemplo, o uso de advogados doSindicato dos Rodoviários para atuação nadefesa dele e de outros vereadores.

Vitorassi disse: "Advogados lá em cima no

Sindicato dos Rodoviários tem a procuraçãode cinco ou seis vereadores. Para umas pesso-as eles vão advogar conforme os vereadoresdeterminarem. As minhas vou entrar contra tudoe contra todos que se fizer necessário".

Page 9: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

10 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016 9

Da RedaçãoFoto: Arquivo

Xingamentos contra pessoas e instituições em plena tribuna do Legislativo causaram perplexidade

Vereador usou espaço para xingar agentefederal de "vagabundo" e preconceituoso

O vereador Dilto Vitorassiperdeu a linha e mais uma vezusou a tribuna do Legislativopara promover ataques. Comuma verborragia deplorávelofendeu a honra de servidorda Polícia Federal, agente eperito que elaborou relatóriosobre material apreendido naOperação Pecúlio. Usou ter-mos como "vagabundos" e"preconceituoso" referindo-sea jornalista e agente federal.O pronunciamento agressivoocorreu na primeira sessãoordinária deste mês (3 de no-vembro).

Leia o trecho em que Vi-torassi se excede: "Não pen-sa um policial da Polícia Fe-deral, gloriosa instituição queaté então eu tinha respeito.Você abre o face dele (oagente e perito federal) e naabertura ao fechamento é umgrau de preconceito contra aesquerda, são os dizeres ab-surdos sobre Lula e é isso eaquilo. Depois ele pega assim:ah é o Vitorassi? É fulano? Édo time (da esquerda) entãovamos colocar junto. Ele achaque eu não vou representá-lodentro do Judiciário. E eleacha que eu já não peguei enão printei tudo o que essepreconceituoso fez dentro doface dele e mostrar ao juizque ele tem o direito de ter aconcepção ideológica que elequeira, agora o que ele nãopode em nome da instituição,em nome do cargo, perseguirpolítico honesto e honrado".

E concluiu: "Se eu tiver quegastar minha última proprie-dade que é minha casa ondemoro e um carrinho 2001 queminha esposa anda com ele,para gastar em processo con-tra esse povo, vou morar nafavela embaixo de uma lona,mas deixar esse vagabundos

POLÍTICA

impunes eu não vou deixar.Nem jornalista, nem policialfederal e todos aqueles queatentarem contra a democra-cia. Vamos fazer o enfrenta-mento. O que não podemos éna hora de fazer o enfrenta-mento receber o contragolpedo fogo amigo. O fogo amigoé o pior dos ataques que sepossa ter. E aqui nesse quatroanos da minha legislatura eu tiveataque de fogo amigo. Seriamais ou menos dizer assim:Deus me livre da polícia por-que dos bandidos eu me cui-do. Muitas vezes aqui nós ti-vemos isso. Deus me livre dosmeus amigos porque dos meusadversários eu me cuido".

Ataque ao JudiciárioNa sequencia Vitorassi

ataca o Poder Judiciário:"Agora mostrando que há

uma orquestração do Judici-ário querendo incitar o povocontra os políticos desse país.Assumi como deputado fede-ral (abril de 2005) e não teveuma semana que eu não via-jasse a Brasília e retornasse nofim de semana para a minha

base, em Foz do Iguaçu. Aspassagens em âmbito nacionalsão para isso. Para o deputa-do se deslocar. Fui convida-do para Festa do Boi no Nor-deste, Festa de São João, SãoPedro, festa em Manaus, Fes-ta da Uva em Caxias do Sul,mas nunca usei uma passagemda Câmara Federal que nãofosse para me locomover deFoz a Brasília e de Brasíliapara Foz".

"Aí vem um promotorzinhorelacionando que teve bastan-te gasto com passagens. Eagora estão falando que alémde envolvido na Pecúlio gas-tei com passagens. Podem di-zer a vontade porque o pro-motor vai ver que estão lá ositinerários. Por isso digo quehá uma orquestração de doissetores: da imprensa está ex-plícito e outro do Poder Judi-ciário".

