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ê TI >f W II li/i II II ¦*"¦' i "»*» ÁfflÜ I. Typographia e escriptorio LARGO DO C!ÍAP'ARIS N.» 90, PllOlUUKDADlí DK «Sr Ai'anil a. Tocantins irgão te itttttt?|? $ Jíoíht. 110 Y AZ, Do min go, (3(1 e Setembro dei 888. Assignatura—por um anno: PARA A CAPITAL IQffPOO Para fora llfOOO por semestre 63t>000 m 29 Pnioraiinitin Esle jornal será publicado uma vez por semana, em dias indeterminados; Custa a sua assignatura;»m* dep daxapUal iOSOOOi paia lóra llbOOO por semestre MOOO c numero avulso m rs.; Os artigos da -Secção Livre-, serão iia«'os por preços convencionados; \ publicação dos ànnniicios será mais barato do que qualquer oulra; Os pagamentos de assinaturas e quaesquer outras publicações, deverão ser leitos adiantadamenle; As pessoas que quizerem tomar assig- naturas poderão enviar-nos o dinheiro em cartas, com valor declarado; Aquelles senhores que nâo devolverem o primeiro numero desle jornal, serão considerados asslgiianlcs c nesle caso lhes será presente o respectivo recibo, ho intcívallo Io para o 2o numeio; Os artigos deverão Vir assignados, com declaração de responsabilidade c com a lirma reconhecida pelo oITicial publico; RoRpònsabiliso-me pela públiçaçflo do artigo acima', n'um periódico do circulnçSo (Data é assignatui-a sobro uma ostiim pillia..)., , _ ...'¦-. .... . Reconheço a Rrma& Eu taballiitpvt mãi do festejado jornalista, o illus- trado 8r. José Patrocínio. p enterro que teve lugar no dia se- guinto foi aecoinpanliado por gram dc concurso de pessoas distinetas díàquellà Corte. Damos ao illustre collega os nos" sos sinceros pezamos poln dor que acaba soflrer. ffittfiEP^ E* redactor deste jornal».!, do fa Irocinio Marques Tocantins; A redacção responderá pelos arti- o-os inseridos na -Seeçà-j Editorial-. JiÜj ròitorial. Rlollioramqritos no capital. Na ultima semana, tratando de indicar algum melhoramento para a nossa capital, pedimos o abastecimento de ng.uri potável (assumpto do qual tratamos mais dota- lliadamVritc, no editorial de 2:1 de Maio), como necessidade de primeira ordem, visto n falta que nos ameaça --o düsapparecimon- to total das actuaes fontes: dc facto, riih- "•nem, com fundamento serio, poderá con- testar tal necessidade que, satisfeita, uuxi- liara certamente nos diversos trabalhos do- mestiços que exigem abundância d\agüa,- como a horticultura e muito? outros. O encanamento, indicado, das águas das vertentes ila margem direita Baca- líiáo, conduzidas á altura do Moreira, dará constantes rendimentos á câmara com os productos das compras de pennas d\agua pelos particulares que, por sua vez, terão n'isso um auxiliar econômico para as suas familias. A realisução d'este útil emprebendimento, merjce a attenção tios nossos legisladores que alem da satisfação de concorrerem para um tal beneticio publico, deixarão seus no- mes lidados a um melhoramento queosle- vara á posteridade. Si é incontestável, repetimos, a conve- niencia do abastecimento d'agua na capital ninguém negará também a urgente necessi- dade doaeceio publico. E' preciso, e muito preciso que se-demovn de junto das nossas residências os montes de lixo; que a câmara municipal nos livre das emanaçõespostiferas dos monturos. Este beneficio não importa despeza: o fis- cal dirige o trabalho e os forçados o executão. falta o—faça-se a limpeja— da câmara! O simples preceito de bòa educação nos ensina que é hygienico o acceio do corpo e oda nossa habitação... Esperemos, pois, pro- videncias que satisfação ç este importante ramo do serviço publico. Continuaremos. Jaraguá 2 de Setembro de 1885. Caríssimo Sr. editor. Começo hoje a desempenhai' a commissão, para mira bastante honrosa, de vosso correspondente. Apenas sinto queo lugar aqui, seja pouco fértil om acontecimentos no- tayeis capasos dc saciar a sede de curiosidade, de nossos intelligeutcs leitores—Jaraguá,—eu creio, todas conhecem; é uma pequena e garrida Villa situada na fralda da linda ser- i-a que lhe 0 nome. O ouro, a 00- casional da fundação de quasi todos as nossas povoaçòcs, foi também a sua.--Hoje qne esse elemento dc nossa riqueza, parece desaparecer de nosso solo, Jaraguá que por elle foi fundada, vive triste, acabnuilia- da e anêmica, apezar de alimentar èm seus postos umas 30 ou 40 mil rezes. Nào sei que sorte é esta a de nossas povoaçòcs creadas pela ain- bicão do áureo metal—aniquilam-se e morrem desde que elle deixo de ser explorado. Esse aniquillainento de que fallo não 6 somente, o physico, posso mesmo afiançar que o moral o sobre- puja. Vive tudo em completa anar- chia, cm um cspluicelaraehtO medo- nho, capaz de espantar os mais ani- ináclos. O'lugar,, em si pequeno, com uma sociedade deininuitissiina, está da não vi jury nenhum tào couro n'a- gua como o nosso e para coroborar isto basta dizer que íoi el)e que ab- solveo Sglücstrc, o faeinorozo. mais terrível de que resa os façío.s do crime. *" lia dous annos que estáexcrcendo, quasi ininteiTompidainente o cargo de juiz direito o Dr. Luiz Pitalu- ga, nosso juiz municipal, cuja vara tora andado de deo era deo, visto os 2 juizes súpplentos não quererem assumir ti jurisdicção. Consta-nos que nesse sentido o Dr. Pitaluga ollieiou a presidência que. viaja pelo Araguuya: O nosso município está açora dan- do um exemplo de patriotismo Iwrs ligue e nos mostrando ao mesmo tem- po unia cousa que nos parecia im- possi vel está sem câmara municipal o isto por uma razão bem simples e muito natural não ha quem queira exercer o honroso cargo de vereador. Sem commentariós. me alonguei bastante e por isso aqui faço ponto, pedindo mil perdoes aos amáveis leitores a quem caecteei com a minha somnolenta prosa. Sou senhor editor O Conde Lariza de Milú. .balarão a nossa infância de felicida- des, semeando-nos no caminho da vida flores e nos enchendo de sorria sos e r.ftagos, beijos e carinhos. Chegamos á fívrreira do Ràcalhâo á 1 1/2 e passamos á sombra de umà copuda gamelleira, onde á tardinhà canta a rola entristecida saudades dos íilinhos ingratos que fugirão do ninho. Ahi o meu amigo Manoel Baylão em uma soberba allooução derigio- rnc algumas palavras de despedida que commoverão-me bastante, que metizerào chorar agradecido á tantas provas de amisade., As lagrimas são filhas do coração, erão obrigadas pelo sentimento á me desusarem pela face; não traduzem uma fraqueza e portanto não são Falloclinonlu Falleceu no dia 18 de Agosto p.p, no Rio de Janeiro, a Ex"". Sr*. D. Justina Maria do Espirito Santo, por cima arriscado de um llagello medonho, devido a ganância de uns certos negociantes que sem consci- encia vendem criminosamente vene- no, nào aquém quer suicidar-se, como também a quem quer despachar o próximo para regiões donde não se volta mais. A striknina, o solimão, a morfina, o stramonium, substancias tóxicas das mais perigpzas, é vendida a qualquer criança, a qualquer criminoso. E não ha ui.i remédio para tão grave abuso! Nào temos policia aqui, e as pessoas, que podiãü aceitar esses cargos, bal- dos dc patriotismo, recusam-se pre- textando, uns, não haver forca pu- blica, para garantir a sua authori- dade; outros, a muita oceupação e desejo de não se inimisar!! Ainda ha 2 dias um aconteci- mento lamentável veio encher de a nossa sociedade um moço irmão do deputado provincial Hcrinenegil- do de Lima tentou suicidar-se in- gerindo uma forte doze de veneno, striknina talvez comprado em casa desse negociante que desculpa o seu criminoso negocio dizendo que o mandei buscar hei de cendcl-o; não foi para apodrecer que o comprei.—De- cadência da raça humana! Está designado o dia 28 de Setem- bro para os trabalhos da 3.' sessão judiciaria do termo e informa-nos pessoa habilitada que serão apresen- tados para julgamento processos cm que são réos Joaquim Ribeiro de Faria Albemaz, Lúcio Creoulo e Joaquim Antonio, os dous primeiros por tentativa de morte e o ultimo pelo crime previsto no art. 194 do código. Aposto cem contra um, era como estão todos absolvidos. Para desculpar crimes e habilitar criminosos a pratica dos mesmos ain- Notas ds viagem Descrever uma viagem não é tra- balho tão fácil como á primeira vis- ta parece; para isso necessita o es- criptor de muitos predicados que fa- lhào á mim, humilde o obscuro rabiscador destas col um nas:. Os meus com provincianos porem, benovolõs e pacientes desculparão o meu arrojo por certo; é assim que contando com sua benevolência, eu- ceto hoje esta serie, de artigos sob a epigraphe .Sotas de Viagem, nos quaes referindo os acontecimentos que se derem comuosco nesta viagem de Goyaz á Corte, enunciaremos corn a rude franqueza que nos caracterisa, o nosso juizo á respeito das povoa- ções em que passamos. Pois bem, o que vamos fazer é sim- plesmeríte uma narração verdadeira cia nossa jornada O estyio bello, agradável, fluente é aqui sacrificado e quantas vezes não o será a pobre grani matica?.... Os floreios de rethorica desàppáre- cem, afluscão-se-nos como as nuvens negras prehunciadoras das tempes- tades nas inyernosastardes. Tenho certesa, nutro sincera con- vicção que o amável leitor ao passar os seus olhos investigadores pelo Publicado)', não deixará de exclamar aborrecido—Cacete! Mesmo a bella leitorasinha não deixará de dizer—Pensei que tivesse poesias do líaphael... Não, minha senhora, não é poesia do Raphael, apenas uma descripção de borrachudos e carrapátos, hospe- des infalíveis nos nossos pousos; des- cripcào simples do frio e do calor, elementos denunciadores do clima de qualquer logar. liste preâmbulo vai adiantado, entremos no assumpto. I A SA.HIÜA. A' 1 hora da tarde do dia 27 de Agosto, saudoso me despedia da mi- nha cara terrinha, essa bella e in comparável Goyaz Os amigos bondosos e benevo- lentes que me honravão accompa nhando-me até o Baealháo, forma- vão um grande grupo. Se não tivesse conhecimento da amisade sincera que me tributão tão distinetos companheiros, bastaria essa prova para convencer-me de sua generosidade. Creio que me dispensão de dizer alguma cousa sobre a despedida fa- miLiar, essa hora solemne em que abandonamos os entes caros qne em- reprehensiveis. Feitas algumas despedidas entre prolongados abraços partimos para 4mui, onde chegamos ás 3 horas. Tendo apeiado á porta da caza da rezidencias do Sr. Luiz Marques, fo- mos em seguida visitar á Igreja do lugar: o altar está preparado com gosto interiormente, mas a obra de architectura do edifício é se bem que trabalhada com muita solidez. Será planta de algum dos nossos engenheiros? Duvido muito. O thesoureiro da eapella e incar- regado da construccào do edilicio é o Sr. DavidClaudino, homem de mui- ta probidade ebastante delicado Areias é uma pequenina povoação e jamais poderá florescer devido á grande falta de água no logar; tem poucos casebres mas tem clima ame- nissimo. A's O '/, da tarde chegávamos to- dos ao Pouso no sitio denominado— Povoa, distante 3 léguas da capital. O Jcronymo, nosso companheiro de viagem, foi logo baptisado pelo Pinto com o nome de Miguel.... Pois bem, o Miguel queixou-se de ter o cavallo saltado cora elle Eu queixei-me apenas da dor pro- funda que me lacerava o coração. Mas... (jue dôr atroz e sublime! atroz porque esmaga o coração, su- blime porque é o resultado dos mais puros sentimentos, a flor perfumosa e triste que se retlecte n'alma—a saudade. Ave Maria! e a Inhambú trínava no seio dos bosques e o Sabiá á mar- gem da corrente saudava os últimos raios do sol... Raiava a aurora do dia seguinte e ao longe a madrinha aununciava a chegada da tropa no seu vagaroso sinserro, a lua se escondia por traz dos montes e d'ahi á pouco o Rei dos astros era seu carro de luz abria as portas do Oriente... O Rogério servio o café e depois o almoço, tudo magistralmente pre- parado. A's 10 horas a comitiva marchava á seu caminho e á 1 '/Y chegava á Curralinho. O que me prendeu a attenção? Uma frondosa rozeira, carregada de flores bcllas e perfumosas. Lembrei-me das rozas goyanas e ligeiramente veio-me á memória esta poesia de um nosso bom poeta: «A cruz somente? Não,...uma rozeira Porem,... eis que um gemido angustiacio Pelos ares soou. ,' Foi a briza:—nas ramas dos cjpresto» Sussurrando pastou. Ao teu bafejo estruineceu a ro»», A fronte langouroita Para a terra inclinou li dn sua corolla purpurina Uma baga de orvalbo crystaliua, Como gota de lagrima divina Sobro a campa rolou Mas, não cortando o assumpto, logo após a nossa chegada, pasueiàh- do convidou-nos o João Abrantés para entrar era casa de um seu co- uhecido, cujo café elle garantia. Entramos A dona da caza recebeu-mos ama- velmente, dizendo-nos achar-ie au- sente o marido. Seu João. o Sr. não me saberá di- zer se o Joaquim Grande estava mes- mo pesado corno me dújaerão? Oh! minha senhora, interrompi eu, quando chegou á ponte mais pe- sado ainda ficou, não queria passal-a. Oh! oh! oh! ora dá-se, meu Deus do céo, cruz, ave-maria; com licen- ca, seus moços, e entrou para o inte- rior. Eu belisquei o Abrantés—éra o café em perspectiva. D'ahy à pouco bebiamos o móka da mulher e escorregávamos pela porta á fora. A' noite passeávamos, eu, o Pinto e o Miguel; aquelle convidou-noa para entrar em casa de um cidadão; promptamente. No correr da conversação, quei- xou-nos elle da admiaÍBtraçã) do cemitério. Disia:— No tempo que eu éra zelador, «** iiwava os defuntos por ordem, de ma- neira que ao ehegar ao fim de uma determinada extensão, se podia principiur no principio; mas hoje estão semeando um aqui, outro alli, outro acolá; até enterrarão ura sofrendo de maculena e pode pegar nos outros. Não sabemos quem é o fiscal da câmara no Curralinho, mas o certo é que notamos desleixo no cumprir mento desses deveres. Na ponte não se podia passar detido á uma capivara morta que expellia de si um odor talvez ag-ra- davel ao olfacto dos fiscaes. Com muita razão se attribuia á isto o grassamento de febre» que infestaváo esses habitantes. Mas, segundo café sahio-nos da fisita e acompanhado de uma coisa que faz esquecer muito... No dia seguinte ás 3 horas, da tar- Que alli niuguem plantara Criou raizes do sepulchro á beira E sobre elle suas ramas elevara, Em sua haste viçosa, Louça e purpurina. Embala-se uma roza Aos bafejos da briza matutina E é tudo o que nos resta do poeta Do excclso trovador, Que tinha tanta luz na mente inquieta No peito tanto ardor. Elle que consagrou sentidos cantos A'toda a desventura, Não tem quem venha ásua sepultura Derramar uma lagrima, do aoior l dc chegávamos ao 3*. pouso. Nada de novo. bois! o Beuedicto (morador do rancho), não nos oífere- ceu assumptos. Pifio!... No Domingo pela manhã parti- mos das Estacas. Como è triste o primeiro Domingo em viagem ! Que recordações nos passão pela mente! O dia dos passei- os mais agradáveis!.... De mais notável passamos -uma extensa lagoa chamada—Sabina, em cujas águas nada Vão indolonte- mente um bando de bellos patinhos. Ao meio dia paramos á margem do rio Cachoeira, onde após um ba- nho frigidiksimò.; almoçamos appe- titosamente, vendo correr por entre as folhagens aquellas águas cristal linas. A' tarde chegamo» á Jaraguái (Continua) Floriam Flwumhti.¦¦¦. mm litíeraria m a Da invençã o e origem das letras (ContiuúaçSo do n.» SM) Demorato. -Coiiinthioi foi o iuven- vento* das letras Hetruscas; S. João

