revista 11ª edição

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PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUÍNOS • ANO 3 • Nº 11 • JUL/AGO • 2014 Revista S uinocultura da PRODUÇÃO DE TEORIA E PRÁTICA ABCS LANÇA LIVRO INÉDITO PRODUÇÃO DE SUÍNOS É TEMA DA OBRA COM MAIS DE 100 AUTORES E 900 PÁGINAS DE CONTEÚDO ATUALIZADO

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Page 1: Revista 11ª edição

PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUÍNOS • ANO 3 • Nº 11 • jul/ago • 2014

RevistaSuinoculturadaP r o d u ç ã o d e

t e o r i a e p r á t i c a

ABCS lAnçA livro inéditoProdução de suínos é tema da obra com mais de

100 autores e 900 Páginas de conteúdo atualizado

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Essa edição será memorável para nós da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). Nesta capa, temos estampada uma das maiores entregas desta entidade ao setor de suínos do Brasil e

como coordenadora editorial, a ABCS tem orgulho de apresentar ao setor essa obra que reúne o conhe-cimento dos mais renomados profissionais da cadeia de suínos.

Ao todo são 21 capítulos que abordam diversos aspectos relacionados a produção de suínos, desde a evolução desta cadeia de produção, conceitos e perspectivas de melhoramento genético, os diferen-tes sistemas de produção e planejamento, biosseguridade e imunidade de rebanho, ambiência e bem--estar animal, gestão de talentos e de informação, tratamento de resíduos e evidentemente as estraté-gias de manejo reprodutivo e nutricional de suínos em todas as fases de produção.

O livro é parte da ação do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), e tem como parceiro o Sebrae Nacional. A elaboração da obra também contou com a coordenação técni-ca da Integrall – Soluções em Produção Animal e com o apoio e dedicação dos mais de 100 autores e coautores que investiram tempo na produção de artigos inéditos e conteúdo exclusivo para a suinocultura nacional.

Entre outros assuntos, abordamos também nessa edição nosso estado de alerta permanente jun-to ao MAPA, para prevenir a entrada do PEDv no Brasil. Entre as medidas, está o aumento no rigor para importação de animais vivos e sêmen, onde a Estação Quarentenária de Cananéia – reativada em abril deste ano – tem papel fundamental.

Apresentamos também a preparação da 2ª Semana Nacio-nal da Carne Suína, que acontece de 03 a 17 de setembro nas lo-jas Pão de Açúcar e Extra de todo país, uma parceria de sucesso entre a ABCS, o GPA e o Sebrae Nacional.

A todos uma ótima leitura!

Marcelo LopesPresidente da Associação Brasileira

dos Criadores de Suínos

Editorial

Expediente

ABCS - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUÍNOS

Sede Brasília / Setor de Indústrias GráficasQuadra 01 | Lote 495 |Ed. Barão do Rio Branco Sala 118 | CEP: [email protected]

DIRETOR EXECUTIVO

Fabiano Coser

CONSELHEIRO PRESIDENTE

Marcelo Lopes (DF)

CONSELHEIRO FINaNCEIRO

José Arnaldo Cardoso Penna/MG

CONSELHEIRO TéCNICO

Paulo Lucion/MT

CONSELHEIRO DE RELaçõES DE MERCaDO

Valdecir Folador/RS

CONSELHEIRO aDMINISTRaTIVO

Paulo Hélder Braga/CE

JORNaLISTa RESPONSÁVEL

Tayara Beraldi

REPóRTER

Adriana Araújo e Daniel Azevedo

PROJETO GRÁFICO

Cannes Publicidade / Duo Design

DIaGRaMaçÃO

Duo Design

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Índice

12 prevenção Biosseguridade eqc é referência mundial5 Giro ABCS

Diretor-executivo apresenta painel sobre doenças emergentes no SBSS / 5ABcS participa de debate promovido pelo Sindirações / 5ABcS apresenta à BRF ações da entidade para promoção da suinocultura / 6Revista Época afirma: “Gordura sem medo” / 6

20 preços recordesespecialistas apontam para sustentação das margens do suinocultor

24 entrevista “2014 será um marco para a suinocultura brasileira”, diz ministro

28 varejoPreparação da 2ª SNcS em todo país

46 SABor SuBlimeBife com fritas / 46

40 entre AmiGoSInfo360: primeiro evento dedicado à informação para a suinocultura / 44Ourofino é eleita uma das 25 melhores empresas para trabalhar / 44 Zoetis lança primeira e única vacina no País para a prevenção da Influenza em suínos / 45Seminário Agroceres PIc e Génétiporc debate cenários para 2025 / 45

8 CApASuinocultura atualizada

31 reSultAdoS pndS Goiás / PNDS e AGS capacitam mais de 150 produtores e colaboradores com cursos do Senar / 32

distrito federal / 6º Festival Sabor Suíno movimentou restaurantes de Brasília / 33

Mato Grosso / 10º encontro de Suinocultores destaca principais tendências do mercado suinícola / 34

Minas Gerais / 8ª Suinfest debate futuro da atividade / 36 Seminário da Suinocultura Moderna foca tendências da atividade / 36

Maranhão / PNDS Sustentabilidade elabora projeto de expansão para o Frigorífico Agrolusa / 37

rio Grande do sul / Mais de 600 produtores participaram da 40ª edição do Dia do Porco em estrela (RS) / 38

ceará / ABcS e ASce realizam fórum de sustentabilidade da suinocultura / 39

serGipe / ABcS e SUINSe promovem capacitação de cortes suínos em Aracaju / 41

espírito santo / Melhor desempenho dos leitões ao nascimento é tema do qualificases / 42

pernaMbuco / PNDS promove Fórum de Sustentabilidade em Pernambuco / 43

16 pedSuinocultura brasileira em alerta

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Giro ABCS

O diretor-executivo da ABCS, Nilo de Sá, fechou os debates no pri-

meiro dia do VII Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), realizado de 05 a 07 em agosto, peplo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), em Chapecó (SC).

A Diarreia Epidêmica Suína (PED) foi o principal tema desse primeiro dia do simpósio. Para Nilo, a participação da ABCS em um evento como o SBSS é fundamental já que seus partici-pantes são os principais responsáveis pelos controles de biosseguridade em centenas de granjas. “A ABCS divulga as orientações de combate à PED e o trabalho junto ao Ministério [MAPA] para evitar a chegada da doença. Nos-so papel é informar o setor sobre esta enfermidade que está em evidência mas também sobre outros cuidados

que devemos ter”, introduziu.O diretor-executivo da ABCS lem-

brou também que o diálogo com os participantes permite conhecer as boas iniciativas e sugestões da região Sul, que é referência em status sanitário no país, para eventualmente estimulá--las em todo o Brasil. “Sem dúvida é im-portante o feedback destes profissio-

nais. Podem surgir boas sugestões que sejam úteis no Brasil inteiro”, comentou.

Na ocasião, a ABCS entregou tam-bém o livro “Produção de Suínos: Teoria e Prática”, uma obra inédita que aborda di-versos aspectos relacionados à produção de suínos. Foram sorteados 20 exempla-res do livro “Produção de Suínos: Teoria e Prática” entre os participantes.

diretor-exeCutivo ApreSentA pAinel SoBre doençAS emergenteS no SBSS

ABCS pArtiCipA de deBAte promovido pelo SindirAçõeS

O presidente da Associação Bra-sileira dos Criadores de Suínos

(ABCS), Marcelo Lopes, e o diretor--executivo, Nilo de Sá, participaram, nesta terça-feira (12), de evento pro-movido pelo Sindicato Nacional das Indústrias de Alimentação Animal (Sindirações, São Paulo/SP), em Cam-pinas (SP), para discutir a conjuntura política e econômica do país frente a eleição que se aproxima.

Com o objetivo de proporcionar e aprofundar as discussões sobre

o cenár io pol í t ico e econômico brasileiro e as perspectivas, o en-contro contou com a participação

de importantes personalidades do setor, como o Deputado Federal Luis Carlos Heinze, Dr. José Mendonça de Barros e Dr. Alexandre Lahoz Men-donça de Barros.

A suinocultura teve destaque nos debates que abordaram o bom momento vivido pelo setor. A con-tr ibuição do agronegócio para o crescimento da economia brasileira e a baixa no preço dos grãos também fizeram parte da pauta de discussão dos participantes.

Objetivo do encontro foi aprofundar as discussões sobre o cenário político e econômico brasileiro

A ABCS sorteou 20 exemplares do livro “Produção de Suínos: Teoria e Prática”durante o SBSS.

A suinocultura teve destaque nas discussões

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Giro ABCS

A Associação Brasileira dos criadores de Suínos (ABCS) esteve no dia 14

de agosto na sede da BRF em Curitiba/PR para apresentar ao diretor de agronegó-cio da empresa, Luiz Stabile, as ações de promoção da carne suína desenvolvidas pela entidade e seus parceiros.

O presidente, Marcelo Lopes, o diretor--executivo, Nilo de Sá, e a coordenadora do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), Lívia Machado, levaram ao conhecimento do executivo os projetos que ABCS desenvolve, como o PNDS que capacita produtores e promove o consumo da carne suína.

Desde o início em 2010, as ações do projeto já elevaram o consumo para 15/kg, por ano. A pauta do encontro

incluiu ainda os temas como mercado, campanhas de marketing e diversas outras ações em prol do desenvol-vimento da suinocultura brasileira,

além do Lançamento da Semana Na-cional da Carne Suína que acontece de 03 a 17 de setembro em todas as lojas do Grupo Pão de Açúcar e Extra.

A revista Época, distribuída no dia 3 de agosto, trouxe em sua matéria

de capa “Gordura sem medo” a con-clusão dos mais consistentes estudos científicos que derrubam o “dogma” contra o consumo de gordura na ali-mentação. A matéria indica os grupos alimentares necessários para a saúde. As fontes de gorduras recomendadas são as carnes, como a carne suína que é rica em vitaminas e tem um dos me-nores índices de colesterol, além dos ovos, o leite, os laticínios e as castanhas.

A publicação tem base no l i-vro “Big Fat Surpr ise”, de grande repercussão nos EUA e Europa, ao comprovar que o “vilão” da saúde é o excesso de carboidrato, os alimentos industrializados e o sedentarismo e

não a gordura. Como diz o subtítulo: “Novas pesquisas reabilitam a man-teiga, o torresmo, o ovo – e outras tentações deliciosas que os médicos mandam evitar”.

A reportagem elenca vários e consistentes estudos que provam o contrário bem como o depoimento de autoridades no assunto, até mesmo médicos que mudaram de opinião, para fazer o contraponto e proclamar a “redenção” da gordura já que “nenhum alimento, isoladamente, pode ser acu-sado de causar doenças”.

A revista chega a afirmar que o im-portante é “comer comida de verdade” e fugir dos processados. O único ponto de vista negativo é a relação entre gor-dura saturada e altos níveis de coles-terol, apontada por um cardiologista. No entanto, estudos mais completos demonstram que reduzir a gordura (saturada ou não) na dieta não traz ne-nhum benefício cardiovascular.

ABCS ApreSentA à BrF AçõeS dA entidAde pArA promoção dA SuinoCulturA

reviStA époCA AFirmA: “gordurA Sem medo”Série de estudos derrubam dogma contra o alimento

ABCS apresenta à BRF projetos que a entidade desenvolve

Carne suína é fonte de gordura saudável

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SuinoCulturAAtuAlizAdA

Capa

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) lançou no dia

24 de julho, no Dia do Suinocultor, em parceria com o Sebrae Nacional, o livro “Produção de Suínos: Teoria e Prática” para profissionais, produtores, lideran-ças e especialistas do setor na sede da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), em Brasília.

Sem fins lucrativos, o livro “Pro-dução de Suínos: Teoria e Prática” foi pensado para preencher a lacuna existente de uma obra que tratasse de forma ampla a evolução da cadeia de produtiva. Assim, os interessados terão acesso a conceitos de melhoramento genético, sistemas de planejamento, gestão, biosseguridade, gestão de talentos e estratégias de manejo re-produtivo e nutricional dos suínos para melhorar a eficiência em todas as fases de produção.

A ABCS coordenou a edição da publicação e a Integrall Soluções em Produção Animal realizou a coordena-ção técnica para que 109 subcapítulos escritos por 105 autores fossem com-pilados em 21 capítulos que abordam a base teórica e prática para a melhoria das técnicas de produção e aplicação de novos conhecimentos nas granjas.

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O encontro foi aberto pelo presi-dente da ABCS, Marcelo Lopes, que co-mentou sobre os principais objetivos da associação e agradeceu ao apoio dos parceiros como o Sebrae Nacional e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Antes do lançamento oficial do livro foram realizadas as palestras “Si vis pacem, para bellum” (Se quer paz, prepare-se para a guerra), do diretor do Departamento de Saúde Animal do MAPA, Gui lherme Marques, e “Biosseguridade frente aos novos desafios sanitários”, do médico ve-terinário da Integrall Soluções em Produção Animal e membros da co-ordenação técnica da obra lançada, Iuri Machado.

