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ANNO XV Snbsorsvese no eseriptorio da typographia Imparcial. Hua ila Imperatriz n. 27, para a capilal a 128 rs. |ior anno, e 6fi rs. por se- mestre,e para fora a 158 rs. por atino. A asslgnatura pode começar em qualquer di* do anno, maH acaba seniori om Um de Junho e IV-zoin- bro. PAGAMENTO ADIANTADO. S. * 3572 .' IÚU-I.-.1: ' SABBAllí f ¦'.¦•:;.: !.i ! niíílf. ' -'.'/t,!'»'•' ¦ ' '. > ¦ T.'l:t? ¦ ' i " vu-iVVti:' ^_T_"' _».——,„.l;„,.:.^—' '' -i-n.:. \\ '¦¦¦'¦. —/—--¦-; ,)¦¦ ->' r y ;•¦ ^ ¦ . ' ' æ" 'T*~^-. ¦»-¦¦. i æ²"—"• r , ,' M' ' ' ,t' !' 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' orQcio fúnebre—Sondo hontem domanlmcon- duzido do p.Ucio episcopal para a cathodral o cada- ver do oxm. bispo discosano, ahi dt»-se A nora annun- Ciada o oliicio fúnebre » a missa solaram) de corpo pre- sente. Grande concurso de pessoas concorreram i egroja. Uma guarda de honra esteve postada i porta do tem- Ã's'0 lioras da tardo, com as honras do estylo, foi o oadavei do venerando bispo sepultado no subterrâneo da capella mór, lugar destinado para esse Qm. ! ¦¦) tedaçlór I Jor, i a.co|tabqjrft rafa in ciiit-i, os rodaotiiçi.parçfn íi líiüs tuoipfiíiii- èd&otòí om nheíü úüliYoiniU vuio» os stiiih.o, Cindido Leilão.... 46 Francisco Diana 32 Seguem-se oulros monos votadas. Vara redactores páretaes o colaboradores, votos os senhores: 1 ° Joio Ribeiro de Campos Carvalho... Padre Francisco de P-mla Rodrigues. 3o Pedro Wencesláu de Muilo e Cunha. m iilva Mendes•• íSPJ -ipw obttfJMfl ,r'69 ..... M rsi»iuit<'"íi.. ni '4,..,Jí, . i qu ha dias o impera- capi !to austríaco birilo ÍÍ5 pújjflfjiU io„, ii„c:;.- Ji..rogou 120 objectos perienc|!nts ao filho do Napoleão I. Illz-so que os res- (os nSoflaeí, cfaqnelle príncipe serão pira o anno trans- ¦portados diSchoenbrunn pira Paris. O anno quo vom é o do anni ersario secular do nascimento da NipoleSo I. "' O repriscntantertos operários-Diz mil 'Câmara muiviciiial—A illustrissima câmara municipal da capittl compartilhando o justo sentimento clamado presidenlo. nua causou aos Paulistas a morta do seu distincto Prelado o ax,mo. rvm. sr. I). Sebastião Pinto do Rogo, fez-se representar no funeral qua celsbrou-se na U- thedral pelos srí. vereadoras tenente coronel Antônio, José Osório da Fonseca, RarUo da .Limeira, o dr. Joa- quim Justo da Silva. 4 o Josó da Silva nenues j i 5o José Lúcio de Almeida Nogueira•..-.. ^,34 6 o Francisco de Faria Villas-Doasj*> Presidiu a reunijo o sr. Mello a Cunha que fora ac operunos xlijo fira o'- jirosentant niaçilo pagi ^êkS-\yriÒ2L t>~<y-'~jiõ*Eè&^^ Caminho do ccinitcrio-0 máo estado do caminho qua vaa da Consolaçio ao cemilano nlunici pai, vae todos os dias da peior a peior.. Urge que os poderes competentes nío deixem para mais tarde os concertos e reparos Indispensáveis. A nüo attemler-sa para semelhante necessidade seri pírigoso, senso impossível, por alli, a passagem dos comlioyJ fúnebres.. ., ., ,„ Espeiamos oa quem competir a devida consideração subre o facto. Thesouraria clc Fazenda-0 sr major Domingos oa Mello Rodrigues Loureiro, prestou |U raiOunto, honleiii, a tomou posse do cargo de contauor desta repartiçio, para o qual foi nomeado por decreto 'de 13 do passado. Imprensa Acailemica-0 1.° anno reunio- se ne dia 3U i 1 liorá da tarde na casa n. âl üa rua "o 'ir. Ilynolito- dn-C*m»rso( sendo aceitado presidenta d.rauniSo chama para 1. ° secretario o sr. Pedro R-g«lado, e para 2. ° o sr. Mujol Penna. Declarado o motivo da convocação, convida aos sócios para fazerem as eleições das quaes foi osle o resultado: Redactor em Chefe. Anlonio da Cunha Leitão2a volos Redores do anno. Hypolitó de Camargo28 « Machado de OliveiraiS ' Collaboradores. Maciel]¦! ' 11 « '.11 < ..'10 •. andaram em liiriiingham uma associação, hter-ihiios para levar ao parlamento um re- da cl.isie operaria. Cada membro da asso- .... , 1 slulling (220 réis)-de quota, aiira ile reu- jíir 200 Ijbjis para as despezis da eleição e 300 para ilar ao elaib, porque 03 deputados inglezes não tem su- bsidio. I letrada dc ferro sobre o monte Ccnis —Escrevem-nos o seguinte: « Sr. redactor—Nos nltimos nuriieros do «Correio Paulistano» li algumas boas conslderaçõas sobre o njyo systema da estradas de ferro, e sua ajfplicaçãp nesta provincia, ojulgeacertado pedir-lha a puhHáa(}iío..do ai- guns outros esclarecimentos a rospeito, jjjaacaitO>os se- guintes':nlsl)t O cumprimento do tunnel pelo monte Frójus (não pa- lo monto C-inis) anda p(n< 10,220,metros, doa qua?s fo- rara acabados0,331 (pelro^al,0 da Janeiro de 1807. Levará mais algum aiinós para acabir o tunnel. O interesse do nnmmercio'pórèaií'exigia nma eslra'a de ferro nutre a França o Itália, e estabüleceo-se uma com. panhia ingleza para construir aquella.linha por,cjm» dos montes om quanto os engenheiros estilo acabando o tunnel em baixo.' '" ' , „." Eata linha póle ter uma existência dd 6 ánnoè.ipor es- ta rnzSo devia de ser construída pontal !iftanairai'que a- mortlsasse o capital em ü annos.r „.jtr -}-, -i | O engenheiro da companhia li,P,inglez Fell, ,o ji^al Inventou um novo systema de locodíotiva parji, Vjajcer grandeí subidas sem «a£&fâl>i^ r"'"'' t1 ' Entre os dous IrilhoB ( llBMl sobre o qual 4 rodas hoi UwM'is d* IWwHiva èxerçoB uma pressão,'que ajuda r. v'?.ar,ei o.J.jo, vo w»Be Ji. 1:10. 2' em-tnuhln- irj* .' '¦;»¦ ^«^'-''/"«arpISiM»*; da na Inglaterra no anno ;' »3o3. A estrada de ferro do rnonte C«nis ar.« as villas S, Miguel na França e Susa iw Hílta, ttem nm coujpri- monto de 78 kilometM*. O novo systema do .Ljiiauu «guaioO aquelle de nos- sa estrada de forro na Serra de Sintos.coiu um terceiro trilho no melo sobra o qual apertam 6 rodas horisón- taes da maquina.í , Alcrcaio dc Santos-De 2G a 29 de Abril de 18B8: ' I ALGODÃOr-Venderam-sa 1,500 fardos aos preços da nossa cot«çlo. . Café— ,Vpnderam-Ee 1,600 saccas aos preços qne 'iVMb cptínos. f :cvW} ^í-PREÇOS CORRENTES Algodão *rt rama H.&orte 12S300 arrob. Jil »¦ 2W,,» 11S300 ,; --vi"-,'•,3«' :: ios3oo Café^pérpr;.1.1....63400 arrob. , bom.í5S400 a 581(10 ¦ .'.,. re<rn|,r4,1000 a 58200 > r> ordinírio38000 a 48100 » ' O6ituat'io-No dia 30 eepultou-se os soguintís cadavores:. ...Alferes Tliomé de; Alvarpnga, 75 annos, casado, ãfiecção ihtSitiftal,' Martinho,^2 annos, preto forro. Moléstia interna^. Antnnin. i.l anr,c3, fe^io, oíeravo dajJôailtl"* r-Unc Wááíirjey, E<-' Pio- A i J. Ludovice Gama Júnior Paula Ferreira Repartições pul»llcas-Em razão do falleci mentodoexc. o rvm. bispo diocesano estiveram liou tem fechadas as repart çõis publicas. Theatro-0 ospectaculo annunciado ultimament» flcoo transferido para amanhã. ,-; . -\--r. '?T-u.'«f iSTÍÃrflí ¦'>¦> « dmewlvà íaboi": ' ' «diüôá lIVresquepigsràmíoutu Iinmigraçào—Segundo se lt! pm umjolnal eu- ropeu, a iiumigrução dos povos da Europa para os E.f- tnlos-Uniilos, foi no anno próximo lindo (1867), de 212:371 pessoas; sendo:i, . Allemaes 117,591 I-landezes 65.134 Inglezes 33,712 Escossezes. Seocos Sulssos Francezes... Hollandazás. Belgas 0,315 4,843 3,985 3,201 2,156 1,623 S6 é lUiinán- lUÍSy'. (Ipmroi ^uliúi! livros lopàltauos uo graça por ííareni pobres•. llomenfe menores livres que pagaram sepul- MiraiHomens-menores livres sepultados de graça porfewm pobres. . >- < >¦' Mplheres adultas livres.que pagaram sepul- mnL-.'.í,¦,¦'¦' Muíliíres adultas livres sepultadas de grana '"'(íliitecrem pobres" ¦ Muílftres menores livres que pagaram se- pulturaMulheres monores livres sepultadas por po- bres imi |r.o 16 Homens .mIuIIos. . escravos Homens imenores' Mulheres adultas. DIA 30 DE AIIRIL DE 1868 Hojo compareceram ã voz do Lyrio 38 srs. juíado». 1 Parece que vai arrefecendo o enthusiasmo dos srs. jurados. Pois tenham paciência, por que segundo in- formações do meimp Lyrio, auihor de nota nestas coisas de j'iry, ainda nSo estamos em meio. Consolem- se que mal de muitos consolo é. II- j i houve suas coisinhas. Em qoanlo se esperava o réo, vi um reboliço na mesa do sr. dr. presidente do tribunal; o amigo Migoelzinho mostrava-se desinquieto, o sr. dr. promotor não parava na sua cadeira, sentava-se e levantava-se: havia coisa. O Miguelzinho apertado por om sr. jurado, declarou que pelo tecto, ou mesmo dentro do docel, onde se acha o retrato, havia nada menos que uma ninhada do ratos, o que tanto elle como o Justino, a até mesmo o sr. dr. promotor estavam com;,medo que desabasse aquella engre>l|encia toda. Isto não pode deixar de ser prosa do Miguelzinho; e como morador deste edifício não posso deixar de pro- testar contra a opinião do dito oílicial de jnstiça. Pois então na casa da assembléa provincial, no re- cinto dos escolhidos da provincia, e dentro do docel ondo se acha collocado o retraio do Imperador ha de existir ninhos de ralosI Isto ó fazer um juizo temerário contra os zelosos empregados desta honrada sallnha meus dignos o antigos companheiros de trabalhos o de {glorias. Nada, náo póJe ser; o Miguelzinho,.quando Uai dice, estava sonhando. Appareceo afinal o réo, que seja dito de passagem, quando fez a sua entrada na.sala deo louvado. O Mi- guelzlnho sorrlc-se. O réo ô o africano livre de nome Irancisco, cabinda, casado, trabalhador de picareta".e enxada, e morador no Lavapés. i Eslá feita a apresentação. I Procedendo-se ao sorteio, houve um dameld, por qua |o'Í lido errado o nome de um sr. jurado, a como foi ftsía a segunda vez qne isto accouteceo, elle não achou graça, e tornou a declarar o seu nomo lodo inleiro. Ouvi um .sr. iii(ado,.Jfluo>m.Jido.M.8rlujMi»4i.