jornal escrito nº 19

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Escola Secundária de Casquilhos - Barreiro Director: Renato Albuquerque Director-Adjunto: Ana Santiago Ano III N.º 19 Preço: 0,60 • DEZ 07 Entrevistas exclusivas HERMAN JOSÉ LUÍS FILIPE BORGES páginas 8-9 VoVó MaTilde Fazer Banda Desenhada em Portu- gal é difícil. Apostamos numa nova personagem, uma senhora do “antigamente” com uma visão muito própria da juventude. página 16 História do humor D. Sebastião morreu em Alcácer- -Quibir e tornou-se no Desejado. Como é que alguém que se propôs fazer a história do humor em Portugal nos últimos anos acaba aos vivas a D. Sebastião? páginas 5-7 Notícias Neste número temos, não uma, nem duas, nem três, mas sim 4 páginas e meia de notícias sobre tudo o que tem acontecido na nossa escola. Não foi fácil conseguir falar de tudo nesta edição. Nem deu para rir... páginas 10-14

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Jornal da Escola Secundária de Casquilhos - Barreiro - Portugal

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Page 1: Jornal ESCrito nº 19

Escola Secundária de Casquilhos - Barreiro Director: Renato Albuquerque Director-Adjunto: Ana Santiago

Ano III N.º 19 Preço: 0,60 • DEZ07

Entrevistas exclusivasHERMAN JOSÉLUÍS FILIPE BORGES

páginas 8-9

VoVó MaTildeFazer Banda Desenhada em Portu-

gal é difícil.Apostamos numa nova

personagem, uma senhora do“antigamente” com uma visão muitoprópria da juventude.

página 16

História do humorD. Sebastião morreu em Alcácer-

-Quibir e tornou-se no Desejado.Como é que alguém que se propôs

fazer a história do humor em Portugalnos últimos anos acaba aos vivas a D.Sebastião?

páginas 5-7

NotíciasNeste número temos, não uma, nem

duas, nem três, mas sim 4 páginas emeia de notícias sobre tudo o que temacontecido na nossa escola.

Não foi fácil conseguir falar de tudonesta edição. Nem deu para rir...

páginas 10-14

Page 2: Jornal ESCrito nº 19

2 DEZ 2007 N.º 19 ESCrito

Ficha técnica ESCrito Proprietário: Escola Secundária de Casquilhos – Barreiro Director: Renato Albuquerque (prof. G. 400) Director-Adjunto: Ana Santiago (prof. G. 300) Redacção: Hélder Rodrigues (12ºD); João Martins (12ºD); José Costa (12ºD); Marta Maia (12ºD); SaraHeitor (12ºD) Colaboraram neste número: 10º B; Dora Pinto (prof. G. 500); Isabel Carrilho (prof. G. 430); Jorge Santos (12ºE); Mestre Coelho (prof.G. 510); Paula Neves (prof. G. 510) Fotos: Carmen Oliveira (prof. G. 510 - CO); Renato Albuquerque (RA) Maquetagem: ReAl. Impressão:Serviços de Reprografia da Escola Capa: ReAl, sobre fotografia dos Gato Fedorento - foto RTP; foto de Herman José gentilmente cedida pelo próprio Correspondência: Jornal ESCRITO. Escola Secundária de Casquilhos. Quinta dos Casquilhos. 2830-046 BARREIRO Telef.: 212148370 Fax:212140265 E mail: [email protected] Horário: Sala C6 - quintas, das 12:00 às 13:30 Tiragem desta edição: 300 exemplares Publicação

anotada na Entidade Reguladora para a Comunicação SocialOs textos não assinados são da responsabilidade da Direcção

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamosQue a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. (Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vidaPassa e não fica, nada deixa e nunca regressa,Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.Mais vale saber passar silenciosamente E sem desassossegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-asNo colo, e que o seu perfume suavize o momento -Este momento em que sossegadamente não cremos em nada, Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depoisSem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio, Pagã triste e com flores no regaço.

Ricardo Reis, Odes

À Elisabete

Depois de anos de luta contra aquela quenão nomeamos, vencida por uma doença quetratamos eufemisticamente por “doençaprolongada”, a Elisabete deixou-nos.

Assistimos, ao longo destes anos, à sua lutadiária pelo que é efectivamente importante: ofilho, o marido, o viver a vida, dia a dia, hora ahora.

Sempre sem desistir; sempre sem seresguardar no facto de, um dia, lhe teremextinguido um grupo disciplinar que era o seumas que alguém decidiu que não era maisnecessário nas escolas.

Pedindo, apenas, no seu jeito tão próprio,que a deixassem trabalhar com os alunos, quelhe facilitassem o que pudessem.

Já não era mais possível, este ano.O descanso chegou-lhe no passado dia 22

de Novembro.O poeta dizia a vida passa e não fica, nada

deixa e nunca regressa.A vida deixou-nos a tua saudade.Até sempre.

Elisabete Tojo

Renato Albuquerque

RA

Page 3: Jornal ESCrito nº 19

ESCrito N.º 19 DEZ 2007 3

Editorial

Há quem possua uma capacidade invejávelde rir. Não apenas de sorrir, de alargar oslábios num mudo cumprimento, mas de rircom a boca, com os dentes e com a alma. Háquem consiga rir até doer, até ficar com faltade ar e ter de voltar a encher os pulmões,com as forças que ainda restam, pararecomeçar a gargalhada.

A sabedoria popular reconhece, desde hámuito, a importância do riso. Por isso,morremos a rir, rimos a bandeirasdespregadas, para dentro, entre dentes ou àsocapa.

Neste tempo de poucos sorrisos, porque avida custa todos os dias, são de louvar aquelesque conseguem rir e os que fazem rir.

Fazer rir não é tarefa fácil. Ferem-sesusceptibilidades, crenças e credos. Mas opaís precisa de rir. Arrasam-se preconceitos,acentuam-se defeitos, escondem-sequalidades. Mas o país precisa de rir. Re-volve-se o passado, prevê-se o futuro,ridiculariza-se o presente. Mas o país aindaprecisa de rir.

