jornal abra - 11ª edição

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11ª IMPRESSÃO Santa Maria, dezembro de 2007 Jornal Experimental do Curso de Comunicação Social - Jornalismo - UNIFRA Número de pessoas apaixonadas pelo montanhismo na cidade e na região está aumentando. Página 5 Parceria com a natureza ajuda na escalada Inter-SM rumo à série C do Campeonato Brasileiro Lauro Alves Depois de amargar a série B por sete anos, o colorado trabalha duro para fazer bonito na elite do futebol gaúcho, com a conquista deste ano. Sob a orientação do experi- ente técnico Paulo Porto, a direção acerta novos reforços para a estréia com o Internacional, de Porto Alegre, no dia 20 de janeiro, no Estádio Presi- dente Vargas. Série C do Brasileirão também é uma das metas para 2008. Em três dias, professores e alunos das várias áreas de conhecimento do Centro Universitário Franciscano trocaram experiências em sessões de comunicação oral e pôsteres. Páginas 14 e 15 XI Sepe compartilha a produção científica Riograndense reforma o estádio e planeja 2008 de bons resultados Páginas 8 e 9 São Paulo tem torcedores no coração do Rio Grande Douglas Menezes Rodrigo Simões

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Jornal ABRA - 11ª edição, de dezembro de 2007. Jornal laboratório do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra), Santa Maria - RS.

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Page 1: Jornal ABRA - 11ª edição

11ªImpressão

Santa Maria, dezembro de 2007 Jornal Experimental do Curso de Comunicação Social - Jornalismo - UNIFRA

Número de pessoas apaixonadas pelo montanhismo na cidade e na região está aumentando. Página 5

Parceria com a natureza ajuda na escalada

Inter-SM rumo à série Cdo Campeonato Brasileiro

Lauro AlvesDepois de amargar a série B por sete anos, o colorado trabalha duro para fazer bonito na elite do futebol gaúcho, com a conquista deste ano. Sob a orientação do experi-ente técnico Paulo Porto, a direção acerta novos reforços para a estréia com o Internacional, de Porto Alegre, no dia 20 de janeiro, no Estádio Presi-dente Vargas. Série C do Brasileirão também é uma das metas para 2008.

Em três dias, professores e alunos das várias áreas de conhecimento do Centro Universitário Franciscano trocaram experiências em sessões de comunicação oral e pôsteres. Páginas 14 e 15

XI Sepe compartilhaa produção científica

Riograndense reforma o estádioe planeja 2008 de bons resultados

Páginas 8 e 9

São Paulotem torcedores no coração do

Rio Grande

Douglas Menezes

Rodrigo Simões

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esportes

Expediente

Depois da recu-peração do atacante Ronaldo, quando rompeu os ligamen-tos do joelho direito enquanto atuava pelo Internazionale, de Milão, começou-se a falar de fisiote-rapia no esporte. Com a indicação de Romário, Ronaldo veio ao Brasil para fazer fisioterapia, sua recuperação foi mais rápida e eficaz que a realizada na Itália, meses antes quando Ron-aldo havia apenas sofrido rupturas parciais. As técni-cas utilizadas pelos profissionais brasileiros ganharam reconhecimento mundial. A aplicação de variadas alternativas de fisioterapia des-portiva têm garantido bons resultados nos últimos anos.

O fisioterapeuta Rodrigo Lippold Radünz explica que o trabalho do fisioterapeuta junto com desportistas é diferente, tanto na assistência como na estrutura, por causa da maior intensidade e freqüência das sessões, que podem chegar até a três vezes no mesmo dia. A diferença também está na avali-ação precoce, pois os jogadores profissionais são avaliados antes da prática das atividades e no imediatismo da reavalia-ção, caso haja alguma lesão, o machucado é encaminhado ao tratamento.

Apesar de possuírem poucos recursos, fisiotera-peutas criaram protocolos alternativos e eficientes. As terapias usadas nos tratamen-tos são variadas. Entre elas se destacam a termoterapia, que utiliza calor e/ou gelo, a mus-culação e a hidroterapia, que são exercícios na água. Os benefícios da hidroterapia, por exemplo, são os mais amplos por que, na água, os movi-mentos se tornam mais suaves e menos dolorosos. A técnica

também é indicada para pacientes que este-jam impossibilitados de realizar exercícios no solo, por causa de cirurgia recente, lesão muscular nos tendões ou nos ligamentos. Isso é motivado pela pressão hidrostática, que deixa o corpo mais leve. A tempera-tura da água também influencia, pois di- minui a tensão e as dores musculares.

Com o desenvolvi-mento da fisioterapia brasileira, um joga-dor que demorava 18 meses para se recuperar leva, hoje, em torno de cinco

meses. Quando um jogador reinicia os treinamentos, recebe, então, o trabalho diferenciado do preparador físico. Con-tusões, entorses, lesões musculares, problemas nos joelhos e nos tornozelos, tendinites e fraturas são alguns exemplos dos males que mais prejudicam os atletas, principalmente no futebol.

A fisioterapia não trabalha apenas para recuperar atle-tas, mas ajuda também na prevenção das lesões. Segundo Radünz, o desempenho do atleta pode ser mantido no nível máximo, por mais tempo, se tiver acompanhamento profissional. Um atleta tem sua recuperação facilitada, se

submetido ao tratamento preventivo, independente do esporte, pelo prévio condici-onamento e fortalecimento das estruturas mais afetadas. Os fisioterapeutas trabalham em equipe com médicos nos clubes de futebol. A ação con-junta garante diminuição de afastamentos de jogadores por causa de lesões. O rendimento da equipe melhora porque tem mais jogadores disponíveis e melhor preparados.

Alice Balbée Fabiana Einloft

O papel da fisioterapia no esporte

Profissionais ganham reconhecimento pelas técnicas adotadas

EditorialIncentivar o esporte

é lucro certoQuando escolhido o tema “esporte santa-mariense” para

retratar nesta edição do Jornal Abra, não houve consenso. Em primeira vista, a variedade de modalidades parecia ficar restrita ao futebol, ou ainda, ao Inter-SM, por causa da sua volta à elite. A partir das escolhas de pauta e das pes-quisas, notou-se que o potencial esportivo santa-mariense abrangia todas as idades, todas as classes e todas as raças. Porém, nada se faz sem aporte financeiro. Quem pratica, o faz pelo amor ao esporte mas certo de que não terá o apoio necessário para fugir do amadorismo.

O esporte não é encarado como cultura, e sim como lazer. Com esse pensamento, a busca de patrocínios fica limitada à modalidade mais popular, o futebol. Deve-se entender as empresas, que buscam seu ganho de imagem a partir da divulgação do esporte no qual investe. Mas, como inserção social, o esporte traz mais lucros do que prejuízos.

As comunidades carentes, que ganham em diversão; os idosos, que buscam a melhora na qualidade de vida a partir dos exercícios físicos; os universitários, que encontram no esporte a fuga da rotina de estudos. Todos tendem a lucrar. As empresas também, por associarem seu material a modali-dades que venham a se tornar potências nacionais, como já é o caso da canoagem de Santa Maria.

Modalidades alternativas ou esportes de risco também estão em pauta, aproveitando a peculiaridade geográfica do município. Esse relevo propicia qualquer dessas práti-cas “nada perigosas”, diriam os esportistas. Como visto, a temática não se resume à dupla Rio-Nal, com história glo-riosa no futebol do Estado. Os investimentos, sim, parecem se resumir.

Jornal experimental interdisciplinar produzido sob coordenaçãodo núcleo de Jornalismo Impresso e Online do curso de

Comunicação Social – Jornalismo do Centro UniversitárioFranciscano (Unifra). Esta atividade é desenvolvida por

estudantes de segundo semestre de Jornalismo, com participaçãode alunos de segundo semestre de Publicidade e Propaganda.

Reitora: Irani RupolloDiretora de Área: Célia Helena de Pelegrini Della MéaCoordenação Jornalismo: Rosana Cabral ZucoloCoordenação Publicidade e Propaganda: Luciano Mattana

Professores orientadores: Daniela Pedroso, Laura Elise Fabrício, Maicon Kroth e Sione Gomes (jorn. responsável - Mtb 0743 SC)

Reportagem e textos:Temática Esportes - Alice Dutra Balbé, Ana Carla Marques Leite, Ananda da Silva Delevati, Anderson Vargas Gonçalves, Andrez Dorneles Granez, Bárbara Smidt Weise, Bernardo Beltrame Bortolotto, Bruna Barcelos Viana, Camila Pereira Gonçalves, Camilla Soares Lopes, Carlos Roberto Igisch Wenceslau Junior, Caroline da Fonseca Cechin, Cassiano de Oliveira Cavalheiro, Clarissa Pippi de Medeiros, Dieice Maria Floriano Viário, Dinis Ferreira Cortes, Eduardo Covalesky Dias, Elenice França Dutra, Fabiana Santini Einloft, Fernando Ceresér, Flavia dos Santos Alli, Francine Maria Boijink, Jean Pierre Zinelli Romero, Joyce Noronha Rodrigues, Júlio Cesar Marin, Laís Prestes Bozzetto, Lauro Barbosa Alves, Letícia Sarturi Isaia, Liliane Fracari Gnoccatto, Luciana Oliveira Minuzzi, Luísa Schneiders da Silva, Luyany Beck da Silva, Maitê Alves Vallejos, Natália Müller Poll, Osvaldo Henriques Maia, Potira da Silveira Souto, Priscila Panciera Martini, Raul Pujol, Rolf Pachaly Filho, Simone Mariele Plate, Thaís Salbego Bueno, Tiane Dias Canabarro e Vanessa Barbieri Moro.Especial XI Sepe: Alessandro Mathias de Oliveira, Carine Jorgens Horstmann, Carlos Sanchotene, Carolina Moro da Silva, Igor Borges Müller, Luis Otávio Daruy, Pedro Antunes e Sacha Rochele

Fotografia: Bibiane Moreira, Douglas Menezes, Isadora Spezia Melo, Maurício Barbosa, Rodrigo Simões e Vinícius Freitas (integrantes do Núcleo de Fotografia e Memória), Andrez Granez, Eduardo Dias e Lauro Alves

Campanha publicitária: Luiz Olímpio Livramento, Felipe de Oliveira Rodrigues, Fabíola Pedroso, Jader Nascimento, Douglas Antunes e Matheus Glória

Diagramação: Izaur Monteiro

Impressão: Gráfica Gazeta do Sul

Tiragem: 1000 exemplares, para distribuição gratuita e dirigida

Fotos Rodrigo Simões

Aplicação de variadas alternativas de fisioterapia desportiva, adequada em intensidade e frequência, têm garantido bons resultados

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esportes

Adrenalina no arO vôo livre é um esporte radical

que ganha cada vez mais adeptos no centro do Estado.

É cada vez mais comum parapen-tes e asas deltas sobrevoarem o céu da região. Em Santa Maria, no morro da Caturrita, mais conhecido como Morro das Antenas, encontra-se a única rampa de decolagem da cidade. No local, a principal modalidade prati-cada pelos adeptos é o Paraglider, que no Brasil é chamado de Parapente.

A modalidade está em ascen-são na região pelas boas condições geográficas e o baixo custo da prática do esporte. De acordo com o piloto Miguel Antonio Pelizan, 37 anos, pro-fessor de Design da Unifra, a rampa de Santa Maria não é indicada para iniciantes, pois tem capacidade para apenas um praticante. O Clube Centro Sul de Vôo Livre, do qual o piloto é presidente, pretende ampliá-la e torná-

la mais segura. “Esse esporte depende das condições climáticas, principal-mente do vento frontal à rampa que deve ter velocidade entre 5 e 15 km/hora”, explica.