<V dizer—li' questão de ííomes.'-—Apoiado, digo: Vamos agora a historia. 0 mestre Francisco, casado cora a tia Reginalda, ô homem de princípios austeros, e amigo das doçuras do lar doméstico. Trabalhador da estrada do ferro, estava a semana toda fora de casar e' voltava para ella aos sabbados. Em ura destes dias, quando ancioso chegava ao seu lar, desejoso de encontrar o regaço da sua cara ma- lado para descançar dos trabalhos da semana, fica es- pantado de nào encontrar a tia Iteginalda; scismou com o caso, a quando no dia seguinte a ingrata appa- receo, mestre Francisco fez-lha as admoeslações que julgou conveniontes sobre aquella falta de leso amor conjugai. A 11'ginaMa porém, que, ao quo parece, tem ideaj livres sobre o casamento, re.-pondeo-lho desabri- damiillte, que não Importasse cora a vida delia. 0 mestre Francisco coraeo com pão esta primeira falta, mas repetindo-se ella em mais dons sabbados, (dias aziagos) scismou de novo, e considerando que a Iteginalda era uma obra prima da naturesa, (como dica o seu defensor), sentio umas comixões no coração, que o resolveram a lazer um exemplo em sua casa, o deo m tapa em sua mulher, islo por diuwmss. I, Foiiára O REI DOS GAGEIROS ron B. Oapendu TERCEIRA PARTE OS CORSÁRIOS (Continuado do n. 3,570) XVIII O tremor de terrti Carlos, o doutor a Flor-dos-Bosqnes, tiveram-se do agrando custo., . , , Os abalos suecadiam-se com medonha rapidez a vío- lencia. As paredes pendiam, as pedras rangiam, os madeira- mentos estalavam, os vidros quebravam-se a voavam em podiiços... i Os sinos continuavam a mover-se e produziam Ingu bres sons; semllhantes-a dobro por finados. As religiosas, geladas de medo, agruparam-se nos de grãos do altar do coro, queosciilava convulslvainciite. Os destroços da abobada, obstruindo-lhes o caminho, tiravam-lhes todos os meios de salvação... 11 Vencendo finalmente aquella espécie de assombro qut ns dominava a Iodas, correram para a grade do coro; a grade, porém nao tinha porta. As pobres senhoras agarravam-se aòs varões de ferro, que em Vão tentavana abalar, e pediam' soecorro com pavóroáòs gritos da angustia a de dôr. ¦ —£! preciso salvar estai mulheresI.disse Carlos, que esquecera tudo o mais, levado'pelos.impulsos do, gone- roso coração.æ.,r,v, . ' Elle, o' dòiltor á Flor-dòs-Bosques, tentavam derru- Bar agrado, fasSi>ndoesforçosque ti dejéspétoduplica- ya. A abbadessa, a santa mulher, prostrava-se ante o ai- tar, a com os olhos para o cou, o a resignação pintada no rosto, entoava com voz firme e sonora ' o lugubre Dei profundis., t i La fora ia horrível tumulto... medonho'..-. indiscri- ptivel... üerrocava-so a cidade inteira...;.-• As detonações'subterrâneas pareciam eslrpniba.ts '(¦.- voadas, eram como suecessivas explosões de mr. i-.., A grado continuava a resistir. As religiosas pareciam loucas.o . —Oremos, filhas, oremos I disse a abbadessa tjbe- Ihem para as abençoar I... O senhor chama-, pan o seu selo E continon o cântico com heroísmo de marty Dies irae, dies illa «Crucia expandens vexilla Solvet seclura in favilla.» As religiosas estavam de joelhos; a abobada. se-lhe por sobre as cabeças..' Carlos rugia de raiva, 'por não poder dd grade.¦'/ As.religiosas, dominadas pelo exemplo da ab oravam também. tf.Di-'.;- . Alli, paríjlii,. qu.' .s<i ¦iíior a idoaSA Tuba mirium spargens somiiin. «Persepulcra reglonum,'. Coget umiies ante thronmn I...' Entre, esta agonia e o momento supremo,, breve intnrvallo, quo separa da.morte o liomou ajoelhado aiite o'copo da decapitação. Novo choque abalou até aos alicerces as pa: velha egroja;; a grado cedeu o caliiti por terra. Carlos soltou um grito de satisfação p correu religiosas; ouviu-so medonho estampido; a . abnurse o deixou ver p céu (Iluminado pelos f ralos do dia qua despontava'. - O zimborlo, q'ue servia de docel no altar, 1 cal. bem sülsro.o.còro,. eitepultou-o sob um mqntã- nas. .. '. •,(•..... Carlos,'que"levava nos braços a primeira que encontrara, poude ainda escapar. Ninguém :mais; sahiu vivo daquelle .catacl | pedras cahidas de mais da cem pés ds altura. tra,M D mha.l Nem um gemido sahiu daquelle sepulchro, qne engo lia vivas mais io quarenta senhoras, na maior parte jov.ons.bellfs, e dotaMs com tudo que pode dar a natu- reza e a ediioçáo., Carlos. <kira-'de pé, parado, assombrado, apertando de encontro ao.peilo aquella què; por milagre salvara ir. t-,»(lo>ilni morte, e a quem nem sequer tinha visto o rosto. O doator a Flor-dos-Bosqnes conduziram Carlos uarafó.i a% egreja. Era lempo. O ei m bre do teclo não poibi 1/nl.i resisti^ e cahiu com-raormo estrondo. Na f»*era tnflVrniias, confusão, e dôr. t '¦•'O-ii-ii-ior Flór-dos-Bosques a Carlos, carregando com •o fardo, chegaram á Plata Matjor. _ ' ;enos que a torra se não .abrisse, havia menor ;,.irque estavam muito distantes dos edifícios ¦ rcocavam... ; . . . , . aquelle ponto da cidade servia de refugio ;ados quo sorprehendidos adormir a nus po- ,, ifejlvar o corpo. .-•;'-,-•,madro horrível, Impossível,de descrever. Us oi) filiam por toda a parte, enterra continuava se''iivlam gemidos dos feridosj- 'ais dòs-moribirn- : ua gritos de afilicção cruzívam-se com as impre- í caijõe»,, .mUlurado tudo como barulho dos'de.s.abainen- I \é. 'Vias diHmaçõss subterrâneas.u òJjj;iór/IJ ":5Volhaioi-;dliiigrenhadss corriam por antro a turba, om büsrtá dos filhos perdidos ou mortos; homens Ioút i-i ws;do raiva procuravam as esposas e as mães. Algu-in, não encontrando outra sabida precipitavam; ' •'.() *lto das janellas e vinham despedaçar-se na cal- ada abalo ouviam-se novos baques, gritos de ari- .-.ii agonia, rugidos.-de'cólera, invocações a irWoseslorciam-se pediiidó água, que se lhes loçi |Uiifnfrs I ütirtin ¦ Er.a ¦< ! eJiU.clo i ' -Ia, A gnsli isj i\Ro podia dar, todas as fontes tinham seccado, ' j Ü.nol, que despcntava'-no hofisonte, allumiava esta l.Ufln-j jaíai d; lifinetrante horror.' le roir |. fjitipn, fgomo se iião.'bastassom tantos males appare- !csu iiijivo perigo. ,, -?',.,', -, , il6ÍtisiÍc;"'!íiiria líiãs qua chegara a Porto de Hespanha um tou- -•jtíl(òiíótii%itia duzii de toutos, escolhidos entre os «a dai mais fortes è bravos.'.„ íf 1 ih linimaes, apanhando-se á solta, por caqsa do tre- mor da terra, furiosos com môlo, corriam pela cidade, perseguindo, matando, pisando aos pós, os infelizes que encontravam no caminh.0. 0 rugido dos touros, a bulha do sen correr enfureci- do, augmentaya ainda o terror e a consternação que não tinham limites. Fugia a razão a todos... Carlos o os dois companhei- ros, empurrados pela turba que fugia deante dos tou- ros, tinham ido parar á rua da Marinha. Ditraz delles resoou um grito de alegria, Mabarec e dois caraibas encontravam o homem que tinham pro- curado por toda a cidade. 0 gagelro eslava pallido, e tinha o rosto inundado lagrymas,.. —O meu commandante... disse elle sem poder con- cluir a phrase.' 0 tora em que disse aquellas duas palavras revelava bam toda a alegria, e dedicação do marinheiro. Carlos esqueceu tudo, e sentiu agitar-se-lhe a alma inteira.' ¦,. . —Para o cáes I disse Mahurec. Talvez que ainda pos- samos fugir..... . Desgraçados 1 nem o mar oílerecia seguro asylo. Por duas vezes, a maré havia fugido, deixando os navios em secco; depois, voltara com fúria o enchera alguns dos navios que não tinham podido susler-se di- reitos duranle a ausência da água. A fragata Ingleza escapara á catastrophe.i . - —Para o cáes I para o cáes) repetiu Flor-dos-Bos- quês, quo não perdera a heróica tranquillidade em pro- senÇa da tamanhos desastres.Ü| -Pega nesta mulher I disse Carlos, entregando a Ha- hurec, o corpo que trouxera nos braços. A mulher voltou a si ao passar para as mãos do ma- riiihelro. Carlos viu-lha o roslo.. , ¦ —Mlss Mary I disse elle, admirado. —Sir Ewosl murmurou a ingleza. Dever-lhe a vida... duas vezes... a semelhante homeml... Que vertonha!•,i 'Mahurec corria para o cães com a miss ao çollo. Car- los o doutor e Flor-dos-Bnsquos segniram-o atravéz das'ruinas qua lhes embaraçavam o caminho. '-'(Continua.)-