Poucos são os que ficam de fora. O humor,ligeiro, corrosivo, inteligente ou brejeiro, usae abusa de todos nós: políticos, polícias,alentejanos, lisboetas, tripeiros, taxistas,gente do campo, gente da cidade, professores,alunos, treinadores, futebolistas… Se calhar,não fica ninguém de fora.

O resultado: metade do país a rir da outrametade, ou, o que é cada vez mais frequente,o país inteiro a rir de um ou dois very impor-tant persons.

Não sabemos se hoje se faz mais e melhorhumor do que no passado, mas sabemos quehoje ele chega a toda a parte e anda nas bocasdo mundo. As alfinetadas dos Gatos sentem--se nos serões de domingo, mas ecoam du-rante meses e anos no YouTube. O famosocartoon de António sobre o Papa João PauloII, publicado no jornal Expresso em 1992,ainda hoje é citado como exemplo de ousadia.

As convulsões políticas e sociaisprovocadas pelo humor dariam para ocuparmuitas páginas de jornal. Mas isso sãoassuntos mais sérios que não quisemos trazerpara este espaço. Neste número do ESCrito,queremos acompanhar a tendência do país efalar de humor. Para isso damos espaço aquem sabe do que está a falar.

Bom Natal e Feliz Ano Novo, com muitossorrisos, porque rir é o melhor remédio.

Ana Santiago

Faço projectos, planos, planificações;Sou membro de assembleias, conselhos, reuniões;Escrevo actas, relatórios e relações;Faço inventários, requerimentos e requisições;Escrevo actas, faço contactos e comunicações;Consulto ordens de serviço, circulares, normativos e legislações;Preencho impressos, grelhas, fichas e observações;Faço regimentos, regulamentos, projectos, planos, planificações;Faço cópias de tudo, dossiers, arquivos e encadernações;Participo em actividades, eventos, festividades e acções;Faço balanços, balancetes e tiro conclusões;Apresento, relato, critico e envolvo-me em auto-avaliações;Defino estratégias, critérios, objectivos e consecuções;Leio, corrijo, aprovo, releio múltiplas redacções;Informo-me, investigo, estudo, frequento formações;Redijo ordens, participações e autorizações;Lavro actas, escrevo, participo em reuniões;E mais actas, planos, projectos e avaliações;E reuniões e reuniões e mais reuniões!...

E depois ouço,alunos, pais, coordenadores, directores, inspectores,observadores, secretários de estado, a ministrae, como se não bastasse, outros professores,e a ministra!...

Elaboro, verifico, analiso, avalio, aprovo;Assino, rubrico, sumario, sintetizo, informo;Averiguo, estudo, consulto, concluo,Coisas curriculares, disciplinares, departamentais,Educativas, pedagógicas, comportamentais,De comunidade, de grupo, de turma, individuais,Particulares, sigilosas, públicas, gerais,Internas, externas, locais, nacionais,Anuais, mensais, semanais, diárias e ainda querem mais?- Que eu dê aulas!?...

Vida de prof

Boas Festas

Texto de autor anónimo a circular na Internet

Em nosso nome e em nome de toda estaequipa que, teimosamente, edição apósedição, produz o ESCrito, desejamos a todaa comunidade educativa dos Casquilhos osdesejos de Boas Festas e um óptimo 2008.

E, se puder ser, com muito humor.

Postal de Natal da autoria de

José Pedro (11º D)

Postal de Natal da autoria de

André Reis (11º D)

A Direcção

Postais de NatalCumprindo uma tradição dos

Casquilhos, os alunos foram convidados aelaborar os postais de Natal que a escolaenvia às diversas entidades. São essespostais que reproduzimos nesta página.

Os parabéns aos artistas.

Page 4: Jornal ESCrito nº 19

4 DEZ 2007 N.º 19 ESCrito

Ano e meio depois deterem concluído o 4ºAgrupamento, de teremsido finalistas nosCasquilhos, de terem sidocapa da edição do ESCrito

nº 12, de Julho de 2006, fomos ter com elespara saber o que têm feito. A palavra aosnossos ex-alunos.

Luís Miguel, 22 anos, estou a fazer a“primeira fase do mestrado integrado deBolonha”, no ISPA, em Lisboa.

Estive 4 anos nos Casquilhos, àsprestações.

Mara Lisa, 19 anos, a frequentar tambémo 2º ano da Licenciatura em Turismo doISLA – Lisboa.

Andei 3 anos nos Casquilhos. Tenho asmelhores recordações possíveis destaescola.

Do que me lembro mais? Do convíviono pátio com os colegas e, principalmente,com os professores. Ambiente familiar.Sempre.

Ana Cristina, 20 anos, a frequentar o 2ºano da Licenciatura em Turismo do ISLA,em Lisboa.

Andei 3 anos nos Casquilhos que acheia melhor escola do mundo.

De que me lembro mais? Das aulas deHistória.

Flávia Raquel, 18 anos (vou fazer 19 nopróximo dia 20 de Dezembro – sempre fui“a pita”), estou a fazer o 1º Ciclo de Bolonhaem Gestão de Recursos Humanos noInstituto Politécnico de Setúbal.

Daniela Patrícia, 20 anos, a frequentarDireito na Lusófona, na bela da Lusófona,em Lisboa.

Estive 6 anos nos Casquilhos, os últimos3 excelentes.

O episódio mais engraçado foi com aprofessora de Português: estávamos a fazerum teste dos Maias, ela agarrou nos meusapontamentos e perguntou-me “Foste tirar

Foi aqui que comecei a namorar com omeu “amor”; foi aqui que os meus pais seconheceram e também começaram anamorar... Ainda estão juntos. Fantástico.É a escola do amor.

Estive 3 anos nos Casquilhos: osmelhores de sempre porque não esqueçocada momento vivido naquela escola.

Um episódio: o teatro que fizemos no 11ºAno, na disciplina de Oficina de ExpressãoDramática com a professora Carina. E aGala de Finalistas, não esquecer.

Da escola lembro-me, para além danamorada, da Gala de Finalistas, o dia emque colegas passaram a ser amigos e osprofessores passaram a ser amigos também.Foi o melhor dia. Mesmo.

isto à Internet?” “Não, stora, respondi eu,é mesmo aquilo que diz nas aulas”. Estavamtão bonitos que ela ficou abismada a olharpara mim. Foi giríssimo.