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ÁfflÜ I.Typographia e escriptorio

LARGO DO C!ÍAP'ARIS N.» 90,

PllOlUUKDADlí DK

«Sr Ai'anil a.Tocantins

irgão te itttttt?|? $ Jíoíht.

110 Y AZ, Do min go, (3(1 e Setembro dei 888.

Assignatura—por um anno:PARA A CAPITAL IQffPOO

Para fora llfOOO

por semestre 63t>000

m 29

PnioraiinitinEsle jornal será publicado uma vez

por semana, em dias indeterminados;Custa a sua assignatura;»m* dep

daxapUal iOSOOOi paia lóra llbOOOpor semestre MOOO c numero avulsom rs.;

Os artigos da -Secção Livre-, serãoiia«'os por preços convencionados;

\ publicação dos ànnniicios será maisbarato do que qualquer oulra;

Os pagamentos de assinaturas equaesquer outras publicações, deverãoser leitos adiantadamenle;

As pessoas que quizerem tomar assig-naturas poderão enviar-nos o dinheiro emcartas, com valor declarado;

Aquelles senhores que nâo devolveremo primeiro numero desle jornal, serãoconsiderados asslgiianlcs c nesle casolhes será presente o respectivo recibo,ho intcívallo dò Io para o 2o numeio;

Os artigos deverão Vir assignados,com declaração de responsabilidade ccom a lirma reconhecida pelo oITicialpublico;

„ RoRpònsabiliso-me pela públiçaçflo doartigo acima', n'um periódico do circulnçSo— (Data é assignatui-a sobro uma ostiimpillia..). , , _ ...'¦-. .... .

Reconheço a Rrma& Eu taballiitpvt

mãi do festejado jornalista, o illus-

trado 8r. José dó Patrocínio.

p enterro que teve lugar no dia se-

guinto foi aecoinpanliado por gramdc concurso de pessoas distinetasdíàquellà Corte.

Damos ao illustre collega os nos"

sos sinceros pezamos poln dor queacaba dò soflrer.

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E* redactor deste jornal».!, do faIrocinio Marques Tocantins;

A redacção só responderá pelos arti-o-os inseridos na -Seeçà-j Editorial-.

JiÜj ròitorial.Rlollioramqritos no capital.

Na ultima semana, tratando de indicaralgum melhoramento para a nossa capital,

pedimos o abastecimento de ng.uri potável(assumpto do qual já tratamos mais dota-

lliadamVritc, no editorial de 2:1 de Maio),

como necessidade de primeira ordem, viston falta que nos ameaça --o düsapparecimon-to total das actuaes fontes: dc facto, riih-"•nem, com fundamento serio, poderá con-testar tal necessidade que, satisfeita, uuxi-liara certamente nos diversos trabalhos do-mestiços que exigem abundância d\agüa,-como a horticultura e muito? outros.

O encanamento, já indicado, das águasdas vertentes ila margem direita dò Baca-líiáo, conduzidas á altura do Moreira, daráconstantes rendimentos á câmara com os

productos das compras de pennas d\agua

pelos particulares que, por sua vez, terãon'isso um auxiliar econômico para as suasfamilias.

A realisução d'este útil emprebendimento,merjce a attenção tios nossos legisladores

que alem da satisfação de concorrerem paraum tal beneticio publico, deixarão seus no-mes lidados a um melhoramento queosle-vara á posteridade.

Si é incontestável, repetimos, a conve-niencia do abastecimento d'agua na capitalninguém negará também a urgente necessi-dade doaeceio publico.

E' preciso, e muito preciso que se-demovnde junto das nossas residências os montesde lixo; que a câmara municipal nos livredas emanaçõespostiferas dos monturos.

Este beneficio não importa despeza: o fis-cal dirige o trabalho e os forçados o executão.Só falta o—faça-se a limpeja— da câmara!

O simples preceito de bòa educação nosensina que é hygienico o acceio do corpo eoda nossa habitação... Esperemos, pois, pro-videncias que satisfação ç este importanteramo do serviço publico.

Continuaremos.

Jaraguá 2 de Setembro de 1885.

Caríssimo Sr. editor.Começo hoje a desempenhai' a

commissão, para mira bastantehonrosa, de vosso correspondente.Apenas sinto queo lugar aqui, sejapouco fértil om acontecimentos no-tayeis capasos dc saciar a sede decuriosidade, de nossos intelligeutcsleitores—Jaraguá,—eu creio, todasconhecem; é uma pequena e garridaVilla situada na fralda da linda ser-i-a que lhe dá 0 nome. O ouro, a 00-casional da fundação de quasi todosas nossas povoaçòcs, foi também asua.--Hoje qne esse elemento dcnossa riqueza, parece desaparecer denosso solo, Jaraguá que só por ellefoi fundada, vive triste, acabnuilia-da e anêmica, apezar de alimentarèm seus postos umas 30 ou 40 milrezes. Nào sei que sorte é esta a denossas povoaçòcs creadas pela ain-bicão do áureo metal—aniquilam-see morrem desde que elle deixo deser explorado.

Esse aniquillainento de que fallonão 6 somente, o physico, possomesmo afiançar que o moral o sobre-puja. Vive tudo em completa anar-chia, cm um cspluicelaraehtO medo-nho, capaz de espantar os mais ani-ináclos.

O'lugar,, já em si pequeno, comuma sociedade deininuitissiina, está

da não vi jury nenhum tào couro n'a-gua como o nosso e para coroboraristo basta dizer que íoi el)e que ab-solveo Sglücstrc, o faeinorozo. maisterrível de que resa os façío.s docrime. *"

lia dous annos que estáexcrcendo,quasi ininteiTompidainente o cargode juiz dò direito o Dr. Luiz Pitalu-ga, nosso juiz municipal, cuja varatora andado de deo era deo, visto os2 juizes súpplentos não quereremassumir ti jurisdicção.

Consta-nos que nesse sentido oDr. Pitaluga ollieiou a presidênciaque. viaja pelo Araguuya:

O nosso município está açora dan-do um exemplo de patriotismo Iwrsligue e nos mostrando ao mesmo tem-po unia cousa que nos parecia im-possi vel está sem câmara municipalo isto por uma razão bem simples emuito natural não ha quem queiraexercer o honroso cargo de vereador.

Sem commentariós.Já me alonguei bastante e por isso

aqui faço ponto, pedindo mil perdoesaos amáveis leitores a quem caecteeicom a minha somnolenta prosa.

Sou senhor editorO Conde Lariza de Milú.

.balarão a nossa infância de felicida-des, semeando-nos no caminho davida flores e nos enchendo de sorriasos e r.ftagos, beijos e carinhos.

Chegamos á fívrreira do Ràcalhâoá 1 1/2 e passamos á sombra de umàcopuda gamelleira, onde á tardinhàcanta a rola entristecida saudadesdos íilinhos ingratos que fugirão doninho.

Ahi o meu amigo Manoel Baylãoem uma soberba allooução derigio-rnc algumas palavras de despedidaque commoverão-me bastante, quemetizerào chorar agradecido á tantasprovas de amisade.,

As lagrimas são filhas do coração,erão obrigadas pelo sentimento á medesusarem pela face; não traduzemuma fraqueza e portanto não são

Falloclinonlu

Falleceu no dia 18 de Agosto p.p,no Rio de Janeiro, a Ex"". Sr*. D.Justina Maria do Espirito Santo,

por cima arriscado de um llagellomedonho, devido a ganância de unscertos negociantes que sem consci-encia vendem criminosamente vene-no, nào só aquém quer suicidar-se,como também a quem quer despacharo próximo para regiões donde nãose volta mais.

A striknina, o solimão, a morfina, ostramonium, substancias tóxicas dasmais perigpzas, é vendida a qualquercriança, a qualquer criminoso. E nãoha ui.i remédio para tão grave abuso!Nào temos policia aqui, e as pessoas,que podiãü aceitar esses cargos, bal-dos dc patriotismo, recusam-se pre-textando, uns, não haver forca pu-blica, para garantir a sua authori-dade; outros, a muita oceupação edesejo de não se inimisar!!