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ANNO XV

Snbsorsvese no eseriptorio datypographia Imparcial. Hua ilaImperatriz n. 27, para a capilal a128 rs. |ior anno, e 6fi rs. por se-mestre,e para fora a 158 rs. poratino.

A asslgnatura pode começar em

qualquer di* do anno, maH acabaseniori om Um de Junho e IV-zoin-bro. PAGAMENTO ADIANTADO.

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Imprensa evangelica-Recebemos odo volume 5. ° desta periodicp religioso,, , .,

8.*roviM-Ê|íí <Si»'!l'»«iÍ»'-»*tíii l\tra'naj;>ri.'clc:tr i<r A\r->\.

Nada referi.-, sobreis !.-•".(.'.>'¦'Datas notaVcis-Hojé'faz dois annos da bata-

lha no passo do Estero-Bellaco, no Paraguay, entre ot

exércitos alUadus a o, de Lopez, em forca'dé;»el« milho- SiV i«-,fúa« !i;Jl,'!% '1ív-,-";;;'~-Iv¥^vííí*

qual morreram mil o uuzentus homens.'

orQcio fúnebre—Sondo hontem domanlmcon-duzido do p.Ucio episcopal para a só cathodral o cada-ver do oxm. bispo discosano, ahi dt»-se A nora annun-Ciada o oliicio fúnebre » a missa solaram) de corpo pre-sente.

Grande concurso de pessoas concorreram i egroja.Uma guarda de honra esteve postada i porta do tem-

Ã's'0 lioras da tardo, com as honras do estylo, foi o

oadavei do venerando bispo sepultado no subterrâneoda capella mór, lugar destinado para esse Qm.

! ¦¦) tedaçlórI Jor,

i a.co|tabqjrft

rafa

in ciiit-i, os rodaotiiçi.parçfníi líiüs tuoipfiíiii-èd&otòí om nheíü úüliYoiniU vuio» os stiiih.o,Cindido Leilão.... 46Francisco Diana 32

Seguem-se oulros monos votadas.Vara redactores páretaes o colaboradores,

votos os senhores:1 ° Joio Ribeiro de Campos Carvalho...2° Padre Francisco de P-mla Rodrigues.3o Pedro Wencesláu de Muilo e Cunha.

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iilva Mendes •• íSPJ

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i qu ha dias o impera-capi !to austríaco birilo

ÍÍ5 pújjflfjiU io „, ii„c:;.- Ji..rogou 120 objectos

perienc|!nts ao filho do Napoleão I. Illz-so que os res-(os nSoflaeí, cfaqnelle príncipe serão pira o anno trans-¦portados diSchoenbrunn pira Paris. O anno quo vomé o do anni ersario secular do nascimento da NipoleSoI."'

O repriscntantertos operários-Diz mil

'Câmara muiviciiial—A illustrissima câmara

municipal da capittl compartilhando o justo sentimento clamado presidenlo.nua causou aos Paulistas a morta do seu distincto

Prelado o ax,mo. rvm. sr. I). Sebastião Pinto do Rogo,

fez-se representar no funeral qua celsbrou-se na U-

thedral pelos srí. vereadoras tenente coronel Antônio,

José Osório da Fonseca, RarUo da .Limeira, o dr. Joa-

quim Justo da Silva.

4 o Josó da Silva nenues j i5o José Lúcio de Almeida Nogueira •..-.. ^,346 o Francisco de Faria Villas-Doas j*>Presidiu a reunijo o sr. Mello a Cunha que fora ac

operunosxlijo fira o'-jirosentantniaçilo pagi

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Caminho do ccinitcrio-0 máo estado do

caminho qua vaa da Consolaçio ao cemilano nlunici

pai, vae todos os dias da peior a peior. .Urge que os poderes competentes nío deixem para

mais tarde os concertos e reparos Indispensáveis.A nüo attemler-sa para semelhante necessidade seri

pírigoso, senso impossível, por alli, a passagem dos

comlioyJ fúnebres. . ., ., ,„Espeiamos oa quem competir a devida consideração

subre o facto.

Thesouraria clc Fazenda-0 sr majorDomingos oa Mello Rodrigues Loureiro, prestou |UraiOunto, honleiii, a tomou posse do cargo de contauordesta repartiçio, para o qual foi nomeado por decreto'de 13 do passado.

Imprensa Acailemica-0 1.° anno reunio-

se ne dia 3U i 1 liorá da tarde na casa n. âl üa rua

"o 'ir. Ilynolito- dn-C*m»rso( sendo aceitado

presidenta d.rauniSo chama para 1. ° secretario o

sr. Pedro R-g«lado, e para 2. ° o sr. Mujol Penna.Declarado o motivo da convocação, convida aos

sócios para fazerem as eleições das quaes foi osle o

resultado:Redactor em Chefe.

Anlonio da Cunha Leitão 2a volosRedores do anno.

Hypolitó de Camargo 28 «

Machado de Oliveira iS '

Collaboradores.Maciel ]¦! '

11 «'. 11 <..' 10 •.

andaram em liiriiingham uma associação,hter-ihiios para levar ao parlamento um re-da cl.isie operaria. Cada membro da asso-

.... , 1 slulling (220 réis)-de quota, aiira ile reu-

jíir 200 Ijbjis para as despezis da eleição e 300 parailar ao elaib, porque 03 deputados inglezes não tem su-bsidio. I

letrada dc ferro sobre o monte Ccnis—Escrevem-nos o seguinte:

« Sr. redactor—Nos nltimos nuriieros do «CorreioPaulistano» li algumas boas conslderaçõas sobre o njyosystema da estradas de ferro, e sua ajfplicaçãp nestaprovincia, ojulgeacertado pedir-lha a puhHáa(}iío..do ai-guns outros esclarecimentos a rospeito, jjjaacaitO>os se-guintes': nlsl)t

O cumprimento do tunnel pelo monte Frójus (não pa-lo monto C-inis) anda p(n< 10,220,metros, doa qua?s fo-rara acabados0,331 (pelro^al,0 da Janeiro de 1807.

Levará mais algum aiinós para acabir o tunnel. Ointeresse do nnmmercio'pórèaií'exigia nma eslra'a deferro nutre a França o Itália, e estabüleceo-se uma com.panhia ingleza para construir aquella.linha por,cjm»dos montes om quanto os engenheiros estilo acabando otunnel em baixo. ' '¦ '" '

, „."Eata linha póle ter uma existência dd 6 ánnoè.ipor es-

ta rnzSo devia de ser construída pontal !iftanairai'que a-mortlsasse o capital em ü annos.r „.jtr -}-, -i |

O engenheiro da companhia li,P,inglez Fell, ,o ji^alInventou um novo systema de locodíotiva parji, Vjajcergrandeí subidas sem «a£&fâl>i^ r"'"'' t1 '

Entre os dous IrilhoB ( llBMlsobre o qual 4 rodas hoi UwM'is d* IWwHiva èxerçoBuma pressão,'que ajuda r. v'?.ar,ei o.J.jo, vo w»Be Ji.1:10. 2' em-tnuhln- irj* .' '¦;»¦ ^«^'-''/"«arpISiM»*;da na Inglaterra no anno ;' »3o3.

A estrada de ferro do rnonte C«nis ar.« as villas S,Miguel na França e Susa iw Hílta, ttem nm coujpri-monto de 78 kilometM*.

O novo systema do .Ljiiauu «guaioO aquelle de nos-sa estrada de forro na Serra de Sintos.coiu um terceirotrilho no melo sobra o qual apertam 6 rodas horisón-taes da maquina. í ,

Alcrcaio dc Santos-De 2G a 29 de Abril de18B8: ' I

ALGODÃOr-Venderam-sa 1,500 fardos aos preços danossa cot«çlo.

