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AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ QUINTA-FEIRA 25 DE ABRIL DE 2013 ANO XII Nº 2838 PUB GONÇALO LOBO PINHEIRO PUB TEATRO QING PING Renovação pode custar 20 milhões PÁGINA 5 PATRIMÓNIO Consenso pela definição de uma cota altimétrica PÁGINA 3 DETENÇÃO DE JASON CHAO Director da PJ acusado de mentir PÁGINA 2 Ter para ler MOP$10 TROVOADAS MIN 22 MAX 25 HUM 80-98% EURO 10.1 BAHT 0.2 YUAN 1.2 PUB Filhos de Neto Valente e Leonel Alves querem ser deputados O meu papá é mais rico do que o teu Assumiram vontade de poderem ser, no futuro, candidatos a deputa- dos da Assembleia Legislativa. A Associação dos Jovens Macaenses, liderada por Duarte Alves e Jorge Valente, mostrou intenção de chegar alto nos desígnios da política da RAEM. Contudo, a vontade está a criar anticorpos na sociedade. A Novo Macau já veio dizer que uma possível eleição servirá para “usar o dinheiro para comprar direitos políticos”, enquanto que o jornal chinês Son Pou fala mesmo em candidatos de “classe alta”. PÁGINA 2 E EDITORIAL SANDS TROUXE O MUNDO DA INVESTIGAÇÃO FORENSE CENTRAIS VENHAM MAIS CINCO (SÉCULOS)

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Edição do jornal Hoje Macau N.º 2838 de 25 de Abril de 2013

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Page 1: Hoje Macau 25 ABR 2013  #2838

AgênciA comerciAl Pico • 28721006 D irector carlos morais josé • quinta-feira 25 de abril de 2013 • Ano Xii • nº 2838

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Renovação pode custar 20 milhões

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Consenso pela definição de uma cota altimétrica

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deTenção de jason chao

Director da PJ acusado de mentir

página 2

Ter para lermop$10

Trovoadas min 22 max 25 hum 80-98% • euro 10.1 bahT 0.2 yuan 1.2

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Filhos de Neto Valente e Leonel Alves querem ser deputados

O meu papá é mais rico do que o teuAssumiram vontade de poderem ser, no futuro, candidatos a deputa-dos da Assembleia Legislativa. A Associação dos Jovens Macaenses, liderada por Duarte Alves e Jorge Valente, mostrou intenção de chegar alto nos desígnios da política da RAEM. Contudo, a vontade está a criar anticorpos na sociedade. A Novo Macau já veio dizer que uma possível eleição servirá para “usar o dinheiro para comprar direitos políticos”, enquanto que o jornal chinês Son Pou fala mesmo em candidatos de “classe alta”. página 2 e ediTorial

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Jason Chao Contraria PJ

quinta-feira 25.4.2013política2 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

Jason Chao acusou ontem Wong sio Chak, director da

Polícia Judiciária (PJ), de “alega-damente ter mentido aos deputados da assembleia Legislativa (aL)” sobre a detenção do activista e presidente da associação novo Macau (anM) na Torre de Macau, aquando da visita de Wu Bangguo ao território. Jason Chao diz mes-mo que, de acordo com alguns cidadãos, teme-se que as autori-dades de Macau actuem como a PIDE portuguesa.

numa carta entregue a Ho Chio Meng, procurador do Ministério Público, Jason Chao assegura que é mentira que não tenha sido cooperante com as autoridades e também que a câmara que lhe foi devolvida – depois de lhe ter sido confiscada – não foi devidamente selada. Chao diz ainda que não estava a distribuir panfletos – a jus-tificação que levou à sua detenção -, até porque isso “seria incompatível com o papel de jornalista que estava a desempenhar”. Recorde-se que Jason Chao sempre assegurou não estar no papel de activista, mas sim que estava gravar a acção de dois activistas – que distribuíam panfletos – para a publicação da anM, a Macau Concelears.

na carta, pode ler-se que Wong sio Chak acusou Jason Chao de recusar entregar a câmara de vídeo à PJ para inspecção técnica – que Jason Chao define como “violação

Detenção de Jason Chao Entregue carta ao MP que acusa director da PJ de mentir

Polícia de Macau “como a PIDE”

Na carta entregue ao MP, Jason Chao refuta, em cinco pontos, as declarações das autoridades. Transcrevemos aqui um resumo da carta.

1 – Chao passou 10 horas no edifício da PJ do Cotai, no dia 4 de Março, sem almoçar, para ser interrogado por um investigador da PJ. A acusação de que Chao não cooperou é infundada

2 – Nas declarações de Chao, foi dito que, apesar de ele ser o presidente da Associação Novo Macau, não tinha autoridade para entregar a câmara de vídeo à PJ. O pedido deveria ter sido feito por escrito à associação – a dona da câmara. Mas não foi feito, até agora, qualquer pedido à ANM.

3 – De acordo com a Lei de Combate aos Crimes Informáticos, o acesso à câmara de vídeo de Chao sem consentimento é crime.

4 – Wong disse que a câmara foi selada num saco de provas, mas Chao diz que câmara não estava selada quando lhe foi devolvida.

5 – Fotos de imprensa indicam que estavam polícias a filmar na altura da detenção. A menos que Wong possa comprovar que Chao tinha consigo panfletos duvidosos, através dessas gravações, as acusações da polícia devem ser retiradas. Jason Chao reitera que era incapaz de filmar e distribuir panfletos ao mesmo tempo.

aL Jovens macaenses assumemintenções de candidatura... no futuro

O fruto apetecido

de dados” – e ainda que Wong terá dito estar confuso com a não--cooperação de Chao.

o activista recusa as acusa-ções feitas pelo director da PJ, que, na passada quarta-feira na aL, quando o responsável frisou que as autoridades receberam “informações que apontavam para a distribuição de panfletos duvidosos” por Jason Chao e outros dois activistas, que estes se recusaram a “terminar as suas actividades” e ainda que Chao se recusou a entregar a câmara à po-lícia, prejudicando “gravemente a

realização normal de investigação e o esclarecimento da verdade”.

Chao assume estar “magoa-do” pelo tratamento dado pela PJ e pelas suas mentiras e com-para as autoridades de Macau à PIDE, a polícia que actuava no Estado novo português. “alguns cidadãos que apoiaram Chao mostraram ter medo de que as autoridades de Macau actuam mais como a PIDE.”

Jason Chao pede ao MP que examine as provas apresentadas e que “traga os criminosos contra os Direitos Humanos à justiça”.

Andreia Sofia [email protected]

DEPoIs de assumida a intenção de candidatura à Assembleia Legislati-va (aL) num futuro in-

certo, durante um debate na TDM, a associação dos Jovens Macaenses foi alvo de críticas e chacota nas redes sociais. numa página dedica-da à reforma política no Facebook, scott Chiang, vice-presidente da associação novo Macau (anM) chegou mesmo a tecer comentários face à “capacidade financeira” dos dirigentes da associação e que uma possível eleição servirá para “usar o dinheiro para comprar direitos políticos”.

Por sua vez, um colunista do jornal Son Pou comentou que os três membros da direcção perten-cem à “classe alta” da comunidade macaense e que, como é difícil obter votos, “desejam o cargo de deputado nomeado”.

a polémica parece estar insta-lada depois da posição assumida por Duarte alves, presidente da entidade, que recentemente foi um dos convidados de um programa dedicado à história do sistema po-lítico, da responsabilidade do canal chinês da TDM, onde o assunto foi

O presidente da Associação dos Jovens Macaenses não põe de parte uma possível eleição para o hemiciclo, mas não para já. “É um trabalho que não é feito em cima da hora, que leva oito, dez ou mais anos”, assumiu Duarte Alves ao Hoje Macau. Jorge Valente diz que não pode “negar nem confirmar”

abordado. “Ela (jornalista) pergun-tou como é que víamos uma futura participação da nossa associação nas eleições. a minha resposta foi que é um trabalho que não é feito em cima da hora, que leva oito, dez ou mais anos”, explicou ao Hoje Macau.

Duarte alves considera ainda que “para preparar alguma coisa para a aL é importante, mais do que tudo, representar as vozes de Macau, porque é o lugar onde se

discutem os assuntos mais impor-tantes para o desenvolvimento de Macau”.

Questionado para uma pos-sível candidatura ou nomeação para o cargo de deputado, por parte dos membros da direcção, Duarte alves considera que “é muito cedo para dizer”. “será fruto do resultado e do trabalho (desenvolvido actualmente). não sei o que vai acontecer daqui a oito ou mais anos.”

“Perguntaram-nos ainda como é que víamos um macaense a ser nomeado. a minha resposta foi que o mais importante, quer uma pessoa seja eleita por via directa ou por nomeação, é ter apoio e poder representar as comunida-des de Macau”, explicou o filho do actual deputado Leonel alves.

Também ao Hoje Macau Jorge Valente, igualmente membro da direcção, apenas disse que “não pode negar nem confirmar” quanto

a uma futura participação política da associação. “Ficaria mais pelo sem comentários”, acrescentou, sem antes explicar que “cada indi-víduo pode participar da maneira que achar mais correcta”.

Para o filho do advogado Jor-ge neto Valente, também ele um antigo deputado, “a participação (eleitoral) passa por ir votar. Foi falado (no programa) que a parti-cipação passa por começarem a ir todos votar”.

Duarte Alves Jorge Neto Valente

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Rita Marques [email protected]

A altura dos prédios nas áreas periféricas às zonas de protecção tem de ser definida.

Isto é ponto assente. Até porque o Farol da Guia já foi prejudica-do pela falta de legislação que

É claro para Governo e deputados que têm de ficar expressas as razões para a não

renovação dos contratos com os promotores. Ou seja, depois da primeira concessão de arren-damento por 25 anos a renovação automática por 10 anos está sujeita a um novo conceito: o interesse público relevante. O mesmo estará expresso numa norma aditada à Lei de Terras, analisada pela 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL). “Tem de haver normas que permitem ao Governo fazer isso. Creio que isto não vai ser feito abusivamente (...) só quando houver interesse público rele-vante é que pode o Governo não renovar o terreno e indemnizar os interessados”, explica Kwan Tsui Hang.

A presidente da Comissão dá alguns exemplos. “Se não conseguir construir um túnel é indispensável, e só nessa situação é que vai fazer falta e não apenas a abertura de uma via pública. Ou seja, o interesse é muito grande.” E mais, se por exemplo, depois de

edificado não for utilizado durante muito tempo ou estiver em estado degradado então o Governo terá esta prerrogativa.

Mas, ainda assim, admite o conceito é “vago” e “abstracto”. “Há ou não há um con-senso sobre determinada matéria ser ou não ser de interesse público. Por exemplo, numa crise económica para atrair mais investidores que fomentem o desenvolvimento económico isso pode ser de interesse público mas com o passar do tempo, com o desenvolvimento económico dos dias de hoje já não podemos favorecer os investidores. É por isso que em diferentes épocas a interpretação à cerca desse termo é diferente.” Por isso, a norma permite ao Governo consagrar um poder bem como uma restrição para não utilizar de forma abusiva a não renovação dos terrenos.

IndeMnIzações aos pRopRIetáRIosPor outro lado, indica Kwan Tsui Hang, haverá lugar a indemnizações aos pro-

prietários no caso de “interesse público relevante”. Embora o cálculo sobre as mesmas ainda não tenha sido discutido, estará também expresso na lei. “A propos-ta não diz nada sobre o cálculo. Quanto à expropriação sim. Há uma lei própria. Mas desta vez, discutimos apenas os critérios embora o Governo também tenha falado nalguns valores mas a lei não expressa quanto. Ainda não iniciámos a discussão sobre isso”, avança a deputada.

Para já, apenas ficou assente que nos casos em que o promotor não cum-pre os prazos para o desenvolvimento da concessão, primeiro é emitida uma advertência, depois, se persistir o in-cumprimento, o Governo pode decidir aplicar multas e, finalmente, se ainda assim nada mudar num prazo de 150 dias, o Executivo pode mesmo declarar a caducidade da concessão e recuperar o terreno. - R.M.R.

Pedida garantiagovernamental para casamataO deputado Paul Chan Wai Chi entregou ontem uma interpelação escrita ao Executivo onde questiona novamente o projecto da casamata de Coloane e as garantias governamentais que serão colocadas nele. “Na época sino-portuguesa já tinha sido aplicada a politica para ter Coloane como uma zona de protecção ambiental, e após a transferência de soberania o Governo da RAEM deveria ter dado mais atenção à protecção ambiental.” O deputado falou ainda do projecto urbanístico ao lado da casamata, incluindo a parte da montanha. “A lei do planeamento urbanístico ainda está a ser discutida, e se durante esse período o processo de aprovação do terreno for rapidamente concluído, com compensações ou substituições de terreno, será uma injustiça e só trará sérios danos aos interesses gerais da RAEM.” Paul Chan Wai Chi pede, por isso, garantias que não existam quaisquer compensações ou substituições de terrenos. - C.L.