No pronunciamento, Vi-torassi prossegue:

"Dentro de dois meses nãoterei mandato nenhum, mascom mandato ou não vou en-frentar esse povo. Qualquerproposta seja extrema esquer-

Ataques com pronunciamento agressivo ocorreram no último dia 3 de novembroAtaques com pronunciamento agressivo ocorreram no último dia 3 de novembroAtaques com pronunciamento agressivo ocorreram no último dia 3 de novembroAtaques com pronunciamento agressivo ocorreram no último dia 3 de novembroAtaques com pronunciamento agressivo ocorreram no último dia 3 de novembro

da ou da extrema direita quetentar proibir o Poder Judici-ário de tomar algumas atitu-

des como estão tomando, vãodizer que nós da esquerda nãoqueremos que se investigue omensalão, petrolão e até a Pe-cúlio aqui. E sob o pretextodo mensalão e petrolão colo-cam todos os políticos na latado lixo e ainda vão fazer comque você seja agredido por aina rua. Quando você ajuíza aação contra um jornaleco des-se leva quatro, cinco, seisanos para ter o direito de res-posta. Sabemos das duraspenas para chegar até aqui eum dia ser reconhecido dian-te da população pelas ideaise pelos serviços prestados. Élamentável quando o que vocêfaz na sua imagem no decor-rer de oito, dez, 15 anos, umavida, vem um pulha, uns ne-fastos, uns irresponsáveis des-ses capazes de jogar todo oseu nome na lata do lixo deuma hora para outra".

Page 10: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular10 10 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016

POLÍTICA

Da redaçãoFotos: Divulgação

Revelações foram feitas em delação premiada do ex-secretário da prefeitura, Rodrigo Becker

Claudia Pereira usou funcionáriospúblicos na campanha a deputada

"Funcionários públicoseram dispensados de traba-lhar no horário de expedi-ente para trabalharem nacampanha de Claudia Perei-ra". A revelação foi feita emdelação premiada no pro-cesso da Operação Pecúliopelo ex-secretário de Pla-nejamento da prefeitura,Rodrigo Becker. Ele acom-panhou e ajudou na coorde-nação de campanha da depu-tada em 2014.

A declaração de Beckerfeita ao Ministério PúblicoFederal e juntada ao pro-cesso nesta semana reforçaas provas que podem funda-mentar de pedido de cassa-ção do mandato de Claudiana Assembleia Legislativa doParaná. Estão entre as con-dutas vedadas "utilizar servi-dor ou empregado do gover-no, de qualquer esfera, paratrabalhar em campanha du-rante o expediente, excetose o funcionário estiver li-cenciado", conforme incisoIII do artigo 73 da Lei dasEleições (Lei 9.504/97).

Dentre as outras condu-tas relatadas no processoestá o uso de máquina daprefeitura para serviços emigreja evangélica da deputa-da, além do empréstimo dealtas somas em dinheiropara a Assembléia de Deusvisando benefício políticopara Claudia. Em outra de-lação, feita pelo ex-secre-tário e principal operadordo esquema, Melquizede-que de Souza, foram utiliza-dos R$ 300 mil em emprés-timo para salvar um terrenoda igreja Assembléia deDeus e assim ajudar a cam-

panha de Claudia.Melquizedeque esclare-

ceu na delação que "a pedi-do de Reni Pereira foi soli-citado que arrumasse o va-lor de R$ 150 mil para aAssembleia de Deus em ra-zão de uma ação que essaigreja estava respondendo.Que se não fosse efetuadoo pagamento na data, umimóvel da igreja iria a lei-lão". Revelou que R$ 100mil foi emprestado pelo ve-reador Marino Garcia e R$50 mil pelo então secretá-rio de Administração, Chi-co Noroeste.

Os outros R$ 150 milforam cedidos pelo empre-sário Euclides Barros Juni-or, envolvido nos esquemasde contratos fraudulentosna saúde. Assim foram to-

talizados os R$ 300 mil quea igreja central da Assem-bléia precisava para salvarum terreno valioso por es-tar em área nobre da cida-de. Disse ainda que "Que osR$ 150 mil foram repassa-dos visando votos na cam-panha da Claudia Pereira,garantindo os votos da igre-ja independente da devolu-ção ou não do dinheiro".

Compra de votosOutra ilegalidade, consi-

derada crime eleitoral, quepesa contra eleição de Clau-dia Pereira é a compra devotos. A Polícia Federal ana-lisou material apreendido naOperação Pecúlio e con-cluiu que a deputada teriadistribuído vale-combustí-vel em troca de votos.