Ainda ha 2 dias um aconteci-mento lamentável veio encher de dóa nossa sociedade um moço irmãodo deputado provincial Hcrinenegil-do de Lima tentou suicidar-se in-gerindo uma forte doze de veneno,striknina talvez comprado em casadesse negociante que desculpa o seucriminoso negocio dizendo já que omandei buscar hei de cendcl-o; nãofoi para apodrecer que o comprei.—De-cadência da raça humana!

Está designado o dia 28 de Setem-bro para os trabalhos da 3.' sessãojudiciaria do termo e informa-nospessoa habilitada que serão apresen-tados para julgamento processos cmque são réos Joaquim Ribeiro deFaria Albemaz, Lúcio Creoulo eJoaquim Antonio, os dous primeirospor tentativa de morte e o ultimopelo crime previsto no art. 194 docódigo.

Aposto cem contra um, era comoestão todos absolvidos.

Para desculpar crimes e habilitarcriminosos a pratica dos mesmos ain-

Notas ds viagem

Descrever uma viagem não é tra-balho tão fácil como á primeira vis-ta parece; para isso necessita o es-criptor de muitos predicados que fa-lhào á mim, humilde o obscurorabiscador destas col um nas:.

Os meus com provincianos porem,benovolõs e pacientes desculparão omeu arrojo por certo; é assim quecontando com sua benevolência, eu-ceto hoje esta serie, de artigos sob aepigraphe .Sotas de Viagem, nos quaesreferindo os acontecimentos que sederem comuosco nesta viagem deGoyaz á Corte, enunciaremos corn arude franqueza que nos caracterisa,o nosso juizo á respeito das povoa-ções em que passamos.

Pois bem, o que vamos fazer é sim-plesmeríte uma narração verdadeiracia nossa jornada

O estyio bello, agradável, fluenteé aqui sacrificado e quantas vezesnão o será a pobre grani matica?....

Os floreios de rethorica desàppáre-cem, afluscão-se-nos como as nuvensnegras prehunciadoras das tempes-tades nas inyernosastardes.

Tenho certesa, nutro sincera con-vicção que o amável leitor ao passaros seus olhos investigadores peloPublicado)', não deixará de exclamaraborrecido—Cacete!

Mesmo a bella leitorasinha nãodeixará de dizer—Pensei que tivessepoesias do líaphael...

Não, minha senhora, não é poesiado Raphael, apenas uma descripçãode borrachudos e carrapátos, hospe-des infalíveis nos nossos pousos; des-cripcào simples do frio e do calor,elementos denunciadores do clima dequalquer logar.

liste preâmbulo já vai adiantado,entremos no assumpto.

IA SA.HIÜA.

A' 1 hora da tarde do dia 27 deAgosto, saudoso me despedia da mi-nha cara terrinha, essa bella e incomparável Goyaz

Os amigos bondosos e benevo-lentes que me honravão accompanhando-me até o Baealháo, forma-vão um grande grupo.

Se não tivesse conhecimento daamisade sincera que me tributão tãodistinetos companheiros, bastariaessa prova para convencer-me desua generosidade.

Creio que me dispensão de dizeralguma cousa sobre a despedida fa-miLiar, essa hora solemne em queabandonamos os entes caros qne em-

reprehensiveis.Feitas algumas despedidas entre

prolongados abraços partimos para4mui, onde chegamos ás 3 horas.

Tendo apeiado á porta da caza darezidencias do Sr. Luiz Marques, fo-mos em seguida visitar á Igreja dolugar: o altar está preparado comgosto interiormente, mas a obra dearchitectura do edifício é má se bemque trabalhada com muita solidez.

Será planta de algum dos nossosengenheiros?

Duvido muito.O thesoureiro da eapella e incar-

regado da construccào do edilicio é oSr. DavidClaudino, homem de mui-ta probidade ebastante delicado

Areias é uma pequenina povoaçãoe jamais poderá florescer devido ágrande falta de água no logar; tempoucos casebres mas tem clima ame-nissimo.

A's O '/, da tarde chegávamos to-dos ao Pouso no sitio denominado—Povoa, distante 3 léguas da capital.

O Jcronymo, nosso companheirode viagem, foi logo baptisado peloPinto com o nome de Miguel....

Pois bem, o Miguel queixou-sede ter o cavallo saltado cora elle

Eu queixei-me apenas da dor pro-funda que me lacerava o coração.

Mas... (jue dôr atroz e sublime!atroz porque esmaga o coração, su-blime porque é o resultado dos maispuros sentimentos, a flor perfumosae triste que se retlecte n'alma—asaudade.

Ave Maria! e a Inhambú trínavano seio dos bosques e o Sabiá á mar-gem da corrente saudava os últimosraios do sol...

Raiava a aurora do dia seguintee já ao longe a madrinha aununciavaa chegada da tropa no seu vagarososinserro, a lua se escondia por trazdos montes e d'ahi á pouco o Reidos astros era seu carro de luz abriaas portas do Oriente...

O Rogério servio o café e depoiso almoço, tudo magistralmente pre-parado.

A's 10 horas a comitiva marchavaá seu caminho e á 1 '/Y chegava áCurralinho.

O que me prendeu a attenção?Uma frondosa rozeira, carregada

de flores bcllas e perfumosas.Lembrei-me das rozas goyanas e

ligeiramente veio-me á memóriaesta poesia de um nosso bom poeta:

«A cruz somente? Não,...uma rozeira

Porem,... eis que um gemido angustiacioPelos ares soou. ,'

Foi a briza:—nas ramas dos cjpresto»Sussurrando pastou.

Ao teu bafejo estruineceu a ro»»,A fronte langouroitaPara a terra inclinou

li dn sua corolla purpurinaUma baga de orvalbo crystaliua,Como gota de lagrima divina

Sobro a campa rolouMas, não cortando o assumpto,

logo após a nossa chegada, pasueiàh-do convidou-nos o João Abrantéspara entrar era casa de um seu co-uhecido, cujo café elle garantia.

EntramosA dona da caza recebeu-mos ama-

velmente, dizendo-nos achar-ie au-sente o marido.

Seu João. o Sr. não me saberá di-zer se o Joaquim Grande estava mes-mo pesado corno me dújaerão?

Oh! minha senhora, interrompieu, quando chegou á ponte mais pe-sado ainda ficou, não queria passal-a.

Oh! oh! oh! ora dá-se, meu Deusdo céo, cruz, ave-maria; com licen-ca, seus moços, e entrou para o inte-rior.

Eu belisquei o Abrantés—éra ocafé em perspectiva.

D'ahy à pouco bebiamos o mókada mulher e escorregávamos pelaporta á fora.

A' noite passeávamos, eu, o Pintoe o Miguel; aquelle convidou-noapara entrar em casa de um cidadão;promptamente.

No correr da conversação, quei-xou-nos elle da admiaÍBtraçã) docemitério.

Disia:—No tempo que eu éra zelador, «**

iiwava os defuntos por ordem, de ma-neira que ao ehegar ao fim de umadeterminada extensão, já se podiaprincipiur no principio; mas hoje estãosemeando um aqui, outro alli, outroacolá; até enterrarão ura sofrendode maculena e pode pegar nos outros.

Não sabemos quem é o fiscal dacâmara no Curralinho, mas o certoé que notamos desleixo no cumprirmento desses deveres.

Na ponte não se podia passardetido á uma capivara morta queexpellia de si um odor talvez ag-ra-davel ao olfacto dos fiscaes.

Com muita razão se attribuia áisto o grassamento de febre» queinfestaváo esses habitantes.

Mas, segundo café sahio-nos dafisita e acompanhado de uma coisaque faz esquecer muito...

No dia seguinte ás 3 horas, da tar-

Que alli niuguem plantaraCriou raizes do sepulchro á beira

E sobre elle suas ramas elevara,Em sua haste viçosa,Louça e purpurina.Embala-se uma roza

Aos bafejos da briza matutinaE é tudo o que nos resta do poetaDo excclso trovador,Que tinha tanta luz na mente inquieta

No peito tanto ardor.

Elle que consagrou sentidos cantosA'toda a desventura,

Não tem quem venha ásua sepulturaDerramar uma lagrima, do aoior l

dc chegávamos ao 3*. pouso.Nada de novo. bois! o Beuedicto

(morador do rancho), não nos oífere-ceu assumptos. Pifio!...

No Domingo pela manhã parti-mos das Estacas.

Como è triste o primeiro Domingoem viagem ! Que recordações nospassão pela mente! O dia dos passei-os mais agradáveis!....

De mais notável passamos -umaextensa lagoa chamada—Sabina,em cujas águas nada Vão indolonte-mente um bando de bellos patinhos.

Ao meio dia paramos á margemdo rio Cachoeira, onde após um ba-nho frigidiksimò.; almoçamos appe-titosamente, vendo correr por entreas folhagens aquellas águas cristallinas.

A' tarde chegamo» á Jaraguái(Continua)

Floriam Flwumhti.¦¦¦.

mm litíerariam aDa invençã o e origem das letras

(ContiuúaçSo do n.» SM)

Demorato. -Coiiinthioi foi o iuven-vento* das letras Hetruscas; S. João

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Chrysostomo, S. Jeronymo, S. Cy-rillo inventores, restauradores, ouampliadores das letras Armênias;Ulphias Bispo inventor das letrasGotliicas «Sc. Assim todos aquelies,que ou inventarão ou restaurarão oque estava esquecido, impolito e de-

;.susado,-sc chanião inventores: jioisho commum sentimento dos erudi-tos que qualquer idioma tem, comoos viventes, seu nascer, crescer, en-velhecer, e acabar: e aquelies quedesenterrão vocábulos mortos, e sc-pultados, renovão os esquecidos -Sc,

• tem a gloria de inventores, como' aquelies por quem forão primeira-mente exeogitados. Alguma partodesta gloria portenderia ChildericoRei da primeira raça dos Reis Fran-cezes,, pois ordenou por edicto pu-blico, que, no alphabeto Francez scintrodusissem quatro letras Gregas,Theta, Phi, Chi, Pi, para ficar alin-gua Francesa mais masculina, e vi-gorosa.

Se a usarão no seu tempo, não seimas não forão muito tempo obser-

..yadas, pois não ha disso monumentoalgum nos escriptores. Entre porempela boa intenção no cathalogo dosinventores.

Pilar 10 de Agosto de 1885.S. F. de Castilho.

«*G0> M^mLJME&m^miK.ZZ^ a9fl[B»TBlfc. OGS CT»"**Sfc''/m.T^CW"*»

um dos principaes typographos; assuas edições tema authoridade dosmanuscriptos. A divisa da sua im-prensa é uni golfinho entrelaçado auma ancora.

Paulo Mauucio e Aldo MunindoJúnior, lilho de Paulo, continuarãoa gloria de seu pai. Forão protegi-dos pelos papas o compozerão muitasobras de erudição.

Os Elzevirs, typographos hollán-dezes, llorecião nos séculos XVI eXVII. E a Boavoritura Elzervirs,typographo em Lorde, (1618-1652)e Abraháo, seu irmão e sócio, quese devem as obras primas typogra-phicasque ilhistrarão seus nomes ese distingiiirão pela elegância enitidez de typo.

Em França os Didot contribuirãomuito para o progresso da imprensa.Francisco Ambrosio Didot, fallecidocm 1804. fundiu admiráveis modelosde typo, e publicou edições muitonotáveis. Seu lilho, Firmino Didot,continuou ágloria da sua casa.

Mencionemos também Baskervil-

1". Quo fosso recebido o novo ministério coniuma mop-to do dusconíiaripa;2". Quo, depois tio ministério só apresentar;seja convocada nova rouiiiflo para doliboraromsc doyo.in concedei* ao governo a lei dò meios,ou ra-tis;u--lli';t.A roíinitiò terminou ,is 10 libras. »

Os fostejos dos oonsoi-víuloros,<l:i <-u pi ( u l.

Desde o dia '.) que se esperava comsoIlVcguidão pelo estatela, e os fo-gueteiros aprociávãò a demora paraterem tempo de satisfazer as ou-commendas.

Sò no dia 10, ás 5 1/2 da tarde, éue o desejado correio deu-nos o ara sua graça....

Apenas desdobrado o Diário Official,que trazia á frente da P columnaalista da organisação ministerial,rompeu os ares um immenso e.col-loasal foguetão ( adrede preparadopara aviso), elogo troou por todos osiados da cidade uma foguetaria ser-rada que bem significava ojusto ro-gòsijo do partido conservador.

Meia hora depois Sabia da-nossa

OllGgou—hontem á esta ca-pitai, procedente de Nova Bolem,o nosso intelligente'amigo, Sr. te-nenle Manoel Cavalcanti d'Albu-querque.