Raymond Tam prometeuolhar pela lei dos animais Ng Kuok Cheong, deputado da Associação Novo Macau (ANM) exige, na sua interpelação entregue ao Executivo, que seja entregue na Assembleia Legislativa (AL), ainda este ano, a proposta de lei para a protecção dos animais, apesar do chumbo da proposta do deputado José Pereira Coutinho. Ng Kuok Cheong afirma que, em Janeiro último, Raymond Tam, presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) lhe garantiu que iria tratar da legislação, bem como criar um registo dos veterinários e um sistema regulador para os hospitais de animais, mas que, até ao momento “nada aconteceu”. O deputado pede ao Governo que acelere todos os processos este ano, e que realize uma consulta pública junto do sector com os veterinários e restantes funcionários, a fim de preparar o trabalho para a legislação. - C.L.

Questionadas políticasde empreendedorismo juvenil Chan Meng Kam e Melinda Chan questionaram ontem o Executivo quanto às suas politicas para o empreendedorismo juvenil. Melinda Chan não questiona o limite de idades, ao contrário do seu colega de bancada, mas quer saber mais detalhes sobre o regime de empréstimos gratuitos nesta área. A deputada frisa que, no ano passado, o Chefe do Executivo anunciou nas Linhas de Acção Governativa (LAG) que o empréstimo iria até as 300 mil patacas, com um prazo máximo de reembolso no valor de oito anos. Melinda Chan questionou quais os padrões adoptados pelos membros da comissão fiscalizadora, e exige que não sejam criados muitos obstáculos para que não se “mate o entusiasmo empresarial dos jovens”. - C.L.

Lee Chong Cheng fala daqualidade do ar nos casinosNa última semana os Serviços de Saúde de Macau (SSM) publicaram os resultados dos testes de qualidade do ar nos casinos face aos primeiros três meses do ano. Os resultados revelaram que dos 44 casinos existentes, 28 violam a lei anti-tabaco. O deputado Lee Chong Cheng disse na sua interpelação escrita que os resultados não reflectem a situação real, porque os pontos de teste não são nas zonas mais graves de fumo nem no horário com maior funcionamento. Lee Chong Cheng questiona, assim, o trabalho de controlo por parte do Executivo e pede que seja garantida a saúde dos funcionários do jogo. Pede uma revisão da legislação, bem como dos diplomas para as zonas dos fumadores e de não-fumadores, para que o público tomar conhecimento se as regras são ou não razoáveis. - C.L.

Património Farol da Guia impulsionou artigo queentra em conflito com Lei de Planeamento Urbanístico

definir cota altimétricaHá que prevenir situações como às que prejudicaram a vista do Farol da Guia, património classificado. Por isso, o Governo na Lei de Salvaguarda do Património criou um artigo que define as cotas altimétricas por despacho do Chefe do Executivo. No entanto, a comissão que estuda o diploma detectou uma possível sobreposição de critérios com a Lei de Planeamento Urbanístico a estipular o mesmo nos planos de pormenor por isso, alguma terá de deixar cair esta norma

Lei de terras não renovação de concessão deve ser bem justificada

Conceitos abstractos

regule a altura dos edifícios construídos, reconstruídos ou ampliados. A questão é saber qual das propostas de lei que se encontra a ser analisada na especialidade - salvaguarda do património e planeamento urbanístico - deve ficar com a protecção da contemplação da vista e dos imóveis classificados.

Os membros e o Governo concluíram assim que há pro-blemas de harmonização e arti-culação dos dois diplomas que têm de ser colmatados. Cheang Chi Keong, presidente da 3.ª Comissão Permanente da As-sembleia Legislativa (AL), que estuda a proposta de salvaguarda do património, entende que nada está decidido, embora em termos hierárquicos o presente diploma seja mais importante - e tenha sido o primeiro a ser criado - talvez seja no de planeamento urbanístico (e nos seus planos de pormenor definidos posterior-mente) que as cotas altimétricas ficarão definidas.

“Provavelmente, na pre-sente proposta de lei vai ser eliminado este artigo. Não sa-bemos, tem de ser devidamente analisado e estudado. Não tem a ver com o grau de hierarquia (...) Há uma grande margem para fazer os devidos ajustes nas respectivas propostas de lei. A decisão dependerá dos

trabalhos da nossa assessoria no sentido de harmonizar as leis”, explica o deputado.

Na lei de salvaguarda de património, este artigo 43.º define que o Chefe do Executivo decidiria sobre as diferentes cotas altimétricas, sobre di-versas zonas, de acordo com a secretaria das Obras Públicas e a dos Assuntos Sociais e Cultura.

obRas MaIoRes sob consuLta obRIgatóRIaAs obras de grande impacto de iniciativa pública ou privada devem estar sempre sujeitas à apreciação do público. Esta é a opinião da Comissão, que o Governo deverá acatar. Na proposta de lei apenas está indicado que as obras hidráu-licas, infra-estruturas, vias de comunicação e outras de urba-nização deverão estar sujeitas a consulta pública, por decisão

do Chefe do Executivo. “Esses projectos de obras que vão criar grandes impactos aos edifícios classificados ou aos edifícios localizados na zona da protec-ção. Quer dizer, esse estudo de projecto tem de ser apreciado pelo Instituto Cultural e subme-tido a parecer do Conselho de Património Cultural e depois cabe ao Chefe do Executivo tomar uma decisão. Estamos a questionar se valeria ou não a pena, de em vez de ser optati-va, ser obrigatória. O Governo depois de ouvir a opinião da Comissão vai aperfeiçoar a redacção deste artigo”, adiantou Cheang Chi Keong.

Para a próxima semana estão já marcadas duas novas discussões, na quarta e quinta--feira, pelas 11 horas, nas quais deverá ser abordada a questão de indemnização no caso de ordem de suspensão das obras pelo Executivo por motivo de achados arqueológicos no local. “No caso de cancelamento há lugar a indemnização compen-satória. É fixado por acordo en-tre os interessados e o Governo. Não é um cancelamento da qual resulta prejuízos aos interessa-dos. Temos discutido se vale a pena optimizar o mecanismo de compensação. A discussão foi protelada para a próxima semana”, concluiu.

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Andreia Sofia [email protected]

O deputado José Pereira Couti-nho questionou o Executivo quan-

to ao panorama das finanças da Universidade de Macau (UMAC), especialmente no que diz respeito aos apoios financeiros recebidos. Nas palavras do deputado, trata--se de “uma instituição de ensino superior pública financiada na totalidade pelo Governo e como recebe algum apoio dos privados, a sua situação financeira anual deve ter um alto grau de transparência”.

Doação da operadora de jogo Wynn à UMAC volta à baila, com o deputado directo José Pereira Coutinho a frisar que “é difícil que os residentes não deixem de duvidar que este acto de doação possa influenciar decisões do Governo”

Doação da Wynn Deputado quer saber quando fundação vai lançar relatório financeiro

Coutinho questiona contas da UMAC

Neste ponto, Coutinho pretende saber, através de uma interpelação escrita, porque é que a Fundação para o Desenvolvimen-to da UMAC ainda não apresentou o seu relatório financeiro. Por essa razão, “o Comissariado de Auditoria e os residentes não têm meios para fiscalizar a sua situação financeira, levando indirec-tamente à possibilidade de haver conluio de interesses e negócios debaixo da mesa”. “O Governo vai pedir à refe-rida fundação para publicar o seu relatório financeiro, estando nele incluídas as despesas e a descrição das áreas abrangidas pelos

apoios conferidos?”, ques-tiona ainda Coutinho.

Além disso, “a UMAC vai dar a conhecer o mon-tante e as finalidades dos apoios recebidos por via da fundação?”, aponta.

Dinheiro DA WynneM CAUSAOs apoios a que se refere Coutinho dizem respeito às 200 milhões de patacas doadas pela operadora de jogo norte-americana Wynn Resorts (Macau), com base em queixas apresentadas no seu gabinete de atendimento por um grupo de cidadãos.

Os queixosos afirmam que “a fundação, criada

em 2009, recebe apoios, doações, heranças, legados e donativos, com vista a apoiar o ensino e as activi-dades científicas da UMAC.

Alegam que, após a sua criação, esta fundação já recebeu apoios no valor de 500 milhões de patacas, e que em 2011, a Wynn Re-

sorts escolher a UMAC para apoiar, tendo doado à refe-rida fundação 200 milhões de patacas, tendo prometido doar, nos próximos 11 anos, anualmente, 80 milhões de patacas”, pode ler-se na interpelação.

Perante a falta do relató-rio, Coutinho considera que podem acontecer situações de “conluio de interesses” e “negócios debaixo da mesa”, pelos apoios concedidos por parte das operadoras. Por essa razão, o deputado quer saber se “o Governo da RAEM tem alguma política ou medida para não ficar sujeito à pressão invisível das operadoras, com vista a obter tratamentos especiais devido ao avultado montante que possam doar”.

O Hoje Macau tentou entrar em contacto com a fundação da UMAC, mas tal não foi possível até ao fecho da edição.

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A companhia do centro cultural Qing Ping vai renovar um antigo teatro perto da Rua da Felicidade, para que possa vir a ter música, cinema e dança. As obras deverão estar finalizadas no final do ano

Cecília [email protected]

Aquele que é considerado o te-atro mais antigo do sul da China,

estabelecido em 1875, e situado perto da Rua da Feli-cidade, na Travessa do Auto Novo, vai sofrer profundas

Teatro Qing Ping Projecto ainda está a ser analisado e deve custar 20 milhões

Transformado em sala de espectáculos

quem é William lam?O nome de William Kuan Wai Lam é conhecido nas lides politicas, pois em 2009 participou nas eleições para o cargo de deputado à Assembleia Legislativa (AL). Em Março, afirmou que ia participar nas legislativas deste ano, e que a sua lista seria composta por dez pessoas, com foco na área cultural e na indústria de construção civil. William Lam é um arquitecto registado na RAEM e CEO da empresa de imobiliário Vitória, de Hong Kong, e dono do empreendimento Windsor Arch, na Taipa. Natural de Macau, esteve envolvido nos sectores dos transportes e da construção. Numa entrevista ao jornal Macau Commercial Post, William Lam disse “esperar reflectir os requisitos da classe média e os sectores da construção e da cultura, bem como a área da saúde, educação e das indústrias criativas”.

era um dos locais mais po-pulares para celebrações. No ano passado, um filme sul-coreano utilizou o local para filmar algumas cenas.

Desde o seu encerra-mento, nos anos 90, o teatro transformou-se num arma-zém. Segundo informações disponíveis online, uma das paredes do espaço foi usado para fins de roubo da loja ao lado. em 2000, os moradores apresentaram uma proposta para criar um teatro ao ar livre. Três anos depois, a associação para a protecção do património histórico e cultural de Macau apresentou uma recomen-dação para que o espaço se transformasse num museu de ópera cantonense. Depois de várias renovações feitas a uma parede do teatro, em 2005 e 2006, o lugar servia para estacionamento de ve-ículos, desde 2007. Apenas o nome do teatro se manteve intacto na parte exterior.

remodelações. O projecto de renovação está a ser desen-volvido pela companhia do centro cultural qing Ping e o seu vice-director, William lam, disse ao Hoje Macau que os custos do projecto deverão situar-se em cerca de 20 milhões de patacas.

Há quase dois meses que a obra está em inícios de preparação. Apesar de ainda não haver uma data concreta, o responsável espera que a renovação possa estar con-cluída até ao final do ano. “Já assinámos o contrato de arrendamento para 30 anos com o proprietário do teatro. Vai ser semelhante ao teatro Dom Pedro V. Não vai ter só ópera cantonense, como antes, mas também vão ser realizados concertos, espectáculos de dança, teatro e vai também ter cinema”, garantiu William lam.

O projecto do que era o maior teatro de ópera canto-nense da região Guangdong-

-Hong Kong-Macau ainda está a ser analisado pelo Instituto Cultural (IC), para que se possam saber quais as partes antigas a conservar e quais as áreas que podem ser totalmente renovadas.

Cheong Cheok Kio, res-ponsável pelo departamento do património cultural do IC, já frisou à imprensa chinesa que “vai ser feito o trabalho de colecção e o estudo his-tórico”. “Vamos ainda dar apoio técnico às obras de renovação”, referiu, garan-tindo que há mais detalhes que necessitam de análise.

