influencia da fadiga neuromuscular e acidose metabolica ... · seres angelicais enviados por deus...

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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física ALEXANDRE POLICHER ALVES FLÁVIO ROBERTO PELICER FRANCO CARLOS MEIRA INFLUÊNCIA DA FADIGA NEUROMUSCULAR E ACIDOSE METABÓLICA SOBRE A PERFORMANCE ANAERÓBIA LINS/SP 2008

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Educação Física

ALEXANDRE POLICHER ALVES

FLÁVIO ROBERTO PELICER

FRANCO CARLOS MEIRA

INFLUÊNCIA DA FADIGA NEUROMUSCULAR E ACIDOSE METABÓLICA SOBRE A

PERFORMANCE ANAERÓBIA

LINS/SP

2008

ALEXANDRE POLICHER ALVES

FLÁVIO ROBERTO PELICER

FRANCO CARLOS MEIRA

INFLUÊNCIA DA FADIGA NEUROMUSCULAR E ACIDOSE METABÓLICA

SOBRE A PERFORMANCE ANAERÓBIA.

LINS/SP 2008

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Centro Universitário

Católico Salesiano Auxilium, sob orientação

dos professores Msc. Wonder Passoni

Higino e da Esp. Jovira Maria Sarraceni.

Alves, Alexandre Policher; Pelicer, Flávio Roberto; Meira, Franco Carlos.

A477i Influência da fadiga neuromuscular e da acidose metabólica sobre a performance anaeróbia / Alexandre Policher Alves; Flávio Roberto Pelicer; Franco Carlos Meira. – – Lins, 2008.

70p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física, 2008

Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Wonder Passoni Higino 1. Fadiga Neuromuscular. 2. Performance Anaeróbia. 3.

Atividade Excêntrica. I Título.

CDU 796.4

ALEXANDRE POLICHER ALVES

FLÁVIO ROBERTO PELICER

FRANCO CARLOS MEIRA

INFLUÊNCIA DA FADIGA NEUROMUSCULAR E DA ACIDOSE METABÓLICA

SOBRE A PERFORMANCE ANAERÓBIA.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Licenciatura Plena em Educação Física.

Aprovada em: ___/___/___

Banca Examinadora:

Profº Wonder Passoni Higino

Titulação: Mestre em Motricidade Humana pela UNESP-RIO CLARO

Assinatura: ________________________

1º Prof.(a)_______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

Assinatura: ________________________

2º Prof. (a)_______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

Assinatura: ________________________

DEDICATÓRIAS

AOS MEUS PAIS

Pelo esforço, dedicação e seriedade que sempre tiveram para me

educar, me auxiliando em todos os momentos que precisei, pela orientação

necessária para enfrentar todos os desafios, me ensinando a viver,

independentemente de qualquer circunstância.

FRANCO CARLOS MEIRA

AS MINHAS IRMÃS

Pelo carinho, afetuosidade e ajuda de vocês a conquistar mais este

objetivo, compreendendo e respeitando em todos os momentos que precisei,

estando sempre à disposição para me ajudar.

FRANCO CARLOS MEIRA

Dedico esse trabalho a NOSSA SENHORA APARECIDA, por interceder

junto a Deus Pai Todo Poderoso, e operar verdadeiros milagres em minha vida.

Amém.

FLÁVIO ROBERTO PELICER

Dedico aos meus filhos Murilo e Thamires.

Seres angelicais enviados por Deus para iluminar minha vida, no

momento em que nada me parecia claro, vieram para preencherem os

meus vazios, trouxeram para minha vida muito amor, muita paz, muita luz....

Sois minha alegria diária. Divinamente enviados a me mostrar que a

vida sempre vale a pena, se vivida com dedicação e amor, vieram me

ensinar e me ajudar a ser uma pessoa melhor, mais paciente, mais

reflexiva, mais temente a Deus, pois hoje tenho um propósito a mais a que

me dedicar “Vocês”.

Muito obrigado, amo muito vocês.

ALEXANDRE POLICHER ALVES

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a DEUS, pelo seu poder imenso em me

transformar em vida, proporcionando-me momentos preciosos e raros na minha

curta existência.

Agradeço a minha família, pela convivência e oportunidade de se viver

em comunhão, sempre presente em meus pensamentos, mesmo que em

diversas ocasiões, estivemos distantes fisicamente.

Agradecimentos ao nosso orientador Wonder Passoni Higino, pela sua

sabedoria e interesse em dividir seus conhecimentos na área acadêmica.

Aos meus amigos Flavio Pelicer e Alexandre Policher, meus

agradecimentos pela amizade, alegria e vontade de vencer. DEUS não poderia

ter escolhido pessoas melhores que este dois para serem meus companheiros

e parceiros de monografia.

FRANCO CARLOS MEIRA

Seria necessário escrever um outro trabalho, somente de

agradecimentos, mas serei sucinto. Fica minha eterna gratidão, a um pai que

amou sua família acima de todas as coisas que possa existir nesse mundo, que

foi um grande homem por onde passou, na qual deixa saudade a todos os

amigos e familiares. Não ficou conosco pra acompanhar as minhas vitórias,

mas o sinto presente todos os momentos de minha vida, meu querido pai,

Claudomiro Pelicer, o “Boquinha” (in memorian).

A uma senhora que, jamais mediu esforços para que meus objetivos

fossem alcançados. Uma pessoa guerreira, perseverante, alegre. Minha amada

mãe.

As minhas irmãs e sobrinhos que, independente de vitória e derrotas, me

apoiaram sempre e, sempre sentiram muito orgulho em ser minhas irmãs e

sobrinhos. Gi e Má, me orgulho de ser seu irmão também. Zé Victor, João

Gabriel, Maria Luiza, amo muito vocês, me orgulho de ser tio de vocês.

Agradeço a essa instituição de ensino, na qual me acolheu muito bem e

me orgulho de por alguns anos ter feito parte.

Aos professores, que me suportaram por todos esses anos, agradeço a

dedicação de cada um. Em especial o Wonder, na qual perdeu mais alguns de

seus raros fios de cabelo para orientar esse trabalho. Obrigado mestre!

Aos vários amigos que participaram desse trabalho.

A tantos outros amigos que me apoiaram de várias outras formas, os

professores do Seslare de José Bonifácio/SP, os parceiros de infância.

E a esses dois amigos que, juntos, formulamos esse trabalho. Talvez o

trio mais atrapalhado que já vi, mas, tenho certeza que foi o melhor que

poderíamos ter feito.

Valeu galera.

FLÁVIO ROBERTO PELICER

A minha esposa Fabiana.

Obrigada por ter entrado na minha vida e por ter feito nela maravilha.

Agradeço pela preocupação e por nunca ter me deixado de estar ao

meu lado, muito obrigado!

Te amo!

ALEXANDRE POLICHER ALVES

RESUMO

As modalidades esportivas que tem como característica, a predominância do sistema anaeróbio, vem sendo alvo de inúmeras pesquisas e estudos científicos, visando aprimorar e enriquecer os processos didáticos e metodológicos com a finalidade de obter o melhor desempenho nas competições. Como na literatura há diversos relatos sobre os fatores que podem otimizar o desempenho atlético e os processos fisiológicos que podem interferir na performance, esta pesquisa tem como finalidade, analisar a influência da fadiga neuromuscular e da acidose metabólica sobre a performance anaeróbia. Para tal pesquisa, participaram 20 indivíduos do sexo masculino, aparentemente saudáveis, sedentários, com idade entre 18 e 35 anos que foram submetidos aos seguintes protocolos: teste em esteira, com carga incremental, progressivo e intermitente, com velocidade inicial de 7 ou 8 Km/h, aumentando 1 Km/h em cada estágio até a exaustão voluntária, para determinação do VO2máx., limiar aeróbio e anaeróbio; após um intervalo de 3 a 7 dias, foi realizado o teste da performance anaeróbia (corrida de 400 metros controle). Novamente, após um intervalo de 3 a 7 dias, realizou-se a atividade pliométrica, com repouso ativo ou passivo, seguida de um teste da performance anaeróbia (corrida 400 metros Pós Pli.) e, posteriormente, outro teste de performance anaeróbia 24 horas após a atividade pliométrica (400 24h Pós Pli.). Em todos os protocolos utilizados, foi realizada a coleta sanguínea do lóbulo da orelha de cada individuo, no início, nos intervalos e após o término de todos os testes, para posterior analise em laboratório. Os resultados obtidos neste estudo mostram que, para todas as variáveis utilizadas para caracterizar os participantes do estudo, nenhuma delas, quando comparados os grupos ativo e passivo, apresentaram diferenças significantes, demonstrando homogeneidade entre os grupos estudados e, também, pôde-se verificar que o comportamento do desempenho na performance anaeróbia foi semelhante quando são comparados os grupos. Quando a comparação é intragrupo, verifica-se que a atividade pliométrica causou uma diminuição estatisticamente significante de desempenho nos 400 metros logo após a atividade pliométrica, no entanto, este desempenho foi recuperado após 24 horas de repouso, quando o mesmo exercício agudo de 400 metros foi repetido. Sendo assim, conclui-se, que não foi observada nenhuma diferença na performance anaeróbia após a sessão de exercícios pliométricos, independentemente dos períodos de repouso, seja ativo ou passivo, quando comparados com o teste de 400 metros controle, sugerindo-se, então, que o declínio do rendimento anaeróbio encontrado no tempo de corrida no teste de 400 metros Pós Pli., seja relacionado com a fadiga neuromuscular, independentemente do estresse metabólico ocasionado pelo acúmulo de ácido