Os indícios de distribui-ção de combustível aparecemem análise de documentos efotos encontradas em celulardo empreiteiro Fernando Bi-jari. Ele fez delação premia-da para poder responder oprocesso em liberdade. Paraa perícia, "o material indicaque a campanha eleitoral daDeputada Estadual CláudiaPereira se utilizou da comprade votos mediante o forneci-mento de vale combustível àeleitores da região".

Conforme a conclusão daPF "os eleitores recebiamcerca de 10 litros de combus-tível a serem retirados na redede postos Tonin, possivel-mente, em troca de voto nacandidata". Imagens de "san-tinhos" da candidata juntocom vale-combustível apare-

cem no relatório e são apre-sentadas pela perícia comoelementos das suspeitas.

Pedido de cassaçãoPara ter início um pro-

cesso de cassação de Clau-dia Pereira, basta o Minis-tério Público ou um parti-do político, entidade, umdeputado ou cidadão co-mum juntar os relatórios doNúcleo de Inteligência daPolícia Federal e as dela-ções disponíveis no proces-so da Pecúlio e entrar como processo, inclusive naJustiça Eleitoral e Assem-bléia Legislativa. Com to-dos esses elementos com-probatórios das irregulari-dades na campanha de 2014,Claudia pode ser cassadaem processo de até 90 dias.

Delações revelam que Claudia Pereira cometeu diversos ilícitos na campanha de 2014 para se eleger deputadaDelações revelam que Claudia Pereira cometeu diversos ilícitos na campanha de 2014 para se eleger deputadaDelações revelam que Claudia Pereira cometeu diversos ilícitos na campanha de 2014 para se eleger deputadaDelações revelam que Claudia Pereira cometeu diversos ilícitos na campanha de 2014 para se eleger deputadaDelações revelam que Claudia Pereira cometeu diversos ilícitos na campanha de 2014 para se eleger deputada

Page 11: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

1110 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular

Prefeita e secretária são multadas eestão com prisão decretada pelo juizDa RedaçãoFotos: Arquivo

Decisão judicial foi tomada para cumprimento em cinco diasem razão de desobediência a ordens judiciais anterioresPOLÍTICA

O Ministério Público, pormeio do promotor Luis Mar-celo Mafra, entrou com pe-dido de providências e a jus-tiça decretou a prisão da pre-feita de Foz do Iguaçu, IvoneBarofaldi e da secretária mu-nicipal de saúde, PatríciaFoster. Elas têm cinco dias, acontar da notificação, parainiciar as obras de reformasno Pronto Atendimento doMorumbi ou serão presas. Aprefeita e a secretária estãosendo multadas em R$ 100mil por dia a serem pagos dopróprio bolso. A decisão foitomada pelo juiz da 2ª Varada Fazenda Pública, WendelFernando Brunieri, em razãoda desobediência as medidasliminares anteriores.

Leia a íntegra da decisãoproferida nos autos nº0 0 1 0 6 6 7 -75.2016.8.16.0030: "De umaanálise detida do feito, deno-ta-se que até o presente mo-mento o réu (Município) apre-sentou o cumprimento dasseguintes medidas arbitradasem sede de tutela de urgên-cia: A disponibilização dosmedicamentos básicos neces-sários para o atendimento dapopulação; A contratação deum médico emergencista; Aimplantação do Processo de

Acolhimento com Classifica-ção de Risco (Protocolo Man-chester); O fornecimento demateriais médico-hospitalaresessenciais; O conserto do des-fibrilador e monitores paraaferir pressão e batimentoscardíacos;

Entretanto, quanto ao itemque se refere à reativação dofuncionamento do aparelho deraio-X na referida unidade,sendo este de grande impor-tância e necessidade para apopulação que dela necessi-ta, o réu informa que o seucumprimento resta impossibi-litado frente à má conserva-ção da infraestrutura da Uni-dade de Saúde, fato este queinclusive é um dos enfoquesdos objetos da ação de nº0 0 0 5 5 0 6 -84.2016.8.16.0030, que seencontra apensada aos pre-sentes autos, qual seja, con-serto e manutenção da infra-estrutura do prédio que abri-ga a Unidade de Saúde com aregularização das instalaçõesinternas nos moldes das ori-entação repassadas pela Di-retoria de Vigilância em Saú-de, e da qual se percebe o nãocumprimento até o presentemomento, fato este confirma-do pelo próprio réu.