Lançamento oficial do livro junto ao setor

A ABCS, junto ao seu Conselho, reuniu para o lançamento oficial o Se-brae Nacional, MAPA e CNA. O evento também contou com a presença de produtores, acadêmicos, estudantes e entidades parceiras, que puderam ver de perto a qualidade da obra.

“A publicação exigiu o empenho de muitos profissionais e isso de-monstra mais uma vez a mobilização

que conquistamos em todos os elos do setor. Conseguimos uma unida-de no setor e devemos nos manter juntos para avançar. Com certeza, o conteúdo deste material também vai contribuir muito para eternizar conhecimento e geração de informa-ção para toda a cadeia da suinocul-tura brasileira”, disse o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

O gerente de Agronegócio do Sebrae Nacional , Ênio Quei jada, elogiou o conteúdo, a densidade e a qualidade da obra para promover o conhecimento, a discussão e melho-rias na suinocultura e, assim, elevar o setor a patamares ainda melhores.

“O Sebrae está muito satisfeito de ter apoiado a publicação como mais uma entrega, entre muitas outras, da nossa parceria. Esta publicação real-mente pode ser um livro de cabeceira do suinocultor. Trata-se de um curso de pós-graduação completo em suino-cultura”, comparou Queijada.   

O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério de Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Guilherme Marques, pales-trou no evento de lançamento e sin-tetizou sua mensagem com uma pa-

Capa

Conselho da ABCS, parceiros e autores no lançamento oficial do livro “Produção de Suínos: Teoria e Prática”

Produtores, acadêmicos, estudantes e entidades parceiras, puderam ver de perto a qualidade da obra

a publicação exigiu o empenho de muitos profissionais e isso

demonstra mais uma vez a mobilização que

conquistamos em todos os elos do setor.

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lavra: desafio. Para ele, o livro propõe o desafio de executar cada aspecto da suinocultura cada vez melhor.

Autor do prefácio, o representante do MAPA reforçou que a obra é resul-tado da sintonia cada vez maior entre o trabalho da ABCS e do Ministério. “É mais um instrumento para ajudar to-dos os envolvidos no setor a se superar em produtividade, sanidade e comer-cialização. Precisamos sempre nos sen-tir desafiados e motivados para apro-veitar as grandes oportunidades que temos para a suinocultura”, comentou.

Representando a coordenação técnica da publicação, o gestor da In-tegrall Soluções em Produção Animal, Glauber Machado, comentou que a re- ABCS por terem contribuído para superar

o desafio de produzir um material tão completo, perenizando o conhecimento qualificado. Eles foram homenageados no lançamento e receberam, em primeira mão, exemplares do material.

Um dos autores do livro, Iuri Ma-chado, frisou que a obra traz informa-ção qualificada e aplicável em todas as áreas da suinocultura. “Esta é uma pu-blicação que tem a finalidade de servir como instrumento de consulta rápida para todos os setores do sistemas de produção e destinada a estudantes, profissionais que atuam na área e pro-dutores. É um livro com uma lingua-gem bem acessível e com conceitos no manejo e na condução da atividade bastante atuais”, destacou.

O lançamento da obra, no auditório da CNA, coincidiu com o Dia do Suinocultor, 24 de julho

A ABCS agradeceu o apoio dos parceiros Sebrae Nacional e MAPA

precisamos sempre nos sentir desafiados e

motivados para aproveitar as grandes oportunidades que temos para a suinocultura”.

o sebrae está muito satisfeito de ter apoiado a publicação como mais

uma entrega, entre muitas outras, da nossa parceria.

alização foi possível graças à condução da ABCS.

“Era uma demanda do setor que, se não fosse direcionada pela associação nacional, não seria concluída”, introduziu. Segundo ele, que atua há 22 anos no setor, o trabalho é uma fonte inédita de conhecimento para todos os elos da suinocultura, desde estudantes até pro-dutores e pesquisadores.

Diversos autores estiveram presentes no evento e foram cumprimentados pela

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ACeSSo grAtuito Ao livro “produção de SuínoS”Interessados poderão baixar obra pelo site da associação

A entidade disponibilizou o livro “Produção de Suínos: Teoria e

Prática” para download gratuito no site (www.abcs.org.br) e no perfil do Facebook da entidade. A inicia-tiva permite acesso à íntegra da obra a produtores, estudantes, pes-quisadores, técnicos e interessados em geral e, também, multiplica a difusão de conhecimento de exce-lência sobre o setor.

Sem fins lucrativos, o livro foi pensado para atender à necessida-de de uma obra atualizada e com-pleta sobre a suinocultura ao abor-dar temas como melhoramento genético, sistemas de planejamen-to, manejo, gestão, biosseguridade, gestão de talentos e estratégias de manejo reprodutivo e nutricional dos suínos.

O diretor-executivo da ABCS, Nilo de Sá, comentou que o objetivo de mais esta ação com o Sebrae Nacional é justamente permitir que conheci-mento qualificado chegue ao maior número de integrantes do setor.

“Os autores cederam seus direitos autorais, tivemos apoio do Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento e a par-

ceria com o Sebrae permitiu que a obra fosse concluída. Ass im, o l ivro pode ser real izado com acesso gratuito para a di fusão destes conhecimentos ser multi-plicada”, explicou.

O coordenador de suinocultu-ra do Sebrae Nacional, João Fernan-do Nunes, explicou que a publica-ção do livro converge com a meta do Projeto Nacional de Desenvolvi-mento da Suinocultura (PNDS), que é trazer mais sustentabilidade ao segmento. “O objetivo é massificar a divulgação do livro pois, quanto mais pessoas tiverem acesso, maior será o benefício e o fortalecimento da cadeia. Por isso, pretendemos divulgar também no site do Sebrae. O material é tão bom que poderia

ser um curso completo sobre sui-nocultura”, avaliou.

Os autores dos artigos apresen-taram a base teórica e prática para a melhoria das técnicas de produção e aplicação de novos conhecimen-tos nas granjas. “A versão digital e gratuita do livro vem coroar um projeto que já nasceu marcado para fazer um enorme bem à sui-nocultura brasileira. Nada mais coerente do que garantir o acesso irrestrito de estudantes e profissio-nais do setor a um material técnico de alto nível e de alta aplicabilidade prática. Foi exatamente para isso que nos unimos e trabalhamos por esta causa. A versão digital também irá garantir que as futuras edições, revistas e ampliadas, sejam ime-diatamente disponibilizadas para todos que a utilizarem como fonte de consulta e aprendizado”, disse o representante da Integrall e coor-denador técnico da publicação, Glauber Machado.

A obra foi entregue a diversas universidades de Brasília e de outros estados, bem como produtores e parceiros de empresas l igadas à ABCS. A publicação será enviada ain-da a todas as principais bibliotecas do país para pesquisa e informação sobre o setor.

Como homenagem final ao Dia do Suinocultor, o presidente da ABCS encerrou o evento. “A ABCS foi criada há 59 anos para defender seus inte-resses. Junto às suas 15 afiliadas e um exército de profissionais e parceiros não medimos esforços para fazê-lo. Certamente, o apoio do Sebrae Na-

cional nos levou para onde sempre sonhamos e, hoje, as 900 páginas dessa obra estão transformando em conhecimento o trabalho e a capa-cidade de agregação de uma asso-ciação forte, de respeito e que busca a sustentabilidade da suinocultura nacional”, concluiu.

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a versão digital e gratuita do livro vem coroar um projeto que já nasceu marcado para

fazer um enorme bem à suinocultura brasileira.

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Prevenção

BioSSeguridAde eQC é reFerÊnCiA mundiAl

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A suinocultura brasileira já realiza a importação de suínos vivos com altíssimos níveis de biosseguridade. Inaugurado oficialmente no primeiro semestre, o setor de suínos da Estação Quarentenária de Cananéia (EQC), no litoral Sul do Estado de São Paulo, reú-ne as características ideais para blindar os plantéis nacionais contra doenças trazidas por animais de alta genética importados.

Como resultado da parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e a Associação Brasileira das Empresas de Genética Suína (ABEGS), o setor de suínos da EQC recebeu in-vestimentos de cerca de R$ 2 milhões e tem capacidade para receber até 500 animais simultaneamente.

A Estação Quarentenária pertence ao governo federal e ocupa uma área isolada de 1510 hectares no sul da Ilha de Cananéia, dos quais 12 hectares são destinados às instalações utilizadas por 35 funcionários diretos e indire-tos. A área restante é composta por uma densa Mata Atlântica que serve de barreira natural favorecida pelo pequeno fluxo de pessoas e ani-mais na região.

A inauguração ocorreu em mo-mento de especial preocupação quan-to ao tema da biosseguridade por conta de epidemias nos plantéis de suínos de diversos países, como a PED nos EUA, Canadá, México, Guatemala, República Dominicana, Perú e Colôm-bia. Mas a ameaça de outras doenças, como PRRS (Síndrome Reprodutiva Respiratória), TGE (Gastroenterite), PSC (Peste Suína Clássica) e outras inúme-ras enfermidades, é uma constante ameaça seja vinda da Europa, América do Norte, África ou da Ásia.

Com obras iniciadas em 2013, o setor de suínos da EQC está concluído

em 1400 m² de área construída. São quatro galpões (dos quais três para machos e um para fêmeas e jovens), arcolúvio para desinfecção de veículos, fumigador, vestiário, farmácia, sala de auto-clave, composteira, e incinerador para animais mortos, além de um siste-ma para tratamento de dejetos, nebuli-

zação e ventilação para os animais. Desde abril, a Estação já

opera como o único ponto no Brasil autorizado para a reali-zação de quarentena para su-

ínos vivos importados, sendo que a estrutura já foi usada pela

primeira vez no dia 24, no mesmo mês, com a recepção do primeiro lote de 95 suínos. O país importa, em média, mil animais de alta genética ao ano, que têm como principais origens os EUA, o Canadá e a Dinamarca.

Inauguração

O presidente da ABCS destacou a importância da EQC e a agilidade com que todas as obras foram concluídas. “É uma conquista expressiva e o resul-tado de um trabalho público-privado feito com excelência em um prazo curtíssimo. Estamos com as instala-ções prontas para receber os animais importados com toda a tranquilidade. Teremos ainda mais segurança con-tra as doenças que atingem outros

países. Países importadores de todo o mundo deveriam conhecer esta estrutura, que se soma à nossa pro-dução de excelência, para abrir mais mercados”, comenta Lopes.

A coordenadora-geral do De-par tamento de Saúde Animal do Mapa, Denise Euclydes, representou o ministro da Agricultura e também destacou a eficiência da parceria entre o governo e a iniciativa privada. “A inauguração do setor de suínos demonstra que precisamos trabalhar assim, em parceria. O governo federal faz todos os esforços para elevar cada vez mais a segurança sanitária para garantir tranquilidade ao produtor e à população”, destacou.

O representante da ABEGS, Da-niel Bruxel, contou que a ABCS en-trou em contato e a demanda foi prontamente atendida pela impor-tância do projeto. “A ABEGS foi pro-

a estação recebeu investimentos de cerca de r$ 2 milhões e tem capacidade

para até 500 animais simultaneamente

ABCS, MAPA e ABEGS inauguraram no primeiro semestre Estação Quarentenária de Cananeia

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curada pelo Marcelo da ABCS e todas as empresas de genética apoiaram prontamente. Foi uma decisão acer-tada pois concentrar a importação em um só lugar com a supervisão do ministério torna o processo mais seguro e eficiente”, analisou.

O evento de abertura da EQC também contou com a presença do presidente da ABCS, Marcelo Lopes; do representante da ABEGS, Daniel Bruxel; do chefe do serviço quaren-tenár io de Cananéia, Odemilson Donizete Mossero; do prefeito de Ca-nanéia, Pedro Ferreira Dias Filho, entre outras autoridades.

Parceria O sucesso no esforço conjunto

para construção do setor de suínos da EQC reforçou ainda mais a parceria entre a ABCS e o Mapa e abriu o prece-dente, junto a associações e empresas do setor, para novos projetos. No caso da EQC, as primeiras conversas acon-teceram no final de 2012.

“Atendemos um chamado do diretor de saúde animal do Mapa, Dr. Guilherme Marques, que revelou a possibil idade de construir esta estrutura. Consideramos uma gran-de oportunidade e convocamos a

ABEGS, que se prontificou a fazer as melhorias para criarmos este setor de suínos”, explicou o pre-sidente da ABCS, Marce-lo Lopes.

