jornal nº 62

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Jornal Espírita de Uberaba Ano 5 Nº 62 novembro/2011 1 “Não consigo entender o Espiritismo, sem Jesus e sem Allan Kardec para todos, com todos e ao alcance de todos, a fim de que os nossos princípios alcancem os fins a que se propõem”. Chico Xavier EVENTOS ESPÍRITAS DE UBERABA I FÓRUM DA MEDIUNIDADE Promoção: UMEU União da Mocidade Espírita de Uberaba Apoio: AME Aliança Municipal Espírita de Uberaba Data: 15 de novembro de 2011 Horário: Das 8h às 17h Local: Centro Espírita Uberabense (Rua Barão de Ituberaba nº 449 Estados Unidos) Programação: 8h Abertura e Apresentação Musical. 8h30min Tema: “Desobsessão – Interagindo com as Sombras” – Palestrante: Manoel Tiburcio Nogueira Ituiutaba-MG 9h45min Intervalo 10h 2º Tema: “O Passe Como Terapia de Cura” – Palestrante: Cezar Carneiro de Souza Uberaba-MG 11h15min Almoço (livre) 13h30min Recomeço dos trabalhos e Apresentação Musical Ano 5 nº 62 /2011 Responsável: Luiz Carlos de Souza (Trabalhador na seara espírita em Uberaba-MG / Brasil) TWITTER: @jornalespirita FACEBOOK: Jornal Espírita de Uberaba SITES: www.issuu.com/jornalespiritadeuberaba e www.jornalespiritadeuberaba.com E-MAIL: [email protected] / CELULAR: (34) 9969-7191

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Jornal Espírita de Uberaba com artigos sobre: juventude, estudos espíritas, mensagens espíritas, trabalhos espíritas importantes, datas importantes do movimento espírita, eventos espíritas, personalidades do movimento espírita. Tudo sobre a doutrina espírita.

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Page 1: JORNAL Nº 62

Jornal Espírita de Uberaba – Ano 5 – Nº 62 – novembro/2011 1

“Não consigo entender o Espiritismo, sem Jesus e sem Allan Kardec para todos, com todos e ao alcance de todos, a fim de que os nossos princípios alcancem os fins a que se propõem”. Chico Xavier

EVENTOS ESPÍRITAS DE UBERABA

I FÓRUM DA MEDIUNIDADE

Promoção: UMEU – União da Mocidade Espírita de Uberaba Apoio: AME – Aliança Municipal Espírita

de Uberaba Data: 15 de novembro de 2011 Horário: Das 8h às 17h Local: Centro Espírita Uberabense (Rua Barão de Ituberaba nº 449 – Estados Unidos) Programação:

8h – Abertura e Apresentação Musical.

8h30min – 1º Tema:

“Desobsessão – Interagindo com as Sombras” – Palestrante: Manoel Tiburcio Nogueira – Ituiutaba-MG

9h45min – Intervalo 10h – 2º Tema: “O Passe Como

Terapia de Cura” – Palestrante: Cezar Carneiro de Souza – Uberaba-MG

11h15min – Almoço (livre) 13h30min – Recomeço dos trabalhos e Apresentação Musical

Ano 5 – nº 62 – /2011 – Responsável: Luiz Carlos de Souza (Trabalhador na seara espírita em Uberaba-MG / Brasil)

TWITTER: @jornalespirita

FACEBOOK: Jornal Espírita de Uberaba

SITES: www.issuu.com/jornalespiritadeuberaba e www.jornalespiritadeuberaba.com

E-MAIL: [email protected] / CELULAR: (34) 9969-7191

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Jornal Espírita de Uberaba – Ano 5 – Nº 62 – novembro/2011 2

14h – 3º Tema: “Mecanismos da Psicografia” – Palestrante: Geraldo Lemos Neto – Belo Horizonte-MG

15h15min – Intervalo

15h30min – 4º Tema: “Mecanismos da Psicofonia” – Palestrante: Claudio Moraes Siqueira – Uberaba-MG

16h30min – Seção de Perguntas e Respostas com os palestrantes 17h – Sorteio de Livros / Encerramento

REUNIÃO LÍTERO MUSICAL DOUTRINÁRIA

PALESTRA: “AUTOCONHECIMENTO – UMA VIAGEM INTERIOR EM BUSCA DA PLENITUDE”

Palestrante: Simão Pedro (Patrocínio-MG) Programação: Apresentações Musicais;

Palestra; Sorteio de Livros; e,

Confraternização. Data: 26 de novembro de 2011 (sábado)

Horário: 19h30min Local: Centro Espírita Uberabense (Rua

Barão de Ituberaba nº 449 – Estados Unidos)

Organização: UMEU – União da Mocidade Espírita de Uberaba

PROGRAMA VIVÊNCIA XAVIER

Todas as sextas-feiras, às 19h30min, acontece no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba-MG, o “Programa Vivência Xavier, com estudos doutrinários, de companheiros

de nossa cidade e de outras localidades vêm confraternizar conosco, através de temas que nos recordam a vida e obra do nosso inesquecível Chico Xavier.

Para o mês de novembro teremos:

Dia 04/11: O MAIOR HÁBITO DE CHICO XAVIER (FAZER LIVROS) / Expositores: Irma Kappel e Jonas Kappel (Uberaba-MG)

Dia 11/11: O MESTRE E O DISCÍPULO / Expositora: Ieda Hungria (Niterói-RJ) Dia 18/11: A MAIOR LIÇÃO DEIXADA POR CHICO À HUMANIDADE / Expositor: José

Aparecido da Silva – Cido (Uberaba-MG) Dia 25/11: CHICO XAVIER E A FAMÍLIA / Expositoras: Eurídice Veloso e Dora Veloso

(Monte Carmelo-MG)

XIV EN PRECE – ENCONTRO DE PRÉS DOS CENTROS ESPÍRITAS O DIJ-JUVENTUDE I CICLO (Pré-Mocidade), estará realizando o XIV EN PRECE

(Encontro de Prés dos Centros Espíritas), no dia 19 de novembro (sábado), às 15h, no Centro Espírita Uberabense (Rua Barão de Ituberaba nº 449 – Uberaba-MG).

O tema do encontro será “Manifestações de Violência no Jovem – Buscando Caminhos E Estratégias, e será trabalhado pelo palestrante: Dr. André Tuma Delbim

Ferreira.

Todos os jovens, coordenadores do DIJ, trabalhadores da Casa Espírita, Pais, estão convidados.

HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DO CENTRO ESPÍRITA UBERABENSE

O Projeto Estandarte Chico Xavier do Centro Espírita Uberabense, dando continuidade às atividades em homenagem ao seu centenário (1911 – 2011), estará

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apresentando esquetes com o tema “A Vida Escreve” – da psicografia de Chico Xavier e

Waldo Vieira – Espírito Hilário Silva. Dia: 19 de novembro de 2011, às 20h, no Centro Espírita Uberabense (Rua Barão de

Ituberaba nº 449 – Estados Unidos – Uberaba-MG).

ENCONTRO DAS EEE O DIJ-INFÂNCIA, estará realizando dia 27 de novembro, domingo, às 9h, no

Depto. de Assist. Social Izabel Ribeiro (Rua Novembro nº 188 – Vila Arquelau), mais um

Encontro das Escolas Espíritas de Evangelização (EEE), quando serão realizadas oficinas, em torno de Jesus e Maria de Nazaré.