QuesTões de propriedadeAo Hoje Macau, o IC entregou um comunicado onde explica que a empresa está a planear criar também um pavilhão de exposições sobre ópera cantonense. A reconstrução terá como objectivo dar primazia aos ensaios e apresentações

de ópera. O IC disse que espera conservar a antiga estrutura arquitectónica do teatro, mas como se trata de propriedade privada e não é um edifício classificado, “o IC não fez qualquer acção de conservação nos anos anteriores”. “O proprietário precisa de ter responsabili-dade quanto à conservação do edifício”, frisa o IC, ga-rantindo que tudo vai fazer

para devolver as acções culturais ao espaço.

um TeaTro Cheio de passadoApesar do teatro qing Ping ser o mais antigo de Macau, não conseguiu resistir às influências do desenvol-vimento social e fechou portas em 1992. em chinês, o nome Qing Ping significa “boas celebrações”, e antes

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Rita Marques [email protected]

“Temos de saber so-bre a segurança do edifício para o públi-co. Depois temos de

perceber como vão ser ajudados os proprietários dos andares do edifí-cio. Por isso é que nós precisamos de mais tempo para fazer uma apre-ciação mais precisa do relatório”, começou por explicar Lau si Io, secretário para as obras Públicas e Transportes, ontem de manhã à saída da reunião com a comissão que estuda na especialidade a Lei de Terras.

e Jaime Carion completou a posição do Governo. “Nós esta-mos com muita calma e cautela a fazer a análise dos dados que nos foram fornecidos. esperamos que com base nesse relatório possa-mos ter uma conclusão sobre o motivo e causa do incidente. Antes do fim deste mês podemos fazer essa apresentação ao público”, avançou o director dos serviços

o Governo vai aumentar os subsídios de escolaridade

gratuita em todos os graus de ensino até 2017/2018. A in-tenção é diminuir o número de alunos por turma e, depois de já serem atribuídos subsídios às turmas de ensino infantil e primário, o Governo começou já com o primeiro ano o secun-dário geral.

De acordo com Leong Heng Teng, porta-voz do

Conselho executivo, foi con-cluída a revisão ao Regime de subsídio de escolaridade Gratuita. “É proposta a actu-alização do montante para o ensino infantil, que aumenta de 570 mil para 605 mil pata-cas por turma, e no primário, que aumenta de 600 mil para 640 mil patacas.”

os aumentos andam nas casas dos 6% e 7% e inclui o subsídio para as turmas do

ensino secundário – do pri-meiro ano – que passa de 870 mil patacas para 930 mil. o Governo quer ainda atribuir os subsídios para todas as turmas de todo o ensino, que deverá estar concluído em 2017/2018, tendo em conta que será feito o aumento de ano para ano. o orçamento para estes aumentos chega aos 1250 milhões de pata-cas. - J.F.

Psicóloga falou sobre comunicação na Fundação Rui CunhaGoreti Lima, psicóloga, deu ontem uma palestra na Fundação Rui Cunha, inserida na série de actividades que celebram o primeiro aniversário da entidade. Intitulada “comunicar eficientemente: a sua comunicação e o resultado que obtém”, a palestra contou com um grande número de participantes, como a própria psicóloga disse ao Hoje Macau. “Não estava à espera de tantas pessoas, estava cheio, o que mostra que este tipo de temas tem muita receptividade junto da comunidade”. No essencial, Goreti Lima tentou mostrar que no processo de comunicação “há uma voz interna e os nossos representantes internos, e a nossa própria representação do mundo”, o que leva a que, por vezes, não possamos compreender os outros, o que faz com que “cada um de nós tenha uma interpretação própria” dos gestos ou do que é dito. Há, assim, que “aprender a calçar os tamancos do outro”, porque “um mapa não é um território, um menu não é uma refeição, mas sim uma representação dessa refeição. Cada um de nós tem uma representação mental da realidade”, explica. - A.S.S.

Susana Chou disse que dinheiro não dá felicidadeA antiga presidente da Assembleia Legislativa (AL), Susana Chou, afirma no mais recente texto do seu blogue que “felizmente nunca cometeu o erro grave da ganância do dinheiro”. Para Susana Chou, o dinheiro pode aliviar o sentimento de pobreza, mas não pode comprar a felicidade. “Não fico satisfeita nem mais alegre por causa do aumento do dinheiro. Por isso que ganhar dinheiro é apenas uma maneira de garantir as coisas básicas da vida, e o nosso objectivo de vida deve ser a procura de uma personalidade rica.” - C.L.

Turistas japoneses desceram em MarçoNo mesmo mês em que a Coreia do Sul se tornou no país que mais turistas estrangeiros traz a Macau, dados da DSEC apontam que o número de turistas do Japão desceu 27,2% em Março, face a igual período do ano passado. No mesmo mês, os turistas do continente também desceram 1,1%, e os de Taiwan desceram 0,3%, bem como do Canadá, na ordem dos 9,5%. - C.L.

sin Fong Garden Governo vai apresentar conclusões do relatório até ao fim de Abril

Depois do seu, estudará os outros relatórios

Educação Aumentam subsídios de escolaridade gratuita

ensino para todos

Secretário e director das Obras Públicas já estão a analisar os resultados do relatório encomendado à Universidade de Hong Kong com “calma e cautela” para até ao final do mês comunicar à população os resultados. No entanto, diz Jaime Carion, há outros dois relatórios - da construtora do Sin Fong Garden e do prédio vizinho, Soho - que foram elaborados. Todos terão de ser estudados para apurar responsáveis e chegar a consenso. Caso não seja possível, devem ir a tribunal mas o Governo está fora disso, é mero “intermediário”

de solos, obras Públicas e Trans-portes (DssoPT).

Contudo, já há uma certeza sobre o relatório que nos últimos dias levantou alguma polémica. o betão usado na construção do edifício é de má qualidade. A construtora Weng Fok descarta, no entanto, estas acusações. Re-

metendo as culpas exclusivamen-te para as obras de construção do prédio vizinho, o soho, que diz ter causado danos à estrutura do sin Fong Garden. “A equipa de peritos não fez apenas uma reco-lha de amostras, fez um exame a toda a estrutura do edifício. se não há perda de qualidade da resistên-

cia do betão não sou eu quem o afirma, é com base no relatório”, reiterou Carion, sem descartar que haja outros factores que podem contribuir para o rompimento do betão. Por essa razão, escusa--se a fazer comentários sobre as publicidades acusatórias da Weng Fok que atribui culpas ao vizinho e ao Governo, por não ter ouvido queixas a tempo.

A ida a tribunal é uma solução à vista caso não exista consenso entre todas as partes, explica o director da DssoPT. mas o Go-verno não é chamado ao barulho. “Quem deseja levar o assunto a tribunal serão os proprietários ou empresas. Não compete ao Governo, que fique bem claro. estamos neste momento a dar uma ajuda técnica e de perícia aos moradores.”

DEMoliçãoou REconstRução?Há ainda outra certeza. “se houver construção tem de ser no mesmo local e com base no projecto que tenha sido aprovado”, explica. mas não é certo que haja demoli-ção. “Não se sabe ainda porque os peritos apontam que tecnicamente é recuperável.”

e o “problema da discórdia” é exactamente esse. Porque os moradores não querem voltar ao mesmo edifício, ainda que reconstruído, porque “há perda de confiança”. “os moradores pretendem um edifício novo e nós compreendemos. Quem vai fazer este novo edifício? são os próprios moradores? o empreiteiro? Temos de encontrar os factos que indicam quem é o responsável”, esclarece o responsável. “esse é o problema da discórdia. Nós somos interme-diários, ajudamos os moradores. e esperamos que haja uma solução de consenso. será uma compar-ticipação de despesas? Não sei.”

os dois responsáveis dizem ainda aguardar os resultados dos outros dois relatórios, apurando se serão ou não coincidentes, para daí fazerem as suas próprias apreciações.

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7sociedadequinta-feira 25.4.2013 www.hojemacau.com.mo

Open Tender Notice

Request for Proposal – Procurement Work of the Security Screening Equipment at Macau International Airport - RFQ-1511. Company: Macau International Airport Co. Ltd. (CAM)2. Tendering method: Open tendering3. Objective: To select a Contractor/Supplier for the purchase,

delivery, installation, training, T&C and related maintenance service of the respective security screening equipment at Macau International Airport.

4. Request for tender documents: Tender Notice and Tender Document can be downloaded from the website www.macau-airport.com and www.camacau.com until 7 days prior to the deadline for submission of Bidders’ tenders. Please regularly check the website for any clarification or changes/ modification/amendment in the Tender Document.

5. Location and deadline for submission of Bidders’ tenders:Macau International Airport Co. Ltd. (CAM)4th Floor, CAM Office Building, Av. Wai Long, Taipa, MacauBefore 12:00(Noon) on 10 June 2013 (Macau Time)The addressee of the tender shall be Mr. Deng Jun – Chairman of the Executive Committee. The tenders received after the stipulated date and time will not be accepted.

6. CAM reserves the right to reject any tender in full or in part without stating any reasons.

-END-

Open Tender Notice

Request for Proposal –Supervision and Technical Support Services for New Hangar Construction - RFQ-1671. Company: Macau International Airport Co. Ltd. (CAM)2. Tendering method: Open tendering3. Objective: To select a suitable consultant/supervision to monitor

the construction works for the new hangar in Macau International Airport

4. Request for tender documents: Tender Notice and Tender Document can be downloaded from MIA’s website www.macau-airport.com and www.camacau.com until 7 days prior to the deadline for submission of Bidders’ tenders. Please regularly check the website for any clarification or changes/modification/amendment in the Tender Document.

5. Location and deadline for submission of Bidders’ tenders:Macau International Airport Co. Ltd. (CAM)4th Floor, CAM Office Building, Av. Wai Long, Taipa, MacauBefore 12:00 (noon) on 17 June 2013 (Macau Time).The addressee of the tender shall be Mr. Deng Jun – Chairman of the Executive Committee. The tenders received after the stipulated date and time will not be accepted.

6. CAM reserves the right to reject any tender in full or in part without stating any reasons.

-END-

A operadora de jogo Gala-xy Macau Entertainment entregou ontem um che-que de dois milhões de

patacas no gabinete do Governo Central na RAEM para ajudar as vitimas do mais recente sismo que vitimou a região chinesa de Sichuan. Francis Lui, CEO da operadora, esteve presente, bem como o director do gabinete de ligação, Gao Yan.

Entretanto, o secretário para os assuntos sociais e cultura, Cheong U, convocou esta terça-feira uma reunião da comissão coordenadora da RAEM para o apoio à recons-trução das zonas afectadas pós terramoto.

Na ocasião ficou decidida a injecção de 100 milhões de patacas da parte do Governo da RAEM, mas ficou também garantindo que não há “problemas estruturais gra-

CTM cria plataforma de apoio a SichuanA Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM) vai apoiar as vítimas do sismo de Sichuan através da criação de uma plataforma de mensagens escritas em que os clientes poderão doar 30 patacas de cada vez. Basta, para isso, clicar em #139” e enviar a mensagem via telemóvel. Em comunicado, a empresa explica que “não há limite de donativos e que não haverá a imposição de tarifas extra pela CTM. Os clientes serão avisados da contribuição aquando da recepção da factura”. Tal montante será doado directamente à Cruz Vermelha, e a iniciativa dura até 31 de Maio. A empresa assume que “desenvolveu de imediato uma série de acções para dar apoio ao trabalho da Cruz Vermelha de Macau para as vitimas do sismo. Para além de um donativo de 300 mil patacas, a CTM junta esforços com a Cruz Vermelha de Macau e apela aos residentes para fazerem contribuições generosas”.

Sichuan Projectos pagos por Macau sem “problemas graves”

Galaxy doa dois milhões para sismo de Sichuan

ves” nos 103 projectos financiados pelo Executivo.

Um comunicado oficial garan-te que foi feita uma observação exterior e uma análise aos edi-fícios atingidos pelo sismo, não tendo sido verificadas quaisquer anomalias. Pode ainda ler-se que,

actualmente, na escola secundária de Lingguan, na vila de Baoxing, verificaram-se “casos de fissuras em paredes, interiores e equipa-mentos destruídos”, não tendo sido observados “prejuízos estruturais visíveis e problemas graves” em termos estruturais.

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quinta-feira 25.4.2013nacional8 www.hojemacau.com.mo

Quatro dias de-pois do sismo de 7 graus de mag-nitude em Yaan, na província de

Sichuan, sudoeste da Chi-na, o número confirmado de mortos subiu para 193 e 25 pessoas continuavam desaparecidas, disse ontem a imprensa oficial. Entretanto, registaram-se mais de 4.000 réplicas, quatro das quais acima dos cinco graus na escala de Richter, indicou a agência sismológica chi-nesa.

o número de feridos excede os 12.000, cerca de 1.000 dos quais considera-dos graves. YaAn - sede de um município com cerca

o Presidente francês, Fran-çois Hollande, inicia esta

quinta-feira uma visita de dois dias à China, tornando-se o primeiro chefe de Estado de um grande país ocidental re-cebido em Pequim pela nova liderança chinesa.

François Hollande viaja com vários ministros e líderes de cinquenta empresas, e além de Pequim, visitará Xangai, considerada a “capital econó-mica” da China. “Desejamos que a visita aprofunde a coo-peração e a confiança mútuas, elevando a as boas relações sino-francesas para um nível ainda mais alto”, disse ontem a porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estran-geiros, Hua Chunying.

a primeira fábrica do Grupo Salvador Cae-

tano na China, uma ‘joint--venture’ com uma empresa local destinada ao fabrico de autocarros para aeropor-tos, deverá ser inaugurada em Julho, revelou à agência Lusa o director-geral da unidade, Mário Conde.

Situada em Dalian, im-portante cidade portuária do

Secretário de Estado da Alimentação português visita China em MaioO secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Alimentar, Nuno Vieira e Brito, visitará a China de 7 a 10 de Maio, anunciou ontem fonte diplomática portuguesa. Além de conversações com as autoridades chinesas do sector, Nuno Vieira e Brito participará na abertura da 14.ª edição da Feira Internacional Alimentar de Xangai (Sial China 2013), que reúne mais de 2.000 expositores de dezenas de países, entre os quais Portugal.