Os melhores amigos de sempre, amigospara o resto da vida.

Lembram-se deles?

RenatoAlbuquerque

(texto e fotos)

Page 5: Jornal ESCrito nº 19

ESCrito N.º 19 DEZ 2007 5

Nas décadas de 60, 70, 80 eaté mesmo de 90, Portugal eraum país onde o humor tinhaqualidade.

O regime ditatorial que seviveu no Estado Novo foiterrível para a sociedadeportuguesa, mas obrigava à existênciade um humor subtil e profundamente

Breve História do Humor recente em PotugalLonga vida a D. Sebastião

inteligente que apenas podia serpraticado pelos melhores.Humoristas de excelência comoRaul Solnado, Nicolau Breynere Herman José, devido à falta deliberdade de expressão,escreviam os seus textos de

forma inteligente para conseguiremfazer passar as suas piadas na censura.

Com o fim do Estado Novo, em 25de Abril de 1974, chegou uma maiorliberdade e acabou a censura; noentanto, a inteligência dos textoshumorísticos não era menor.

Monólogos como A Guerra de 1908ou História da Minha Vida, de RaulSolnado, e programas como Eu Show

cómico, satírico e de crítica política esocial, com vários números musicais.Alguns dos melhores actores ehumoristas portugueses tiveram papéisfundamentais no teatro de revistaportuguês como António Silva, IvoneSilva, Vasco Santana, Beatriz Costa,Camilo de Oliveira e até mesmo Raul

Solnado e NicolauBreyner.

Actualmente,esta tradição estácada vez maisdesenraizada danossa sociedade. Aspeças de revista jánão são o que eram,é um humor fácil edecadente e a provada decadência doteatro de revista é oestado em que se

José Costa

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Raull Solnado

Cartaz do filme O Costa do Castelo, de 1943,com Maria Matos e António Silva

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Nico de Nicolau Breyner e O Tal Ca-nal, Hermanias e Herman Enciclopédiade Herman José (nunca esquecendoNicolau no País das Maravilhas eSenhor Feliz e Senhor Contente, duascolaborações ente o veterano Breynere o então novato José) são muito bonsexemplos do que de melhor se fez nohumor em Portugal. Quem nunca ouviuRaul Solnado a dizer, que quandochegou à guerra, às 7 da manhã, estaainda estava fechada ou quem nuncaouviu os senhores Feliz e Contente apedirem “diga à gente, diga à gente,como vai este país…” simplesmentenão conhece o humor português.

Uma das tradições de maiorimportância em Portugal é o Teatro deRevista, um espectáculo de cariz

Herman José e Nicolau Breyner em 1975:Senhor Contente e Senhor Feliz

Cheguei à guerra eram 7horas da manhã - estavaa guerra ainda fechada -e estava uma mulherzinha

a vender castanhas àporta da guerra e eu

perguntei:- Minha senhora, faz favor,

diz-me: aqui é que é aguerra?

- Não, é mais acima.Cheguei lá acima, aindaestavam a abrir as portasonduladas da guerra, já

eram 9 e tal...Raul Solnado, A Guerra de 1908

encontra o Parque Mayer. A antiga“catedral da revista à portuguesa,” ondeoutrora se concentraram vários teatrospróprios para este tipo de espectáculo(actualmente, o único emfuncionamento é o Teatro MariaVitória, o primeiro a ser construído),encontra-se abandonada.

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6 DEZ 2007 N.º 19 ESCrito

Muitas promessas de recuperaçãodo espaço foram feitas; porém,actualmente, o Parque Mayer não passade mais um dos vários pedaços dahistória de Lisboa (e de Portugal) quese encontra abandonado e decadente.Actores como Noémia Costa, MariaJoão Abreu, Marina Mota, CarlosCunha e José Raposo tentam manter achama da Revista à Portuguesa acesa.Algumas peças até passam na televisãopara abrangerem mais população, masjá não é a mesma coisa. As piadas,apesar de engraçadas, são fáceis, gastase pouco inteligentes. Recorre-seexcessivamente à graçola brejeira e

sexual em vez de a um humor maisinteligente e semelhante ao das décadasáureas do nosso humor.

Mas nem tudo está perdido naRevista. A crítica política e socialmantém-se; no entanto, não é muitoforte ou revolucionária: passa ao ladode quase toda a gente, embora a culpanão seja dos argumentistas nem dosactores, mas sim da sociedade que jáse conformou com os problemas à suavolta.

O caminho de decadência tomadopelo Teatro de Revista tem sido,infelizmente, o mesmo caminhotomado pelos nossos humoristas. Onosso maior génio do humor, Raul

Port

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Afluências aos espectáculos de Revista no Parque Mayer. Lisboa, 1972

Solnado, retirou-se (afinal a idade nãoperdoa ninguém), Nicolau Breynerdedicou-se à sua carreira de actor (algoque também faz com grande talento) eo humor de Herman José parece terentrado de férias perdendo,aparentemente, a capacidade de fazerrir da forma a que nos tinha habituado:inteligentemente hilariante. Começoua recorrer à piada fácil sobre sexo, aopalavrão e, acima de tudo, às famosas“gajas nuas”.

Claro que estes não são os nossosúnicos artistas de comédia. MarinaMota, apesar de mais recente, possuium currículo e uma influência

invejáveis na área televisiva e musical.Programas hilariantes como Marina,Marina, Ora Bolas Marina, e Bora LáMarina mostraram que ainda erapossível, nos anos 90, fazer humor dequalidade com sketches hilariantes queagradassem aos portugueses semincluírem mulheres nuas.

Tal como Marina, Herman José estáconstantemente acompanhado pelamesma equipa de colegas/amigosconstituída pelos bons humoristasMaria Rueff, Ana Bola, Maria Vieira,Joaquim Monchique, Manuel Marquese Vítor de Sousa.

A de maior destaque deste grupo,apesar de todos serem muitoengraçados, é Maria Rueff, sem dúvidadas maiores referências entre os actoresda sua geração. Rueff foi a criadora defamosas personagens como Zé ManelTaxista e Rosette e deu vida a Idália, afrustrada mulher de Nelo (interpretado

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Marina Mota voltou à Revista doParque Mayer neste final de 2007

D. Rosete (Maria Rueff) com Fernando Rochano HermanSic

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Page 7: Jornal ESCrito nº 19

ESCrito N.º 19 DEZ 2007 7

por Herman José). Também teve o seuprograma de sketches, O Programa deMaria que acabou por ser canceladodevido ao insucesso comercial.

