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INTRODUÇÃO Micobactérias de Crescimento Rápido (MCR) são microrganismos que estão amplamente distribuídos no meio ambiente, particularmente no solo e na água, incluindo água potável, tubulações de sistemas de distribuição de água, piscina, esgoto e superfícies, mesmo em condições supostamente adversas, como baixo pH, pouca carga orgânica e temperaturas variadas (MACEDO et al, 2009). Capazes de formarem colônias visíveis a olho nu em um período máximo de sete dias quando incubadas em meio sólido, as espécies de MCR são classificadas basicamente em três complexos, Mycobacterium fortuitum, Mycobacterium smegmatis e Mycobacterium chelonae-abscessus. Apesar de ser amplamente distribuídas na natureza, a partir da década de 1950 admitiu-se a importância das MCR na patologia humana, como causadoras de inúmeros surtos hospitalares, como o que aconteceu em 1975, em um hospital da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Neste surto foi isolado do esterno de 19 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca a cepa de M. abscessus. Destes pacientes cinco foram à óbito em decorrência da infecção pelo bacilo (WALLACE et al, 1998; PITOMBO et al, 2009). No Brasil, apesar dos relatos de surtos de infecções nosocomiais por MCR envolvendo procedimentos médicos serem esporádicos, a partir de 2004 o quadro assumiu grandes proporções colocando as entidades responsáveis em sinal de alerta. Foram registrados no período entre 2004 a 2007 diversos surtos no Brasil, como o ocorrido no município de Goiânia, no qual foi isolado 18 cepas micobacterianas de

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Metodologia ensino de medição superior, conhecimentos técnicos com informações que serão uteis para aprendizado de unidades de medidas técnicos com informações que serão uteis para aprendizado de unidades de medidas

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Page 1: Introdução   metodologia- pibic-joyce 30-08

INTRODUÇÃO

Micobactérias de Crescimento Rápido (MCR) são microrganismos que estão

amplamente distribuídos no meio ambiente, particularmente no solo e na água,

incluindo água potável, tubulações de sistemas de distribuição de água, piscina, esgoto e

superfícies, mesmo em condições supostamente adversas, como baixo pH, pouca carga

orgânica e temperaturas variadas (MACEDO et al, 2009). Capazes de formarem

colônias visíveis a olho nu em um período máximo de sete dias quando incubadas em

meio sólido, as espécies de MCR são classificadas basicamente em três complexos,

Mycobacterium fortuitum, Mycobacterium smegmatis e Mycobacterium chelonae-

abscessus. Apesar de ser amplamente distribuídas na natureza, a partir da década de

1950 admitiu-se a importância das MCR na patologia humana, como causadoras de

inúmeros surtos hospitalares, como o que aconteceu em 1975, em um hospital da

Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Neste surto foi isolado do esterno de 19

pacientes submetidos à cirurgia cardíaca a cepa de M. abscessus. Destes pacientes cinco

foram à óbito em decorrência da infecção pelo bacilo (WALLACE et al, 1998;

PITOMBO et al, 2009).

No Brasil, apesar dos relatos de surtos de infecções nosocomiais por MCR

envolvendo procedimentos médicos serem esporádicos, a partir de 2004 o quadro

assumiu grandes proporções colocando as entidades responsáveis em sinal de alerta.

Foram registrados no período entre 2004 a 2007 diversos surtos no Brasil, como o

ocorrido no município de Goiânia, no qual foi isolado 18 cepas micobacterianas de

crescimento rápido em indivíduos que passaram por procedimentos cirúrgicos como

laparoscopia e artroscopia. Estas micobactérias, de uma maneira geral, causaram a

formação de eritema e edema associados à formação de abscessos localizados, restritos

à região do joelho ou do abdômen (CARDOSO et al, 2008). Todos os isolados de

micobactérias foram identificados por PCR-PRA e pelo sequenciamento parcial do gene

rpoB como Mycobacterium massiliense. Embora os isolados tenham sido obtidos de

pacientes de hospitais diferentes, todos foram geneticamente idênticos (CARDOSO et

al, 2008).