Segundo ele, a par-ceria com o Mapa e com a ABEGS é constante e cada vez mais forte. “Andamos juntos e sabe-mos que isso é fundamental para avançarmos cada vez mais em be-nefícios para a suinocultura. Além da biossegur idade, trabalhamos juntos por outras causas, como as políticas agrícolas, para colher frutos para a pecuária brasileira”, acrescentou.

O diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa, Gui-lherme Marques, destacou o nível de biosseguridade alcançado com a nova ala da EQC. “Risco zero não existe em lu-gar nenhum, mas estaremos munidos de uma garantia inquestionável, de risco praticamente desprezível. Desta forma, poderemos até mesmo reduzir o tempo da quarentena e trazer mais agilidade ao processo”, considera.

O representante do Mapa diz ainda que o projeto atende o interesse do governo de blindar a suinocultura sob o

ponto de vista econômico e social, ten-do em vista a quantidade de empregos que são gerados pela atividade. “A refor-ma transformará a estação em um gran-de centro de quarentena e de pesquisa, o que pode viabilizar a importação e ex-

portação de suínos para mercados de interesse estratégico para o

Brasil”, finaliza.O presidente da ABEGS,

Alexandre Rosa, ressaltou a importância estratégica da

EQC e da parceria público--privada que viabilizou o pro-

jeto. “Suportamos o projeto da Es-tação Quarentenária por entendermos ser uma iniciativa extremamente rele-vante do ponto de vista estratégico de proteção sanitária do país contra o risco de introdução de agentes patogênicos exóticos e de alto impacto econômico à nossa atividade”, introduziu.

De acordo com Rosa, as associadas da ABEGS procuraram aliar-se à ABCS desde o início do projeto para estabele-cer uma parceria público-privada com o Mapa. “As empresas de material genético são altamente interessadas na manu-tenção do status sanitário brasileiro, sem interromper o fluxo de genes superiores. A EQC é uma solução inteligente e agora real para este dilema”, classificou.

Outras melhorias já estão sendo estudadas. De acordo com informações do Ministerio, pesquisadores da Embra-pa Suínos e Aves visitaram a unidade e manifestaram interesse de criar uma base laboratorial na Estação de Cana-néia e, assim, para pesquisas e exames.

É uma conquista expressiva e o resultado de um

trabalho público-privado feito com excelência em

um prazo curtíssimo

Prevenção

Nova ala do EQC

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Funcionamento O chefe do serviço quarentenário

de Cananéia, Odemilson Donizete Mossero, explicou que todos animais importados, chegam normalmente pelos aeroportos de Viracopos em Campinas (a 320 km) ou Guarulhos (a 260 km) e seguem, sob cuidados sanitários para a Cananéia. A EQC está construída em área isolada ao sul da Ilha de Cananéia e dista cerca de 7 km da cidade.

“A EQC é a única estação quaren-tenária do Brasil e tem padrões de con-trole de biosseguridade para importa-ção de animais entre os melhores do planeta. Aqui nós isolamos os animais importados e, sob vigilância oficial permanente, fazemos os testes para ter controle sanitário de alto rigor e, assim, evitar a transmissão de doenças inter-namente no país”, justifica.

A partir da entrada da EQC, os visitantes estão na área 1, onde ficam situados auditórios, salas de reuniões, quartos para pesquisadores e trata-dores, o prédio administrativo e uma cantina/restaurante. Na área 2, estão situados laboratórios e áreas de tráfego para pessoas e veículos autorizados.

Em seguida, na área 3, os funcio-nários e visitantes devem passar por

um banho para desinfecção onde ficam o depósito de ração, o vestiário, a farmácia e a sala de auto-clave além do arcolúvio (aparato de limpeza e desin-fecção dos veículos).

Já para a área 4, o acesso é ainda mais restrito e o visitante deve passar por outro banho de desinfecção e nova troca de roupa. Nesta parte da EQC es-tão situados os quatro galpões constru-ídos pela parceria que têm capacidade para receber até 500 animais. Tudo isso em uma área permanentemente fisca-lizada pelo Mapa, o Ibama (Instituto Bra-sileiro de Meio Ambiente) e o Exército.

Ainda na área 4, as equipes do Mapa e das empresas de genética re-alizam uma ampla bateria de exames em cada animal antes de que possam seguir para quarentena (período de observação) ou outros procedimentos. Apenas concluído todo este processo, o animal pode ser considerado livre das doenças avaliadas e pode seguir para a propriedade de destino.

“Somente após todos os procedi-mentos oficiais que são desenvolvidos junto à iniciativa privada que os ani-mais podem ser considerados nacio-nalizados. Se identificamos algum pro-blema, todo o status sanitário brasileiro está preservado pois, por estarem em

quarentena, são considerados em janela biológica e não inter-nos no país”, ressalta.

HistóriaA Estação Quarentenária de

Cananéia foi criada em 1971 por meio de um decreto presidencial inicialmente para exportação de ani-mais mas o interesse público/privado resultou na reativação da unidade anos mais tarde.

Cananéia fica no Vale do Ribeira, a 270 km de São Paulo/Capital, 320 km do Aeroporto de Viracopos em Campi-nas, 260 km de Curitiba/PR e 50 km da BR-116, em uma região que caracteri-za-se, basicamente, por grandes áreas de matas preservadas, intercaladas por áreas de exploração agrícola, com baixa concentração e trânsito pouco expressivo de animais.

Em termos de isolamento, a EQC tem localização privilegiada. Ela está situada na porção do sul da Ilha, onde não há habitantes e uma única estrada de 6 km como acesso. A área interna é limitada por extensa mata, que realiza um controle biológico natural, e um braço de mar que separa a porção insu-lar da continental da cidade.

No início, a EQC era usada como ponto para exportação de bovinos porque, no final da década de 1960, o país despertava interesse em nossa genética bovina de origem indiana. “Depois iniciou-se a fase de impor-tação com embriões bovinos, aves ornamentais e, enfim, a primeira qua-rentena de importação para suínos de alta genética”, explica Mossero.

Além das quarentenas, a unidade passou a contar também com um ambiente apropriado para cursos de capacitação e treinamentos em defesa sanitária animal. Nos últimos 10 anos, a EQC como um todo recebeu cerca de R$ 14 milhões para uma grande refor-ma, ampliações e outras melhorias.Cercada de Mata Atlântica, a estação é estratégica para blindar a chegada de doenças

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PED

SuinoCulturA BrASileirA

em AlertAPEDv já gerou milhões de dólares de prejuízo em vários países

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O Brasil está em estado de alerta para evitar a

entrada no país do vírus da Diarreia Epidêmica de Suínos

(PED, na sigla em inglês). Com provável origem na China, uma

cepa variante do vírus causador da doença alcançou os EUA em 2013 e ge-rou uma epidemia que já atinge outros países na América do Norte, Central e na América do Sul, provocando gran-des prejuízos.

Segundo especialistas, a produ-ção norte-americana pode cair até 7% em 2014 por conta da enfermida-de que se transmite rapidamente em todas as fases de vida dos suínos. A introdução do PEDv em um rebanho resulta em surtos agudos de diarreia, vômito, morbidade e mortalidade (até 100% em leitões lactantes). A diarreia não atinge humanos ou ou-tras espécies de animais.

Uma grande quant idade de par t ículas virais é el iminada nas fezes de animais doentes, assim um pequeno volume de fezes já contém vírus suficiente para infectar diversas granjas de suínos. Nos EUA, o PEDv está sendo detectado em amostras coletadas de instalações da criação, abate, transporte e inúmeros obje-tos, demonstrando o vasto potencial para a transmissão da doença.

Este potencial gerou uma escalada da epidemia que cruzou as fronteiras de 27 estados e 680 granjas estaduni-denses além de Canadá, México, Gua-temala, República Dominicana e nos-sos vizinhos Peru e Colômbia (também há casos da doença Japão, República Checa, Hungria, Itália, Alemanha, Es-panha, Coreia, Filipinas, China e Tailândia). O Brasil não registrou qualquer caso da enfermidade.

“O PEDv é um vírus a l tamente infecc ioso e r e s i s t e n t e a o m e i o

ambiente. Os sinais têm aparecimento rápido na forma de surto de diarreia, transmissão rápida entre suínos, longo período de excreção viral pelas fezes e persistência do vírus no meio ambiente”, detalha a chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Janice Zanella.

O gerente de Serviços de Saúde da PIC América Latina, Cesar Corzo, explica que poucas partículas virais são suficientes para contaminar um suíno. “O vírus depende de muitas poucas partículas virais para infectar um suíno. O ar, pássaros e roedores são poten-ciais formas de disseminação entre as granjas, porém ainda precisamos de mais informações para comprovar esta hipótese”, acrescenta.

No pr imeiro semestre a Associação Brasi leira dos Criadores de Suínos (ABCS), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a ABEGS (Associa-ção Brasileira das Empresas de Genética Suína) e a Embrapa organi-zaram o Workshop PEDv, em Brasília, para divulgar informações sobre a doença aos produtores brasileiros. A ABCS também emitiu um comunica-do com orientações a todo setor.

Já o Mapa mantém estado de alerta permanente e atua em conjun-to com o setor privado para prevenir a entrada do vírus no Brasil. Entre as medidas, está o aumento no rigor para importação de animais vivos e sêmen, além de ser exigidos 12 meses de ausência da doença no país exportador para animais vivos e sêmen e no caso dos suínos vivos, 30 dias de quarentena.

Com relação ao plasma suíno para ração animal, somente se-

rão autorizadas importações oriundas de estabelecimen-tos registrados pelo serviço veterinário oficial do país

de origem bem como serão

realizadas missões de fiscais federais agropecuários aos estabelecimentos exportadores para averiguação.

Como prevenir?A doença pode ser transmitida

também por vários objetos (roupas, sapatos, veículos, equipamentos, etc)

que, eventualmente, cheguem às granjas. O vírus resiste fora

do corpo dos animais por até 14 dias e a temperatura de até 8º graus negativos.

O especialista Corzo ressalta a importância da

mobilização de toda a equipe das granjas. “O produtor pode proteger seu rebanho mediante medidas de bios-segurança mas estas medidas só serão efetivas e duradouras quando todos os funcionários se comprometerem com a granja e compreenderem a im-portância dos procedimentos a serem adotadas”, destacou.

Os cuidados e práticas gerais com a biossegurança nos criatórios devem ser redobrados para evitar a introdução das doenças no rebanho, principal-mente em situações críticas, tais como ingresso de animais de outras granjas; de veículos, objetos ou equipamentos que tenham passado por outras gran-jas; e de pessoas que tiveram contato com outros suínos.

“Na dúvida da origem de um com-ponente ou de um produto em parti-cular, o fornecedor deve ser contatado para fornecer informações e esclareci-mentos ou exames complementares

o pedv é um vírus altamente infeccioso e resistente

ao meio ambiente

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sobre eles”, também orienta Zanella.Além disso, qualquer sintoma clí-

nico da PED deve ser comunicado ao veterinário do serviço oficial (estadual ou federal) para que seja providencia-do o diagnóstico precoce e a adoção de medidas para evitar a disseminação da doença. Os produtores devem manter-se informados e procurar seu médico veterinário para conseguir orientações de acordo com as caracte-rísticas de cada criatório.

“No caso de alguma suspeita com diarreia e vômitos intensos, o produtor deve buscar assistência veterinária, utilizar protocolos de conten-ção e eliminação, reportar às autoridades sanitárias locais e regionais, enviar amostras para a Embrapa Suínos e Aves e Cedisa que já têm o teste para con-

firmação do PEDv, e realizar estudos sobre a origem, a rastreabilidade e a incidência”, completa Janice.

Além da Embrapa Suínos e Aves e CEDISA, outros laboratórios priva-

dos e algumas universidades já dispõe do teste. No entanto, não existem vacinas comer-ciais disponíveis e apenas uma em processo de desen-

volvimento, a qual está sendo

PED

a queda da produção nos eua e canadá não

trará muito impacto nos preços internacionais pelo

excedente da europa e também da china

testada em diferentes granjas infectadas com o vírus na Amé-rica do Norte.

J a n i c e Z a n e l l a aponta, ainda, uma série de desafios cuja superação pode tanto evitar a chegada do vírus da PED no Brasil bem como de outras doenças. Ela cita o desenvolvimento de protocolos seguros para importa-ção de animais e mais estudos sobre o deltacoronavirus (da família do PEDv).

Além destes, a especialistas acres-centa a validação de métodos soroló-gicos de baixo custo e mapeamento das possíveis entradas e riscos para a suinocultura. “E por fim, a conscientiza-ção da importância dos procedimen-tos de limpeza, desinfecção e vazio sanitário em granjas”, conclui.

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Prejuízos e oportunidadesAs autoridades dos EUA preveem

que a produção de suínos naquele país, segundo maior produtor e maior exportador, sofrerá uma queda de até 7% por conta da PED. Até o momento, uma estimativa não oficial dá conta de que, até meados de maio, mais de 7 milhões de leitões morreram por conta da enfermidade, número que pode ser maior.