O humor português estava tambémpresente nas músicas. Herman José,detentor de uma boa voz, fez músicasbrilhantes como Saca o Saca-rolhas,Canção do Beijinho, Serafim Saudade,Bamos Lá Cambada e Casino Royal.Mas, até na música o humor se tornoufácil e infeliz. Em És Tão Boa, Hermanrevela, mais uma vez, a tendência doseu humor ao criar uma músicabrejeira.

O humor em Portugal foi um poucocomo o próprio país: teve o seumomento áureo, entrou em decadência

Bamos lá cambada,todos à molhada

que isto é futebol totalDeixem-se de tretas,força nas canetas

que o maior é PORTUGALBamos lá cambada, de Herman José

e agora está a tentar recuperar. E defacto é verdade que está a tentarrecuperar e, felizmente para nóstelespectadores, está a conseguirrecuperar bem. Os Gato Fedorento eas Produções Fictícias, tal D. Sebastião,

chegaram para nos salvar. GatoFedorento e Diz Que É Uma EspécieDe Magazine recuperam o que demelhor se fez em Portugal em matériahumorística: textos inteligentes, críticosda política e da sociedade e, acima detudo, sem recorrer à piada fácil sobresexo, à graçola mal-educada e sem asassistentes, mais conhecidas por “gajasnuas”.

O grupo de Tiago Dores, MiguelGóis, Ricardo de Araújo Pereira e ZéDiogo Quintela chegou, revolucionoue não deixou ninguém indiferente.Esperemos que a estadia deste auto--proclamados parvos seja prolongada,esperemos que o nosso D. Sebastiãonão se vá embora!

Longa vida a D. Sebastião!

Tiago Dores, Miguel Góis, Ricardo Araújo Pereira e Zé Diogo Quintela: os Gato Fedorento

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Para saber + sobre os Gato Fedorento:gatofedorento.rtp.ptgatofedorento.blogspot.comhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gato_Fedorento

Para saber + sobre Maria Rueff:http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Rueffwww.uau.pt/descricao.php?id=8&cat=artistasPara saber + sobre Marina Mota:www.marinamota.pthtpp://pt.wikipedia.org/wiki/Marina_Mota

Para saber + sobre Raul Solnado:http://pt.wikipedia.org/wiki/Raul_Solnado

Page 8: Jornal ESCrito nº 19

8 DEZ 2007 N.º 19 ESCrito

Uma gargalhada pode mudar tudo,até o mundo. É impossível viver semrir. Como se costuma dizer rir é omelhor remédio.

Pessoalmente, adoro humor, mashumor a sério, não daquele rasca quese vê por aí. Mas para se compreendermelhor o humor é necessário ouvirquem sabe. E assim, com a entrevistaque fizemos a dois humoristasconhecidos, conseguimos compreendero humor. O verdadeiro humor.

Em Portugal, o humor tem vindo adesenvolver-se, pouco a pouco, nosúltimos anos. Programas comoLevanta-te e ri e Ri-te, ri-te, ajudarama lançar para a fama uma nova gamade humoristas, diferentes do habitual,que vieram revolucionar o mundo

artístico.

Para Luís Filipe Borges, umdos humoristas entrevistados, ohumor em Portugal tem hojeuma característica óptima queantes não existia: diversidade,há muito agora por ondeescolher. Novos nomes, comoNilton, Nuno Markl, GatoFedorento, João Seabra, opróprio Luís Filipe Borges,vieram dar um novo rumo aohumor. Pode-se mesmo dizerque o humor está numa faseexcelente, como nos disseHerman José, outro dosentrevistados, que adianta:acredito que o melhor está achegar. O êxito dos Gato sãoprenuncio de grandessurpresas que estão por aí arebentar…. Será que, mais umavez, o grande humorista dosúltimos trinta anos, vai acertar?Aguardemos.

Apesar da excelente fase, ocrescimento do humor continua a terobstáculos a ultrapassar. Um dosgrandes problemas é a sociedade nogeral. Nesse ponto, os nossos

entrevistados concordam.

Luís Filipe Borges lamenta o factode ainda haver dificuldade deperceber que "bobos da corte" éuma coisa da Idade Média.Compreender que um humoristapode igualmente ser um artista enão um mero palhacinho. Mark

Twain, Woody Allen, Millor Fernandes,até mesmo Einstein, o mundo está cheiode grandes intelectuais que usaram ohumor como instrumento essencial dacriação. Herman José comenta adificuldade do crescimento, focandotrês pontos: O isolamento, a fragilidadecultural, a pobreza do mercado.

Algo que se tornou bastanteevidente, nos últimos tempos,principalmente na RTP, foi a censura.Será que ainda existe censura nacomédia? Herman José não temdúvidas dizendo Claro que sim, deformas muito perversas, e com recursoa técnicas herdadas do ante-25 deAbril! Aliás, sabe-se que muitossketches do próprio Herman José foramcensurados na altura em que colaboravana RTP. Mas Luís Filipe Borges tem

uma opinião um pouco diferente emrelação a este tema. Na verdade, elepensa que é mais auto-censurado.Segundo ele, muitos humoristaspadecem do vício do "respeitinho émuito bonito". Algo que, obviamente,prejudica o humor e o seu processo deevolução.

Mas não são só estes os problemasdo humor. Algo que nos diferencia deoutros países, como os Estados Unidos,é a ausência de bares exclusivamentepara comédia. Algo considerado nor-mal para Herman José porque Portu-gal é uma terra pobre e sem tradiçõesnesse campo. Infelizmente, se me épermitido comentar.