A patogênese das infecções micobacterianas envolve vários aspectos inerentes

tanto ao microrganismo quanto ao hospedeiro que afetam diretamente a eliminação do

parasita. O entendimento destes aspectos é importante na caracterização dos

mecanismos tanto de defesa quanto de ataque. Normalmente, quando bactérias

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ambientais são passivamente introduzidas no hospedeiro ocorre uma rápida eliminação

do patógeno devido a uma eficiente resposta imune inata (LEE et al, 2009). No entanto,

infecções causadas por M. massiliense tem sido descritas como tendo uma evolução

crônica, e em alguns casos, a doença é disseminada independente do estado imune do

indivíduo (LE BOURGEOIS et al, 2005)

Ainda não foi claramente elucidado os mecanismos de infecção usados por

algumas micobactérias de crescimento rápido contra o hospedeiro, porém acredita-se

que o mecanismo de defesa seja semelhante ao estabelecido para Mycobacterium

tuberculosis. Visando analisar tais mecanismos, Sousa e colaboradores (2010)

realizaram um estudo com camundongos das linhagens C57BL/6 e BALB/c. No estudo

em questão os camundongos foram infectados com 106 UFC/mL de M. massiliense

GO06 por via intravenosa e em diferentes dias de infecção a carga bacteriana do

pulmão, baço e fígado de cada animal foi determinada para avaliar a patogenicidade e

virulência do isolado em camundongos. Após determinação carga bacilar nos três

órgãos, foi observado nas duas linhagens C57BL/6 e BALB/c um aumento da carga

bacteriana durante os primeiros dias de infecção. Contudo, após 14 dias de infecção foi

notado que a linhagem BALB/c apresentava maior carga bacilar quando comparada

com à linhagem C57BL/6 (DE SOUSA et al, 2010). Nesse estudo de Sousa e

colaboradores (2010) demonstraram que a cepa de M. Massiliense GO06 isolada do

surto em Goiânia era patogênica e de alta virulência nas duas linhagens de

camundongos, sendo os camundongos BALB/c mais susceptíveis que os C57BL/6.

A diferença no controle da infecção observada neste trabalho pode estar

correlacionada ao fato que camundongos de linhagens diferentes, possuem mecanismos

de resposta imune díspares. A linhagem C57BL/6 exibe uma resposta imune com

padrão mais Th1, caracterizada como ideal no controle da infecção por micobactérias.

Essa resposta é induzida principalmente pelas citocinas IL-12 (Interleucina 12) e IFN-γ

(Interferon Gamma) após estímulo de microrganismos que ativam as células dendríticas,

macrófagos e células Natural Killer (FLYNN & CHAN 2001; ANNUNZIATO &

ROMAGNANI 2009). Após a fagocitose da micobactéria por macrófagos ou células

dendríticas ocorre a produção de IL-12. Essa citocina apresenta um importante papel no

controle da infecção, uma vez que favorece a resposta imune celular contra esses

patógenos, desempenhando funções essenciais, dentre as quais podemos citar: induzem

a produção de IFN-γ pelos linfócitos T CD4, CD8 e NK, leva à proliferação de

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linfócitos T CD4, favorece a expansão clonal de células Th1 e aumenta a citotoxicidade

dos linfócitos CD8 assim como das células NK. Além disso, tal citocina ativa as células

do sistema imune, mais diretamente as Natural Killer que elevam a secreção de IFN-γ.

(MAHESHWARI et al, 2002; JUNQUEIRA-KIPNIS et al, 2003). O interferon gamma

além de estar envolvido nos mecanismos bactericidas das células fagocíticas, ativa

fatores de transcrição que estimulam a diferenciação das células T CD4+ virgem ao

subtipo Th1, amplificando, dessa forma, o padrão induzido, que é de resposta imune

natural forte (COOPER 2009). Em contrapartida, BALB/c apresenta uma resposta

tendendo ao tipo Th2, sendo esta marcada pela produção das citocinas IL-4, IL-5, IL-6,

IL-13, IL-10 e TGF-β envolvidas principalmente na regulação das lesões inflamatórias

provocadas pela infecção (COOPER & KHADER 2008). Todavia este tipo de resposta

não é efetiva no controle de infecções micobacterianas, haja visto que essas citocinas

regulam negativamente a resposta Th1 (OTTENHOFF 2012). Com isso, podemos supor

que o balanço entre as repostas Th1 e Th2 possa ser mais eficiente no controle da

infecção e manutenção de todos órgãos.

Desta maneira, o estudo da infecção por Mycobacterium massiliense em

camundongos híbridos BC-F1 oriundos do cruzamento das duas linhagens C57BL/6 e

BALB/c, poderá caracterizar melhor a interação entre patógeno e hospedeiro.

METODOLOGIA

Animais

Camundongos da linhagem BC-F1 utilizados nesse estudo, foram obtidos

através do cruzamento de fêmeas BALB/c com machos C57BL/6, com idade entre 6-8

semanas, provenientes do biotério do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da

UFG (IPSTP-UFG). Os animais foram mantidos em gaiolas, com água e dieta ad

libitum, em sala de controle com ciclo de luminosidade, umidade e temperatura.

O protocolo para este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa

Animal da Universidade Federal de Goiás e todos os animais foram mantidos de acordo

com orientações da Sociedade Brasileira de Ciência em Animais de Laboratório

(SBCAL/COBEA).