lático no meio intramuscular. Devido ao grande estresse da atividade, tal fenômeno ocorre como forma de proteção contra possíveis efeitos deletérios da integridade da fibra muscular. Assim, as pesquisas relacionando performance anaeróbia após exercícios pliométricos seguido de repouso ativo ou passivo, deverão ser mais estudadas com a necessidade de realização de mais pesquisas, para que possam trazer novos parâmetros sobre o assunto.

Palavras-chave: Fadiga neuromuscular. Performance anaeróbia. Atividade excêntrica.

ABSTRACT

The sporting modalities that it has as characteristic, the predominance of the anaerobic system, is being white of countless researches and scientific studies, seeking to perfect and to enrich the didactic and methodological processes with the purpose of obtaining the best acting in the competitions. As in the literature there are several reports about the factors that can optimize the athletic acting and the physiologic processes that they can interfere in the performance, this research has as purpose, to analyze the influence of the fatigue neuromuscular and of the metabolic acidosis on the anaerobic performance. For such a research, they announced 20 individuals male, seemingly healthy, sedentary, with age among 18 and 35 years that were submitted to the following protocols: test in mat, with load incremental, progressive and intermittent, with initial speed of 7 or 8 Km/h, increasing 1 Km/h in each apprenticeship until the voluntary exhaustion, for determination of VO2máx, aerobic and anaerobic threshold; after an interval from 3 to 7 days, the test of the anaerobic performance was accomplished (race of 400 meters control). Again, after an interval from 3 to 7 days, it took place the activity pliometric, with rest active or passive, following by a test of the anaerobic performance (race 400 meters Pós Pli.) and, later, other performance test anaerobic 24 hours after the activity pliometric (400 24:00 Pós Pli.). In all of the used protocols, the sanguine collection of each individual's earlobe was accomplished, in the beginning, in the intervals and after the end of all the tests, for subsequent analyze at laboratory. The results obtained in this study show that, for all the variables used to characterize the participants of the study, none of them, when compared the groups assets and liabilities, they presented significant differences, demonstrating homogeneity among the studied groups and, also, it could be verified that the behavior of the acting in the anaerobic performance was similar when the groups are compared. When the comparison is intraclass, it is verified that the activity pliometric caused a decrease significant estatistic of acting soon in the 400 meters after the activity pliometric, however, this acting was recovered after 24 hours of rest, when the same sharp exercise of 400 meters was repeated. Being like this, it is concluded, that any difference was not observed in the anaerobic performance after the session of exercises pliométricos, independently of the rest periods, be active or passive, when compared with the test of 400 meters control, being suggested, then, that the decline of the anaerobic income found in the time of race in the test of 400 meters Pós Pli., be related with the fatigue neuromuscular, independently of the metabolic stress caused by the accumulation of lactic acid in the half intramuscular. Due to the great stress of the activity, such phenomenon happens as protection form against possible harmful effects of the integrity of

the muscular fiber. Like this, the researches relating anaerobic performance after exercises pliometric following by rest active or passive, they should be more studied with the need of accomplishment of more researches, so that they can bring new parameters on the subject. Keyword: Fatigue neuromuscular. Anaerobic performance. Eccentric activity.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Valores em média de desvio padrão da média das características

iniciais dos voluntários dos grupos ativo e

passivo............................................................................................................ 30

Tabela 2: Valores em média e desvio padrão da média do tempo das

performances anaeróbias máximas (400m) realizadas pelos indivíduos

pertencentes aos grupos ativo e passivo nas situações controle (400 Cont),

após a atividade pliométrica (400 Pós Pli) e 24 horas após a atividade

pliométrica (400 24h

Pós)................................................................................................................. 31

Tabela 3: Concentrações de lactato (mM) nas situações pré e pós 30 minutos

de remoção ativa e passiva............................................................................. 31

Tabela 4: Concentrações de lactato (mM) nas situações pré e pós performance

anaeróbia de 400 metros para os grupos ativo na situação controle (Ativ. 400

Cont.) e na situação pós pliométrico (Ativ. 400 Pli.) e passivo na situação

controle (Pas. 400 Cont.) e na situação pós pliométrico (Pas. 400 Pli.).......... 32

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ATP: Adenosina Trifosfato

CAE: Ciclo Alongamento-Encurtamento

CC: Componente Contrátil

CEP: Componente Elástico Paralelo

CES: Componente Elástico em série

CO2: molécula de gás carbônico

CSL: Concentrações Sanguíneas de Lactato

DMIT: dor muscular de início tardio

H2O: molécula de água

LAn: Limiar Anaeróbio

mM: milimol

mM/l: milimol por litro

OBLA: Onset of Blood Lactate Accumulation

OTG: Órgão Tendinoso de Golgi

PC: Fosfocreatina

vLaer: Velocidade do limiar aeróbio

VLAn: Velocidade do Limiar Anaeróbio

VO2máx: Consumo Máximo de Oxigênio

vVO2máx: velocidade do consumo máximo de oxigênio

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................... 17

1 CONCEITOS PRELIMINARES.............................................. 19

1.1 Fadiga neuromuscular............................................................ 19

1.2 Efeito do treinamento excêntrico sobre a performance

anaeróbia...............................................................................

21

1.3 Acidose metabólica e remoção de lactato.............................. 23

1.3.1 Remoção de ácido lático........................................................ 24

1.4 Dor muscular de inicio tardio.................................................. 25

2 CASUÍSTICA E MÉTODOS................................................... 27

2.1 Condições ambientais............................................................ 27

2.2 Sujeitos ou amostra experimental.......................................... 27

2.3 Material................................................................................... 27

2.4 Testes..................................................................................... 27

2.4.1 Coleta e analise de sangue.................................................... 27

2.4.2 Mensuração da freqüência cardíaca...................................... 28

2.4.3 Determinação do VO2max, limiar anaeróbio e limiar aeróbio 28

2.4.4 Performance anaeróbia máxima............................................ 28

2.4.5 Atividade pliométrica.............................................................. 29

2.4.6 Recuperação ativa................................................................. 29

2.4.7 Recuperação passiva............................................................. 29

2.5 Procedimentos....................................................................... 29

2.6 Analise estatística.................................................................. 30

3 RESULTADOS....................................................................... 30

4 DISCUSSÃO.......................................................................... 32

5 CONCLUSÃO........................................................................ 33

REFERÊNCIAS........................................................................................ 34

APÊNDICES............................................................................................. 39

Apêndice A – Formulário de Testes .................................... 40

Apêndice B – Termo de Consentimento ............................. 43

INTRODUÇÃO Esta pesquisa se propõe a analisar a influência da fadiga neuromuscular

e da acidose metabólica sobre a performance anaeróbia. Segundo Ascensão, et al. (2003), o tecido muscular é capaz de produzir

força quando ativado. A incapacidade de produção de força de forma repetida é caracterizada como fadiga neuromuscular; sintoma que pode durar por vários dias ou semanas. As causas da fadiga muscular durante o exercício, podem ser de origem central (regiões corticais e sub-corticais do cérebro) ou de origem periférica (tecido muscular esquelético).

Para Ascensão, et al, (2003), a fadiga neuromuscular encontra-se relacionada com alterações de alguns parâmetros eletromiográficos, e para Ascensão, et al. (2003), pode ser tanto em contrações musculares isométricas ou dinâmicas, podendo ser também, máximas ou submáximas, sendo uma forma de proteção contra possíveis efeitos deletérios da integridade da fibra muscular (ASCENSÃO, et al. 2003).

Segundo Ascensão, et al. (2003), a fadiga periférica é o decréscimo da força contrátil, que independe da condução do impulso neural. Já o resultado da alteração do input neural que chega ao músculo, traduzida como a redução na velocidade de condução de impulso voluntário aos motoneurônios, é determinada como a fadiga central.