Luís Filipe Borges concorda que a

É impossível falar de humorsem falar com os seusprofissionais. Por isso, comrecurso à Internet, entrevistámos2 humoristas de geraçõesdiferentes: o consagrado HermanJosé, que já dispensa qualquerapresentação, e o novato LuísFilipe Borges, de 29 anos, autor de

Entrevistas exclusivasHerman José e Luís Filipe Borges:

HélderRodrigues*

a maioria dos donos dosbares acha que o

comediante é só um gajoque vai ali e inventa umas

graçolas para dizer aomicrofone [LFB]

quando queremos falar "asério" ninguém nos liga [LFB]

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ideo

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ia.tv

diversos livros, dum programa quepassou na RTP2, A Revolta dosPastéis de Nata , actualmenteapresentador de um outroprograma no mesmo canal -Sempre em pé - e colunista narevista Maxmen e nos jornais ABola e Sol.

Para saber + sobre Luís Filipe Borges:

http://sempreempertp2.blogspot.comVídeos em Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=486vnELTJ1M

http://www.youtube.com/watch?v=Ek8NaKCtuEA

Page 9: Jornal ESCrito nº 19

ESCrito N.º 19 DEZ 2007 9

tradição do stand-up comedy é aindamuito recente por cá, mas vai maislonge e afirma que a maioria dos donosdos bares acha que o comediante é sóum gajo que vai ali e inventa umasgraçolas para dizer ao microfone; porisso uma bifana e 3 minis já devem serum cachet mais do que óptimo!

Mas, fazer humor não é simples enem todos podemos ser humoristas.Aliás, segundo Herman José, para seser humorista tem de se ter nascidogeneticamente configurado para isso.Para Luís Filipe Borges, também énecessário não nos levarmos a sério enão temer o ridículo ajuda muito. E,como em todas a profissões, há um ladonegativo, apesar de realçar que todasas profissões são fáceis e agradáveisquando gostamos do que fazemos.

Nem os humoristas conseguem estarsempre bem dispostos. E aí é que sedistingue o bom do mau humorista.Segundo Luís Filipe Borges, o públicopensa que se estamos tristes, deve sera brincar. E no humor a verdadeiraopinião tem que ficar de fora, porquese tentamos fazer humor esimultaneamente emitir uma opinião,pensam que nos estamos a armar aopingarelho. E quando queremos falar"a sério" ninguém nos liga, lamenta-seainda Luís Filipe Borges.

Eu próprio que vos escrevo já sofricom isso.

Mas, para Herman José, osverdadeiros pontos negativos de se serhumorista acabam por ser aincompreensão dos visados, e afacilidade com que a “matéria prima”se esgota, comentando até que criarhumor é a mais desesperante dasactividades. Apesar de dizer que serapenas humorista não é a profissão mais

o humor em discurso directo

* autor de www.themellancholic.blogspot.com

ser humorista, famoso, comuma carreira de trinta anos,

sem religião, nem lóbis,nem filiação partidária, e

em Portugal, é umaprofissão de altíssimo risco!

[HJ]

Não deixem de estudar etirar um curso. O mercadoartístico é muito pequeno

para todos! [HJ]

díficil do mundo, acrescenta que serhumorista, famoso, com uma carreirade trinta anos, sem religião, nem lóbis,nem filiação partidária, e em Portugal,isso sim, é uma profissão de altíssimorisco!

Como em tudo na vida, os alvos maisfáceis para o humor são as minorias,precisamente por estarem em minoriae não terem como se impor, diz-nosHerman José quandoquestionado sobre esteassunto.

Luís Filipe Borgeslamenta o uso dos alvosfáceis, dizendo que háainda muita gente que secontenta com pouco, porquepara muita gente fazerhumor com aquilo que nãoincomoda, não subvertenem tem poder é muitosimples. A seguir dáexemplos: Tudo o que tenhaa ver com figuras do jet-setou piadolas sexuais parvas.

Passando para um ladomais pessoal dos nossosentrevistados, questionámo--los sobre os trabalhos quederam mais prazer a cadaum. Herman José, depois detantos anos de carreira,imdicou-nos o programaCrime na PensãoEstrelinha, apesar de dizerque os espectáculos ao vivo que correm

bem são uma emoção. Com umacarreira mais recente, Luís FilipeBorges diz-nos: sem dúvida alguma,apresentar e coordenar criativamente"A Revolta dos Pastéis de Nata"!

Como em todas as entrevistas ahumoristas, há sempre a chamadapergunta da praxe. Como não po-dia deixar de ser, perguntámos a am-bos quais as suas influênciashumorísticas.

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Luís Filipe Borges, obviamente,nomeia Herman José como um dos seusmentores, entre outros como JonStewart e Conan O'Brien, o programaComedy Inc. e ainda graceja dizendo onome de Santana Lopes. Herman José,não se nomeando a si próprio, lança osnomes de Woody Allen, Benny Hill eos Monty Python.

Para finalizar, pedimos um conselho

para jovens que queiram seguir os seuspassos. Herman José avisa não deixemde estudar e tirar um curso. O mercadoartístico é muito pequeno para todos!E Luís Filipe Borges usa a mítica frasedos Monty Python: Always look on thebright side of life.

Aqui ficam, para quem interessar, osconselhos dos dois humoristas.

Para saber + sobre Herman José:

http://hermanjose.blogs.sapo.pt/Wikipedia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Herman_José

Page 10: Jornal ESCrito nº 19

10 DEZ 2007 N.º 19 ESCrito

Cartaz da professora Delfina Dias

Dezembro chegou!Primeiro traz a euforia das

compras do Natal: quero isto, prefiroaquilo, gosto mais daquela cor, aquelecasaco é tão giro; depois o quebra-cabeças da passagem do ano. Paraonde ir?

Se o Natal não coloca dúvidas, passa--se com a família, em casa, à lareira,abrem-se os presentes e pronto, já o AnoNovo suscita um mar de interrogações.Onde fazer a passagem do ano? Comquem? O que se há-de vestir? E, o maisimportante de tudo, quanto se poderágastar?

As propostas são aliciantes e de norte asul, passando pelas ilhas, há inúmerassugestões para uma noite animada edivertida.