EVENTOS ESPÍRITAS DO BRASIL

Evento: PALESTRA COM MARINA FERRI – TEMA: “DEPRESSÃO E OBSESSÃO”

Data: 10 de novembro de 2011 – quinta-feira Horário: 20h

Local: Grupo Espírita Paulo de Tarso (Av. Dr. Cesar Costa nº 139 – Bairro Morumbi – Taubaté-SP)

Evento: SEMINÁRIO AJE – ESTUDO DA OBRA DIREITO E ESPIRITISMO

Data: 12 de novembro de 2011 - sábado Horário: 15h

Local: Grupo Espírita Luz e Amor (Rua Álvaro Abranches nº 965 – Cidade Nova – Franca-SP)

Informações: Site: www.ajesaopaulo.com.br

Evento: IV FÓRUM CAMINHOS: “O ESPÍRITO NA CIÊNCIA – UM OLHAR PARA ALÉM DAS

APARÊNCIAS” Data: 12 de novembro de 2011 – sábado

Horário: 13h30min Local: Oasis Tower Hotel (Av. Maurílio Biagi nº 2955 – Ribeirão Preto-SP)

Informações: Site: www.caminhosparaoespiritismo.org.br

Evento: 13º FECEF – FESTIVAL DA CANÇÃO E ENCONTRO DE ARTE ESPÍRITA EM FRANCA

Data: De 12 a 15 de novembro de 2011 Programação:

12/11 – sábado: 14h – Abertura

20h – Peça “Quando o seu amor me ensina, minha vida

pela vida de Chico Xavier 23h – Saru

13/11 – domingo: 8h30min – Introdução ao tema

9h – conferência 13h30min – Oficina de artes

19h – Festival da Canção 14/11 – segunda-feira:

9h – Estudos 13h30min – Oficinas de artes

20h – Show especial com 5 bandas 15/11 – terça-feira:

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9h – Apresentações artísticas

11h30min – Encerramento oficial Local: Universidade de Franca

Informações: Sites: http://www.arteespirita.com.br / http://13fecef.blogspot.com/2011/05/13-fecef.html

Evento: PALESTRA COM DIVALDO FRANCO NO ENCERRAMENTO DA REUNIÃO DO CFN

DA FEB

Data: 13 de novembro de 2011 – domingo Local: Auditório Pedro Calmon no Quartel General do Exercito (Setor Militar) – Brasília-

DF Informações: E-mail: [email protected] ou [email protected] / Telefone: (61)

2101-6150 ou (61) 2101-6175

Evento: 24º ENCONTRO DA FAMÍLIA ESPÍRITA Data: 13 de novembro (domingo)

Horário: Das 8h às 16h Local: Sitio Work Fire (bairro Bonsucesso – Guarulhos-SP)

Informações: Cida Vayda / E-mail: [email protected] / Telefone: 3464-4478

Evento: PALESTRA MUSICADA COM MESAGEM MEDIÚNICA – APRESENTAÇÃO DE PAULA ZAMP

Data: 13 de novembro de 2011 – domingo

Horário: 9h Local: Núcleo Assistencial Espírita Caminheiros da Luz (Rua Gomes de Azurara nº 24 –

Jd. Kioto – Vila São José

Evento: PALESTRA COM DIVALDO FRANCO Data: 16 de novembro de 2011 – quarta-feira

Horário: 20h Local: Clube Tênis (Rua Icém nº 61 – Catanduva-SP)

Evento: PALESTRA COM DIVALDO FRANCO

Data: 19 de novembro de 2011 – sábado Horário: 20h

Local: Lar da Criança Legionários de Ismael (Rua 34 nº 1332 – avenidas 17 e 19 – Centro – Barretos-SP)

Evento: RECITAL BENEFICENTE COM HELENICE DA CRUZ MACHADO BELLA E LANÇAMENTO DO 5º CD “NA LUZ DOS

SONS” Data: 20 de novembro de 2011 – domingo

Horário: 19h30min Local: Clube do Moinho (Rua Dr. Custódio Junqueira – Centro

– Leopoldina-MG)

Evento: 2º SIGAP – SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO DOS GRUPOS APOMÉTRICOS

Data: 26 de novembro de 2011 – sábado Horário: Das 14h às 18h

Local: Centro Espírita Cecília Arantes (Rua Edmundo Muniz Arantes nº 376 – Bairro Planalto – Uberlândia-MG)

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Programação: Apresentação dos temas: “Espiritualidade e Apometria”, “Obsessão”,

Apometria Como Objeto Privilegiado das Ciências do Espírito Informações: Site: http://sigap2011apometria.blogspot.com / E-mail:

[email protected] / Telefone: (34) 9115-9445

Evento: 1º. ENCONTRO ESPÍRITA DE ITURAMA – TEMA: “LEI DE CAUSA E EFEITO”

Data: 27 de novembro de 2011 – domingo

Programação: 7h às 8h horas: Recepção e café

8h às 8h30min: Prece Inicial, boas vindas e apresentação musical 8h30mn às 9h30min: Palestra com Braz José Marques (Conceição das Alagoas-MG)

9h45min às 10h45min: Palestra com Felipe Estabile de Moraes (Vice-Presidente da União Espírita Mineira/BH)

11h às 12h: Palestra com Marival Veloso de Matos (Presidente da União Espírita Mineira/BH)

12h às 13h: almoço no local (gratuito) 13h às 14h30min: Pinga-fogo com os palestrantes e Encerramento

Animação: Núcleo de Arte Espírita INTEGRARTE de Uberlândia Local: Garden Eventos (Rua Goiás nº 120 – Iturama-MG)

Informações: E-mail: [email protected]

EM DIA COM O ESPIRITISMO

UM FILME MARAVILHOSO

Um filme não espírita e que foi vencedor em Cannes, categoria com duração máxima de três minutos. É lindo e emocionante. Vale a pena assiistir:

http://www.porcelainunicorn.com/

NOVIDADES DO FEMEU Temos novidades para o FEMEU – Festival de Música Espírita de Uberaba.

Renovamos o site do FEMEU e o Canal FEMEU no youtube, sendo que no Canal FEMEU, você poderá ouvir todas

as músicas do VII, VIII, XI e X FEMEU.

Confira: Site – www.femeu.blogspot.com

Canal FEMEU – http://www.youtube.com/user/FEMEU1 Você pode pegar DVD do X FEMEU – Festival de Música

Espírita de Uberaba, realizado no dia 09 de julho de 2011 para fazer uma cópia. Basta procurar a Livraria Espírita Emmanuel

(Rua Artur Machado nº 288 – Sala 04 – Centro – Galeria Fausto Salomão – Uberaba-MG).

BIBLIA DO CAMINHO

A “Biblia do Caminho” é uma compilação de todas as obras de Allan Kardec e de Francisco

Cândido Xavier e uma versão completa do Antigo e Novo Testamentos, sendo todos os livros e textos

inter-relacionados através de um Índice temático.

A última versão da “Bíblia do Caminho” traz o ESDE – Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita,

versão completa.

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Jornal Espírita de Uberaba – Ano 5 – Nº 62 – novembro/2011 6

Acesse agora o site: www.bibliadocaminho.com.br e instale já em seu

micro. Você pode acessar também os sites: www.bibliaespirita.com; www.espiritismocristao.com.br; www.doutrinaespirita.com;

www.ocaminho.com.

CAMPANHAS DE SOLIDARIEDADE

HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA

Conhecido por espíritas e não-espíritas por seu trabalho de auxílio ao próximo, sobretudo a portadores da

grave doença dermatológica pênfigo-foliáceo, o popularmente chamado “fogo-selvagem”, o Lar da Caridade,

de Uberaba, no Triângulo Mineiro, está enfrentando sérias dificuldades.

Fundado em 1957, vive hoje um dos seus momentos

mais delicados, sobretudo por conta da crise mundial, que levou muitos colaboradores a suspenderem as suas

contribuições. Para se ter uma idéia da gravidade da situação, a folha de pagamento da instituição está em

aberto desde janeiro e as dívidas ao mês podem chegar a R$55 mil.

Se algo não for feito rápido, o futuro do Lar pode até estar ameaçado.

O Lar da Caridade – Hospital do Fogo Selvagem é presidido atualmente por Ivone Aparecida Vieira da Silva, neta de Dona Aparecida,

cuja instituição está localizada na Rua João Alfredo, 437 – Abadia – CEP 38025-300 Uberaba, MG.

Doações, de qualquer valor, podem ser feitas pelas seguintes contas-correntes: 3724-9,

agência 3278-6, do Banco do Brasil; e 14572-6,

agência 0264-0, do Bradesco. O CNPJ da instituição é 25440835/0001-93. Outras

informações, pelo telefone (34) 3318-2900 ou através dos correios eletrônicos

[email protected] e

[email protected].

O SANATÓRIO ESPÍRITA PEDE SOCORRO!!! O Sanatório Espírita de Uberaba – SEU, foi

fundado em 31/12/1933, pela estimada Maria

Modesta Cravo. Atualmente

o Sanatório possui 120 leitos e com uma média de

130 internações por mês. Para garantir todo

esse tratamento, o Sanatório conta com uma

equipe de 92 funcionários, além das 12 equipes de médiuns passistas que fazem o tratamento espiritual de segunda-feira

a sábado nos períodos matutino e noturno. O Sanatório está passando por dificuldades financeiras,

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Jornal Espírita de Uberaba – Ano 5 – Nº 62 – novembro/2011 7

por isso, lançou a campanha “O Sanatório Espírita Pede Socorro”.