A fadiga, depende do tipo, duração, intensidade do treinamento, tipo de fibra muscular ativada, do nível de treinamento do indivíduo e das condições ambientais no momento da realização do treinamento (ASCENSÃO, et al. 2003).

Ascensão, et al. (2003) sugere que algumas das causas da fadiga muscular está relacionada com alterações do pH, temperatura, fluxo sanguíneo, acúmulo de produtos do metabolismo celular resultante da hidrólise do ATP, a perda da homeostasia do íon Ca ++, o papel da cinética de alguns íons nos meios intra e extra-celular, a lesão muscular induzida principalmente por exercícios de contrações excêntricas e o estresse oxidativo.

Para Denadai (1999) a formação de lactato durante a contração muscular, deve-se aos prováveis mecanismos que controlam a produção e remoção de lactato durante o exercício.

Segundo Denadai (1999), a determinação do limiar anaeróbio (LAn) é obtida através do mais alto consumo de oxigênio, além do qual o lactato começa a acumular-se no sangue de forma desproporcional e atualmente é utilizada na avaliação de indivíduos saudáveis. Portanto, a intensidade de trabalho correspondente ao início de acúmulo de lactato no sangue, OBLA (Onset of Blood Lactate Accumulation), que pode ser expresso através da

velocidade de corrida no limiar anaeróbio (VCLAn) e determinado de forma direta ou indireta, tem sido aceita como útil para a prescrição de exercícios.

De acordo com Denadai (1999), a concentração sanguínea de lactato (CSL) corresponde a 4 mM/l tem sido referida como a mais precisa na determinação do LAn, podendo variar de 3 – 5,5 mM. Dessa forma, é de se esperar que cargas correspondentes a uma CSL de 4 mM/l possam ser suportadas durante um teste prolongado de carga constante, constituindo-se em um referencial importante na avaliação e controle do treinamento.

Segundo Mcardle, Katch, Katch (2003), para as atividades que exigem poderosos movimentos propulsivos, os atletas aplicam com freqüência uma forma especial de treinamento com exercícios denominado pliometria. Neste exercício utilizam-se vários saltos no mesmo lugar ou saltos com ressaltos a fim de mobilizar as características essenciais de estiramento-encurtamento do músculo esquelético e sua modulação através do reflexo de estiramento.

Segundo Ugrinowitsch; Barbanti (1998), salto vertical é uma ação básica, sendo que muitas pesquisas vêm sendo realizadas na tentativa de se estabelecer uma teoria para sua compreensão.

O desenvolvimento dos saltos verticais se deu em grande parte pela importância para o estudo do Ciclo de Alongamento e Encurtamento (CAE), o qual é um mecanismo fisiológico que tem como função aumentar a eficiência mecânica do movimento. Ele está baseado no acúmulo de energia potencial elástica nas ações musculares excêntricas, a qual é liberada na fase concêntrica subseqüente em forma de energia cinética (UGRINOWITSCH; BARBANTI, 1998).

Para Ugrinowitsch; Barbanti (1998), o potencial elástico dos músculos só poderá ser utilizado havendo um alongamento muscular aliada a uma geração de força. Durante essas ações musculares há a produção de trabalho negativo, o qual tem parte de sua energia mecânica absorvida e armazenada na forma de energia potencial elástica nos elementos elásticos em série. Quando há a passagem da fase excêntrica para a concêntrica, de forma rápida, os músculos podem utilizar e aproveitar esta energia para aumentar a geração de força na fase posterior com um menor custo metabólico (UGRINOWITSCH; BARBANTI, 1998). Para Ugrinowitsch; Barbanti (1998) duas atividades idênticas, onde uma delas utilizar o CAE, e a outra não, o consumo de oxigênio será inferior naquela que o utilizar, assim haverá uma menor atividade elétromiográfica se tiverem a mesma produção motora. Nesse mesmo trabalho os autores falam que se a passagem de uma fase para outra, for de forma lenta, a energia potencial elástica será dissipada na forma de calor, não podendo se converter em energia cinética.

Para Villar; Denadai (1998), a intensidade ideal de esforço a ser empregada durante a recuperação ativa, deve se encontrar entre 29 e 49% do VO2máx. Villar; Denadai (1998) mostram que a velocidade de remoção de lactato durante a recuperação ativa é atingida somente quando a intensidade do exercício for próxima de 70% VO2máx.. Nesse mesmo estudo, Villar; Denadai (1998) observando de uma forma diferente alguns estudos, verificaram que, a variabilidade individual da melhor intensidade da recuperação ativa, era mais eficiente, quando esta intensidade era expressa em relação ao LAer, do que em relação ao VO2máx.

Por haver uma variedade muito grande de modalidades esportivas que se utilizam do metabolismo anaeróbio e exercícios excêntricos, o objetivo deste

estudo foi de analisar, qual a influência da fadiga neuromuscular e da acidose metabólica em atividades anaeróbias.

Os indivíduos foram divididos em dois grupos iguais de 10 (dez) integrantes, onde foi observado o rendimento anaeróbio dos indivíduos em testes de 400 metros. Os testes foram realizados antes e após uma sessão de exercícios pliométricos, seguidos de recuperação ativa ou passiva com o intuito de minimizar a acidose intramuscular.

O estudo foi norteado pela seguinte pergunta: A acidose metabólica associada a fadiga neuromuscular são fatores

determinantes da diminuição da performance anaeróbia? A hipótese de tal estudo foi de que, após a sessão de atividade

pliométrica, as concentrações sanguíneas de lactato estarão muito altas, devido a grande intensidade que o exercício proporcionará aos indivíduos, e, que através do repouso ativo, os indivíduos terão um melhor desenvolvimento na atividade anaeróbia que virá posteriormente devido a maior remoção deste metabólito, que em altas concentrações poderá prejudicar a performance anaeróbia.

Para demonstrar a veracidade dos pressupostos será realizada pesquisa exploratória, cujos métodos e técnicas serão explicados detalhadamente na parte metodológica do trabalho.

1 CONCEITOS PRELIMINARES 1.1 Fadiga neuromuscular

Segundo Ascensão, et al. (2003), o tecido muscular é capaz de produzir

força quando ativado. A incapacidade de produção de força de forma repetida é caracterizada como fadiga neuromuscular; sintoma que pode durar por vários dias ou semanas. As causas da fadiga muscular durante o exercício, podem ser de origem central (regiões corticais e sub-corticais do cérebro) ou de origem periférica (tecido muscular esquelético).

A fadiga neuromuscular encontra-se relacionada com alterações de alguns parâmetros eletromiográficos (GUÉVEL; HOGREL; MARINI, 2000), esta pode ser tanto em contrações musculares isométricas ou dinâmicas, podendo ser também, máximas ou submáximas, sendo uma forma de proteção contra possíveis efeitos deletérios da integridade da fibra muscular (ASCENSÃO, et al. 2003).

A fadiga periférica é o decréscimo da força contrátil, que independe da condução do impulso neural, já o resultado da alteração do input neural que chega ao músculo, traduzida como a redução na velocidade de condução de impulso voluntário aos motoneurônios, é determinada como a fadiga central. (DAVIS, BAILEY, 1997).

A fadiga depende do tipo, duração, intensidade do treinamento, tipo de fibra muscular ativada, do nível de treinamento do indivíduo e das condições ambientais no momento da realização do treinamento (ASCENSÃO, et al. 2003).

Ascensão, et al. (2003) sugerem que algumas das causas da fadiga muscular está relacionada com alterações do pH, temperatura, fluxo sanguíneo, acúmulo de produtos do metabolismo celular resultante da hidrólise do ATP, a perda da homeostasia do íon cálcio, o papel da cinética de alguns íons nos meios intra e extra-celular, a lesão muscular induzida principalmente por exercícios de contrações excêntricas e o estresse oxidativo.

Os mecanismos neurais e motores interagem em uma atividade de força, e demonstram que no inicio do treinamento (4-6 semanas), as melhoras são obtidas preferencialmente através das adaptações neurais, e logo após a essa fase as adaptações morfológicas aumentam e as neurais diminuem, portanto a melhora no ganho de força depende muito da melhora dessas duas adaptações durante o treinamento. (BARROSO, TRICOLI, UGRINOWITSCH, 2005).

Resumidamente, a fadiga de origem central, se traduz numa falha voluntária ou involuntária na condução dos impulsos, na qual pode ocorrer uma redução no número de unidades motoras ativas e diminuir a freqüência de disparo dos motoneurônios (STACKHOUSE, et al, 2000).