Vinte e uma pessoas morreramem confrontos, incluindo políciasVinte e uma pessoas, incluindo polícias, morreram na sequência de confrontos violentos registados na província ocidental chinesa de Xinjiang, informaram ontem as autoridades. “Vinte e uma pessoas morreram, incluindo assistentes sociais e polícias”, declarou à AFP um responsável do distrito de Barchuk, de apelido Cao, ao prestar informações sobre o incidente registado na terça-feira na região predominantemente muçulmana no extremo oeste da China.

Autocarros Produçãoda Salvador Caetano arranca em Julho

Investimento de 40 milhões de patacas

Diplomacia Hollande na China, na primeiragrande visita de Estado ocidental na era Xi Jinping

Pequime Xangai na agenda

a França é um dos maio-res parceiros comerciais da China na União Europeia e o seu segundo fornecedor de tecnologia.

Em 2012, o comércio bilateral aumentou 9,3% em relação ao ano anterior, para cerca de 390.320 milhões de patacas.

a França é também um

dos destinos preferidos dos turistas chineses, estimando--se em “mais de um milhão” o número de viajantes oriundos da China que visitam anual-mente o país, indicou a agên-cia noticiosa oficial Xinhua.

O Presidente chinês, Xi Jinping, foi eleito em Março passado pela Assembleia Nacional Popular chinesa.

Na altura, Hollande tele-fonou ao homólogo chinês, felicitando-o pela eleição, e afirmou que a França e a China “advogam ambos a multi--polaridade” e “partilham as mesmas ou idênticas posições acerca de muitas importantes questões”, disse a Xinhua numa antecipação da visita do Presidente francês.

nordeste da China, a meio caminho entre Pequim e a península coreana, a nova fábrica empregará cerca de 300 trabalhadores até 2014.

trata-se de um inves-timento de cerca de 40 milhões de patacas, metade dos quais assegurado pelo grupo português, e segundo adiantou Mário Conde, a empresa espera facturar

Sichuan Balanço sobe para mais de 200 mortos e desaparecidos. Cavaco envia condolências

Presidente elogia coragem e solidariedade

cerca de 350 milhões de patacas já no próximo ano.

O parceiro da Salvador Caetano é a Brilliance Special Vehicles, empresa do Grupo Huachen, com sede em Shenyang, capital da província de Liaoning. “Iniciaremos com a pro-dução de autocarros para serviços de aeroporto e numa segunda fase passare-mos aos [veículos] urbanos eléctricos”, disse o mesmo responsável.

Por ora, a produção destina-se exclusivamente ao mercado chinês, mas Mário Conde admitiu a possibilidade de a empresa vir a “exportar para países vizinhos” da China.

de um milhão e meio de habitantes - fica a 120 quiló-metros de Chengdu, capital da província de Sichuan, e a 200 de Wenchuan, epicentro do devastador sismo de Maio de 2008, que matou cerca de 87.000 pessoas. O sismo de Yaan ocorreu no sábado passado, cerca das 8h. Nas localidades mais atingidas, a maioria das casas ficaram destruídas.

o Presidente da repú-blica, Aníbal Cavaco Sil-va, enviou entretanto uma mensagem de condolências ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, pelas vítimas do terramoto.

Na mensagem, terça--feira divulgada na página

da Presidência portuguesa na Internet, Cavaco Silva afirma que foi com “a mais profunda consternação” que tomou conhecimento “das trágicas consequências provocadas pelo terramoto” em Sichuan. “Em Portugal, esta catástrofe terrível tem despertado enorme atenção, em especial, pelo grande exemplo de coragem e de so-lidariedade do povo chinês na assistência às populações afectadas”, salienta o texto.

O chefe de Estado portu-guês conclui que “nesta hora de grande pesar” deseja trans-mitir ao homólogo e ao povo chinês, em nome dos portu-gueses e em nome próprio, uma “sentida solidariedade”.

H7N9 chega a TaiwanAs autoridades sanitárias de Taiwan confirmaram ontem a existência de um caso importado de gripe aviária H7N9 proveniente da China Continental, ascendendo a 109 o número de casos de infecção humana por gripe aviária, dos quais resultaram, até ao momento, 22 óbitos. O doente, de 53 anos de idade, trabalhou na Cidade de Suzhou, na Província de Jiangsu, no período compreendido entre 28 de Março e 9 de Abril, e regressou a Taiwan, via Xangai, no dia 9 de Abril. Este apareceu com sintomas em Taiwan no dia 12 de Abril, e recorreu a consulta médica no dia 16 de Abril, tendo sido confirmada a infecção de gripe aviária H7N9 por teste laboratorial no dia 24 de Abril. Sabe-se que antes do aparecimento de sintomas, o doente não teve história contacto com aves, e o estado é considerado grave. De acordo com a averiguação epidemiológica, a autoridades de Taiwan consideraram o caso em apreço como caso importado.

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quinta-feira 25.4.2013 www.hojemacau.com.mo 9região

O Japão disse on-tem que tem uma “janela de diálo-go” aberta com a

China e que espera realizar uma reunião de alto nível com responsáveis de Defesa, apesar de prometer expulsar pela força qualquer desem-barque chinês nas disputadas ilhas Diaoyu. “Nós temos uma janela de diálogo com a China certamente aberta através dos canais diplo-máticos”, disse o ministro porta-voz do Japão Yoshihi-de Suga, numa conferência de imprensa.

A tensão na península core-ana, que atingiu os níveis

mais elevados nas últimas semanas, diminuiu os habitu-ais envios privados de ajuda humanitária da Coreia do Sul para o Norte, denunciaram ontem várias organizações não-governamentais em Seul.

O governo sul-coreano, cuja aprovação é indispen-sável para realizar qualquer envio para o Norte, não deu luz verde a vários envios de produtos básicos como alimentos para bebés e pro-dutos médicos essenciais, segundo organizações civis citadas pela agência local Yonhap, citada pela Efe.

Pelo menos três grupos pediram autorização para enviar carregamentos para o país vizinho, mas segundo

lamentaram as organiza-ções não-governamentais, o Ministério de Unificação de Seul não deu aval, alegando que é necessário rever cui-dadosamente os produtos.

O ministro da Unifica-ção, Ryoo Kihl-jae, deixou claro durante o pico da ten-são que a situação política adversa entre as Coreias não impediria o envio de ajuda humanitária sul-coreana ao norte, mas apontou que os carregamentos seriam re-vistos individualmente para assegurar a sua distribuição e uso adequados.

A Coreia do Sul teme que o país vizinho mili-tarizado desvie parte da ajuda para o seu exército, de mais de um milhão de soldados, ou a outros fins

em vez de canalizá-la para os sectores mais vulnerá-veis da população.

Desde que a nova Pre-sidente sul-coreana, Park Geun-hye, tomou posse a 25 de Fevereiro, o único envio para a Coreia do Norte ocorreu no início de Abril, em plena tensão, quando um grupo enviou medicamentos contra a tuberculose no valor de cerca de 4.7 milhões de patacas.

A Coreia do Norte, que intensificou nas últimas semanas as suas habituais ameaças de guerra em re-lação a Seul e Washington, sofre uma contínua crise económica desde os anos 90, que a torna dependen-te da ajuda exterior para alimentar a sua população.

Crise nas Coreias Tensão na penínsuladiminuiu o envio de ajuda do Sul para o Norte

Seul não autoriza

Diaoyu/Senkaku Japão tem “janela de diálogo” aberta com a China apesar das tensões

Conversações em marchaO responsável confirmou

que as duas partes estão a tentar agendar conversações, na sequência de uma notícia do jornal Asahi Shimbun, que indicou que os dois gigantes asiáticos estavam a planear uma reunião de defesa para o final deste mês, não obstante o impasse sobre o arquipéla-go administrado por Tóquio e reivindicado por Pequim no Mar da China Oriental. “Estamos a organizar o en-contro. É certo que o Japão está em conversações com a China”, disse.

Os oito navios chineses

que entraram na terça-feira nas águas territoriais das Dia-oyu, administradas de facto pelo Japão, e que provocaram manobras dissuasoras da guarda costeira japonesa e a queixa formal de ambos paí-ses, abandonaram entretanto a zona disputada.

A tensão foi elevada com a visita, também na terça--feira, de algumas autorida-des do governo japonês ao polémico templo de Yasuku-ni, considerado na região como símbolo da opressão japonesa durante a primeira metade do século XX.

A visita a Yasukuni, que homenageia os milhões de soldados mortos nos con-flitos armados entre 1853 e 1945, incluindo 14 crimi-nosos da Segunda Guerra Mundial, provocou também o cancelamento da visita do ministro dos Negócios Estrangeiros sul-coreano, Yun Byung-se, a Tóquio e o protesta da China. “A China continua a ser um importante vizinho para o Japão”, afirmou Suga, que considerou que Tóquio e Pe-quim sempre “mantiveram uma postura de melhorar as relações numa perspectiva ampla”.

Na terça-feira, o primei-ro-ministro japonês Shinzo Abe prometeu “expulsar pela força” qualquer de-sembarque chinês no ar-quipélago, depois dos oito navios do governo chinês terem entrado nas suas águas territoriais.

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quinta-feira 25.4.201310 divertimento www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

Quem nunca sonhou, um dia, estar na pele de Sara Sidle ou Warrick Brown, os investigadores do CSI Las Vegas? Agora pode.

macau recebe “CSI – The expe-rience”, onde cada um de nós pode desvendar os mistérios em redor dos crimes mais estranhos que o homem pode cometer.

No Hotel Sheraton do Sands Cotai Central, é convidado a entrar no mundo da ciência forense através

de uma exposição interactiva. A escolha pode recair apenas numa única cena de crime ou nas três que lhe são apresentadas, mas com uma condição: em todas tem de procurar pistas, recolher amostras, comparar impressões digitais ou ADN e até tentar encontrar qual a arma utilizada para o crime, na secção de balística. Tudo isto tem de ser devidamente relatado na sua investigação que, mais tarde, será entregue a Gil Grissom – o seu su-pervisor -, que, dependendo da sua actuação lhe entrega – ou não – o diploma de investigador do CSI.

CSI Sheraton traz a macau exposição forense interactiva onde público é quem investiga casos

Seguindo as pistas

AS CenAS do CrIme• Cenário #1

Um carro vai contra a janela de uma casa. no veículo, um homem ainda

tem o cinto de segurança posto, o que indica que algo pode ter-lhe

acontecido antes do acidente.

• Cenário #2Uma mulher é encontrada morta no beco atrás de um motel. A jovem está

no meio de lixo e várias provas que podem ou não ajudar à investigação

estão em seu redor. A mulher tem marcas de pneus no estômago, mas

será que foi isso que a matou?

• Cenário #3num deserto, um homem encontra um esqueleto submerso na areia. o que

lhe aconteceu? Foi morto ou morreu enquanto escalava as montanhas?

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11quinta-feira 25.4.2013 divertimentowww.hojemacau.com.mo

A “CSI – Experience” veio di-rectamente de Las Vegas, onde está permanente, até Macau para inteirar o público dos “princípios científicos e técnicas de investigação genuínas”, que podem ser encontradas em três cenas de crime diferentes. A exibi-ção forense está aberta até dia 15 de Junho, das 11h às 20h e os bilhetes podem ser adquiridos desde as 75 às 288 patacas. Formule hipóteses, des-carte teorias e seja um investigador do CSI por um dia.

Nota: A exibição é aconselhável a maiores de 12 anos e apenas acompanhados por adultos.

CSI Sheraton traz a Macau exposição forense interactiva onde público é quem investiga casos

Seguindo as pistas

AS CenAS do CrIme• Cenário #1

Um carro vai contra a janela de uma casa. no veículo, um homem ainda

tem o cinto de segurança posto, o que indica que algo pode ter-lhe

acontecido antes do acidente.

• Cenário #2Uma mulher é encontrada morta no beco atrás de um motel. A jovem está

no meio de lixo e várias provas que podem ou não ajudar à investigação

estão em seu redor. A mulher tem marcas de pneus no estômago, mas

será que foi isso que a matou?

• Cenário #3num deserto, um homem encontra um esqueleto submerso na areia. o que

lhe aconteceu? Foi morto ou morreu enquanto escalava as montanhas?

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quinta-feira 25.4.2013vida12 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

A Companhia de Gás Natural Nam Kwong foi autori-zada a ocupar um

terreno do Governo para construir uma estação de regularização de pressão de gás natural. O lote – situado na zona de aterros do Cotai - tem uma área de 3187 metros quadrados e foi concedida à empresa sem concurso público. O prémio de con-cessão foi pago na totalidade pela empresa e tem o valor de 3,118, 008 patacas.

O anúncio foi feito on-tem, através de um despa-cho assinado por Lau Si Io, secretário para as Obras Públicas e Transportes, e publicado em Boletim Ofi-cial (BO).