Em Santa Maria, o esporte não é tão praticado quanto nas cidades vizinhas. Em Agudo, aconteceram três etapas do Campeonato Gaúcho. As duas mais recentes foram em 2004 e 2007.

A Rampa Sul, localizada no Morro Linha Branca, em Agudo, é a de maior atividade na região Centro do Estado e recebe, em média, quatro voadores por dia, chegando a 12 nos finais de semana. Em 10 de novembro de 2006 o piloto Itacir Piccinin, 37 anos, mais conhecido como Pitty, bateu o recorde anual de distância livre, percorrendo 142 quilômetros, de Agudo a Santa Bárbara, sem pousar.

Natália Müller Poll e Rolf Pachaly Filho

FormaÇão De piLotos• Para a prática do esporte, é necessário o curso de piloto de Paraglider. Em Santa Maria, o curso é realizado no Jockey Clube, com aulas teóricas e práticas. Em média, são de três a cinco meses de curso e os custos ficam entre R$ 1 mil ou R$ 1,3 mil, afirma o instrutor José Witter. Para maiores informações: (55) 3213-5586, (55) 9932-4690 ou pelo e-mail [email protected]

Fotos Arquivo Pessoal

É cada vez mais comum ver parapentes nos céus da região. Esporte depende de boas condições climaticas

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esportes

Handebol tenta retomar o caminho

do sucesso

A guerra vai começarUma arena. Obstáculos, armas e

clima de guerra. Há um ano e dois meses, o Paintball ganha admiradores em Santa Maria. Depois de conhecer o esporte em Três Coroas (RS), o estudante de Educação Física, Rafael Carpes, 23 anos, trouxe a idéia para a cidade e inaugurou o La Guerrilla Paintball. O local serve para a prática de uma guerra simulada, onde duas equipes se confrontam, atirando uns nos outros com marcadores. A munição são bolinhas de tinta.

A batalha deve ter no mínimo três participantes para cada lado, porém sem limites máximos de competi-dores. Embora existam várias formas de se jogar Paintball, a modalidade mais utilizada é a caça bandeira. Cada equipe precisa proteger a sua bandeira e capturar a do adversário. Outra estratégia usada é da ban-deira central. O grupo que capturá-la primeiro, vence.

O contato físico entre os partici-pantes é completamente proibido, sendo que, caso ocorra, o competidor pode ser retirado da arena pelo juiz. Ao ser atingido, o participante deverá sair da partida e aguardar a próxima para retornar. Cada disputa dura, em média, entre seis e dez minutos.

No Paintball, o uso da máscara - único item obrigatório - protetor

de pescoço, colete, arma e bolinhas de tinta são os equipamentos para a brincadeira começar. O esporte pode ser praticado em locais fecha-dos, como escolas abandonadas e ginásios. Ou abertos, como é prati-cado em Santa Maria.

A maioria dos competidores é do sexo masculino, mas já há uma grande procura do público feminino. Existe possibilidade de jogos mistos, tanto de idade quanto de sexo. Carpes, um dos sócios do La Guerrilla Paintball, garante que podem jogar, ao mesmo tempo, crianças, homens e mulheres. “O Paintball é um esporte totalmente diferenciado dos demais, podendo ser praticado a qualquer hora do dia, em qualquer local. E ainda você é o protagonista da situação”, explica.

O Paintball alivia a tensão, estim-ula o espírito em equipe, melhora o condicionamento físico e aumenta a concentração. Uma partida do esporte equivale a uma hora e 30 minutos de um jogo de futebol. Para o estudante de Educação Física, Frederico Ramos, 22 anos, é um jogo de estratégia, que simula uma guerra, seguro, se jogado da maneira correta, divertido e estimulante. “Ficamos ansiosos, pois não sabemos de onde poderão vir os tiros”, salienta.

Thaís Salbego Bueno

a origem• O Paintball surgiu nos Estados Unidos, no início dos anos 70, quando madeireiros utilizavam armas para marcar as árvores que iriam ser derrubadas. Na década de 80, o exército americano adaptou os mar-cadores e a técnica para seu uso em trei-

namentos especiais. Já no Brasil, surgiu nos anos 90. Hoje o jogo é praticado em muitos países, como a Argentina, Canadá, Japão, Portugal, China, México, Colômbia, Bolívia, França, Alemanha, Rússia e Aus-trália.

onde• Local: Rua Ângelo Bolson, em frente ao Maxxi Ata-cado.• Horários: De segunda à sexta-feira, das 17h às 22h, ou sábados, domingos e feriados, das 9h20min até às 22h.• Valores: R$ 20,00 para cada participante, com direito a 80 bolinhas, mais todo equipamento necessário.• Recargas Extras: R$ 5,00; 30 bolinhas, R$ 10,00; 60 bolinhas, R$ 15,00; 100 bolinhas.• Reservas: Pelo telefone (55) 84021512, Rafael ou (55) 84154698, com Rodrigo.• Endereço eletrônico: www.laguerillapaintball.com• No Orkut: La Guerilla Paintball

Dou

glas

Men

ezes

Dou

glas

Men

ezes

Fotos Rodrigo Simões

Atletas de Santa Maria são campeões em várias modalidades do esporte. No entanto, os times reclamam de não receber ajuda financeira. Apesar de ter equipes competitivas, a cidade não tem estrutura e apoio para segurar atletas e retomar o título que ostentava no fim da década de 70 e começo da década de 80, quando era considerada o pólo do handebol nacional.

Nos anos de gloria do esporte, o time da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) chegou a ser campeão nacional, estadual e sul-americano. O diretor técnico da federação Gaúcha de Handebol (FGH) Iradiu Antonello, 63 anos, que participou daquelas con-quistas como jogador, conta que a Fed-eração trabalha para fazer o esporte crescer de novo, mas falta local e apoio das instituições para a realização dos jogos. “Santa Maria ainda produz muitos jogadores, mas os atletas vão embora para poder receber e ter mais chances de se tornarem profissionais”, diz o dirigente.

Os jogadores que se sobressaem vão jogar em Santa Catarina ou Paraná. Um desses atletas é o armador central da Ulbra, Cristian Pires Marranquiel, 25 anos, que foi para Joaçaba, Santa Catarina, em 2006. Cristian revelou que o nível lá é bem maior. A prefei-tura, junto com a iniciativa privada, chegou a oferecer R$ 3 mil ao clube. Os atletas recebiam ajuda de custo para jogar, alémm do transporte e da alimentação. “Apesar de tudo não se pode reclamar da falta de competições. O que falta é o apoio da comunidade”, opinou o atleta.

Várias competições são realizadas na cidade, entre elas a Copa Mercosul de Handebol, que vai para a sua 13º edição em maio de 2008. Equipes em nível nacional e internacional jogam na cidade, mas a media de público é considerada baixa. Um exemplo da falta de apoio é a equipe da Ulbra, que mesmo levando o nome de Santa Maria, preferiu jogar a fase final do Gaúchão 2007 em São Pedro do Sul. O técnico da equipe, Jorge Fernandes, diz que a chance de se lotar um estádio na cidade é 99,9% maior.

Fernandes treina também o time da escola Margarida Lopes. Ele destaca que, em nível escolar, Santa Maria também apresenta bons resultados. Como exemplo, os títulos dos Jogos Intermunicipais do Rio Grande do Sul (Jirgs) conquistados pelo próprio Fernandes no comando da Escola Margarida Lopes em 2004 e 2005. “As pessoas que organizam não estão preocupadas com quem trabalha, só se preocupam em mostrar nas TV’s e jornais os jovens e crianças jogando”, desabafou o treinador.

Osvaldo Henriques MaiaCarlos Wenceslau Junior

Luyany Beck da Silva

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esportes

categorias

• Escalada esportiva: consiste em esca-ladas consideradas pequenas, de até 20 metros de altura. Esta modalidade é pra-ticada em academias. Ela visa competi-ções e alguns atletas treinam em locais fechados (indoor) para buscar condicio-nameto físico e aprimorar técnicas que, depois, são desenvolvidas em rochas.• Escalada técnica: é praticada em pa-redes de rocha, no qual é necessário o uso de equipamentos de segurança e de técnicas mais avançadas. Isso porque o escalador está mais longe do chão, ten-do de carregar material e suprimentos, o que exige mais experiência.• Big Wall: enfrentar mil metros de gra-nito e quatro dias na parede. Este é o big wall (parede grande). Nessa moda-lidade, tudo é içado através de polias. É necessário uma variedade grande de equipamentos e suprimentos. Nesta mo-dalidade, os atletas passam dias e noites na escalada, ou melhor, na parede. Para dormir, quando não há uma plataforma natural, os praticantes usam um porta ledge, uma espécie de maca que fica perpendicular à parede e possui o sobre-teto como o de uma barraca.• Alta montanha: praticado nos grandes picos com base nos 4 mil metros de altu-ra, geralmente na neve. É uma escalada mais inclinada, onde o praticante precisa de um bom preparo físico, pois, à medida que ganha altura, ele tem menos oxigê-nio. Também requer muita experiência em acampamentos e caminhadas para achar um bom lugar para descanso.• Trekking: deu origem ao montanhismo, pois todas as pessoas começam com a caminhada. O trekking pode ser prati-cado por qualquer pessoa, basta haver uma trilha em meio à natureza.• Canyoning: descida de cachoeiras por meio de cordas, utilizando os mesmos equipamentos de escalada. Porém é ne-cessária muita experiência do praticante, que fica debaixo de um turbilhão de água que pode sufocar. Mas a adrenalina des-ta modalidade é muito recompensadora.• Rapel: derivado do montanhismo, era uma técnica utilizada para descida de paredes após a escalada, mas algumas pessoas preferiram só descer as pare-des, dando origem ao rapel.

Montanhismo: esporte sem risco

Quem não se impressionou ou ficou com as mãos suadas ao ver Tom Cruise escalando o Grand Canion em Missão Impossível 2? Esta mesma sensação pode ser alcançada em Santa Maria por meio do montanhismo. Na cidade existem dois grupos de escalada e o número de adeptos do esporte aumenta a cada dia.

Embora as montanhas pareçam cobertas de árvores, existem lugares que, além de proporcionarem uma boa área para a prática do esporte, também possuem belas trilhas e cachoeiras. Quem pratica escalada tem total contato com a natureza e desfruta de tudo que ela tem a oferecer, já que o esporte con-siste em atravessar montanhas com ou sem o uso de equipamentos, variando de acordo com a modalidade e o nível do atleta.

Os Bandeirantes da Serra e os Leões da Montanha são os grupos que desenvolvem o esporte em Santa Maria. Radames Xavier é um dos integrantes do Leões da Montanha. Ele conta que o montanhismo praticado em Santa Maria é alternativo. Para aproveitar a prática adquirida nas escaldas, alguns inte-grantes fazem a instalação de antenas de pára-raios, iluminação de igrejas na região da quarta colônia e limpeza de lugares altos. Para o Natal deste ano vão lançar uma novi-dade: o Papai Noel que descerá de edifícios com rapel.

Para Guilherme Fonseca, integrante do Grupo Bandeirantes da Serra, o montan-hismo inspira as pessoas a saírem do cotidi-ano, da confusão da cidade e até mesmo dos esportes convencionais. “Convido a sentir a sensação das nuvens aos seus pés”, salienta.

Andrez Dorneles Graneze Lauro Alves

a escalada• Consiste em usar as mãos e pés para progredir em uma parede de rocha ín-greme ou vertical, até o seu topo. Isso requer uma carga de coragem que é re-compensada com doses de adrenalina.