Comecemos pelos Casinos. Oferecemsempre programas de excelente qualidade,desde a comida ao espectáculo. São talvezdos sítios mais caros onde se pode passar apassagem de ano. Além da reservapropriamente dita, há também a exigênciado traje, que é bastante formal. A título de

exemplo, aqui fica o programa doCasino Estoril, em que uma noitecom a companhia de Woddy Allenand His New Orleans Jazz Band ecom uma ementa que parecesublime, na sua maior parteconstituída por pratos com nomes

em francês, fica em 500€ por pessoa.A seguir podemos falar nos hotéis,

alguns tão luxuosos e caros como oscasinos, outros mais modestos e mais aoalcance das carteiras dos portugueses, quenão têm andado muito cheias.

Para aqueles cujas carteiras ainda estãomenos recheadas, as colectividades

desempenham um papel muito importante.A troco de meia dúzia de euros consegue--se fazer uma passagem do ano a que nãofalta o bailarico, a fatia de bolo-rei, as dozepassas e o champagne com que se festeja aentrada do novo ano.

À dentada

Olha P’la SaúdeO projecto Olha P’la Saúde realizou, no

Auditório da nossa escola, 2 sessõestemáticas sobre Sexualidade dirigidas pelaD.ra Marta Sobral, interna de Ginecologiae Obstetrícia do Hospital de Faro, dirigidasa Directores de Turma e outros professoresinteressados.

A primeira, sobre Contracepção na

Nos Casquilhos o Dia da Alimentaçãodeve ser todos os dias. Por isso, no passadodia 4 de Dezembro, procedeu-se àdistribuição de fruta a todos os membrosda comunidade escolar, chamando aatenção para os benefícios de umaalimentação saudável. Esta iniciativa doprojecto Olha P’la Saúde decorreu sob olema Dá uma dentada na gordura e teve oapoio dos fornecedores habituais da cantinada escola.

Vem aíA passagem de ano

Sara Heitor

Os mais jovens têm outras opções.Normalmente preferem discotecas, cujospreços variam, dependendo da qualidade,do local e daquilo que oferecem para anoite.

As pousadas da juventude também sãoum boa opção e com preços maisconvidativos. Por exemplo, em Lisboa, noParque das Nações, uma noite por pessoafica em 13€ e em Portimão, 16€.

Ainda há quem opte por passar o anonum ambiente familiar e restrito. Nessecaso, quem tiver uma garagem ou uma casadisponível, reúne os amigos, dividem adespesa entre todos e também passam umanoite animada.

Deixámos para o fim o sítio mais carode todos, mas também o mais procurado: aMadeira. Desde 711€ por pessoa, pode-sepassar um excelente fim de ano numa ilhalindíssima, com um clima mais ameno queo continente e aquele que é considerado umdos melhores espectáculos de fogo-de-artifício do mundo.

Para concluir, passe-se o ano onde sepassar, o mais importante é festejá-lo comsaúde, alegria e boa disposição.

Sejam Felizes! Viva 2008!

Adolescência e consulta de planeamentofamiliar, decorreu no dia 5 de Novembro ea segunda, sobre DST - DoençasSexualmente Tramissíveis, no dia 3 deDezembro.

Estas sessões pretenderam esclarecer osprofessores e ajudá-los a conversar com osalunos da escola sobre estes temas.

Dr.a Marta Sobral

RA

As pousadas da juventudesão uma boa opção

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ESCrito N.º 19 DEZ 2007 11

Semana da Ciência e TecnologiaDe 20 a 22 de Novembro

Dias 20, 21 e 22 de Novembro a nossaescola participou na Semana da Ciência eTecnologia, uma iniciativa do Ministério daCiência, Tecnologia e Ensino Superior. Asactividades incluíram a realização deexperiências, na sala de alunos e noslaboratórios, a exposição de mapas comdados meteorológicos e a confecção de pão

biológico, entre muitas outras actividades.A iniciativa foi dos professores de CiênciasFísico-Químicas, Ciências Naturais,Geografia e Matemática, realçando-se ocarácter lúdico e experimental do ensinodas Ciências e aumentando o grau demotivação dos alunos.

Dobragem de vidroExperiências de electromagnetismo

Medição da radioactividade ambiental

As professoras Carmen Oliveira e Mariado Anjo Albuquerque dinamizaram umaSessão de divulgação denominada “Visitaao CERN”. Partilharam com os colegasconhecimentos sobre os desafios da ciêncianum futuro próximo e de como o CERNpoderá ou não ajudar a esclarecer algumasdas questões em aberto como por exemplo:porque há mais matéria que antimatéria noUniverso, poderá a gravidade ser incluídanuma teoria com as outras interacções,existirá mesmo o famoso bosão de Higgs?Porém, a probabilidade em Ciência tem umpeso muito grande e a probabilidade devisualizar os raios cósmicos foi pequena,não por culpa deles mas do equipamento.O nosso espírito científico impede-nos dedesistir. Prometemos novas sessões aindaeste ano, desta vez com a ajuda preciosa dosnossos alunos.

Propagação do som: telefone rudimentarDistribuição de pão biológico feito na escola

RA

CO

CO

CO

CO

Dobragem de vidro

CO

Gostei de tudo porque não conhecia estasexperiências. Gostei muito de fazer otrabalho do vidro - aluno do 7º A

As experiências são todas muitoengraçadas. Foi muito giro poder explicaraos outros alunos as várias experiências –aluno do 9º A

Gostámos. Aprendemos coisas novas. Dastrês experiências que fizemos gostámosmais da experiência do vidro – aluno do10º C

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12 DEZ 2007 N.º 19 ESCrito

Inundação 21.NovGreve da FunçãoPública

Sala deacompanhamento

A tempestade que se abateusobre o país no passado dia 21 deNovembro teve as suasconsequências também na nossaescola: a sala de Fotografia (B5)foi das mais atingidas por umainundação, assim como areprografia.

Os alunos do Curso deEducação e Fotografia (CEF) deFotografia, impedidos de ter aulasaos primeiros tempos,colaboraram na limpeza das zo-nas mais afectadas.

A greve da Função Pública que serealizou no passado dia 30 de Novembroobrigou ao encerramento de dois blocos deaulas, o bloco A e o B, o refeitório e o blocodesportivo.

Os dados oficiais de adesão à greve,comunicados pelo Conselho Executivo,foram os seguintes:

Professores: manhã - 36%; tarde - 20%.Funcionários: manhã - 50%; tarde -

49%.