Cale do lirarAl. —O ju-ry da exposição internacional deNouvelle-Orleaus concedeu o pri-meiro preço á sociedade—Centro deLoucoura e Commercio—do Brazilpela exccllencia do cale exposto poresta sociedade.

«'Porain—-abertos ao trafego

quinta de S. Miguel de Seide, coma proprietária da quinta, autora Jyromance Luz coada atra vez de ferroue que na nvsma quinta* mandou cri-gir uma estatua ao visconde cie Cas-tilho.

Os noivos foram lixar a, sua resi-dencia em Santo Thyrso, e anuncia-ram a vendada quinta de S. Miguelde. Seide, onde o distineto escriptôrescreveu os seus últimos romances.»

« IVuo o a|)aiiJiaramdoscatço ! — Estão completa-

mais 12 kilonietros do prolongamen-i mente sanadas as divergências ciiplo-to da estrada de ferro de Pornambu-lmaticas que se, suscitaram entre o

, i • , i officina um ooietim,.com a listadosle. celebre tYnoGraolio medez, , ,-.; -i ,-i • • ! ' . -o. ' ministros- convidando os partidários

A Imprensa.

• : .; ': . (Continuação)buli 1800 transportarão-na para o

antigo palácio de Pohan, situadona rua'Vel ha do Templo. I']'a maisrica imprensa do mundo no quo.diz"respeito

á variedade de typos. Pos-sue unia collecção completa de typogrego, lmbruieo, árabe, ehinez. Os:

. Jistú. organisada para empregarmilhares de operários que trabalha-riao á larga com todo o seu admira-.vel material, no vasto local «jueoecupa.: Mas só emprega de ordinário qua-renta fundidóres, dusentos coni|io-sitores, duzentos e çincoonta im-pressores, vinte encardenadores ecento e trinta regradeiras, brocha-doras, òc. E alli que o estado mandaimprimir a maior parte das obrasnecessárias ao serviço publico, eencontra n-.ellâ garantias de pru-dencia mui preciosas ém certascircumstancias.

A imprensa imperial de Vienuamerece ser mencionada por se terparticularmente distinguido nesteséculo pela adopção eexecução detodos os processos de typographiaresultantes das descobertas da sei-encia moderna. A pliotográpliia e agalvanoplastia receberão n'este cs-tabelecimento applicações numero-.sas, «pie mu Iti ilicarão os recursosdíarte typograp rica.

A familia dos celebres typogra-phos conhecidos pelo nome de A Idoflorescia entr-e 1488 e 1580.

¦ O chefe d'esta familia, Aldo Ma-nucio Sênior, fundou em Venezauma imprensa que tinha por objectoespecial reproduzir as obras primasda antigüidade'. Aldo Mauucio foi

allecido cm 1775, o qual desenhou,gravou e fundiu por si mesmo o typode que se servia.

( E.rlr. das Grandes invenções deLuiz Figuicr. )

§uM noticiosa.

illii.E.LABOULAYE.

Pàlis na, America,

(Continuação.)t-— ¦¦¦¦¦" : ¦-* ' ;

XXIV

Unr attorney geral

vez..Meu caro leitor, se algumamão traidora vos atirou á água porsurpresa,, e.não sabieis nadar, podeisformar idéa exacta da minha triste

.situação.-. . ..¦• ... .Não. mesentia em estado de dizer

duas palavras seguidas, mas teriaincorrido no rediculo se abandonasseO posto; todos os apupos e assobiosse virariam contra mim; resolvi po-is fazer boa cara a ruim jogo e levara cruz ao Calvário.

Tirei a minha carteira, arranquei-lhe umas folhas de papel, e puz-me& escrever de cór algumas d'essas

SITUAÇÃO < iiMiatVADOUA

i.ò-so nu Mario de Noticias:» A<'ri»<> 1 ".i I I l i<-:i .— ii A lliaílllíl lio llOIl •

lem [líissou-se ainda em conferências entro «livor-sos oliofos conservadores, aló «[lie o Sr. oonse-lheii'0 .loào AlHVoüo, allegando o sen estadovalctudinario, si- escusou do fazer parto donovo gabinete. Convidado o Sr. Dr. VlfrodoChaves, c acoilando eslo, dirigiu-se «• Sr. Barãode Gotopripo ao parço do S. Chrislovílo, onde che-gòu i 1 hora e Í0 minutos da tarde.

A conferência do S. I.\. com Su;i Magestadeo Imperador durou alé ás 2 horas o2"5 minulos,búrn em i]ti>- sahiu informando aos repórtérsdas folhas diária-;, da composição definitivadu gabinete. A's 2 horas e 'lu minutos allíxa.mos no nosso escriptorio o sega inte Indeiim,

n.UlIXRTE 20 UR VflQST.Qliarão de Cologipc, senador, presidente do

conselho e ministro dus negócios estrangeiros.Barão do Mamoró, senador^ ministro do im-

pi-rin.Conselheiro .loaijuim Dclíino Ribeiro da Luz,

senador, ministro da justiça.Ur. 1'rancisco Bclisarió Soares de Souza,deputado, ininislro iiu fazenda

Conselheiro João Jo^ó do Oliveira Junqueira,senador, ministra dà guerra.

Dr. Alfredo llodnguos L*ornandes Chaves,deputado, ministro d i marinha.

Dr, Antônio da Silva Prado', deputado, mi-insiro tia agricultura.

hku.víão I.IIW.IUI..A' noite realisou-so no hotel do Globo, em

sala i i-cscrvado, uma rcuniilo om quo estivaramos Srs. senadores Lima Duarte, Luiz 1'hilippe,Gaspar, Ignacio Martins, Francisco de Si,Silveira'du. Motlã, Chi-isliano Ottoni, o dcpii-lados Moreira do Barros, Penido, Vlfonso CelsoJúnior, Joaquim Niiliui-ii, Vm iro Uezcrra, Mou-ra, Cândido (1'OJiveira, Mafra, Carlos AlToiiso,Mares Guia, Francisco Sodi-y Camargo, Maciel,Alves (PÁraiijo, Siglsmiindo, M. de Castro,.loaqiii-n Pedro, França Carvalho; Ratisbona;Lourenço iFÀlbuqucrqne, IVodrigucs Júnior,Salyri> Dias, Zaiiia, Carneiro tia Itocha, UlyssesVia nha, Mcton, IJaríló Homem dú Mello, co-i'oih'1 Sal»ado, Leopoldo Cunha, Valdctaro,Vianna Vaz, Fclicio dos Santos, Valladaros,Bezerra do Menezes, Adriano Pimcntel, JoséMariano, 1'hoiiiaz Poinpnii, Lldèfòrisò de Araújo,Diana, IU beiro de Menezes, Spindolae outros.

(i Sr. sen.nior Ottoni foi quem presidiu áilisciissfl ii que tomaram parlo ns Srs. ZamaCândido d'01ivõii'a, Fclicio, Ulysses Vi.uina,Silveira Martins, Moreira de Barros; e resu-irijniloo debate, apresentou a sequinto proposta:

phrases sonoras que nào dizem nana,masque protlusem bom etteito, «piau-lo se mettem de permeio o aproppsi-to em um improviso cuidadosamentepreparado. Assim fortificado, espe-rei a ucção com a firmeza do soldadoque vai ao fog-o, contando ficar nocampo.

Primeiro aceusado qm1 me trouxe-ram ora um malvado, que tinha en-venenado lentamente a mulher, de-pois de a ter levado a fazer testamen-to. O crime era flagrante, as provasinconcussas, o miserável nem tentoudefender-se.

—Apresento-me como culpado,disse elle com voz tremula, ns faceslividas eos olhos espantados. A mor-te peço a morte. Desembaraccm-ineda vida

Reinava profundo silencio na as-scinbiéa.

Levantei-me majestosamente, puza luneta a cavallo no nariz, tossi trezvezes, e segurando na mão esquerdaos meus apontamentos, em quantoque ao braço direito dava um acciona-do adquado á circunstancia, comeceiem tom grave e pausado:

«Sr. presidente, Srs.jurados.«Nemo auditur paire rolens, não

se ouve o homem que quer morrer,

para a passeata (pie, devia ter lugarua noite do dia seguinte, segundodeterminação do directorio conser-vador, que é representado pelo Sr.desembargador Júlio Barbosa deVaseoncellos.

Nu imite de 1(1 percorreu as ruasda cidade, por inspiração própria,a banda de musica diiGuardu Nacio-nal.

Na miiív do 1 1 reuniu-se, cm casado respectivo chefe, um numerosogrupo de cidadãos; d'oiidc sahirão,omeorporados aos chefes do parti-do, levando á frente a bandeira na-cional; precedidos de tres bandas demusica, aos estrondos das girando-Ias e IbguetÕCS, e percorrerão as ruasda cidade.

Fizcrão-se ouvir diversos oradoreseloqüentes e cl'ciítrc elles destacou-se o Sr. desembargador Júlio deVasconcellos, terminando os discur-sos com os vivas a S. .M. o Imperador,ao ministério 20 de Ag*o'stó e ao par-tido conservador.

Finalisou-sc u passeata as 10 horasda noite, sem nenhum accidcntc(pie podesse molestar a ninguém c uamelhor harmonia

fazemos votos para que sejão essasmanifestações o prenuncio de umasabia administração, cheia de bene-íicos melhoramentos para o nossopaiz, como se deve esperar.

Juiz cio direito.—Foi uo-meado para ;í comarca da 1'osse,nesta provincia, o Sr. Dr. GustavoAlberto d'Aqiiiuo e (.'astro, nossocomprovinc.iaiio, lilho do Sr. conse-lheiro Olegario líorculauo d'Aquinoe Castro que por muito tempo re-sidio entre mis como chefe de po-licia.

Ojovom iiiaosl ro.-—Gar-los de Mesquita, estudante do con-servatorio de Paris, acaba de obter oprimeiro prêmio de fioja na classe deli. Massenet e também o primeiro deórgão na classe de Ai. César Frunoh.

ms umas das máximas grandes c sa-lutares que nos legou a sabedoriabem superior á louca sciencia e ;ior-gulhosa rasão da geração actual.

«Ncmo auditur paire volens, é ma-xima que não foi inventada só paraproteger o culpado contra a sua de-sesporação, mas para assegurar áso-eiedade a satisfação justa de umalegitima vingança.

«Sim, senhores, quando foi perpe-Irado um crime execrável, quando &nossa admirável cidade rejuvenesci-da por estas gloriosas construccòesque honram sobre maneira o enge-nho prodigioso da nossa hábil esabiaedilidade; quando, digo, a nossa ei-dade, moderna Roma, mil vezes ma-is bella e maior (jue a Roma dos Ce-sares, d'estcs horríveis attentados querevelam umadepravação inqualifica-vel, frueto envenenado de uma ei vi--lisaçãoquo as revoluções eo jornalis-mo teem corrumpido; então, senho-res, a justiça (pie vela sempre temde cumprir uma sagrada missão etão difficil quão gradiosa

« A falta de expressão fluente, áfalta d'essa eloqüência magistral,apanágio de tantos collegas illus-tres, que não menciono para nãooffeucler a sua excessiva modéstia,

:o, ficando inaugurada a estaçãole Morenos.»

«r*oi encarregado o agente dogoverno na Europa a encommendar eremetter para o prolongamento daestrada de ferro 1). Pedro JI o ma-terial lixo o rodante pára o ramal deOuro Preto.

Para essa despeza foi aberto nadelegacia do thesonro, em Londres;o credito de 20í):000í>000.»

«Oonsta--que a câmara mu-nicipal encarregará o Sr. Dr. PedroAmérico de juntar o quadro históricoda festa de 29 de Julho.

liste quadro além dos grupos; re-presentarií quarenta e tantas jiessoasconhecidas e deve ficar concluídono praso de um anno,»

«Sob o'tít ii I o —Os beijos daPalli, o Pungolo, de Nojiolcs, conta oseguinte*.

No anuo jiassado Adelina Patti,muito exigente para com os cantoresque representam com ella, ficou tãosatisfeita com o Sr. Marconi na Tra-riuln, que chegou ao ponto de sal-tar-lh" ao [lescoço nos Bastidores, cg-ratifical-o com um beijo.

lia algumas semanas o tenor (li-anilini provocou o miíhusiasmo dadiva, que desta vez tomou o publicopor testemunha dos seus transportesartísticos. A platéia applaudiu comdelírio <* pediu imperiosamente bistanto do duettp como do beijo.