Se você desejar ajudar o Sanatório Espírita de Uberaba, faça sua doação na Conta Poupança do Sanatório Espírita de Uberaba – Caixa Econômica Federal –

Agência: 1538 – Conta: 013.7394-6. Para efetuar transferência bancárias, o CNPJ é: 25.445.347/0002-50.

Outras informações pelo telefone (34) 3312-1869 com Marcio Roberto Arduni – Diretor Administrativo do Sanatório Espírita de Uberaba.

ESTUDO

MOVIMENTO ESPÍRITA, ALVO DAS INVESTIDAS DAS SOMBRAS ORGANIZADAS

O Espírito Camilo, através da psicografia de José Raul Teixeira, fez um alerta muitíssimo pertinente intitulado

“Uma Reflexão sobre o Movimento

Espírita”, constante da obra “Desafios da Educação” (Editora

Fráter). Como o prezado e atento leitor poderá notar, a citada

entidade espiritual analisa detalhadamente a quantas anda o

Movimento Espírita em vista da falta de estudo e conhecimento do

Espiritismo, resultando na tentativa de enxertias e desvios

de todo tipo, incentivadas pela espiritualidade inferior,

interessada em promover o sincretismo e a confusão em nossas fileiras.

Leiamos com atenção e vejamos a estreita conexão com aquilo que vimos

analisando. Inicialmente, a nobre entidade fala sobre a excelência da mensagem espírita e da grandiosa figura do Codificador Allan Kardec e sua preocupação com a UNIDADE

doutrinária: “A excelente Mensagem Espírita chega ao mundo como refrescante e iluminada

aurora, anunciando um dia novo de bênçãos para o planeta, atendendo as imensas carências da alma terrestre, que vivia a braços com as trevas ocasionadas pelo

absolutismo materialista, que tem seus fundamentos balançados, em razão das Vozes altíssimas e claras que rasgaram o silêncio dos túmulos, para invadir os ouvidos da

Humanidade inteira. Como chuva bondosa, a Doutrina Espírita penetra o solo ressequido das almas, onde, a partir de então, as sementes nobres dos ensinamentos do Mundo

Superior teriam toda a chance de germinar e medrar, estabelecendo ventura e progresso. Eram novos tempos para a cultura e para a fé, agora irisadas por luzes

espirituais que se mostravam diante de todos, formulando convite ao Espírito humano para um pensamento mais alto.

No centro das ocorrências, destaca-se a figura augusta do professor Rivail,

universalmente conhecido como Allan Kardec, e na sua visão de Espírito de escol, sabia e afirmava que seria ponto de honra para o desenvolvimento da Mensagem na Terra a

manutenção da unidade. Seria indispensável que em toda parte, onde surgisse um núcleo de estudos do Espiritismo, se pudesse falar a mesma linguagem, sem que

houvesse riscos de ser ele desfigurado, sem riscos de que viesse a sofrer enxertias, o que seria descabida ocorrência no bojo de uma doutrina de tamanha lucidez. A

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preocupação do Codificador, porém, dizia que tais dificuldades eram passiveis de

ocorrer”. Prosseguindo, o Espírito Camilo comenta sobre o crescimento do Movimento

Espírita e faz um alerta: “O tempo passa, as atividades em

torno da Doutrina Espírita são desenvolvidas com rapidez. Da Sociedade

Parisiense de Estudos Espíritas, em 1858,

aos dias atuais, podem-se contar por milhares as instituições levantadas no

mundo em nome da Veneranda Doutrina. Do pequeno grupo de almas dispostas, que

ladearam o Codificador, suportando toda agrestia e fereza dos primeiros

preconceitos até hoje, quando se torna status importante dizer-se espírita, há

quase um século e meio de modificações na mentalidade geral. À semelhança do que

ocorreu com a primitiva comunidade dos Apóstolos de Jesus, que foi perdendo em

qualidade à medida que se foi expandindo, se popularizando e ganhando notoriedade através do prestígio político de Roma, as atividades ao redor do Espiritismo – o

Movimento Espírita – foram tomando contornos preocupantes em todo lugar, na

proporção do seu agigantamento acompanhado pelo desconhecimento declarado dos seus fundamentos”.

Como pudemos perceber, Camilo aponta o desconhecimento decorrente da falta de estudo do Espiritismo como razão principal para a perda de qualidade que se nota

em todo lugar no que tange à prática doutrinária, tal qual ocorreu com o Cristianismo, que em praticamente nada se assemelha àquilo que foi legado por Jesus.

“Allan Kardec,

valendo-se do seu

inesgotável bom senso,

estabeleceu que o

Espiritismo é

uma doutrina de

livre exame, significando

que, não sendo impositiva, oferece ao indivíduo que vai ao seu encontro todas as possibilidades de discussão e de análises, até que tenha podido compreender suas

bases, de modo a vivê-las com claridade mental e segurança. Tristemente, muitos pensaram que tal condição de Mensagem lhes permita adaptar os seus preceitos

doutrinários aos próprios gostos e tendências, sem causarem problemáticas adulterações no trabalho de profunda coerência dos Numes Tutelares da Terra”.

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Realmente perfeita a colocação do Espírito

Camilo. Muitos acham que podem adaptar seus atavismos ao corpo doutrinário espírita,

demonstrando, com isso, total incoerência. Se não se encontram satisfeitos com o Espiritismo, e não sendo

esta uma Doutrina exclusivista e impositiva, nada mais sensato que dedicarem-se aos seus movimentos

religiosos, deixando a prática espírita livre de

adulterações e enxertias descabidas. “Referiu-se o Codificador à compreensão do

Espiritismo dizendo que quem deseje tornar-se versado numa ciência tem que a estudar

metodicamente, começando pelo princípio e acompanhando o encadeamento e o desenvolvimento

das suas ideias (Kardec, A. O Livro dos Espíritos, introdução, parte VIII). Lamentavelmente, porém,

muitos admitiram que poderiam falar e agir em seu nome, sem o mínimo de estudo de sua doutrina, na

pressa inconsequente por obter fenômenos que bem podiam ser buscados fora dos arraiais espíritas, o que

não vincularia a possível má qualidade ou a sua impostura ao respeitável estatuto espiritista.

Os abnegados Prepostos do Cristo ensinam na

Codificação que o ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem equívocos, para que ninguém possa

pretextar ignorância e para que todos o possam julgar e apreciar com a razão (O Livro dos Espíritos,

questão 627). Desafortunadamente, indivíduos oriundos dos mais diversos territórios intelectuais,

das mais variadas regiões morais, com as mais estranhas idiossincrasias, atiraram-se a propor

alterações doutrinárias, a fazerem adaptações inconsistentes quão perigosas, introduzindo ideias e

práticas francamente estranhas aos textos e contexto da Doutrina. São muitos os que, ignorantes, vão

mantendo outras criaturas no seu mesmo nível, abominando estudos, detestando análises,

impossibilitando a aeração dos movimentos do

raciocínio. Um grande número não crê no que o Espiritismo expõe, mas se vale da atenção dos

crédulos e ingênuos, sempre abundantes, para impor as suas próprias fantasias que trata de envolver com

as cores da Veneranda Doutrina, porque sabe do desvalor do produto que oferece, querendo adesões

que lhe incense a vaidade. Nenhum problema provocaria o indivíduo que criasse uma ordem de

ideias, uma doutrina pessoal e que a defendesse com insistência, em seu nome mesmo, e a partir disso

cobrasse atendimento, forjasse distintivos, premiações, imagens de “santos” encarnados,

liturgias sacramentais e ordenações. Toda a sua prática seria buscada e seguida pelas almas que

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Jornal Espírita de Uberaba – Ano 5 – Nº 62 – novembro/2011 10

sintonizassem com isso, como deparamos no mundo dos intocáveis ismos,

personalizados e personalistas, arrebanhando grupos imensos de fanatizados, que pagam bem caro para comprar um lugar no céu..., conforme a promessa dos seus

líderes. Camilo cita aquilo que também defendemos: sigam a quem quiserem e aquilo que

bem entenderem, têm todos esse direito, mas aqueles que se dizem espíritas devem cuidar para que o Espiritismo mantenha-se livre de misturas, atavios e enxertias,

permanecendo claro e límpido conforme nos foi legado pela Espiritualidade Superior.