Stackhouse et al. (2000), utilizaram uma técnica designada por contrações interpoladas. Segundo Davis, Bailey (1997), no inicio, tal recurso parecia demonstrar que em sujeitos treinados e motivados, impostos a um estímulo elétrico supramáximo, não resultava em um aumento de força em músculos isolados na fadiga. Portanto o decréscimo da atividade nervosa na condução de impulsos, segundo tal estudo, não representa um fator apropriado para a fadiga muscular (ASCENSÃO, et al. 2003).

Há estudos, segundo Gandevia (2001), que explicam que a inibição pode resultar de um mecanismo de feedback reflexo provindo dos fusos neuromusculares, ou dos órgãos tendinosos de Golgi, ou das terminações nervosas do tipo III e IV, que aparentam ser sensíveis ao acúmulo de alguns metabólitos a nível muscular durante o exercício.

Durante uma ação excêntrica a tensão passiva do movimento é somada à força ativa, e a força que o músculo é capaz de produzir aumenta (BARROSO, TRICOLI, UGRINOWITSCH, 2005). A amplitude do sinal eletromiográfico (EMG), que representa a atividade elétrica do músculo, nas ações excêntricas, é menor quando comparadas com ações concêntricas e ações isométricas em relação a níveis de força absoluta e relativa. Indicando que há menor ativação nas ações excêntricas. Foi sugerido que esta ativação menor possa estar ligada a algum mecanismo de inibição neural, por exemplo, os órgãos tendinosos de Golgi (OTG) (AAGAARD, et al, 2000).

Os OTGs são responsáveis em traduzir a tensão mecânica, levando à medula e ao córtex motor, fazendo com que a tensão seja conhecida em nível consciente. Os OTGs, aumentam suas atividades elétricas inibindo a descarga neural dos motoneurônios dos músculos ativos, evitando que ocorra algum tipo de lesão neste músculo, quando a tensão aumentar muito (WEBBER, KRIELLARS, 1997).

No entanto, em outro estudo, Grabiner, Owings, (2003) dizem que as atividades elétricas são diminuídas, previamente a ação excêntrica, indicando que é programado de forma diferente pelo sistema nervoso central, o que contradiz a existência de um mecanismo de inibição.

Outro fator que pode ocasionar a fadiga, segundo Gandevia (2001), é a contribuição do impulso a partir das regiões superiores do cérebro. Algumas

técnicas de estimulação magnética transcraniana, têm mostrado que o sistema nervoso central aparece na fadiga, particularmente na diminuição da atividade cortical, na condução corticoespinhal do impulso nervoso, e também na ativação das áreas cerebrais responsáveis pela produção de dopamina.

Ainda segundo Gandevia (2001), tem sido analisada a relação entre o tempo de exercício até a exaustão e as variações da síntese e liberação cerebral de alguns neurotransmissores, associados a fatores de natureza psicológicas (motivação, atenção, humor, depressão e coordenação neuromuscular). Tem se estudado sobre as alterações da razão serotonina/dopamina, (STRUDER et al, 2001) o papel da cafeína como bloqueador dos receptores de adenosina (DAVIS et al, 2001) em atividade de longa duração e as conseqüências de dosagens de alguns aminoácidos de cadeia ramificada na inibição da síntese cerebral de serotonina, ocasionada pelo aumento da quantidade de triptofano (BLOMSTRAND, 2001) e pelo aumento das concentrações de amônia plasmática (DAVIS, 1995). O triptofano é encontrado em duas formas no plasma; uma forma livre e uma ligada à albumina. Em uma atividade prolongada, ele é alterado a favor da forma livre, pelo motivo da estimulação da lipólise, a quantia de ácidos graxos aumenta acima de 1 mM, este se liga a albumina, auxiliando no aumento das concentrações de triptofano livre, atravessando a barreira hemato/encefálica (BLOMSTRAND, 2001), aumentando as concentrações de triptofano cerebral e consequentemente aumentando a síntese de serotonina (BLOMSTRAND, 2001).

Segundo Davis, Bailey (1997), a ingestão de suplementos dietéticos ricos em hidratos de carbono pode atrasar a fadiga central, pois, durante o exercício, pode elevar os níveis de glicose plasmática, diminuindo por conseqüência as concentrações de ácidos graxos ligados à albumina. Podendo favorecer um incremento nas ligações de triptofano com a albumina, diminuindo as concentrações de triptofano livre, com conseqüente diminuição da razão triptofano livre/aminoácidos de cadeia ramificada e da produção de serotonina.

Farris, et al (1998), confirmaram a ação do triptofano como agente da fadiga de origem central ao ver que este estimulador da síntese cerebral de serotonina promoveu reduções na performance de resistência em cavalos, e por isso se mostrou consistente a hipótese da fadiga de origem central.

1.2 Efeito do treinamento excêntrico sobre a performance anaeróbia A forma mais conhecida que se aplica à ação excêntrica na atividade

física é todo e qualquer movimento que se define como uma série de contrações musculares repetidas e reguladas por mecanismos de controle neural com comunicação íntima de regulação, extensão e tensão da musculatura (ALBERT, 2002).

A Pliometria, definida como forma de treinamento, enfatiza a ação excêntrica, pois a mesma é descrita como atividade que utiliza à ação excêntrica imediatamente anterior a uma ação concêntrica proporcionando diminuição no tempo requerido para produzir força.

Para (ROSSI, BRANDELIZE, 2007) a Pliometria é uma técnica conhecida para aumentar a potência muscular e melhorar o rendimento atlético sendo definida como exercícios que ativam o ciclo excêntrico-concêntrico do músculo esquelético, provocando sua potenciação mecânica, elástica e reflexa. Tem como propósito, melhorar a capacidade de reação do sistema neuromuscular e armazenar energia elástica durante o pré-alongamento para que esta seja utilizada durante a fase concêntrica do movimento, promovendo a estimulação dos proprioceptores corporais para facilitar o aumento do recrutamento muscular numa mínima quantidade de tempo.

A função motora centraliza-se ao redor das contrações musculares que envolvem o encurtamento dos músculos durante as quais o sistema muscular é representado em três características mecânicas: o componente contrátil (CC), o componente elástico em série (CES) e o componente elástico paralelo (CEP) exercendo funções importantes para a produção de força (ALBERT, 2002).

Na maior parte das atividades, o músculo é alongado antes da contração concêntrica, se esticando como uma mola à medida que contrai. Com este estiramento o componente elástico em série também é alongado, contribuindo para a produção de força. Sendo assim, diversos autores têm mostrado que uma ação excêntrica imediatamente anterior a uma contração concêntrica irá aumentar significativamente a força gerada concentricamente devido à energia elástica armazenada, pois a mesma é transferida ao componente elástico em série, sendo recuperada e utilizada para contribuir para a contração de encurtamento.

Estes fatos foram demonstrados experimentalmente quando compararam saltos profundos amortecidos e não amortecidos. Em uma aterrissagem não–amortecida de um salto com profundidade, houve uma flexão mínima nos joelhos com um salto reativo (rebound jump). Aterrissagens amortecidas incluíram um aumento na flexão dos joelhos e um tempo antes do salto rebote correspondente. Os pesquisadores concluíram que os valores de potência eram muitos maiores para os saltos sem amortecimento do que para os amortecidos, devido ao fato de a elasticidade dos músculos diminuírem à medida que a flexão aumentava. O aumento da flexão nos joelhos durante os saltos amortecidos afetou a rigidez muscular de curta escala, causando com isso uma dissipação de parte da energia elástica na forma de calor. (ALBERT 2002).

A melhora na contração concêntrica é mais efetiva quando a contração excêntrica anterior é curta e executada rapidamente sem atraso. A velocidade no movimento é um fator-chave no desempenho atlético. O menor tempo gasto no solo e em qualquer ponto do movimento é de extrema importância. O espaço de tempo entre as contrações excêntricas e as subseqüentes contrações concêntricas é definido como fase de amortização. As maiores tensões desenvolvidas durante o ciclo alongamento-contração ocorrem durante o alongamento muscular exatamente antes da contração concêntrica, concluindo que o aumento da fase de amortização causa diminuição na tensão muscular (ALBERT 2002).

Na fisiologia da resposta muscular, são atribuídas aos reflexos proprioceptivos e as características dos músculos sob contração, as propriedades reflexas do sistema muscular. Os principais proprioceptores são os órgãos tendinosos de Golgi (OTGs) e os fusos musculares. Os fusos musculares localizados dentro das fibras musculares funcionam principalmente

como receptores ao estiramento, envolvendo o reflexo miotático. Os órgãos tendinosos de Golgi, que estão situados dentro dos tendões musculares, são envolvidos em um reflexo limitador de tensão, criando um efeito inibidor no músculo. Como os dois sistemas são opostos, é produzido aumento na força muscular.