Inóculo de Mycobacterium massiliense

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Uma alíquota da cepa Mycobacterium massiliense isolada pelo LACEN-GO no

surto ocorrido em Goiânia, foi cultivada durante três dias em meio Mueller Hinton

caldo, contendo Tween 80 a 0,05%, sendo mantida sob agitação em temperatura

ambiente até atingir a fase log de crescimento. Posteriormente, a cultura foi ajustado à

concentração de 2x106 UFC/mL.

Infecção endovenosa com Mycobacterium massiliense

Os animais foram agrupados, aleatoriamente, em 5 grupos com 3 animais cada.

A infecção foi realizada pela via intravenosa (via plexo retro-orbital), sendo inoculado,

106 CFU/animal.

Determinação das Unidades Formadoras de Colônia

Para determinar a carga bacteriana nos camundongos após a infecção, três

camundongos de cada grupo foram eutanasiados nos dias 1, 7, 14, 21 e 30 de infecção,

para coleta do pulmão, baço e fígado. Os órgãos coletados foram homogeneizados em

PBS, Tween 80 a 0,05%. Posteriormente, o homogenato foi diluído e plaqueado em

placas contendo meio Mueller Hinton ágar, quando então estas foram incubadas de 3 a 7

dias a 37°C em estufa com atmosfera úmida contendo 5% de CO2. Após este período de

incubação, as colônias crescidas foram contadas para determinar a UFC (unidades

formadoras de colônias).

Produção do extrato proteico de M. massiliense

A partir do inóculo de M. massiliense produzido para infecção coletou-se 1 mL

deste e em seguida foi realizada centrifugação por 6000rpm durante 10 min. Desprezou-

se o sobrenadante, e o ressuspendeu-se o pellet em 500ul de PBS, posteriormente este

volume foi sonicado por 10 ciclos de 30s cada. Feito isso o pellet foi novamente

centrifugado, porém em uma rotação de 10000rpm, durante 10min. Depois disso o

sobrenadante foi desprezado e o pellet foi ressuspendido em 500ul de PBS, quando

então foi fervida por 5min. A concentração do extrato proteico foi considerada 1

mg/mL.

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ELISA

Foram coletados sangue para a obtenção de soro e realização da técnica de

ELISA para a detecção de anticorpos IgG1 e IgG2a específicos para o extrato proteico.

Placas de poliestireno de 96 orifícios (Nunc) foram adsorvidas com o extrato proteico

de M. massiliense (10 µg/mL) diluídos em tampão carbonato/bicarbonato de sódio

0,05M (pH 9,6) e incubadas por 18 h a 4°C. Após este período, as placas foram

bloqueadas por 2 h a 37°C com tampão carbonato/bicarbonato de sódio contendo leite

desnatado 1%. As amostras de soros foram diluídas a 1:80 e adicionadas nos orifícios,

com posterior incubação por 2 h a 37°C. Depois as placas foram lavadas seis vezes com

Tampão Sódio-Fosfato (PBS) Tween 20 0,05%. Os anticorpos conjugados a biotina

(anti-mouse IgG1 e IgG2a Pharmingen) foram diluídos a 1:5000 em PBS contendo leite

desnatado 0,1% (PBSL) e adicionados aos orifícios da placa. Após incubação por 1 h a

37°C, as placas foram lavadas por seis vezes com PBS Tween 20 0,05%.

Estreptoavidina-peroxidade (BD Biosciences) diluída em PBSL a 1:10000 foi

adicionada aos orifícios e as placas foram incubadas por 1 h a 37°C. Novamente as

placas foram lavadas. A reação foi revelada com o tampão citrato-fosfato pH 4,5

contendo OPD (ortho-phenylenediamine - Merck) e água oxigenada a 20 V. A reação

enzimática foi finalizada com a adição de ácido sulfúrico 4 N. As placas foram lidas a

492 ηm na leitora de ELISA (LabsystemsMultiskanThermo).

Análise estatística

Os resultados apresentados neste trabalho foram tabulados no Prism 5 software

(Graphpad Software 5.0), expressos como média ± SD. Analise estatística múltipla

(Kruskal Wallis seguido de teste de Dunn’s) foi utilizada para avaliar as possíveis

diferenças entre os grupos. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente

significativo.