Dia 14 de Novembro, realizou-se aprimeira eliminatória das Olimpíadas daMatemática organizada pela SociedadePortuguesa de Matemática. Na nossa escolaparticiparam 13 alunos do 7º Ano (nas Pré--Olimpíadas) e 3 do 8º Ano (na CategoriaA).

Olimpíadas daMatemática Realizou-se no passado dia 4 de

Dezembro, na nossa escola, uma Reuniãode Acompanhamento, a nível local, doPlano de Acção para a Matemática (PAM).Este ano lectivo, a Escola Secundária deCasquilhos alargou o apoio aos alunos do3ºciclo estando envolvidas, neste momento,no PAM 6 turmas: 4 do 7ºano e 2 do 8ºano.

Nesta reunião, além de todos osprofessores do Departamento deMatemática da ESC estiveram aindapresentes cerca de 30 professores dasEscolas 2/3 e Secundárias do Barreiro.

Depois de dar as boas vindas aos colegasdas diversas escolas, os professores deMatemática dos Casquilhos apresentaramalguns dos materiais que têm produzido eutilizado nas aulas de Matemática e de

PAM veio à escolaEstudo Acompanhado com os alunos do 7ºe 8º anos. Houve também espaço para osprofessores visitantes experimentaremalgumas das actividades: desde a realizaçãode um jogo à exploração de certaspropriedades geométricas com o auxílio doscomputadores e do programa Geometer’sSketchpad.

Pensamos que esta partilha deexperiências decorreu num ambientebastante agradável dando origem amomentos de reflexão/discussão bastanteinteressantes e enriquecedores para todosos participantes.

Depois de uma boa tarde de trabalhonada melhor que terminar com um bomlanche…

Dora Pinto

Passou a funcionar na nossa escola umasala de acompanhamento. Este espaço, ondeestá, permanentemente, um professor,recebe todos os alunos que durante as aulasperturbem a concentração dos seus colegase sejam convidados pelo professor aabandonar a sala. Uma vez na sala deacompanhamento, poderão realizar diversasactividades indicadas pelo seu professor oupelo responsável que aí se encontrar.

Professores de Matemática de todo o concelho no Laboratório de Matemática dos Casquilhos(foto: Dora Pinto)

RA

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ESCrito N.º 19 DEZ 2007 13

Visitas de estudo

19 Nov. - LisboaNo âmbito da disciplina de Física e

Química A, os alunos das turmas A, B, C eE do 12ºAno realizaram no dia 19 deNovembro, pelas 14 h, uma visita aoInstituto Superior Técnico, em Lisboa, coma professora Paula Neves.

Os alunos assistiram e participaram eminúmeras experiências de Física realizadaspor alunos do IST, enquadradas na semanada Ciência e Tecnologia.

Foi uma experiência bastanteenriquecedora e saio daqui com umaopinião diferente sobre a Física, comentouCarla Solange, do 12ºC.

Os restantes alunos que visitaram o ISTpartilhavam a mesma opinião. Tanto que oTiago Baleizão disse: Vou chumbar outravez, só para ir de novo ao IST.

Paula Neves

Tínhamos noticiado no último númeroe agora fizeram questão de comprovar queera verdade: este simpático grupo de alunos,dos 11º e 12º anos da área de Marketing,participou no passado dia 7 de Novembronum atelier sobre tecnologias deComunicação, no Museu das comunicações,e de seguida visitou a baixa comercial deLisboa.

Texto e foto: Isabel Carrilho

7 Nov. - Lisboa

14, 21 e 28 Nov. - LisboaDiversos alunos do 12º B participaram,

com as professoras Conceição Pimenta ePaula Neves, num curso organizado noâmbito da Ciência Viva pelo Centro deMalária e outras Doenças Tropicais doInstituto de Medicina Tropical, em Lisboa.

Este curso abordou 3 temas: Doençastropicais e emergentes (perguntem-lhes oque é a leishmaniose que eles dizem-vos),SIDA/HIV e outras DST e Qualidade devida para os adolescentes.

“De tarde fomos ver a exposição doLeonardo da Vinci. Adorei. Fartei-me decometer ilegalidades visto que não se po-dia tirar fotografias, mas como é óbvio eutirei. Ainda bem que não tivemos visitaguiada porque assim pude ver as coisas àminha maneira, sem pressas.

Adorei a Casa da Música, mas, o quemais gostei foi da harpa visto que o homemmedeixou vê-la de perto. Adorei o tectocheio de azulejos pintados e gostei de veraquele senhor a tocar violoncelo.

Por incrível que pareça andámos tantotempo que consegui estragar os meussapatos novos... Quando acabámos de jantarvoltámos para o Hotel... e fiquei muito feliz

Serralves, jardins (foto: Renato Albuquerque)

2, 3 e 4 Nov. - Porto

porque tínhamos deixado os quartos todosdesarrumados e agora estavam arrumados,camas feitas, até o pijama estava dobrado.

Não gostei da exposição do RobertRauschenberg... eu sei que uma obra nãoprecisa de ser bonita para ser consideradauma obra de arte... mas... aquilo erahorrível. Percebo que não é preciso gastarmuito dinheiro para fazer uma obra, mashavia coisas que não lembravam a ninguém.

Depois fomos visitar os jardins deSerralves e... amei. Aquilo é uma autênticaperdição, por mim ficava lá a viver.”

Diário de viagem de uma anónima do 12º E(extractos)

Dia 18 de Outubro realizou-se uma visitade estudo do 10ºB ao Oceanário e aoInstituto Tecnológico Nuclear (ITN)organizada pelas professoras CarmenOliveira e Isabel Lopes.

A manhã foi preenchida com a visitaao Oceanário, onde se assistiu a umapequena apresentação sobre o aquecimentoglobal e os seus efeitos no planeta, seguidade uma viagem pelo mundo aquático. Detarde visitámos o ITN onde nos foram dadosa conhecer assuntos relacionados com aradioactividade e a energia nuclear.Visitámos ainda os Departamentos deProtecção e Segurança Radiológica

Os alunos do 10.º B

18 Out. - Lisboa(Radioactividade Ambiental) e QuímicaRadiofarmacêutica e a Unidade deTecnologias de Radiação o que nos levou aconcluir que a utilização correcta econtrolada de substâncias radioactivas émuito útil.