O contrato, feito entre o Governo e a Nam Kwong, prevê que o arrendamento é válido até 8 de Agosto de 2037 - prazo que pode ser renovado. A empresa ficará a pagar, anualmente, uma renda de pouco mais de 57 mil patacas, durante o período de aproveitamento do terreno. Posteriormente, as rendas podem ser revis-

O Executivo contratou a Fundação da Universidade de Ciência e

Tecnologia de Macau (MUST) para a realização de um estudo sobre a eficiên-cia energética da RAEM, durante este ano. O anúncio foi ontem feito através de Boletim Oficial (BO), num despacho assinado por Lau Si Io, secretário para os Transportes e Obras Públicas.

Esta não é a primeira vez que o Governo encomenda este estudo à instituição, mas, nem no ano de 2011, nem neste novo contrato se fica a saber qual será o preço cobrado pela MUST ao Executivo. O contrato é feito através do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético (GDSE), cujo coordenador e representante contratual é Arnaldo Santos.

Devido à falta de pormenores, o Hoje Macau tentou contactar o GDSE

e a MUST, para saber qual o preço praticado pela instituição privada, qual o prazo para a entrega do estudo e se houve qualquer hipótese de candida-tura de outras instituições de ensino. De acordo com a resposta enviada ao Hoje Macau pelo GDSE, este relatório é “um das séries de investigações que o organismo faz constantemente” e tem como objectivo “perceber a atitude dos cidadãos face à poupança de energia”. Sobre o motivo da escolha da MUST, o Governo explica que é uma continuação dos anteriores e que “o facto de ter que se dar continuidade ao que foi feito no passado” é uma das justificações. “A MUST vai ser a autora porque já fizeram a investigação anteriormente através de concursos por convite e tem o ‘know--how’ e as habilidades para analisar os dados, de forma consistente. Já no que

refere ao valor, o organismo não respon-de ao Hoje Macau, bem como nada diz sobre o prazo para a entrega do estudo.

A MUST tem vindo a realizar este estudo com uma frequência bienal, mas, de acordo com informações disponíveis nos arquivos, não é possível perceber o conteúdo contratual nem os valores pedidos pela MUST ao Executivo .

Já no ano passado, um outro es-tudo foi encomendado à instituição. O Governo enviou convites às três instituições de ensino superior com investigação na área da comunicação social – Universidade de Macau, Universidade de São José e MUST – mas apenas esta última respondeu ao convite para investigar a necessidade de se alterarem as leis de Imprensa e de Radiodifusão. O valor cobrado foi de 120 mil patacas. - J.F.

Gás natural Governo concede terreno no Cotai à Nam Kwong para a construção de uma estação

Serviço público em primeiro

MUST contratada por convitepelo Executivo para fazer estudo sobre eficiência em Macau

Preço não revelado

ler-se no contrato anexo ao despacho do BO. A decisão recaiu, então, no actual terre-no junto à Avenida Marginal Flor de Lótus.

Em Novembro de 2010, a Nam Kwong formalizou o pedido de concessão, em conjunto com o estudo de aproveitamento do terreno. Estudo que incluía a cons-trução de um edifício de seis pisos, sendo dois de cave – “cuja função principal é o fornecimento estável de gás natural a Macau e ao campus da Universidade de Macau, na Ilha da Montanha”.

O contrato prevê ainda que, em caso de extinção da concessão só serviço pú-blico da distribuição de gás natural, fica também extinta a concessão deste terreno. A reversão do terreno à RAEM não tem qualquer encargo, já que a desocupação do local e a remoção de tudo o que lá estiver cabe à Nam Kwong. No contrato, uma cláusula indica ainda que a empresa tem de cumprir os padrões de Macau face à poluição, ruído e efluentes industriais, de for-ma a proteger o ambiente. A empresa tem agora até Abril do próximo ano para concluir o aproveitamento do terreno.

área total de construção “por finalidade – industrial, espaço livre e de estacio-namento” de 7824 metros quadrados.

De acordo com as infor-mações no BO, a companhia já tinha apresentado um requerimento em Junho de 2009, onde pedia a conces-são por arrendamento de um terreno para a instalação da mesma estação. Contudo, uma outra finalidade já tinha sido dada à terra, pelo que foi necessário ponderar outra solução. “Foram realizadas várias reuniões entre a [Nam Kwong] e a DSSOPT, o Gabinete para o Desenvol-vimento de Infra-Estruturas (GDI), a Direcção dos Servi-ços para os Assuntos de Trá-fego (DSAT) e o Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético (GDSE) para acordar o local mais adequado ao projecto”, pode

tas. “Após a conclusão de aproveitamento do terreno, a renda será de cerca de [72 mil patacas]. E as rendas são revistas de cinco em cinco anos.”

A Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) considerou que o pedido da Nam Kwong tinha todos os fundamentos para ser apro-vado, devido a se tratarem de instalações que visam assegurar a exploração do serviço público que lhe foi concedido. Recorde-se que a Nam Kwong é a única concessionária do serviço público de distribuição de gás natural.

PEdido anTigo Apesar de o despacho frisar que o terreno tem uma área de 3187 metros quadrados, o contrato que o Hoje Macau analisou indica que há uma

Page 13: Hoje Macau 25 ABR 2013  #2838

quinta-feira 25.4.2013 13www.hojemacau.com.mo cultura

Arte Annysa Ng na Blindspot GalleryInaugura hoje pelas 18h30, na Blindspot Gallery em Hong Kong, a exposição da artista natural de Hong Kong e sedeada em Nova Iorque, Annysa Ng. Celestial Revolution, é a segunda mostra de Annysa Ng na Blindspot Gallery, depois de aí se ter apresentado pela primeira vez em 2011. Celestial Revolution é um conjunto de obras que abrange a pintura a acrílico, a tinta-da-china, bem como trabalhos em suporte de video. Partindo de uma estética visual icónica, Ng coloca-nos em confronto com a história, a literatura e a psicologia. Como de costume, a artista convoca o poder da silhueta e da sua relação com os elementos de composição, procurando, desse modo, explorar questões relacionadas com a identidade e a realidade entendidas ao nível do sub-consciente. Celestial Revolution é inspirada numa antiga contelação chinesa que, segundo Annysa Ng apresenta propriedades gráficas muito interessantes. Ng foi seleccionada pelo Sunday Times, em 2008 como uma das dez artistas contemporâneas a ter em conta. O seu trabalho foi exposto em galerias e feiras de arte, em países como a República Checa, Japão, China, Suíça e Estados Unidos, entre outros. Celestial Revolution estará patente ao público até ao dia 6 de Julho. – T.Q.

Escultura Movimentoe poesia de Pablo ReinosoInaugura hoje em Macau, a exposição Living Sculptures do artista Franco-argentino, Pablo Reinoso. Living Sculptures estará em exibição no One Central e no Mandarin Oriental, sendo a primeira vez que Pablo Reinoso expõe em Macau. Pablo Reinoso iniciou o seu percurso enquanto designer, tendo mais tarde começado a explorar diferentes disciplinas como a escultura, a fotografia e a arquitectura. O seu trabalho de escultura procura testar limites físicos e materiais, fazendo uso da madeira, do ferro e do mármore. A exposição apresenta 11 esculturas realizadas a partir de objectos comuns do quotidiano como bancos, cadeiras e escadas, entre outros. No trabalho de Pablo Reinoso, a questão da funcionalidade leva-o ao encontro de um diálogo permanente entre arte e design. Nascido na Argentina, em 1955, Pablo Reinoso estudou arquitectura na Universidade de Buenos Aires. O artista reside e trabalha em Paris, desde 1979, tendo, a par da obra artística, desenvolvido trabalhos nas áreas da comunicação, mobiliário, iluminação e joalharia. A sua obra foi exposta no MALBA - Museo de Arte Latinoamericano (Buenos Aires), MAM – Museu de Arte Moderna da Bahia (Brasil), Centre Georges Pompidou (Paris), Museo Reina Sofia (Madrid), Museum of Art and Design (Nova Iorque) e na Art Plural Gallery (Singapura), entre outros. A exposição, organizada pela Art Plural Gallery no âmbito do Le French May, estará patente ao público até ao dia 14 de Julho. – T.Q.

Fotografia Os Irmãos SéebergerA exposição Photographers of Elegance, inaugura hoje na Avenue of Stars, em Tsim Sha Tsui, na Waterfront Promenade, e ilustra as mudanças mais radicais do mundo da moda, na primeira metade do século XX. Os Irmãos Séeberger, conhecidos como “repórteres de moda” tiveram, entre 1900 (La Belle Èpoque) até ao período entre guerras, a capacidade de registar e documentar o trabalho de estilistas e designers de moda de renome, fora dos ateliers onde a moda se mostrava viva e podia ser vista por todas as pessoas, fosse em Paris, Biarritz, Monte Carlo ou Deauville. Em 1909, a convite da revista La Mode Pratique, os três irmãos iniciaram uma série de fotografias de mulheres que consideravam ser muito elegantes. Como efeito du sucesso alcançado, os Irmãos Séeberger receberam um vasto conjunto de convites por parte das melhores revistas de moda francesas. Os fotógrafos que integravam a equipa dos Irmãos Séeberger documentavam histórias da vida real. Para além da moda em si, os três irmãos conseguiram registar a efervescência que caracterizava a vida da classe mais alta da sociedade, onde se incluíam banqueiros, designers, aristocratas e algumas celebridades como Mistinguett, Joséphine Baker, Gabrielle Chanel, Arletty, as Dolly Sisters, Charlie Chaplin, Buster Keaton, os Rothschild ou a família Citroën. Para além de ser um tributo ao trabalho dos Irmãos Séeberger, esta exposição presta homenagem à moda e à elegância. A exposição Photographers of Elegance, da responsabilidade do curador Dominique Versavel, curador no departamento de gravuras e fotografias da Biblioteca Nacional de França, pode ser vista até ao dia 25 de Maio. – T.Q.

Tiago [email protected]

Pi Li e Waling Boers representam uma das mais bem suce-didas parcerias entre

galerias e curadorias que a China já conheceu, tendo re-sultado na Universal Studios, em 2005, que posteriormente se metamorfoseou na Boers Li Gallery. No ano passado foi anunciado que Pi Li será o curador sénior do M+, o futuro Museu de Cultura Visual do Cultural District de West Kowloon Cultural District, em Hong Kong.

Pi Li e Waling Boers conheceram-se na feira de Dongming, em Shenzhen. O artista Hou Hanru fez as apre-sentações e em resultado des-se primeiro contacto, Pi Li, que estava a organizar uma conferência em Shenzhen, convidou Waling Boers a participar no evento. A partir desse momento começaram a pensar que poderiam fazer algo em conjunto. Waling Boers tinha uma galeria sem fins lucrativos em Berlim e Pi Li sonhava em implementar uma estrutura de natureza semelhante na China. Ape-sar de, nessa época, não existirem apoios relevantes na China para a criação de instituições sem fins lucra-tivos, Pi Li e Waling Boers não deixaram de debater o assunto e em 2005 chegava a altura de ambos tomarem uma decisão – sim ou não – e então encontraram um espaço e tudo se tornou real.

A ideia de se fundar uma organização sem fins lucrativos, foi também uma forma de se tentarem adaptar às circunstâncias que, nessa época, eram muito atípicas. Apesar do enorme cresci-mento do mercado da arte na China, o ambiente não era propício aos artistas. O nome da organização surgiu da combinação entre as palavras “Universal” e “Studios”, que de certa forma representava o interesse que os dois amigos tinham em trabalhar muito de perto com os artistas e, ao mesmo tempo, não estarem limitados ao Oci-dente ou ao Oriente. Assim, a organização assumia-se como um conceito global estratégico. Contudo, pouco tempo depois da organização estar em funcionamento, aperceberam-se que o nome escolhido era também o nome de uma grande compa-nhia americana de produção cinematográfica, pelo que se viram na obrigação, depois de contactados por uma equi-

Arte Galerias e Curadorias

Pi Li e Waling Boers em Hong Kong

pa de advogados, de mudar o nome da organização. Nessa altura, Pi Li e Waling Boers já pensavam em alterar o modelo da organização que tinham criado e, claro está, pensar num novo nome. Mais tarde surgia a Boers Li Gallery, que mantinha inal-terado o projecto artístico mas desta feita, sem escon-der o carácter comercial.

Hoje, a Boers Li Gallery é a única organização com dois directores, um chinês e o outro estrangeiro. Segundo Pi Li e Waling Boers, o facto da galeria que dirigem ser comandada por um local e um estrangeiro, tem também criado alguns problemas de identidade. Se por um lado, para alguns coleccionadores e organizadores de feiras de arte, a Boers Li Gallery não é uma instituição ‘muito’ chinesa, por outro, para os coleccionadores chi-neses, a Boers Li Gallery assume-se como um espaço ‘demasiado’ académico,

diferente dos modelos mais convencionais. Com efeito, a Boers Li Gallery não trabalha apenas com uma categoria de artistas, nem tão pouco ‘negoceia’ em arte, no mercado secundário e vendendo apenas as obras mais ‘vendáveis’

De acordo com Pi Li e Waling Boers, se os ame-ricanos procuram, de um modo geral, o expressio-nismo abstracto, na China, apesar de existir dinheiro, ainda não existe um back-ground estabelecido e que possa ser identificado como mercado preferencial dos coleccionadores chineses. Li e Boers acrescentam ain-da que é muito difícil para os chineses identificarem--se com uma corrente ou expressão particular e o resultado é que os coleccio-nadores chineses têm, nos últimos anos, comprado, comprado, comprado mui-to, comprado de tudo, sem uma perspectiva histórica

ou de construção de uma colecção. E por isso se torna tão difícil para uma galeria como a Boers Li Gallery ‘comunicar’ com o gosto, porque Pi Li e Waling Boers escolheram, desde o início, que não iriam ‘comunicar’ com a lista de preços.