“Quanto ao Espiritismo, porém, as coisas devem ser diferentes. Não havendo obrigação da pessoa ser espírita; inexistindo qualquer ameaça infernal para quem não

aceite sua orientação; não se prometendo premiações celestiais a quem quer que seja e sendo uma escolha livre da criatura, em meio de tão diversificadas opções, torna-se

imprescindível que quem queira

ser espírita se despoje dessa

terrível vaidade de que querer que

as coisas sejam a seu gosto, ao

invés de ajustar-se aos espirituais

ensinamentos da

Grande Luz. Imprescindível que o sincero espírita assuma, de fato, a disposição de melhorar-se com

o conteúdo assimilado das lições do Infinito, pelejando para domar as suas inclinações inferiores”.

No trecho a seguir, Camilo fala da estratégia da espiritualidade inferior para aniquilar o Movimento Espírita:

“Com tristeza, percebe-se hoje que o Movimento Espírita, que dispõe de tudo o que a Doutrina Espírita lhe brinda para ser amadurecido, pujante e avançado, tem sido

alvo das investidas das Sombras organizadas e se encharcado com seus conteúdos peçonhentos e danosos. Daí, são núcleos criados para reverenciar personalidades

vaidosas, que não abrem mão da relação de vassalagem; são instituições montadas somente para atender os corpos, sem qualquer compromisso com o Espírito imortal que

permanece vagueando nas trevas de si mesmo; são casas erguidas para desfigurar o pensamento espírita, em razão das mesclas implantadas com doutrinas, filosofias e

práticas

orientalistas ou

africanistas que, mesmo

merecendo respeito, têm

propostas bem distintas

das do Consolador”.

Tais observações de Camilo não poderiam ser mais claras: a ênfase em trabalhos de cura de

corpos em detrimento do estudo da Doutrina; a inserção de práticas orientalistas e africanistas; a idolatria a personalidades vaidosas e centralizadoras, encarnadas e

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Jornal Espírita de Uberaba – Ano 5 – Nº 62 – novembro/2011 11

desencarnadas, tidas como detentoras exclusivas da Verdade... Tudo isso com o velado

objetivo de desfigurar o Espiritismo. “Ainda em nosso Movimento Espírita, se há confundido o caráter universalista do

Espiritismo com uma infausta tendência agregacionista, pois, ao invés de o pensamento espírita ajudar a ver o mundo dentro da óptica da Vida Superior, para que o indivíduo

saia do nível das considerações meramente materiais, vê-se que tudo que é encontrado de “interessante” mundo afora, deseja-se agregar ao Espiritismo. Cânticos, terapias,

experimentações psíquicas diversas, mantras, vestuário, jargões, festividades de gosto

execrável e coisas outras ocupando variado espectro, têm despontado aqui e ali, em nome da Doutrina Espírita. E, o que é mais contristador, é que tudo isto se dá diante da

postura inerme dos que aceitaram responsabilidades diretivas das quais não dão conta. Tudo isto tem sido acompanhado com o consentimento dos que dirigem, coordenam,

“orientam”...” Exatamente como pensa a seita ramatisista: tudo creem devam incorporar ao

Espiritismo, em nome de um suposto “universalismo”, que, na verdade, não passa de confusão sincrética oriunda de atavismos e falta de aprofundamento e entendimento da

proposta doutrinária espírita. Disseminam aos quatro cantos que Kardec (entenda-se a Codificação) estaria ultrapassado, como se as verdades universais fossem mutáveis, ao

mesmo tempo que desejam inserir no Espiritismo as crendices e superstições cujas origens remontam a milhares de anos, quando a civilização achava-se em sua infância.

E quando chamados à atenção, colocam-se na posição de vítimas, de perseguidos, raivosamente alegando “falta de caridade” daqueles que lutam pacificamente pela

manutenção da unidade doutrinária. No entanto, como bem disse o Espírito Camilo, falta

de caridade é justamente nada fazer e tão-somente observar o crescimento dessas estranhas ideias em nosso meio.

Conclui Camilo, magistralmente: “Afirmou o Celeste Guia que ninguém pode servir a dois senhores... Estabeleceu o

Excelso Mestre: Seja o vosso falar sim, sim, não, não... Informa o Espírito da

Verdade: Deus procede ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o

dedo aqueles cujo devotamento é apenas aparente. Vale a pena refletir em

todos esses brilhantes dizeres e nessas imagens tão expressivas dos mentores

da Humanidade. A hora é, incontestavelmente, de testemunhos

difíceis, e quem ainda não se sinta em

condições de tomar do conteúdo da luminosa Revelação e dar-lhe impulso

positivo, fazendo-a útil a si e aos irmãos do caminho, comece ou recomece o esforço íntimo para o fortalecimento da vontade de

crescer, de despojamento do comodismo do homem velho, uma vez que Jesus Cristo confia nos empenhos das suas ovelhas, e conta que esses empenhos sejam verdadeiros,

para que o seu devotamento não seja tão somente aparência, a fim de que se possa, então, construir um Movimento Espírita vívido e forte, capaz de representar as

excelências do Espiritismo vivenciado e sofrido, se necessário, através das ações e convicções dos seus seguidores fiéis”.

Artur Felipe de Azevedo Ferreira /[email protected] / Goiânia, Goiás (Brasil)

Transcrito da Revista O Consolador – Ano 5 - N° 217 - 10 de Julho de 2011

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JUVENTUDE

FILHOS DE PAIS ESPÍRITAS QUE BEBEM E FUMAM. RAUL TEIXEIRA COMENTA – Não é raro ver filhos de espíritas fazendo uso de alcoólicos ou do fumo,

bem como adotando outros comportamentos distantes do equilíbrio moral, sob o olhar passivo dos genitores. Como entender essas ocorrências?

Raul Teixeira: Vivem-se na Terra tempos muitos complexos em que se juntam criaturas com velhos

compromissos familiares e sociais mal atendidos ou relegados, no passado, com Espíritos portadores de

hábitos inadequados, dentro de uma análise da moral cristã, que reencarnam exatamente para vencer esses

hábitos sob a orientação de uma família espírita. Ao se depararem, então, uns e outros na

instituição familiar, dão-se embates intensos que

exigem lucidez, maturidade e firmeza dos pais-educadores, sem que percam o vínculo com o

exercício da ternura. Muitas vezes os complexos de culpa trazidos do pretérito fazem com que, na

atualidade, os genitores não encontrem firmeza moral para se dirigir aos filhos e orientá-los, fazendo propostas positivas, renovadoras, em favor do bem para si

mesmos. Somam-se a isso as culpas atuais sentidas por pais e mães que deixam seus filhos

sob outros cuidados, a fim de que possam se ocupar com o trabalho fora de casa. Acham-se, dessa forma, no dever de compensar seus filhos com permissões que

raiam para permissividades, responsáveis por muitos desastres no campo dos costumes. Outra tragédia doméstica pode ser encontrada quando genitores que se afirmam

espíritas guardam em casa e fazem uso de bebidas alcoólicas e mesmo do fumo, pautados em pseudojustificativas, tais como as que asseveram que “ninguém é de

ferro”, ou que “não há nada demais”, “precisamos viver conforme a nossa época”, “o

espírita tem que ser sociável”, e assim sucessivamente. Esses exemplos infelizes de muitos pais acabam por auxiliar na impulsão dos filhos – os referidos Espíritos com

dificuldades – para a adoção dos vícios em questão. Por meio do entendimento do real

ensinamento do Espiritismo, buscando a renovação de si mesmos, é que pais e mães

espíritas conseguirão oferecer aos filhos, sejam quais forem as suas dificuldades, os mais

abençoados exemplos de uma vida dignificada pelo equilíbrio de atitudes e de hábitos,

propiciando-lhes reforços positivos para a vivência das virtudes. Mas quando, apesar de

todos os empenhos em dar bons exemplos e nobres orientações, os pais se derem conta de

que seus filhos desejam seguir por rotas

tortuosas, seguirão sofridos mas em paz com a própria consciência, por terem feito o que

deviam fazer para encaminhar os rebentos aos caminhos do Criador. Entrevista concedida em 8 de outubro de 2011 especialmente a revista “O

Consolador”. Transcrito da Revista O Consolador – Ano 5 – N° 232 – 23 de Outubro de 2011

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LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER

CASO 21 – A MEDICAÇÃO PELA FÉ A moça abatida, num acesso de tosse, chegara ao “Luiz

Gonzaga” com a receita médica. Estava tuberculosa. Duas hermoptises já haviam surgido como horrível

prenúncio. O doutor indicara remédios, entretanto...