Fotos Douglas Menezes

O uso de equipamentos adequados reduz o impacto dos golpes

Lauro Alves

Conforto e proteçãopara os desportistasOs esportes são os mais variados. Há os

que possuem técnicas milenares e os que são recentes. Mas para todos existem equipa-mentos que auxiliam na execução e proteção do exercício. A tecno-logia revoluciona a fabricação de produtos para que estes, cada vez mais, atendam as necessidades do atleta.

Numa sala de aula de uma aca-demia, pode-se encontrar a placa: “Para Sparring é obrigatório uso de protetores”. Sparring é o termo usado para combate corporal. O instrutor de Taekwondo, André Parcianello Navarro, 32 anos, explica que no caso desta arte marcial, os equipamentos são para garantir a proteção dos dois lutadores.

Os aparelhos são feitos de espuma injetada, que reduz o impacto do golpe no momento de contato com o adversário. Para

a prática do taekwondo é obrigatório o uso de capacete, coquilha (protetor genital mas-culino), peitoral (protetor feminino), colete,

bucal e a viseira. “O uso deve-se ao fato dos alunos, atenção espe-cial para crianças e iniciantes, não terem autocontrole. Eles estão aqui para aprender isso”, comenta Navarro.

Depois de já dominar a técnica da luta, ainda é preciso continuar usando as proteções. Não há uma idade ou nível para deixar de usá-las. Mesmo não havendo fiscais para vistoriar as academias, os

instrutores não arriscam. A segurança de seus alunos está no equipamento. A única situação em que é desnecessário o uso de protetores são as demonstrações. “Mas nelas não é permitido contato físico”, res-salta o instrutor.

como é o comércio • São consideradas caras as raquetes de tênis.• Uma raquete não profissional, em média, custa R$ 300,00. As profissionais podem ser encontra-das por R$ 700,00. • Vale lembrar que o tenista usa de duas a três raquetes por partida.• Também há os de baixo custo, como a bolinha de pingue-pongue, encontrada, em média, por R$ 0,75 nas lojas da cidade.•As bolsas vão de R$ 50,00 até R$ 200,00.

Evoluçãodos modelosA tecnologia tem garantido

melhorias em resultados e na proteção dos praticantes de dife-rentes modalidades esportivas. Um exemplo de evolução no uso de materiais é a touca de nata-ção. Feita de silicone para causar menos atrito com a água, ganhará também, uma camada externa de tecido para dar mais conforto.

Já o modelo de óculos de natação que faz sucesso é o que possibilita enxergar quem está atrás do nadador. Quem explica é a vendedora Paola Silveira Camillo, 28 anos. “Olhando nas laterais ele consegue ter esta visão e noção de espaço. Fun-ciona como um retrovisor”.

Outro acessório que também está sempre em busca de comodi-dade para os clientes são os pares de tênis. “Campeões de venda! A cada coleção aparecem muito melhorados e modernos”, declara o vendedor esportivo, Émerson Curcino Soares, 22 anos.

Joyce NoronhaRodriguesCapacete, bucal e viseira são acessórios obrigatórios

Iniciantes podem praticar o esporte com a ajuda de intrutores e com equipamentos de segurança

Lauro Alves

Navarro: cuidados são fundamentais

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esportes

Uma alimentação equilibrada é a base para o bom rendimento de qualquer atleta. Para isso, uma dieta balanceada deverá ser adotada a partir da orientação de um profissional.

Água e sucos naturais são consid-erados imprescindíveis para melho-rar o funcionamento do metabolismo e ajudar o atleta nas atividades que desenvolver. Para a nutricionista Elisângela Colpo, juntamente com o consumo de líquidos, a alimentação rica em carboidratos, como massas, pães, cereais e frutas é capaz de pro-porcionar melhor rendimento físico.

Os radicais livres, que são sub-stâncias produzidas em excesso pelo organismo, podem causar doenças como o câncer. Para combater os radicais livres, a recomendação dos especialistas é o consumo de frutas antioxidantes como a laranja, o kiwi, morango, abacaxi e também oleagi-nosas como o amendoim, nozes e a castanha.

A estudante de Educação Física, Priscila da Silva, 25 anos, acred-ita que segue uma dieta alimentar correta. Por causa da falta de peso e massa muscular, procurou um endocrinologista que receitou uma alimentação balanceada. A receita indicou cinco refeições diárias, com frutas e porções dosadas, sucos e água à vontade. Mas a alimentação regrada não é suficiente. Junto com a dieta, ela também faz exercícios físicos regulares como musculação e caminhada.

O esforço da jovem rendeu bons resultados. Em apenas um mês, Pris-cila aumentou sua massa muscular consideravelmente. Sua resistência e respiração também tiveram melho- rias.

Bárbara Smidt Weise

Educaçãoalimentar esportiva

Considerado uma das modalidades aeróbi-cas que garantem maior perda calórica nas aca-demias, o Spinning é cada vez mais procurado por quem quer perder peso em pouco tempo. A atividade, realizada sobre uma bicicleta ergo-métrica, pode representar a perda de 800 calo-rias durante uma só aula.

Até pouco tempo era comum ouvir falar de academias que tinham a tradicional bicicleta ergométrica para uso individual e que muitas vezes eram rejeitadas pelos alunos, pelo fato de ser um esporte cansativo. Mas ao ritmo de música mais acelerada, a prática ganhou mais dinamismo.

O Spinning surgiu em 1995 e foi criado

e idealizado por Jonathan Goldberg. É uma modalidade aeróbica onde várias bicicletas são especialmente adaptadas, trazendo o ciclismo praticado nas ruas para dentro das academias, onde podem ser simulados vários tipos de movimentos como o de escaladas, descidas e corridas.

As aulas têm duração de 40 a 60 minutos. O trabalho realizado pelo professor varia con-forme sua criatividade. Segundo a professora de Educação Física, Martha Prado, para obter um bom resultado nas aulas, o aluno deve prati-car o Spinning de duas a três vezes por semana. “A perda calórica varia conforme a pessoa, mas será sempre superior a qualquer outra atividade

aeróbica”, ressalta a profissional. O resultado positivo na balança não é a única

vantagem dessa atividade física, que também ajuda os alunos a desenvolverem a musculatura a fim de obterem pernas e glúteos mais tornea-dos. Em média, quem pedala nas bicicletas esta puxando mais ou menos 30 quilos. O peso é ajustado conforme a orientação dos professores e do preparo físico dos alunos.

Antes de iniciar a atividade física, é real-izada uma avaliação, onde os alunos que apre-sentarem problemas cardíacos ou hipertensão são orientados a evitar a prática, explica a pro-fessora.

Clarissa Pippi de Medeiros

Spinning: um exercício de grande perda calórica

Como fazer da prática do esporte uma rotinaA busca pelo corpo perfeito torna-

se uma preocupação com a chegada do verão. Nesta época do ano as academias e parques ficam lotados. Na maioria dos casos, a intenção é perder muito peso em pouco tempo. Para quem não têm o hábito de se exercitar, a prática de qualquer exercício físico sem orientação pode se tornar um risco para a saúde.

O imediatismo, a obrigação de fazer exercícios e a meta de perder peso de um dia para o outro é que afasta as pessoas do esporte logo no princípio, comenta a atendente Daiane Paes Figueiredo, 27 anos, que freqüenta uma academia há um ano e sete meses. Ela conta que no inicio era difícil ir se exercitar todos os dias da semana e, hoje, o compli-cado é quando deixa de ir à academia, mesmo que por um dia. “O bom rela-cionamento com os freqüentadores e o fato de sentir-se à vontade com o tipo de esporte escolhido é fundamental para que as pessoas se sintam motivadas a ter uma assiduidade”, afirma Daiane.

Muitos dos que praticam esporte sem orientação sabem dos riscos que correm, como por exemplo, a estudante Anna Carolina Brenner, de 19 anos. Há um mês ela decidiu se matricular em uma aula de ginástica. Sem acom-panhamento profissional, ela reconhece que a prática esporádica de esportes não contribui para a saúde, e que seria mais eficaz se o fizesse o ano todo. “Muitas vezes, ao invés de melhorar, causa danos”, diz Anna Carolina, que pretende dar continuidade às suas ativi-dades físicas.

Cassiano deOliveira Cavalheiro

dicas

Antes de começar• Se antes a pessoa levava uma vida sedentária, se está acima do peso ou não, o ideal é procu-rar orientação médica para fazer exames e verificar se há algum problema de saúde e atividade não recomendada.• Se o objetivo é perder peso, é importante também a consulta com um nutricionista, que pas-sará uma dieta balanceada para que a pessoa perca peso com saúde.

Ao começar• Procurar uma academia com profissionais qualificados e que sejam registrados no Conselho Regional de Educação Física (CREF).• Conversar com o professor a respeito de algum problema de saúde ou lesão, assim como o objetivo da prática do exercício, para que ele possa orientar o treinamento mais adequado.

Durante os treinos • Usar sempre roupas leves e confortáveis para facilitar a execução dos exercícios.• Usar um tênis de boa quali-dade, de preferência com

amortecedores para evitar lesões nos joelhos e torno-zelos.• Fazer refeições leves e pelo menos com duas horas de antecedência do treino, evitando assim algum mal-estar. • Tomar muita água.• Seguir estritamente as orien-tações do professor, que sabe o que é melhor para quem está começando alguma atividade física.

Antes e depois do treino• Realizar um alongamento para evitar lesões musculares. Antes de iniciar os exercícios, é importante também realizar um aquecimento geral, preparando o corpo para a atividade a ser realizada. • O mais importante, afirma Vil-mara, é fazer alguma atividade que, acima de tudo, seja praz-erosa. “Ideal seria que todos fiz-essem alguma atividade física regularmente, evitando assim essa correria pela boa forma no início do verão, o que muitas vezes acaba gerando prob-lemas pelo excesso de ativi-dade sem orientação correta de profissionais qualificados”.

nutrientesVitaminas que neutralizam os radicais livres produzidos em excesso pelo organismo• Vitamina C: laranja, kiwi, mo-rango, abacaxi.• Vitamina E: nozes, castanha e amendoim.

Elisângela: dieta balanceada favorece bom desempenho nas atividades físicas

Bom relacionamento com grupo de freqüentadores é fator de motivação A orientação de um profissional ajuda na busca por melhores resultados

Fotos Rodrigo Simões

Para não correr riscos e iniciar corretamente a prática de algum es-porte, Vilmara Flores Bressan, 28 anos - Bacharel em Educação Fí-sica, ensina quais são os procedimentos que devem ser tomados antes, durante e depois de começar os exercícios.

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esportes

Prática esportiva está presenteno cotidiano de várias gerações

O Grupo Mexe Coração reúne 86 mulheres e quatro homens, unidos pela determinação de manter o corpo e a mente saudáveis

O esporte pode fazer a diferença em qualquer idade. O ciclismo, por exemplo, é uma opção física sadia para todas as faixas etárias. Ele varia entre uma brincadeira infantil até uma escolha profissional. De pedalada em pedalada, crianças, jovens e adultos melhoram o condicionamento físico, adquirem disciplina e se divertem.

Quem entra no quarto de Patrick Zielinski Mello, 12 anos, percebe sua paixão pelo ciclismo. Pendurada na parede está a primeira bicicleta do jovem. “É para ver sempre, porque foi a primeira”, justifica. A brincadeira, descoberta aos quatro anos, virou um hobby praticado nos finais de semana, na Avenida Rio Branco.

O adolescente, que também faz natação, é admirador do bicicross. Ele pensa em praticar o esporte apenas como recreação, sem competições. A mãe de Patrick, Suzana Zielinski Mello, 42 anos, incentiva e respeita as escolhas do filho. “Respeitamos, desde que tenha um esporte. É impor-tante praticar”, explica.