Portanto, em razão do aquiexposto, ante a veemente de-sídia apresentada no feito,determino a aplicação da mul-

ta diária já arbitrada (R$ 100mil) anteriormente, a ser su-portada pessoalmente pelaSecretária Municipal de Saú-de e pela Prefeita Municipalde Foz do Iguaçu, tudo emconformidade com o dispos-to no artigo 537, do Códigode Processo Civil.

Determino ainda a intima-ção pessoal das senhoras Pa-trícia Gottardello Foster Ruiz

(Secretária Municipal da Saú-de) e Ivone Barofaldi da Silva(Prefeita Municipal de Foz doIguaçu) para que, no prazo decinco dias comprovem o iníciodas obras de reforma estrutu-ral da Unidade de Saúde doPronto Atendimento do Mo-rumbi I e apresentem a previ-são (que deve ser a mais bre-ve possível) de efetivo funcio-namento do aparelho de raio-

A prefeita de Foz do Iguaçu, Ivone Barofaldi e a secretária municipal de saúde,A prefeita de Foz do Iguaçu, Ivone Barofaldi e a secretária municipal de saúde,A prefeita de Foz do Iguaçu, Ivone Barofaldi e a secretária municipal de saúde,A prefeita de Foz do Iguaçu, Ivone Barofaldi e a secretária municipal de saúde,A prefeita de Foz do Iguaçu, Ivone Barofaldi e a secretária municipal de saúde,Patrícia Foster tem prazo é de cinco dias para iniciar as reformas ou as duas vãoPatrícia Foster tem prazo é de cinco dias para iniciar as reformas ou as duas vãoPatrícia Foster tem prazo é de cinco dias para iniciar as reformas ou as duas vãoPatrícia Foster tem prazo é de cinco dias para iniciar as reformas ou as duas vãoPatrícia Foster tem prazo é de cinco dias para iniciar as reformas ou as duas vãoparar na cadeia por crime de desobediênciaparar na cadeia por crime de desobediênciaparar na cadeia por crime de desobediênciaparar na cadeia por crime de desobediênciaparar na cadeia por crime de desobediência

X na referida Unidade de Saú-de, sob pena de prisão pelaprática do crime de desobedi-ência, e ainda responsabiliza-ção cível e administrativa.

Após as intimações cum-pridas, vistas ao MinistérioPúblico. Intimem-se. Cumpra-se com urgência. Foz do Igua-çu, 24 de outubro de 2016".Assina: Wendel FernandoBrunieri (Juiz de Direito).

Prefeita se explicaA prefeita Ivone Barofaldi, foi notificada pes-

soalmente na manhã de quarta-feira sobre a de-cisão pela prisão se não resolver a questão doPA Morumbi. Disse que providências estão sen-do tomadas em reunião com Procuradoria Geraldo Município, Secretaria municipal da Saúde, eSecretaria municipal de Obras. "Todos sabem queo problema do PA vem de uma longa história eagora chegamos em um momento que não temmais o que fazer a não ser a reforma", disse.

Ivone prossegue: "Temos problemas sérios quejá foram informados e repassados a população,como vazamento de gás, falta de proteção nas pa-

redes referente ao raio X, a estrutura sequertinha um projeto. Nós estamos trabalhando, masé preciso que se entenda que temos que come-çar do zero. Já providenciamos o projeto quenão existia, e agora temos que fazer a licitaçãoda reforma, o que demanda um prazo de 45 dias.Mas mediante a essa decisão judicial e o prazoque Ministério Público nos deu, estamos veri-ficando com a Procuradoria, a forma corretapara que possamos licitar a obra. Se tudo esti-ver dentro da lei, vamos iniciar a reforma, atéporque existe um fundo reservado para isso",explicou a prefeita.

Page 12: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular12 10 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016

Depois de quatro meses,a Comissão Processanteinstalada na Câmara parainvestigar Reni Pereira e seencontrasse fundamentossubmetê-lo ao pedido decassação pelo plenário, en-cerrou as atividades ale-gando que não houve tem-po hábil para concluir oprocesso. No fim três ve-readores que não se reele-geram, dois deles sequerconseguiram concorrer e ooutro estava preso no dia daeleição, simplesmente fi-zeram um relatório arqui-vando a denúncia contraReni sobre os episódiosrevelados na Operação Pe-cúlio.

