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VISITADAS POR ABELHAS NA CAATINGA Camila Maia-Silva, Cláudia Inês da Silva, Michael Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz e Vera Lucia Imperatriz-Fonseca Guia de Plantas

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  • VISITADAS POR ABELHAS NA CAATINGA

    Camila Maia-Silva, Cludia Ins da Silva,Michael Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz

    e Vera Lucia Imperatriz-Fonseca

    Guia de Plantas

  • 1 Edio

    Fortaleza - CE

    2012

    Camila Maia-Silva, Cludia Ins da Silva,Michael Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz

    e Vera Lucia Imperatriz-Fonseca

    VISITADAS POR ABELHAS NA CAATINGA

    Guia de PlantasDados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Guia de plantas : visitadas por abelhas na Caatinga / Camila Maia-Silva...[et al.]. -- 1. ed. -- Fortaleza, CE : Editora Fundao Brasil Cidado, 2012.

    Outros autores: Cludia Ins da Silva, Michael Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz e Vera Lucia Imperatriz-Fonseca ISBN 978-85-98564-05-0

    1. Abelhas 2. Biodiversidade - Brasil 3. Biomas 4. Caatinga - Brasil, Nordeste 5. Caatinga - Plantas - Brasil, Nordeste 6. Ecossistemas - Brasil 7. Plantas com flores 8. Plantas - Guias I. Maia-Silva, Camila. II. Silva, Cludia Ins da. III. Hrncir, Michael. IV. Queiroz, Rubens Teixeira de. V. Imperatriz-Fonseca, Vera Lucia.

    12-03658 CDD-581.9813

    ndices para catlogo sistemtico:

    1. Caatinga : Brasil, Regio Nordeste : Bioma brasileiro : Plantas visitadas por abelhas : Guias 581.9813

  • ContedoCopyright 2012 Editora Fundao Brasil CidadoEditor responsvel Joo Bosco Priamo Carbogim

    Coordenao Geral do Projeto De Olho na gua Maria Leinad Vasconcelos Carbogim

    Autores Camila Maia-Silva, Cludia Ins da Silva, Michael Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz e Vera Lucia Imperatriz-Fonseca

    Projeto apoiado CAPES CNPq

    Contedo cientfico UFERSA USP

    Colaborao CETAPIS

    Projeto Grfico e Direo de Arte Mauri de Sousa

    Apoio Institucional Petrobras USP UFERSA

    Apoio tcnico Promosell Comunicao

    Agradecimentos Os autores agradecem ao CNPq pelo apoio financeiro (Processos: 304722/2010-3 e 482218/2010-0); ao Prof. Dr. Fernando C. V. Zanella pela identificao das abelhas, e ao Reitor da UFERSA, Dr. Josivan Barbosa Menezes Feitoza, pelo apoio incondicional ao projeto; Universidade de So Paulo pelo apoio cientfico, e Petrobras que patrocinou a publicao desse Guia.

    Apresentao

    RVORES

    Anacardium occidentaleCajueiroMyracrodruon urundeuvaAroeiraSpondias tuberosaUmbuzeiroCopernicia pruniferaCarnaubeiraHandroanthus impetiginosusPau-darco-roxoCochlospermum vitifoliumPacotCordia oncocalyxPau-brancoCommiphora leptophloeosImburanaCynophalla flexuosaFeijo-bravoCrateva tapiaTrapiCombretum leprosumMofumboCnidoscolus quercifoliusFaveleiraJatropha mollissimaPinho-bravoCroton sonderianusMarmeleiroLibidibia ferreaJucazeiroPoincianella bracteosaCatingueiraSenna macrantheraSo-jooAnadenanthera colubrinaAngicoPityrocarpa moniliformisCatanduvaMimosa arenosaCalumbi

    Mimosa caesalpinifoliaSabiMimosa paraibanaCerradorMimosa tenuifloraJurema-pretaSenegalia polyphyllaEspinheiroAmburana cearensisCumaruLuetzelburgia auriculataPau-mocZiziphus joazeiroJuazeiroReferncias

    ARBUSTOS E SUBARBUSTOS

    Allamanda blanchetiiSete-patacas-roxaVarronia globosaMoleque-duroVarronia leucocephalaBuqu-de-noivaTarenayaspinosaMussambCnidoscolus urensUrtigaChamaecrista duckeanaPalma-do-campoSenna unifloraMatapasto-cabeludoSenna obtusifoliaMatapastoSenna occidentalisFedegosoSenna trachypusCanafstulaMimosa invisaCalumbi-midoSolanum paniculatumJurubebaHyptis suaveolensBamburral

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    C

    Fotos capa, Fotos plantas e Fotos de abelhas nas flores: Melipona subnitida e Tarenaya spinosa; Exomalopsis sp. e Senna obtusifolia; Macho de abelha solitria dormindo na flor Turnera subulata; Trigona spinipes e Waltheria rotundifolia; Xylocopa sp. e Libidibia ferrea; Plebeia sp. e Cereus jamacaru; Plebeia sp. e Croton sonderianus; Xylocopa grisensis e Libidibia ferrea; Melipona subnitida e Senna obtusifolia; Ceratina sp. e Turnera subulata; Abelha (famlia Halictidae), Jacquemontia multiflora, Apis mellifera e Senegalia polyphylla.

    Fotos de abelhas nas flores: Ceblurgus longipalpis e Varronia leucocephala.

    Camila Maia-Silva

    Dirk Koedam

    Michael Hrncir

    Fotos de abelhas nas flores: Frieseomelitta sp. e Libidibia ferrea.