Já Alcione Arruda, 25 anos, conhe-ceu o bicicross em 1996. O seu amor

pela bicicleta e pelas competições o levou a ingressar no esporte. Hoje, ele é o vencedor do Campeonato Gaúcho de Bicicross 2006, na categoria 4X, e favorito ao título deste ano.

De acordo com o atleta, o esporte lhe trouxe disciplina. As competições o ensinaram a respeitar os adversários e a valorizar as amizades. “Quando tem que ser amigo, deve-se ser amigo. Quando se está competindo, a amizade fica fora da pista”, relata. Enquanto puder ele permanecerá nesta ativi-dade.

Membro da equipe Santa Maria Bicicross Clube (SMBC), o ciclista lamenta o pouco incentivo oferecido aos atletas. Ele acredita que a con-strução de uma pista na cidade seria importante para o desenvolvimento da prática. “Uma estrutura de bici-cross permitiria sediar etapas de com-petições”, argumenta.

O santa-mariense tem a expectativa de ganhar mais títulos. No Campe-onato Gaúcho de 2007, o terceiro lugar já garante o título a Arruda. Além deste, ele pretende sagrar-se campeão brasileiro da categoria 4X.

Em forma aos 93 anosAs atividades físicas também fazem

parte da rotina de muitos idosos. Há dois anos, o aposentado Elias Bor-toluzzi, 93 anos, aderiu aos exercícios físicos. Todas as manhãs ele freqüenta a academia para pedalar na bicicleta e se alongar nas barras.

Os exercícios físicos proporciona-ram resultados benéficos para a saúde de Bortoluzzi. Ele se sentia debil-itado. Agora mostra-se mais resistente para caminhar. “A diferença está nas pernas. Elas não ficam amarradas, nem os joelhos enferrujados”, afirma. A filha do idoso, Ádima Bortoluzzi, 70 anos, foi a principal incentivadora

do pai. Ela, que faz hidroginástica, acredita que os exercícios trazem mel-horias para a saúde física e mental do patriarca.

Bortoluzzi é querido pelos instru-tores físicos e freqüentadores da academia. A simpatia e a disposição cativam a todos. “Tem uns rapazes que trabalham lá, que são como filhos para mim”, comenta o aposentado. Aos sedentários e aos que não acr-editam nos benefícios de uma prática física, ele orienta a experimentar um atividade: “Ficar parado é pior”.

Por Letícia Sarturi Isaiae Tiane Dias Canabarro

Corpo e mente sadios na 3ª idadeManter o corpo e a mente saudáveis. Este é o objetivo do

Grupo de Atividades Físicas Mexe Coração. Desde 1986, 90 associados com mais de 60 anos exercem uma série de ativi-dades, duas vezes por semana. O grupo de 3ª idade reúne 86 mulheres e quatro homens.

Localizado no Centro de Atividades Múltiplas (Bombril), no parque Itaimbé, o projeto visa melhorias à vida de cada integrante. O local onde são feitas as atividades é cedido pela prefeitura desde a sua fundação. São propostas ações como ginástica, dança e, uma vez por mês, uma confraternização. O grupo também faz viagens pela região, mostrando suas habilidades com a dança, como já foi mostrado no Santa Maria em Dança, no ano de 2006, quando alcançaram o 1º lugar no concurso.

Segundo a presidente Terezinha Pereira de Filippi, de 71 anos, quem procura o grupo são aposentados em busca de uma alternativa para espantar o estresse e evitar a depressão. A mais nova participante do grupo tem 55 anos e a mais idosa, 97.

A vice-presidente do Mexe Coração, Vilma Pereira Marques, de 71 anos, busca neste tipo de atividade a satis-fação de estar fazendo o bem para o corpo, e fica feliz com as amizades conquistadas nos 18 anos em que integra a enti-dade. Segundo ela, “não se pode parar no tempo. Temos que continuar com as práticas físicas e não deixar o desânimo tomar conta”.

Ela lembra também da importância do apoio da família para participar de grupos de terceira idade. “Estas iniciativas mostram um novo olhar para o tratamento com o idoso, que sofre preconceitos e maus tratos lá fora”, ressalta.

Os exercícios físicos, a dança e os eventos de recreação têm a intenção de prevenir doenças comuns nessa faixa etária, que são causadas pelo sedentarismo e o isolamento. Artrose, osteoporose, transtorno psicodepressivo e cardiopa-tia são os casos mais comuns. De acordo com a professora de Educação Física, Marivana Giovelli Casalli, 28 anos, que começou no grupo como monitora, pelo Núcleo Integrado de Estudos e Apoio à 3º Idade (Niead) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), para participarem das práticas pro-postas, são recomendados aos participantes o uso de roupas leves e calçados com amortecedores.

Segundo a professora, as resposta positivas vem do organ-ismo dos participantes que se sentem agradáveis ao ponto de esquecer os problemas diários. “Minha maior satisfação é vê-los restabelecer as energias e retomar as práticas prazero-sas”, ressaltou.

Ana Carla Marques Leite eLiliane Fracari Gnoccatto

Como partiCipar• Para participar do Mexe Coração é necessário um atestado médico, dados pessoais, foto e contribuir com a mensalidade de R$ 7,00, para pagamento da professora e despesas do grupo. As reuniões ocor-rem nas segundas e quintas-feiras, das 13 às 17h.

Patrick coleciona troféus ganhos com o ciclismo

Prática de exercícios previne doenças comuns na terceira idade

Douglas Meneses

Aos 93 anos, Bortoluzzi pedala todos os dias

Maurício Barbosa

Maurício Barbosa

Douglas Meneses

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esportes

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Reunir amigos e torcedores para acom-panhar jogos do clube de coração pela TV, comemorar os gols, os títulos e brincar com os rivais. Essa é uma rotina para torcedores colorados e gremistas em Santa Maria. Porém, um grupo resolveu unir gaúchos que contrariaram a lógica junto com adeptos vin-dos do centro do Brasil. Dessa forma, criou-se a amizade de simpatizantes da torcida do São Paulo Futebol Clube.

Essa união se propagou através de uma co-munidade no Orkut: “São Paulinos em Santa Maria”. Assim, no coração do Rio Grande, se encontraram os torcedores da terceira maior torcida do Bra-sil. O uso da internet tam-bém foi impor-tante para os debates sobre futebol e a for-mação de no-vos amigos.

G a ú c h o s também aderi-ram ao time paulista. Ape-sar da per-sistência dos parentes em desenvolver torcedores da dupla Gre-Nal, houve quem contrariasse a idéia. É o caso do estudante Régis da Cruz, 19 anos. Ele conta que o pai é gremista, e insistiu para que o filho fosse também. “Eu sempre fui rebelde, e naquela época o São Paulo ganhava tudo. Foi a famosa era Telê. Não pensei duas vezes, e me tornei são-pau-lino”, afirma.

A iniciativa de acolher os são-paulinos para incentivar o time foi da também gaúcha Luiza Bajotto Adaime, 16 anos. É na sala de sua casa que, em jogos importantes, de 20 a 30 torcedores se reúnem para assisti-los. “Minha família é colorada, mas o interesse pela boa fase de Kaká no clube, em 2004, fez me tornar uma são-paulina”. Em seu quarto, consegue-se enxergar SPFC por todos os can-tos, além da coleção de 11 camisas da equipe, incluindo uma de 1988.

O paulista Thiago Reis Ribeiro da Luz, 25 anos, conta que veio para Santa Maria para cursar a faculdade e mora há quatro anos na cidade. Ele admite que antes de vir para o Sul tinha simpatia pelo Grêmio, que perdeu quando chegou aqui. Além disso, criou uma antipatia ainda maior pelo Inter. “Assisti a fi-nal da Libertadores ao lado de um colorado. Apesar da perda, não me decepcionei. Afinal, não dependíamos desse título para termos ex-pressão”, provoca.

O também paulista Vinicius Ceregati, 20 anos, que mora há 12 na cidade, diz que a tor-cida tende a aumentar, até mesmo em Santa Maria. “É um time que está na elite do fute-bol brasileiro, que ganha muitos títulos. Isso cria torcedores por todo o país”, comenta.

O grande contingente militar é outro fator que faz os são paulinos se encontrarem na cidade. A distância do estádio Morumbi, se-gundo Luiza, não impede a aproximação com o clube. “Tentamos organizar excursões para Caxias e Porto Alegre, mas nem sempre sai, e o jeito é ir de carro mesmo”, explica a gaúcha são paulina.

Lais Prestes Bozzetto e Eduardo Covalesky Dias

Santa Mariatambém é terrade são-paulino

Estruturar o time, administrar o patrimô-nio do clube e mostrar muito futebol. As palavras do presidente do Esporte Clube In-ternacional, Carlos Rempel, definem os ob-jetivos para 2008. Depois de amargar a série B por sete anos, o clube começa os trabal-hos para se manter na elite, ambicionando a série C do Campeonato Brasileiro. No ano que vem, Santa Maria receberá, no estádio Presidente Vargas, o principal campeonato do Estado, a primeira divisão do Gauchão.

Para Santa Maria, a volta do colorado à série A é positiva. O município tende a gan-har destaque e desenvolvimento. As empre-sas locais têm sua imagem divulgada, e os santa-marienses darão atenção ao esporte, assistindo a jogos de clubes respeitáveis do Estado. Porém, receber um campeonato im-portante resultará em mudanças no estádio e seus departamentos. Dentre as prioridades, está aprimorar as condições do campo, tro-cando o gramado e melhorando a drenagem e a construção da nova concentração. Um ambiente que pretende acolher 54 atletas.

Definidas as obras, o colorado se volta para o futebol. O novo comandante Paulo Porto confia no potencial da equipe e acred-ita que vai fazer um bom trabalho junto com a comissão técnica. “Nosso grupo de trab-alho analisa algumas contratações que serão concretizadas no decorrer da pré-tempora-da. Estrutura o clube tem, e esperamos fazer uma ótima campanha em 2008” .

Segundo o presidente do Internacional, Carlos Rempel, tudo irá progredir assim que o treinador Paulo Porto e o restante da comissão técnica começar os trabalhos, seguido dos acertos de novos reforços. A equipe terá 50 dias para se entrosar, até a es-tréia contra o Internacional de Porto Alegre, dia 20 de janeiro. “Precisamos fazer um pl-antel que ambicione a série C do Brasileiro, e não um time que apenas pense em não cair”, observa. Para o próximo ano, Rem-pel explica que não existirão planos para associados, pois a experiência de 2007 não foi compensatória. Mas estima que o está-dio Presidente Vargas receba uma média de cinco mil torcedores por jogo.

Inter-SM

Investimentosambicionam série C

O colorado estréia na série A contra o Internacional, de Porto Alegre, no dia 20 de janeiro, em Santa Maria, na Baixada

Um dos principais patrocinadores do clube é a Rede Vivo. O gerente de market-ing da empresa, Marco Antônio Ferigolo, 44 anos, acha que as empresas devem colabo-rar mais com o esporte de Santa Maria. Ele conta que a corporação patrocina o Inter-SM para que as pessoas associem a marca com o time, que é símbolo da cidade. “O contrato é anual e a renovação ainda não está acertada. Gostaríamos de continuar, porque o ganho de imagem é muito grande”, afirma.

Para o presidente Rempel, a volta à primeira divisão necessita de reavaliação e reajuste de patrocínios, pois exige custos maiores. Porém, Ferigolo explica que a em-presa tem capacidade limitada de investi-mento, e que não gostaria de um aumento. “O investimento no clube já é alto e a ca-pacidade é restrita. Devemos segmentar o patrocínio”, observa.