“Devido à diminuição do número de leitões, o preço do leitão desmama-do e de animais para abate aumenta-ram significativamente. Um estudo da

Universidade de Minneso-ta estimou que, a cada

1.000 matrizes infec-tadas, são perdidos cerca de 2.500 leitões. Adicionalmente ao

impacto econômico, o im-pacto emocional de toda equipe da granja é incalcu-lável”, acrescenta Corzo.

O relatório do Rabobank sobre o mercado suinícola mundial para os próximos meses indica que prejuízos para alguns já geram oportunidades para outros. Entretanto, no mercado internacional a “oportunidade” não é tão boa assim. Ainda que os EUA tenham uma redu-ção de 700 mil toneladas em sua pro-dução, o embargo russo à importação de carne suína da UE por conta da pes-te suína africana “liberou’ 500 mil tone-ladas no mercado. Além disso, a China também terá uma produção recorde.

“A queda da produção nos EUA e Canadá não trará muito impacto nos preços internacionais pelo excedente

da Europa e também da China. Isso significa para o Brasil leve recuperação nos próximos meses e demanda geral semelhan-

te de anos anteriores. Em 2015, os preços podem me-

lhorar para o Brasil pois os estoques mundiais ainda estarão baixos”, co-mentou o analista sênior do Rabobank, Adolfo Fontes.

Ainda assim, países como México e Colômbia podem voltar suas com-pras para o Brasil. “Ou seja, surge uma oportunidade de o Brasil entrar de maneira expressiva nos mercados de México e Colômbia que tradicional-mente importam dos EUA. Neste ano, por exemplo, o México já importou 40 mil toneladas do Brasil pela primeira vez”, comentou.

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Preços Recordes

Os suinocultores brasileiros terão melhores margens em relação

aos últimos anos e, durante este se-gundo semestre, nenhum fator interno ou externo aponta para melhoras ou pioras mais bruscas nos próximos meses. Em todo caso, a eficiência pro-dutiva segue como principal fator para bons resultados.

O mercado nacional de suínos atingiu, em outubro de 2013, a me-lhor relação entre custos e preço pago ao produtor desde dezembro de 2004. No entanto, este bom mo-mento deteriorou-se rapidamente no primeiro trimestre de 2014 por fatores como a redução da demanda interna e externa.

Na região avaliada pelo Cepea (SP-5: Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suinocultor, que adquiriria 10,20 kg de milho com a venda de um quilo do animal em outubro de 2013, obteve apenas 6,39 kg em média no primeiro trimestre, ou seja, 37% a menos. Para o suinocultor do Oeste Catarinense, o poder de compra diminuiu 26%, pas-sando de 8,98 quilos para 6,61 quilos no mesmo período.

Já em junho, as boas safras de grãos anunciadas no Brasil e em outros países, além da oferta e demanda ajustadas para a car-ne suína no mercado interno e a melhora das exportações, iniciaram uma melhora do quadro para os suino-cultores.

“Desde março, o produtor recu-perou um pouco o poder de compra frente ao milho. O fechamento de junho indica que o suinocultor paulista consegue comprar 8,03 kg de milho com um quilo do animal vivo, com tendência de melhora. Para o pro-dutor mineiro, a relação também melhorou, com média de 8,97 kg de milho/quilo de suíno na par-cial de junho”, informa a analista e mercado do Cepea, Camila Brito Ortelan.

A especialista revela ainda que a relação de troca atual é a terceira maior para um mês de junho desde 2007, perdendo apenas para o observado em maio de 2010 e setembro de 2008. Quanto ao farelo de soja, o poder de compra do suinocultor não tem apresentado variações acentuadas. Na parcial de junho, a venda de um quilo de suíno permite a compra de cerca de 3,1 kg de farelo na região paulista e de 3,20 kg em Minas Ge-

eSpeCiAliStAS ApontAm pArA SuStentAção dAS

mArgenS do SuinoCultorSafras, custos de produção e demanda criam cenário “estável”

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rais. Esses patamares permanecem ainda abaixo das médias históricas.

O supervisor do Setor de Avaliação da Embrapa Suínos e Aves, Jonas dos Santos Filho, acredita que o custo de produção de suínos deve permanecer estável ao longo do ano. Segundo o ICPSuíno da Embrapa, houve uma redução de 2,8% nos custos de janeiro

a maio deste ano mas uma alta de 8,45% em relação ao mesmo perío-do do ano anterior.

“Para milho e soja, principais insumos da produção, espera-se uma boa safra 2013/2014. No caso do milho, a produção do ano deve ser igual ou levemen-te superior ao ano anterior. Para a soja, o cenário é ainda mais favorável com um expressivo crescimento da produção na-cional”, acrescenta.

Santos acrescentou que também ocorreu uma queda

de 1,65% nas exportações de carne suína no primeiro quadri-

mestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013. “O resul-

tado do cenário internacional aliado

ao expressivo decréscimo no abate de suínos provocou a diminuição na disponibilidade, o que favorece as co-tações internas”, explica.

Pelo lado da oferta mundial, a PED nos suínos americanos pode compro-meter as exportações suínas de um gran-de concorrente brasileiro mas, segundo várias fontes no mercado, o excedente de produção na China e na Europa seria suficiente para compensar as perdas e manter os preços internacionais.

Os últimos anos foram atípicos para o mercado suinícola brasileiro, especialmente por conta de fatores externos como os embargos de países como Rússia e Ucrânia. Desta maneira, a dinâmica do mercado interno, espe-cialmente nos primeiros semestres, não estabeleceu um padrão, seja de alta ou baixa, para os preços da carne e do suíno em junho e julho. 

“A demanda por diversos pro-dutos, inclusive a carne suína, no período da Copa, deve ser aquecia.

Essa expectativa somada ao inverno e ao nível de oferta ainda baixo po-derão elevar as cotações. No entanto, alguns agentes não se mostram tão

o suinocultor paulista comprava 8,03 kg de milho

por quilo/vivo em junho

Farnese aposta em cenário favorável para o mercado de milho e soja

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otimistas quanto aos possíveis impac-tos desses fatores”, acrescenta Camila.

 Soja e milho

O assessor da Secretaria de Políti-ca Agrícola do Ministério de Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento, Silvio Farnese, observa um cenário “bas-tante confortável” para o mercado brasileiro de soja e milho. “Chegamos a pensar em uma redução forte na área de milho mas foi uma diminui-ção de 2,5% enquanto a soja terá um recorde. Então, vivemos, salvo alguma ocorrência climática muito drástica, um ano confortável. A agricultura com áreas cada vez mais estáveis”, argumenta.

Segundo ele, mesmo conside-rando uma quebra de 5,5 milhões de toneladas na primeira safra de milho, a segunda safra de milho deve ter 43 milhões, o que gera uma safra de 74 milhões e um estoque de cerca de 85 milhões de toneladas. “Não há cenário para grande alta e os preços devem se manter entre 4,80 a 5 dólares por bushel. Não vai haver explosão de pre-ço do milho. Temos o suficiente para 63

milhões de toneladas de consumo e 22 milhões para exportação”, analisa.

Quanto à soja, o assessor estima uma safra de 86 milhões de toneladas, ou 5 milhões mais em relação ao ano pas-sado, principalmente pela utilização de áreas de pastagens. “O consumo de fare-lo é de cerca de 14 milhões de toneladas e produziremos de 29 a 30 milhões de toneladas além de 3 milhões para expor-tação. Mas vamos sofrer com a infraestru-tura pois a produção está concentrada no Mato Grosso e no Paraná”, justifica.

Quanto aos preços, Farnese não vê cenário que justifique um aumento

expressivo. Para ele, os preços devem oscilar ao redor de 14 ou 15 dólares por tonelada. “A China, pr incipal importador mundial, vai ampliar suas compras para 72 milhões, mas isso será atendido por vários países, não só o Brasil. Além disso, a produção brasileira e dos EUA vão aumentar este ano. Não há cenário para aumentos. Mas isso está sujeito sempre a fatores climáticos”, defende.

O especialista comentou que a experiência histórica quanto ao El Niño, fenômeno climático que al-tera os ciclos de chuva em algumas regiões produtoras, demonstra im-pacto expressivo na produção. “Não sabemos como vai afetar mas ele tem aquela tradição de influencia o Sul e o Nordeste. Em anos de El Niño, as experiências não são dramáticas. Estamos otimistas”, finaliza.

Preços Recordes

vivemos, salvo alguma ocorrência climática

drástica, um ano confortável

“Produtor recuperou poder de compra frente ao milho”, diz analista do CEPEA, Camila Ortelan

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“2014 Será um mArCo pArA A SuinoCulturA

BrASileirA”, diz miniStroGeller fala de PGPM, PAP e outras políticas do governo para o setor

Entrevista

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller,

iniciou seu mandato em março, mas sua proximidade com a suinocultura já era conhecida do setor. Antes de as-sumir, ele esteve à frente da Secretaria de Política Agrícola do Ministério e em constante diálogo com os represen-tantes dos produtores em temas de muito interesse.

Pouco antes de ser nomeado, Geller manifestou, por exemplo, ser favorável à inclusão da carne suína na PGPM (Política Geral de Preços Mínimos). Já como titular da pasta, reafirmou este compromisso e segue com esforços para aprovação da me-dida por outras áreas do governo. Mas existem outros pontos de interesse da suinocultura.

Natural de Selbach, no Rio Grande do Sul, o ministro construiu sua carreira profissional e política em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, onde chegou com 15 anos e dirigiu trator, caminhão, foi frentista e gerente de posto de ga-solina até tornar-se produtor rural com lavouras de soja e milho e político. Ele conhece a realidade dos produtores.

Gentilmente, o ministro Neri Geller concedeu entrevista exclusiva à Revista da Suinocultura, da Associação Brasilei-ra dos Criadores de Suínos (ABCS), onde trata, além da PGPM, de vários outros assuntos de grande relevância para o setor. A seguir, a íntegra do diálogo: Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller

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pleito para, só então, o Mapa poder publicar oficialmente a carne suína dentro do Programa de Garantia de Preços Mínimos. No entanto, este tema ainda está em negociação com a área econômica. Sei que esta é uma pauta fundamental para a suinocul-tura brasileira e por isso tenho feito todos os esforços para que a questão seja regularizada o quanto antes.

Revista da Suinocultura - Quais são os esforços do Brasil no sentido de manter e elevar o status sanitário da produção suinícola nacional tanto sobre doenças ainda não erradi-cadas como ocorrências exóticas como a PEDv?

Ministro Neri Geller - Garantir a sanidade no Brasil está entre as mi-nhas prioridades e de todos os fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuá-ria e Abastecimento que trabalham neste sentido. Por isso mesmo, as medidas para prevenção de doenças são rigorosas, tanto em animais nas-cidos no país quanto em vindos do exterior. A Diarreia Epidêmica Suína, o PED, está entre as enfermidades que temos reforçado a fiscalização. Em relação aos animais importados, lançamos, em abril, instalações es-peciais para suínos vivos vindos dos Estados Unidos e demais países. A quarentena obrigatória é de no mí-nimo 30 dias tanto no país de origem quanto na Estação Quarentenária de Cananéia, em São Paulo. Para esclare-cer o setor privado nacional, o gover-no tem promovido reuniões técnicas sobre a doença no intuito de reduzir os boatos e especulações a respeito. É bom lembrar que nunca houve o ingresso de uma enfermidade de su-ínos no Brasil via importação oficial.

Revista da Suinocultura - Como o Mapa pretende garantir o forneci-mento de soja e milho aos suinocul-

tores, especialmente do Sul do país, a preços competitivos? Quais volu-mes são necessários? O governo vai disponibilizar este montante?

Ministro Neri Geller - O Mapa garante o apoio por meio de leilões de venda, principalmente de milho, para atender às regiões que têm problemas de abastecimento, como tem sido o caso do Nordeste nos últimos dois anos. É importante levar parte da produção de grãos para atender a agroindústria de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, que tem déficit principalmente em relação ao milho. O Paraná tem um excedente elevado e é preciso fazer com que esta produção desça para estes estados. Desde o ano passado, por meio de uma política bem articulada, nós conseguimos ampliar os estoques públicos. Caso necessário, nós vamos atender a agroindústria de Santa Catari-na com leilões de Pepro.

Revista da Suinocultura - Sabe-mos que a suinocultura brasileira é muito competitiva dentro da porteira, mas na infraestrutura logística praticamente perde toda esta vantagem. O governo pode compensar esta carência com in-centivos fiscais ao setor? Existem projetos neste sentido?

Ministro Neri Geller - Esse fenômeno é registrado em todas as cadeias produtivas e é decorrente da velocidade do crescimento da atividade agrícola, que superou o ritmo de implantação das obras es-

Revista da Suinocultura - Como o Mapa pode ajudar e estimular o desenvolvimento da suinocultura brasileira durante seu mandato? Existem planos específicos?