  • Apresentao

    Guia de plantas visitadas por abelhas na caatinga

    O Guia de plantas da caatinga visitadas por abelhas insere-se nos objetivos do Projeto De Olho na gua como parte das aes integradas e participativas, fundamentadas em pesquisas cientficas e na aplicao de tcnicas ecossustentveis.A longo prazo, o manejo de abelhas nativas tem um propsito maior alm da gerao de renda suplementar que a produo de mel pode proporcionar. O ganho maior a conservao da flora nativa, que tem nesses polinizadores um dos vetores mais importantes para a manuteno da qualidade dos ecossistemas e, consequentemente, da qualidade de vida de todas as espcies.Patrocinado pela Petrobras, atravs do Programa Petrobras Ambiental, o Projeto De Olho na gua apresenta esse Guia como o resultado da articulao entre o saber cientfico e a prtica sustentvel dos recursos naturais. Da sua importncia num momento crucial em que a humanidade discute em fruns internacionals a necessidade de um novo paradigma na relao do homem com a natureza.A escolha de implementar este trabalho de plantas visitadas pelas abelhas no Projeto De Olho na gua , com a Fundao Brasil Cidado, foi pelo excelente trabalho de conservao da natureza, em especial do manguezal, desenvolvido em Icapu, a valorizao local do capital natural e a formao de uma nova gerao que vai fazer a diferena na gesto dos recursos naturais. Este Guia til para o reconhecimento destas plantas essenciais para as abelhas que esto na caatinga. Foi construdo baseado em trabalhos de campo de teses de doutoramento e projetos de pesquisa desenvolvidos por pesquisadores da Universidade de So Paulo e da Universidade Federal Rural do Semi-rido, com apoio das agncias financiadoras de pesquisa CAPES e CNPq. O estudo identificou as plantas com flores da caatinga e a utilizao destes recursos florais pelas abelhas. Temos rvores, arbustos, herbceas e trepadeiras importantes para as abelhas da caatinga. Os ramos floridos foram coletados para identificao por especialistas e depositados no Herbrio da Universidade Federal Rural do Semi-rido. Desta forma, temos disposio informaes teis para a populao em geral, assim como para aqueles que se dedicam jardinagem e paisagismo com plantas nativas da caatinga, pois falamos sobre as flores observadas, suas formas, tamanhos, cores e poca de florescimento. As fotografias foram feitas especialmente para este guia. Uma aplicao importante deste conhecimento o incentivo construo de jardins para polinizadores, uma ao que j implementada em vrias partes do mundo, para conservar as abelhas. Esses jardins podem ter tamanhos variados e so utilizados em residncias, escolas, ruas, praas e parques.

    Sida cordifoliaMalva-brancaSida galheirensisErvaoTriumfetta rhomboideaCarrapicho-de-bodeWaltheria americanaMalva-brancaWaltheria bracteosaMalvaLantana camaraCambarReferncias

    HERBCEAS

    Alternanthera tenellaQuebra-panelaFroelichia humboldtianaErvaoStilpnopappus pratensisEuploca polyphyllumSete-sangriasCommelina erectaSanta-LuziaIpomoea asarifoliaSalsaJacquemontia gracillimaJetiranaChamaecrista calycioidesPalma-do-campoChamaecrista pilosaPalma-do-campoChamaecrista supplexPalma-do-campoMimosa modestaMalciaMimosa quadrivalvisMalciaStylosanthes viscosaMelosaMarsypianthes chamaedrysAmargosaPavonia cancellataCorda-de-viola

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    Boerhavia diffusaPega-pintoOxalisdivaricataTrevoOxalis glaucescensTrevoScoparia dulcisVassourinha-de-botoPolygala violaceaPortulaca oleraceaBeldroegaTalinum triangulareBeldroega-gradaBorreria verticillataCabea-de-velhoDiodella teresMata-pastoRichardia grandifloraAsa-de-patoTurnera subulataChananaReferncias

    TREPADEIRAS

    Ipomoea bahiensisJetiranaIpomoea nilCorda-de-violaJacquemontia montanaJacquemontia multifloraJetirana-brancaMerremia aegyptiaJetirana-de-mocCanavalia brasiliensisFeijo-de-porcoCentrosema brasilianumJequitiranaChaetocalyx scandensRama-amarelaCardiospermum corindumChocalho-de-vaqueiroReferncias

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  • Biodiversidade de flores e abelhas

    Trigona spinipes eWaltheria rotundifolia

    Melipona subnitida eTarenayaspinosa

    Plebeia sp. eCroton sonderianus

    Macho de abelha solitria dormindo na flor Turnera subulata

    Plebeia sp. eCereus jamacaru

    Exomalopsis sp. eSenna obtusifolia

    Apis melliferae Senegalia polyphylla

    Frieseomelitta sp.e Libidibia ferrea

    Xylocopa sp. eLibidibia ferrea

    Ceblurgus longipalpis eVarronia leucocephala

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  • As flores e as abelhas

    As plantas com flores so muito antigas, surgiram na Terra h mais de 120 milhes de anos. Desde o incio ofereceram recursos alimentares abundantes, utilizados por visitantes florais (insetos, geralmente), os quais, por sua vez, buscando este alimento de flor em flor, as polinizavam. O nectar da flor uma fonte aucarada de alimento, e os gros de plen, fonte de protenas . Uma reviso recente1 sobre a importncia da polinizao por animais, mostrou que este processo utilizado por 87,5% de todas as espcies de plantas com flores conhecidas at o momento. Insetos e flores coevoluram, com benefcios para os dois lados. No caso das abelhas, visitantes florais especializados, essa troca obrigatria, pois as abelhas obtm todo o seu alimento nas flores, as quais se beneficiam desta interao produzindo frutos com maior diversidade gentica. Este fenmeno, esquematizado na figura abaixo, conhecido como polinizao.

    Na caatinga brasileira so conhecidas 187 espcies de abelhas, a maioria delas considerada como espcies raras2. Entretanto, as mais abundantes so as abelhas sociais nativas sem ferro, como a jandara, a jati, a amarela, a moa-branca, a irapu, a cupira, a mandaaia, a remela, a canudo, a limo, a munduri e a introduzida Apis mellifera, tambm conhecida como abelha de mel, abelha europa, abelha africanizada. Outras espcies de abelhas de hbitos solitrios tambm so abundantes e de grande importncia ecolgica.