A torcida acredita que a recuperação do time após anos é um momento importante para que se criem mais apaixonados pelo clube. O cinegrafista Paulo Sangói, 45 anos, é um dos fundadores da torcida organizada “Comando Vermelho”. Há tempos atrás, já contou com 80 integrantes e, até hoje, man-tém uma média de 30 por jogo. Ele espera que essa massa colorada cresça. Torcedor fanático do time, Sangói revela que sua ex-pectativa para 2008 é permanecer na Série A. “O Inter-SM precisa manter a mesma es-trutura que o levou de volta à elite. No en-tanto, é necessário contratar mais uns cinco reforços, e aí sim começar a pensar alto”, explica.

Os reforços podem estar no próprio clube. A direção mantém em atividade a equipe ju-nior, que disputa a Copa A Razão. Três joga-dores já foram aproveitados pelo grupo pro-fissional. A tendência é que no gauchão esse aproveitamento seja maior. “Revelar talen-tos é sempre bom. Também é uma fonte de renda para o clube. Finalmente conseguimos manter o grupo em atividade por um ano”, complementa Rempel.

Anderson Gonçalves,Eduardo Dias, Lais Bozzetto

Terceira maior torcida doBrasil encontra adeptosno interior do RS

Paixão pelo clube é fonte de rendaRiograndense

Reforçar a equipe e alcançar a série A é o desafio do novo técnico do Riograndense. Para acompanhar o ritmo de mudanças, estádio passa por reformulações estruturais

Na quase centenária história do clube, fun-dado em 7 de maio de 1912, o periquito vi-veu momentos gloriosos e crises profundas. A decadência da viação férrea a partir da década de 60 levou o clube a fechar as portas duas décadas depois. A partir disso, a vontade de um grupo de dirigentes e torcedores fez o clube voltar às atividades em 1999 e, em 2003, retor-nou à série B do Campeonato Gaúcho. Vendo seu rival alcançar a elite do futebol do RS nessa temporada, a direção do Riograndense começa a planejar 2008.

Os trabalhos de administração reiniciaram no começo de novembro. O comandante do periquito já está definido. Sandro Gaúcho tem a meta de reforçar a equipe com a limitação econômica do clube. Todos os contratos de patrocínio anuais precisam ser renovados para o início da temporada, e isso acarreta na dis-pensa de jogadores e comissão técnica para a reformulação do grupo. A presidenta do clube, Norma Rolim, conta que muito do dinheiro investido no clube sai do bolso dos próprios dirigentes. “Às vezes, o pessoal de casa não fica sabendo dos gastos. A gente diz que vai emprestar 200 reais, mas empresta mais”, confessa.

Com o seu mandato até o fim da temporada, Norma já pensa no próximo ano. Junto à di-reção há um projeto de formação de catego-ria de base infanto-juvenil e juvenil. Hoje, o clube mantém uma equipe juvenil disputando o torneio citadino de futebol. Com a escoli-nha, prevista para 2008, a direção do Riogran-dense buscará um atendimento maior aos jo-

vens atletas, para que tenham todas as noções básicas do futebol desde seu inicio de carreira. “Não adianta nós pegarmos eles prontos. Nós queremos que eles comecem junto conosco e que adquiram amor pelo clube desde o início”, explicou a professora.

No estádio dos Eucaliptos, as obras estão em estágio avançado. Muros de proteção nas arquibancadas, grades, cercas e alambrados são algumas das reformas feitas desde o fim das atividades do time. Casamatas para jornal-istas e Brigada Militar e portões de emergên-cia se encontram em fase de construção, além das pinturas e reformas das arquibancadas.

O gramado, apesar da boa conservação, recebe críticas do caseiro do estádio, Jader Câ-mara da Costa, 55 anos. “Essa grama é feia, fraca. De longe, parece um tapete. Mesmo as-sim, não podemos lembrar o estado do grama-do quando cheguei aqui”, compara, voltando a 1999, quando o campo era aproveitado até por motocross. “Tinha terra, pedra, tudo. Menos grama”, completa.

O clube dispõe de duas piscinas. Há a inten-ção de criar um campo suplementar no local onde se encontram. No entanto, tanto o custo de manutenção quanto o aterramento delas está fora da realidade financeira do periquito, que mantém os treinamentos no gramado do Gua-rani Atlântico.

Norma afirma que participar de um campe-onato estadual é muito caro. Em 2007, a folha mensal da equipe era equivalente a R$ 20 mil. Parcerias e patrocínios foram muito impor-tantes para manter as atividades da temporada

passada. Com a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), o clube fechou um acordo. Os acadêmicos auxiliam na parte científica, como projetos de arquitetura, obras no estádio ou até mesmo trazendo jogadores com despesas pagas pelo centro acadêmico.

O apoio das empresas locais ajudou o pe-riquito a seguir em frente na competição no ano de 2007. “A partir deles, recebemos camas, alimentação, transporte, hospedagem e assistência médica. Mas o nosso grande apoiador foi a casa Eny”, conta a professora. A empresa forneceu todo o equipamento es-portivo para o clube, entre vestuários, bolas e chuteiras. Nas tratativas de renovação, todos estes apoiadores já estão sendo contatados para se manterem junto ao clube em 2008, e a direção buscará outros patrocínios locais nos próximos meses.

A torcida fica na expectativa de ver o periq-uito novamente na primeira divisão do campe-onato gaúcho. O torcedor José Laureci Felipes dos Santos, 55 anos, chamado por “seu Zeca”, acompanha o Riograndense desde a década de 80. Servente do estádio há dois anos, acredita que a subida do coirmão à série A ajudará o clube em alguns aspectos. “Ano que vem a atenção não ficará dividida. Durante boa parte da temporada, só nós estaremos em atividade, e a comunidade irá se mobilizar para subirmos. Esse ano, o público já foi bom, mas ano que vem será melhor”, acredita.

Anderson Gonçalves,Eduardo Dias e

Lais Bozzetto

vermelhoe branco

Paulo Porto tem 56 anos e um belo currículo no futebol do interior do Estado. Foi campeão da segundona com o São José-CS, em 2002. Conquistou

a Copa RS como técnico do Esporti-vo. Em 2007, foi eleito o melhor trei-nador do Gauchão. No comando do Veranópolis, eliminou o Internacional e chegou às semifinais do torneio.

Fonte: Federação Gaúcha de Futebolwww.fgf.com.br

Campeonato Gaúcho 2008 – Série A• O Inter-SM estréia contra o Internacio-nal de Porto Alegre no dia 20 de janeiro. A partida acontece no estádio Presi-dente Vargas, em Santa Maria. Quem não conseguiu entrar no último jogo da série B, poderá usar o mesmo ingresso para acompanhar o confronto entre os colorados. CHAVE 1 CHAVE 2Grêmio JuventudeUlbra VeranópolisEsportivo InternacionalCaxias Guarany-BGNovo Hamburgo Brasil-Pel15 de Novembro São José-PoaSanta Cruz São LuizSapucaiense Inter-SM

verde e branco

Sandro Gaúcho é quem comandará o Riograndense na série B de 2008. Em seu segundo clube na carreira como treinador, tem o desafio de classificar o time santamariense para as fases finais da competição. Na temporada de 2007, o ex-jogador levou o Cachoeira à segunda fase. Como jogador, atuou três vezes no Inter-SM, rodou por sete Estados e foi artilheiro no campeonato cea-rense de 1997.

Fonte: Site oficial do Riograndensewww.riograndensesm.net

Curiosidades sobre o periquito• O Riograndense foi vice-campeão gaúcho de 1921, perdendo o título por um ponto para o Grêmio. Este foi o pri-meiro título estadual do time da capital, que tinha no gol o lendário Lara.• O maior placar em clássicos Rio-Nais foi 10 a 2 para o periquito, em 1934.• Na inauguração do estádio dos Euca-liptos, a bola do jogo foi lançada ao campo de avião.• Em 1964, os torcedores lotaram 25 vagões de trem para assistirem a par-tida decisiva contra o Nacional, em Cruz Alta. O placar foi de 2 a 1 para o Rio-grandense.

Douglas Menezes

Fotos Maurício Barbosa

Eduardo Dias

Rodrigo Simões

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esportes

Socos, chutes e batom

Mulheres nocauteiam o estresse e buscam o corpo saudável por meio de aulas de artes marciais

Batom, bolsas de grife e brincos já fazem parte do mundo das artes marciais em Santa Maria. A imagem de um espaço com muitos socos, chutes e tombos, agora é também um ambiente com luvas cor-de-rosa.

A procura por um corpo saudável e bem definido ultrapassa os limites da sexuali-dade. O Jiu-Jitsu, Kung Fu, Taeknowdo e o Boxe, lutas particularmente masculiniza-das, estão atraindo mulheres que estão em busca de perda de peso e melhoria do condi-cionamento físico e mental. As lutas, além de oferecer conhecimentos de autodefesa, trazem outros benefícios. Aumentam a resistência muscular, dão maior coor-denação motora, desen-volvem ritmo e ajudam a manter a boa forma, um dos principais fatores da procura feminina.

A professora de Educa-ção Física, Márcia Cervo Rollim, de 42 anos, afirma que é uma atividade que gasta muitas calorias. “Uma aula de boxe, utilizando o saco de pancadas, gasta em média mil calorias. Para o emagrecimento é muito recomendada. Também ajuda a aliviar o estresse do dia-a-dia”.

Para a campeã do Pan-Americano de Kung Fu em 2004, nos Estados Unidos, Car-oline Silveira Moraes, 27 anos, as mulheres demonstram mais persistência e persever-ança nas aulas iniciais. “A maioria das pes-soas acha que lutar é fácil, mas quando chega na hora, muita gente desiste nos primeiros socos”, disse.

Oferecendo modalidades como Boxe

Training, Kung Fu, Taekwondo, entre outras, a Academia Rede Mestre, especializada em artes marciais, possui 40% das vagas preen-chidas pelo público feminino. A indicação de uma amiga levou a professora de história Tanara Rodrigues, de 27 anos, a procurar a academia. “Saio do trabalho e venho direto para cá. É uma coisa que me faz muito bem”, afirma.

Já a advogada Josele Gomes, 25 anos, começou a praticar o esporte há um ano. Sua curiosidade e a busca por diversão fizeram com que procurasse o boxe train-

ing. “As pessoas não me imaginam lutando, por eu ser baixinha, delicada”, contou. A prática desse esporte requer alguns cui-dados. A instrutora Márcia Rollim salienta que é importante ensinar para as alunas algumas técni-cas para evitar possíveis lesões. “Elas tem que saber dar o soco direito,

encaixar o chute, para não se machucarem, além de usarem os assessórios de proteção”, afirma.

Elas não dispensam as bolsas, brincos, anéis e maquiagens e também procuram comprar os acessórios para a prática (luvas, roupas e faixas) em cores femininas. “São muito vaidosas. É bem engraçado, porque dá para desenvolver também um aspecto mais agressivo delas”, contou a professora Márcia.

Bernardo Beltrame Bortolotto, Fernando Ceresér, Luciana Oliveira

Minuzzi e Luisa Schneiders

para saber mais

O desempenho físico do homem é supe-rior, mas na hora de lutarem com as mul-heres eles são cautelosos. “Os homens dizem que não vou bater em mulher, mas as gurias batem neles”, comenta Caroline, em tom de brincadeira

A barreira do preconceito é quebrada aos poucos. Numa aula de Boxe, de 20 alunos, em média, 15 são mulheres. Segundo Márcia, muitas pessoas tem a idéia de que as mulheres que praticam artes marciais são masculinizadas. Para Márcia, “com o aumento delas praticando esse esporte e a ajuda de profissionais de Educação Física e da mídia, o preconceito está diminuindo. Não é esse tipo de atividade que torna a mulher mais ou menos feminina”.