Oceanário de Lisboa (foto: Renato Albuquerque)

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14 DEZ 2007 N.º 19 ESCrito

Ranking de escolas

Rastreio visual

Halloween

Comissão deProtecção deCrianças e Jovens -Barreiro

Muro de Berlim

Novos funcionários

Desporto Escolar

Iniciativa de Natal

Organizado mais uma vez pelaMultiópticas, decorreu entre 19 e 23 deNovembro um rastreio à população escolarque pretendia “ver” como estavam as nossascapacidades de visão.

Infelizmente, não houve visitasorganizadas por turma pelo que só lá foiquem quis, ou poude.

Os alunos de Educação Moral e ReligiosaCatólica do 9ºB e o professor Carlos Feijãolevaram a cabo uma iniciativa de Natal afavor dos jovens e crianças em risco quesão apoiadas pela respectiva Comissão.

Nessa iniciativa pediam a toda acomunidade paraentregarem aosalunos ou aop r o f e s s o rb r i n q u e d o snovos.

Mais uma vez a professora Edite Jubilotcomemorou a Queda do Muro de Berlim (9de Novembro de 1989), exibindo umdocumentário alusivo ao tema.

31 de Outubro foi o Dia das Bruxas e aescola não se esqueceu da data: a professoraHelena Faria expôs, na Biblioteca, ostrabalhos dos alunos e exibido o filme Anoiva cadáver, de Tim Burton. Tudo istocom muitos “doces” (gomas) e a decoraçãoadequada, claro.

Finalmente, a escola recebeu mais 3funcionários para colmatar a tradicionalfalta de pessoal auxiliar. Estes funcionáriospermitiram reabrir o bar da sala deprofessores, descongestionando o bufete dealunos durante os intervalos, e assegurar ofuncionamento de outros serviços como, porexemplo, a biblioteca.

Encontram-se abertas as inscrições paraos diversos núcleos de desporto escolar afuncionar na nossa escola: badminton,natação, ténis e xadrez. Alguns dos núcleosestão mesmo em fase de arranque pelo quequem estiver interessado em participar devecontactar o respectivo professor de EucaçãoFísica.

Bitoque RâguebiO torneio de bitoque râguebi de dia 11

de Dezembro é a grande novidade dasactividades desportivas previstas para o fi-nal do período. Para quem pensar que a bolafoi substituída pelo bife com ovo a cavalo,desiluda-se: a bola é a mesma mas como ojogo é disputado nos campos (piso dealcatrão), as placagens são substituídas pelotoque simultâneo das 2 mãos no adversário(daí o termo bi-toque) e não se pode jogarao pé.

No dia seguinte, dia 12, realiza-se otorneio de ténis de mesa e na quinta-feira,dia 13, o Corta-mato escolar.

Em Novembro, o Ministério daEducação voltou a divulgar os resultadosdos exames do 12.º Ano de 2006/2007. Comesses dados, os diversos jornais construíramos chamados rankings que tentam encontraras melhores e as piores escolas.

Transcrevemos aqui os resultados dasescolas do concelho do Barreiro e doconcelho vizinho indicados por dois jornaisde referência.

DN - Diário de Notícias, 24.Out.2007.Expresso - Guia do Estudante: Escolascom mais de 100 provas realizadas.Os resultados colocam a nossa escola, denovo, no meio da tabela.

A professora Maria Emília Santos,professora de Filosofia da nossa escola,passou a integrar a Comissão de Protecçãode Crianças e Jovens do Barreiro (CPCJ-Barreiro).

Esta Comissão, que integrarepresentantes das escolas, da autarquia, dapolícia, da Segurança Social, do Centro deSaúde do Barreiro, entre outros, tem comofunções detectar e acompanhar jovens quesejam alvo de abandono ou de violência,física ou psicológica, por parte dos pais oude adultos, que abandonem a escola dentroda idade escolar, ou outras situações quepossam indicar situações de risco para acriança ou jovem.

Professora Maria Emília Santos

RA

RA

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ESCrito N.º 19 DEZ 2007 15

Sudokufornecido por Mestre Coelho

No Sudoku* é preciso preencher osespaços em branco de forma a que cada umdos quadrado possua os 9 algarismos (de 1a 9) apenas uma vez. Depois depreenchidos, cada linha, vertical ou hori-zontal, também terá os mesmos 9algarismos, sem repetições.

Grau de dificuldade: difícil.

SudokuSoluções

* Abreviatura da expressão japonesasuuji wa dokushin ni kagiru que significaos dígitos devem permanecer únicos.

História de uma abelhaO que é?Filme de animação sobre abelhas. De

chorar a rir.Ver porquê?Jerry Seinfeld regressa ao activo para dar

a voz ao personagem principal. É precisodizer mais alguma coisa?

Cinema a não perderHélder Rodrigues

O que é? Documentário de Michael Moore sobre

o estado do sistema de saúde norte-americano.

Ver porquê? Michael Moore não perdoa e denuncia

todos os erros do sistema. Imperdível!

Sicko

A Estranha em MimO que é?Filme com Jodie Foster, que se torna uma

espécie de “protectora” das ruas de NovaYork, depois do seu namorado ter sidobrutalmente assassinado.

Ver porquê?Filme psicológico.

BeowulfO que é?O guerreiro Beowulf mata o demónio e

acaba perseguido pela fúria da mãe dodemónio (Angelina Jolie).

Ver porquê?Esta foi a história que inspirou Tolkien

a escrever O Senhor dos Anéis.

Gangster AmericanoO que é?A típica história do polícia bom (Russel

Crowe) contra o gangster mau (DenzelWhashington).

Ver porquê?Ridley Scott volta ao seu melhor nível.

Atirar a MatarO que é?Um homem (Clive Owen), apanhado no

meio de um tiroteio, ajuda uma mulher ater um filho e torna-se protector do bebé, omotivo do tiroteio.

Ver porquê?Um dos filmes do ano, com Clive Owen

e Monica Bellucci em grande.

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16 DEZ 2007 N.º 19 ESCrito

O nosso jornal é reproduzido em fotocopiadoras Nashuatec fornecidas pela empresa Beltrão Coelho

VoVó MaTildeA juventude vista pelaJorge Santos