Ministro Neri Geller - O fortale-cimento da pecuária brasileira é uma prioridade do governo federal e do meu mandato. Os produtores ainda podem esperar novidades no (Plano Agrícola e Pecuário) PAP deste ano, com mais recursos e facilidades para financiar a produção de suínos. No ano passado, foram garantidos aos produtores empréstimos que somam mais de R$ 2 bilhões pelo PAP com o intuito de fortalecer e modernizar o sistema produtivo. No ano passado, foi lançada a linha de crédito Inovagro, que tem entre as atribuições garantir a automação na suinocultura. Por essa modalidade, foram disponibilizados R$ 1 bilhão durante a safra 2013/14, com juros de 3,5% ao ano e prazo de até 10 anos para pagamento.

Revista da Suinocultura - A inclusão da carne suína na PGPM é uma de-manda antiga do setor e o Sr., mes-mo antes assumir o Mapa, garantiu que apoia este pleito. O que o Mapa já fez quanto a isso e o que mais pode ser feito?

Ministro Neri Geller - Determi-nei que fosse encaminhado um voto ao Conselho Monetário Nacional, o CMN, com a proposta de preço mí-nimo para o produto. É o CMN quem tem a atr ibuição de aprovar esse

tenho feito todos os esforços para inclusão da

carne suína na pGpM

nunca houve o ingresso de uma enfermidade de suínos no brasil via

importação oficial.

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o produtor pode ficar certo de que o governo continuará

oferecendo apoio

truturantes. O governo investe forte-mente para reverter esse quadro e o Mapa tem acompanhado de perto o desenvolvimento de obras e projetos que se destinam a solucionar os gar-galos que impactam na competitivi-dade do agronegócio.

Revista da Suinocultura - Exis-tem investimentos previstos em logística que possam beneficiar a suinocultura?

Ministro Neri Geller - Os in-vestimentos em logística que estão sendo implementados por meio dos programas de desenvolvimento do governo federal destinam-se ao atendimento de todos os segmentos produtivos. A inversão do rumo logís-tico no escoamento da produção de grãos gerados acima do Paralelo 16º

Sul, à exemplo do que ocorre no Cor-redor da BR-163,  onde um sistema rodo-hidrovário  inicia o transporte de granéis agrícolas do Estado do Mato Grosso para um porto Exporta-dor em Barcarena (PA), com redução de até US$ 50,00 por tonelada, pode conferir a suinocultura, mediante adaptações, uma logística mais ade-quada ao transporte de carnes des-tinadas ao abastecimento da região Norte e/ou, exportação. Esse proces-so contribui para o desenvolvimento da suinocultura no Centro-Oeste, enquanto descongestiona os portos do Sul e do Sudeste.

Revista da Suinocultura - Quais ga-rantias o governo dá ao produtor para que ele continue investindo, produzindo alimentos e gerando

renda e empregos?Ministro Neri Geller - O pro-

dutor pode ficar certo de que o go-verno continuará oferecendo apoio, especialmente por meio das linhas de financiamento do Plano Agrícola e Pecuário, que preveem auxílio para custeio, comercialização e investimen-to. Ainda neste semestre, vamos lançar mais um Plano com alto volume de re-cursos e condições de financiamento facilitadas, dando garantias de manter a produção alta e melhorar ainda mais a cadeia produtiva do setor.

Revista da Suinocultura - O que o Sr. diria aos pequenos e médios produ-tores de suínos sobre suas expecta-tivas para o ano de 2014?

Ministro Neri Geller - Tenho perspectivas bastante positivas para este ano. A partir de um importante trabalho que vem sendo feito para estruturar a assistência técnica aos produtores, prevejo que 2014 será um importante marco para a suinocultura brasileira, especialmente para os pe-quenos e médios produtores. Neste ano, o Mapa vai investir R$ 100 milhões na capacitação técnica de 100 mil mé-dios produtores brasileiros. Em relação aos pequenos, o Ministério já tem auxiliado por meio de operações de Venda em Balcão de milho na região de atuação da Sudene. Em menos de dois anos, já foram vendidas mais de um milhão de toneladas do cereal a preços muito mais baixos que os praticados no mercado.

Entrevista

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Varejo

Desde o início das atividades em abril, a parceria entre a Associa-

ção Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Grupo Pão de Açúcar (GPA) e o Sebrae Nacional realizou ações “A Car-ne Suína é 10!” no Rio de Janeiro, Centro Oeste, Nordeste e São Paulo chegando a mais de mil profissionais e consumi-dores finais.

“Nossa preparação foi aperfei-çoada para que possamos superar a excelente marca de 77% de aumento nas vendas obtida na Semana Nacio-nal de 2013. A parceria entre a ABCS, toda a suinocultura brasileira, o GPA e o Sebrae Nacional é fundamental para derrubar preconceitos contra a carne suína e alcançarmos sustentabilidade para o setor”, comentou o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

Executada por meio do Projeto Nacional de Desenvolvimento da

prepArAção dA 2ª SnCS em todo pAíS

Suinocultura (PNDS Sustentabilidade), a campanha “A Carne Suína é 10!” usa os Cursos de Cortes Suínos, as Ofici-nas Gastronômicas e as Palestras de Saudabilidade para levar informação qualificada e divulgar as virtudes e as possibilidades do produto.

Entre as novidades dos Cursos de Cortes, estão novos conceitos práti-cos e teóricos, formato aprimorado e um padrão para todos os participan-tes receberem o mesmo conteúdo. Além disso, as Oficinas Gastronômicas trazem aos clientes do GPA dois novos pratos à base de carne suína mais acessíveis às donas de casa, o estro-gonofe e o escalope. Neste ano, o trabalho começou pelo Rio de Janeiro e alcançou quase a totalidade das 90 lojas do GPA do estado.

O gerente comercial de carnes, aves, peixes e bacalhau do GPA no Rio de Janeiro, João Adalberto Freitas, reafirma esta percepção e sinaliza

preparamos uma comunicação de loja e um plano de mídia agressivos. vamos encantar os clientes

Participantes do curso de corte no Extra Montese, em Fortaleza

Em oficina gastronômica, chef prepara pratos à base de carne suína

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empenho das equipes de loja. “Abra-çamos a causa desta campanha todo ano para fazer o melhor possível. So-mos privilegiados pois estes cursos são fundamentais. A proteína suína desperta grande interesse da equipe e dos consumidores”, comentou.

A etapa seguinte, no Centro Oeste, teve como principal destaque o enga-jamento. Sob o slogan “A Carne Suína é 10!”, as ações focaram em quatro pre-ceitos: motivação de açougueiros; en-volvimento das equipes de loja; quebra de preconceitos entre profissionais de carnes e clientes; e reposicionamento da carne suína nas gôndolas para, enfim, elevar o consumo do produto e trazer mais sustentabilidade para a cadeia suinícola.

O gerente comercial de perecíveis do GPA no Centro Oeste, Odaito de

Queiroz Fernandes, elogiou a qualida-de dos Cursos de Cortes e das Oficinas e comentou que a equipe da região acreditou no projeto desde o início. “A carne suína sofre uma série de pre-conceitos, mas com estas ações con-

seguimos mudar isso. O engajamento das equipes de loja é impressionante graças a um evento muito bem elabo-rado”, explica.

A parceria da ABCS, GPA e Sebrae Nacional recebeu ainda o reforço das associações estaduais da região para levar as novidades do PNDS às equipes das unidades do Pão de Açúcar e Extra de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Já no Nordeste, “A Carne Suína é 10!” passou pelas unidades da maior rede varejista do Brasil na Bahia, Per-nambuco, Piauí, Sergipe, Ceará, Alago-as, Paraíba e Rio Grande do Norte para transmitir novos conhecimentos aos profissionais de carnes. Também foi no Nordeste, no Ceará, que aconteceu as duas primeiras oficinas gastronômicas do ano com mais de 75 clientes finais da rede Pão de Açúcar.

estamos avançando para superar os índices

do ano passado que chegaram a 77% de aumento nas vendas

Clientes comprovam versatilidade da carne suína

Curso de corte no Extra em Cuiabá capacita açougueiros

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Varejo

as ações de promoção da 2ª semana nacional da carne suína já estão na grande mídia e nas lojas do Gpa. três semanas antes da abertura do evento, o Gpa publicou, hoje, o primeiro anúncio com a nova identidade da campanha na folha de s. paulo, o jornal impresso com maior circulação no brasil.

“e você, já descobriu a carne suína?” é a pergunta que abre a publicação e, logo, tem a resposta “uma opção saudável com muito sabor”. a nova identidade desenvolvida em parceria com a associação brasileira dos criadores de suínos (abcs) já está nas lojas das bandeiras pão de açúcar e prepara o caminho para a abertura da 2ª semana nacional da carne suína, que ocorre no dia 3 de setembro, na sede do Gpa em são paulo. as lojas extra e extra hiper também contarão com decoração e comunicação diferenciada abordando as qualidades da carne suína.

para as duas bandeiras foram prepa-radas peças chaves para divulgação da nova estratégia de comunicação para a carne suína nas lojas, com slogans que destacam a saudabilidade, sabor e versatilidade do produto. a sinalização nas redes extra e pão de açúcar serão especiais para os cortes suínos, com testeiras, folhetos e outras peças que evidenciarão o produto e irão oferecer ao consumidor diversas opções de cortes, receitas e formas de preparo.

a nova estratégia, que contará com a divulgação da logo abcs nos materiais publi-citários, é resultado do constante trabalho da entidade junto ao Gpa para promover a quali-dade e o sabor da carne suína aos brasileiros e elevar o consumo da proteína no país.

“nós redesenhamos toda a cam-panha. além da intensa campanha até o f inal do ano, enfatizamos o foco na saudabilidade da carne suína, bem como renovamos e ampliamos a identidade visual, entre outros pontos”, explica a coordenadora do projeto nacional de de-senvolvimento da suinocultura (pnds), lívia Machado.

a expectativa quanto a alcançar mais um grande sucesso – a edição do ano passa-do registrou um aumento de 77% nas vendas – é compartilhado pelo gerente comercial do Gpa, david buarque. “estamos com uma alta expectativa e devemos ter um crescimento expressivo. preparamos uma comunicação de loja e um plano de mídia agressivos. va-mos encantar os clientes”, adianta.

Promoção da 2ª Semana Nacional da Carne Suína já está nas ruasNova identidade visual do produto

é publicada na Folha de S. Paulo

“As pessoas gostaram tanto que alguns repetiram três ou quatro vezes. Muitas vezes, os clientes não comem carne suína simplesmente porque não têm o hábito. Tenho certeza que, para os participantes desta Oficina, isso mudou. Até porque passamos receitas saborosas e fáceis de fazer”, contou o especialista em cortes e chef Daniel Furtado preparou deliciosos estrogo-nofes de carne suína.

As ações de preparação “A Carne Suína é 10!” ainda passaram por mais lojas das bandeiras Extra e Pão de Açú-car no Distrito Federal e no Estado de São Paulo, o maior mercado consumi-dor do País.

A coordenadora do PNDS (Proje-to Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura), Lívia Machado, avalia como positivo o andamento dos tra-balhos e destaca mobilização do setor e parceiros. “Estamos avançando bem, conforme o planejado, para superar os excelentes índices do ano passado que chegaram a 77% de aumento nas vendas. Estamos confiantes porque, mais uma vez, todos os elos do setor e nossos parceiros estão mobilizados. Isso indica que este é o caminho certo”, avalia Lívia. 

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Uma nova meta Um novo objetivoUm novo caminho

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Até o final de 2014, o Projeto Nacio-nal de Desenvolvimento da Suino-

cultura (PNDS) e a Associação Goiana de Suinocultores (AGS), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendi-zagem Rural de Goiás (Senar/GO), vão capacitar produtores e colaboradores de mais de 20 granjas do estado. Desde o início do ano, mais de 150 produtores e colaboradores já foram qualificados.

Além da capital do estado, Goiânia, os cursos, que iniciaram em maio deste ano, beneficiarão produtores das cidades de Rio Verde, Ipameri, Abadiânia, Senador Ca-nedo, Morrinhos, Jatai e Varjão. O objetivo da ação é promover o desenvolvimento da suinocultura no estado e desmistificar mitos a respeito da carne suína.

De acordo com a gerente executi-va da AGS, Crenilda Neves, a entidade tem focado esforços para promover a qualidade na suinocultura local. A

pndS e AgS CApACitAm mAiS de 150 produtoreS e ColABorAdoreS Com CurSoS do SenAr

O objetivo da ação é promover o desenvolvimento da suinocultura no estado

meta é realizar 30 atividades de qualifi-cações até agosto, incluindo os cursos do PNDS. “Queremos expandir nossas ações para abranger cada vez mais granjas em Goiás”, enfatizou a gerente executiva da AGS, Crenilda Neves.