A união faz a jogadaUm esporte violento, que machuca e

agride. Essa é uma idéia distorcida que se tem do rúgbi. Há pouco mais de um ano o estudante de Publicidade e Propaganda, Rafael Foletto, confirmou isto em sua visita a Buenos Aires quando observou a populari-dade e a paixão dos argentinos pelo esporte. A partir de então, Foletto buscou informa-ções sobre a possibilidade de praticar a modalidade em Santa Maria.

Ao descobrir que não havia time na cidade e apenas seis no Estado, surgiu o desejo do estudante em formar uma equipe, o Santa Maria Rúgbi Clube. A idéia se concretizou quando Foletto conseguiu reunir amigos interessados na proposta. Para torná-los rug-bistas, encontraram ainda Ljubomir Pajic, jogador da Seleção Sérvia de rúgbi há 15 anos, que se dispôs a treinar o time.

O primeiro jogo ocorreu dia 28 de outu-bro de 2006, no Centro de Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Os treinos aconteciam três vezes por semana até a disputa das pré e 4ª etapas do Campeonato Gaúcho, realizadas no

início deste ano. De acordo com o técnico em geomática, João Franscisco Piovezan, 22 anos, a equipe se encontra, atualmente, apenas uma vez por semana, por causa dos compromissos dos atletas durante o dia e à falta de iluminação do campo à noite.

Piovezan acredita que se houvesse patrocínio, problemas como esse seriam solucionados com facilidade. Mas a equipe não desanima diante das dificuldades. A meta agora é intensificar os treinamentos e se pre-parar para obter um melhor desempenho no Campeonato Gaúcho do ano que vem.

O Santa Maria Rúgbi Clube também espera difundir mais o esporte e aderir novos membros. Piovezan diz que há muito pre-conceito em relação à violência nas partidas. “Costumam comparar o rúgbi com o futebol americano”, declara. Os jogos são baseados no contato físico, mas há um grande senso de equipe entre os jogadores, onde o maior objetivo é proteger o companheiro. Para o rugbista, “não tem quem jogue e não se apa-ixone”.

Bruna Barcelos e Maitê Vallejos

• Como começou no mundo - Na versão tradicional, o criador do rúgbi foi William Webb Ellis, um estudante londrino, du-rante uma partida de futebol realizada em 1823, na Rugby School. O jovem teria fi-cado irritado com a monotonia do jogo e teria agarrado a bola nos braços e corrido o campo, provocando a ira dos colegas,

que tentaram pará-lo, agarrando-o de qualquer maneira. • O Jogo - O Rugby Union é a forma mais universal do jogo, sendo disputado por duas equipes (divididos em oito fowards e sete backs) de 15 jogadores, numa parti-da de dois tempos de 40 minutos. O obje-tivo é marcar o maior número de pontos.

• Tackle: prática em que o defensor, com choque direto, pára o atacante segurando as suas pernas para levá-lo ao chão.• Handoff: fundamento bastante utilizado por atacantes para manter o adversário longe. O jogador deve estender um braço e com sua mão manter o oponente à dis-tância. É uma tentativa de se esquivar do tackle e do confronto direto.• Maul: agrupamento de três ou mais jo-gadores que disputam a bola sustentada nas mãos de um deles.• Ruck: dois ou mais jogadores disputam a bola que se encontra no solo.• TRY: principal forma de marcar. Vale cin-co pontos. O jogador deve colocar a bola no chão, na área de “in-goal”, a partir da linha de fundo do campo adversário.

• Conversão: depois de um TRY, a equi-pe que o fez tem direito a um chute ao “H”. Vale dois pontos.• Penalty: decorre de falta grave. O time beneficiado pode cobrá-lo de três manei-ras: reiniciando o jogo; chutando a bola para fora (com a vantagem da cobrança do lateral), ou em direção ao “H” que, se convertido, rende três pontos à equipe.• Drop Goal: quando um jogador chuta a bola, em jogo contínuo, para o gol. Vale três pontos. A bola deve tocar o solo an-tes de ser chutada.• Scrum: decorrência de faltas leves, o scrum é uma formação fixa de disputa de bola.• Line-out/Lateral: Acontece quando a bola sai pelas laterais do campo.

FunDAMenTOS:

Arquivo Pessoal

Fotos Rodrigo Simões

Mulheres visam a alto defesa

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esportes

Saúde e bem-estar dentro da água

Canoagem possibilita socializaçãoDesde 2004, um grupo de pessoas sai da

rotina para participar de um projeto social. No açude localizado atrás do estádio do Centro de Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), cerca de 25 praticantes de canoagem se reúnem duas vezes por semana para remar.

No início, o objetivo era oportunizar a prática do esporte para a 3º idade, mas a proposta ganhou novas adesões. O projeto atingiu crianças e adolescentes do Bairro Camobi e do Núcleo Universitário da UFSM. Segundo um dos orientadores do projeto, Luiz Fernado Cuozzo Lemos, de 25 anos, a iniciativa tem o propósito de oferecer uma oportunidade de lazer por meio da modali-dade.

O orientador se diz satisfeito tanto profis-sional quanto pessoalmente por possibilitar a prática do esporte à comunidade. Para ele, o projeto garante mudanças positivas no dia-a-dia dos participantes. “É visível que há

modificações bastante benéficas, principal-mente na parte de socialização”, explica.

Um dos participantes que se sente ben-eficiado com as aulas de canoagem é Rafael Rosa dos Santos, de 14 anos. Para o jovem, a oportunidade garante a satisfação de fazer novos amigos e a chance de desenvolver novas habilidades. O garoto está no esporte há cerca de um mês e já se destacou. No Campeonato Gaúcho de Canoagem, real-izado em Caxias do Sul, no mês de outubro deste ano, ele conquistou uma medalha de 3º lugar na categoria K1 menor (500 metros).

O projeto de canoagem é realizado nas segundas-feiras, a partir das 15h30 e nas sextas-feiras, a partir das 14 horas. Quanto ao horário de término, há variações, por causa das condições climáticas. Já o material necessário para a prática é disponibilizado no local e a participação é gratuita.

Francine Boijink eVanessa Barbieri Moro

saiba mais• O quê: Projeto Social de Cano-agem (Canoagem na UFSM: uma nova proposta para educandos para o Bairro de Camobi)• Onde: açude localizado atrás do estádio do Centro de Educação Física na UFSM• Quando: segundas-feiras (a par-tir das 15h30) e sextas-feiras (às 14h) • Como: o projeto está aberto à comunidade, a partir dos 11 anos• Quanto: gratuito• Contato: (55) 91546900

Rafael conquistou medalha de 3º lugar no campeonato gaúcho de canoagem, em Caxias do Sul

Beleza física, a busca de auto-estima e de novas amizades são alguns dos motivos pelos quais as pessoas procuram a hidroginástica. O esporte é considerado uma atividade física que pode ser realizada por pessoas de todos os níveis de condicionamento. É con-hecido por oferecer pouco risco, devido ao baixo impacto nas articulações, pois é real-izado dentro da água. A prática regular da hidroginástica traz benefícios à saúde como a melhora das funções cardíacas e da capa-cidade pulmonar, regulação dos níveis de açúcar no sangue e o colesterol, controle da pressão sangüínea e até a satisfação sexual.

Em Santa Maria, um dos locais onde se pratica a atividade, é o Clube Recreativo Dores. A professora de hidroginástica Luciana Girpo Fernandes, de 26 anos, trabalha com pessoas das mais variadas idades, a maioria indicada por médicos. Segundo ela, os problemas são os mais diversos: articulares, de coluna, artrite, artrose e L.E.R. (Lesão por Esforço Repetitivo). Ela conta que o esporte, como todos os outros, é procurado também para fins esté-ticos, já que o exercício tem o poder de toni-ficar a musculatura e de também emagrecer. Ela explica que algumas pessoas emagrecem mais ao aliar a hidroginástica com uma dieta, outras menos, depende do metabolismo de cada um. “Já tive uma aluna que emagrecia meio quilo por aula, pedi que ela desaceler-asse”, conta.

A aposentada Clélia Juraci Pippi, de 68 anos, pratica o esporte há três anos, três

vezes por semana. Ela começou a freqüentar a piscina por causa de uma labirintite. Hoje em dia, ela sente que outro problema foi solucionado: a dor nas articulações. A aluna é das mais assíduas das turmas da professora Luciana e ainda pratica ginástica duas vezes por semana e dança no Grupo da Terceira Idade que integra.

Os laços familiares não se desfazem nem mesmo na hidroginástica. A professora Ber-nadete Dalla Corte, de 45 anos e sua filha, a nutricionista Crisnei Dalla Corte Requia,

de 25 anos, freqüentam juntas o esporte. Crisnei acompanha a mãe nos últimos cinco meses e relata que também já sentiu os efeitos positivos da atividade. O que a motivou a entrar para o grupo de alunas do Clube foi um problema na coluna.

Já Bernadete faz hidroginástica há cinco anos, com intervalos. Ela trata a dor nas costas e a depressão. “É um lugar onde me sinto bem, faço novas amizades, relaxo e descontraio”, detalha. Para ela, a orientação da professora é muito

importante. Bernadete até tentou se exercitar sozinha na piscina, mas reconheceu que, sem o acompanhamento de um profissional, os resultados não aparecem.

A Hidroginástica também é oferecida, em Santa Maria, na Academia Golfinhos e na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), pelo Centro de Educação Física e Desportos, sala 1046, no campus da Insti-tuição.Caroline Cechin e Camila Gonçalves

Hidroginástica é alternativa para

quem se preocupa com estética,

problemas de saúde e insatisfação

sexual

Luciana: hidroginástica auxilía na melhora de diversas funções do corpo

Fotos Douglas Menezes

Fotos Vinicius Freitas

Luiz Fernando Cuozzo Lemos é presidente da Federação de Canoagem do Rio Grande do Sul e vice-presidente do Clube Comercial de Santa Maria. Com outros atletas, recebe apoio do Núcleo Universitário de Educação Física daUFSM e Clube Comercial, entre outros

Projeto social é realizado no açude localizado atrás do Estádio do Centro de Educação Física da UFSM

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esportes

A escola, além de ser responsável pela educação dos jovens, também é capaz de revelar grandes talentos para o esporte. A descoberta acontece nas aulas de Educação Física. Na prática de várias modalidades de esportes, tanto individ-uais quanto coletivos, alguns jovens se destacam.

Em Santa Maria, há vários estudantes que começam a car-reira de atleta disputando campeonatos escolares. Às vezes, alguns são contratados por clubes ou empresas privadas. É o caso da estudante do Colégio Militar, Mariana Borba Trevi-san, 16 anos, que pratica atletismo. Ela começou a treinar em 2002, na 5ª série. “Tirei a nota máxima no primeiro teste físico que fiz. Ai a professora me chamou para treinar”.

Com cerca de 115 medalhas, ela até já representou o Brasil no Campeonato Sul Americano sub-14 de Atletismo, em 2005, em Buenos Aires, na Argentina. “Competi pelo pentatlo. Eram umas 16 meninas. Fiquei em quinto lugar”. Entretanto, ela acha que descobriu suas habilidades um pouco tarde. “Se eu tivesse me dedicado desde pequena poderia ser ainda melhor.” Desde 2006, Mariana corre e é patrocinada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

Um pouco diferente é a situação do estudante Raí Lima Ienssen, 18 anos, jogador do Riograndense Futebol Clube, de Santa Maria. Ele começou a jogar futebol pelo time da sua escola e no campeonato Estadual do time Novo Hori-zonte, foi descoberto por um olheiro enquanto atuava. Apesar de talentoso, o rapaz diz que enfrenta dificuldades para seguir seu sonho de um dia jogar em um grande clube. “Sou de uma família humilde, que não tem dinheiro sufici-ente para as despesas com os jogos. Em Santa Maria falta muito patrocínio. As empresas deveriam ter mais interesse pelos iniciantes”, salientou.