Apesar do mercado chi-nês ser forte, ele é também lento. E se é verdade que o mercado da arte na China teve, nos últimos anos, um crescimento sem preceden-tes, também é verdade que esse crescimento se deveu essencialmente à arte tra-dicional chinesa. No ano passado, a arte tradicional chinesa representou 63% das transacções efectuadas na China. Se na Europa a pintura dos séculos XiV, XV e XVi foi na sua grande maioria doada aos museus, na China o seu equivalente está ser adquirido com grande intensidade, restando muito pouco espaço para a arte contemporânea.

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quinta-feira 25.4.2013www.hojemacau.com.mo14 cultura

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O Ballet de Genebra sobe ao palco do Grande Auditó-rio de CCM, no próximo sábado, pelas 20h, apre-

sentando o espectáculo “Glória”, com cenografia e coreografia do grego Andonis Foniadakis a partir da música de Haendel. A expressi-vidade urgente e física de Andonis Foniadakis volta a seguir os passos de um grande mestre do Barroco, informa o comunicado de imprensa da organização. A música de George Frideric Handel empresta a “Glória” muito mais do que uma mera ilus-tração do trabalho do coreógrafo. Graças à sofisticada remasterização que Julien Tarrid fez de conhecidas composições de Handel (a ária de abertura de Serse, “Ombra mai fu” ou coro “Aleluia” de “Messias” bem como excertos menos conhecidos de trabalhos mais antigos como o “Dixit Dominus”, a dança de Foniadakis é concebida tanto para ser ouvida como vista, acrescenta a nota de imprensa.

A história do ballet em Genebra

remonta ao século XIX, e continuou a evoluir ao longo dos últimos dois séculos. O Ballet de Genebra é conhecido pela sua diversidade de estilos e continua a adaptar-se con-tinuamente à amplitude de estilos dos seus coreógrafos visitantes, tanto contemporâneos como neoclássicos, informa a nota de imprensa. A com-panhia tem apresentado trabalhos de muitos coreógrafos de topo dos nossos dias, incluindo George Ba-lanchine, Jiri Kylian, Christopher Bruce, Rudi Van Dantzig, Mats Ek e Ohad Naharin. Com o desenvolvi-mento das digressões internacionais nos EUA, Austrália, América do Sul e Ásia, o Ballet de Genebra partilha agora a sua paixão pela dança com um público mais alargado.

A coreografia de “Glória” é mais do que uma fusão de música e dança. Através dos efeitos de luz, Foniadakis destaca as silhuetas dos bailarinos em linhas penetrantes e nítidas de arquitectura barroca, diz a nota.

O livro com que se tornou escritor, diz Salman

Rushdie, é agora a experi-ência cinematográfica que “fecha o ciclo” de anos passados entre a fama e o esconderijo sob uma fatwa. “Os Filhos da Meia-Noite” está a estrear-se mundo fora, mas Rushdie já dá sinais de que Joseph Anton, a sua mais recente encarnação literária que na verdade são as suas memórias, possa também saltar para as salas de cinema.

Rushdie encontra-se nas rondas promocionais do filme “Os Filhos da Meia--Noite”, mas já tem os olhos postos no futuro. Gostaria de ver Joseph Anton, as

Bailado “Glória” pelo Ballet de Genebrasobe este sábado ao palco do CCM

Grande Barroco

Cinema Salman Rushdie diz que o filme“Os Filhos da Meia-Noite” fecha um ciclo

Alegoria sobre o nascimento da Índia

Handel Mestre da música barrocaGeorge Frederich Handel (1685 - 1759), britânico nascido na Alemanha, foi o exemplo consumado do artista, viajante, empreendedor do século VIII. Ao longo da vida tornou-se no representante de uma síntese única de escrita instrumental alemã e operática italiana, bem como de uma era inteira de música em inglês. Nascido numa família indiferente à música, Handel começou por estudar Direito antes de se dedicar por inteiro à carreira musical. Depois de um breve período na universidade, aceitou um lugar na orquestra da ópera de Hamburgo, para onde se mudou, e onde produziu a sua primeira ópera aos 20 anos. De Hamburgo viajou para Itália, depois para Hanover e finalmente para Londres, onde decidiu fixar-se permanentemente. Na década que se seguiu, a sorte foi de altos e baixos uma vez que competia com a ópera italiana e que a própria ópera foi ganhando e perdendo o interesse do público. No entanto, as suas oratórias e outros trabalhos corais tiveram maior sucesso. Ao longo da vida compôs 42 óperas, 29 oratórias, mais de 120 cantatas, trios e duetos, inúmeras árias, música de câmara, uma largo número de peças ecuménicas, odes e serenatas, e 16 concertos para órgão. A versatilidade de Handel permitia-lhe escrever para todas os géneros de ocasião. As suas óperas tinham muito do estilo popular italiano, enquanto os seus trabalhos corais de grande escala se tornaram talvez no seu legado mais significativo. É considerado um dos maiores compositores de todos os tempos, com trabalhos como “Música da Água”, “Música Para os Reais Fogos-de-artifício” e “Messias”, a permanecerem populares.

HM 25.4.13 - 1ª vezExecução ordinária n.º cV2-12-0071-cEo 2º Juízo cível

EXEQUENTE: MELco cRoWn JoGoS (MAcAU), S.A./ 新濠博亞博彩(澳門)股份有限公司, com sede em Macau, na Avenida Dr. Mário Soares, nº 25, Edifício Montepio, 1º andar, Comp.13, registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis sob o nº 24325(SO).

EXECUTADO: LAM PAK KEi/林白己, solteiro, maior, com última residência conhecida na Estrada Nordeste da Taipa 86, Edf. Hoi Wan Garden, 12º andar M, Taipa, ora ausente em parte incerta.

*** Correm éditos de trinta (30) dias, a contar da segunda e última publicação do anúncio, citando o executado acima identificado, para no prazo de vinte (20) dias, decorrido que seja o dos éditos, pagarem ao exequente a quantia de MOP$6,449,527.64 (Seis Milhões, Quatrocentas e Quarenta e Nove Mil, Quinhentas e Vinte e Sete Patacas e Sessenta e Quatro Avos) e legais acréscimos, ou no mesmo prazo, deduzirem oposição por embargos ou nomearem bens à penhora, sob pena de, não o fazendo, ser devolvido ao exequente o direito de nomeação de bens à penhora, seguindo o processo os ulteriores termos até final à sua revelia. Tudo conforme melhor consta do duplicado da petição inicial que neste 2º Juízo se encontra à sua disposição e que poderá ser levantado nesta Secretaria Judicial nas horas normais de expediente. E ainda que é obrigatória a constituição de advogado caso sejam opostos embargos ou tenha lugar a qualquer outro procedimento que siga os termos do processo declarativo. Macau, 19 de Abril de 2013.

suas memórias editadas em 2012 intituladas com o nome que usava com pseudónimo durante os anos de risco em que temia ser assassinado, adaptado também ao cinema.

“Os Filhos da Meia--Noite” é uma alegoria romântica sobre o nasci-

mento da Índia, reflectindo também sobre as origens das tensões religiosas en-tre hindus e muçulmanos, entre Índia e Paquistão, no sub-continente. Rea-lizado por Deepa Mehta e já estreado em vários países, é a primeira expe-riência de Rushdie como

co-argumentista numa longa-metragem baseada na sua própria obra. O filme, que também é nar-rado por Rushdie, conta a história de dois rapazes nascidos na mesma data, 15 de Agosto de 1947, dia da independência da Índia, trocados à nascença.

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quinta-feira 25.4.2013 15www.hojemacau.com.mo desporto

Conseguir já o sim de Jorge Je-sus para prolongar o contrato com o

Benfica. É esta uma das tare-fas a que Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, se propõe e que poderá conhecer avanços nas próximas horas, precisamente durante a estadia da equipa na Turquia, dando assim um desenvolvimento fundamental no processo ne-gocial para renovar o vínculo do treinador de 58 anos.

Luís Filipe Vieira lidera

a comitiva encarnada que ontem partiu para istambul, na Turquia, onde amanhã os encarnados defrontam o Fenerbahçe na primeira mão da meia-final da Liga Euro-pa, e o presidente encarnado espera regressar a Lisboa com avanços significativos num processo que se arrasta há algum tempo.

A SAD benfiquista já fez saber o interesse em renovar o contrato com o treinador, e Jesus já fez saber que está disposto a estudar os novos

números que o Benfica lhe apresenta. Estender o vínculo, em princípio, por mais duas épocas é a priori-dade. Os números são ainda uma incógnita, mas, pese o cenário global de crise, não devem fugir muito aos que o treinador tem no contrato ainda em vigor, apesar de se esperar que sejam revistos. Ainda assim, dificilmente descerão para metade dos valores do actual contrato, como chegou a ser noticiado em alguns meios.

Carragher pede para queLiverpool não venda SuarezO defesa Jamie Carragher pediu aos dirigentes do Liverpool para apoiarem o avançado Luis Suarez, após o incidente em que mordeu Ivanovic (Chelsea), e não cederem às pressões para venderem o passe do uruguaio. “Como as coisas estão actualmente parece que o Liverpool tem de fazer alguma coisa por causa de uma maça podre. Até parece que Suarez é o primeiro jogador do Liverpool que esteve envolvido em algo controverso. Isso não é verdade”, afirmou Carragher, em declarações ao Daily Mail. O defesa recordou que ex-jogadores como Graeme Souness ou Robbie Fowler também tiveram problemas e o clube ficou do seu lado: “Outros jogadores também fizeram algo de errado e admitiram que estiveram mal, Suarez também reconheceu o seu erro. Mais importante, o clube esteve sempre do seu lado”. Sem querer diminuir a gravidade do incidente de Suarez, Carragher recordou que sofreu uma entrada que lhe partiu a perna e teve de parar durante seis meses e que preferia que o adversário tivesse antes mordido a sua perna.

Van Persie pediu permissãoà Juventus para assinar com o UnitedRobin Van Persie terá pedido permissão à Juventus para assinar com o Manchester United, no início da presente temporada. De acordo com a Sky Sport Italia, no verão do passado ano, o holandês terá concordado com os termos da proposta da vecchia signora, mas o Arsenal não aceitou baixar a cláusula de rescisão fixada em cerca de 29 milhões de euros. Quando o Manchester United se mostrou disponível para pagar o valor pedido pelos gunners, Van Persie terá questionado a Juventus por “permissão” para assinar contrato, não querendo violar o acordo a que tinha chegado com os bianconeri.

Man. United conta com 140 milhões para reforçosA imprensa inglesa revela que o

Manchester united pretende reforçar a equipa com jogadores de créditos firmados e terá 140 milhões de euros para o fazer. De acordo com o jornal The sun, o Manchester united está confiante que irá fazer cerca de 80 milhões com as vendas de jogadores

como Nani, Anderson e Wayne Rooney. Depois, o clube terá também disponi-bilizado cerca de 50 milhões de euros provenientes das receitas do clube. O “manager” Alex Ferguson ambiciona garantir o goleador radamel Falcao, do Atlético Madrid, e sonha com o regresso de Cristiano Ronaldo.

Benfica Vieira quer garantir acordo verbal com treinador

Jesus para o futuro

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quinta-feira 25.4.201325 de abril16 www.hojemacau.com.mo

As eleições mais participadas de sempre foram as primeiras re-

alizadas após o 25 de Abril de 1974, para a Assembleia Constituinte, registando-se uma taxa de abstenção de apenas 8,5%, segundo dados reunidos pela Pordata.

Exactamente um ano após a revolução, quase 6,7 milhões de pessoas elegeram os deputados que elaboraram a Constituição, atribuindo a maioria ao Ps (2,1 milhões de votos) e PPD (1,5 milhões de votos). Nessas eleições, as primeiras em liberdade, apenas 526 mil eleitores (8,5%) não exerceram o seu direito de voto.

O município de Fronteira (Portalegre) teve a mais baixa abstenção (3,9%), enquanto em Mortágua não votaram 19,1% dos eleito-res, o valor mais elevado.

A elevada adesão às urnas de 1975 não voltou a verificar-se: logo no ano seguinte, as eleições para

O professor universitário Pe-dro Nogueira Ramos consi-

dera que se vive hoje, em termos médios, “incomparavelmente melhor” do que há 40 anos, mas salienta que os desempregados estão excluídos desses ganhos.