RESULTADOS

Para avaliar o perfil da resposta imune induzida pela infecção com M.

massiliense em camundongos BC-F1, o sangue de todos os animais foi coletado nos

dias 7, 14, 21 e 30 de infecção. Posteriormente foi determinado no soro os níveis de

anticorpos IgG1 e IgG2a anti-extrato proteico de M. massiliense. Como demonstrado na

Page 6: Introdução   metodologia- pibic-joyce 30-08

(Figura 1A), em todos os pontos em que os níveis séricos de anticorpos foram

determinados houve uma semelhança nos níveis entre as duas classes de anticorpos

IgG1 e IgG2a. Com quatorze dias de infecção foi observados níveis significativos de

anticorpos tanto da classe IgG1 quanto IgG2a quando comparado com o grupo salina

(Figura 1B). Estes resultados demonstram que camundongos BC-F1 apresentam um

perfil de resposta balanceada frente a infecção por M. massiliense.

Figura 1. Níveis séricos de anticorpos específicos anti-extrato proteico de M.

massiliense após o desafio intravenoso com M. massiliense GO06. Camundongos BC-

F1 foram infectados com 106 UFC/mL de M. massiliense GO06. (A) aos 7, 14, 21 e 30

dias de infecção, os níveis séricos de anticorpos IgG1 e IgG2a foram avaliados. (B)

comparação dos níveis séricos de anticorpos específicos IgG1 e IgG2a anti-extrato

protéico de M. massiliense em camundongos BC-F1 aos 14 dias de infecção com M.

massiliense. Diferença estatística: * (p<0,05).

Page 7: Introdução   metodologia- pibic-joyce 30-08

Como observado na Figura 1, os camundongos BC-F1 apresentaram níveis

similares de anticorpos das classes IgG1 e IgG2a sendo um perfil balanceado de

resposta. Diante disso, foi avaliado se esse balanço nos níveis de anticorpos, permitiu o

controle ou não da infecção por M. massiliense. Para isso, camundongos BC-F1

infectados por via endovenosa com M. massiliense foram eutanasiados nos dias 7, 14,

21 e 30, para coleta dos pulmões, baço e fígado. Os quais foram posteriormente

homogeneizados e plaqueados em meio MH para determinação da carga bacteriana. A

figura 2 demonstra que camundongos BC-F1 infectados por via endovenosa com M.

massiliense apresentaram um controle da infecção, sendo observado a formação de uma

curva descendente na cinética da carga bacilar determinada nos órgãos dos animais.

Este resultado demonstra que a resposta imune apresentada por camundongos BC-F1

contra M. massiliense foi efetiva na redução da carga bacilar nos três órgãos avaliados,

reduzindo após 30 dias de infecção três logs de UFC no baço. Já no fígado e pulmão foi

observado apenas a redução de 1,5 logs de UFC.

Figura 2. Determinação da carga bacilar no pulmão, baço e fígado de camundongos

BC-F1 nos dias 7, 14, 21 e 30 de infecção por via intravenosa com 10 6 UFC/mL de M.

Massiliense GO06.

DISCUSSÃO

Page 8: Introdução   metodologia- pibic-joyce 30-08

Neste estudo foi avaliada a susceptibilidade de camundongos híbridos BC-F1,

oriundos do cruzamento entre as linhagens BALB/c e C57BL/6, a cepa de M.

massiliense GO06.

Nossos resultados demonstram que frente a infecção por M. massiliense,

camundongos BC-F1 apresentam níveis igualitários das classes de anticorpos IgG1 e

IgG2a específicos para M. massiliense. Possivelmente, esse semelhança nos níveis de

classes de anticorpos pode estar relacionada a diversidade do MHC apresentada por esta

linhagem. Pois esta é oriunda do cruzamento de duas linhagens que apresentam

respostas imunes diferentes frente a infecção por patógenos intracelulares. Enquanto

camundongos BALB/c montam uma resposta do tipo Th2 com produção de IgG1,

camundongos C57BL/6 geram uma resposta Th1 com produção de IgG2a (REF). Essas

duas linhagens apresentam sucetibilidade a infecção por M. massiliense, isso mostra que

a polarização da resposta imune não ideal para o controle da infecção. Assim, uma

resposta imune balanceada pode ser ideal no controle da infecção e na manutenção do

órgão infectado por patógenos intracelulares.

Em nosso trabalho foi observado que os camundongos BC F1 que apresentaram

uma resposta imune balanceada, foram capazes de controlar a infecção por M.

massiliense, reduzindo carga bacilar no baço, fígado e pulmão. Possivelmente este

controle observado é devido a resposta imune gerada por esta linhagem de

camundongos, sendo diferente da observada em um estudo realizado por De Souza et

al., com a mesma cepa em linhagens diferentes. Neste estudo foi observado que tantos

camundongos BALBc que apresentam uma resposta imune predominantemente Th2 e

C57bl6 do tipo Th1, não foram capazes de reduzir a carga bacilar nos órgãos avaliados.

Estes dados demonstram que a polarização de único tipo de resposta não é ideial para o

controle da para infecção por M. Massiliense, sendo necessário o balanço entre ambos

os tipos de respostas imunes (REF).

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