    Biodiversidade de flores e abelhas

    Biodiversidade a palavra que usamos para descrever a variedade de seres

    vivos, os locais onde moram, as interaes entre eles (o que comem, como obtm este alimento, como se reproduzem). Estas interaes so muito importantes para a manuteno da vida. Biodiversidade de flores e abelhas, aparentemente um assunto to simples e fcil de observar, formam a base da vida na Terra. As flores produzem frutos que so utilizados por toda a cadeia alimentar. Preservar estes recursos, e restaur-los onde desapareceram, faz parte das responsabilidades sociais da atualidade. A jandara uma das abelhas nativas do semi-rido mais utilizadas pelo homem da caatinga. O Padre Bruening, que escreveu sobre ela3, dizia que Sempre houve mais jandaras que nordestinos, mais casas de abelhas indgenas que casas de aborgenes na caatinga. O corte indiscriminado de rvores, por exemplo, a imburana, a catingueira, o angico, a barana, que servem como local de nidificao para estas abelhas, ameaa a sobrevivncia da jandara, adaptada s condies climticas locais. Assim, tambm, interfere nesse processo a ausncia das rvores cujas floraes no perodo da seca alimentam as abelhas, dentre elas, o angico, a aroeira, o cajueiro, o umbuzeiro, a carnaubeira, o juazeiro. Para produzir o mel, o meliponicultor precisa cuidar das plantas que servem de alimento para as abelhas, e das que so usadas como moradia. Com o trabalho das comunidades no plantio de rvores para as abelhas, estaremos formando cidadania e redesenhando o caminho da sustentabilidade local, com foco em um futuro melhor. Cada vez mais necessria uma ao combinada de boa governana, bom manejo e participao popular, com o vigor das interaes entre os vrios segmentos da sociedade, para a valorizao do conhecimento. Um novo modelo de desenvolvimento vai estimular o ciclo da vida, em vez de impedi-lo. Afinal, a biodiversidade est no corao do desenvolvimento econmico e social.

    Vera Lucia Imperatriz Fonseca biloga, Professora Titular de Ecologia da Universidade de So Paulo (USP) e Professora Visitante Snior da CAPES na Universidade Federal Rural do Semi-rido (UFERSA), no Rio Grande do Norte (RN).

    1Ollerton, J., Winfree, R. & Tarrant, S. 2011 . How many flowering plants are pollinated by

    animals? Oikos, 120: 321-326.2Zanella, F.C.V. & Martins, C.F. 2003. Abelhas da caatinga: biogeografia, ecologia e conservao.

    In: Leal, I.R., Tabarelli, M. & Silva, J.M.C. eds. Ecologia e Conservao da caatinga, p. 75-134.

    Editora Universitria da UFPE, Recife, Brasil. 3Bruening, H. 1990. A abelha Jandara. Coleo Mossoroense. Serie C. Vol 557, 181p.

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    Esquema da polinizao: os gros de plen (contm os gametas masculinos) de uma flor so transportados para o estigma (parte feminina) de outra flor. Esquema de Bruno Nunes Silva.

  • Forma de crescimento comum em plantas terrestres lenhosas, onde o vegetal cresce de forma monopodial (com um pice principal sobrepondo os demais, com poucas ramificaes) at atingir cerca de dois metros de altura e depois ramifica-se. Planta com um tronco no ramificado na base.Xylocopa grisensis (mamangava-de-toco) visitando flor de Libidibia ferrea (jucazeiro)

    Luetzelburgia auriculata

    RV

    ORE

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  • O cajueiro uma rvore comum em pequenos pomares, nas cidades e tambm muito cultivada em quase todo o pas. O seu frutoverdadeiro a castanha, um fruto seco muito apreciado no Brasil e no exterior. O caju um pseudofruto, carnoso, suculento e muito rico em fonte de vitamina C, utilizado principalmente na produo de sucos e doces.Suas inflorescncias so formadas por flores vermelhas, pequenas e perfumadas. O nctar o recurso mais atrativo para os polinizadores, embora o plen tambm seja coletado por algumas espcies de abelhas. Abelhas solitrias do

    gnero Centris, tambm conhecidas como abelhas coletoras de leos, so os principais polinizadores do caju. Espcies de abelhas sem ferro como a abelha jandara (Melipona subnitida) tambm coletam nctar nas flores do cajueiro.As abelhas do gnero Centris necessitam de leo para construrem seus ninhos e alimentarem suas crias. Portanto, para garantir a presena dessas abelhas em grandes reas de cultivo de caju, recomenda-se o plantio de espcies fontes de leos florais como a acerola (Malpighia emarginata).

    AnacardiaceaeAnacardium occidentale L.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, Pampa, Pantanal, AmazniaPerodo de florao: estao seca

    CAJUEIRO

    Referncias bibliogrficas: 8,9,13,15

    Anacardium occidentale

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  • No nordeste do Brasil, a aroeira uma rvore muito conhecida devido s suas propriedades farmacolgicas, sendo considerada uma das principais plantas medicinais da regio. Durante o perodo de florao sua copa encontra-se completamente sem folhas, coberta apenas por flores. Suas inflorescncias formam cachos com flores amarelas, pequenas e perfumadas. Suas flores produzem nctar em abundncia que atraem muitas espcies de abelhas nativas. O mel produzido atravs do nctar de aroeira saboroso e muito apreciado por

    todos. Alm do nctar, as flores masculinas possuem anteras vistosas que disponibilizam plen para as abelhas. A resina, proveniente das leses das cascas, tambm coletada pelas abelhas.Na estao seca, perodo com poucos recursos florais na caatinga, plantas como a aroeira so fundamentais para a alimentao das abelhas. Devido s suas caractersticas melferas indicado o plantio de mudas em reas de conservao e criao de abelhas. Alm disso, essa espcie pode ser utilizada em projetos de arborizao e paisagismo.