Para o autor do livro “Tortu-rem os Números que Eles Confes-sam” e antigo director de Contas Nacionais do Instituto Nacional de Estatística, se se olhar para o Produto Interno Bruto (PIB) ‘per capita’ constata-se uma “dife-rença abissal entre aquilo que se passava em 2010 e aquilo que se passava em 1974”. “Aquilo que penso que é diferente entre 2010 e 1974 e que, de alguma maneira contraria esta ideia de que vive-mos muito melhor nos nossos dias do que em 1974, tem a ver com o modo como o próprio PIB e o próprio rendimento e o fruto da riqueza gerada é distribuído pelos portugueses. A começar pela taxa de desemprego”, afirmou o pro-fessor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Apesar dos direitos garan-tidos dos desempregados, cuja taxa atingiu em Fevereiro 17,5% segundo dados do Eurostat, Pe-

dro Nogueira Ramos refere que estes são, “de algum modo, uma classe excluída deste enorme ganho de riqueza”, que em 2010 fez com que Portugal atingisse o PIB ‘per capita’ dos Estados Unidos em 1974. “O nível de vida em Portugal em 2010 era equiparável ao nível de vida nos Estados Unidos em 1974. Por-tanto, apesar de tudo houve um grande salto em frente, de 1974 para 2010. Isto parece-me claro em termos médios”, afirmou o economista.

Pedro Nogueira Ramos, po-rém, realça que não é possível “só olhar para os números no sentido de dizer que o PIB per capita é muito maior hoje do que era há 40 anos nem no sentido de dizer que agora há muito desemprego e na altura pouco”. “se calhar a verdadeira avaliação da situação portuguesa está um pouco entre estas duas observa-ções”, acrescentou o professor universitário de Coimbra, para quem o problema do desemprego hoje é conjuntural e que recorda como, em anteriores situações de ajuda financeira externa, Portu-gal “era senhor da sua política económica”.

O número de tribunais judiciais em Portugal passou de 208 em

1972 para 327 em 2011, segundo dados disponibilizados pela Porda-ta, mas durante o mesmo período os processos pendentes cresceram quase 10 vezes.

Entre 1972 e 2011, o número de processos pendentes nos tribunais judiciais portugueses passou de 175.484 para 1.703.011, acom-panhado por um crescimento dos processos que entram nos tribunais de 242.091 para 804.076.

Assim, a taxa de congestão – “rácio do volume de processos pendentes no início do ano sobre o volume de processos findos no ano em apreciação”, de acordo com a Pordata - dos tribunais judiciais

subiu de 70% dois anos antes da “Revolução dos Cravos” para 217% em 2011.

Entre 1970 e 1972, o número de tribunais manteve-se nos 208, assistindo-se a uma subida para 217 dois anos depois, de acordo com informações do Ministério da Justiça patentes na Pordata - serviço público de informação estatística criado pela Fundação Francisco Manuel dos santos, tendo o maior salto sido dado entre 1981 e 1982, quando de 218 tribunais de justiça, Portugal passou para 304. Desde 2009 e até 2011, último ano dis-ponível de dados, que o número de tribunais judiciais se fixou em 327.

No que diz respeito a processos findos, os números apresentam

também uma subida significativa, de 221.750 em 1972 para 768.318 39 anos depois.

Em termos de pessoal ao ser-viço dos tribunais judiciais, em 1972 o número de magistrados judiciais era de 429 e o de magis-trados do Ministério Público era de 248, enquanto, quase 40 anos depois, eram de 1.748 e de 1.459, respectivamente.

Do lado das prisões, os dados do Ministério da Justiça revelam uma população de reclusos de 3.405 dois anos antes do 25 de abril, número que em 2011 era de 12.681, com uma taxa de ocupação que passou de 37,9% para 105%, depois de na década de 1990 ter atingido os 120% em duas ocasiões.

A Associação 25 de Abril manifestou esta terça-feira a sua “indignação” sobre a falta de uma justiça “rápida e eficaz” quanto ao envolvimento de pessoas com responsabilidades na economia e finanças em “processos fraudulentos de milhares de milhões de euros” e pediu para os partidos expulsarem militantes que estejam envolvidos em crimes de corrupção. Num comunicado enviado às redacções, a Associação 25 de Abril apontou a “ausência de acções concretas para penalizar os autores desses crimes”, depois de referir o envolvimento “em vários processos fraudulentos, de milhares de milhões de euros, de pessoas com mas mais altas responsabilidades em diversos sectores da economia e das finanças da nossa sociedade, muitas vezes oriundos dos aparelhos partidários e tendo desempenhado as mais elevadas funções no Estado português”. Nesse sentido, a Associação presidida por Vasco

Lourenço reclama junto dos partidos políticos “a todos sem excepção” para que “façam tudo o que estiver ao seu alcance para denunciar e expulsar das suas organizações todos quantos hajam tomado parte em práticas corruptas”. Sem nunca se referir a casos concretos, a Associação considera que as situações em que agentes do poder se aproveitam de situações em proveito próprio “configuram, sem a menor dúvida, um enorme e muito grave descrédito dos representantes políticos, um logro à confiança cidadã e um desprestígio” para o país. Reconhecendo que os partidos são elementos “essenciais ao funcionamento democrático”, a Associação defende que “só com a sua elevação ética e regeneração poderá a classe política recuperar o prestígio perdido e a sua representatividade moral”. “Sem isso, a democracia, tal como a entendemos, será uma mera ficção!”, concluiu.

Eleições de 1975 tiveram menor abstenção de sempre

Desinteresse ano após anoa Assembleia da República tiveram uma taxa de absten-ção de 16,7%, ainda assim inferior à registada para eleger Ramalho Eanes como Presidente da República no ano seguinte – 24,6%.

A informação está reu-nida na página da internet da Pordata, um projecto da Fundação Francisco Ma-nuel dos santos, que passou a disponibilizar também as votações por município nas

38 eleições realizadas em Portugal após a revolução do 25 de Abril, com base nos dados da Direcção Geral da Administração Interna (DGAI).

A análise dos dados per-

mite fazer uma leitura sobre a evolução dos níveis de abstenção no país, com uma tendência de aumento em todos os tipos de eleições – presidenciais, legislati-vas, autárquicas, europeias e regionais. “Leva-nos a tentar ir um bocadinho mais longe na compreensão do fenómeno da abstenção, tão pouco conhecido em Portugal. É mais um con-tributo para percebermos o que leva as pessoas a não votarem, o que também pode condicionar muito os resultados. É extremamente útil para percebermos o que tem sido obscuro até hoje”, referiu em entrevista à Lusa a directora da Pordata, Ma-ria João Valente Rosa.

A poucos meses da re-

alização de eleições autár-quicas, a disponibilização da informação sobre a participação eleitoral dos portugueses permite “um maior esclarecimento da po-pulação”. “Se ficarmos mais esclarecidos somos também mais livres. Quanto mais conhecemos, mais livres somos”, disse a responsável.

O novo tema agora dis-ponível no site da Pordata “é mais uma porta para co-nhecermos melhor o país que temos”, permitindo cruzar a informação sobre os votos em determinado município ou região e comparar com outras áreas e com o país, explicou.

A Pordata é um portal de dados na internet, que concentra dados oficiais sobre diversas estatísticas relativas à sociedade por-tuguesa em áreas como a população, a saúde, a edu-cação, o emprego e condi-ções de trabalho, habitação, segurança social, justiça ou municípios.

Desempregados excluídos da riqueza gerada desde 1974

Onde pára o dinheiro?

Processos pendentes sobem quase 10 vezes

A lentidão dos tribunais

Associação 25 de Abril recusou estar nas comemorações e apela aos partidos

39 anos depois

Page 17: Hoje Macau 25 ABR 2013  #2838

17quinta-feira 25.4.2013 www.hojemacau.com.mo futilidades

Sudoku [ ] Cruzadas

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Aqui há gato

[Tele]visão

Pu Yi

DeCiSõeSDo PúbliCo ChegArãoAo PrivADo?

Depois de meses de especulação entre diversas entidades quanto à criação de um salário mínimo em Macau para o sector privado, eis que o governo se chega à frente e toma uma decisão: a partir de Junho, os funcionários dos sectores da limpeza e da segurança que estão em serviços do executivo vão passar a receber 26 patacas por hora, em vez das actuais 23. esta decisão, anunciada ontem pelo secretário da economia e finanças, Francis Tam, vai acabar por decidir tudo o que está por decidir ao nível do privado. Apesar de Francis Tam ter frisado claramente que essas 26 patacas “não vão servir de referência” aos futuros valores praticados no privado, não acredito que os valores sejam muito diferentes. Contudo, é esperar para ver, porque o privado tem outros interesses e, como se sabe, os consensos em Macau demoram a acontecer. Do lado do público, acredito que poderemos ter mais novidades em 2014. Do lado do privado, tenho sérias dúvidas: entre uma Direcção dos Serviços para os Assuntos laborais (DSAl) que demora a assumir posições e a dar explicações concretas e um estudo da Universidade de Macau (UMAC) que poderia ter contornos mais públicos, será difícil fixar um valor para o salário mínimo.o governo pediu entre 23 a 28 patacas, porque, segundo o secretário, abaixo das 23 patacas é difícil viver. veremos o que os senhores do Conselho Permanente de Concertação Social (CPCS) vão decidir. veremos se as decisões públicas atingem, ou não, o privado.

TDM13:00 TDM News - Repetição13:30 Telejornal + 360º (Diferido)14:40 Ler + Ler Melhor15:00 Sessão de perguntas e respostas sobre o relatório da Linhas de Acção Governativa, com a presença do Chefe do Executivo (Directo)18:10 Nelson Mandela19:00 Montra do Lilau (Repetição)19:30 Vingança20:30 Telejornal21:00 TDM Talk Show21:30 Castle Sr.422:10 Escrito nas Estrelas23:00 TDM News23:30 Resumo Liga dos Campeões23:45 Liga dos Campeões: Borussia Dortmund – Real Madrid (Repetição)01:15 Telejornal (Repetição)01:45 RTPi Directo

INFORMAÇÃO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:40 Poplusa15:35 Grandes Quadros Portugueses16:00 Bom Dia Portugal16:30 Assembleia da República: Sessão Solene 25 de Abril19:05 As Linhas de Torres 20:00 Jornal Da Tarde 21:15 O Preço Certo22:00 Salvador22:25 Surf Total22:45 Portugal no Coração

30 - FOX Sports13:00 Chang World of Football 2012/1313:30 AFC Champions League 2013 Jeonbuk Hyundai Motors vs. Muangthong United15:30 MLB Regular Season 2013 New York Yankees vs. Tampa Bay Rays18:30 (Delay) Baseball Tonight International 201319:30 (LIVE) FOX SPORTS Central20:00 ABL Crossover 201320:30 Total Rugby21:00 Copa Lagos 2012 Argentina vs. Lebanon22:00 FOX SPORTS Central22:30 Thursday Fight Night With UFC

31 - STAR Sports13:00 Mobil 1 The Grid 2013 13:30 Smash 2013

14:00 V8 Supercars Championship Series 2013 - Highlights16:00 HSBC Asian 5 Nations Rugby 2013 Japan vs. Philippines18:00 Russian Premier Liga 2012/13 CSKA Moscow vs. Spartak Moscow19:30 FIA F1 World Championship 2013 - Highlights Bahrain Grand Prix21:00 2 Wheels21:30 (LIVE) Score Tonight 201322:00 Mobil 1 The Grid 201322:30 2 Wheels23:00 AFC Champions League

40 - FOX Movies11:20 The Da Vinci Code13:50 Wall-E15:30 Brave17:05 Transporter: The Series17:50 Cloudy With A Chance Of Meatballs19:25 Three Inches21:00 The Avengers23:25 X-Men: First Class

41 - HBO12:10 Dolphin Tale

14:00 Big Miracle15:50 Pay It Forward18:00 The Joy Luck Club20:20 Paul22:00 Game Of Thrones23:00 Take Me Home Tonight00:40 Brighton Rock

42 - Cinemax12:30 Carnivale14:30 Dragon Dynasty16:00 The Viking Queen17:45 Days Of Thunder19:30 Hollywood On Set20:00 Carnivale22:00 Rage Of The Yeti23:30 The Jurassic Attack

SoluçõeS do problema

HORIZONTAIS: 1-ALDEOLA; TRAJECTO SINUOSO. 2-IRRITAR; MIADELAS. 3-SADIA; AZEITONA (POET.); CAMPEÃO. 4-PEDRA DE ALTAR; MINHA (ANT.). 5-CABELO BRANCO; CATEDRAL. 6-PARTE DA PERNA DIANTEIRA DAS RESES; JIBóIA: PARTE EM QUE SE AMURAM AS VELAS DO NAVIO. 7-ZOMBAR; ATMOSFERA. 8-CADA UMA DAS PEÇAS DE UMA CORRENTE; OVáRIO DOS PEIXES. 9-COMPREENDE O SENTIDO DE; RECINTO MURADO E DESCOBERTO, ANEXO A UM EDIFíCIO; AVENIDA (ABREV.). 10-MACACO DO BRASIL; REBUÇADO (BRAS.). 11-AFLIGIR; DESGASTAR FRICCIONANDO.VERTICAIS: 1-CERCEAR; GOSTAR MUITO (FIG.). 2-LAVRAR COM ARADO OU CHARRUA; MULHER DE MAU GéNIO (FIG.). 3-SOCIEDADE ANóNIMA (SIGLA); ANIMAL MICROSCóPICO GERADOR DA SARNA E DE ALEGRIAS; TáLIO (S.Q.). 4-ANEL; CABO DO NAVIO, CUJOS EXTREMOS ESTÃO FIXOS. 5-NAQUELE LUGAR; RUIM. 6-OBSEVEI; PRODUZ SOM; PORCO. 7-AVANCE; INTERJEIÇÃO QUE TRADUZ CHAMAMENTO. 8-ALGUMA; LARGA CINTA DE SEDA USADA PELOS JAPONESES. 9-GRACEJA; FINóRIO; ANTEMERIDIANO (ABREV.). 10-CORREI VELOZMENTE; FOSSO PARA DEFESA DE FORTIFICAÇõES. 11-SUBMETER à ACÇÃO DIRECTA DO FOGO EM SECO, OU AO CALOR DO FORNO; FUGIR (GíR.).