Os integrantes da Co-

Três vereadores que não se reelegeramarquivam o pedido de cassação de Reni

Da RedaçãoFotos: Arquivo

Zé Carlos, Hermógenes e Vitorassi apresentaram relatório final alegandoque não houve tempo hábil para concluir o processoPOLÍTICA

missão Processante foramZé Carlos (PMN), Hermó-genes de Oliveira (PSC) eDilto Vitorassi (PV). O ve-reador Vitorassi reclamouque nem era convidado paraas reuniões e acusa Zé Car-los e Mogenio de tramarempara que ele ficasse de fora.Também desejava que ZéCarlos tivesse renunciadoao cargo de presidente dacomissão no período de 37dias em que ficou presopelo crime de peculato. ACP foi instituída no dia 6de julho e desde então vi-nha sofrendo interrupçõesde ações causadas pelo de-curso da Operação Pecúlioda Polícia Federal.

No relatório de oito pá-ginas, o relator Hermóge-nes de Oliveira (PSC), re-vela a dificuldade encontra-

Dois dos três membros da comissão não conseguiram concorrer à reeleição e o outro estava preso no dia das eleiçõesDois dos três membros da comissão não conseguiram concorrer à reeleição e o outro estava preso no dia das eleiçõesDois dos três membros da comissão não conseguiram concorrer à reeleição e o outro estava preso no dia das eleiçõesDois dos três membros da comissão não conseguiram concorrer à reeleição e o outro estava preso no dia das eleiçõesDois dos três membros da comissão não conseguiram concorrer à reeleição e o outro estava preso no dia das eleições

da pelo secretário da Co-missão em realizar a pri-meira notificação ao Pre-feito Reni Pereira, quandoda instalação da CP. Foramrealizadas três tentativas deintimação do denunciadonos endereços oficiais, oque não foi possível deacontecer, levando a CP apublicar no Diário Oficialdo Município o documen-to de intimação.

Além disso e a prisão dopresidente da comissão,outro fato que atrapalhouos trabalhos, segundo o re-latório, foi o recolhimentodomiciliar de Reni após de-terminação da justiça. Nodia nove de agosto a defesado denunciado protocolou opedido de prorrogação doprazo para a apresentação dedefesa prévia pelo prazo de

trinta dias, alegando que nãoestava conseguindo se co-municar com o cliente porforça da prisão domiciliardo mesmo.

Ao apresentar o relató-rio em plenário, a Comis-são Processante, formadapelos Vereadores Zé Car-los (PMN), Hermógenesde Oliveira (PSC) e DiltoVitorassi (PV), concluemque "apesar da gravidadedos fatos narrados na de-núncia apresentada, tendoem vista o decurso do pra-zo para a produção de pro-vas e a ausência de produ-ção de provas que compro-vem a indubitável participa-ção do denunciado nos fa-tos narrados na denúncianão há como deferir os pe-didos acostado na denún-cia", feita por Cleober Pe-

rissoli e Rosa dos Santos.Diante destes fatos, a

Comissão Processante en-tende por bem "arquivar" apresente denúncia "pelo de-curso do lapso temporal" e,em ato contínuo solicitar oencaminhamento de cópiado relatório aos denunci-antes.

No relatório conclusi-vo, a CP ressalta ainda que,mesmo com os trabalhosdesenvolvidos pela Comis-são Processante, não houvecomo produzir provas queindubitavelmente compro-vem a real participação doPrefeito afastado Reni Pe-reira na prática de crimespolítico-administrativos. Orelatório foi lido na sessãoordinária do dia 8 e encami-nhado pela presidência parao arquivamento.

Page 13: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

1310 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular

Cidades mais ligadas ao contrabando possuem os piores índices de desenvolvimento social

Prefeita diz que não tem condiçõesde pagar as referencias dos guardas

POLÍTICA

Da RedaçãoFoto: Assessoria

A comissão da GuardaMunicipal formada pelos GMs,Marcelo, Eliane, Tony, João eNelsi, foi recebida na manhãde quarta-feira (9), pela pre-feita Ivone Barofaldi e as se-cretárias da AdministraçãoEdineia Riquelme, a de Go-verno Arialba Freire, além dosecretário de Segurança Ever-son Cadaval. A comissão

apresentou mais uma vez a rei-vindicação do pagamento dasreferências previstas na da Lei4.133 de 16 de setembro de2013, aguardada há mais dedois anos pela categoria.