. Café— ,Vpnderam-Ee 1,600 saccas aos preços qne'iVMb cptínos.

f :cvW} ^í-PREÇOS CORRENTESAlgodão *rt rama H.&orte 12S300 arrob.

„ Jil »¦ 2W,,» 11S300,; --vi"-,'•,3«' • :: ios3oo

Café^pérpr;.1.1.... 63400 arrob., bom.í 5S400 a 581(10 ¦

.'.,. re<rn|,r 4,1000 a 58200 >r> ordinírio 38000 a 48100 »

' O6ituat'io-No dia 30 eepultou-se os soguintíscadavores: ....Alferes Tliomé de; Alvarpnga, 75 annos, casado,ãfiecção ihtSitiftal, '

Martinho,^2 annos, preto forro. Moléstia interna^.Antnnin. i.l anr,c3, fe^io, oíeravo dajJôailtl"*

r-Unc Wááíirjey, • <-'Pio-

A i

J. LudoviceGama JúniorPaula Ferreira

Repartições pul»llcas-Em razão do fallecimentodoexc. o rvm. bispo diocesano estiveram lioutem fechadas as repart çõis publicas.

Theatro-0 ospectaculo annunciado ultimament»flcoo transferido para amanhã.

,-; . -\--r. '?T-u.'«f iSTÍÃrflí ¦'>¦> «dmewlvà íaboi": ''

«diüôá lIVresquepigsràmíoutu

Iinmigraçào—Segundo se lt! pm umjolnal eu-ropeu, a iiumigrução dos povos da Europa para os E.f-tnlos-Uniilos, foi no anno próximo lindo (1867), de212:371 pessoas; sendo: i, .

Allemaes 117,591I-landezes 65.134Inglezes 33,712Escossezes.SeocosSulssosFrancezes...Hollandazás.Belgas

0,3154,8433,9853,2012,1561,623

S6 élUiinán-

lUÍSy'.(Ipmroi ^uliúi! livros lopàltauos uo graça

por ííareni pobres •. •llomenfe menores livres que pagaram sepul-Mirai • • • •

Homens-menores livres sepultados de graçaporfewm pobres. . >- < >¦' • • • •

Mplheres adultas livres.que pagaram sepul-mnL-.'.í ,¦,¦'¦'

Muíliíres adultas livres sepultadas de grana'"'(íliitecrem

pobres " ¦ •Muílftres menores livres que pagaram se-

pultura • • • •Mulheres monores livres sepultadas por po-bres

imi|r.o

16

Homens .mIuIIos. .escravos

Homens imenores'Mulheres adultas.

DIA 30 DE AIIRIL DE 1868

Hojo compareceram ã voz do Lyrio 38 srs. juíado». 1Parece que vai arrefecendo o enthusiasmo dos srs.

jurados. Pois tenham paciência, por que segundo in-formações do meimp Lyrio, auihor de nota nestascoisas de j'iry, ainda nSo estamos em meio. Consolem-se que mal de muitos consolo é.

II- j i houve suas coisinhas.Em qoanlo se esperava o réo, vi um reboliço na mesa

do sr. dr. presidente do tribunal; o amigo Migoelzinhomostrava-se desinquieto, o sr. dr. promotor não paravana sua cadeira, sentava-se e levantava-se: havia coisa.

O Miguelzinho apertado por om sr. jurado, declarouque lá pelo tecto, ou mesmo dentro do docel, onde seacha o retrato, havia nada menos que uma ninhada doratos, o que tanto elle como o Justino, a até mesmo osr. dr. promotor estavam com;,medo que desabasseaquella engre>l|encia toda.

Isto não pode deixar de ser prosa do Miguelzinho; ecomo morador deste edifício não posso deixar de pro-testar contra a opinião do dito oílicial de jnstiça.

Pois então na casa da assembléa provincial, no re-cinto dos escolhidos da provincia, e dentro do docelondo se acha collocado o retraio do Imperador ha deexistir ninhos de ralosI Isto ó fazer um juizo temeráriocontra os zelosos empregados desta honrada sallnhameus dignos o antigos companheiros de trabalhos o de

{glorias. Nada, náo póJe ser; o Miguelzinho,.quandoUai dice, estava sonhando.

Appareceo afinal o réo, que seja dito de passagem,quando fez a sua entrada na.sala deo louvado. O Mi-

guelzlnho sorrlc-se.O réo ô o africano livre de nome Irancisco, cabinda,

casado, trabalhador de picareta".e enxada, e morador noLavapés.

i Eslá feita a apresentação.I Procedendo-se ao sorteio, houve um dameld, por qua|o'Í lido errado o nome de um sr. jurado, a como foiftsía a segunda vez qne isto accouteceo, elle não achougraça, e tornou a declarar o seu nomo lodo inleiro.

Ouvi um .sr. iii(ado,.Jfluo>m.Jido.M.8rlujMi»4i.<Vdizer—li' questão de ííomes.'-—Apoiado, digo:

Vamos agora a historia.0 mestre Francisco, casado cora a tia Reginalda, ô

homem de princípios austeros, e amigo das doçuras dolar doméstico. Trabalhador da estrada do ferro, estavaa semana toda fora de casar e' só voltava para ella aossabbados.

Em ura destes dias, quando ancioso chegava ao seular, desejoso de encontrar o regaço da sua cara ma-lado para descançar dos trabalhos da semana, fica es-pantado de nào encontrar a tia Iteginalda; scismoucom o caso, a quando no dia seguinte a ingrata appa-receo, mestre Francisco fez-lha as admoeslações quejulgou conveniontes sobre aquella falta de leso amorconjugai. A 11'ginaMa porém, que, ao quo parece, temideaj livres sobre o casamento, re.-pondeo-lho desabri-damiillte, que não sé Importasse cora a vida delia.

0 mestre Francisco coraeo com pão esta primeirafalta, mas repetindo-se ella em mais dons sabbados,

(dias aziagos) scismou de novo, e considerando que aIteginalda era uma obra prima da naturesa, (como dicao seu defensor), sentio umas comixões no coração, queo resolveram a lazer um exemplo em sua casa, o deo

m tapa em sua mulher, islo por diuwmss.

I, FoiiáraO REI DOS GAGEIROS

ronB. Oapendu

TERCEIRA PARTE

OS CORSÁRIOS(Continuado do n. 3,570)

XVIII

O tremor de terrti

Carlos, o doutor a Flor-dos-Bosqnes, tiveram-se dopé agrando custo. , . ,, Os abalos suecadiam-se com medonha rapidez a vío-lencia.

As paredes pendiam, as pedras rangiam, os madeira-mentos estalavam, os vidros quebravam-se a voavamem podiiços... i

Os sinos continuavam a mover-se e produziam Ingubres sons; semllhantes-a dobro por finados.

As religiosas, geladas de medo, agruparam-se nos degrãos do altar do coro, queosciilava convulslvainciite.

Os destroços da abobada, obstruindo-lhes o caminho,tiravam-lhes todos os meios de salvação...11 Vencendo finalmente aquella espécie de assombro qutns dominava a Iodas, correram para a grade do coro; agrade, porém nao tinha porta.

As pobres senhoras agarravam-se aòs varões de ferro,que em Vão tentavana abalar, e pediam' soecorro compavóroáòs gritos da angustia a de dôr.

¦ —£! preciso salvar estai mulheresI.disse Carlos, queesquecera tudo o mais, levado'pelos.impulsos do, gone-roso coração. .,r,v, .'

Elle, o' dòiltor á Flor-dòs-Bosques, tentavam derru-Bar agrado, fasSi>ndoesforçosque ti dejéspétoduplica-ya.

A abbadessa, a santa mulher, prostrava-se ante o ai-tar, a com os olhos para o cou, o a resignação pintadano rosto, entoava com voz firme e sonora ' o lugubreDei profundis. , t i

La fora ia horrível tumulto... medonho'..-. indiscri-ptivel... üerrocava-so a cidade inteira...;.-• •

As detonações'subterrâneas pareciam eslrpniba.ts '(¦.-voadas, eram como suecessivas explosões de mr. i-..,

A grado continuava a resistir.As religiosas pareciam loucas. o .—Oremos, filhas, oremos I disse a abbadessa tjbe-

Ihem para as abençoar I... O senhor chama-, pano seu selo

E continon o cântico com heroísmo de marty

Dies irae, dies illa«Crucia expandens vexilla

Solvet seclura in favilla.»

As religiosas estavam de joelhos; a abobada. -¦se-lhe por sobre as cabeças.. '

Carlos rugia de raiva, 'por não poder ddgrade. ¦'/

As.religiosas, dominadas pelo exemplo da aboravam também.

tf.Di-'.;-. Alli,paríjlii,.qu.' .s<i

¦iíior a

idoaSA

Tuba mirium spargens somiiin.«Persepulcra reglonum, '.

Coget umiies ante thronmn I...'

Entre, esta agonia e o momento supremo,,breve intnrvallo, quo separa da.morte o liomoutá ajoelhado aiite o'copo da decapitação.

Novo choque abalou até aos alicerces as pa:velha egroja;; a grado cedeu o caliiti por terra.

Carlos soltou um grito de satisfação p correureligiosas; ouviu-so medonho estampido; a .abnurse o deixou ver p céu (Iluminado pelos fralos do dia qua despontava'.

- O zimborlo, q'ue servia de docel no altar, 1 cal.bem sülsro.o.còro,. eitepultou-o sob um mqntã-nas. ..