    AnacardiaceaeMyracrodruon urundeuva Allemo

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata AtlnticaPerodo de florao: estao seca

    AROEIRA

    Referncias bibliogrficas: 5,9,1315,16,17

    RVORES 17RVORES 16

  • O umbuzeiro produz frutos comestveis muito apreciados na regio nordeste do Brasil. Em geral, seus frutos so consumidos ao natural, misturados ao leite e principalmente utilizados na produo de doces. As suas razes tuberosas, capazes de armazenar gua, permitem que o umbuzeiro resista a longos perodos de seca. Durante a estao seca, suas flores surgem quando a copa ainda est completamente sem folhas. Suas flores so pequenas, brancas, cheirosas e muito atrativas para as abelhas nativas. Os principais

    polinizadores do umbuzeiro so espcies de abelhas sem ferro dos gneros Scaptotrigona, Trigona e Frieseomelitta. Por fornecer nctar durante a estao seca, o umbuzeiro um recurso muito importante para a manuteno das espcies de abelhas sem ferro na caatingaAs flores do umbuzeiro so importantes para fortalecer a conservao e a criao de abelhas sem ferro. Alm disso, sua copa ampla fornece sombra agradvel favorecendo a utilizao dessa espcie no paisagismo urbano.

    AnacardiaceaeSpondias tuberosa Arruda

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata AtlnticaPerodo de florao: estao seca

    UMBUZEIRO

    Referncias bibliogrficas: 2,9,13,15,17,20

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  • A carnaubeira uma palmeira muito comum no nordeste do Brasil e ocorre principalmente nosvales inundveis dos estados do Cear, Piau e Rio Grande do Norte. Essa espcie possui folhas grandes das quais extrada a cera de carnaubeira, um produto de grande importncia industrial para a produo de acessrios de informtica, tintas, cosmticos, entre outros. Alm disso, a madeira da carnaubeira pode ser utilizada para construo de casas e mveis rsticos.

    Suas inflorescncias formam cachos pendentes compostos por flores amarelas e pequenas. Estas disponibilizam nctar e plen, recursos que atraem muitas espcies de insetos e principalmente as abelhasnativas. A beleza exuberante dessa palmeira tambm favorece sua utilizao em projetos de paisagismo. O plantio de carnaubeira fortalece a criao de abelhas nativas, pois essa espcie uma excelente fonte de recursos florais.

    Arecaceae (Palmae)Copernicia prunifera (Mill.) H.E. Moore

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, CerradoPerodo de florao: estao seca

    CARNAUBEIRA

    Referncias bibliogrficas: 5,9,13

    RVORES 21RVORES 20

  • O pau-darco-roxo ou ip-roxo muito conhecido por apresentar uma copa exuberante durante o seu perodo de florao. Sua copa desprovida de folhas e coberta por muitas flores chama a ateno a longas distncias. Suas inflorescncias so compostas por flores grandes, de cor roxa e com odor suave. Suas flores produzem grande quantidade de nctar atraindo muitos visitantes florais como mariposas, morcegos, beija-flores e principalmente abelhas de mdio e grande

    porte, as quais so os principais polinizadores dessa espcie.O pau-darco-roxo tambm fonte de resina para as abelhas.Na estao seca suas flores fornecem nctar para muitas espcies de abelhas. Recomenda-se o plantio dessa espcie para fortalecer a conservao de abelhas nativas. Alm disso, devido beleza de suas inflorescncias o pau-darco-roxo pode ser utilizado no paisagismo urbano e tambm em reflorestamentos.

    BignoniaceaeHandroanthus impetiginosus Mattos

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica,Pantanal, AmazniaPerodo de florao: estao seca

    PAU-DARCO-ROXO

    Referncias bibliogrficas: 5,7,9,13,15,17

    RVORES 23RVORES 22

  • O pacot ou algodo-do-mato uma rvore de pequeno porte que perde todas as folhas na estao seca. No entanto, durante a florao sua copa formada apenas por flores amarelas e grandes que enfeitam a paisagem da caatinga.Suas flores no produzem nctar, mas suas anteras poricidas, cujos gros de plen so liberados por vibrao, disponibilizam grandes quantidades de plen aos visitantes florais. Durante a estao seca suas flores constituem uma importante fonte de plen para as abelhas

    nativas. Os principais polinizadores dessa planta so abelhas de mdio ou grande porte, as quais vibram nas anteras para retirar o plen como, por exemplo, as abelhas mamangavas-de-toco (gnero Xylocopa) e as abelhas do gnero Centris.Essa espcie ornamental, possui crescimento rpido, indicada para a construo de jardins com flora melfera e tambm pode ser utilizada em reas de reflorestamentos.

    BixaceaeCochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica,AmazniaPerodo de florao: estao seca

    PACOT

    Referncias bibliogrficas: 7, 9, 13, 17, 23

    RVORES 25RVORES 24

  • O pau-branco uma espcie arbrea de mdio porte que possui tronco de cor clara e ocorre principalmente no Cear e noRio Grande do Norte.Suas inflorescncias so grandes, compostas por flores brancas, pequenas e suavemente perfumadas. Suas flores so frequentemente visitadas e polinizadas por espcies de moscas da famlia Syrphidae. Outros insetos como mariposas, vespas e algumas espcies de abelhas nativas tambm visitam suas flores para coletar principalmente nctar.

    A madeira do pau-branco muito explorada para construo civil.Devido ao corte indiscriminado, essa espcie necessita urgentemente de planos de manejo e conservao para a recomposio de reas exploradas.O pau-branco pode ser utilizado em reas de criao e conservao de abelhas e tambm devido ao seu belo aspecto paisagstico e ornamental pode ser utilizado em projetos de arborizao urbana.

    BoraginaceaeCordia oncocalyx Allemo

    Biomas de ocorrncia: CaatingaPerodo de florao: estao chuvosa

    PAU-BRANCO

    Referncias bibliogrficas: 2,3,9,13,15,17

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  • A imburana possui uma copa exuberante e um tronco que facilmente reconhecido devido sua cor avermelhada e suas cascas esfoliantes que se desprendem em lminas.Essa rvore considerada uma espcie chave para a manuteno das abelhas nativas. Vrias espcies de abelhas sociais e tambm solitrias constroem seus ninhos em ocos dos seus troncos. Ninhos de abelhas sem ferro, como da espcie Melipona subnitida (jandara), so frequentemente encontrados nessas rvores. As flores de imburana fornecem

    plen e nctar para as abelhas. Suas flores so amarelas, pequenas, isoladas ou formam pequenos grupos. Os frutos comestveis servem de alimento para muitas espcies de animais silvestres.O uso da imburana para a recomposio de reas degradadas favorece a meliponicultura do nordeste, aumentando a disponibilidade de fontes de alimento e de locais de nidificao para as abelhas nativas. Antes do incio das chuvas, estacas de imburana podem ser facilmente plantadas e o seu brotamento rpido.

    BurseraceaeCommiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, CerradoPerodo de florao: estao chuvosa

    IMBURANA

    Referncias bibliogrficas: 9, 13, 14, 17, 19

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  • Cynophalla flexuosa, conhecida popularmente como feijo-bravo, uma espcie de porte pequeno que possui folhas perenes e ocorre em muitas reas da regio semi-rida brasileira.Suas flores so grandes, de colorao branca e tons avermelhados, com estames longos e anteras amarelas.O nctar principal recurso floral, produzido em grandes quantidades e responsvel por atrair muitas espcies de abelhas nativas.Alm das abelhas, outros insetos e tambm morcegos visitam suas flores.

    Durante a estao seca, perodo com poucos recursos florais na caatinga, suas flores fornecem nctar para muitas espcies de abelhas nativas. Devido sua importncia melfera recomenda-se o plantio de feijo-bravo em reas de conservao e criao de abelhas.

    Capparaceae Cynophalla flexuosa (L.) J.Presl

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Amaznia, Mata Atlntica Perodo de florao: estao seca

    FEIJO-BRAVO

    Referncias bibliogrficas: 5, 6, 9, 13, 17

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  • O trapi ocorre principalmente prximo a locais midos e em beira de rios. Essa planta muito conhecida pelo seu odor caracterstico de alho. As inflorescncias do trapi so compostas por muitas flores de ptalas brancas e estames longos com tons avermelhados. Suas flores produzem nctar em grande quantidade atraindo muitos animais como morcegos, mariposas e abelhas nativas. As abelhas sem ferro do gnero Plebeia (jati ou mosquito) e do gnero Trigona (arapu) visitam suas flores para coletar nctar e plen.

    Os frutos de trapi so carnosos, adocicados e servem como fonte de alimento para muitos animais silvestres como macacos, aves e peixes. Essa espcie muito importante para aumentar a disponibilidade de recursos alimentares utilizados pelas abelhas. Alm disso, o trapi ideal para o paisagismo urbano, pois sua copa mantm as folhas durante a maior parte do ano fornecendo sombra agradvel.

    CapparaceaeCrateva tapia L

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao seca

    TRAPI

    Referncias bibliogrficas: 6,7,9,13,14,17

    RVORES 33RVORES 32

  • Combretum leprosum, conhecido popularmente como mofumbo, uma espcie arbustiva ou arvoreta, com 2 - 3 m de altura. Suas inflorescncias so grandes, compostas por muitas flores amareladas, pequenas e muito perfumadas. Na base da flor forma um pequeno tubo onde produzido e armazenado o nctar, o principal recurso coletado pelas abelhas nativas. Alm disso, suas flores so muito atrativas para outros insetos como borboletas, mariposas e vespas.

    O mofumbo uma espcie pioneira, muito resistente e de crescimento rpido. Recomenda-se o seu uso em programas de recomposio de reas degradadas e tambm em arborizao paisagstica. O plantio de mudas dessa espcie muito importante para fortalecer a criao e a conservao de abelhas.

    CombretaceaeCombretum leprosum Mart

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    MOFUMBO

    Referncias bibliogrficas: 2,9,13,14,17,21

    RVORES 35RVORES 34

  • A faveleira uma rvore de porte pequeno, muito conhecida por possuir tricomas urticantes distribudos por toda a planta.Essa espcie produz ltex o qual muito utilizado para fins medicinais. A faveleira destaca-se por sua grande capacidade de tolerncia seca. Suas razes so tuberosas e armazenam nutrientes, utilizados durante a estao seca, perodo em que ocorre a florao e a frutificao dessa espcie.Suas inflorescncias so compostas por flores pequenas e brancas.

    O plen e principalmente o nctar atraem muitos insetos, entre eles algumas espcies de abelhas nativas. A resina produzida pela faveleira, presente em toda a planta, tambm um recurso coletado pelas abelhas.Essa espcie possui desenvolvimento e crescimento rpidos, tais caractersticas favorecem o uso de faveleira em reas de criao e conservao de abelhas nativas, em programas de reflorestamentos e tambm em projetos de paisagismo urbano.

    EuphorbiaceaeCnidoscolus quercifolius Pohl

    Biomas de ocorrncia: CaatingaPerodo de florao: estao seca

    FAVELEIRA

    Referncias bibliogrficas: 2,5,9,13,14,17,25

    RVORES 37RVORES 36

  • O pinho-bravo uma pequena rvore ou arbusto que pode atingir at 3,0 m de altura. Essa planta possui folhas grandes e caule de cor clara com cascas finas e esfoliantes. Suas inflorescncias so compostas por flores amarelas com manchas avermelhadas. Essa espcie possui flores masculinas que disponibilizam plen e nctar para os visitantes florais e flores femininas que disponibilizam apenas nctar. Os nectrios presentes nas flores femininas formam um disco que facilmente acessado por muitos insetos como abelhas, vespas e borboletas.

    Os principais polinizadores do pinho-bravo so as abelhas sem ferro Trigona spinipes (arapu) e as abelhas da tribo Euglossini (Eulaema nigrita). O ltex dessa planta utilizado como fonte de resina pelas abelhas.Recomenda-se o plantio dessa espcie para complementar a quantidade de recursos florais disponveis s abelhas. Alm disso,o pinho-bravo ornamental e pode ser utilizado no paisagismo urbano.

