hernias lombares
TRANSCRIPT
Hérnias discais lombaresIndicações Cirúrgicas e Vias de Abordagem
Ricardo MaiaServiço de Ortopedia e Traumatologia
Serviço de NeurocirurgiaDirector: Dr. Carlos Alegria
13 de Agosto de 2010
Definição
Classificação
Factores de risco Factores genéticos
Trabalho físico pesado
Postura de trabalho estática
Inclinar e rodar o tronco
Levantar, empurrar e puxar
Trabalho repetitivo
Vibrações
(Magnusson ML, Pope ML, Wilder DG, 1996.)
Anamnese Traumatismo agudo ou factor desecadeador
Localização dos sintomas
Características da dor
Alterações posturais (claudicação neurogénica)
Efeito do aumento da pressão intratecal
História psiquiátrica
Exame objectivo Observação (postura; marcha)
Palpação (espasmo; dor localizada)
Arco de movimento ( flexão)
Ancas
Avaliação vascular
Avaliação neurológica
Testes de tensão
• Elevação da perna estendida• Elevação da perna contralateral estendida• Teste da corda de arco (Bowstring)• Teste da distensão do N. femoral
Exames auxiliares de diagnóstico RX (exclusão de outras entidades clínicas)
TAC e Mielografia (eficazes se usados como confirmatórios)
RMN (gold standard) Falsos positivos
<40 anos – 35% >60 anos – 93%
EMG e testes de condução nervosa (?)
Tratamento conservador Repouso
AINE
Educação
Corticoterapia
Antidepressivos (nortriptilina)
Fisioterapia
TENS; Tracção; Ortoteses; US
Indicações cirúrgicas Absolutas
S. Cauda Equina Défice motor recente, severo e progressivo
Relativas Falência do tratamento não cirúrgico (adequado) Dor radicular grave não controlada farmacologicamente Hérnia em canal estenótico prévio (medular ou radicular) Défice motor significativo com testes de tensão positivos Hérnia extrusa grande Dor radicular recorrente após tratamento conservador bem sucedido
“Timing” Cirúrgico S. Cauda Equina
Urgência cirúrgica
Indicações relativas Pouca evidência científica relativamente ao tempo óptimo Raramente <6 semanas
Período em que geralmente os sintomas regridem Não deve ser protelada para além dos 3-4M
As possibilidades de melhoria da dor radicular são menores e diminuem mais após os 6M
Vias de abordagemDiscectomia aberta
Microdiscectomia
Discectomia Percutânea endoscópica
Discectomia laser endoscópica ou percutânea
Nucleólise percutânea
Vias de abordagemDiscectomia aberta
Microdiscectomia
Discectomia Percutânea endoscópica
Discectomia laser endoscópica ou percutânea
Nucleólise percutânea
Vias de abordagemDiscectomia aberta
Microdiscectomia
Discectomia Percutânea endoscópica
Discectomia laser endoscópica ou percutânea
Nucleólise percutânea
Vias de abordagemDiscectomia aberta
Microdiscectomia
Discectomia Percutânea endoscópica
Discectomia laser endoscópica ou percutânea
Nucleólise percutânea
Revisão Cochrane Discectomia melhor do que quimopapaina
Quimopapaina melhor do que placebo
Ø diferença significativa entre discectomia aberta e microdiscectomia
Evidência insuficiente para apoiar outras intervenções cirúrgicas – devem ser vistas como experimentais
Necessidade de mais estudos randomizados controlados de boa qualidade
Complicações cirúrgicas Nível errado 1.2 – 3.3% Durotomia 0.8 – 7.2% Lesão de raízes 0.2% Infecção 2 – 3% Hérnias recorrentes 5 – 15% Fibrose epidural
Difici distinguir de hérnia recorrente RMN com gadolínio Sem correlacção entre extensão e sintomas Nenhuma intervenção ou material provou alterar a incidência
Hematoma epidural S. Cauda Equina Instabilidade iatrogénica
Resultados da cirurgia 85 – 95% bons ou excelentes a curto prazo
A longo prazo diminuem para 55 – 70% 10 – 18% necessitam cirurgia adicional Dor lombar baixa é a causa mais frequente de insatisfacção (cx = conservador)
Microdiscectomia Internamento mais curto Regresso ao trabalho sedentário mais precoce = discectomia aberta às 8-12 semanas
Sem diferença estatisticamente significativa na recuperação dos défices motores estabelecidos com ou sem cirurgia
Factores preditivos de bom resultadoAusência de dor lombar baixa
Dor com distribuição radicular com sinais de tensão positivos
Lesão não relacionada com o trabalho
Classe socioeconómica elevada
Factores de stress psicossocial mínimos
SumárioDiscectomia aberta (e provavelmente a microdiscectomia) são
o “Gold Standard”
Respeitar as indicações cirúrgicas
A selecção dos pacientes influencia o resultado final
Ter em mente a história natural da hérnia discal lombar
BibliografiaThe Cochrane Review of Surgery for Lumbar Disc Prolapse and Degenerative Lumbar Spondylosis. Gibson, Grant, Waddell. 1999.
Management of Herniation of the Lumbar Disc. Review Article. Postacchini.1999.
Lumbar Disc Herniations. Surgical vs. Non Surgical Treatment. Awad and Moskovich. 20
Campbell Operative Orthopaedics, S. Terry Canale 11ª ed, 2008
Butterman GR: Treatment of lumbar disc herniation: Epidural steroid injection compared with discectomy. J Bone Joint Surg [Am] 2004; 86:670-679.
Komori H, Shinomiya K: The natural history of HNP with radiculopathy. Spine 1996; 21:225-229.
Toyone T, Tanaka T, Kato D, Kaneyama R: Low-back pain following surgery for lumbar disc herniation. J Bone Joint Surg [Am] 2004; 86:893-896
Bell GR, Rothman RH: The conservative treatment of sciatica. Spine 1984; 9:54-56.
Weber H: Lumbar disc herniation: A controlled, prospective study with ten years of observation. Spine 1983; 8:131-140.
Eismont FJ, Currier B: Current concepts review: Surgical management of lumbar intervertebral-disc disease. J Bone Joint Surg [Am] 1989; 71:1266-1271.
Rhee JM, Schaufele M, Abdu WA: Radiculopathy and the herniated lumbar disc. J Bone Joint Surg [Am] 2006; 88:2070-2080.
Obrigado