– Chico – disse a doente – o médico me atendeu e aconselhou-me a usar esta receita por trinta dias... Mas, não

tenho dinheiro. Você poderia arranjar-me uns cobres? O médium respondeu com boa vontade:

– Minha filha, hoje não tenho... E meu pagamento do serviço ainda está longe...

– Que devo fazer? Estou desarvorada...

Chico pensou, pensou, e disse-lhe: – Peça a Jesus socorro e o socorro não lhe faltará. A que horas você deve fazer a

medicação? – De manhã e à noite.

– Então você corte a receita em sessenta pedacinhos. Deixe um copo de água pura na mesa, em sua casa e, no momento de usar o remédio, rogue a proteção de

Jesus. Tome um pedacinho da receita com a água abençoada em memória dela e repetindo isso duas vezes ao dia, no horário determinado, sem dúvida, pela fé, você

terá usado a receita. A enfermeira agradeceu e saiu.

Passado um mês, a moça surgiu no Centro, corada e refeita. – Oh, é você? – Disse o médium.

– Sim, Chico, sou eu. Pedi o socorro de Jesus. Engoli os pedacinhos do papel da receita e estou perfeitamente boa.

– Então, minha filha, vamos render graças à Deus.

E passaram os dois à oração. Transcrito do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” de Ramiro Gama.

MENSAGEM ESPÍRITA

APELO DE IRMÃO

Irmãos em Jesus, revigorai corações e mentes, no propósito sagrado de manterdes

elevado e sadio o nosso compromisso com a Doutrina Espírita que nos fortalece a consciência e

o ideal de servir por amor e com amor. Apelamos aos vossos corações: Não deixeis

que este movimento fraterno, que tem suas raízes no Mais Alto, se enfraqueça! E mais: que

meditemos na sua importante missão de fortalecer os ensinos do Próprio Cristo em nós.

Sabeis o quanto o Alto se dedica a fortalecer a chama do ideal do Cristo nestas paragens a que está reservada missão importante na

cristianização das criaturas.

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Jornal Espírita de Uberaba – Ano 5 – Nº 62 – novembro/2011 14

Tende sempre no íntimo a convicção de que neste Movimento nenhum de vós se

encontra sem finalidades e tarefas definidas. Honrai a bandeira do Amor e cultivai os frutos da Árvore da Vida. Não abandoneis

sua sombra à mercê do mal e dos maus, irmãos nossos que ainda – não conhecem Jesus e sua doce doutrina como todos nós.

O apelo que vos trazemos, vamos reforçar dizendo-vos: irmãos em Deus, somos os tarefeiros e obreiros do Milênio da paz e da harmonia no orbe que Jesus nos concede

por morada.

Trabalhai, servi, divulgai e sobretudo, exemplificai com vossa ação e a vós mesmos.

Commetrim, movimento sagrado! Permanecei nela por amor a Jesus e a vós mesmos.

O irmão que os aconchega ao coração. Eurípedes Barsanulfo. Página recebida pela médium Giva de Freitas Teixeira Oliveira,

pela manhã de domingo dia 30 de outubro no encerramento da 48ª COMMETRIM (Confraternização das Mocidades e Madurezas Espíritas do Triângulo Mineiro) realizada

na cidade do Prata, MG, nos dias 28, 29 e 30 de outubro de 2011.

TRABALHO IMPORTANTE

MANSÃO DO VOVÔ – JUVENTUDE ESPÍRITA EURÍPEDES BARSANULFO Fundada em 1º de Maio de 1949, a Juventude Espírita Eurípedes Barsanulfo,

também conhecida por Mansão do Vovô, CNPJ 49.373.699/0001-24, estabelecida a rua

Aristides Waldomiro Nery nº 576, prolongamento da Rua Natal, no bairro Santo Antonio, município de Igarapava, estado de São Paulo, é uma entidade sem fins

lucrativos, que tem por objetivo suprir as necessidades da população carente da micro-

região de Igarapava, através de assistência social às gestantes, amparo alimentar a viúvas, suplemento alimentar, roupas e remédios às famílias que não conseguem se

manter por si só, albergue noturno para acolhimento dos viajantes que passam pela cidade e não possuem condições para pagar hotéis ou pensões, distribuição de sopa,

cesta básica de Natal, bem como a educação para as crianças, através de aulas de moral cristã, noções de higiene com efetiva prática e ainda dar condições, por meio de

cursos, para que os assistidos tenham autonomia financeira. Considerando as limitações da cidade de Igarapava, a ampliação das atividades

que possam aumentar a assistência social prestada pela JEEB fica bastante limitada. Desta forma, todos os esforços são concentrados para manter as atividades que vem

sendo desenvolvidas nos últimos anos, como também, manter a assistência que vem prestando às pessoas necessitadas de nossa cidade.

Todo o trabalho é desenvolvido por um grupo de pessoas adeptas ou simpatizantes da Doutrina Espírita que, voluntariamente e organizados em

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Departamentos, se reúnem todos os Domingos e em diversas datas no decorrer do ano

para a realização de atividades que visem obter recursos, sejam financeiros ou não, redistribuindo-os aos necessitados, buscando sempre atingir a finalidade principal da

Instituição. A JEEB é constituída de vários departamentos, sendo os mesmos divididos em

cinco categorias: Auxílio material: Lar escola; Campanha da Fraternidade; Dispensário Homeopático;

Albergue Noturno; Assistência Social.

Cultural: Biblioteca; Departamento Cultural; Grupo da Amizade; Livraria; Recreação. Educacional: Alfabetização; Assistência à gestante; Evangelização.

Oficinas: Vovô Gepeto; Manutenção. Profissionalizante: Assistência à Gestante; Lar Escola.

Mais informações pelo telefone: (16) 3172-2576 Transcrito do site: http://www.jeeb.org.br/

PERSONALIDADES DE DESTAQUE NO MOVIMENTO ESPÍRITA

AMÉLIE GABRIELLE BOUDET

Madame Rivail (Sra. Allan Kardec) nasceu em Thiais, cidade do menor e mais populoso Departamento francês – o Sena, aos 2 do

Frimário do ano IV, segundo o Calendário Republicano então vigente na França, e que

corresponde a 23 de Novembro de 1795. Filha de Julien-Louis Boudet, proprietário e

antigo tabelião, homem portanto bem colocado na

vida, e de Julie-Louise Seigneat de Lacombe, recebeu, na pia batismal o nome de Amélie-

Gabrielle Boudet. A menina Amélie, filha única, aliando desde

cedo grande vivacidade e forte interesse pelos estudos, não foi um problema para os pais, que, a

par de fina educação moral, lhe proporcionaram apurados dotes intelectuais.

Após cursar o colégio primário, estabeleceu-se em Paris com a família, ingressando numa

Escola Normal, de onde saiu diplomada em professora de 1ª classe.

Revela-nos o Dr. Canuto de Abreu que a senhorinha Amélie também foi professora de Letras

e Belas Artes, trazendo de encarnações passadas a

tendência inata, por assim dizer, para a poesia e o desenho. Culta e inteligente, chegou a dar à luz três obras, assim nomeadas: “Contos

Primaveris”, 1825; “Noções de Desenho”, 1826; “O Essencial em Belas Artes”, 1828. Vivendo em Paris, no mundo das letras e do ensino, quis o Destino que um dia a

Srta. Amélie Boudet deparasse com o Professor Hippolyte Denizard Rivail. De estatura baixa, mas bem proporcionada, de olhos pardos e serenos, gentil e

graciosa, vivaz nos gestos e na palavra, denunciando inteligência admirável, Amélie Boudet, aliando ainda a todos esses predicados um sorriso terno e bondoso, logo se fez

notar pelo circunspecto Prof. Rivail, em quem reconheceu, de imediato, um homem verdadeiramente superior, culto, polido e reto.