Com o treinamento utilizando a ação excêntrica, o OTG pode tornar-se dessensibilizado, ocasionando aumento no nível de inibição, permitindo aumento de força em cargas maiores aplicadas ao sistema musculoesquelético, aumentando a ativação neuromuscular, melhorando o rendimento muscular com força explosiva. Utilizando a Pliometria como forma de treinamento, há um aumento da eficiência neural, correção de déficits proprioceptivos, permitindo ao indivíduo coordenar atividades dos grupos musculares, ocorrendo adaptação neural nos mesmos (ROSSI e BRANDELIZE 2007).

1.3 Acidose metabólica e remoção de lactato Segundo Albert (2002) o termo excêntrico é definido como a carga

muscular que envolve a aplicação de uma força excêntrica com aumento de uma tensão durante o alongamento físico da unidade músculo tendínea. Tendo nesse momento o conceito de alongamento forçado de músculos e tendões. O termo contração é mais bem descrito como uma ação, quando aplicada a exercícios excêntricos. Esse tipo de exercício vem a elucidar alguns pensamentos anteriores, os quais consideravam tal exercício como simples retorno, ou segunda fase, fase dos movimentos isotônicos. Há distinções entre treinamento excêntrico e outras formas de treinamento (isotônico, isocinético, inercial, isodinâmico e isométrico) que fornecem a base para apresentação técnica e regime de treinamento excêntrico. Na verdade a carga isotônica consiste em duas fases distintas, concêntrica e excêntrica, cada fase possui um número de propriedades fisiológicas unidas e separadas e, conseqüentemente, vantagens e preocupações distintas, quanto aplicadas aos programas de treinamento humanos, os quais poderão ser vistas em maiores detalhes no decorrer dessa pesquisa. Para Barroso; Tricoli; Ugrinowitsch (2005) tendo em vista a busca de novas técnicas para o ganho de força e hipertrofia, a ação excêntrica vêm sendo estudada com a possibilidade de otimizar as respostas adaptativas aos estímulos de treinamento de força. Acreditam esses, que com apenas ações excêntricas há maior ganho de força e hipertrofia em relação a outros treinamentos. Além disso, as adaptações neurais e morfológicas são os principais mecanismos que envolvem força motora, os quais são observados durante um período de treinamento inicial (4-6 semanas), ou seja, o ganho de força e hipertrofia é dependente das adaptações neurais e motoras. Barroso; Tricoli; Ugrinowitsch (2005) mostraram em seus estudos que a força e hipertrofia são maximizadas através de ações excêntricas e concêntricas paralelas ou em série. Os autores dão destaque à força reativa, que são elástico-reflexivo e a força explosiva elástica, caracterizada pelo ciclo de alongamento e encurtamento (CAE) que ocorre no salto pliométrico.

Uma das funções do músculo esquelético é produzir deslocamento dos segmentos corporais, e absorção das forças externas. Podemos observar melhor, esses movimentos, quando um indivíduo efetua um salto vertical, observa-se em sua aterrissagem após tal salto que as articulações do tornozelo, joelho e quadril estão sendo flexionadas, e os músculos extensores daquelas articulações estão produzindo trabalho negativo; ou seja, o sentido do movimento é contrario da força exercida. (BARROSO; TRICOLI; UGRINOWITSCH, 2005).

Barroso; Tricoli; Ugrinowitsch (2005) descreve em detalhes como ocorre a contração num exercício de salto. Ao aterrissar depois de um salto, o corpo do indivíduo sofrerá ação da gravidade superior a sua força muscular, havendo uma contração excêntrica que estimula o fuso muscular. Os músculos sinergistas realizam a parada do movimento, compensando a força da gravidade, em uma fase muito curta, em seguida ocorre o reflexo miotático que prepara a impulsão. As fibras intra-fusais realizam o movimento de extensão do joelho, unindo-se à impulsão voluntária realizada pelo indivíduo, que gera uma força de impulsão.

1.3.1 Remoção de ácido lático

Desde que Villar; Denadai (1998) em seus estudos demonstraram a formação de acido lático durante a contração muscular, muita atenção tem sido dada aos prováveis mecanismos que controlam sua produção e remoção durante e pós-exercício. Alguns pesquisadores sugerem que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato energético pelo fígado, músculo esquelético e coração.

A teoria diz que no pós-exercício, a maioria do acido lático é convertido em glicose pelo fígado e com uma conseqüente elevação do consumo de oxigênio pós-exercício (débito de oxigênio). Entretanto descobriu-se que isso não ocorre e o acido lático é, sobretudo, oxidado após o exercício. Ou seja, ela é convertida em acido pirúvico e utilizado como substrato para o coração e pelo músculo esquelético. O conceito de que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro, para ser utilizado como fonte de energia é denominada de lançadeira de lactato (POWERS; HOWLEY, 2005). Já Beneke, et al. (2003) acredita que independente da oxidação tecidual, acumula-se lactato devido ao aumento das fibras de contração rápida, as quais são recrutadas, devido ao aumento da intensidade do exercício. Para Foss, Keteyian (2000) durante exercício exaustivo os músculos e o sangue só conseguem tolerar o acúmulo de apenas 60 a 70 gramas de acido lático, antes do surgir à fadiga. Segundo McArdle, Katch, Katch (2003), atletas de velocidade-potência em geral conseguem alcançar níveis sangüíneos de lactato de 20 a 30% mais altos que indivíduos destreinados durante exercício máximo e de curta duração.

Smith, et al. (2002) relata que o acumulo de lactato, anuncia o início do metabolismo energético.

Segundo Higino, (2001) a taxa elevada de lactato sangüíneo perdura por duas horas após o exercício anaeróbio, as concentrações sangüíneas e

musculares de H+ retornam a normalidade em 30 a 40 minutos de recuperação ativa. Entretanto as atividades de alta intensidade, as quais a taxa de lactato se eleva muito, ou seja, acima dos níveis de repouso, tende a voltar a sua normalidade por volta de 30 a 60 minutos após a atividade. Em atletas praticantes de atividades aeróbias, denota-se possuírem uma melhor remoção de lactato do que aqueles praticantes de atividade predominantemente anaeróbias.

Para Higino (2001) a recuperação ativa realizada após exercício extenuante maximiza a velocidade de remoção do lactato circulante e muscular, quando comparado ao repouso passivo. A remoção após um exercício extenuante poderá ocorrer através da oxidação em CO2 e H2O pela musculatura, glicogênio hepático e através da reconversão a glicogênio pela glicogênese muscular e hepática.

Exercício aeróbio de baixa intensidade realizado durante 10 a 15 minutos poderá remover o lactato até duas vezes mais rápido comparadas a uma recuperação passiva, sendo sua remoção primeira no músculo e depois no sangue (BOMPA, 2001).

As pesquisas realizadas por Bircher, Knechtle (2004) salientam, em condições aeróbias, o ritmo de remoção do lactato por outros tecidos corresponde ao seu ritmo de formação, resultante de qualquer acúmulo efetivo de lactato, isto é, a concentração sangüínea de lactato se mantém estável. Somente quando a remoção não mantém paralelismo com a produção, o lactato acumula-se no sangue.

Segundo Powers, Howley (2005) o uso de acido lático como combustível metabólico para o sistema aeróbio é responsável pela maior parte do acido lático removido durante a recuperação após exercício intenso.

1.4 Dor muscular de inicio tardio

A dor muscular tardia tem como característica, a sensação de

desconforto e dor na musculatura esquelética após a realização de algum tipo de atividade na qual o indivíduo não esteja acostumado a fazer. Esse fenômeno não ocorre logo após a atividade, nem se manifesta nas primeiras oito horas. Há um aumento nas primeiras 24 horas e alcança seu pico entre 24 e 72 horas após a realização da atividade. Havendo um declínio progressivo na mesma, sendo que após cinco a sete dias desaparece por inteiro (TRICOLI, 2001).

A dor muscular de inicio tardio (DMIT), e o dano muscular, vão sofrer maior influência com a atividade excêntrica, dependendo também, do tempo da atividade, tempo de intervalo e nível de treinamento individual. A DMIT vai se instalar juntamente com uma microlesão, onde os leucócitos migrarão para o local e repararão o dano muscular, e as histaminas, prostaglandinas, cininas e potássio, produzidos por neutrófilos e macrófagos estimularão as terminações nervosas livres do músculo (FOSCHINI, PRESTES, CHARRO, 2007).