Na Granja Margen em Varjão, cidade à 56 Km da capital, já foram ministrados 11 módulos do curso de “Aperfeiçoa-mento profissional em suinocultura para colaboradores de granjas” com os temas manutenção, manejo de reprodução, creche, recria e terminação. Os cursos mi-nistrados em maio e junho capacitaram mais de 70 colaboradores.

O gerente da Granja do Grupo Grão Dourado, na cidade de Ipameri, Gilson Jade, destacou que a parceria com o PNDS, AGS e Senar é uma ótima oportunidade para formar os colabora-dores e retê-los na empresa, suprindo a falta de mão-de-obra qualificada.

Segundo a médica veterinária do Senar/GO e responsável pelo PNDS em Goiás, Samantha Andrade, as capacita-ções do Senar mudaram a visão dos sui-nocultores no estado. “Cada vez mais as granjas estão qualificando os funcioná-rios em todos os segmentos da produ-ção. Quando o colaborador sente que a empresa investe nele, se sente mais responsável. Com isso, os resultados tem sido diminuição de desperdícios, adoção de boas práticas de manejo e mais conscientização com temas como manejo animal”, enfatizou.

“Ainda em 2011 tivemos essa iniciativa de procurar o Senar Nacio-nal para que conseguíssemos desen-volver essa metodologia de capacita-ção a nível nacional.  A AGS e o Senar/GO estão muito empenhados e isso faz toda a diferença”, reforçou Livia Macha-do, coordenadora nacional do PNDS.

Goiás

PNDS, AGS e Senar/GO já capacitaram 150 produtores e colaboradores

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O 6º Festival Sabor Suíno, orga-nizado pela Associação dos

Cr iadores de Suínos do Dist r i to Federal (DFSUIN) em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e o Sebrae/DF, en-tre os dias 10 de junho e 15 de julho, levou a carne suína aos melhores restaurantes de Brasília,

Com duração de 36 dias, o festival marcou presença em 55 estabele-cimentos e aconteceu simultâneo à Copa do Mundo, um diferencial estratégico para oferecer aos consu-midores, nacionais e internacionais que vieram à Brasília acompanhar o mundial de futebol a opção de experi-mentar os mais variados pratos à base de carne suína.  

As receitas, cr iadas especial-mente para o evento, utilizaram cor-tes tradicionais e artesanais, como costelinha, prime rib, picanha suína, lombo e filé mignon suíno, entre ou-tras variedades, a preços a partir de R$ 44,90.

Como parte dos preparativos para o festival, a DFSUIN realizou uma coletiva de imprensa para o lançamento no Centro Universitário de Brasília (UniCeub), o momento foi oportuno para apresentar o festival aos grandes formadores de opinião do ramo da gastronomia e incentivar a mídia espontânea.

Para apresentar o produto a um público mais amplo, outra novidade foram as degustações que ocorre-ram no dia 18 de junho (Pátio Brasil Shopping) e nos dias 02 e 03 de julho

O evento teve uma participação recorde de 55 estabelecimentos nos meses de Junho e Julho

6º FeStivAl SABor Suíno movimentou reStAurAnteS de BrASíliA

( Terraço Shopping), uma ação de extensão do 6º Festival que contou com a parceria das empresas Cozima, Bonasa Alimentos e da ABCS.  

Para a coordenadora do PNDS, Lívia Machado, o Festival Sabor Suíno é uma ação diferenciada que a cada ano vem ganhando o paladar do pú-blico brasiliense. “A versatilidade dos cortes e os sabores apresentados em cada Festival fazem o consumidor se aproximar ainda mais da carne suína. Por isso, esse trabalho é tão funda-mental para o aumento do consumo no país”, comentou.

Segundo a DFSUIN, o festival in-

centiva restaurantes brasilienses que não tinham a carne em seus menus a aderirem ao cardápio. “Precisamos estimular o consumo da carne, pois a suinocultura nacional atingiu um patamar de excelência. O festival tem esse objetivo”, disse o presidente da entidade, Ivo Jacó de Souza.

O Festival Sabor Suíno foi criado pela Associação de Criadores de Suí-nos do Distrito Federal (DFSUIN) e do Sindicato dos Suinocultores do Dis-trito Federal (SINDISUÍNOS) e conta também com apoio da Federação da Agricultura e Pecuária (FAPE-DF), do SENAR-DF e da UniCeub

Distrito Federal

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o 10º encontro de suinocultores também foi marcado pela posse da nova diretoria da acrismat, que passa a ser presidida pelo suinocultor raulino teixeira Machado, que declarou que a confiança do setor foi o maior incentivo para que assumisse a ges-tão. na oportunidade ele lembrou que a cadeia produtiva da sui-nocultura está mais moderna e voltada para a industrialização, com utilização de tecnologias, nutrição, genéticas e sanidade de acordo com padrões internacionais, o que é um ponto positivo

para a cadeia em Mato Grosso, uma vez que se preza por isso. “É necessário o comprometimento de todos para que consigamos manter e aperfeiçoar essas condições sempre”.

ao passar o posto para raulino, o ex-presidente da entidade, paulo lucion, declarou que graças à organização e empenho do setor produtivo o período crítico vivenciado foi superado e que hoje a cadeia da suino-cultura caminha para a sua atualização e fortalecimento das técnicas e tecnologias utilizadas para a produção da carne suína.

Nova Diretoria

No último dia 18 de julho, a cidade de Sorriso MT, sediou o 10º En-

contro de Suinocultores organizado pela Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), em parceria com Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). O evento anual contou com a presença de mais de 100 participantes, entre produtores, profissionais do setor e estudantes que acompanharam palestras sobre as principais tendências do mercado suinícola e práticas de produção.

Focada nos produtores, as ativida-des do período da manhã abordaram

Mato Grosso

10º enContro de SuinoCultoreS deStACA prinCipAiS tendÊnCiAS

do merCAdo SuiníColAO objetivo da ação é promover o desenvolvimento da suinocultura no estado

O 10º Encontro de Suinocultores também foi marcado pela posse da nova diretoria da Acrismat

Presidente da ABCS abriu debates do 10º Encontro

temas de relevância para a categoria e que têm movimentado o debate no setor, entre eles: a carne suína no mer-cado internacional. Para o presidente

da Acrismat, Paulo Lucion, o evento aconteceu em um momento oportu-no para a categoria, que participa de uma força tarefa para que o Estado de

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a Mistura de sabores e pratos criativos chamaram a atenção do público na 3ª edição da Gincana – o Melhor da carne suína Mato –, promovida pela associação de criadores de suínos de Mato Grosso (acrismat) e o ser viço nacional de aprendizagem comercial de Mato Grosso (senac-Mt), em cuiabá (Mt), na noite de 22 de julho. a ação faz parte do plano de trabalho do pnds no estado para a promoção da carne suína.

a acrismat premiou os três primeiros colocados entre oito re-ceitas que concorreram nesta edição. a comissão julgadora, formada por personalidade do setor de hospitalidade, jornalistas, chefs e formadores de opinião, avaliou critérios como ingredientes, sabor, criatividade e apresentação do prato.

o objetivo da Gincana, realizada desde 2012 por meio do pnds, é divulgar os benefícios, estimular o consumo da carne suína e valori-zar a cultura gastronômica regional.

os mais de 50 participantes apreciaram um menu diversificado. a estudante de gastronomia do senac letícia silva que participou pela segunda vez, levou o primeiro lugar com o ‘hambúrguer Gour-met romeu e julieta’. “optei por uma moda que já pegou em grandes

cidades, como são paulo por exemplo. o hambúrguer gourmet é muito comum a base da carne bovina e quis inovar trazendo para o concurso com a carne suína”, contou a vencedora.

o segundo lugar ficou com a receita de Márcio silva, que apostou em ‘popietas recheadas com purê de Maçã verde e batatas pomme bouchon’. em terceiro lugar ficou Waldemar untar com o ‘hambúrguer suíno com compota de cebola roxa, abacaxi carameli-zado e geleia de limão com gengibre’.

Acrismat e Senac/MT promovem 3ª edição da Gincana – O Melhor da Carne Suína

Durante o evento pratos criativos chamaram a atenção o público

Mato Grosso seja reconhecido como livre da peste suína clássica. “Este é um momento de união e trabalho em con-junto para que as ações sejam articula-das e todos fiquem por dentro do que está acontecendo no Estado”, ressalta.

O presidente da ABCS, Marcelo Lo-pes, iniciou os debates do 10º Encontro de Suinocultores destacando as novas diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) sobre a vigilância e o reconhecimento de zonas livres de Peste Suína Clássica (PSC). A partir de 2015, produtores do mundo todo de-verão responder a uma série de exigên-cias para ter o certificado internacional. 

A ABCS já prepara as ações para orientar as associações de criadores das medidas necessárias para re-querer o certificado. “Santa Cataria e Rio Grande do Sul vêm fazendo um

trabalho especial há muitos anos, cuidando da sanidade e das barreiras e merecem o reconhecimento. Com os demais, vamos fazer um trabalho intenso para que conquistem o cer-tificado o quanto antes”, explicou o presidente da ABCS.

Na parte da tarde, o evento seguiu com a palestra da médica veterinária Karine Ludwig Takeuti, doutoranda em Ciências Veterinárias Setor de Su-ínos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A profissional abordou o perfil epidemiológico da Peste Suína Clássica e também da Diarreia Suína Epidêmica, que recentemente dizimou a cadeia de suínos nos Estados Unidos. De acordo com a profissional, as doen-ças são agudas, causam a morte rápida dos animais infectados e alto grau de contaminação. Porém, a profissional

frisou que como a Diarreia Suína nunca chegou ao Brasil e Mato Grosso está livre da PSC há muitos anos, o trabalho principal é o de prevenção. 

Já o diretor técnico da Safras e Mercados, Paulo Molinari, apresentou aos participantes as tendências e pers-pectivas do mercado de grãos no Brasil, usados como insumos para rações. Com preços baixos no mercado inter-nacional, os grãos estão enfrentando forte concorrência internacional, prin-cipalmente o milho visto que os Estados Unidos (EUA) prometem safras recordes para este ano. Para o profissional, a economia mundial é extremamente dependente do país norte americano e desde 2008, graças a crise imobiliária pela qual os americanos passaram, o movimento é de recuperação, com índi-ces de crescimentos baixos. 

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8ª SuinFeSt deBAte Futuro dA AtividAde

Nos dias 30 e 31 de julho, aconteceu em Ponte Nova (MG) a 8ª Feira

Mineira de Suinocultura – Suinfest, rea-lizada pela Associação dos Suinoculto-res do Vale do Piranga (Assuvap) e par-ceiros. Com debates, rodadas de negó-cios e estandes de promoção, a edição atraiu grande público, em dois dias de evento, mais de 1.600 profissionais esti-veram presentes, além de 60 empresas expositoras. “Foi um momento muito importante para fazer negócios e tam-bém para estreitar contatos dentro da

daria inveja a muitos jovens. Responsável pelo treinamento de personalidades como Ayrton Senna e Abílio Diniz, a experiência adquirida em 55 anos de car-reira foi compartilhada por Nuno Cobra com mensagens positivas e de incentivo.

Quem compareceu a Suinfest apro-veitou também para fechar parcerias, por meio de uma “rodada de negócios” que promoveu o encontro entre produ-tores e empresas do mercado, a fim de ampliar as oportunidades de comércio e oferecer preços mais competitivos.

Minas Gerais

a associação dos suinocultores do triângulo Mineiro e alto paranaíba (astap, patos de Minas/MG) re-alizou em junho em patrocínio (MG) o seminário da sui-nocultura Moderna, no auditório da associação atlética do banco do brasil (aabb), em parceria com o projeto nacional de desenvolvimento da suinocultura (pnds).

segundo o presidente da astap, altair olímpio de oliveira, o objetivo do evento foi abordar temas e palestras que representassem as tendências técnicas na produção suinícola, novas tecnologias e principais enfermidades.

entre os palestrantes estiveram o especialista Glauber Machado, da integrall; o gerente de granja luis carlos crestani, da Granja folha-dos; o técnico Wilson aparecido silva, da Granja Miunça; o professor

ronaldo reis, do ipeve; e a dra. amanda pimenta siqueira.“o seminário reúne informações de mercado e técnicas, além de

uniformizar o conhecimento entre os produtores. um evento tradicio-nal nesta região que é uma das mais produtivas do estado”, comentou o presidente da abcs, Marcelo lopes.

Seminário da Suinocultura Moderna foca tendências da atividade

área suinícola”, afirmou a presidente da Assuvap, Patrícia Morari.