'. •,(• .....Carlos,'que"levava nos braços a primeira •

que encontrara, poude ainda escapar.Ninguém :mais; sahiu vivo daquelle .catacl |

pedras cahidas de mais da cem pés ds altura.

tra,M Dmha.l

Nem um gemido sahiu daquelle sepulchro, qne engo

lia vivas mais io quarenta senhoras, na maior partejov.ons.bellfs, e dotaMs com tudo que pode dar a natu-reza e a ediioçáo. ,

Carlos. <kira-'de pé, parado, assombrado, apertandode encontro ao.peilo aquella què; por milagre salvarair. t-,»(lo>ilni morte, e a quem nem sequer tinha visto o

rosto. O doator a Flor-dos-Bosqnes conduziram Carlosuarafó.i a% egreja. Era lempo. O ei m bre do teclo não

poibi 1/nl.i resisti^ e cahiu com-raormo estrondo. Naf»*era tnflVrniias, confusão, e dôr. t'¦•'O-ii-ii-ior

Flór-dos-Bosques a Carlos, carregando com•o fardo, chegaram á Plata Matjor. _

'

;enos que a torra se não .abrisse, havia menor

;,.irque estavam muito distantes dos edifícios¦ rcocavam. .. ; . . . , .

aquelle ponto da cidade servia de refugio

;ados quo sorprehendidos adormir a nus po-,, ifejlvar o corpo. .-•;'-,-•, „

madro horrível, Impossível,de descrever. Usoi) filiam por toda a parte, enterra continuava

se''iivlam gemidos dos feridosj- 'ais dòs-moribirn-

: ua gritos de afilicção cruzívam-se com as impre-í caijõe»,, .mUlurado tudo como barulho dos'de.s.abainen-

I \é. 'Vias diHmaçõss subterrâneas. u òJjj;iór/IJ":5Volhaioi-;dliiigrenhadss corriam por antro a turba,om büsrtá dos filhos perdidos ou mortos; homens Ioút

i-i ws;do raiva procuravam as esposas e as mães.Algu-in, não encontrando outra sabida precipitavam;

' •'.() *lto das janellas e vinham despedaçar-se na cal-

ada abalo ouviam-se novos baques, gritos de ari-

.-.ii agonia, rugidos.-de'cólera, invocações a

irWoseslorciam-se pediiidó água, que se lhes

loçi|UiifnfrsI ütirtin

¦ Er.a ¦<

! eJiU.cloi

'

-Ia,A

gnsli

isj i\Ro podia dar, todas as fontes tinham seccado,'

j Ü.nol, que despcntava'-no hofisonte, allumiava estal.Ufln-j jaíai d; lifinetrante horror. 'le roir |. fjitipn, fgomo se iião.'bastassom tantos males appare-

!csu iiijivo perigo. ,, -?',.,', -, ,il6ÍtisiÍc;"'!íiiria líiãs qua chegara a Porto de Hespanha um tou-

-•jtíl(òiíótii%itia duzii de toutos, escolhidos entre os

«a dai mais fortes è bravos. • '.„ íf

1 ih linimaes, apanhando-se á solta, por caqsa do tre-

mor da terra, furiosos com môlo, corriam pela cidade,

perseguindo, matando, pisando aos pós, os infelizes queencontravam no caminh.0.

0 rugido dos touros, a bulha do sen correr enfureci-do, augmentaya ainda o terror e a consternação que jánão tinham limites.

Fugia a razão a todos... Carlos o os dois companhei-ros, empurrados pela turba que fugia deante dos tou-ros, tinham ido parar á rua da Marinha.

Ditraz delles resoou um grito de alegria, Mabarec edois caraibas encontravam o homem que tinham pro-curado por toda a cidade.

0 gagelro eslava pallido, e tinha o rosto inundado dílagrymas,..

—O meu commandante... disse elle sem poder con-cluir a phrase. '

0 tora em que disse aquellas duas palavras revelavabam toda a alegria, e dedicação do marinheiro.

Carlos esqueceu tudo, e sentiu agitar-se-lhe a almainteira. ' ¦, . .

—Para o cáes I disse Mahurec. Talvez que ainda pos-samos fugir.... .. Desgraçados 1 nem o mar oílerecia seguro asylo.

Por duas vezes, a maré havia fugido, deixando osnavios em secco; depois, voltara com fúria o encheraalguns dos navios que não tinham podido susler-se di-reitos duranle a ausência da água. A fragata Inglezaescapara á catastrophe. i . -

—Para o cáes I para o cáes) repetiu Flor-dos-Bos-

quês, quo não perdera a heróica tranquillidade em pro-senÇa da tamanhos desastres. Ü|

-Pega nesta mulher I disse Carlos, entregando a Ha-hurec, o corpo que trouxera nos braços.

A mulher voltou a si ao passar para as mãos do ma-riiihelro. Carlos viu-lha o roslo. . ,¦ —Mlss Mary I disse elle, admirado.

—Sir Ewosl murmurou a ingleza. Dever-lhe avida... duas vezes... a semelhante homeml... Quevertonha! •, i'Mahurec corria para o cães com a miss ao çollo. Car-los o doutor e Flor-dos-Bnsquos segniram-o atravézdas'ruinas qua lhes embaraçavam o caminho.

• '-'(Continua.)-

Page 2: æ ¦»-¦¦. i æ² —• r !' •¦'¦'r * , ,' ,t' SDiréctor òa ...memoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1868_03572.pdf · ANNO XV Snbsorsvese no eseriptorio da typographia Imparcial

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)RREIO PAULISTANO

Eis tudo o qne contou o pai Francisco no ioterroga-tono, concluindo por dizor quo achava-se preso por terdado o tal exemplo em sua casa, (isto é, os dous tapas).

As testemunhas, porém, que juraram no processoapartam-se completamente da opinião do mostre Francisco,

D zem por exemplo, quo olla não dava de comer 4sua mulher, que via-se morta do fome.. (Isto lalvesfosse na quarosma, quando a igreja manda'que sejejue). Que as vozes que deo na Iteglmlda era a pontode atiral-a ao chão o pisal-a aos pés.

Uma das testemunhas chegou até a dizer quo aspancadas eram de instrumento duro, o qua o réo con-tinuamenta lavava sua mulli r.

E' para notar-se qua estas tsstemunhas «So nmasúcia do africanas livrei, a outras mulberes'com metadedas quaes o mestre Francisco declarou ostar Intrigado,principalmonta cora uma Marina, sui comadre, de quemtinha especial birra.

Na formação di culpa o réo declarou que dera emsua mulher, é verdade, mas eram pancadinhas deamor, por que um marido podo brincar com suamulher.

Um jurado casado quando ouvlo islo dica logo —brinquedo de lapas não admillo.

O sr. dr. promotor dizendo que o processo erasimples, foi podindo, para pedir alguma coisa, a penado gráo máximo do art. 201, por que o brinquedofoi revestido da circunstancia aggravanto de superiori-dade de sexo. —-*

Tomou a defesa do réo o acadêmico do quinto annosr. Azevedo a Souza, moço bem fallánto, que negou ocrime, dizendo que o negocio não passava de umacorrecção domestica, e. ferrou um pouco no proessopor qua não cabia acção nllicial.

Depois de feito o resumo dos debates, o conselhoontrou para o quarto das rellexões, sahindo do lá meiahora depois, trazendo a condeninação do mestre Fran-cisco no gráo minimo do art. 201; o que prova que osmembros do conselho também não gostam de brinque-dos de tapas.

Ora muito bem, mestre Francisco, vai vocò ficar nacadéa esle mez e meio, a pensar que fez uma grandeasoeira em brincar com a tia Reginalda pola forma porque o fez; mudo de systhema, e verá que não lhe ha deacontecer mais destas.

Nesta época de progresso, a do estrada da ferro, nãose usa mais brinquedos da tapas, brinca-se com outrascoisas.

O Relógio ba Assembléa.

ies

No tranze doloroso, porque estou passando, com ofallaciuiento de meu presadissimo pae o conselheiroCldiuente Falcão de S.iuza, emendo que é do meudever nào retardar por mais tempo o manifesto dogratidão, que devo a iodos os meus amigos e aosüo meu finado pae pelos serviços que nos ufforece-ram a prestaram durante a moléstia dello a por oc-casiâo dn seu passamento,

Nas alTlxções deste mundo é sempre um confortovermo-nos rodeados de pessoas que compartem asnussas dorose nos ajudam a sulírer. Mas quanioiaeaobsrquios nos sao feitos por amor de um dos ent-smais carus, que tinliimos sobre a terra, e da quema morte nos separou, parece que o favor é tamanhoque nada mais o poderá compensar.

Nesta estado de sentimento so acha hoje o meuiiurnçSo. Hordo do mata poo a gratidão, que «liodevia aos amigos que o visitaram durante a sualonga enfermidade e assistiram-lhe no lolto de do-res alé o seu ultimo gemido. Devo-lhes eu os mes-mos serviços, e mais ainda os prestados ao seu ca-daver e á sua memória, além dos que eu próprio re-cebi. E' uma dupla responsabilidade.

Não posso, nem devo designar a ninguém peloseu nome, por que muitos são aquelles quo me dei-xaram penliorado por seus favores. Exprimo en-tralanlu uin voto de profundo reconhecimento ásn: iai-,,.fns dos tres jornaes diários da capital, qua tãoj-nevolus se mostraram para comigo, o tanto hon-

!l iram a memória de meu pae.I S Paulo, 1." da Halo de 1868.