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Em 6 de Fevereiro de 1832, firmava-se o contrato

de casamento. Amélie Boudet, tinha nove anos mais que o Prof. Rivail, mas tal era a sua jovialidade física e

espiritual, que a olhos vistos aparentava a mesma idade do marido. Jamais essa diferença constituiu entrave à

felicidade de ambos. Pouco tempo depois de concluir seus estudos com

Pestalozzi, no famoso castelo suíço de Zahringen

(Yverdun), o Prof. Rivail fundara em Paris um Instituto Técnico, com orientação baseada nos métodos

pestalozzianos. Madame Rivail associou-se ao esposo na afanosa tarefa educacional que ele vinha desempenhando

no referido Instituto havia mais de um lustro. Grandemente louvável era essa iniciativa humana e

patriótica do Prof. Rivail, pois, não obstante as leis sucessivas decretadas após a Revolução Francesa em prol do ensino, a instrução pública

vivia descurada do Governo, tanto que só em 1833, pela lei Guizot, é que oficial e definitivamente ficaria estabelecido o ensino primário na França.

Em 1835, o casal sofreu doloroso revés. Aquele estabelecimento de ensino foi obrigado a cerrar suas portas e a entrar em liquidação. Possuindo, porém, esposa

altamente compreensiva, resignada e corajosa, fácil lhe foi sobrepor-se a esses infaustos acontecimentos. Amparando-se mutuamente, ambos se lançaram a maiores

trabalhos. Durante o dia, enquanto Rivail se encarregava da contabilidade de casas

comerciais, sua esposa colaborava de alguma forma na preparação dos cursos gratuitos que haviam organizado na própria residência, e que funcionaram de 1835 a 1840.

À noite, novamente juntos, não se davam a descanso justo e merecido, mas improdutivo. O problema da instrução às crianças e aos jovens tornara-se para Prof.

Rivail, como o fora para seu mestre Pestalozzi, sempre digno da maior atenção. Por isso, até mesmo as horas da noite ele as dividia para diferentes misteres relacionados

com aquele problema, recebendo em todos a cooperação talentosa e espontânea de sua esposa. Além de escrever novas obras de ensino, que, aliás, tiveram grande aceitação,

o Prof. Rivail realizava traduções de obras clássicas, preparava para os cursos de Lévi-Alvarès, freqüentados por

toda a juventude parisiense do bairro de São Germano, e

se dedicava ainda, em dias certos da semana, juntamente

com sua esposa, a professorar

as matérias estatuídas para os já referidos cursos gratuitos.

“Aquele que encontrar uma mulher boa, encontrará o

bem e achará gozo no Senhor” - disse Salomão.

Amélie Boudet era dessas mulheres boas, nobres e puras, e que, despojadas das vaidades mundanas, descobrem

no matrimônio missões nobilitantes a serem desempenhadas. Nos cursos públicos de Matemáticas e Astronomia que o Prof. Rivail bi-

semanalmente lecionou, de 1843 a 1848, e aos quais assistiram não só alunos, que também professores, no “Liceu Polimático” que fundou e dirigiu até 1850, não faltou em

tempo algum o auxilio eficiente e constante de sua dedicada consorte.

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Todas essas realizações e outras mais, a bem do povo, se originaram das

palestras costumeiras entre os dois cônjuges, mas, como salientou a Condessa de Ségur, deve-se principalmente à mulher, as inspirações que os homens concretizam. No

que toca à Madame Rivail, acreditamos que em muitas ocasiões, além de conselheira, foi ela a inspiradora de vários projetos que o marido pôs em execução. Aliás, é o que

nos confirma o Sr. P. J. Leymarie (que com ambos privara ) ao declarar que Kardec tinha em grande consideração as opiniões de sua esposa.

Graças principalmente às obras pedagógicas do professor Rivail, adotadas pela

própria Universidade de França, e que tiveram sucessivas edições, ele e senhora alcançaram uma posição financeira satisfatória.

O nome Denizard Rivail tornou-se conhecido nos meios cultos e além do mais bastante respeitado. Estava aberto para ele o caminho da riqueza e da glória, no terreno

da Pedagogia. Sobrar-lhe-ia, agora, mais tempo para dedicar-se à esposa, que na sua humildade e elevação de espírito jamais reclamara coisa alguma.

A ambos, porém, estava reservada uma missão, grandiosa pela sua importância universal, mas plena de exaustivos trabalhos e dolorosos espinhos.

O primeiro toque de chamada verificou-se em 1854, quando o Prof. Rivail foi atraído para os curiosos fenômenos das “mesas girantes”, então em voga no Mundo

todo. Outros convites do Além se seguiram, e vemos, em meados de 1855, na casa da Família Baudin, o Prof. Rivail iniciar os seus primeiros estudos sérios sobre os citados

fenômenos, entrevendo, ali, a chave do problema que durante milênios viveu na obscuridade.

Acomp

anhando o esposo

nessas investigaçõe

s, era de se ver a alegria

emotiva com que ela

tomava conheciment

o dos fatos que descerravam para a Humanidade novos horizontes de felicidade. Após observações

e experiências inúmeras, o professor Rivail pôs mãos à maravilhosa obra da Codificação, e é ainda de sua cara consorte, então com 60 anos, que ele recebe todo o apoio moral

nesse cometimento. Tornou-se ela verdadeira secretária do esposo, secundando-o nos

novos e bem mais árduos trabalhos que agora lhe tomavam todo o tempo, estimulando-o, incentivando-o no cumprimento de sua missão.

Sem dúvida, os espíritas, muito devemos a Amélie Boudet e estamos de acordo com o que acertadamente escreveu Samuel Smiles: os supremos atos da mulher

geralmente permanecem ignorados, não saem à luz da admiração do mundo, porque são feitos na vida privada, longe dos olhos do público, pelo único amor do bem.

O nome de Madame Rivail enfileira-se assim, com muita justiça, entre os de inúmeras mulheres que a História registrou como dedicadas e fiéis colaboradoras dos

seus esposos, sem as quais talvez eles não levassem a termo as suas missões. Tais foram, por exemplo, as valorosas esposas de Lavoisier, de Buckland, de Flaxman, de

Huber, de Sir William Hamilton, de Stuart Mill, de Faraday, de Tom Hood, de Sir Napier, de Pestalozzi, de Lutero, e de tantos outros homens de gênio. A todas essas Grandes

Mulheres, além daquelas muito esquecidas pela História, a Humanidade é devedora eterna!

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Lançado O Livro dos Espíritos, da lavra de Allan Kardec, pseudônimo que tomou o

Prof. Rivail, este, meses depois, a 1º de Janeiro de 1858, com o apoio tão somente de sua esposa, deu a lume o primeiro número da “Revue Spirite”, periódico que alcançou

mais de um século de existência grandemente benéfica ao Espiritismo. Havia cerca de seis meses que na residência do casal Rivail, então situada à Rua

dos Mártires n. 8, se efetuavam sessões bastante concorridas, exigindo da parte de Madame Rivail uma série de cuidados e atenções, que por vezes a deixavam extenuada.

O local chegou a se tornar apertado para o elevado número de pessoas que ali

compareciam, de sorte que em Abril de 1858 Allan Kardec fundava, fora do seu lar, a “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas”. Mais uma obra de grave responsabilidade!

Tomar tais iniciativas naquela recuada época, em que o despotismo clerical ainda constituía uma força, não era tarefa para muitos. Havia necessidade de larga dose de

devotamento, firmeza de vistas e verdadeiro espírito de sacrifício. Ao casal Rivail é que coube, apesar de todos os escolhos e perigos que se lhe

deparariam em a nova estrada, empreender, com a assistência e proteção do Alto, a maior revolução de idéias de que se teve notícia nos meados do século XIX.

Allan Kardec foi alvo do ódio, da injúria, da calúnia, da inveja, do ciúme e do despeito de inimigos gratuitos, que a todo custo queriam conservar a luz sob o alqueire.

Intrigas, traições, insultos, ingratidões, tudo de mal cercou o ilustre reformador, mas em todos os momentos de provas e dificuldades sempre encontrou, no terno afeto

de sua nobre esposa, amparo e consolação, confirmando-se essas palavras de Simalen: “A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida”.

Com vasta correspondência epistolar, proveniente da França e de vários outros

países, não fosse a ajuda de sua esposa nesse setor, sem dúvida não sobraria tempo para Allan Kardec se dedicar ao preparo dos livros da Codificação e de sua revista.