A Patti submetteu-se com umagraça adorável.

li Nicolinií acerescenta malicio-sameiite a folha napolitana.»

« Com o titulo de Vozes du hix-lona chega-nos do Porto um livro d*)padra Guilherme Dias, que já emtempo despertou a attenção publica,defendendo a causa da liberdade deconsciência contra o iiltramontanis-mo, em escriptos vehementes, depoiscompilados íiiim volume intituladoEcliosde Roma.

Do Rio Grande do Sul, onde forasuspenso pelo P>isj)o D. SebastiãoLaranjeira, passou o padre Dias páraPortugal, Onde actualmente é mi-nistro ila capella do Redèmptor, a S.Lázaro, no Portu, do culto cvangcli-co. »

« Gamillo Cus tello5 i ranço—dejiois de velho estáficando g*aiteiro...ou por outra—me-nino.

Depois ile se ter enfrouhadò no ti-tulo de visconde de Corrêa Botelho,

cônsul francez ern Mandalay e a côr-te biriuan; o tanto «jue um emprega-do da missão é esperado em .França,acompanhando dez meninos de faini-lias notáveis, metade dos quaes vaiser educada alie os outros na Itália.

Mas qual era então a causa dessedesagradável incidente ' (lijilomínicu,ameaçador da boa paz c harmoniaentre as altas partes contratantes, i

.•asou-se, no dia 19 do passado, na

magistrados ha que, sendo guiadospela consciência, trazem a este re-cinto a sua convicção' profunda, asua humilde o firme dedicação ácausa da ordem, das leis e da socie-dade.

« Aqui, Srs. jurados, dá-se umespectaculo grande e bello, aquirecomeça em todos os seus promeno-resuma tragédia, dolo-osa sem du-vida para os homens de bem, masnecessária para a expiação do crimee para edificação do paiz inteiro.N'este horrível drama, a devassidãoé o prólogo, a cúbica constituo osegundo acto, o veneno é o enredo, ainstrucção do processo, pela sua ma-ravilhosa habilidade, precipita asterríveis peripécias e chegamos aodesfecho fatal e próximo'.

<« O desenlaee vingador está nasvossas mãos. Srs. jurados, o vossovercdiclum não pôde ser duvidoso.

«--Esrnag-ado sob o jieso da suafalta, vencido pela justiça, o culpadoconfessa tudo; eíl-o ácabrunhadopelo remorso. A sua condemnaçãoesta eseripta em vossos nobres cora-ções.

«Nào creiaellc que essa confissãoforçada possa resgatal-o doajqirobrioque chamou sebre si. Debalde desvia

jE que o cônsul íraiicezse havia ener-gicainento. recusado a comparecerante a magestade de Thòbaw 1', norigor do eercmonial birmanio—de pédescalço ! »

<< Vamos ter mais um diárioda tarde, A Folha do Commercio, pro-'priedade dos Srs. Ascoli »Sc C, o que,« alheia completamente aos partidospoliticos » entretanto « não será ncu-tra ». Que a tão amplo programmacorresponda a merecida aeceitação,«' á Folha do Commercio terá uma car-reira brilhantíssima. »

<« 'Inlormani-noH que vai

ser pedida á província de Minas umasubvenção para auxiliar nos seus es-tudos miisicacs na Itália o distinetomineiro Lino Fleming, a quem SuaMagestade o Imperador tem conce-dido favores com o mesmo intuito,

Pelo. que temos visto cm jornaesniilauézosj Lino Fleming tem-se tor-nado digno do auxilio dos seus com-patriotas, aquém honra no estraugei-ro. »

« Desgraça— Lemos n'._ Pa-Iria de Monlividèo:

A menina Generosa Vidal cp.io o^-tava ante-lioiiteni brincando no jiateoda casa da sua familia, calle S. José,com duas bolinhas de vidro, levoucasualmente uma das mesmas a boc-ca tragando-a. A menina meia as-phyxiada correu ao encontro da suamãi que como toda a familia faziamdolorosas exclamações em momentotão supremo".

A creança estava com o rosto en-negreeido e não podia respirar por-«jue a bola de vidro estava na gar-ganta, sem «jue a infeliz criança apodesse engulir nem lançal-a. O me-dico, chamado, compareceu logo,porem a criança asplijxiadâ morriafazendo horríveis coutorsões. Poder-se-ha julgar do estado de desolaçãoem que ficou aquelle lar.

Que tão sensível exemplo aprovei-te as mães, jiois quando se criam li-lhos todas as precauções não são sul-iicientes.

a cabeça criminosa, debalde afastados impuros lábios o çalix amargo«jue o seu execrável crime lhe prepa-rou; a lei cega e muda, a lei justa-mente inexorável, a lm santamenteindompassiva, quer que elle esgoteo calix até as fezes. O seu suppli-cio é o castigo do jiassado e a liçãodo futuro.

—Basta, por Deus, basta, disse-meI:íumbug, puchandb-me pela casaca.lies sacra miser1, meu bom amigo.

— Deixe-me, disse eu comumges-to de impaciência. A accusação nãotem nada com a humanidade.

«A nós, continuei eu, animando-me, a nós, pois, ministros da vindictapublica, incumbe o jienoso e santodever de fazer calar até as paljiitaçoesdos nosso coração; cumpre-nos re vol-ver esta lama, c vencer toda a castade repugnância e...

Imprudente! N-urti accionado es-pleiidido, levantei os dous braços,abri as mãos; cahiram jior terra to-dos os meus papeis e com elles a mi-nha eloqüência; abaixei-me para le-vantar tudo junto; o aceusado apro-veitou este acaso infeliz e levantan-do-sc bruscamente:

Ul

ti

1 O infeliz c cousa agrada.

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c «n» ^"mtjy^M^W^-iJ^

nê-so-ua Cazcln dc Uberaba: traitet l.abiographio.deaVl.lecomte^varlío-hnnte., paraácapi- de ViUoneuve, efcdansnn article d"

tnl de Govaz com esc du pelo semi-! íonds dit: . . .m rio de Campo Bello S. Ex. Rvdm. | Parmi ie, oimim^aiiesgeneraux

S u. Claullio Pônei: do Leão.» des natiòiiA repre^ntees tV) e;cpo3i-°'-&l; , - ,lt.,,íionuuiversall.'dAnvers, ilnoucst

«inip.ortaatô l, »lia crovons-noiis qui, enpostal.-Estevo nesta cidade o t^-

^àtó. -,

,aoutl;G plus deSr. João Augusto dc Urqueira Cair

^ (>{. ([o flÓY0uem01lt qil, S. 10. M.(las, arrematante de uma linha de le c01^tQ de

¦Villenèuve, envoyó ex-correio, ultimamente creadapara ,.,. ..^ d(> rnnpm;m.l/jurelações directas entre Uiyaba . , , ,

pio de Janeiro, passando pela t ¦olo-Brcsi

clusivainente a de abrir na rocha umtunnel de mais de 12,000 metros.

Esta obra moniiinental, (pie nemtodos os governos emprehenderiamcom mu fim oxclusivarafintò.agrico-Ia. foi dirigida polo engenheiro fran-cez Cassan, director dos melhora-uientos do porto de Vera Cruz e eus-tou ao opulento mexicano uma. moe-da larecída com 5,000 contos, dao uai elle calcula tirareuorme renda.

, • • -, -Li riíVín-cPCfionlPOsdhevai dar graude valor as terraset coniraissairegeneral üe iasecTioii i ., ... o ,.,,,. ,i., .,,„bresilionne,niv . _.... .... l... - uresuionne.

aia.Macedina, torres do Kio Bonito* .V(l):it(S (1(1, .,,,.,„,-ns d'08.time eRio Verde e esta; cidade, que e o pop- de (,onsi(,Lll,ltiülli j[ 1;mt ajouter qmtü terminal da mesma linha, a qual l(lt, Bl.-,-U;,ns gont linanimes á refica ligada á Curte pelas linhas ja , réscutant di

Kitofie» ¦- - .. ,existentes entre esta cidade e a mes-ma Corte

As viagens u i u.va li.uha sàompiKsnps e serão feitas dentro de , .muisais co—Em sessão de 5 do corrente28 ta, admutai..!,,. i».rta.,i . I- ^

J •; . villd;1|

dias as noticias mure a_Ç > i o ^1^ q

Cnyaba pela linha de paquete,.» ^gas uouside,açòes sobre«T^n-o-via jYXosyaua. ,

. í(i liec(,sspdaüt! descr croa-i ., n... ,,~.i., fifn n uri i.iirmil l . . i- i :

até hoje abandonadas, apezar da suaproximidade do litoral. »

« Dois Lelioctçlios.•— Apolicia de Lisboa capturou com toda

,-oi"i-i'tre .'lie te r.enresoutant du a sua familia uma mulher que haviaBrésiV a bien mérito

'dó Ia pátrio i' trucidado dois filhos. Uma das crian

de ses coinpatriotés.» eas foi encontrada enterrada n'um

Víòariatp apostoli- sotão; da outra, que fora lançada aum cannavial, nem vestígios appare-ecrãò.

Que mãi barbara !« V"e,|ãò os rrioclicõs.—-

Ume iriir/gião frain:e/., aipielle queousou abrir o estômago do homem,.emos com est.-titulo uo Jornal Jtf um vienriato apostólico no terri

do Commercio, da Corte: iorio mineiro que pertence ao bis- operando-o, acaba de proceder á ex-<(Permittiu-se^á director ia dessa

^^ de Goyaz, rèmcttondo crase- tirpação totaldo uma larynge.''"'" ''"''" '" "J o-|iicla á commissão de poderes a E'a primeira vez que foi pratica-presente indicação assignada por da esta terrível operação.'' O enfermo ficará còm uma laryn-

ge artificial feita de maneira a poderarticular Convenientemente os sons.

arraial Ubásinho, daquelle mtinici-pio, um preto fugido, aproveitando-se, da ausência do dono da casa, quizarmado de facão, forçar a uma sc-nhora.

Travou-se a lucta, e, já quandoa victima ia suecumbir á força doseu algoz, conseguio por um supre-mo esforço livrar-se do negro, (piecorreu em direcção da matta proxi-ma. A moça apoderando-se de umaespingarda, de seu marido perseguiuo malvado e fez-lhe fogo.

Infelizmente a espoleta falhou e ocriminoso logrou salvar-se.

A senhora ficou toda machucada eferida, e tambem uma sua íilhiuha,que foi òffendida a pontapés pelo bru-tal negro.

Aflirma á senhora que o sou agg-res-sor c moço, alto e possante e ficoumarcado cm um dos braços por umavalente dentada que lhe dera, e quelhe arrancou um pedaço de carne.

Na verdadea victima é uma herói-ua !

recurso.— Uma

o Sr. Alphcu :-— primeiro o compadredepois, o Torquato. *

« Roubo uo consuladoportujíuoz Consta que o Sr. de-sembargador Calmou, juiz do 8" dis-trio to criminal, julgará iraproceden-te a denuncia dada pelo Sr. Dr. Sam-paio Ferraz; 2" promotor publico, con-tra o Cônsul Geral de Portugal e 9respectivo thesoureiro.»

« Diccionario do Brazil»O Sr. Alfredo Moreira Pinto diri-

giu-uos a seguinte circular, a quegostosamente abrimos espaço nas

empreza para utilisar desde ja dosedifícios da estação e do armazém davilla do Ribeirão Preto, rcnéntcmcn-te acabados ficando, porém, obriga-da a companhia a entrogal-OS em

perfeito estado ao ser aberto ao tra-lego o prolongam mio da linha.

diversos membros daasseinuiea,< Indicamos que se represente á

assemblêa geral para se crear umvicarialo apostólico no território mi-

o-o o prolongam mto o;, nmui. vu."' 1 ;.,.,!, ,1 ¦1';, Mvv-n-. o-n^-i de neiro que pertence ao bispado üe

A comnannia nlogyana goza ui 1 , ¦ ,- ,'• . , . Qoyaz, comprcliendcndo as paro.cliiasdesmembradas do bispado .le rvlariana

1

Em virtude .ia lei provincial ue *A^ DQ-gQSÜÜÜ, da 5", estampa;

inas Gcracs, de 1 de Outubro de: de-Í,0'S0ÜÕi da-5"; d'' ISOOÜ,. dá 3*.381, obteve a couipainliia garan- ..^ ^Ql\t0 até a lim do De/ombro

1 . ]., —, • . 1). 1 < \ t • • 11,11 • 11 1 ... 1 • 1 .ate o capita

o-arãntia de ('>' „ sobro o capital de7,000:000,>, durante '20 annos, con-cedida pclò estado para prolonga-incuto da linlia ate ámargem esquer-ila do Rio Grande, em direcção acidade de Uberaba, com ramal paraos Poços de Caldas.