Dn. Clemente Falcão de Sousa Filho.

~~~" Mal Ti*'

o que oe cucai-

ta dá-se

—cada-

ma o omcheira adefunto

Impressões rápidassoTbro a

CAPELLA POÉTICA

Ao deparar com a noticia da publicaçãoda—capella poética— mandei pressurosocomprai'uni exemplar.

Sou doudo por poesia ; representa paramim esse gênero de litteratura um verda-deiro jardim.

O titulo pois da—Capella poética—dis-pertou-níe a attençao, não só porque viaahi as minhas predilectas flores, mas ain-da, via-as entretecidas, formando uma ca-pella, emblema dos anjos e donzellas.

Assim que o portador me trouxe a bro-chura atirei-me a ella como gato a boles.

Vinha bonitinha; capa rosada, formatosympathico, magra de folhas, evaporosaem peso.

Abri-a ; li o frontispicip e passei á pa-gina que servo de prólogo. E' comigo ;sou obrigado a ler quanto me cheira a ca-vaco, ainda mesmo aquelles que se pare-cem com cavacos de madeira.

Diz ahi.o autor, entre muitas cousas: —« A collecção deproducções sabidas alu-« me, á consideração do publico; não pre-« hVnc.be as vistas iílustradas, com a bre-« vidade e escacez da mesma etc. etc. »

As poucas linhas acima deram-me nogoto ; não as entendi ; e é isso que apre-cio ; sempre que leio alguma couza queentendo' classifico-a logo de asnatiea; épreciso não comprehouder para achaibom. O prólogo pois, da—Capella—ócouza por ahi alem ; todos os prólogos de-viam ser assim.

Romata o cavaco a promessa* .'revê do—Universo—que o Sr. Guimaràj a' vae lo-go dar ao prelo. . V

Assim, estamos ameaçados í'e ter umuniverso dentro do que já conhecemos :vae haver condido universal. }¦•

Parece que o Snr. Guimarães começa oseu—Universo —descrevendo as-ninliocase finalisa entoando hosanhas po cânticodos grillos.

Na pagina immediata enconvra-so umartigo om prosa, montado do stjuinto ti-tulo, em lettra garrafal:—a Luá,

Dá-se abi a entender que o Si". Sebas-tião de Barros ó o arrabalde dn Luz, o oauthordiza propósito couzas ''"abolioassobro dous gigantes bumidos c i aa espa-da de fogo.

Esta pagina da Luz é precizo lérde abai-jour, por que faz cegar tanto explendor dehumidados electricas nascido '-'âquellealcaçar das sciencias.

Voltando folha encontra-rse \ni frag-ííionto da<-Deosa de Apollo—,, ..?«7CCP.que este fragmento devo ser algum ossoda libia da Doosa.

Devo notar que nunca ouvi fallar de si-inilhante divindade, mas acreeliauthor divinisou alguma D. Tecloxou-a na familia de Apollo.

Percorrendo a pagina immcdide frente com umas seis estroplnjs intituladas- Tudo passa.

Tudo passa—K'' uma mistura dveres, espadas, lanças, sangue, rrjnrtalhalde envolta com Cores arreiando-sa do bríIhantes. E' preciso confessar qjle' cousaalguma d'estas se vè passar.

Mesmo assim ó bem bonitoProseguindo, encontra-se umas quintilhas, que assim'foram baptisadas:—Es

te viver.Esta poesia é em parte marit

outra cadaverica; na primeiraalcatrâoe na segunda tresanda ;que é um Deos nos acuda.

Segue a—Este viver—um—Fragmento—O Snr. Guimarães dá a pichuleta j)or frag-mentos.

Ü sobredito—Fragmento— é um amai-gama de osculpturaes lavores, bustos dealabastro, decretos, pragmáticas e orde-nações.

Esta combinação dos bustos com as or-denaçòes é de effeito surpréhendente!

Nunca se vio cousa assim.A poesia termina desalentada de uma

vez; o poeta fica incrédulo quo causa dó.Coitado,

Passa em seguida á —Abolii,^o-+ idéagrandiosa que o Snr. Guimarães tratk coma maestria que lhe é própria.

Fronteando a—Abolição—pairam osnunca assaz foliados —Cadafalsos—i

Isto sim ! isto é que ó cousa de eternasluminárias I aqui o poeta espremeotodo oseo engenho e sahio obra fina.

Encontra-se nos cadafalsos tudo isto :Maquinas tenebrosas, hediondos espan-talhos, negros cadafalsos, açougues de-testaveis, apparelhos das trevas dos a-bysmos rebocados, corraes de mortan-dade e continua-se a talhar mortaes. »E' uma poesia que faz tiritar de frio;

arripia os cabellos e assusta ao mais au-daz.

Isto sim I Não ha dinheiro que paguesemelhante trabalho INesta poesia ha matéria para enternecer

os próprios bacalháos.Segue a esta epopea anão menoE bella

—Tribunos—; que é como todas as con-cepções do Snr. Martins, fecunda em :—« palavras inílaminadas, meteoros, astros,« pbaróes, » e um cento de cousas lumi-nosas desde a vela de cebo até á luz elec-trica.

Lô-se depois—As invectivas— que éuma verrina amarga ás chronicas de Ro-ma; diz-se mal de Mafoma, dos Pharaós eseus parentes, poem-se a calva á mostradas bibliothecas; apregoa-se a pedantariados tridentes ; impinge-se gato por lebree assim por diante á queima roupa. Veraá baila o ribeirão oncíoacado irüs dialo-gos do dramaturgo ; largam-se patadas atorto e a direito sem ver-se do oriente oprimor, o sem o quinhentismo do ocei-dente.

Caramba! estas—Invectivas—devem teramolado consideravelmente a humani-dade.

Se o.poeta faz outra igual dá cora omundo de pernas para o ar.

A isto é que se chama ura verdadeiro—pucho.

Os-Cadafalsos—é boa cousa mas as—Invectivas—tem apresentação de armas I

Não padece duvida IChegamos ao fim do livro.E' o titulo da ultima poesia—a Lua !—Começou o livro pela—Luz—e acaba pe-la-Lua—isto é tem toda aclaridade pelosextremos para que o centro seja ilíuini-

nado.

Que rapaz IDa—Lua—diz o poeta quanto aluamenlo

sentia na occasiâo, chama-â de —« pere-« grina melancholica; » que mora n'ujma egreja aérea ( o não falia do sachristãodá dita j ; « que é rainha das constellaçõesenamoradas ; e que vòa de polo apoio noaéreo e profundo do infinito mundo. »

A LuadeLondres de J.deLemos levou-ao Diabo I A Lua da —capella— acaboucom todas as luas, e por conseqüência comas noites de luar.

Palavra ! o livro custou-me dez tostõoslmas dou-os por bem empregados e gosteitanto que vou mandar comprar outroexemplar I

Tenho visto cousas de encher olho, masa—Capella— enche os dous e se houves-se tres lá chegaria.

Boa noite, Snr'. Martins.UM SEU ADMIRADO»,

'íí"í».-."v.»I ilo jury

No julgamento dn processo do africano livra Francis-co Cabinda. off-recido áconsi lernçáo do jury na sessãode 30 do mez passado, deo-se uma grossa nullldadé—acnndiimiiacàii illicita o ellèjlàl dn re», por que nilo cabianaquelle processo a acção offieial da justiça, segundono próprio tribunal declarou osr. dr. juiz de direito,sou presidente.

Como consenlio o sr. dr. que so procedesse a um julgimonto que nrcuiamcnle declarou menos cabido'!!..

Depois do julgamento, por qua nào houve appollaçAopor parte ,la jn-liçi oITicial?

E a defesa por que náo appcllou da condemnaçSo de-clarada illrg-1 pelo próprio juiz?

Por ser o réo um mísero ha do ficar sancclonado polosllenr.io semelhante engano?

Nilo bastam os enganos que favorecem potentados?O.CLAMOR PUBLICO.

Abertura do um certo .Tu-ry, o sou encerramento

comnão pequeno es-candalo

Foi, de pouco, remettido d'estn capital parauniu cerla cidade, um réo para sor julgado nosjurados. O réo chega lá no (lia da abertura, pe-Ins 11 horas fia noite cm terra pequena, aondetudo logoconsla, e se sabe: pois quando ama-nheceu o dia seguinte, apresentaram-se os ju-radns, e o seu presidente, não para julgar umréo, que linha andado umas boas 20 léguasem busca de juizes, mas para se lavrar á pres-sa uma acla para se dar a sessão por encerrada,por fulta de réos presentes. Não se declara, onome do juiz de direito, que tal praticou; es-perando-se, que não mais repita o fado.

Capella Poética0 sr. Guimarães nüo deve deixar esfriar a

veia abundante que manifestou nas suas pro-ducções da capella.

Nós o emprazamos para, dentro de 15 dias,dar-nos qualquer outra cousa Poética; mas queseja digna do Ramalhele, do Hóquei, e da no-visBima Capella.

Se não cumprir nossos ardentes desejos ficapor tuna vez privado de nossas sympathias.

A classe eaixeiral

SS&84S!»-

Chegada.

E' chegado entre nós o amigo Joaquim de Sruza Ma-cedo, vindo ulíimameiiti de Sintos ; os seus amigos ofelicitam por tào feliz chegada. 2—2

Estrada de ferro

Alé quando irão ns necessidades interinasdo serviço da via'férrea ?

Haverá in lento de fazel-as chronicas. _0 povo juiz.

2=2—aTTf^—"^

que residem nas pescarias, os quaes os colhempara esle fim, os ligados são do peixe mais fi-no que se colhe nos bancos da Terra Nova.

D'elles se exlrabe o óleo em quanto eMãoainda pcrfoiiniurnte frescos, c depois de conclui-da a operação, torna-se lão transparente comoâmbar ou crystal.