Em resumo, a prefeita e seusecretariado disseram repeti-das vezes que solicitaram Re-latório de Impacto Orçamen-tário Financeiro (RIOF) e deque a avaliação desse estudoe a respectiva resposta seriamanunciadas no dia seguinte.Diante das considerações da

Administração a Comissãodecidiu pelos seguintes enca-minhamentos:

1º- Aguardar a resposta ofi-cial da prefeita sobre o paga-mento, ou não, das referênci-as reivindicadas;

2º- Suspender a mobiliza-ção prevista para esta quinta-feira (10);

3º- Convocação de umanova assembleia da categoriaa partir da resposta do sim, oudo não, a ser oficializada porparte da prefeita.

A Comissão convoca todaa categoria para manter-se emalerta, considerando a possi-bilidade de mobilização pelaefetivação da reivindicação.

Resposta da prefeituraLogo depois da nota envi-

ada pelo comando de mobili-zação da Guarda Municipal, aprefeitura se manifestou sobrea situação. Informou que aprefeita Ivone Barofaldi enten-de que a reivindicação é dedireito da classe. "No inicio dagestão houve uma promessa deoito referências salariais, elesjá receberam quatro e agorafaltam mais quatro. Eu reco-nheço o trabalho da GuardaMunicipal, mas preciso ser re-alista em dizer que essas qua-tro referências que restaram, aprefeitura não tem condiçõesde pagar. Minha secretária deadministração já fez um estu-do em parceria com o secre-tário de Fazenda para ver apossibilidade de implantar pelomenos duas referências paraatender os guardas", disse.

A prefeita também salientouque o município não recebe orepasse dos royalties da Itaipuhá dois meses e esse atrasoagrava ainda mais a questão

financeira da cidade. "Eu jápeguei a prefeitura endividadae agora com a falta dos royal-ties, tem compromissos quenão posso honrar, não porquenão estava programado, masporque não estamos receben-do o dinheiro que já tinha des-tinação", explicou a prefeita.

A secretária municipal deadministração disse sobre oestudo que foi realizado emrelação ao pagamento das re-ferências salariais da GM. "Aadministração levantou os va-lores necessários e quanto cus-taria cada referência na folhade pagamento de hoje e enca-minhou essa base estimativa deimpacto financeiro para secre-taria municipal da fazenda, apedido da prefeita municipal.Ivone tem intenção de analisarse existe a possibilidade finan-ceira para a implantação depelo menos duas referências.Aguardamos agora a posiçãoda secretaria de fazenda".

Nesta quinta (10) está pre-vista nova reunião deve acon-tecer para que a Administra-ção e a Secretaria da Fazendapossam repassar a categoria(GM) o resultado da análisefinanceira.

Comissão foi recebida pela prefeita que logo depois se pronunciou na imprensa dizendo que Município não vai atender o que foi prometidoComissão foi recebida pela prefeita que logo depois se pronunciou na imprensa dizendo que Município não vai atender o que foi prometidoComissão foi recebida pela prefeita que logo depois se pronunciou na imprensa dizendo que Município não vai atender o que foi prometidoComissão foi recebida pela prefeita que logo depois se pronunciou na imprensa dizendo que Município não vai atender o que foi prometidoComissão foi recebida pela prefeita que logo depois se pronunciou na imprensa dizendo que Município não vai atender o que foi prometido

Page 14: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

14 10 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016 TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular

POLÍCIA

Da redaçãoFotos: Tribuna Popular

Erick Moraes de Campos, de 18 anos, foi localizado e portava aquantia de R$ 2.295.00

Assaltante da região de Três Lagoas épreso em ação da Guarda Municipal

Na manhã de terça-feira,08 de novembro de 2016,por volta das 10h30min, ser-vidores da Guarda Munici-pal de Foz do Iguaçu proce-deram a abordagem polici-al a um individuo em atitu-des suspeitas na Rua JulioDrecher, no Bairro JardimDourado, região de TrêsLagoas.

Na abordagem policial,o suspeito foi identifica-do como sendo Erick Mo-raes de Campos, de 18anos de idade, sendo loca-lizado consigo a quantia deR$ 2.295.00 (dois mil,duzentos e noventa e cin-co reais), sendo questio-nado sobre o dinheiro oabordado não soube relatara sua origem.