De fato, as empresas não investem nos esportistas santa-marienses. Segundo o jornalista e professor de Educação Física, Clery Quinhones de Lima, 56 anos, que trabalha na Secretaria de Esportes, o patrocínio é inexistente, pois as empresas querem retorno imediato dos atletas nas com-petições. “Como são jovens, e ainda por cima iniciantes, é quase impossível se ter um retorno imediato. As empresas não entendem isso e deixam de financiar a formação desses atletas. Então o patrocínio acaba sendo dos pais, o chamado paitrocínio”, declara.

Camilla Lopes eElenice França Dutra

Projeto do governo federal leva cidadania por meio do esporte para comunidades carentes

Desde março deste ano, mais de duas mil pessoas têm acesso ao Programa de Esporte e Lazer (PELC) em Santa Maria. A iniciativa é uma parceira entre a Prefeitura e o Governo Federal e leva às comunidades onde havia pouco ou nenhum acesso ao esporte, profissionais especializados e condições apropriadas para a prática de atividades físicas. Na cidade funcionam cinco núcleos, onde são atendidas pessoas de todas as idades.

O Pão dos Pobres, a Associação Cabos e Soldados, a Uni-versidade Federal de Santa Maria (UFSM), o Guarani Atlân-tico e Orico são os locais que sediam o projeto. Cada núcleo tem um coordenador geral e conta com seis bolsistas. Entre as atividades praticadas estão o vôlei, futebol, judô, ginástica, dança, hidroginástica e natação. Uma vez por mês são real-izadas atividades conjuntas, como apresentações artísticas.

Conforme o professor de futebol, Marcelo Trevisan Pereira, 26 anos, que atua no núcleo Pão dos Pobres, a modalidade tem mais de 250 inscritos. Trevisan explica que ocorrem campeonatos que visam à integração. Ele acredita que o esporte reforça princípios e valores, e que o vínculo criado com os alunos é fundamental. “É importante o profes-sor saber o que acontece com a criança. Nossa obrigação é ter a cabeça aberta e se envolver com os alunos”, diz.

A diretora da Secretaria de Esporte e Lazer de Santa Maria (Smel), Isabel Cristina Baggio considera que a iniciativa é fundamental por que trabalha várias capacidades, como ações em equipe, convívio com pessoas de outras idades e valores. Isso possibilita um desenvolvimento da criatividade das cri-anças e jovens. “O esporte não é só uma prática, mas um acesso a um bem cultural a que todos têm direito”, enfatiza.

A atividade física melhora a auto-estima das crianças e também ocupa o tempo ocioso delas. Daniel Maiton Pereira, 14 anos, pratica futebol. Para ele, o esporte tem função social. “Além de ocupar o tempo, também tira os menores das ruas”, justifica . A estudante Ana Carolina Gomes da Silva, 12 anos, acha que é melhor estar no projeto do que ficar em casa. “Faço vôlei e capoeira. Se não estou aqui, estou vendo tele-visão ou dormindo. Gosto porque aqui eu faço algo que eu aprendo”, diz ela.

Além da atividade física, as comunidades também têm acesso às oficinas de nutrição e outros projetos na área da saúde. O comitê gestor, formado por representantes de usuários, professores e coordenadores, encontra-se uma vez por mês para avaliar o que é feito e reivindicar melhorias. A meta para 2008 é expandir o projeto a outras comunidades.

Ananda Delevati e Lais Bozzetto

Incentivo à inclusão socialJovens de talento

Fotos Douglas Menezes

Pão dos Pobres é um dos locais que sediam o Programa de Esporte e Lazer (PELC). A equipe de futebol conta com mais de 250 inscritos. A iniciativa é uma parceria entre a prefeitura e o Governo Federal

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esportes

Da paixão pela moto, das manobras radic-ais e da dominação da máquina pelo homem nasce o Wheeling. Esse esporte tem origem no Brasil e é uma modalidade de motoci-clismo urbano. Em Santa Maria o esporte é difundido pela Equipe Total Wheeling, que participa do Campeonato Sul-americano.

O integrante do grupo santa-mariense e que está em 3° lugar no campeonato sul-ameri-cano, Douglas Bittencourt Acosta, de 23 anos, fala que a essência desse esporte é o homem conseguir dominar todas as funções da moto.

Acosta conta que começou a prática depois de assistir uma competição em que se admirou com as manobras e foi atrás dos participantes para se informar sobre a modalidade. “Tinha acabado de comprar minha moto, sem ter a intenção de praticar o esporte. Comecei a treinar. Nos reunimos e formamos a equipe”, diz.

Para o competidor de Santa Maria, um dos principais problemas é a falta de um autódromo ou de um lugar adequado para os treinos. A equipe Total Wheeling realiza seus

treinos numa quadra abandonada na Faixa Nova de Camobi. Outra dificuldade é que, para evoluir no esporte, a equipe necessita participar das competições, o que, segundo Acosta gera muitos gastos. “Nos organiza-mos para manter os custos do esporte e nos atualizar. Contamos com patrocínios na cidade, porém na maioria pequenos”, escla-rece. A empresa Moto Campos é a principal aliada do grupo, que desde o início das ativ-idades é responsável pela manutenção das motocicletas, além de disponibilizar o lugar

onde as motos ficam guardadas.Ainda não há a disputa de campeonatos

em nível estadual. Mas o esporte já conta com competições em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Também há etapas do sul-americano e Brasileiro, para o qual a equipe de Santa Maria se prepara para participar no ano que vem. “Para com-petirmos no brasileiro, iremos precisar de apoio de toda a cidade, inclusive dos órgãos públicos”, destaca.

Júlio Cesar Marin

Parceria entre prefeitura e Governo Federal garantirá oficinas de skate, grátis, nos bairros da cidade

Em Santa Maria não há espaços seguros e viáveis para a prática do Skate. As pistas do Centro Desportivo Municipal (CDM) e do Ginásio Oreco estão quebradas e a prática em qualquer lugar público da cidade está proibida.

No entanto, por meio de um convênio entre a prefeitura e o Governo Federal, a cidade foi con-templada, no ano passado, com o Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC). O pro-jeto tem como proposta atender as necessidades e demandas das comunidades.

A maioria está em situação de vulnerabilidade social em relação à prática do esporte e do lazer. Um dos cinco núcleos instalados encontra-se no bairro Tan-credo Neves, onde o profissional de Educa-ção Física, Jari Santos de Carvalho, 25 anos, é morador e coordenador da iniciativa.

A administração municipal, em parceria com os praticantes, a partir do orçamento participativo, tem intenção de consertar as pistas e, junto com o PELC, multiplicar os espaços para a prática de esportes como o Skate.

Skatista amador desde 1998, o coordena-dor sugeriu que a prática fosse incluída nos planos do PELC. O pedido foi aceito e logo o núcleo estará recebendo materiais para o desenvolvimento de oficinas de Skate. O participante terá todo o acompanhamento de professores e a segurança ao utilizar o equi-pamento protetor.

Para o professor, a prática irá contribuir na formação e desenvolvimento dos adeptos. “A expectativa é que para o início do ano já estejamos prontos para abrir as inscrições para as oficinas, que serão gratuitas e para todas as idades”, conta Jari.

Um dos grandes desafios, segundo ele, é trazer para Santa Maria etapas do Circuito Gaúcho de Skate, contri-

buindo para a difusão do esporte. “Todavia, é preciso desenvolver melhor a estrutura física, como pistas, praças e espaços para a prática cultural da cidade, desmistificando a imagem de prática marginal do Skate”, revela Jari.

Para alguns praticantes, o Skate serve como atividade de lazer. São incentivadores de iniciativas particulares e da divulgação

dos princípios e atitudes do esporte. Vesper-tino Bonorino (Preto), 20 anos e Antônio Dias, de 21, são comer-ciantes de produ-tos para skatistas.

Os dois prati-cam o esporte há cinco anos. Uma nova pista será

inaugurada, pelos amadores, na Avenida Borges de Medeiros com a Rua Coronel Niederauer, atrás do Skato Bar. “É um lugar fechado, coberto, de madeira, aberto ao público. Os esportistas estão na expectativa, principalmente, os de outros bairros”, conta o empreendedor. Os jovens itaquienses exe-cutaram com sucesso o mesmo projeto em sua cidade-natal, sem fins lucrativos.

Os campeonatos regionais e estaduais ocorrem em cidades como Santa Cruz do Sul, onde recentemente foi construída uma pista profissional. A prática da modalidade pelo sexo feminino é comum por lá, o que não acontece em Santa Maria. Mas o esporte é democrático e pode contar com a participa-ção de ambos os sexos.

Os skatistas santa-marienses e da região participam de competições em Santo Ângelo, Ijuí, Novo Hamburgo, Porto Alegre e mais algumas cidades, em excursões organizadas.

A associação de skatistas e grupos como o PELC realizam eventos como o “Domingo no Parque”, no Parque Itaimbé, e o “Remando Contra o Frio”, campanha do agasalho real-izada na Rua Tancredo Neves com diversas atrações culturais e artísticas.

O movimento carrega uma ideologia, que vai além da atividade física. Andar, cair, levantar e fazer de novo, como nas manobras. “Torcer é emo-cionante. Quando alguém acerta, vibramos juntos. Se errar é só levantar e tentar de novo”, conta Dias.

As calças largas, camisetão, boné ou “rasta” e tênis (shoes) mostram origi-nalidade e expressão. Até na pele estampam o amor pelo esporte.

Potira Souto, Dieice Viário e Flávia Alli

Wheeling: o prazer de dominar as máquinas

Guerreirosdo asfalto

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especial – Xi simpósio de ensino, pesquisa e eXtensão (sepe)

Promover a saúde e a melhora da qualida-de de vida das idosas. Esse é o objetivo do projeto “Envelhecimento com saúde: ação interdisciplinar na qualidade de vida de ido-sas institucionalizadas”, das acadêmicas de Psicologia Aline de Farias e Ludiana Rodri-gues. O trabalho, apresentado durante o Sepe, valoriza o lúdico como meio de estimulação pessoal, promovendo um ambiente agradá-vel para as idosas institucionalizadas no Lar das Vovozinhas. Através das visitas sema-nais, as senhoras mostraram-se descontra-ídas e com vontade de realizar diferentes atividades, entre elas, pinturas, desenhos, dança e jogos.De acordo com as estudantes, as atividades contribuíram para o desenvolvimento motor, crescimento social e emocional das idosas. As intervenções no Lar tiveram êxito quando organizadas de forma interdisciplinar, inte-grando atenção e assistência à elas. “Existe uma troca mútua de conhecimentos, lições de vida e sabedoria. Envelhecer faz parte da evolução humana”, comenta a acadêmica Aline, 23 anos.As estudantes concluem que a atividade físi-ca torna a velhice mais ativa e saudável. As práticas de ações educativas propiciam uma melhoria da qualidade de vida com implica-ções sociais, psíquicas e fisiológicas.

Nos dias 7, 8 e 9 de novembro, no pátio do Campus 1 do Centro Universitário Franciscano (Unifra), ocorreu a mostra de pôster do XI Simpósio de Ensino, Pes-quisa e Extenção (SEPE). Com diversas atividades ocorrendo simultaneamente, os pôsteres ficaram expostos para os alunos, mudando diariamente de acordo com as áreas de abrangência.

Ciências da Saúde expuseram nos dias 8 e 9 de novembro, as Ciências Sociais Aplicadas, Artes, Letras e Comunicação no dia 8, e por último, as Ciências Nat-urais e Tecnológicas no dia 9. Os trabalhos foram separados por ruas, cada qual abor-dando um dos temas do simpósio. Foram elas: Içami Tiba – Humanização, Eduardo

Bueno – Cultura, Dráuzio Varella – Ciên-cias e Ethevaldo Siqueira – Ciências.