    EuphorbiaceaeJatropha mollissima (Pohl) Baill

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, CerradoPerodo de florao: estao seca e chuvosa

    PINHO-BRAVO

    Referncias bibliogrficas: 5,9,13,17,24,25

    RVORES 39RVORES 38

  • O marmeleiro uma rvore de porte pequeno ou arbusto que pode atingir at 4,0 m de altura. Essa planta chama muita ateno durante o seu perodo de florao. Aps as primeiras chuvas na caatinga o marmeleiro fica repleto de flores pequenas, com colorao branca e muito perfumadas. Muitos insetos como vespas, mariposas, moscas e principalmente as abelhas nativas visitam suas flores para coletar plen e nctar.O nctar das flores do marmeleiro responsvel pela produo de

    mel com sabor muito apreciado e com alto valor comercial para os criadores de abelhas do nordeste, sendo considerada uma das principais fontes de nctar da caatinga.Essas caractersticas favorecem a utilizao dessa espcie em locais de criao e conservao de abelhas sem ferro. Devido sua grande capacidade de rebrota e o seu rpido crescimento, o marmeleiro uma espcie potencial para restaurao de reas degradadas.

    EuphorbiaceaeCroton sonderianus Mll. Arg

    Biomas de ocorrncia: CaatingaPerodo de florao: estao chuvosa

    MARMELEIRO

    Referncias bibliogrficas: 2,3,13,17,21,25

    RVORES 41RVORES 40

  • O jucazeiro, conhecido tambm como pau-ferro, uma rvore de porte pequeno a mdio, com tronco claro, liso e descamante. Essa espcie possui copa ampla e florao exuberante, sendo muito utilizado em arborizao ornamental de ruas e avenidas.Suas inflorescncias so compostas por flores vistosas, com ptalas amarelas e uma ptala central com pontuaes avermelhadas que representam guias de nctar.O nctar o principal recurso floral coletado por vespas, borboletas e abelhas nativas. Abelhas de mdio e grande porte como as abelhas mamangavas-de-toco

    (gnero Xylocopa) so os principais polinizadores do jucazeiro. Outras espcies como a abelha jandara (Melipona subnitida) e as abelhas do gnero Plebeia (jati ou mosquito) tambm visitam suas flores. Para complementar a quantidade de fontes de nctar disponveis s abelhas nativas, recomenda-se o plantio de jucazeiros em reas de criao e conservao de abelhas nativas. Alm disso, essa planta pode ser utilizada em reflorestamentos e em projetos de paisagismo urbano.

    Fabaceae - CaesalpinioideaeLibidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata AtlnticaPerodo de florao: estao chuvosa

    JUCAZEIRO

    Referncias bibliogrficas: 2,9,13,15,17,22

    RVORES 43RVORES 42

  • A catingueira uma rvore de pequeno porte que ocorre principalmente em solos arenosos. Essa espcie possui tronco de colorao acinzentado.Suas flores emitem leve odor adocicado, possuem ptalas amarelas e uma ptala central com pontuaes avermelhadas que representam guias de nctar. As abelhas dos gneros Xylocopa e Centris so os principais polinizadores de plantas do gnero Poincianella. Outros visitantes florais tambm coletam nctar das flores de catingueira como, por exemplo, borboletas, beija-flores e abelhas sem ferro dos gneros

    Trigona, Frieseomelitta e Melipona. Muitas espcies de abelhas sociais e de abelhas solitrias utilizam os troncos de catingueira para construrem seus ninhos. Recomenda-se o plantio de mudas de catingueira em reas de criao e conservao de abelhas nativas. Alm disso, devido ao seu crescimento rpido, essa espcie pode ser utilizada em reflorestamentos de reas degradadas e tambm em projetos de paisagismo urbano.

    Fabaceae - CaesalpinioideaePoincianella bracteosa (Tul.) L.P.Queiroz

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, CerradoPerodo de florao: estao chuvosa

    CATINGUEIRA

    Referncias bibliogrficas: 9,10,11,13,19,22

    RVORES 45RVORES 44

  • A espcie Senna macranthera uma rvore de porte pequeno, conhecida em algumas regies do Brasil como so-joo ou pau-de-besouro.A florao dessa espcie tem uma beleza exuberante, pois suas flores amarelas e grandes destacam-se entre as folhas. Suas flores no produzem nctar, mas suas anteras poricidas, cujos gros de plen so liberados por vibrao, disponibilizam grandes quantidades de plen para as abelhas nativas. Apenas algumas espcies de abelhas conseguem

    vibrar nas anteras e retirar os gros de plen. Os principais polinizadores dessa planta so espcies de abelhas com mdio e grande porte como as mamangavas-de-toco (gnero Xylocopa) e as mamangavas-de-cho (gnero Bombus). Essa espcie possui crescimento rpido, pode ser utilizada em reas prximas aos locais de criao de abelhas nativas e tambm em projetos de restaurao de reas degradadas.

    Fabaceae - CaesalpinioideaeSenna macranthera (DC. ex Collad.) Irwin & Barneby

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata AtlnticaPerodo de florao: estao chuvosa

    SO-JOO

    Referncias bibliogrficas: 9,13,15,22

    RVORES 47RVORES 46

  • O angico possui muitas caractersticas que facilitam localiz-lo entre outras rvores como, por exemplo, tronco acinzentado, rugoso e com projees cnicas. A florao dessa espcie ocorre em massa e sua copa tem uma beleza exuberante durante a estao seca. Suas inflorescncias so formadas por flores pequenas, brancas e com odor agradvel. Os recursos florais, plen e nctar, atraem muitas espcies de insetos e principalmente as abelhas nativas, as quais so responsveis por polinizar suas flores. O tronco do

    angico libera uma resina amarelada muito utilizada para fins medicinais, na culinria e tambm coletada pelas abelhas nativas. Durante a estao seca, perodo com poucos recursos florais na caatinga, as flores do angico fornecem plen e nctar para muitas espcies de abelhas sem ferro, como por exemplo, a abelha jandara (Melipona subnitida).O angico possui crescimento rpido, pode ser utilizado para fortalecer a criao de abelhas, em reas de reflorestamento e tambm em reas urbanas.