Diante dos fatos, dandoconta de que o suspeito se-ria possivelmente o autor devários assaltos na região, foiencaminhado juntamente

Denarc prende mulher com maconha, munições e artefatosPor volta das 16h:00 de terça-feira, po-

liciais civis do DENARC (Divisão Estadualde Narcóticos) dos Núcleos de Foz do Igua-çu e Cascavel/PR, deslocaram até a Rua Riode Janeiro, no Bairro Vila C, para daremcumprimento a um mandado de busca eapreensão na residência de Bruno AntonioPereira da Silva, expedido pela Vara Crimi-nal de Corbélia/PR.

Quando no cumprimento do mandadojudicial, estavam duas pessoas na residên-cia, sendo "Bruno" e sua irmã Michelli Apa-recida da Silva. Durante as buscas foramapreendidos diversas porções de maconhaem diversos cômodos da residência, quedepois de pesado totalizou 80 gramas.

Ainda no imóvel foram localizados 7(sete) rojões tipo "Treme Terra" varias bu-chas de cocaína, que depois de pesado te-ria totalizado 8,7 gramas. No quarto da irmã

de "Bruno" foi localizado uma mochila con-tendo dois explosivos caseiros, sendo tam-bém encontrado no quarto uma placa de umveículo paraguaio CAA-864.

No banheiro do imóvel foi localizado 41munições, sendo 32 calibre 9mm e 9 muni-ções calibre .380mm. Ao serem inquiridossobre as drogas apreendidas, "Michelli" in-formou que estava realizado a venda da dro-ga, pois estava desempregada, todavia dizdesconhecer a propriedade dos explosivose nem tinha conhecimento que tais explosi-vos estavam na residência, e em relação asmunições informou que seria de seu ex-ma-rido que atualmente reside no estado de SãoPaulo.

Diante dos fatos, foi dado voz de prisão aMichelli Aparecida da Silva, sendo tambémencaminhado a sede do DENARC a pessoade "Bruno" para prestarem esclarecimentos. Material apreendido durante a operaçãoMaterial apreendido durante a operaçãoMaterial apreendido durante a operaçãoMaterial apreendido durante a operaçãoMaterial apreendido durante a operação

do Denarc Foz/Cascaveldo Denarc Foz/Cascaveldo Denarc Foz/Cascaveldo Denarc Foz/Cascaveldo Denarc Foz/Cascavel

com o dinheiro para a 6ªSDP. Na delegacia, compa-receu uma vítima de roubo,que o identificou sem sobrade dúvida a autoria do rou-bo.

Segundo a vítima, ErickMoraes de Campos teria re-alizado um roubo a residên-cia na noite de ontem, le-vando dinheiro, celulares eobjetos da residência. Osuspeito foi apresentado aautoridade policial de plan-tão.

Rapaz vinha praticando assaltos há algum tempo na regiãoRapaz vinha praticando assaltos há algum tempo na regiãoRapaz vinha praticando assaltos há algum tempo na regiãoRapaz vinha praticando assaltos há algum tempo na regiãoRapaz vinha praticando assaltos há algum tempo na região Guarda Municipal realizou operação para captura do assaltanteGuarda Municipal realizou operação para captura do assaltanteGuarda Municipal realizou operação para captura do assaltanteGuarda Municipal realizou operação para captura do assaltanteGuarda Municipal realizou operação para captura do assaltante

Parte do dinheiro tomado em assalto foi encontrado com o marginalParte do dinheiro tomado em assalto foi encontrado com o marginalParte do dinheiro tomado em assalto foi encontrado com o marginalParte do dinheiro tomado em assalto foi encontrado com o marginalParte do dinheiro tomado em assalto foi encontrado com o marginal

Page 15: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

1510 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular

AlineAlineAlineAlineAlineMineiroMineiroMineiroMineiroMineiro

O Casa Nissei Foz Cataratas Futsal terminou em terceiro lugar no grupo "A"ESPORTE

Foz Cataratas enfrenta Marrecono mata-mata da Série Ouro

Da AssessoriaFoto: Divulgação

Após a rodada de sába-do (5) na qual o Marrecoempatou em 3 a 3 com oGuarapuava e o Caramurutambém empatou em 4 a 4com o Toledo, estão defi-nidos os confrontos pelasquartas de final da SérieOuro. O Casa Nissei FozCataratas Futsal terminouem terceiro lugar no gru-po "A" e enfrenta no mata-mata o Marreco, de Fran-cisco Beltrão, segundocolocado do grupo "B".