Na opinião dos alunos que participa-ram “é muito positivo participar, não só expondo, mas tendo a oportunidade de ver a pesquisa dos outros colegas”, afirma a acadêmica do 7º semestre de nutrição Débora Dalcin Fernandes. Para Marília Rippe, do curso de Odontologia da Uni-versidade Federal de Santa Maria (UFSM) que participa de um evento do tipo pela primeira vez, a experiência é muito boa.

Os trabalhos expostos passaram por um processo de avaliação feito por professores da Unifra. A razão para isto é verificar se os alunos expositores realmente fizeram o trabalho e estão interados sobre o assunto.

“Este ano não há critérios de avaliação, mas a partir da avaliação, será desenvolvida uma cartilha de critérios para ser usada ano que vem”, comenta o professor dos cursos de Farmácia, Biomedicina e Enfermagem, Roberto Santos.

Na visão do presidente da Comissão Executiva do evento, Gilberto Orengo, o Sepe tem melhorado a cada ano. “Mais tra-balhos inscritos, um evento melhor orga-nizado”.

O Sepe contou, além dos mais de 180 pôsteres, apresentações orais totalizando 867 trabalhos.

Igor Borges Müller, Carine Jorgens Horstmann e

Carolina Moro da Silva

Humanização, Ciência e Cultura foi o tema do XI Simpósio de Ensino Pesquisa e Extensão (Sepe), que ocorreu nos dias 7, 8 e 9 de novembro, no Centro Uni-versitário Franciscano (Unifra). No simpósio, são apre-sentados trabalhos dos acadêmicos de todas as áreas da faculdade, em comunicações orais ou em pôsteres.

O curso de Direito trouxe uma questão importante num de seus trabalhos. A Interconstitucionalidade Ambiental na América do Sul foi o tema do trabalho dos acadêmicos Cristina Dillmann, Emília Giuliani, Rodrigo Seidl e Keli Sagrilo, do 6º semestre do curso.

Através de pesquisas e comparações entre as con-stituições de países da Europa, da União Européia e da América do Sul, os acadêmicos analisaram as leis que

concernem ao meio ambiente. A partir da análise, eles afirmam ser possível a instalação de uma constituição comum aos países latino-americanos, para proteger o meio ambiente.

De acordo com os acadêmicos, “é possível criar uma rede de interconstitucionalidade ambiental de uma maneira isolada, sem a necessidade da criação de um bloco econômico, com nos países Europeus”.

Os acadêmicos, acreditam que fenômenos como o aquecimento global podem ser controlados se houver a colaboração de todos os países, através de medidas como o Protocolo de Kyoto, que prevê a redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa.

Pedro Antunes

Oportunidade para compartilhar estudos

Por um planeta saudável

Durante o Sepe, a produção científica das diversas áreas da Unifra foi apresentada

em mais de 180 pôsteres, além de centenas de comunicações orais. Os três dias de exposição oportunizaram a visitação de alunos, professores e

funcionários da instituição. A reitora Irani Rupolo (à direita) prestigiou o evento

Fotos Rodrigo Simões

envelhecercom saúde

brincarpara curar

A importância do brincar no contexto hospi-talar é um dos trabalhos apresentados no XI Simpósio de Ensino, Pesquisa e Exten-são (SEPE) da Unfira. O projeto das aca-dêmicas de Psicologia da Unfira, Danielle Gastmann, Luciana Ferreira, Patrícia Silva e Simone Dummeel tem como objetivo a realização de brincadeiras para amenizar o sofrimento de crianças que se encontram em ambiente hospitalar de Santa Maria.O contexto hospitalar é um ambiente desco-nhecido para as crianças que, por diversos motivos, distanciaram-se do seu ambiente familiar e todo seu suporte. Além disso, elas são submetidas a procedimentos médicos incômodos que podem afetar o desenvolvi-mento, interferindo na qualidade de vida.A importância do ato de brincar pode ser percebida durante a hospitalização. Os aspectos que justificam a importância são muitos, porém, mais do que relevante, o brincar no hospital é necessário. É a lingua-gem da criança, sua forma de expressão dos sentimentos e o meio para apropriar-se dos recursos necessários ao enfrentamento da doença e da dor. Proporcionar oportuni-dade para que a criança brinque no hospital é um modo de preservar seu direito à brin-cadeira. Dessa forma, as acadêmicas realizaram trabalhos na Brinquedoteca e nos leitos da Unidade Pediátrica da Casa de Saúde de Santa Maria. Através de uma observação participante, elas buscaram compreender fenômenos psicológicos do desenvolvimen-to infantil. As estudantes concluem que brincar é um ato benéfico para a criança, pois ameniza o sofrimento e contribui para uma interação menos traumática.

Carlos Sanchotene

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especial – Xi simpósio de ensino, pesquisa e eXtensão (sepe)

Na quinta-feira, 2º dia do Sepe, ocorreu o lançamento do livro “Receitas Doce Vida”, no pátio do campus I da Unifra. A publica-ção foi realizada pela coordenadora do curso de Nutrição, professora Marlene da Silva Mello Dockhorn, e acadêmicas.

O livro faz parte do projeto “Cantinho da Saúde: higiene e bons hábitos alimen-tares prevenindo e controlando doenças metabólicas”, que vem sendo realizado há dez anos, no Núcleo de Práticas Profis-sionais, na Pró- Reitoria de Extensão. As receitas do livro foram avaliadas e pre-paradas no laboratório de nutrição, pelos acadêmicos. Essas receitas também foram distribuídas para as crianças participantes do projeto do Núcleo.

Segundo Marlene, ao desenvolver o pro-

jeto, identificou-se que a maior dificuldade das mães, era o que oferecer de lanche ao seu filho. Assim, o livreto foi criado com a finalidade de mostrar como é fácil plane-jar e elaborar lanches adequados, reunindo receitas criativas para todas as idades, satis-fazendo toda família, melhorando a dieta e proporcionando o bem estar de todos.

Marlene também explicou durante o lançamento do livro, que para as crianças pequenas, uma refeição simples, como o lanche da tarde ou o da manhã tem grande importância nutricional.

O livro também serviu para os alunos do curso de Nutrição testar seus conhecimentos, já que todas as receitas foram preparadas e analisadas do ponto de vista nutricional.

Sacha Rochele

Com a crescente globalização, torna-se cada vez mais necessário o desenvolvim-ento de ferramentas que venham a colabo-rar com a qualidade de produção dentro das empresas. Essas soluções visam eliminar desperdícios, reduzir custos e evitar o retra-balho. Pensando nessas questões, Dienara Aline Grapiglia, 27 anos, pós-graduanda em Gestão de Pessoas e Marketing pela Unifra desenvolveu e aplicou uma pesquisa sobre o Controle Estatístico de Processo (CEP).

Os resultados do estudo foram apresen-tados em exposição oral durante o XI Sepe.Para a pesquisadora, o objetivo do programa é aprimorar e controlar o processo produ-tivo por meio da identificação das diferen-tes fontes de variabilidade do processo. Para isso, utililiza-se conceitos de estatística pro-curando separar os efeitos da variabilidade causada pelas chamadas Causas Comuns, ou seja, àquelas inerentes à natureza do processo produtivo, das Causas Especiais, ou àquelas derivadas da atuação de variáveis específicas e controláveis sobre o processo.

“A técnica é composta de uma ferramenta principal denominada gráficos de controle que permite identificar se o processo está sob controle estatístico, situação em que atuariam somente causas comuns”, comenta Dienara. Esse controle estatístico é implan-tado por meio de um ciclo onde são coletados os dados do processo. Depois monitora-se sua situação (verificando se o mesmo per-

manece sob controle estatístico). Logo após são realizadas as análises para eventuais pro-postas de melhorias dos patamares de des-empenho.

Dienara buscou aprofundar os conheci-mentos teóricos e analisar o desempenho do CEP dentro de uma empresa de manufatura. Além disso, mostrou as principais dificul-dades encontradas pela empresa na apli-cação do controle estatístico de processo; identificar quais foram as mudanças que ocorreram no sistema de produção durante a implementação do processo; levantar as dificuldades encontradas pelos funcionários em compreender as informações.

A pesquisa se baseou em técnicas quali-tativas, estudos de caso, coleta de dados, análise de observações e estruturas semi-estruturadas. Assim, visou-se uma readapta-ção do manual de treinamento no controle de qualidade. “Pessoas com mais de 12 anos na empresa que não compreendiam o processo de análise. Depois que passaram a entender as planilhas, a capacidade produtiva aumen-tou muito”, explica a autora. Ocorreram algumas mutações como: qualidade garan-tida dos produtos; metodologia pró-ativa, tempo reduzido de fabricação; maior quali-ficação profissional e mudança cultural dos funcionários. Para finalizar, a apresentadora fez uma correlação entre os problemas da empresa e as soluções para saná-los.

Alessandro Mathias de Oliveira

‘Cantinho da Saúde’ vira livro

Um controle para a qualidade

O primeiro dia do XI Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepe), da Unifra, sur-preendeu pela quantidade de pessoas que passaram prestigiando o evento. Pela parte da manhã, foram realizadas exposições orais da área de Ciências Sociais e Aplicadas. Os participantes puderam, além de trocar experiências, entender um pouco mais sobre o processo de construção de uma pesquisa.

Durante a tarde, houve apresentação de pôsteres da área da Saúde, somando um total de 180 painéis inscritos. Às 16 horas, acon-teceu uma interação entre os autores dos banners e os participantes, onde puderam trocar idéias e argumentos.

A estudante do 6º semestre de Terapia Ocupacional, Inara Pinto, 21 anos, produziu dois pôsteres para o evento. Um deles sobre Terapia Ocupacional no Sistema Único de Saúde (SUS): Integralidade, participa-ção e acesso. O trabalho atraiu a atenção

dos curiosos e rendeu elogios à expositora. “Este trabalho é fruto de uma pesquisa que venho desenvolvendo há meses, e espero dar alguma contribuição à minha área de atu-ação”, revela a estudante.

Outro trabalho que obteve destaque foi “Relato de Vivência no Lixão Municipal e Associação dos Catadores de lixo”, onde foram apresentadas situações que os cata-dores de papel sofrem no cotidiano. Além de se preocupar com o lado social, o trab-alho mostra a questão da saúde em que estes ficam expostos.

A integrante da Comissão Executiva do SEPE, Geovana Trevisan, 28 anos, respon-sável pelo núcleo de eventos da Unifra, argumenta que a “troca de experiências e idéias fortalece o ambiente acadêmico. Ele oportuniza o aluno a tornar público o seu conhecimento”, explica Geovana.

Luis Otávio Daruy

Jornada com bom início

Programação diversificada marcou o evento do início ao fim. Já na sessão de abertura (à esquerda), ocorreram homenagens e apresentação musical. Mais tarde, o espaço artístico foi assegurado pela dança folclórica (abaixo)

Fotos Douglas Menezes

As áreas de conhecimento da instituição se revezaram em comunicações orais

em cada um dos dias do XI Sepe

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Dezembro De 2007

Jornal experimental do Curso deComunicação Social - Jornalismo - UNIFrA

11ª Impressão

Guerra de tinta

Cresce o número de adeptos do esporte. Boas condições geográficas da Região Central e o baixo custo da prática são atrativos. Página 3

Maioria dos competidores de paintball é do sexo masculino, mas mulheres já marcam presença no campo de batalha. Página 4

Douglas Menezes

Fisioterapiaa serviço

do esportePágina 2

exercíciofaz bem em

todas as idadesPágina 7

elas nocauteiam o estresse com artes marciais

Página 10

emoção e belezanos céus da região

Arq

uivo

Pes

soal