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

HORIZONTAIS: 1-Aldeola; Trajecto sinuoso. 2-Irritar; Miadelas. 3-Sadia; Azeitona (poet.); Campeão. 4-Pedra de altar; Minha (ant.). 5-Cabelo branco; Catedral. 6-Parte da perna dianteira das reses; Jibóia: Parte em que se amuram as velas do navio. 7-Zombar; Atmosfera. 8-Cada uma das peças de uma corrente; Ovário dos peixes. 9-Compreende o sentido de; Recinto murado e descoberto, anexo a um edifício; Avenida (abrev.). 10-Macaco do Brasil; Rebuçado (bras.). 11-Afligir; Desgastar friccionando.VERTICAIS: 1-Cercear; Gostar muito (fig.). 2-Lavrar com arado ou charrua; Mulher de mau génio (fig.). 3-Sociedade Anónima (sigla); Animal microscópico gerador da sarna e de alegrias; Tálio (s.q.). 4-Anel; Cabo do navio, cujos extremos estão fixos. 5-Naquele lugar; Ruim. 6-Obsevei; Produz som; Porco. 7-Avance; Interjeição que traduz chamamento. 8-Alguma; Larga cinta de seda usada pelos Japoneses. 9-Graceja; Finório; Antemeridiano (abrev.). 10-Correi velozmente; Fosso para defesa de fortificações. 11-Submeter à acção directa do fogo em seco, ou ao calor do forno; Fugir (gír.).

IRON MAN 3

Sala 1iron man 3 [c]Um filme de: Shane BlackCom: Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Don Cheadle14.30, 19.15

evangelion 3.9: you can (not) redo [c](FALADO EM JAPONÊS E LEGENDADO EM CHINÊS)Um filme de: Hideaki Anno17.00, 21.55

Sala 2 iron man 3 [3d] [c]Um filme de: Shane BlackCom: Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Don Cheadle14.15, 16.45, 19.15, 21.45

Sala 3the hoSt [b]Um filme de: Andrew NiccolCom: Saoise Ronan, Max Irons, Jake Abel, Diane Kruger, William Hurt14.30, 16.45, 19.15

oblivion [b]Um filme de: Joseph KosinskiCom: Tom Cruise, Morgan Freeman, Olga Kurylenko21.30

Rua de S. domingoS 16-18 • Tel: +853 28566442 | 28515915 • Fax: +853 28378014 • [email protected]

À VENDA NA LIVRARIA PORTuGuESAA CHINA E A CORRIDA AOS RECuRSOS • Dambisa Moyoos recursos do nosso planeta estão a esgotar-se. os meios de comunicação bombardeiam-nos com avisos constantes de escassez iminente de combustíveis fósseis, minerais, terras aráveis e água. o combate político que vai resultar desta procura global muito superior à oferta é extraordinário. Neste livro Dambisa Moyo esclarece os principais equívocos e o ruído que surge em torno da escassez de recursos, com uma análise penetrante do que realmente está em jogo. examinando as operações dos mercados de mercadorias e as mudanças geopolíticas que têm provocado, revela os fatos ocultos por detrás da insaciável procura global do crescimento econó-mico. Nessa corrida por recursos globais, a China está na frente. Um olhar com os olhos limpos para as realidades que todos nós precisamos enfrentar se queremos uma economia global justa, equilibrada e pacífica para o século 21.

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quinta-feira 25.4.2013opinião18 www.hojemacau.com.mo

cartoon o relatóriopor Steff

edi tor ia lCarlos Morais José

O súbito aparecimento dos filhos de Leonel Alves e de Neto Valente na TDM chinesa provocou imediatamente reacções negativas na sociedade de Macau, sobretudo por causa das suas pretensões políticas. Admitindo que a sua recém-criada associação não se candidatará às eleições deste ano não descartam, porém, ser nomeados pelo Governo ou eleitos indirectamente. Já a razão pela qual se consideram capazes ou merecem tal distinção permanece obscura.

Ou talvez não. De facto, sendo herdeiros de fortunas consideráveis, devem achar que tal lhes dá o direito de ter uma palavra no modo como esta terra é governada ou mesmo que poderão representar uma fatia da população na Assembleia Legislativa. Se o dinheiro tudo (ou quase) compra, parecer-lhes-á “natural” ocupar um lugar de destaque nesta sociedade, tal como fizeram os seus progenitores.

Mas a verdade é que muitas vezes a maçã acaba por cair longe da árvore. E, julgando pelo que deles se conhece (muito pouco), não surge como óbvio que detenham as mesmas qualidades dos seus pais. Ou seja, têm muito para provar. E até agora a sua acção pública tem-se pautado pelo... vazio. Não se sabe

Quem é que já viu Duarte Alves ou Jorge Valente Jr. em qualquer acontecimento social ou cultural desta cidade, para além de umas esporádicas festas, normalmente restritas à comunidade macaense? Ambos dão a impressão de viver em gaiolas douradas, distanciados do ritmo real da cidade, das suas forças e das suas aspirações. Que provas deram para ousar a pretensão política?

A gaiola douradaacontecimento social ou cultural desta cidade, para além de umas esporádicas festas, normalmente restritas à comunidade macaense? Ambos dão a impressão de viver em gaiolas douradas, distanciados do ritmo real da cidade, das suas forças e das suas aspirações. Que provas deram para ousar a pretensão política? Tiveram boas notas nos respectivos cursos? São profissionais de destaque nas suas áreas? Notabilizaram-se por tornar públicas as suas opiniões sobre os temas candentes que assolam este território? Não nos parece.

De facto, antes pelo contrário. Sabemos deles que são filhos de duas das personali-dades mais influentes de Macau, mas será que isso basta para lhes garantir uma po-sição de relevo? Provavelmente sim. Mas para conseguirem adquirir o verdadeiro respeito e consideração dos cidadãos terão de correr muito, de bater muita sandália pela estrada da vida. É pena que não se candidatem este ano às eleições directas, na esteira de um Casimiro Pinto , mas com muito mais meios. Talvez os resultados eleitorais os fizessem pensar para além da gaiola dourada, que os papás carregam e onde até hoje têm vivido.

o que pensam, se pensam ou se pensaram noutro projecto que não seja ocupar o seu aquecido lugar na vida. Convenhamos que é pouco.

Quanto a Jorge Valente Jr., não é conheci-da qualquer intervenção social e caracteriza--se, em geral, por recusar contactos com a imprensa. Ninguém sabe o que faz, o que fez e o que irá fazer, para alem de dispor dos milhões do seu pai.

Quanto a Duarte Alves, o quadro é mais negro. Colocado pelo pai como rosto princi-pal do Benfica de Macau, a sua actuação tem levado ao gradual afastamento das pessoas do clube, incluindo os mais conhecidos ben-fiquistas. O Benfica de Macau é um clube antipático, esquisito, mal disposto e esquivo. É certo que Duarte Alves conseguiu dispo-nibilizar dinheiro para comprar jogadores de qualidade e, provavelmente, a equipa conseguirá chegar ao fim do campeonato no terceiro lugar. Mas que perdeu definiti-vamente o apoio e a simpatia popular, isso é uma verdade insofismável. Parece-nos, portanto, uma má estreia para quem tem aspirações a qualquer liderança política.

Por outro lado, quem é que já viu Duar-te Alves ou Jorge Valente Jr. em qualquer

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19opiniãoquinta-feira 25.4.2013 www.hojemacau.com.mo

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; David Chan; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Leocardo; Maria Alberta Meireles; Mica Costa-grande; Paul Chan Wai Chi; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

bairro do or ienteLeocardo

IComemora-se hoje mais um aniver-sário da Revolução dos Cravos, que exactamente há 39 anos neste dia derrubou a ditadura do Estado Novo em Portugal e instituiu uma democracia parlamentar e multi-partidária, aboliu a censura, libertou os presos políticos e de delito de opinião, e eventualmente pôs fim à Guerra do Ultramar, trazendo de volta a casa os nossos soldados. É uma feliz coincidência que hoje, dia 25 de Abril, tenha a oportunidade de escrever neste espaço. É mais do que isso: é uma honra. Há cada vez mais pessoas ressentidas com o 25 de Abril e as suas conquistas, e faz-se muita con-fusão entre a Revolução dos Cravos e os cravos da pós-revolução. É verdade que foram cometidos alguns excessos no período que se seguiu ao derrube do regime de Marcelo Caetano, nomea-damente durante o PREC, uma nódoa na nossa História mais recente. No que a revoluções diz respeito, Portugal não detém o exclusivo dos problemas que surgem no contexto de uma nova realidade. Os exemplos sucedem-se, mesmo nos dias de hoje. Foram quase 50 anos na penumbra, na sombra do autoritarismo musculado, e é normal que apareçam obstáculos, problemas novos e opiniões divergentes. Ao fim de um pesadelo nem sempre se segue um sonho lindo, é preciso repensar, reconstruir, reorganizar, e sobretudo encontrar o rumo certo, o que muitas vezes se afigura uma tarefa complicada. As políticas fracassadas e as decisões infelizes que se seguiram à revolução não invalidam as conquistas obtidas neste dia que se comemora. De todas a mais importante foi a liberdade, que uma vez alcançada pode ser usada para o bem ou para o mal. Depende apenas de nós usá-la com siso, aproveitá-la e tratar bem dela, para que não a volte-mos a perder. Por mais descontentes que estejamos com a actual situação, nada substitui a liberdade, e nada justifica o regresso ao passado, ao 24 de Abril. É lamentável que tanta gente jovem suspire agora por Salazar e pelo Estado Novo, mesmo sem conheci-mento de causa. Se é apenas como pro-testo pela actual austeridade é um erro.

É como receitar a alguém com uma enxaqueca que lhe cortem a cabeça. Este 25 de Abril, mais um que nos faz recordar o longínquo ano de 1974 em que Portugal reconquistou a liberdade e entrou – se bem que tardiamente – no caminho da modernidade é para ser celebrado sem reservas. Quando vamos ao aniversário de alguém não é para o criticar ou apontar-lhe defeitos. 25 de Abril sempre!

IIUma característica fascinante da po-lítica que se faz em Macau tem a ver com uma certa passividade perante al-gumas situações que noutras paragens teriam consequências desagradáveis. Algumas gafes cometidas por directo-res, secretários e outros amanuenses com responsabilidades no Governo da RAEM são toleradas de uma for-ma quase mecânica pela população em geral, que como já se sabe não é propriamente conhecida pelo seu espírito crítico. Casos tornados públi-cos recentemente no território e que em Portugal, por exemplo, levariam um alto responsável a apresentar a demissão no dia seguinte passam sem qualquer punição ou apuramento de responsabilidades. Os infractores vão-se perpetuando nas suas funções, e nem que os mandassem embora eles saíam. Os suspeitos do costume (os democratas) atiram umas farpas, exigem explicações, mas os visados fazem orelhas moucas – deixam falar e ficam à espera que o assunto “mor-ra”, ou que uma outra tropelia qual-quer seja cometida por outro autor. E assim vão passando as estações, e ficando os mesmos cantando e sor-rindo a caminho do banco. Tenho um amigo muito tolerante que responde ao descontentamento esporádico de algumas faixas da população com um pacificador: “Está tudo bem, as coisas funcionam”. De facto em Macau nin-guém morre de fome, os autocarros chegam mais ou menos a horas, e as repartições abrem às nove horas nos dias úteis. Em Macau não se justifica um “25 de Abril”, simplesmente…porque não. Tudo em nome da tal “harmonia”.

Uma característica fascinante da política que se faz em Macau tem a ver com uma certa passividade perante algumas situações que noutras paragens teriam consequências desagradáveis. Algumas gafes cometidas por directores, secretários e outros amanuenses com responsabilidades no Governo da RAEM são toleradas de uma forma quase mecânica pela população em geral, que como já se sabe não é propriamente conhecida pelo seu espírito crítico

Revolução e harmonia

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