Foi-lhe concedida esta garantiana fôrma da lei n. :'>. 130 de 21 deOutubro ile 1882.

Eín virtudeM188tia de juros de /máximo de 5;00Q:00üS para o pro-iou^ámento da linha desde o RioGraude até a margem esquerda dorio Paranaliyba, doando assentadono competente contractoquça es.tra-da passará pela cidade de Uberaba.

Pôr este modo terá a linha emterritório mineiro o percurso de 240kiiometros, que. reunidos aos 639

que vão até o Kio Grande, terão de

prefazer a totalidade do 87.) kilo-metros.

A estrada Mogyaua tem produzi-do renda liquida superior de 10 ,/*,havendo a mesma renda attingido10 /"de Julho a Dezembro do ultimoanuo, no tronco de Campinas a LasaBranca c uo ramal do Amparo, o 7

/• na linha do Atterradinlio ao Ri-beirão Preto, recentemente abertaao trafego. A construcção das linhasda companhia Mogyaua tem regu-lado de 20 a 25:000$ por kilome-tro. »

po-È Rrèzil de 28 de Julhotranscrevemos o seguinte:

«liKspesition univcrsellc diinrrrs¦illudrèe, d.ont M. R. Corneli est lerédacteur en cbef, publie aussi, danssou numero • du 8 couraut, le por-

om íò04.Salla das sessões, õ de Acrosto (

« DestruíQfclo, dos ra-tos.—Lô-se 11'iim jornal o seguiu-te:

« Acontecendo ser invadida algu-ma cultura por esse roedor que pre-juizos causa aos agricultores, pode-se

] ss."í.- /'fi./.T Kcrdole, João hudovice, [desthiil-os facilmente, fazendo-sC. da Oliveira, .1/. Fulgenèio, SallesPeixoto. Franldin Holelho, Botelho,Albergaria, Çoiwjo Alves, CheistianoLuz, Pedro Brandão, Caslanlwira.»»

se

«iSTotas ern su.lt)stiüiii-o ao cio tiiòsoufò nacio-

1

ultimo, e dahi por diante coin o desconto progressivo de ]0 t/° ao nm/.,de mau dra qu-' uo dia 1 dc Outubrodesle anuo de (1885) ja não terãomais valor.

|);> 2S000, da •"»'. estampa ..' 5S00Q,da 7". estampa sem desconto ate 01de Dezembro do corrente anno.

De lüSOOO A 0'. estampa .verdes]som desconto até 31 de Dezembrodo corrente unm.i.»

« l»or telegramma recebidohontem sabemos que a lista senato-rial do partido conservador do Paráinie tem de ser votada 110 dia 10 deSetembro, liem composta dos S.is,conego Siqueira Mendes, Dr. JoséFerreira Catitão e Dr. Mac-Dowel. »

((Moxieanoeniiirelieii-cloclor—-Não são só os yankees,que se abalançani a grandes comme-timentos quando se lhes mette umaidéa em cabeça.

l'm mexicano, D- Sebastian deMier, grande fazendeiro e pro. ricta-rio de terras, acaba de terminar aabertura di'um canal d..1 irrigação,conduzindo as águas do rio Atoyac

para as planicics de Matamoros, ven-cendo as maiores dilliculdades, in-

tortas de farinha' d-' trigo e. earbona-todebáritaem pó, distribuindo-secm pequenos pedaç is pelos lugares.

.. O resultado será a destruiçãoCompleta dos ratos o isso sem perigo,oois a dos'dr carbonato de barvta

-inão [iode <:'\- nociva ao homem e aoutros animaes. »

« t íò.ni'essa. —-Conto umafolha d.- msilvauia (pie esta alliestab-dçcido o costume de os homensbeijaremnas ruas as mulheres, sendoo produeto desses beijos para obrasde caridade. A tab dia ó a seguinte:

De \õ annos vale 50 rs.; de 15 a20, inii rs.; d'-20 a 25, 150 rs.; de25 a 35, 60 rs.; de 35 a 40, 40 rs.

Não achamos caro.

Quanto custarão os beijos dos lioànuos. 1

Se a moda pega, quem não qucrc-rá viver na rua e com as algibeirascheias de cobre !

Ultimoescriptora ingleza, firmando-se emuma estatística dp Reiuo-Unido, quedá um excesso de 750,000 mulheressobre os homens', propõe a polygamiacom o meio de corrigir essedesiquili-brio.

O artigo (pie a este respeito publi-cou ella 110 « Pall MallCazcllc »òmuito curioso pelos argumentos queapresenta em prol do « direito ao ca-zamento » para as suas companhei-ras.

Certeza.—No dia.19 de Maio,em um de seus momentos lúcidos,quando já 110 leito da morte, VietorHugo revia provas da reimpressãodas Oricntaes, fazendo emendas:

—Papá cm breve estará bom e ire-mos paru o campo, disse-lhe a netinha.

—Sim...para ocampo epara sempre,respondeu-lhe o poeta.

« Os maldizentes sào, de todos osentes, os mais perigosos, os pernicio-sos e os mais abomináveis: seu olharestrahistico assassina, seu sorrisosarcástico envenena, seus discursoso sons escriptos virulentos exhalammi asm ás mortíferos que conspurcamo empestani assim aos lugares maispróximos e expostos como ainda aosmais longínquos,'recônditos e abri-gados; os seu s próprios elogios sàoconsiderados— alnjssinicos—e comotaes são por tolos dòsprosados. »

< j.ÍièsòVu-ra esta cidade, vindo

—Bastam-me três dias, respondeuelle, tenho pressa de acabar.

—Pois bem, replicou o presidente,dentro de cinco dias, a contar d'est.ahora, ha-de comparecer perante o

gr, presidente, disse, elle, quan-to tempo consentirá ainda que ofítlonmj geral se deviria comungocomo um gato com nm rato? .V leidi/ oueo oresideute é o advogado do .aceusado. porque deixa insultar a uniCO .,u.z «pie lhe pode p,r,luaiminha desgraça? Espero a condem-nação. Que necessidade hade prulon-gar o num supplicio?

Tem razão disse um jurado in-

prudente; estamos aqui para fazer

justiça e não para ouvir sermões.Ia'fallar; o presidente fez signal

coma máo para não continuar, epon-do O chapéu na cabeça pronuncioupura e simplesmente a condeinnaçãodo culpado e a sentença de morte.Ném relatório, nem expressões sen-timentaes, nem lição dada ao aceu-sadonem ao publico, cousa nenhumaque augmentasse a solemnidade d'a-

quella scena de interesse tão palpi-tante. Pelo contrario, com uma fa-miliaridade de mau gênero poz-sé atransigir com o culpado.

— Condemnado, disse elle, já na-datem a esperar da misericórdia doshomens, agora só lhe resta, contarcora a justiça de Deus. Quantos diaslhe são precisos para arranjar os seusnegócios e para pòr em ordem a suaconsciência?

\A com as moças.--EraPariz, reunirão-se algumas raullie-res inglezas, afiúrde resolverem sup-primiros vestidos de soirée e¦ deco-ie em quadrado.

Diz.o Gil-Braz que autos ellas cui-ciassem de reformar oealça io, porqueé impossível sntrar-sc em um omni-bus e ficar-se mn frente de uma in-o-leza sem pizar-lhe os pés.

l:Í0in essa !... qu 1 pes dr< mvoLvi-dos! !Érreitoscle mn quiloai-

bola!—-Sol;a rubrica Heroina, pu-blicoti o Correio de Padua, (pie mndias passados, mn um sitio perto do

do Rio Claro, (aCaliforúia goyana),o nosso amigo Sr. Bernardo José deBastos; que uos fez presente de cer-ca d ! 1 1 2 oitava de bonito ouro,granitado,prova tirada ua emboça-'.liira

do córrego da Cotia, com o rioPilões.

fiie-se n'0 Espirito-Sanlcnse de12 do pretérito passado o seguinte:

<,< Nomeação. — Consta-nosque o Sr. Major Odorico Molulo vaiser nomeado i" líscripturario da The-souraria lc Govaz.de

Bem bom. Antes tarde do que nunca.

Li o Sr. Major Torquato Simões,quando será nomeado?—Breve,—diz

nossas columnas:«Após cerca de vinte annos de in-

intorrupto e enfadonho labor na or-ganisação de uma obra, que semprepilguei de imprescindível neoessida-de para o meu paiz, sinto-me depaupe-rado de saúde e sem recursos neces-sarios para a publicação do meu Dic-cionario (jcographico, histórico, eitati*-tico e administrativo do brazil.

Nesta situação, que si eu tiveraprevisto, jamais a ella chegaria, souforçado a fazer um appello á gênero-sidâdede todos o.s brasileiros eestran-geiros amigos desta terra, pedindo-lhes que contribuam com a quantiade um mu. nícití para a publicação domeu trabalho.

Volto-me para o povo, porque nôme o delle nasci, tenho vivido e espe-ro morrer.

Será baldado o meu pedido? Não ocreio.

Confio por demais no generoso com-mercio nacional e estrangeiro, no*nossos lavradores, nos meus collegasde magistério, na philantropica mo-cidade le nossas escolas, nos homensde lettras e até no bello sexo.

Estou certo (pie ninguém cerrarios ouvidos á supplica que respeitosa-mente lhes dirige um homem, cujamocidade passou-se em uma luta in-«rente, (pie matou-lhe a realizaçãode suas aspirações de moço e privou-o dos gozos que essa bella estação davida proporciona.

Só. sem jamais buscar qualquerauxilio oiíicial, sem protectores po-derosos; contando unicamente coma minha tenacidade, que foi grandee com a dedicação de minha familia,que foi heróica", consegui organizarum trabalho (pie, se não é uma obracompleta, representa, pelo menosum acumulo de informações geogra-phicas e históricas, fáceis mais tardede serem aperfeiçoadas.

Sobre o mérito do meu livro sc tem

pronunciado juizes da mais reconhe-cida competência. Seus párecerescorrem impressos e esparsos por todasas províncias.

A Sociedade de Geoyruphia do Rio de.Janeiro tambem juígou-o e achou-omerecedor de todo o esforço, que ella

patrioticamente lia empregado, como fim de obter os meios necessários ásua publicação.

•Uno os meus esforços aos dessa

benemérita sjeiedade e por minhavez vtuho fazer ura anpello aos ha-bitahtes do Brazil, solicitando de to-dos a quantia de um mil iuíis.

O Condemiiado cumprimentou o

presidente com .respeito c sahiu,lançanclo-rae um olhar que nm per-turbou. Não tinha eu cuuipiidoomeu dever? Deverá haver compaixãoaté com os assassinos?

Trouxeram o segundo aceusado.Era um descarado maroto, «pu; teu-do sabido das galés, havia dous dias,

já se tinha tornado reu de arromba-mento, de roubo e de tentativa deassassinato ! Tinha arrombado as

janellas de uma casa de Montmo-i-eucy, ameaçado uma pobre criada

que guardava a. casa, e roubadotudo, até a carruagem e os cavallos.

A cara d'aquelle mariola bastavanara o fazer condemiiar. Era a mal-vadezem pessoa. Via-se nelle umhomem para quem a sociedade e uminimigo, e que tanto despresaya alei como odiava o magistrado; emuma palavra, um-d'esses animaesferozes que é preciso matar para quenos não devore.

—Aceusado, disse o presidente,

apresenta-se como culpado ou nãoculpado ?

—A pergunta é fina, respondeu oladrão com uma audaciosa indiffe-ronca. Culpado ou não culpado?Nem eu nem o senhor podemos dizernada antes de ter ouvido as testeinu-nhas.

—Srs. jurados, exclamei eu, quemais precisamos nós ouvir? Notemesta confissão. Pois um innocentehesitou nunca mu proclamar a suanão culpabilidade. Té um malvadode profissão tem tal ousadia. Vejamse este miserável não tem o crimeescripto na irapudeiitc cara ?

—Protesto contra siinilhante theo-ria, grita o defensor do aceusado.

Aquella voz que antes era umganido fez-me arripiar; ainda umavez a sorte me punha face a facecom Fox, meu eterno inimigo.