A equipe da ABCS esteve prestigian-do o evento e por meio do PNDS pro-porcionou aos participantes a palestra palestra “Tendências Econômicas: Uma visão de médio prazo no Agro no Brasil” do Dr Agro, Marcos Fava Neves, professor da USP e especialista em Agronegócio.

A palestra de encerramento foi aguardada com expectativa. O prepa-rador físico Nuno Cobra surpreendeu o público presente com vigor e saúde que

Produtores aproveitaram a ocasião para estreitar contatos no setor

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Maranhão

O Projeto Nacional de Desenvolvi-mento da Suinocultura módu-

lo Sustentabilidade (PNDS) realizou consultoria técnica industrial, no Frigo-rífico Agrolusa, em São Luiz (MA), nos meses de março a julho, para elabora-ção de projeto de desossa e industriali-zação de carne suína.

O novo projeto estenderá a capaci-dade de desossa do frigorífico para 50 su-ínos ao dia. Além disso, o estabelecimen-to que hoje já trabalha com produção e abate passará a oferecer embutidos e cortes de suínos embalados temperados e in natura. De acordo com o gerente administrativo da Agrolusa, José Augus-to Souza, o intuito é tornar a carne suína mais atrativa, e, assim, aumentar as ven-

O intuito é apoiar o frigorifico para que possa oferecer cortes suínos e embutidos

pndS SuStentABilidAde elABorA projeto de expAnSão pArA o FrigoríFiCo AgroluSA

das na região. “A cada dia o consumidor está mais exigente, buscando sempre o corte mais prático e rápido de fazer. Pre-cisamos nos adequar para atender à ne-cessidade atual de oferecer nas gôndolas dos supermercados cortes porcionados e de fácil preparo”, disse o gerente.

A planta de expansão elaborada pelo consultor da Integrall, Stefan

Rohr, já foi aprovada pela Secretaria Municipal Agricultura Pesca e Abas-tecimento (Semapa). Segundo Sou-za, o Frigorifico agora estuda como financiar a iniciativa. Para o gerente, a orientação do PNDS, a agilidade da consultoria e a riqueza de detalhes foram primordiais para aprovação do projeto que segundo ele atende todas as necessidades da empresa.

“O PNDS cumpre seu papel ao apoiar as pequenas e médias agroin-dústrias a ampliarem a sua capacidade de produção de cortes e oferta ao mer-cado e, certamente, dessa forma amplia a possibilidade de acesso do consumi-dor a carne suína, reforça Lívia Machado, coordenadora nacional do PNDS.

Novo projeto estenderá a capacidade do frigorífico

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Rio Grande do Sul

mAiS de 600 produtoreS pArtiCipArAm dA 40ª edição do diA do porCo em eStrelA (rS)

O maior evento da suinocultura gaúcha contou com o apoio do PNDS

Mais de 600 criadores de suínos e profissionais ligados ao setor

estiveram presentes na 40ª edição do Dia do Porco, realizada pela Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), em Estrela (RS), no dia 8 de agosto. O maior evento da suino-cultura gaúcha contou com o apoio do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) e reuniu pro-dutores de todo o estado.

O presidente da Associação de Cria-dores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Folador, ressaltou a importância do Dia do Porco para o de-senvolvimento da suinocultura no estado.  “Os produtores tiveram a possibilidade de trocar experiências. Conseguem ter uma visão geral do setor e utilizar essas informa-ções e também ter um comparativo com o próprio negócio”, destacou.

O diretor-executivo da Associação Brasileira dos Criadores Brasília (ABCS), Nilo de Sá, esteve presente no evento e destacou a força da suinocultura gaú-cha. “A cidade Estrela, onde foi fundada a ABCS, tem um grande número de produtores, a suinocultura é a segunda atividade econômica mais importante para o estado [RS].  Há quatorze anos a cidade não recebia o Dia do Porco.

A ampla participação do público de-mostrou a importância da atividade na região. A ACSURS está de parabéns, pois conseguiu mobilizar todo o setor em prol do evento”, disse Sá.

 Para orientar os produtores sobre as perspectivas do mercado, o PNDS promoveu a palestra “Tendências eco-nômicas: Uma visão de médio prazo do Agronegócio no Brasil”, ministrada pelo engenheiro agrônomo e professor Marcos Fava Neves. No seu perfil no Fa-cebook, Fava Neves divulgou o encon-tro e comentou sobre a participação e a importância da cidade de Estrela para suinocultura nacional. “Fiquei muito fe-

liz pela oportunidade de participar do Dia do Porco, por conhecer a próspera cidade de Estrela/RS, onde a ABCS foi criada, e principalmente por conhecer pessoas que ajudaram a transformar a suinocultura brasileira”, mencionou.

“A ACSURS é uma parceira pri-mordial para que consigamos ampliar as ações voltadas para a promoção da suinocultura. O sucesso do Dia do Porco coroa todo o esforço da entidade e do PNDS e o compromisso com o produtor”, enfatizou a coordenadora do PNDS Lívia Machado.

O evento foi encerrado com uma homenagem a personalidades da Assembleia gaúcha e da Câmara de Estrela que trabalharam a favor da suinocultura estadual e brasileira, por meio do “Troféu Amigo da Suinocultu-ra Gaúcha”, que está na 3ª edição.

O 40º Dia Estadual do Porco contou com apoio da Prefeitura de Estrela, Ema-ter/RS, Sindicato dos Trabalhadores Ru-rais de Estrela e patrocínio de Nutrifar-ma, DeHeus Nutrifarms, Sifra Nutrição Animal, Banco Sicredi, Fundesa e SIPS.

A 40ª edição do Dia do Porco em Estrela teve ampla participação do público

Há quatorze anos Estrela não recebia o Dia do Porco

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ABCS e ASCe reAlizAm Fórum de SuStentABilidAde dA SuinoCulturA

A ação tem por objetivo orientar lideranças sobre práticas sustentáveis na produção, indústria e comercialização

Mais de 70 produtores e profis-sionais ligados ao setor parti-

ciparam do Fórum de Sustentabili-dade da Suinocultura realizado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e a Associação de Suinocultores do Ceará (ASCE), no dia 12 de agosto, em Fortaleza (CE). A ação faz parte do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura – PNDS Sustentabilidade – e tem por objetivo orientar lideranças sobre práticas sustentáveis na produção, indústria e comercialização.

Para o presidente da ASCE, Paulo Helder Braga, com inciativas como o Fórum de Sustentabilidade, o PNDS

amplia o conhecimento no setor so-bre questões ambientais e fomenta o desenvolvimento do setor. “Esta é mais uma ação da ABCS, por meio do PNDS, que trouxe oportunidade de capacitação para os suinocultores cearense’, disse.

Nessa edição do Fórum, o PNDS levou aos produtores do Ceará a palestra “Biosseguridade Frente aos Novos Desafios”, ministrada pelo médico veterinário e consultor da In-tegral Iuri Machado. No painel, foram abordadas medidas de prevenção à Diarreia Epidêmica Suína (PED). “O fundamental é impedir a chegada dessa e de outras doenças ao Brasil,

nesse momento com a propagação do vírus, principalmente nos Estados Unidos, os produtores estão alertas para garantir que o território brasilei-ro fique livre da PED”, enfatizou.

De olho no mercado e no consu-midor, cada vez mais exigente, a ASCE e o PNDS proporcionaram também o painel “Tendências e Técnicas na Produção de Suínos” do consultor da Integral Ronie Pinheiro. A palestra ins-truiu os produtores sobre as principais inovações e tecnologias mais moder-nas aplicadas na suinocultura.

O zootecnista Renan Saraiva, as-sociado à ASCE, participou do Fórum e disse que os temas abordados são vitais

Ceará

Participantes da PEC conheceram toda a qualidade da carne suína

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 a parceria do projeto nacional de desenvolvimento da suino-cultura (pnds) com a associação de suinocultores do ceará (asce), o sebrae/ce e a federação da agricultura e pecuária do estado do ceará (faec), levou para uma das maiores feiras do nordeste os benefícios e versatilidade da proteína. por meio da vitrine da carne, aula show da carne suína e palestras técnicas e nutricionais sensibilizou cerca de 3 mil profissionais em maio.

“a vitrine da carne e a aula show foram as principais ações do projeto dentro do pec. Mostrar aos participantes os diversos cortes da carne e seu sabor, aumenta a probabilidade de compra e consumo pelo consumidor e sua inserção sólida no dia a dia das famílias da região”, diz anny almeida, gestora executiva nacional do pnds. a gestora acrescenta que os materiais didáticos oferecidos, como os

folders de receitas, motivam os participantes a experimentarem as receitas em casa.

em evidencia esteve o “boteco suíno”. o ambiente institucional criado para oferecer aos produtores e visitantes informações sobre os benefícios da carne suína, além de degustação de pratos elaborados à base da proteína.

para paulo helder, presidente da asce, o pecnordeste é uma oportu-nidade de mostrar ao suinocultor que a carne suína é um produto saudável e saboroso e a presença da senadora reforçou este propósito. “a parceria do pnds com a asce vem trazendo grandes benefícios para a suinocultura, o boteco suíno já tem lugar garantido na pecnordeste. ele é uma ótima oportunidade de mostrar a suinocultura do estado em todos os seus elos, produção, indústria e comércio”, diz.

PECNordeste reúne mais de 3 mil participantes e destaca carne suína

para o desenvolvimento do setor no Cea-rá. “O destaque dado a questão do bem estar animal, manejo adequado e da ventilação dos barracões é bastante per-tinente considerando que o estado apre-senta temperaturas altas”, mencionou.

“Nosso objetivo é realizar ações junto das entidades afiliadas à ABCS

para que produtores e colaboradores de granjas tenham acesso a informa-ções e a práticas importantes, ligadas a sustentabilidade na produção. A ASCE foi uma grande parceira e es-tamos realizando mais uma etapa”, reforçou a coordenadora do PNDS, Lívia Machado.

O Fórum reuniu associados, cola-boradores de granja, chefes de setor, técnicos e acadêmicos, a ação gratuita conta com o apoio da Universidade Fe-deral do Ceará (UFC -Campus do Pici), além de Sebrae Nacional e estadual e Federação da Agricultura do Estado do Ceará (FAEC).

Fórum de Sustentabilidade capacita produtores cearenses

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A Associação Brasileira dos Cria-dores de Suínos (ABCS) e a Asso-

ciação dos Suinocultores de Sergipe (SUINSE) junto do Sebrae Nacional, por meio do Projeto Nacional de Desen-volvimento da Suinocultura (PNDS), promoveram em maio, o Curso de Ca-pacitação em Tecnologias de Cortes na sede do Frigorífico Nutrial e do super-mercado GBarbosa, em Aracaju (SE).

A ação tem o objetivo de apre-sentar novos cortes de carne suína e promover a inserção de novos modelos de consumo no mercado de Sergipe e região. Segundo o presi-dente da SUINSE, José Evairton Brito, a parceria entre todos os elos da suinocultura produtor, indústria e va-rejo é fundamental para impulsionar o desenvolvimento da atividade no estado. “Existe um grande potencial para o aumento do consumo da car-ne suína em Sergipe. Com o curso de corte mostramos que a carne suína oferece um leque de oportunidades, bastar aplicar técnicas adequadas

para aproveitá-las e conquistar o consumidor”, disse.

O S u p e r m e rc a d o G B a r b o s a aproveitou a parceria com o PNDS para oferecer duas turmas do curso em que foram qualificados 42 açou-gueiros em cortes suínos cotidia-nos e especiais. O treinamento foi conduzido pelo mestre açougueiro Daniel Furtado, que é especialista em cortes nobres suínos. Já no fri-gorífico Nutrial, a ação capacitou 23 colaboradores. Os cursos tiveram foco também no aproveitamento

total de carcaças, cortes industriais e aumento da rentabilidade.

Para a coordenadora do PNDS, Lí-via Machado, as ações de capacitação são fundamentais para a dissemina-ção de informação sobre a carne suína e aumento do consumo. “A indústria e o varejo são essenciais para que a car-ne suína chegue em escala, porciona-da e com alta qualidade aos consumi-dores. Por isso, o PNDS soma esforços com entidades parceiras para apoiar essas empresas e qualificar os seus colaboradores”, reforçou Lívia.