Segundo Antunes Neto, et al. (2007), a instalação da dor muscular é ocorrida através da migração de leucócitos para o local afetado, iniciando uma resposta inflamatória, sendo que os estímulos vindo às terminações nervosas livres do músculo, podem ser de responsabilidade do produto da fagocitose de

neutrófilos e macrófagos, como as histaminas, prostaglandinas cininas e potássio. Outro fator que pode vir a contribuir com a sinalização dos receptores de dor é a necrose de algumas células, devido ao influxo de cálcio após a lesão da membrana celular.

Chen, Nosaka, Tu (2007) analisaram em seus estudos que a dor muscular tardia esteve presente de forma aumentada por quatro dias após exercícios excêntricos.

Para Braun e Dutto (2003) os sintomas são, desconforto no local e na inserção entre tendão e músculo afetado, inflamação (CLARKSON e SAYERS, 1999) disfunção muscular, diminuição na amplitude de movimento da articulação na qual o músculo afetado age (LEE et al., 2002) e diminuição da capacidade de gerar força do músculo que sofreu a ação (CLARKSON e SAYERS, 1999).

Segundo Braun e Dutto (2003), para se observar índices bioquímicos associados com o dano muscular, devem ser analisados, a elevação das enzimas de degradação do colágeno, aumento das concentrações de creatina kinase, leucócito, neutrófilos e mioglobina durante alguns dias após o exercício. Proske e Allen (2005) falam que atividades que tenha contrações excêntricas induzem o dano em sarcômero, retículo sarcoplasmático, túbulos-T e sarcolema.

Dutto e Braun (2004) dizem que as atividades de alta intensidade tendem a recrutar principalmente fibras do tipo II, sendo que estas são mais propensas ao dano muscular em comparação as fibras do tipo I.

Paschalis et al. (2005), utilizando sessões de exercícios excêntricos, analisaram o dano muscular através de concentrações sangüíneas de creatina kinase, dor muscular tardia, além de algumas variáveis relacionadas com economia de movimento. Esses foram analisados antes da atividade e 24, 48, 72 e 96 horas após exercício excêntrico. Por final concluíram que, comparadas com os dados iniciais, todas as variáveis analisadas foram alteradas significantemente após os estágios analisados.

No estudo de Antunes Neto et al. (2007), observou os indivíduos que são submetidos a exercícios pliométricos e que não são acostumados com tal atividade, após, encontra-se um aumento rápido nas concentrações de creatina kinase, sendo que após duas horas já se pode observar um aumento significativo. Após quatro horas ao evento, a liberação de creatina kinase no plasma sangüíneo ainda é alta. O pico de tal enzima ocorre entre vinte e quatro horas e quarenta e oito horas, mostrando que o evento de microlesões celular tem um fator tardio.

Atunes Neto et al. (2006) analisando exercícios pliométricos, observaram que o extravasamento da creatina kinase para o plasma sangüíneo é o primeiro fato a ocorrer após um exercício desta natureza. Acompanhado a este pico de extravasamento desta enzima, ocorre a instalação de dor muscular tardia, que pode ser ocasionado provavelmente devido a ações inflamatórias e do inchaço muscular localizado.

Mesmo através da aparente relação entre dor muscular de início tardio e dano muscular, para Foschini, Prestes, Charro (2007), não se pode estabelecer uma relação linear entre tais variáveis, sendo que há divergências entre estudos publicados.

2 CASUÍSTICA E MÉTODOS

2.1 Condições Ambientais O presente estudo foi realizado no Laboratório de Avaliação do Esforço

Físico (LAEF), e na pista de atletismo do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (Unisalesiano – Lins), no período de maio à setembro, das 11h as 19h, onde a temperatura do ambiente interno (laboratório), foi controlada por ar condicionado.

2.2 Sujeitos Participaram deste projeto, 20 indivíduos do sexo masculino,

aparentemente saudáveis, sedentários, com idade entre 18 e 35 anos. Estes, após receberem informações de forma verbal e por escrito, através de um termo de consentimento, de todos os procedimentos que nortearam o estudo, consentiram à participação e divulgação dos dados coletados sem divulgação de seus nomes. Todos os procedimentos foram encaminhados, analisados e aprovados pelo comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (Unisalesiano – Lins).

2.3 Material Esteira rolante – IMBRAMED, ATL 10200 Analisador eletroquímico – YSL 1500 Sport Estadiômetro – SANMY Balança – TANITA, TBF 305 Algodão Álcool 70º Luvas de procedimentos Lanceta Eppendorff Fluoreto de sódio Frequencímetro cardíaco – POLAR

2.4 Testes 2.4.1 Coleta e análise do sangue

Para determinação das concentrações de lactato, foi coletado 25 microlitros de sangue do lóbulo da orelha, na qual foi transferido para um tubo tipo eppendorff contendo 50 mililitros de fluoreto de sódio (1%) e armazenados em congelador (-20ºC) para posterior análise na qual foi realizada em um lactímetro (Yelow Spirngs 1500 – Sport). As coletas foram realizadas nos testes de determinações de VO2máx., limiar anaeróbio e limiar aeróbio, no teste de performance anaeróbia máxima (400 metros), no repouso ativo e no repouso passivo .

No teste de determinação do VO2máx., limiar anaeróbio e limiar aeróbio, a coleta foi realizada no início e a cada 3 minutos, no momento em que foi aumentada a intensidade do teste em 1 Km/h.

Na determinação do teste de performance anaeróbia (400 metros),a coleta foi realizada antes do inicio e logo após o término do teste de 400 metros. No primeiro, terceiro e quinto minuto após a conclusão do teste, foi coletada amostras de sangue para posterior análise.

No repouso ativo foram coletadas amostras sangüíneas, no início, a cada cinco minutos e no final deste repouso. No repouso passivo foi coletado nos mesmos estágios do repouso ativo, diferenciando somente que o indivíduo se encontrou em repouso.

2.4.2 Mensuração da freqüência cardíaca.

Através da utilização do frequencímetro cardíaco (POLAR), foi analisada

a freqüência cardíaca dos indivíduos, nos testes para determinação do VO2máx., limiar anaeróbio e limiar aeróbio, performance anaeróbia máxima, repouso ativo e passivo, antes, durante e logo após a execução dos mesmos. A análise da freqüência cardíaca durante os testes foi observada nos mesmos estágios que ocorreu a coleta sangüínea. 2.4.3 Determinação do VO2máx, limiar anaeróbio e limiar aeróbio.

Em um mesmo teste foram analisados os limiares anaeróbio e aeróbio, e

VO2 máx. Este foi realizado de forma progressiva e intermitente em uma esteira rolante (IMBRAMED – 10200 ATL), onde a velocidade inicial foi de 7 ou 8 Km/h, sendo aumentada em 1 Km/h a cada três minutos, até a exaustão voluntária dos participantes. A velocidade referente aos limiares foi determinada através de interpolação linear, onde foi adotado concentrações fixas de 2 mM e 3,5 mM para os Limiares aeróbio e anaeróbio, respectivamente. O VO2máx. foi observado através do analisador de gases (Córtex – Metalyser 3B), onde através da analise das trocas gasosas durante o exercício, o VO2 máx. foi determinado através de maior valor de consumo de oxigênio durante teste.

2.4.4 Performance anaeróbia máxima.

A performance anaeróbia máxima foi realizada em uma pista de

atletismo, na distância de 400 metros previamente marcada na pista, onde os voluntários foram estimulados de forma verbal a percorrer esta distância no menor tempo possível. Encerrado o teste, foi coletado sangue após um, três e cinco minutos, para posterior análise das concentrações de pico de lactato após este esforço. 2.4.5 Atividade pliométrica.

Esta foi composta por 10 séries de 10 saltos em profundidade, tendo um

intervalo de 1 minuto entre cada série. Os participantes partiram de um plano elevado (0,6m). Após a aterrissagem sobre o solo, aos participantes foi pedido que executassem um salto no sentido vertical o mais forte possível, caindo sobre um outro plano elevado colocado na frente do primeiro, distante 1 metro. Assim sucessivamente, até que todos os saltos e séries fossem realizados (MIYAMA; NOSAKA, 2007).

2.4.6 Recuperação ativa A recuperação ativa foi observada em um período de 30 minutos na

velocidade do limiar aeróbio, onde a cada 5 minutos foi coletado sangue do lóbulo da orelha dos indivíduos para posterior análise.

2.4.7 Recuperação passiva A recuperação passiva foi observada em um período de 30 minutos, na

qual o individuo se encontrou em repouso total, onde a cada 5 minutos foram coletadas amostras sangüíneas do lóbulo da orelha dos indivíduos para posterior análise.

2.5 Procedimentos Na primeira semana dos procedimentos experimentais, os voluntários

foram avaliados no que diz respeito ao VO2máx., limiar aeróbio e anaeróbio através de um teste incremental conforme descrito acima.