    Fabaceae - MimosoideaeAnadenanthera colubrina (Vell.) Brenam

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata AtlnticaPerodo de florao: estao seca

    ANGICO

    Referncias bibliogrficas: 2,5,9, 12,13,15,16,17,22

    RVORES 49RVORES 48

  • A catanduva uma espcie pioneira, de porte mdio e no nordeste do Brasil ocorre principalmente em solos arenosos.Suas inflorescncias so reunidas em espigas, formadas por flores pequenas, perfumadas e com colorao amarelo claro. Sua florao em massa ocorre principalmente entre os meses de dezembro e abril, esse perodo caracterizado pela transio da estao seca para a chuvosa. Durante esse perodo ainda ocorre muita carncia de recursos florais na caatinga. Suas flores produzem nctar e plen em abundncia, os

    quais so responsveis por atrair vespas, moscas e principalmente abelhas. Durante o perodo de transio entre a estao seca e a estao chuvosa, a catanduva a principal fonte de plen utilizada pela abelha jandara (Melipona subnitida).Devido s suas caractersticas melferas, recomenda-se o plantio de catanduva em reas de criao e conservao de abelhas nativas. Alm disso, essa espcie possui crescimento rpido e pode ser utilizada em projetos de recuperao de reas degradadas.

    Fabaceae - MimosoideaePityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W.Jobson

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Mata AtlnticaPerodo de florao: transio entre a estao seca e a chuvosa

    CATANDUVA

    Referncias bibliogrficas: 12,13,14,17,18,21

    RVORES 51RVORES 50

  • O calumbi ou jurema-branca uma rvore de porte mdio que ocorre em solos arenosos e em locais abertos. Seu tronco acinzentado, possui ramos com espinhos esparsos e copa bem aberta que durante a estao seca encontra-se completamente sem folhas.Suas inflorescncias so reunidas em espigas, compostas por flores muito pequenas, brancas e suavemente perfumadas. Suas flores fornecem nctar e plen para muitos insetos como moscas, besouros e principalmente abelhas nativas.

    Segundo alguns meliponicultores, o calumbi uma espcie de grande importncia para a criao de abelhas sem ferro, sendo fundamental para a produo de mel.Pela notvel oferta de recursos s abelhas, recomenda-se o plantio de calumbi em reas de criao de abelhas nativas. Por ser uma espcie adaptada a locais abertos e de crescimento rpido, o calumbi ideal para reflorestamentos de reas degradadas.

    Fabaceae - MimosoideaeMimosa arenosa (Willd.) Poir

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata AtlnticaPerodo de florao: estao chuvosa

    CALUMBI

    Referncias bibliogrficas: 1,9,13,22

    RVORES 53RVORES 52

  • Mimosa caesalpinifolia, conhecida popularmente como sabi, uma rvore de porte mdio que possui tronco escamoso, ramos com espinhos e perda de folhagem durante a estao seca.Sua florao ocorre em massa durante a maior parte da estao chuvosa disponibilizando recursos florais fundamentais para a manuteno de muitos insetos, entre eles as abelhas nativas. Suas inflorescncias so reunidas em espigas, formadas por flores pequenas, brancas e suavemente perfumadas. A abelha jandara (Melipona subnitida) coleta plen e nctar das suas flores.

    O mel de sabi muito saboroso e em algumas regies do nordeste essa planta responsvel por aumentar consideravelmente a produo anual de mel. Em toda a regio nordeste a madeira do sbia muito explorada principalmente para a construo de cercas. Programas de preservao e manejo dessa espcie so extremamente necessrios, pois sua intensa utilizao ameaa a flora e a fauna da caatinga. O sabi uma espcie de crescimento rpido e com alta capacidade de rebrota podendo ser facilmente plantado em reas de criao e conservao de abelhas nativas.

    Fabaceae - MimosoideaeMimosa caesalpinifolia Benth

    Biomas de ocorrncia: CaatingaPerodo de florao: estao chuvosa

    SABI

    Referncias bibliogrficas: 2,9,13,15,17,21,22

    RVORES 55RVORES 54

  • O cerrador uma rvore de porte mdio, possui ramos cobertos por espinhos e ocorre principalmente em solos arenosos e pedregosos.A florao dessa espcie ocorre em massa e suas inflorescncias so compostas por flores com colorao rosa que se destacam entre a folhagem. Suas flores fornecem plen e nctar para as muitas espcies de abelhas da caatinga.As flores dessa espcie aumentam a oferta de recursos para as abelhas e tambm para outros insetos.

    Recomenda-se o plantio de mudas de cerrador em reas de criao e conservao de abelhas nativas.

    Fabaceae - MimosoideaeMimosa paraibana Barneby

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Mata Atlntica (nordeste)Perodo de florao: estao chuvosa

    CERRADOR

    Referncias bibliogrficas: 5,13,22

    RVORES 57RVORES 56

  • Mimosa tenuiflora, conhecida popularmente por jurema-preta, uma rvore de porte pequeno muito conhecida pelos espinhos que cobrem os seus ramos. Possui tronco com casca de cor castanho escuro e ramos de cor castanho avermelhada. Essa espcie floresce durante um longo perodo do ano, porm predominantemente durante a estao seca. Suas inflorescncias so reunidas em espigas, formadas por flores brancas, pequenas, e suavemente perfumadas, que fornecem recursos florais, plen e nctar, para muitas espcies de

    abelhas, vespas, moscas e outros insetos. A jurema-preta uma espcie muito importante para a manuteno da biodiversidade e funcionamento do ecossistema. Alm disso, devido ao seu crescimento rpido e a sua capacidade de rebrota essa espcie muito importante para a restaurao de reas degradadas.