—Sim, protesto c protestarei sem-pre contra uma doutrina que nuncafoi admittida nos tribunaes da Ame-rica livre. N'10 ha direito dc torceras palavras de um aceusado paratirar üVollás uma condeinnação. Nãoha direito de interpretar a sua ap-aireneia, o seu gesto, o tom da sua.inomagem para concluir d'ahi aMiípabíiidududc d'clle. Se fosse licito

esses signaes enganadoresinvocarque a paixão explica à sua vontade,quem escaparia á eloqüência dosSrs. atlornegs geraest—Cala-se oaceusado, é que. o remorso o domina,e o silencio é a confissão.—O aceu-sado protesta com brandiira, ó umdescarado, e o descaramento é con-fissão.—Exalta-se c mostra energia,é um miserável que ultraja a justiça,e o insulto é a confissão.— Fraqueza;energia, humildade, orgulho, lagri-mas, cólera, tudo é confissão para osespíritos prevenidos que voem ascousas por um só lado. B' melhorcomeçar por estabelecer os caracte-.res physicos da virtude e dq crime.Quando a seiencia tiver rcalisado ossonhos de Lavater, as pessoas serãocondcinnadas pela cara; até l;i dei-xem ás pessoas que lêem a buenadicha essa arte pérfida e perigosa. A

justiça nào conhece, senão factos,uào discute senão factos c não pro-'niincia senão á cerca de factos. Estánisso a sua segurança e a sua gran-dezaj O Sr. aUorneg geral que resei-ve o seu talento para melhor ocea-sião, c passemos ao depoimento dastestemunhas.

—Sr. presidente, exclamei eu,em attenção ao tribunal softViatéol

tini a insolencia d'estas palavras; umuüornrij geral nào tem que receberlições de um advogado, e roqueiro...'—Socegue,

senhor, disse o magis-traclo. A' defeza é permittido tudomenos a injuria; as palavras dohonorablc advogado em nada exce-ucm o direito das suas funeções.Quanto á sua doutrina, essa é a queestá consagrada pelos nossos prece-dentes. Era todas as nossas colleçòesde leis acham-se consignados aquel-les principies que eu me honro deprofessar.

Cabina cadeira como um gigan-te fulminado. O presidente feitoapóstolo de theorias que rebaixam aaceusação ao nível da defeza; o pre-sidente', desertor das nossas fileiras,e fazendo-se cúmplice do advogado,era o que faltava! Se é isto o que osYankes chamam justiça, não a. en-tendo. Corram a'Europa civilisadae vejam se encontrara causa pareci-da,

—Muito bem, disse-me o excçl-lente Humbug, para 1112 animar. Odoutor falia como um senador; temzelo de mais. Modere-se um pouco,meu bom amigo, e verá que produzmelhor effeito.

fCoii^/uía.J

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M^WJMM-ML :m. *»'

Nas rodacções de todos os jornaesdesta Corte e das provincias acham-so listas, onde os meus generososprotectores poderão inscrever os seusnomesi

Um obrigado, mas sincero.Rio, 'AO de Julho de 1885.—.-íIfre-

do Moreira Pinto.P. S.'~RÓgó as redaccõesde todos

os jornaes das provincias se dignemdé transcrever este appello.

Desnecessário é dizel-o, folgaria-mos de ver coroados de suecesso osgrandes esforços do Sr. Moreira Pin-to.'e auxiliado pelo publico, aliástão prompto sempre, a concorrer pa-ra a ãddpçãp de idéas generosas, um

' commetinieuto de que o paiz, tem aretirar honra e proveito.»

'riio^oup.vria geral. —Acha-se uo exercicio de inspectordesta repartição, desde o dia 9 docorrente, o Sr. contador JoaquimIgnacio da Silveira, por lhe ter pas-sado, 11'essa data. a administraçãoda fazenda o Sr. inspector ManoelKosciuszko Pereira da Silva, que foratransferido para a theseurariá deMatto Grosso, ficando substituindoo Sr. Silveira na contadoria o Io cs-cripturario, Sr. Francisco VictorinoXavier de brito.

O Sr. contador ao receber do Sr.inspector Kociuszzo o officio passan-do-lhe a administração da fazenda,perante todos os empregados, que seachavão reunidos na sala da junta,manifestou em nome dos mesmosempregados os sentimentos dc pozardé (pie se-achavão acabrunhados pe-Ia retirada de um chefe probidoso,prudimte e dedicado ao cumprimentodos seus deveres, a quem só tem pa-lavras de reconhecimento e saúda-des.- ,

0 Sr. Kosciuszko depois de agra-decer a manifestação que acabava defaíier o Sr. contador disse (pu1 porsua parte também se-aehava peza-roso por separar-se de collegas com(piem servio durante o período de '.'annos, com a maior cordialidade eharmonia, desempenhando todos osseus deveres com zelo e lealdade;e.coucluio abraçando a todos em-pregados, os quaes, ao retirar-se oSr. inspector, o acompanharão atéa sua residência.

JÚ.ry.-r2' feira 14 do corrente,começará a .'^sessão judiciaria destetermo que segundo nos consta serápresidida pelo Dr. Juiz dc Direito dacomarca do Pio das Almas, Sr. A.José Pereira, por se achar o destacomarca occupado com a revisão deeleitores.

I'V>i— nomeado chefe de policiado Pará o Sr. Dr. (ionçalo de Aguiarboto de Menezes, para onde já deveter' seguido.

GJx<viçou.— no dia 10, á estacidade o Sr, tenente Herculano Fer-reira da Siva.

^Em r«i. I."\11flo—foi alvo deuma manifestação de apreço o nossocom provinciano—Sr. buiz (iaudieFleiiry, ao retirar-se da thesourariad'aqitella provincia.

« Foi inspecionado, na corte, ejulgado prompto para o serviço oSr. capitão Jorge José" de Artiaga.

Fallcceu, — na Palma, oagente do correio Mili tão J. deMoura Sobrinho.

Foi nomeado para substituiPo oSr João Antônio dos Santos.

« Uma doença terrl-vel quo alillgo umaclasse nuniorosa.-O pri-Muno symptoma d'csta enfermidadeé um ligeiro desarranjo do estorna-go; mas; se delle se descuida, o cor-po inteiro desordena-se dentro depouco tempo, sem exceptuaros rins,o fígado,' as pailcreas, e, em summa,todo o systema glanduloso; e o allli-gido arrastará uma existência infe-fiz até que os seus padecimentos se-jam terminados pela morte. As pes-soas acommetidas por esta moléstiase enganão frequenteruente sobre asua natureza; não obstante, o leitorpoderá julgar se elle se acha ataca-do fazendo-se as seguintes perguntas:

Sente-se de vez em quando umadôr incommodadora? Ha difficuldadeem respirar depois d a corri ida? Sobre-vem alguma sensação de tristeza elanguidez acompanhada de somno-lencia? Os olhos têm uma cor ama-

lellenta ? Pela manhã as gengivas eos dentes acham-se cobertos de urnasubstancia espessa e viscosa, perce-bendo-se simultaneamente no pala-dar sabor desagradável ? A lia-gua está saburrosa ? Sente-se dôr doslados e das costas ? Apresenta-se al-guina incitação na região do lado di-reito, como se o ligado tivesse crês-cido ? Ha prisão de ventre ? Ha verti-gem quando se levanta repentina-mente de uma posição honsontal?As secreções dos rins são raras emuito coradas, e formam deposito ?Os alimentos fermentam logo depo-is das refeições ? Ha llatulencia ? Ocoração palpita freqüentemente ? E'possivel que estes symptomas nãose apresentem todos ao mesmo tem-po, mas allligem o paciente por seuturno, segundo os progressos d'estaterrível enfermidade. Se a doençativer sido de uma duração muitoprolongada, íuanüestar-se-ha umatosse freqüente e secca, sobrevindodentro de pouco tempo a expectora-ção. Quando o mal já esteja invete-rado, a côr da pelle tornar-se-hamorena e suja, e tanto as mãos co-mo os pés cobrir-se-hão de um su,or frio e viscoso. Aggravados ossoffirimentos do ligado e dos rins-apresentam-se dores rheumaticas, eo systema de tratamento ordinárionada pôde contra tão dolorosa aliec-cão. A origem d'cstp mal é a Indi-gestão ou l)yspe[isia, e uma peque-na quantidade do verdadeiro reme-dio, tomada uo principio da doença,fará desapparocer para sompre ossymptomas perigo-os. 13' por conse-guinte importantíssimo que o desa-ranjo seja tratado com promptidãoe com ellicia nos seus primeiros grãosern cuja época é possivel obter a curapor meio de um pequeno numero dedozes do medicamento, Mas quandojá esteja arraigada a enfermidade, overdadeiro remédio deverá ser tomadoaté que o ultimo vestígio d'àquellatenha sido destruído, até que os or-gãos digestivos recuperem as con-dições- normaes. A medicina maiseliicaz contra tão terrível doença é o« Xarope Curativo de Seigel » pre-paração v getal (pie vendem todosos Pharmaceuticos e Boticários doimpério c os seus proprietários, A. J.White, Limited, 17, FarringdonRoad, Londres, li. 0. Este Xaropedestroe a verdadeira causa do mal,expulsando-u racionalmente do sys-tema.

Depositários na Povincia do Rio deJaneiro: no Rio de Janeiro: Bondaie G. A. Pereira Guimarães, Domiu-gues Vieira e C. João Luiz AlvezAntônio da Costa Moraes. (íeoSanville e C. G. Francisco Leandro,Fonceca, e Alves, e A. P. de MelloBatalha; e cm Sam Simão de Ma-nhuassu, Horacio de Rentus.

Depositários na Provincia de Goy-az; em Boa Vista do TocantinssRamiró Francisco de Negreiros; eem Meia Ponte, T. C. Hilário Alvesde Amorira.

Brevine-so —ás pessoasque precisarem das drogas aunun-ciadas por Sir A. .1. White, Limited,de Londres, que brevemente noschegará uma ambulância dos ditosremédios, que já foi despachada deLondres á 20 de Julho p. 0.

Swcíio fere.provincia.-—§, Joso <!» S'<»-

CilllllilDM.

Joescrda lev

Certidão.ão Nunes de Souza Marques,

ivãO privativo do jury na formaSc,

Certifico que a denuncia é do theorseguinte.-lllm. Sr. Cap."1 Juiz Mu-nicipal—O promotor publico d'cstacomarca, abaixo assignado, uzandodo direito que llie-é concedido pelalei, vem perante V. S. denunciar aJosé Mathias Nunes dc Souza, nátu-ral d-esta villaena mesma residente,cuja profissão é ignorada pelo factoque passa a referir.

No dia 7 do actual pelas 6 e meiahoras d'amaiiliãa, José Mathias Nu-nos de Souza, acompanhando ao indi-viduo—José de Freitas Machado paracapella da Virgem Senhora da Boa-morte, como irmão da veneravelirmandade da mesma Smhora, para

o fim de alli, clandestinamente, elege-rem thesoureiro da referida irinan-dade o referido José de Freitas Ma-chado, que exercia, então, aquellehonroso cargo, e chegando na ca-pedia, encontrarão as respectivas por-tas feichadas, cujas chaves achavão-se em poder do zellador respectivo—Manoel Rodrigues de Oliveira, emvista do que, o thesoureiro—José deFreitas, arbitrariamente, por via dealta escada collocada sobre a meu-cionada capella, penetrou nu inte-rior da mesma igreja, acompanhadode um pequeno grupo, 110 intuito jádeclarado, ficando o denunciado emais alguns indivíduos por fora damesma; ein vista do que, muitos ir-mãos da irmandade dita o cidadãosgrados do lugar, se-dirigiráo para aseazas da residência do meritissimoJuiz Municipal Provedor de Capellase Resíduos, e alli chegando pedirãoao mesmo que uzando do alto poderque concedia-lhe1; a lei, sobrestasseo prosseguimento tanto mais arbitra-rio, (pianto sensuravel do mesmo the-soureiro—José de Freitas Machado;reconhecendo o dito juiz ajusta exi-gencia, que, em sua casa fasião osirmãos da referida irmandade, diri-gio-sc pessoalmente para a alludidacapella, sendo acompanhado porgrande numero de irmãos da írinan-dade, atitliorjdades, e povo, e quan-do ia chegando na capella, foi-lhe apresentada a chave d'esta pelo res-pectivo zellador, chegando, o ditojuiz, encontrou todas as portas dacapella feichadas, e dirigindo-se parasachristia, alli encontrou o preditothesoureiro José de'Freitas Machadocercado de um pequeno grupo, equando o dito juiz intentou abrir aporta, foi quando o denunciado JoséMathias-, Nunes de Souza, inexpera-dame ite, assaltaudo-o, procurou to-mar á chave que se achava em mãosdeste, dando motivo a haver calorosadiscussão por parte do juiz aggredi-do, e do grupo arbitrário á que per-tencia o denunciado. Ora, como odenunciado com tal procedimentotornou-se criminoso; e para que,iPeste caso, seja punido com omaxi-1110 das penas declaradas nos artigos128 e (.)7 do código criminal por to-rem concorrido as circumstanciasaggravaut.es do artigo 16 § § 4*, 8",e 15 do dito coligo, o mesmo pro-motor vem dar apresente denuncia,olferecendo para testemunhas—Ro-berto Luiz Morara, Antônio MartinsPereira, Joaquim Ribeiro de FreitasCortes, Thomaz Cândido de G.odoy,e Manoel Rodrigues de Oliveira;nestes termos—-P. a V. S. (pie au-tuada se lhe tome a presente dehüu-cia, proseguindo-se sobre u processocomo for de direito; pelo que R. M"—Villa de S. José do Tocantins, 11 dcSetembro de 1884.— Bomão da SilvaBocha I

'*'</<(/.