Após um intervalo de 3 a 7 dias os indivíduos foram levados a pista de atletismo para a realização do teste de performance anaeróbia. Novamente, após um intervalo de 3 a 7 dias os voluntários foram submetidos a uma atividade de saltos pliométricos conforme descrito acima, sendo que, ao final

dos exercícios pliométricos, os indivíduos foram designados aleatoriamente a uma recuperação ativa ou passiva de 30 minutos. Após esta recuperação, os indivíduos fizeram outro teste de performance anaeróbia. E, por final, após 24 horas do exercício pliométrico, fizeram outro teste de performance anaeróbia. 2.6 Análise estatística

Para posterior análise dos resultados obtidos foi utilizado um método

estatístico descritivo, onde os dados foram expressos em média e desvio padrão. No entanto, anterior a qualquer analise, os dados forma analisados com relação à normalidade de sua distribuição, para isso, utilizou-se o teste de normalidade de Shapiro Wilk. Diante da confirmação da normalidade dos dados, adotaram-se métodos estatísticos parâmetros para o tratamento dos dados. Para analise das características iniciais dos voluntários e comparação entre grupos, foi utilizado o teste t student para dados pareados e independentes. Para comparação dos resultados de performance anaeróbia e concentração de lactato pico dos testes de performance foi adotado uma analise de variância (ANOVA One Way) com teste Post Hoc de Tukey. Com o intuito de correlacionar as amostras sanguíneas as características individuais e os dados de performance, utilizou-se um teste de correlação de Pearson. Para detecção de significância estatística, todos os procedimentos foram norteados por um nível de significância de p≤0,05. 3 RESULTADOS

As características dos 20 participantes estão apresentadas em média e desvio padrão da média na tabela 1. Estas são discriminadas através dos grupos (ativo e passivo) em que os participantes foram designados. Diante disso, pode-se verificar que, para todas as variáveis utilizadas para caracterizar os participantes do estudo, nenhuma delas, quando comparados os grupos ativo e passivo, apresentaram diferenças significantes. Isso demonstra uma homogeneidade entre os grupos estudados, evitando qualquer problema relacionado à heterogeneidade dos grupos. Tabela 1 - Valores em média de desvio padrão da média das características iniciais dos voluntários dos grupos ativo (n=10) e passivo (n=10). Ativo Passivo Altura (cm) 175,0 ± 4,1 172,7 ± 6,14 Massa Corporal Total (kg) 70,6 ± 8,6 73,38 ± 11,82 Porcentagem de gordura (%) 16,2 ± 8,0 16,27 ± 8,32 VO2max (ml/kg/min) 44,0 ± 9,2 47,88 ± 10,16 vVO2max (km/h) 14,1 ± 1,7 13,5 ± 1,7 vLaer. (km/h) 10,2 ± 1,4 10,3 ± 2,1 Laer x vVO2max (%) 73,0 ± 8,4 75,9 ± 8,0 p≤0,05; Fonte: Elaborada pelos autores.

Na tabela 2, onde os valores também estão expressos em média e desvio padrão da média. Pode-se observar o tempo despendido para completar uma corrida de 400 metros em máxima velocidade em uma pista de atletismo na situação controle (400 Cont.), na situação logo após uma atividade pliométrica (400 Pós Pli.) e na situação 24 horas após uma atividade pliométrica (400 24h Pós) para ambos os grupos, ativo e passivo. Através de uma analise de variância de dois caminhos, pôde-se verificar que o comportamento do desempenho na corrida de 400 metros foi semelhante quando são comparados os grupos, não apresentando diferenças significantes nas três situações supracitadas. Quando a comparação é intra grupo, verifica-se que a atividade pliométrica causou uma diminuição estatisticamente significante de desempenho nos 400 metros logo após a atividade pliométrica, no entanto, este desempenho foi recuperado após 24 horas de repouso, quando o mesmo exercício agudo de 400 metros foi repetido. Tabela 2 - Valores em média e desvio padrão da média do tempo das performances anaeróbias máximas (400m) realizadas pelos indivíduos pertencentes aos grupos ativo (n=10) e passivo (n=10) nas situações controle (400 Cont), após a atividade pliométrica (400 Pós Pli) e 24 horas após a atividade pliométrica (400 24h Pós). 400 Cont. 400 Pós Pli 400 24h Pós Ativo 73,49 ± 8,27 83,06 ± 10,53* 74,96 ± 8,90# Passivo 75,45 ± 8,87 83,03 ± 14,02* 76,67 ± 9,26# * diferenças significantes com relação aos 400 Cont; # diferenças significantes com relação aos 400 Pós Pli; p≤0,05. Fonte: Elaborada pelos autores.

Tabela 3: Concentrações de lactato (mM) nas situações pré e pós 30 minutos de remoção ativa e passiva. Pré Pós Ativo 4,27 ± 1,90 2,66 ± 1,33* Passivo 4,94 ± 3,68 1,85 ± 1,71* * diferença significante com relação a situação pré; p≤0,05.

Na tabela 3 são apresentados os dados em médias e desvio padrão das concentrações de lactato nos momentos pré e pós remoção ativa e passiva. Diante destes, pode-se observar que para as duas formas, a remoção de lactato ocorreu a principio na mesma magnitude, ou seja, o processo de remoção ocorreu para ambas, no entanto, sem diferença entre os meios. Na tabela 4 são apresentados os dados referentes as concentrações de lactato nas situação pré é pós performance anaeróbia de 400 metros para ambos os grupos, nas situações controle e após exercícios pliométricos. Observa-se que, logo após os 400 metros as concentrações de lactato, foram significantemente superiores a situação pré para ambos os grupos nas distintas

situações (controle e pós pliométrico). Quando a comparação é feita intra grupo, ou seja, controle e pós pliométrico, observa-se que o comportamento foi praticamente semelhante para ambos os grupos, onde as concentração de lactato na situação pré logo após o pliométrico foi significantemente diferente da situação controle apenas para o grupo remoção ativa e não remoção passiva. No entanto, foi semelhante na situação após 400 metros para ambos os grupos, onde as concentrações de lactato após os 400 metros realizado após a pliometria foi significantemente menor quando comparada a situação controle. Tabela 4: Concentrações de lactato (mM) nas situações pré e pós performance anaeróbia de 400 metros para os grupos ativo na situação controle (Ativ. 400 Cont.) e na situação pós pliométrico (Ativ. 400 Pli.) e passivo na situação controle (Pas. 400 Cont.) e na situação pós pliométrico (Pas. 400 Pli.). Pré Pós Ativ. 400 Cont. 0,96 ± 1,01 9,74 ± 1,35* Ativ. 400 Pli. 2,66 ± 1,33# 6,87 ± 1,32*# Pas. 400 Cont. 0,93 ± 0,59£ 10,01 ± 2,23*£ Pas. 400 Pli. 1,85 ± 1,71 7,89 ± 1,18*#¢ * diferenças significantes com relação a situação pré; # diferença significante com relação ao grupo Ativ. 400 Cont.; £ diferença significante com relação ao grupo Ativ. 400 Pli.; ¢ diferença significante com relação ao grupo Pás. 400 Cont.; p≤0,05.

4 DISCUSSÃO

Uma das metas do presente estudo foi de analisar a performance anaeróbia dos indivíduos após uma fase de repouso (ativo/passivo) subseqüente a uma sessão de exercícios pliométricos.

Os indivíduos utilizados para tal experimento eram todos sedentários, na qual validamos tal denominação, quando comparamos as características deste, com as dos indivíduos utilizados por Souza et al. (2002) em seus experimentos. No estudo de Souza et al. (2002), que também utilizaram indivíduos sedentários, a massa corporal total (Kg) destes, era de 76,27 ± 14,33, e o que encontramos em nosso estudo foi de 70,68 ± 8,63 para os indivíduos do grupo de repouso ativo e de 73,38 ± 11,82 para o de repouso passivo. Havendo, portanto, uma semelhança entre os valores. O mesmo ocorre para as demais variáveis. No presente estudo verificou-se uma estatura média de 175 ± 4,16 para os indivíduos do grupo de repouso ativo e 172,7 ± 6,14 para os indivíduos do grupo de repouso passivo, sendo que Souza et al (2002) encontrou o valor de 172,7 ± 8,47. Para a porcentagem de gordura (%), o presente estudo observou que os indivíduos do grupo de repouso ativo encontravam-se numa média de 16,23 ± 8,01 e os indivíduos do grupo de repouso passivo de 16,27 ±

8,32, enquanto que, Souza et al (2002), encontraram o valor de 19,45 ± 8,45, para a mesma variável. Por fim, outra semelhança entre ambos os estudos foi na variável VO2 máx. (ml/kg/min), onde Souza et al (2002) encontraram que esta, para seus indivíduos era de 47,67 ± 9,56, corroborando com o encontrado no presente estudo, para indivíduos do grupo de repouso ativo, foi de 44,05 ± 9,23 e para os indivíduos do grupo passivo de 47,88 ± 10,16.