Devido à final da Taça

Acompanhe como ficaram os confrontos,datas, horários e locais da primeira rodadados playoffs da Série Ouro 2016:

12/11 - 20h30 - CastroCaramuru (4º A) x Copagril (1ºB)12/11 - 20h30 - CascavelCascavel (4º B) x Keima (1º A)12/11 - 20h30 - GuarapuavaGuarapuava (3º B) x Umuarama (2º A)15/11 - 17h15 - Foz do IguaçuFoz Cataratas (3º A) x Marreco (2º B)

FFFFFoz Cataratas jogará as 1oz Cataratas jogará as 1oz Cataratas jogará as 1oz Cataratas jogará as 1oz Cataratas jogará as 17h15 de t7h15 de t7h15 de t7h15 de t7h15 de terça-ferça-ferça-ferça-ferça-feira (feira (feira (feira (feira (feriado) no Ginásio Costa Caeriado) no Ginásio Costa Caeriado) no Ginásio Costa Caeriado) no Ginásio Costa Caeriado) no Ginásio Costa Cavvvvvalcantialcantialcantialcantialcanti

Paraná sub 20, que acon-tece em Foz do Iguaçu en-tre os dias 11, 12 e 13 denovembro, o primeiro jogoda equipe da fronteira foi

transferido do sábado paraterça-feira, 15 de novem-bro (feriado), às 17h15, noGinásio Costa Cavalcanti.

Page 16: Abrir arquivo jornal-tribuna-popular-edicao-206-pdf

TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular16 10 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 201610 à 14 de novembro de 2016

Evento que celebra a eleição das Cataratas entre as 7 maravilhas da natureza será no dia 11 de novembroGERAL

#CataratasDay2016: sexta-feira (11) édia de postar em homenagem às Cataratas

Da redaçãoFonte: AI/Itaipu

Procure nos seus arqui-vos de viagens a mais belafoto que você fez nas Ca-taratas do Iguaçu. Ou o ví-deo que fez tanto sucessona sua mídia social favori-ta. Deixe tudo pronto paraesta sexta-feira, dia 11. E,então, compartilhe com

seus amigos, usandoqualquer mídia: Face-book, Instagram, Twit-ter, Google Plus, You-tube, Flickr e Tumblr.O importante é marcarcom a hashtag #Catara-tasDay2016.

O dia 11 de novem-bro marca o aniversáriode cinco anos da consagra-ção das Cataratas do Igua-

çu como uma das NovasSete Maravilhas da Nature-

za. A ação nesse dia se de-senvolve no lado brasilei-ro e argentino do ParqueNacional do Iguaçu (ouIguazú), para lembrar aomundo a conquista dasCataratas. Ao mesmotempo, a intenção é rea-firmar a importância dese preservar o patrimô-

nio natural que o Brasil e aArgentina dividem.

Ação no próprio atrativo

Para quem é morador deFoz do Iguaçu e região, aação pode ser ainda maisdireta: fazer selfies nasCataratas, em locais prepa-rados pelos organizadoresda ação. No dia 11, o Par-que Nacional do Iguaçunão cobrará ingresso dosmoradores de Foz do Igua-çu e região que forem fa-zer selfies nas Cataratas.

Para facilitar aindamais, haverá ônibus gratui-tos para levar os morado-res ao parque. Serão 50ônibus à disposição, comdois horários de saída (8h

e 14h), de seis locais dacidade: Terminal de Trans-porte Urbano (TTU), Gra-madão da Vila A, Centro deRecepção de Visitantes deItaipu, Praça da Bíblia,Parque do Remador e emfrente à Uniamérica, naAvenida das Cataratas.

A meta é atingir, pelasmídias sociais e tambémpela mídia convencional,mais de 100 milhões depessoas no mundo inteiro(no ano passado, foram 77milhões). A estimativa éque haverá 10 mil posta-gens sobre o evento, ante6.500 no ano passado.

Já em relação aos sel-fies, no ano passado foram2.800, recorde brasileirode selfies feitos num úni-co atrativo turístico. Esteano, a ação pretende che-gar a 5 mil, em que as fo-tos terão cartazes alusivosao tema da ação deste ano,além de remeter à hashtag#CataratasDay2016. A ini-ciativa do Destino Iguaçutem o apoio da Itaipu Bi-nacional.