E' o melhor especifico moderno no seu esla-do mais ellicaz, h não tem igual nos cnsos dctosse, resfriamentos, nstlinin, anginas, infionia-cão dos pulmões e bronebios, debilidade, em-magiecimeiilo, e todas as mais enfermidadesque lerminão em lisica, ou na alíeoção ttiber-culosa confirmada do bole.

A. Batalha da vidaE maximij da guerra o assaltar o inimigo,

antes que este tenha tempo de cone mirar assuas forças para o ataque. O mesmo é applicn-vel na lucln diária com as enormidades. Seliem qne a Salsaparrilha de Bristol, antugonis-ta, á que poucas moléstias mortaes «-iodem, re-sjstir,—leva ã cabo a sua obra curativa e rogo-iiei-ndora, muito mais depressa quando cila éusada logu no começo da moléstia, do qnequando esta já se acha enlranliada no systema.

As escrol'ulas*(|iie não se teem arraigadoprofundamente nas carnes, ou atacado os ossos,se desvanecem como por um encanto sob a suamágica inlliicncia; suecedendo o mesmo comas moléstias cutâneos, afiecção do figado, e dosintesiinos e rins, dyspcpsia, ncvralgia e rliou-matismo. Porém lenha se entendido, que, quan-do a lueta entre as faculdades physicas e b en-fermidade, cliegà á ponto de se tornar umabatalha entra a vida e a morte, tão terrível quãoduvidosa ao parecer,—a Salsaparrilha de líris-tol, pdde ainda assim mesmo, fazer pender abalança em favor do doente. O naufrágio dahumanidade encontra sempre uma ancora desalvamento neste hygienico auxilio. Acha-se âvenda em toda a parte do mundo nos princi-pães Lojas de Drogas.

DeclaraçãoPRAÇA DO JUIZO DE ORPIIA\OS

De ordem do illm. sr. dr. juiz de orphãosfaço publico que a praça dos bens moveis per-tencentes ao espolio do finado padre Mamedc"José Goines da Silva, terá logar no dia k deMaio próximo, ás portas da casa da policia eaudiências, ao meio dia.

S. Paulo 30 de Abril de 1868...O escrivão,

Manoel Eufrazio de Azevedo Marques Sobrinho3-2

IU«gw

mvrensa AcadêmicaConvida-se os estudantes do so-

gundo auno a comparecerem hojena ladeira de S. Francisco n. 6.

a

«Me» i uro medicinal «le liga-do «le BSacalIinu, sle 0,a«iaii«m

c lie tiiit»

Nns moléstias que conduzem á lisica não hatempo á perder-se com experimentações inúteis.

Ellas sao rápidas e as muis das vezes lataes.A tosse que boje se despresa, podo converter.

8en'uma semana- depois em uma Pneumonia-Bronchites ou Tísica.

Só existe um remédio para os casos agudosda moléstia pulmonar, quer ella seja chronicaou recentei . ., .

Tülé—easimo proclama toda a faculdademedica-o óleo extraindo do Figado de Baca-

Porém é mister que o doente esteja perfeita-mente seguro e certo que possua o remédioverdadeiro. ,. . , . „.

Se o mesmo fôr o óleo puro medicinal de I'i-gado de Bacalhau, de Lanman J Kemp o doen-tes nesse caso terá a melhor preparação possivedo pulmonico o mais seguro eellicaz que seconhece. ¦;•' ...

Lanman e Kemp empregao agentes peritos

1

O dr. Clemente Fa'cSo de Soiiza Filho,fuiiimamente grato a todas ><* pessoa» queacompanharam alô o uliimo jnziy > p cadáverdo seu esliiiM'lis3imo pae, n conselho ro dr.CTemèni') Falcão de Suuza, rogã-.lhes de novoo (bsequio de assistirem íi mii-sa do sétimodia, qu» pela alma do mesmo s<: ha da ceie-brar segunda-feira, 4 do coi'r,int«, as 8 horasda manhã na egreja da ordem terceira de S.Francisco.

—Io de Maio do 1868.

Cocos Cocos CocosQueijos beijos Queijos

Línguas LínguasGoiabada Goiabada Goiabada

Chá Café manteigaAlém dos gêneros acimo mencionados, ha

neste estabelecimento, um completo sortimen-to de todos os gêneros da terra e de fora, comosejam vellas de composição, ostras em latas,vinhos do Porlo, Lisboa e Bordeaux; cigarrosdo Descalvndo, chaiiilos, e lumo picado. Carnesecca nova que vende por atacado e a varejo.

Na rua do Commercio n. 35, onde foi a bo-lica do sr, Albuquerque e Granjo, , . ,g 8-r*

Page 3: æ ¦»-¦¦. i æ² —• r !' •¦'¦'r * , ,' ,t' SDiréctor òa ...memoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1868_03572.pdf · ANNO XV Snbsorsvese no eseriptorio da typographia Imparcial

"Í"CORREIO PAUU8TAINO 3

Vende-seCasas, terrenos, escravos, animaes, carros,

um hotel, ns seus pertences e um deposito demobílias o colxões.TraiQ-BC no mesmo deposito;'t rua do Imperador n. Gou du Esperança n, 5G.

/t—1

YRs. iOOUOOO

Fugio em princípios de Janeiro próximo pas-sado, aos abaixo uesignados de seu estabeleci-cimento sito em Jundiahy,rua do Commercio n.22 o escravo de nome Luiz, natural da Bahia,com os seguintes signaes, altura regular, còrmeio ftilla, sem barbn, pés pequenos, falia bemc é um pouco desembaraçado, o rosto redondo,consta ter seguido em direcção o ltú, Sorocaba,Porto Feliz e Serra Negra,termo de Piracicaba,levando comsign seguíijio dizem 2 passaportesfalsos,reunindo-se neste ultimo lugara uma tro-pa dai|U''llas imnicdiiiçõcs, por isso quem oaprebi-iider elevara eus senhores em Jumliaby,se gratificará conf ,rme acima decbuão. assimlambem si'ilaiá graliliraçãoaqoein der noticia*cerias, protestando-se com » ngi r da lei con-tra quem o tiver acotitailo. Jjtnlialiy 29 deAbril dn 1868;

Eugênio de Azevedo, Leal & Comp. 6-\

ÍOOXJOÒO rs7~De Pedro Vaz de Almeida lugio o seu escrovo

crioulo, de nonie P.uilo, de idade 26 annos comos signaes seguintes, prelo reiinlo, alt„, dei-"gado de corpo, olhos grandes, nariz chato,vcwas redondas, bons dentei, trás barbas com-pridns no queixo, bigodes rcgulares, tem umsignal de corladura de f.ica no dedo mínimo damão esquerda, é bastante prosa. Sabe ler eescrever, é bom domador, inclinado a fandan-go c sabe tocar viola.

Entre as roupas levou luim sobretudo de pan-no piloto, do côr arruivado.

Consta ter mudado o nome de Paulo para ode Loiirenç,!. Quem o prender e levar ao seusr. será gratificado com a quanlia acima meu-cionada.

Sorocaba 25 de Abril de 1868. 5—\

Padaria NacionalVende-se esle estabelecimento, ultimamente

montado, com todos os seus pertences perfei-tamcnle novos e bons,collocado numa excellen-te casa em bom lugar, com uma freguezia nobalcão de 25-2)000 a 30,2>000 rs. diários.

Com aulorisação da proprietária cede-se acasa a quem convier pelo praso de h annos,om oujo tempo não go poderá lovontnr oalu-

gtiel, - Esta casa está collocada n'iim lugar me-llinr possivel para este negocio, desde que bai-xem as farinhas como já e.slão baixando. Ven-de-se também na mesma casa, englobada ou se-paradamente, uma mobília completa em bomuso e todos os ulensilios de cosinba e maisobjectos próprios para uso de uma casa de fa-milia, assim como uma porçSo de barricas va-sias.

O motivo da venda é de ter o seu propiiela-rio de retirar-se deste logar, onde interesses deoutra ordem o chamam.

Vende-se tudo muito barato. Para ver ctratar na referida padaria, casa n. 2, canto daladeira de Santa Ephigenia, largo da rua Ale-gre. 10—1

Campinas IRUA DO CIMMERCIO N. 25 E 61 M

Joaquim Antônio Baptista e Costa,recentemente chegado do llio de Ja-'neiro com um completo soriimenlode fazendas grossas e finas, miude-zas, e bem assim lampeões e kero-sene para os mesmos, o qual vendemais barato do que em outra qual -quer parte, por alacado e a varejo, ádinheiro; deixo de mencionar ospreços, pois que o freguez visitandomeu estabelecimento reconhecerá averacidade do annuncio. 12—3

uns mmmmm.mmm A. L GARRAUXLIVREIRO DA ACADEMIA

SORTIMENTO ESPECIAL l/ARTIGOS D^SCUlPTOIÍfO, d'oBJECTOS DE FANTASIA, DE PAPEIS PINTADOS, DE LIVROS, ETC

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Manoel Ferraz de Campos Salles

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CAMPINAS 10-10

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Senhoras e23—RUA DA IMPERATRIZ--23

Nesta casa encontra-sec de todos os tamanhos.

Vende-se em porção e a varejo.No Rio de Janeiro, rua dos Ourives, 68

Santos, rua Direita 39S. Paulo, rua da Imperatriz n. 23.Campinas, rua Direita n. 17.

Casa de gire Irmãossempre um completo sortimento do calçados de varias qualidades

FUGIO uma escrava quasi branca, de cabel-los cortados, magra, pequena, baixa, tem osdentes da frente cariados. Gratilica-se a quema levar ria rua do Carmo n. 73 6—5

Ouro velho

í: -

oFerradoiNo largo da Memória, perto da ponte do Pi-

quês ferrn-se animaes com promptidão e cuida-do, alim de não serem os mesmos 'maltratados,salvo algum acontecimento imprevisto. 6—4