ABCS e SuinSe promovem CApACitAção de CorteS SuínoS em ArACAju

Foram qualificados profissionais do Frigorífico Nutrial e do supermercado GBarbosa

Sergipe

com o tema “Manejo e tecnologia da Maternidade”, o programa de capacitação total (pct), qualificou produtores, gerentes e colabo-radores de 10 granjas em sergipe. realizada pela abcs e a suinse, por meio do projeto nacional de desenvolvimento da suinocultura (pnds), a ação ocorreu, no primeiro semestre de 2014, na sede da suinse, em campo brito (se), cidade a 58 km de aracaju.

o pct é uma ação do pnds com foco na capacitação dos produtores a respeito de práticas diárias nas granjas de suínos. a palestra, ministrada pelo médico veterinário e consultor da integrall, roniê pinheiro, abordou

os temas redução da taxa de mortalidade, manutenção da qualidade das fêmeas para os próximos ciclos produtivos. “o manejo adequado na ma-ternidade é primordial para a melhoria de resultados nas granjas”, disse o presidente da suinse, josé evairton brito.

a suinse, por meio do pnds, já marcou a data para realizar mais dois módulos do pct no estado. o segundo módulo sobre Manejo e tecnologia da Gestação ocorrerá no dia 16 de setembro e a terceira etapa, com o tema Manejo e tecnologia da creche e terminação, está prevista para o dia 21 de outubro.

Sergipe recebe módulo do PCT sobre manejo na maternidade

existe um grande potencial para o aumento do

consumo da carne suína em sergipe

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A Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) realizou no

mês de junho o quinto módulo do Programa Anual de Capacitação de Suinocultores (Qualificases) com o tema “Influência dos resultados na maternidade sobre o desempenho dos leitões nas fases seguintes” no município de Vargem Alta (ES). A ati-vidade, que acontece com apoio do Projeto Nacional de Desenvolvimen-to da Suinocultura (PNDS), contou com a participação de cerca de 90 produtores e colaboradores.

Os presentes na ação puderam conferir novas técnicas e aperfeiçoar

Espírito Santo

melhor deSempenho doS leitõeS Ao nASCimento é temA do QuAliFiCASeS

conhecimentos. A palestra ministrada pela zootecnista da Agroceres Drª. Anália Maria Ribeiro da Silva abordou os aspectos da nutrição das matrizes nas fases de gestação e lactação, e como esses resultados podem interferir no de-sempenho futuro dos leitões durante o ciclo produtivo. Segundo a zootecnista o manejo adequado na maternidade é crucial, pois, trata-se do início da cadeia produtiva e representa pontos chaves para se extrair o máximo do potencial produtivo dos animais.

Para o representante da Granja São José, Flávio Merotto, o curso acrescentou conhecimentos téc-

nicos aos presentes, além de trazer novas visões sobre práticas de rotinas na produção.

O diretor-executivo da Ases, Nélio Hand, disse que a adesão do público alvo tem surpreendido a associação. “A cada módulo mais produtores partici-pam, isso mostra o compromisso dos suinocultores capixabas com o progra-ma”, ressaltou.

De olho na capacitação dos pro-dutores do estado, a Ases já marcou, para o dia 25 de setembro, o sexto módulo do Qualificases com o tema “manejo nutricional da reprodutora moderna: um grande desafio”.

Adesão do produtores do Espírito Santo confirmam credibilidade do Qualificases

o pnds e a ases promoverão palestra com o tema “atualização sobre consumo de carne suína na nutrição humana” no XXiii con-gresso brasileiro de nutrição (conbran) que ocorre entre os dias 17 e 20 de setembro, em vitória (es).

a palestra será ministrada pelo médico dr. daniel Magnoni, nutrólogo, cardiologista e consultor do programa bem estar, da rede Globo, no simpósio satélite do conbran, no dia 19 de

setembro. a expectativa é que o painel seja assistido por mais 500 participantes entre professores, estudantes e nutricionistas que prestigiarão o congresso.

segundo a coordenadora do pnds, lívia Machado, a opor-tunidade inédita de inserir a carne suína no congresso brasileiro de nutrição é uma conquista da ases que certamente permitirá alcançar de forma direta as nutricionistas de todo o país.

PNDS promove palestra sobre carne suína no Conbran

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Para profissionais apaixonados pela suinocultura

O futuro certamente trará novos desafios e oportunidades para a suinocultura mundialmente.

Com isso em mente, a Boehringer Ingelheim se orgulha de poder oferecer soluções e serviços que podem moldar o futuro da suinocultura.

Desenvolvidos pela nossa equipe de especialistas, elementos chaves incluindo vacinas com tecnologia diferenciada produzidas nos centros de pesquisa globais, suporte de diagnósticos com altíssima qualidade, ferramentas para avaliar e monitorar o sucesso da prevenção, juntos oferecem soluções inovadoras e sustentáveis que irão ajudar a criar um novo futuro para a suinocultura.

Moldando o futuro da suinocultura

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O Projeto Nacional de Desenvolvi-mento da Suinocultura (PNDS) realizou o Fórum de Sustentabilidade em mais um estado do nordeste. No mês de agosto, foi a vez dos produtores de Per-nambuco receberem o Fórum na sede da Associação Pernambucana dos Criadores de Suínos (APECS), em Recife.

A ação desenvolvida pela Associa-ção Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) busca orientar o produtor de suínos e representantes de toda a ca-deia na adoção de políticas e práticas sustentáveis nos seus modelos de

negócio, chamando a atenção para a importância de desenvolver planeja-mentos. Para o diretor-executivo da APECS, Fábio Rezende, eventos como esse são importantes para “ampliar as discussões no setor”.

Nesta edição, o Fórum promoveu palestras sobre biosseguridade e ten-dências, além de técnicas de produção. O primeiro painel foi ministrado pelo médi-co veterinário e consultor da Integral Iuri Machado que orientou os participantes a respeito de medidas de prevenção à Diarreia Epidêmica Suína (PED).

Atento a capacitação dos sui-nocultores e colaboradores, o PNDS promoveu ainda a palestra do também médico veterinário Integral Roniê Pinheiro que abordou os temas bem--estar animal, manejo das matrizes e capacitação da mão de obra.

O Fórum reuniu associados, cola-boradores de granja, chefes de setor, técnicos e acadêmicos, a ação gratuita conta com o apoio do Sebrae Nacional e do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernam-buco (UFRPE).

Pernambuco

pndS promove Fórum de SuStentABilidAde em pernAmBuCo

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A Agriness está preparando para o mês de setembro a conferência INFO360, primeiro evento dedicado à importância da informação como motor para evolução do mercado de suínos. Com o tema “Informação: a nova fronteira para a suinocultura”, o evento traz a proposta de um espaço inédito, especialmente preparado para que produtores, gestores, pesquisado-res e representantes da cadeia possam apresentar, experimentar e debater a suinocultura do Brasil pela lente da informação.

Com um público esperado de 300 pessoas, o INFO360 será realizado de 23 a 25 de setembro, em Florianópolis/SC. A conferência terá como palco Jurerê In-ternacional, um dos destinos mais dese-jados do litoral brasileiro e referência em urbanização orgânica e sustentabilidade.

Na agenda do INFO360 estão previstos o lançamento do primeiro livro da Agriness, dedicado à gestão da informação para a produção de suínos, e a premiação da 7ª edição do Melhores da Suinocultura Agriness.

A programação inclui a palestra de Giovane Gávio, bicampeão olím-pico do vôlei brasileiro, trazendo sua experiência em um cenário onde a

informação vem sendo protagonista para a excelência em resultados e evolução do esporte.

Reserve os dias 23, 24 e 25 de setembro em sua agenda, e venha experimentar o poder da informação. Não deixe de participar deste marco na história da suinocultura.

Informações e inscrições: www.agriness.com/info360.

inFo360: primeiro evento dediCAdo à inFormAção pArA A SuinoCulturA

Entre Amigos

ouroFino é eleitA umA dAS 25 melhoreS empreSAS pArA trABAlhAr

A Ourofino recebeu o título de “Melhores Empresas para Traba-lhar”, com classificação entre as 25 pr incipais do Brasi l na categoria “ G r a n d e s E m p re s a s” ( c o m m a i s de mil funcionár ios) . A indústr ia brasileira, que atua na fabricação de soluções para o agronegócio, concorreu com as 70 maiores com-panhias que atuam no país. A em-presa também recebeu destaque no sub -rank ing “Opor tunidade” da premiação. A companhia ficou entre as melhores em quantidade de vagas abertas, considerando o

número total de colaboradores. No ano passado, a empresa aumentou suas contratações em 18%.

Conduzida em parceria com a revista Época, publicação da Editora Globo, a pesquisa “Melhores Empre-

sas para Trabalhar - GPTW Brasil” pre-miou 130 organizações corporativas nas categorias “Grande Porte” (70 empresas com mais de 1.000 funcio-nários); “Médias e Pequenas Multina-cionais” (30 empresas, de 100 a 999 funcionários); e “Médias e Pequenas Nacionais” (30 empresas, de 100 a 999 funcionários).

A maior pesquisa global de ava-liação do índice de confiança dos funcionários com o ambiente de tra-balho e análise das melhores práticas de gestão de pessoas chegou a sua 18ª edição.

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Seminário AgroCereS piC e génétiporC deBAte CenárioS pArA 2025

A Influenza Suína (IS) tem sido causa contínua de significativos pre-juízos para a suinocultura. Para se ter uma ideia, as perdas econômicas va-riam de 3,23 a 10,31 dólares por ani-mal¹. Causada pelo vírus pH1N1, a IS é uma doença respiratória viral aguda, altamente contagiosa, que afeta os suínos de forma impactante: a taxa de morbidade atinge 100% dos animais. A enfermidade acarreta a di-minuição de ganho de peso e preju-dica o sistema de defesa do pulmão - o que facilita a entrada de agentes secundários oportunistas que dão origem às diversas infecções. Diante deste cenário, a Zoetis lança no Brasil a primeira e única vacina do mercado para o combate da doença, a FluSure Pandemic.

O lançamento da vacina garantirá três importantes benefícios ao suino-cultor: o combate da enfermidade, a garantia de produtividade e o auxílio da gestão da Influenza nas granjas. “O vírus pH1N1 utilizado na vacina FluSure possui uma similaridade acima de 99% com o vírus pH1N1, que acomete os animais no Brasil. Portanto, com uma alta capacidade de gerar proteção con-tra a enfermidade”, afirma Flávio Hirose, Gerente de Biológicos da Unidade de Negócios Suínos da Zoetis.

Ao serem infectados, os suínos apresentam alguns sinais clínicos re-correntes, como febre (entre 40,5 e 41,5 ºC), anorexia, prostração, relutância em levantar-se, taquipneia e, após alguns dias, tosse. A transmissão ocorre por contato direto entre os suínos por meio

zoetiS lAnçA primeirA e úniCA vACinA no pAíS pArA A prevenção dA inFluenzA em SuínoS

das secreções nasais de suínos infecta-dos. “Como o vírus não pode ser contro-lado com uso de antibióticos, e compro-mete o sistema de defesa do pulmão predispondo à infecções secundárias, a principal medida a ser adotada é a pre-venção da infecção por meio da vacina-ção dos leitões”, reforça Hirose.

A vacina FluSure Pandemic é in-dicada para a vacinação de suínos sadios a partir das 3 semanas de idade, incluindo porcas prenhes e marrãs, como auxiliar na prevenção de descar-ga nasal e redução de lesões pulmo-nares causadas pelo Vírus da Influenza Suína (VIS), subtipo pH1N1.

Fonte:

1. Donovan, T.S., AASV, 2008; e Haden et al.,

AASV, 2012;

O Seminário Internacional de Sui-nocultura Agroceres PIC Génétiporc é considerado referência para todo o setor por sempre apontar tendências e panoramas futuros em questões pro-dutivas, econômico-conjunturais e de mercado. Com palestras e discussões conduzidas por especialistas de renome internacional, os painéis oferecem aos participantes uma visão realista e inova-dora de temas vitais para a suinocultura.

Com o tema “Brasil 2025 - Refle-xões, Caminhos e Agenda Estratégica”, esta edição marca os 20 anos de reali-zação contínua do evento, que acon-tece entre os dias 27 e 29 de agosto no

Costão do Santinho Resort Golf SPA, em Florianópolis (SC).

Ao todo, serão nove apresentações direcionadas a um público estimado de 400 participantes, formados por empresários, suinocultores, técnicos e dirigentes de agroindústrias, cooperati-vas e associações. Juntos, representam um plantel de 1,2 milhão de fêmeas alojadas, o equivalente a 75% do total de matrizes tecnificadas do Brasil.

O sociólogo e comentarista da Globo News, Demétrio Magnoli, e o presidente da Carthage Veterinary Ser-vice, Joseph F. Connor, estão entre os palestrantes desta edição

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Sabor Sublime

Bife com fritasModo de fazerO mais tradicional dos pratos da gastronomia bra-sileira agora multiplicado em seu sabor pela su-culência do bife de alcatra (ou de coxão mole) de carne suína. Retirar toda a gordura da peça de carne antes de fatiar os bifes. Regue a chapa com azeite. Grelhe primeiro cada um dos bifes, antes de temperar com sal e pimenta do reino moída na hora ainda sobre a chapa. Muita aten-ção para não grelhar em excesso, de forma a preservar o sumo da carne em seu interior. Para bifes com menos de 1 cm de espessura, grelhar no máximo 1 minuto e meio de cada lado.

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