Promoção do promotorTendo inspecciouado com acc.ura-

da attenção o presente processo, re-conheci ter elle marchado com regu-láridade, tendo-se respeitado a lei.Fm prol da tistiça de qtiem sou or-gão nesta comarca exaro a puniçãouo aceusado, visto como se acha pie-nameidc provado o seu crime; por-tanto respeitosamente peço seja omesmo aceusado julgado como in-curso nos artigos (.)7 combinado como 23S do Código do Processo Criminal,em virtude dos depoimentos exaradosn'este processo que comprovão a exa-tidão do crime; V. S. porem, orde-nará como for de justiça. Villa deS. José do Tocantins, 21 de Setembrode 1884. Bomão da Silva Bocha Vi-dal, promotor publico.

Despachos, lnspeccionando o pre-sente processo, aceuradamente, vejoque envolve elle dois crimes conexos,mas, laborando em duvida ser dacompetência deste juizo julgal-o, vou.consultar ollicialmente ao poder com-pclente, a respeito, afim de que se lir-me certeira doctrina (ah! ah! ah!)no foro desta comarca ficando destaarte suspenso, [?) por emquanto, ofeito, até ulterior decisão; baseando-me para isso, em achar-se em plenaliberdade o réo aceusado neste pro-cesso, e na falta de princípios indis-pensaveis da jurisprudência, de queme resinto como leigo, e pelo bomdesejo de acertar. Villa de S. José doTocantins, 24 de Setembro de 1884.Paulo Francisco. —Pronuncia: Julgoprocedente o presente sunimario deculpa, vistos os autos, para o fim de

pronunciar, como pronuncio o ac-ousado José Mathias Neves de Souza,como incurso no artigo Ü7 do CódigoCriminal, sugeitando-o a prisão, elivramento; porquanto dos mesmosautos se evidencia que no dia 7 domez de Setembro próximo passado,o referido José Mathias empregaraviolência para arrebatar das mãos doJuiz de Capellas o Resíduos—ManoelFpiphauio de Carvalho, a chave daCapella de N. S. 'Ia Boa-raorte emacto em (pie o juiz a conduzia paraabrir as portas da mesma Capella epara nella entrar em rasão do seo cargo.

F assim julgando, mando se lanceo nome do réo 110 rol dos culpados ase passo mandado para ser preso.Arbitro a fiança provisória em centocincocnta mil réis, e recorro destedespacho para o Meritissimo Sr. Juizde Direito da Comarca, liste des-pacho não foi dado antes porquecomo leigo e inexperiente, tive ne-cessidade de consultar a profissionáesda capital, por os não haver na cornar-ca.—S. José do Tocantins, 4 de Fe-vereiro de 188-1.— Paulo Franciscoda Silva.

( Boa rasão jurídica! ! Quatro me-zes e meio para consultar o proíissio-naes da capital!! )

Certifico mais, que a sentença fi-mil, é do theor seguinte:—Vistos eexaminados os presentes autos cri-mes entre partes a promotoria pu-pliea e José Mathias Nunes de Souzadou provimento ao recurso interpostocx-ottieio do despacho de pronuncia,porque—Considerando (pie 110 correrdo processose preteriu formulas suhs-tanciaes, que na phrase de Pereirae Souza, o grande mestre da pratica,sáo de direito publico e uão podemnem por accòrdO das partes e dopróprio juiz ser infringidas, sol) penade íuquinar de nullidade insanável oacto em (pie recair—Considerandoque uo correr do processo deixou-sede conciliar as imperiosas exigeu-cias da formação da culpa com oalto respeito devido a liberdade in-dividual, ainda ha pouco preconisa-do pelo legislador na ultima reformajudiciaria—E assim— Considerandoque se violou o formulário dogoveruo,mandado executar pelo Aviso de 2'Sde Março de 1855, deixando-se delavrar o auto de dagrante e não seprocedendo as diligencias consecuti-vas recomendadas pelos arts. 132do Código do Processo e 3:3 $>§ 1" doDecreto 11.° 4824 de 1871, que regu-lamentou a Lei da Reforma Judicia-ria, soltando-se o réo a pedido de 3o,como reza a testemunha 11." 3, nãose devendo, considerar por auto deflagrante a declaração do Juiz defolhas—Considerando-su mais que110 juizo da formação da culpa seconstituio com pessoas impedidas deservirem eonjlindamente nos termosda Ord. L. I. T. 48 e Avisos de 2üde Junho de 1858, 30 de Setembrode 1859, 13 de Janeiro de 18G0, ode Maio de 1878, e 12 de Setembrode 1878, devendo ter-se seguido adoctrina dos de 3 de Dezembro de1853 o ü de Agosto de 1858.

Considerando ainda que logo apozo depoimento de cada testemunhanão se-lhe fez a devida intimaçãodos arts. 51 c 53 da lei de 3 de De-zouibro dc 1847 e 294 e 2U5 do seuRegulamento, pelo que advirto aoescrivão respectivo — Considerandotambém que o promotor publico teu-tou coaretar e de facto coarctoti odireito de defeza do réo garantidoe1ixpressamente pelo art. 52 do refe•ido Regulamento de 22 de Novem-

1871, quando a folhasoro de itíy.i-, quando a folhas 12protestou contra rcpcrgiinta a 1.'testemunha—Pelo que incòrreo nasaneção penal dos artigos do Códigopriminal 129, 160 e 162— Conside-rando mais que a prova dos autoscontrario essencialmente a denuncia,notadamente a 1." e 2." testemunha,tirando d'ella a circuinstancia declandestinidade do acto principal, eu-jas circuinstancias motivarão o-pre-sente processo—Considerando final-mento que o crime capitulado nadenuncia (do art. G7 doCod. Crim.)em relação a uma auetoridade judi-ciaria é uma inépcia, um verdadeirodesparate, que denota ou uma in-qualificayel leviandade ou completaignorância dos princípios comesinhosdedireitopor parte da promotoria pu-blica, porque na decomposição dopensamento do Legislador veritica-scde plano que não ha analogia algu-ma entre o facto pretendido crimir

noso e os elementos i«'alludido art. 97-Eni ,..-. .1ÀpS-to e do mais que dos autos constaannullo todo processado, mandandocassar o mandado de prizão, dar baixana culpa o riscar o nome do réo JoséMathias Nunes de Souza do rói dosculpados c òc—S. José 1G de Fevo-reiro, de 1885.— Antônio Pereira dcAbreu.—ti' este o theor da denunciae sentença final, que bem e fielmenteextraiu dos autos a folhas 2 a 3 e2Gverso a 27 verso, aos de Fevereirode 1885.—Eu João Nunes dc SouzaMarques, escrivão do jury.

tíleiiV....Soou a hora de um adeus forçoso!Findar-se o gosoilü ihòü peito vai.'Miuh' -ilma

püngetào falai punida.De dor tranziila, soluçando um ai.'. .Vai, flor das salas, de meu poito, 6 rasa.Vai flor mimosa, mais alóiii brllharlDeixa iiiid o triste por te amar, coitado,bupporte o fado com essaclór sem pari-Amei-te muito ncom amoi-Jo louoo iMas durou pinico nosso amor ardente 'Quando eu julgava um porvir risonho;Foi ludo sonho que eu formei na mente.'Não sei se a sorte que de mim te ausentaE que morte lenta vai mu dar talvez,PermiUiríi quo inda te veja um dia.Tal qual te via e tal i|iial tu és IFlor .'porquo deixas teu jardim saudoso,Sem li, sem o goso dos perfumes teus !E longe levas teus encantos, gallas,Tu llor áài salas e dos alleelos meus /...Para onde partes, vaporosa fada ?Qual tua estrada, teu desi ino, ó llor/Buscas acaso em longínquas plagasCor entre as vagas quem te diga amor?Ah ? por que buscas em | ai/, distanteUm peito amante, ai.' quem sahe, incerto tQuando aqui mesmo eucontraste ardenteAmor vohcineiitel e de ti bem perto.'...Leva-me, ó anjo, em teu seio amigolQue eu vá comigo me permitia Deus!Sem ti que posso esperar ,1a vida,imagem querida dos sonhos meus'...Ali! mas não posso te seguir, ò fada,Por essa estrada quê illuminar tu vais.'...Teu nome e imagem, se não vou comligo.Ficão comigo sem os deixar jamais.'Vai, flnrdas salas, de um poito, ó ros».Vai dor mimoadj mais alem brilhar/Em quanto eu lico, pnr ti amar saudoio.Chorando o goso que me po lias darlMas não te esqueças d« um amor tão puroQue lirme, eu juro, te guardar bem terno/Nutre no pinto da esperança o alento,Que o pensamento eu te darei eterno!Debalde agora tua imagem bellaBusco a janella ver surgir... debalde!..E aquella rua tão risonha outr' ora,Tristonha agora já não me vê a tarde/B o céu d' amores que illuminavas, bella,Luzcnte estrella—escurecer-se vai?Eia tudo é trevas—de fatal caligem,Negra vertigem em que ininh'aíuiae»l.'Ah.' não te esqueças da paixão immensa,Da terna crença e dos aliectos meus/Guarda no peito consoladora esp' rança,Parle, oreança, que eu so ti digo: adeus/Goyaz, 1(5 de Julho de 1835.

__ i.r.r.Protesto.

Manuel Rodrigues Stizano, tendorecebido, em 188^, do Sr. FranciscoBeruardes Ferreira, de Uberaba, unicredito firmado por Joaquim Pedrodc tal (tropeiro) para fazer a respe-ctiva cobrança, e como esta não seefiectuasse por não ter o devedorcom que fizesse o pagamento, entre-gou o dito credito, em 1883, ao Sr.Pedro Leão, rancheiro em Uberaba,afim de remettel-o ao seu leyitimopossuidor.

Acontecendo, porem, ter fallecidoPedro Leão, sem ter feito a entregade que estava—encumbido, venhopelo presente, protestar contra todae qualquer trausacção que se queirafazer com o dito credito, avisandoao mesmo tempo, ao Sr. JoaquimPedro que só faça o pagamento desua obrigação ao seu legitimo cre-dor que é—o Sr. Francisco Bernar-des Ferreira.

Jaraguá 1*. de Setembro de 1885.Manoel Bodrigues Suzano.

AvisoO abaixo assignado participa á se-

us freguezes amigos, e ao publicoem geral desta cidade, que esperabrevemente, do Uio de Janeiro, ondeapartou pessoalmente, ccom esmero,um variado sortimento de fazendasde padrões todos modernos e de bomgosto.Objectos de armarinho, novidades

e modasCalçados de todas as qualidadesChapeos para homens Senhoras e

creançasi

Ditos dc sol para os mesmosRoupas feitas, finas o grossasMolhados e armas de fogoLoucas unas, bandejas e cháBijouteria Sc. Sc.

0 mesmo abaixo assignado pede áseus ditos freguezes que tiverem decomprar algum dos objectos acimamencionados, que aguardem para ofazer, logo que cheguem os mesmos,que ficarão bem servidos, tanto «tuqualidades, como cm preço d'elles.

Goyaz, 10 de Setembro de. 1885.Simãê de Souza Bcgo e Carvalho.