Com relação às performances anaeróbias, mensuradas através da corrida em máxima velocidade na distância de 400 metros, observou-se que não foram encontradas diferenças nestas após a fase de repouso tanto passivo quanto ativo. O estudo de Higino, 2001, diz que a recuperação ativa realizada após exercício extenuante maximiza a velocidade de remoção do lactato circulante e muscular, em relação ao repouso passivo. A remoção após um exercício extenuante poderá ocorrer através da oxidação em CO2 e H2O pela musculatura, glicogênio hepático e através da reconversão a glicogênio pela glicogênese muscular e hepática (HIGINO 2001).

Tal fenômeno não foi encontrado no presente estudo, independente do tipo de repouso que foi realizado após sessão de exercício pliométrico, a performance anaeróbia foi diminuída de forma semelhante em ambos os grupos. Quanto ao rendimento dos indivíduos na performance anaeróbia 24 horas após (400 24h Pós), podemos dizer que a mesma não foi afetada pelo fenômeno de dor muscular de início tardio (DMIT), sendo que o estudo de Tricoli (2001) diz que tal fenômeno não ocorre logo após a atividade, nem se manifesta nas primeiras oito horas. Há um aumento nas primeiras 24 horas e alcança seu pico entre 24 e 72 horas após a realização da atividade. Havendo um declínio progressivo na mesma após, sendo que após cinco a sete dias desaparece por inteiro.

O que pode explicar o declínio no rendimento da performance anaeróbia após a sessão de exercícios pliométricos, é que, a fadiga encontrada nesse possa ser de origem central, podendo esse persistir por dias ou semanas (ASCENSÃO, et al., 2003).

Como já comentado anteriormente, a amplitude do sinal eletromiográfico (EMG), que representa a atividade elétrica do músculo, nas ações excêntricas, é menor quando comparadas com ações concêntricas e ações isométricas em relação a níveis de força absoluta e relativa. Indicando que há menor ativação nas ações excêntricas. Foi sugerido que esta ativação menor possa estar ligada a algum mecanismo de inibição neural, por exemplo, os órgãos tendinosos de Golgi (OTG) (AAGAARD, et al, 2000).

Segundo Gandevia (2001), em seu estudo, quando se fala de inibição neural, evidencia-se a existência de um feedback sensorial que inibe a taxa de descarga de motoneurônios durante a fadiga, justificando que os mecanismos centrais são importantes na manutenção de um determinado nível de força. Como já referido, esta inibição é proveniente dos fusos neuromusculares, e/ou dos OTGs, ou das terminações nervosas do tipo III e IV, que são aparentemente sensíveis ao acumulo de alguns metabólitos a nível muscular durante o exercício (GANDEVIA, 2001).

Pode-se, de alguma forma, associar em partes, a fadiga de origem central, com variações de concentrações de glicose sangüínea, de aminoácidos de cadeia ramificada e da síntese de alguns neurotransmissores (ASCENSÃO, et al., 2003).

Quanto a fadiga neuromuscular, pode-se também dizer, ser resultante de alterações no sinal neural que chega ao músculo, sendo a tradução de uma redução progressiva da velocidade e da freqüência da condução de impulso voluntários aos motoneurônios durante a atividade (DAVIS e BAILEY, 1997).

Em uma revisão literária feita por um grupo de pesquisadores (ASCENSÃO, et al, 2003), apresentaram que não é claro que a depleção de ATP e fosfocreatina (PC) musculares seja, por si só, determinantes para a fatigabilidade das fibras musculares. A relação de causa-efeito entre a diminuição das concentrações de ATP e PC musculares e a diminuição de força não são evidentes, devido à falta de coincidência temporal entre a ressíntese dos referidos substratos e a recuperação de força.

Nessa mesma revisão (ASCENSÃO, et al., 2003), relatam que, os estoques intra-musculares de ATP e PC, não são deplecionados completamente, sendo que tal fenômeno ocorra afim de que mantenha a integridade da célula.

Sugere-se então que, o declínio do rendimento na performance anaeróbia realizada após a atividade pliométrica, em comparação a performance controle, deve-se a fatores neuromusculares, relacionados com alterações de alguns parâmetros eletromiográficos (GUÉVEL; HOGREL; MARINI, 2000), afim de que funcione como uma forma de proteção contra possíveis efeitos deletérios da integridade da fibra muscular (ASCENSÃO, et al, 2003).

5 CONCLUSÃO

Com os presentes resultados, através da pesquisa realizada, pode-se concluir que, não foi observada nenhuma diferença na performance anaeróbia após a sessão de exercícios pliométricos e os períodos de repouso, tanto ativo quanto passivo, quando comparados com o 400 Cont.

Sugere-se então, que o declínio encontrado no tempo no estágio 400 Pós Pli. seja relacionado com a fadiga neuromuscular independente do estresse metabólico ocasionado pelo acúmulo de ácido lático no meio intramuscular. Devido ao grande estresse da atividade, tal fenômeno ocorre como forma de proteção contra possíveis efeitos deletérios da integridade da fibra muscular (ASCENSÃO, et al, 2003).

Enfim, tal pesquisa, na qual relaciona a performance anaeróbia após uma sessão de exercícios pliométricos seguido de um período de repouso (ativo/passivo), foi pouco estudada por enquanto, sendo necessário que outras pesquisas sejam realizadas para que possam trazer novos parâmetros relacionados com tal assunto.

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APÊNCIDES

NOME: ________________________________________________________

ALTURA: _________________

PESO: __________________

DOBRA CUTÂNEA

TRICEPS: ______, _________, __________=_________

SUPRA ILIACA: _____, ________, ______=________

ABDOMEN: ______, _______, _________=________

NOME ARQUIVO: ________________________________________

DN.:_________________

TEMPERATURA AMBIENTE: ____________________

UMIDADE RELATIVA DO AR: ___________________

TESTE INCREMENTAL

ESTÁGIOS F.C VELOCIDADE EPENDORFF LACT.SANG.

TESTE DE 400 MTOS.

TEMPO _______________

ESTÁGIOS F.C. EPPENDORFF LACTATO SANG.

Repouso

Após 1’

Após 3’

Após 5’

PLIOMÉTRICO

ESTÁGIO

REPOUSO

LOGO APÓS

REPOUSO: ( ) ATIVO ( ) PASSIVO

ESTÁGIO F.C EPPENDORF LACTATO SANG.

5’

10’

15’

20’

25’

30’

400 METROS APÓS REPOUSO.

ESTÁGIO FC EPPENDORF LACTATO SANG.

Após 1’

Após 3’

Após 5’

TEMPO DOS 400 MTOS. ______________________

TESTE 400 METROS 24 HORA APÓS.

ESTÁGIOS F.C. EPPENDORFF LACTATO SANG.

Repouso

Após 1’

Após 3’

Após 5’

TEMPO: ________________________.

DESCRIÇÃO DA PESQUISA (ENTREGUE AOS INDIVIDUOS)

As avaliações serão realizadas no Laboratório de Esforço Físico do

Centro Universitário Católico Salesiano auxilium no período das 11 h as 19 h e

na pista de atletismo do referido Centro universitário. Na primeira semana dos

procedimentos experimentais, haverá uma avaliação no que diz respeito ao

VO2 máx., limiar aeróbio e anaeróbio através de um teste incremental

conforme descrito acima.

Após um intervalo de 3 a 7 dias será a vez do teste de performance

anaeróbia. Novamente, após um intervalo de 3 a 7 dias os voluntários serão

submetidos a uma atividade de saltos pliométricos que é um tipo de

treinamento na qual ocorre seqüências de saltos, sendo que, ao final dos

exercícios pliométricos, os indivíduos serão designados aleatoriamente a uma

recuperação ativa ou passiva de 30 minutos. Após esta recuperação, farão

outro teste de performance anaeróbia.

Lins/SP, _________ de ________________________ de 2008.

ANEXO II

TERMO DE COMPROMISSO

Eu, ____________________________________________________

R.G, _________________________, residente na

____________________________________________, comprometo-me a

realizar todos os exercícios e avaliações por vontade própria, nas quais serão

realizadas para o desenvolvimento do projeto de monografia realizado pelos

alunos Alexandre Policher Alves, Flávio Roberto Pelicer e Franco Carlos Meira,

sobre orientação do professor Wonder Passoni Higino.

ASSINATURA.

Lins /SP, ______ de _____________________ de 2008