Uma série de viagens (em 1860, 1861, 1862, 1864, etc) realizou Kardec, percorrendo mais de vinte cidades francesas, além de várias outras da Suíça e da

Bélgica, em todas semeando as idéias espíritas. Sua veneranda consorte, sempre que suas forças lhe permitiam, acompanhou-o em muitas dessas viagens, cujas despesas,

cumpre informar, corriam por conta do próprio casal. Parafraseando o escritor Carlyle, poder-se-ia dizer que Madame Allan Kardec, pelo espaço de quase quarenta anos, foi a

companheira amante e fiel do seu marido, e com seus atos e suas palavras sempre o ajudou em tudo quanto ele empreendeu de digno e de bom.

Aos 31 de Março de 1869, com 65 anos de idade, desencarnava, subitamente, Allan Kardec, quando ultimava os preparativos para a mudança de residência. Foi uma

perda irreparável para o mundo espiritista, lançando em consternação a todos quantos o amaram. Madame Allan Kardec, quer partilhara com admirável resignação as desilusões

e os infortúnios do esposo, agora, com os cabelos nevados pelos seus 74 anos de

existência e a alma sublimada pelos ensinos dos Espíritos do Senhor, suportaria qualquer realidade mais dura. Ante a partida do querido companheiro para a

Espiritualidade, portou-se como verdadeira espírita, cheia de fé e estoicismo, conquanto, como é natural, abalada no profundo do ser.

No cemitério de Montmartre, onde, com simplicidade, aos 2 de Abril se realizou o sepultamento dos despojos do mestre, comparecia uma multidão de mais de mil

pessoas. Discursaram diversos oradores, discípulos dedicados de Kardec, e por último o Sr. E. Muller, que logo no princípio do seu elogio fúnebre ao querido extinto assim se

expressou: “Falo em nome de sua viúva, da qual lhe foi companheira fiel e ditosa durante trinta e sete anos de felicidade sem nuvens nem desgostos, daquela que lhe

compartiu as crenças e os trabalhos, as vicissitudes e as alegrias, e que se orgulhava da pureza dos costumes, da honestidade absoluta e do desinteresse sublime do esposo;

hoje, sozinha, é ela quem nos dá a todos o exemplo de coragem, de tolerância, do perdão das injúrias e do dever escrupulosamente cumprido”.

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Madame Allan Kardec recebeu da França e do estrangeiro, numerosas e efusivas

manifestações de simpatia e encorajamento, o que lhe trouxe novas forças para o prosseguimento da obra do seu amado esposo.

Desejando os espiritistas franceses perpetuar num monumento o seu testemunho de profundo reconhecimento à memória do inesquecível

mestre, consultaram nesse sentido a viúva, que, sensibilizada com aqueles desejos humanos mas sinceros,

anuiu. encarregando desde logo uma comissão para

tomar as necessárias providências. Obedecendo a um desenho do Sr. Sebille, foi então levantado no cemitério

do Père-Lachaise um dólmen, constituído de três pedras de granito puro, em posição vertical, sobre as quais se

colocou uma quarta pedra, tabular, ligeiramente inclinada, e pesando seis toneladas. No interior deste

dólmen, sobre uma coluna também de pedra, fixou-se um busto, em bronze, de Kardec.

Esta nova morada dos despojos mortais do Codificador foi inaugurada em 31 de Março de 1870, e

nessa ocasião o Sr. Levent, vice-presidente da “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas”, discursou, a pedido de

Madame Allan Kardec, em nome dela e dos amigos. Cerca de dois meses após o decesso do excelso missionário de Lyon, sua esposa,

no desejo louvável de contribuir para a realização dos plano futuros que ele tivera em

mente, e de cujas obras, revista e Livraria passou a ser a única proprietária legal, houve por bem, no interesse da Doutrina, conceder todos os anos certa verba para uma “Caixa

Geral do Espiritismo”, cujos fundos seriam aplicados na aquisição de propriedades, a fim de que pudessem ser remediadas quaisquer eventualidades futuras.

Outras sábias decisões foram por ela tomadas no sentido de salvaguardar a propaganda do Espiritismo, sendo, por isso, bastante apreciado pelos espíritas de todo o

Mundo o seu nobre desinteresse e devotamento. Apesar de sua avançada idade, Madame Allan Kardec demonstrava um espírito de

trabalho fora do comum, fazendo questão de tudo gerir pessoalmente, cuidando de assuntos diversos, que demandariam várias cabeças. Além de comparecer à reuniões,

para as quais era convidada, todos os anos presidia à belíssima sessão em que se comemorava o Dia dos Mortos, e na qual, após vários oradores mostrarem o que em

verdade significa a morte à luz do Espiritismo, expressivas comunicações de Espíritos Superiores eram recebidas por diversos médiuns.

Se Madame Allan Kardec – conforme se lê em Revue Spirite de 1869 – se

entregasse ao seu interesse pessoal, deixando que as coisas andassem por si mesmas e sem preocupação de sua parte, ela facilmente poderia assegurar tranqüilidade e repouso

à sua velhice. Mas, colocando-se num ponto de vista superior, e guiada, além disso, pela certeza de que Allan Kardec com ela contava para prosseguir, no rumo já traçado,

a obra moralizadora que lhe foi objeto de toda a solicitude durante os últimos anos de vida, Madame Allan Kardec não hesitou um só instante. Profundamente convencida da

verdade dos ensinos espíritas, ela buscou garantir a vitalidade do Espiritismo no futuro, e, conforme ela mesma o disse, melhor não saberia aplicar o tempo que ainda lhe

restava na Terra, antes de reunir-se ao esposo. Esforçando-se por concretizar os planos expostos por Allan Kardec em “Revue

Spirite” de 1868, ela conseguiu, depois de cuidadosos estudos feitos conjuntamente com alguns dos velhos discípulos de Kardec, fundar a “Sociedade Anônima do Espiritismo”.

Destinada à vulgarização do Espiritismo por todos os meios permitidos pelas leis, a referida sociedade tinha, contudo, como fito principal, a continuação da “Revue Spirite”,

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a publicação das obras de Kardec e bem assim de todos os livros que tratassem do

Espiritismo. Graças, pois, à visão, ao empenho, ao devotamento sem limites de Madame Allan

Kardec, o Espiritismo cresceu a passos de gigante, não só na França, que também no Mundo todo.

Estafantes eram os afazeres dessa admirável mulher, cuja idade já lhe exigia repouso físico e sossego de espírito. Bem cedo, entretanto, os Céus a socorreram. O Sr.

P. G. Leymarie, um dos mais fervorosos discípulos de Kardec desde 1858, médium,

homem honesto e trabalhador incansável, assumiu em 1871 a gerência da Revue Spirite e da Livraria, e logo depois, com a renúncia dos companheiros de administração da

sociedade anônima, sozinho tomou sob os ombros os pesados encargos da direção. Daí por diante, foi ele o braço direito de Madame Allan Kardec, sempre acatando com

respeito as instruções emanadas da venerável anciã, permitindo que ela terminasse seus dias em paz e confiante no progresso contínuo do Espiritismo.

Parecendo muito comercial, aos olhos de alguns espíritas puritanos, o título dado à Sociedade, Madame Allan Kardec, que também nunca simpatizara com esse título, mas

que o aceitara por causa de certas conveniências, resolveu, na assembléia geral de 18 de Outubro de 1873, dar-lhe novo nome: “Sociedade para a Continuação das Obras

Espíritas de Allan Kardec”, satisfazendo com isso a gregos e troianos. Muito ainda fez essa extraordinária mulher a prol do Espiritismo e de todos

quantos lhe pediam um conselho ou uma palavra de consolo, até que em 21 de Janeiro de 1883, às 5 horas da madrugada, docemente, com rara lucidez der espírito, com

aquele mesmo gracioso e meigo sorriso que sempre lhe brincava nos lábios, desatou-se

dos últimos laços que a prendiam à matéria. A querida velhinha tinha então 87 anos, e nessa idade, contam os que a

conheceram, ainda lia sem precisar de óculos e escrevia ao mesmo tempo corretamente e com letra firme.