Capella Poéticacom esle titulo acaba o sr. José Joaquim Mar-tins Guimarães, de publicar uma limla collecçãode poesias; a sua já conhecida lyra, dispensa-nos exaltar seus brilliantfs talentos litterarios.

Vende-se nesta typographia a 1$U00 rs. oexemplar, ?0—$

Pratas e brilhantes, compra-se em casa deJosé Worms, rua Direita n. 23, S. Paulo. Namesma casa compra-se ouro e prata em moeda.Pügn-se mais do que em qualquer outra parte.

6— 5CATÜECISMÕ~BRASILEmÕ

I'or Cyriacu Antônio dos Santos c SilvaPara uso das escolas de primeiras

lettras de ambos os sexosAdoptado nesta província pela lei n. .l/i de

lu de Julho de 1867, e ua de S. Pedro do RioGrande do Sul, pelo respectivo conselho deinstrução publica.

A' venda no escriptorio do Correio Paulis-lano a 500 rs. cada exemplar. Em porções delüü exemplares para mais vende-se á razão de3Ü0 rs. cada um.

OURO E IP11ATARUA DO ROSÁRIO ESQUINADA TRA-

VESSA DO COLLEGIOCompra-se em moeda nacional ou estran

geira ; paga-se alto prêmio. 5 4UNGUENTO MOREL

Remédio maravilhoso para curartodas as chagas provenientes de feri-das, talhos, queimaduras, abscessossyphiliticos, frieiras, dentadas etc.

á 5$000 o rolo.Vende-se nesta typographia.

CORREIO GERALPor esta administração se faz scienle aos srs.

assignantes, que estando á lindur-se a maiorparte de suas assignaturàs, são convidados, avirem ou mandarem reformal-as para que nãohaja interrupção na entrega da correspondeu-cia.

Administração do correio geral de S. Paulo30 de Abril de 1868.

Felisbcrlo Conrado. 3—2

<C'-,'x

DR. E. L. M.° TYREItlcuico-ciriirKiào

EM CAMPINASTrata com especialidade as

moléstias de pelle e das viasourinarias. 30—15H ourinarias. 30—15 m

POR ALUGARAluga-se o sobrado da casa da rua

de S. Bento n. 54, contendo 2 salas,3 quartos; também se aluga a ca?ada rua do Commercio n. 1, contendo2 salas e 2 alcovas; para tratar napharmacia do Veado de ouro. 2—2

Leilão de dividasDe ordem do Sr. Dr. Juiz de Orphãos faço

publico, que na audiência de 4 do corrente mez(segunda ftjira ao meio dia na casa de policia)se fará leilão de todas as dividas acliv-is perten-cenles a herança do finado Joiío da Cruz Almei-da e Silva, as quês não livcrão lanços nas pra-ças havidas.

S. Paulo Io de Maio de 1868.O Escrivão

Januário Moreira.3-2

.DISCURSODE' ,

Hector jPlorencio VarellaNO

Congresso de paz em GenebraPreço 500 rs.

A' vpnda nn B»orintr,rio rio Cnrruio Paulistano.

A' venda nesta typographia. 10-9

iFÉíÉÉSÍde

Paulistana»i

ETimt cscviptorioConlendo calendário, computo ecclesiastico,

estações do atino, hora da partida e chegadados trens da estrada de ferro, preços das pas-sagens, lubella de carros de aluguel, partidados correios da provincia, tarifa dos portes decartas e jornaes ele. ele.

Preço—200 réis.A' venda no escriptorio do «Correio Paulis-

tano.» O abaixo astignado declara que perdeo hoje

o meio bilhete numero 4,11A da 22" loteriaconcedida a benelicio de Santa Leopoldina,contendo nas costas do inesmo bilhete o nomedo anmincianle; o que faz publico.

Sorocaba, 27 de Abril de 1868.João da Cruz Xavier de Araújo

2-2

Anncis oVerdadeiros, vindos em direilura de Paris.Chegarão a casa de José Worms, rua Direita

n.;25 ihti] Bü» (5-4

Page 4: æ ¦»-¦¦. i æ² —• r !' •¦'¦'r * , ,' ,t' SDiréctor òa ...memoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1868_03572.pdf · ANNO XV Snbsorsvese no eseriptorio da typographia Imparcial

I! rCORREIO PAULISTANO

§§-jf

fÊÊm

•v»

TRIÜM-PfiG BA

SCIENCIA MEDICA

rjliM!»jjijM!!j.jj.»jj»jMiijjj^ii»i^faBB^

II $h AI EXTBACTO' LIQUIDO I

iBâ^lllElâDE !'!,(.!

I»t^^i

PEITORAL oe KE1F,Em tempos modernos nenhum descobriineto ope-

rou maior revolução no modo de curar anlerioniien-te em vogando que o

PEITROALÍ)E

AnaealiuilaTANTO MO TRATAMENTO DA

Tr«.«ísc, fnnnip,intlmi», Tlilslcn,

fi Koutiuldílo, IScsfriwmcntos,Bronchttcs,Ttissc coiivulsn

Dores tle peitoExpectoraçf&o lie sangue

Como em toda a grande serie de enfermidade degarganta, do peito e dos órgãos da respiração, quetanto atormentam e fazem soffrer a humanidade. Amaneira antiga de curar consistia geralmente na ap-plicaçSo de vesicatorios, sangrias, sarjar ou applicarexteriormente unguentos fórtíssinioà compostos desubstancias visicantes, afim de produzir «ampollas^cujos differentes modos de curar, não faziãm;¥clí8o*enfraquecer e diminuir as forças do pobre doente,contribuindo por esta fôrma d uma maoeira maisfácil e certa para a enfermidade <i uesiíuiçaú Uiiiv.ta-vel de sua victimal Quão differentc é pois o effeitoademiravcl do

PEITORAL DE ANACAHÜITA

Era vez dc irritar, modificar e causarinauditos solFriiiicníos ao doente

Calma, modilica e siiavisa a dór.a

tei

^63 vam

albuqverqim mtmCura: todas ns feridas de máo caracter, as chagas, as ulceras,Cura p« eanqr03, pústulas, as ophlaluiias, ou Inilmmaçiío dos olhos.Cura o rheiiiiiiiííflinò '.-lironico, as orchiics os bubões, excresecuoiasilura as g'iniirrlt«5as dirunicas, as manchas esennis ou esbrnnquíçadasuirn as n üleslii Ia pe le, sarnas, dariros, émpingensCuia os tumores indolenles, Ínguas, pliimosis paraphimosisCura a inllammaçíio da hoeca e nariz, e piirgaçilo dos ouvidosCiiraemfim todas ns moléstias de mãos humores.

Venile-se esla excellente preparação na hotica dos autores, à rua do Ou-vidor n. 19. S.Paulo.

Na inesuiii casa vendo-se drogas as mais pcifcjlus, Vfridas'urnas cm direi-tura da Europa, aonde se acha um dos sócios, c òiííras ihis melhores drogariasdo Rio de Janeiro, o acham-se por isso nas circiitnstancins, nlío sd uV vende-rem pelos preços os mais rasoaveis, orno dc satisfazerem como produclos os'mais perfeitos; lambem boticas honucopathicas cm tinturas ou glóbulos, da casaViuva Martins.

S. Paulo 1.» de Fevereiro dc 1868. ' 25-10Albuquerque $ Grtinjo.

^TjB^Sjs

%

Hj THEATRO li S. JOSÉ' ;HfÉÉSl wmMb iàiMb í|NiW wÊÈÊtímMm8*

[Saã

'.:...Desenvolve o entendimentoFortifica o corpo

e faz com que o systeiflaDesaloje de uma maneira prompta e rápida até o

ultimo vestígio da enfermidade, üs melhores votosem medicina da Europa (os lentes dos collegios demedicina de Berlin) testificam serem exactas e ver-dadeiras estas relações analógicas, ou além disso aexperiência de milhares de pessoas da AmericaHespanhola,as quaes foram curadas com esie mara-vilhoso remédio, são mais que sufficientes para áus-tentarem o opinião do

Peitoral de anacahuitaDeve-se notar que este remédio se acha inteira-

mente isento de venenos, tanto minerae9, como ve-

getaes, em quanto porém, alguns destes últimos, e

particularmente aquelles que sao dados sob a fôrmade ópio e ácido hydrocianico, formam a base dam^ior parte dos xaropes com os quaes tão íacilmen-te sef tlganu a cetlulid^de do publico. A conposiçãode Aoacáhuita Peitoral acha-he linda e curiosamen-te engarrafada em frascos da medida de cercade meio quartilho cada um, e como a dose que setoma é só de uma colher pequena: basta geralmen-te a applicaçãp de um ou dous frascos para â effet-çtuação de qualquer cura.

I^™^i«

•OM.NGO 3 DE MAIO DE 1868

Si. (3 Ptecixa do assign.atu.ra

i.' Representação da comedia drama

GAIATO DE LISBOA sras

m ¦ i

Personagens ,O general. ....Aurelia sina irmã. .Fernando seu filho..José (gaiato). . . .Elisa, sua irmã.. . .Thèrèza, sua avó. . .Pahtàleão, procurador..Hilário, criado do general.Ricardo, criado do general.Üra criado

AdoresSr. José Victorino

D. BencdiciaSr. Joaquim Augusto

D. EuReniaD. JuliaD. BencdictaSr. J. Eloy

» Albuquerque» Soares» N. N.

§5

NsMp

Sendo este um dos dramas cm que a artista Eugenia Cama-ra lem recebido mais encomios da imprensa brasileira, nüo tinvi-dou iipresental-o ao illustrado publico de S; Paulo em quanto en-saia os excellenles dramas brasileiros «Miseráveis <> e « Magda-lena.

Seguir-se-ha a muito applaudida comedia ornada de mnsica

fáii para toda a obraFinalisa o espectaculo com o dueto intitulado :

O ESTUDANTE E A LAVADEÍRAcomposto, pelo distinctóípotjía brasileiro dr. Laurindo e desem-penhado pcloSàrtistas Eugenia1 Câmara e João Eloy '

;.;'ÊÍ)ll,ALi' Pdía delegacia de policia, ins^ctdta do llíeatro dc S. José,se 'faz

publico que ás obras dejSiíguWríçii no dito iheatro furamexaminadas, e julgadas oíTereceddo toda ii garantia de fortaleza eisempção de perigo algum.'' S. Pàtilo"26 de;Ahril de 1868.—Odelegado, F. M. de Souza Furtado de Mendonça.

Typ. Imparcial,