Aplicando-lhe as expressões de célebre escritor, pode-se dizer, sem nenhum excesso, que “sua existência inteira foi um poema cheio de coragem, perseverança,

caridade e sabedoria”. Compreensível, pois, era a consternação que atingiu a família espírita em todos os

quadrantes do globo. De acordo com o seus próprios desejos, o enterro de Madame Allan Kardec foi simples e espiriticamente realizado, saindo o féretro de sua residência,

na Avenida e Vila Ségur n. 39, para o Père-Lachaise, a

12 quilômetros de distância. Grande multidão,

composta de pessoas

humildes e de destaque, compareceu em 23 de Janeiro

às exéquias junto ao dólmen de Kardec, onde os despojos

da velhinha foram inumados e onde todos os anos, até à

sua desencarnação, ela compareceu às solenidades

de 31 de março. Na coluna que suporta

o busto do Codificador foram depois gravados, à esquerda,

esses dizeres em letras maiúsculas: AMÈLIE

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Jornal Espírita de Uberaba – Ano 5 – Nº 62 – novembro/2011 21

GABRIELLE BOUDET – VEUVE ALLAN KARDEC – 21 NOVEMBRE 1795 – 21 JANVIER

1883. No ato do sepultamento falaram os Srs. P.G. Leymarie, em nome de todos os

espíritas e da “Sociedade para a Continuação das Obras Espíritas de Allan Kardec”, Charles Fauvety, ilustre escritor e presidente da “Sociedade Científica de Estudos

Psicológicos”, e bem assim representantes de outras Instituições e amigos, como Gabriel Delanne, Cot, Carrier, J. Camille Chaigneau, poeta e escritor, Lecoq, Georges

Cochet, Louis Vignon, que dedicou delicados versos à querida extinta, o Dr. Josset e a

distinta escritora, a Sra. Sofia Rosen-Dufaure, todos fazendo sobressair os reais méritos daquela digna sucessora de Kardec. Por fim, com uma prece feita pelo Sr. Warroquier,

os presentes se dispersaram em silêncio. A nota mais tocante daquelas homenagens póstumas foi dada pelo Sr. Lecoq. Leu

ele, para alegria de todos, bela comunicação mediúnica de Antonio de Pádua, recebida em 22 de Janeiro, na qual esse iluminado Espírito descrevia a brilhante recepção com

que elevados Amigos do Espaço, juntamente com Allan Kardec, acolheram aquele ser bem aventurado.

No improviso do Sr. P.G. Leymarie, este relembrou, em traços rápidos, algo da vida operosa da veneranda extinta, da sua nobreza d'alma, afirmando, entre outras

coisas, que a publicação tanto de O Livro dos Espíritos, quanto da Revue Spirite, se deveu em grande parte à firmeza de ânimo, à insistência, à perseverança de Madame

Allan Kardec. Não deixando herdeiros diretos, pois que não teve filhos, por testamento fez ela

sua legatária universal a “Sociedade para Continuação das Obras Espíritas de Allan

Kardec”. Embora uma parenta sua, já bem idosa, e os filhos desta intentassem anular essas disposições testamentárias, alegando que ela não estava em perfeito juízo, nada,

entretanto, conseguiram, pois as provas em contrário foram esmagadoras. Em 26 de Janeiro de 1883, o conceituado médium parisiense Sr. E. Cordurié

recebia espontaneamente uma mensagem assinada pelo Espírito de Madame Allan Kardec, logo seguida de outra, da autoria de seu esposo. Singelas na forma, belas nos

conceitos, tinham ainda um sopro de imortalidade e comprovavam que a vida continua...

Transcrito do site: http://www.espiritismogi.com.br/biografias/amelie.htm

DATAS IMPORTANTES DO ESPIRITISMO

MÊS DE NOVEMBRO 01 a 04/11/1956 – Realiza-se em Buenos Aires,

Argentina, o 2º Congresso Internacional para o estudo da Reencarnação, reunindo os espiritualistas de várias

correntes. 14/11/1849 – Em Rochester, Estados Unidos, no

salão denominado “Corinthian Hall”, as irmãs Fox realizam suas primeiras demonstrações públicas dos

fenômenos espíritas.

23/11/1904 – O “Boston Journal”, (jornal não espírita) publica a notícia da descoberta de um esqueleto humano quase completo, entre

a terra e os escombros das paredes da adega da casa onde, 56 anos antes, moraram as irmãs Fox, e se produziram as notáveis batidas que assinalaram o início da história do

Espiritismo. Esse achado veio comprovar a veracidade das mensagens obtidas naquela ocasião e atribuídas ao Espírito de um mascate ali assassinado.

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Jornal Espírita de Uberaba – Ano 5 – Nº 62 – novembro/2011 22

LIVROS DO “CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA”

DEPARTAMENTO – CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA MARIA DOLORES

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A TERRA E O SEMEADOR – Pelo Espírito de Emmanuel – Psicografado por Francisco Cândido Xavier

Esta obra faz parte de uma série de cinco volumes que enfocam entrevistas concedidas por Chico Xavier, sempre assistido por seu

mentor espiritual Emmanuel. Essas entrevistas ocorreram através dos diversos meios de comunicação, tais como: jornais, rádios e programas

de TV. Neste volume, estão reunidos temas como: sua vida como

médium e pessoa entrevista com Hebe Camargo divórcio doenças mentais defeitos físicos mocidade espírita auto-retrato evangelização

infantil congelamento dos corpos e a cxperiência do velho Egito provações coletivas família e sexo obsessões em massa encontro com Marilyn Monroe, cidades do plano

espiritual dentre outros. Edição Especial contendo índice análitico.

ALMAS EM CONFLITO – Pelo espírito de Irmão Ivo – Psicografado por Sônia

Tozzi Cecília é casada com Joaquim e juntos têm três filhos: Teresa, Lucas e

Marilda. Mas uma fatalidade leva Teresa para o plano espiritual. Joaquim abandona Cecília, os filhos e passa a viver sua vida como gosta: de

maneira egoísta, pensando apenas em si mesmo. Apesar das adversidades, Cecília conhece Francisco e por ele se apaixona. Sua vida,

então, passa por transformações penosas, mas não injustas: o débito é sempre proporcional à dívida que se contrai em uma existência anterior e

imprudente. A vida segue seu rumo, mostrando a cada um que a cobrança das atitudes impensadas, praticadas em nome do egoísmo, vem em forma de

resgate, pois tudo é regido pela lei da ação e reação.

O RESGATE – de Octávio Augusto Baseado em pesquisas sobre a cultura muçulmana, esta trama se passa

em meio à "Primavera Árabe", movimento ainda em curso que surgiu

em 18 de dezembro de 2010, quando o tunisiano Tarek a-Tayyib Muhammad ibn Bouazizi se autoimolou, em protesto contra a corrupção

policial e a opressão do regime político daquele país. Coragem, dedicação e amor se misturam para conseguir libertar, mais do que uma

sociedade oprimida, corações acorrentados a um passado vicioso. Muitas vezes, o momento em que tudo parece dar errado é apenas a

mão de Deus, indicando que não estamos trilhando o melhor caminho e sugerindo que busquemos novas alternativas.

APRENDENDO COM JESUS, O MESTRE DO AMOR – de Walter

Barcelos Apresenta estudos, apontamentos e ponderações em torno dos

maravilhosos ensinamentos do Mestre de nossas vidas. Inegavelmente, Jesus é o mestre supremo da felicidade do ser humano. Seu Evangelho de

luz melhora os sentimentos, aperfeiçoa a personalidade e embeleza o

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Jornal Espírita de Uberaba – Ano 5 – Nº 62 – novembro/2011 23

relacionamento das pessoas no matrimônio, na família, na sociedade, nas empresas,

nos povos, nas religiões e na humanidade inteira.

SUGESTÃO DE LEITURA BOAS IDEIAS – De Richard Simonetti

Nestas páginas, uma envolvente amostragem dos cinquenta livros do autor, consagrado como um dos melhores escritores espíritas da

atualidade. Destaca-se por sua contribuição marcante em favor de uma literatura espírita leve, bem humorada, clara e objetiva mas, sobretudo,

apresentando conteúdo doutrinário que convida o leitor a pensar.

VENCENDO AS IMPERFEIÇÕES – De Umberto Ferreira

Reconhecendo-se como trabalhadores da última hora, que fazer e como agir? O Evangelho de Jesus, entendido à luz das instruções dos Espíritos, e

a Doutrina Espírita respondem, apontando os caminhos: cair em si, conhecer as imperfeições, lutar contra elas e vencê-las. A obra aplica os

ensinamentos evangélicos e doutrinários no conhecimento e combate das imperfeições, de maneira objetiva e prática.

HUMOR ESPÍRITA – “Transição”