    Fabaceae - MimosoideaeMimosa tenuiflora (Willd.) Poir

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, CerradoPerodo de florao: estao seca e chuvosa

    JUREMA-PRETA

    Referncias bibliogrficas: 9,13,14,17,21,22

    RVORES 59RVORES 58

  • Em algumas regies do Brasil a espcie Senegalia polyphylla conhecida popularmente como espinheiro ou unha-de-gato devido presena de espinhos que revestem o seu caule, principalmente nos indivduos jovens. Essa espcie uma rvore de porte mdio e copa ampla. Suas inflorescncias so formadas por flores brancas, pequenas e perfumadas. Sua florao ocorre em massa, atraindo muitas espcies de insetos como, por exemplo, moscas, borboletas e abelhas nativas, os quais visitam suas flores para coletar nctar e plen.

    O espinheiro uma espcie pioneira muito indicada para projetos de recuperao de reas degradadas e principalmente para a manuteno e criao de abelhas nativas.

    Fabaceae - MimosoideaeSenegalia polyphylla (DC.) Britton & Rose

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica,Pantanal, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    ESPINHEIRO

    Referncias bibliogrficas: 13,15,17,22

    RVORES 61RVORES 60

  • Amburana cearensis, conhecido popularmente como cumaru, uma rvore de porte mdio. Uma caracterstica marcante dessa espcie o seu tronco avermelhado revestido por uma casca esfoliante que se destaca em lminas finas.A florao dessa espcie ocorre em massa e sua copa proporciona uma beleza exuberante. Suas flores so pequenas, aromticas e possuem apenas uma ptala (estandarte) com colorao branca e tons rseos. O nctar de suas flores uma fonte de carboidrato, energia,

    muito importante para as abelhas. O cumaru uma espcie ornamental, com florao vistosa e suas flores fornecem recursos fundamentais para a manuteno das populaes de abelhas nativas. Alm disso, o cumaru uma espcie pioneira muito importante em reflorestamentos de reas degradadas.

    Fabaceae - Papilionoideae Amburana cearensis (Allemo) A.C.Sm

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata AtlnticaPerodo de florao: estao chuvosa

    CUMARU

    Referncias bibliogrficas: 2,4,9,13,15,17,22

    RVORES 63RVORES 62

  • O pau-moc uma rvore de porte mdio e com tronco acinzentado. Suas razes so tuberosas capazes de acumular gua e amido, essa caracterstica permite a ocorrncia dessa espcie em solos secos e pedregosos. Durante o perodo de florao sua copa encontra-se completamente sem folhas, coberta apenas por muitas flores. Suas flores possuem ptalas de cor branca com mancha mediana esverdeada ou roxa e uma ptala externa no boto (estandarte). Sua florao em

    massa disponibiliza nctar e plen em grande quantidade s abelhas nativas. As abelhas do gnero Xylocopa (mamangavas-de-toco) so os principais visitantes das flores do pau-moc.O pau-moc uma espcie ornamental, possui florao vistosa e suas flores fornecem recursos fundamentais para abelhas durante a estao seca. Essas caractersticas favorecem o plantio dessa espcie em reas de criao e conservao de abelhas nativas.

    Fabaceae - Papilionoideae Luetzelburgia auriculata (Allemo) Ducke

    Biomas de ocorrncia: CaatingaPerodo de florao: estao seca

    PAU-MOC

    Referncias bibliogrficas: 4,13,15,17,22

    RVORES 65RVORES 64

  • O juazeiro uma rvore de porte mdio, possui ramos tortuosos com espinhos e copa verde duranteo ano inteiro. Essa espcie muito conhecida pelos seus frutos comestveis e tambm devido s suas propriedades farmacolgicas. Suas inflorescncias surgem nas axilas foliares, sendo compostas por muitas flores amarelas e pequenas. O nctar o principal recurso coletado pelos visitantes florais, entre eles vespas e abelhas nativas. As flores do juazeiro fornecem principalmente nctar para a

    manuteno das abelhas durantea estao seca. Por manter sua folhagem verde durante o ano inteiro, o juazeiro muito utilizado em projetos de arborizao visando o sombreamento. Para complementar a quantidade de fontes de nctar disponveis s abelhas, recomenda-se o plantio de mudas em reas prximas a meliponrios.

    RhamnaceaeZiziphus joazeiro Mart

    Biomas de ocorrncia: CaatingaPerodo de florao: estao seca

    JUAZEIRO

    Referncias bibliogrficas: 9,13,15,16,17,20

    RVORES 67RVORES 66

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    REFERNCIAS

    RVORES 69RVORES 68

  • Arbusto: Forma de vida definida pela presena de caule lenhoso ramificado desde a base no formando um fuste (tronco) definido. Comea a ramificar na base.

    Subarbusto: Planta intermediaria entre erva e arbusto, apresenta porte reduzido, mas seu caule apresenta lenhosidade.Melipona subnitida (jandara) visitando flor de Senna obtusifolia (matapasto)

    Sida cordifolia

    ARB

    UST

    OS

    E SU

    BARB

    UST

    OS

    ARBUSTOS 71ARBUSTOS 70

  • Allamanda blanchetii, conhecida popularmente como sete-patacas-roxa, uma espcie arbustiva. Suas flores so grandes, com colorao rosa e enfeitam a paisagem da caatinga. O nctar principal recurso para a atrao dos visitantes florais. Suas flores possuem um tubo delgado na base que limita o acesso durante a coleta de nctar. As abelhas de lngua longa da tribo Euglossini conseguem acessar o nctar localizado na base do tubo floral, atuando como o principal polinizador dessa planta.

    A sete-patacas-roxa uma planta muito importante para a manuteno e a conservao das espcies de abelhas nativas, alm disso, pode ser utilizada como planta ornamental em projetos de jardinagem.

    ApocynaceaeAllamanda blanchetii A.DC.

    Biomas de ocorrncia: CaatingaPerodo de florao: estao chuvosa

    SETE-PATACAS-ROXA

    Referncias bibliogrficas: 2,7

    ARBUSTOS 73ARBUSTOS 72

  • Varronia globosa, conhecida popularmente como moleque-duro, uma espcie arbustiva. Suas inflorescncias so compostas por flores delicadas, brancas e pequenas. O nctar floral atrai espcies de abelhas nativas como, por exemplo, a abelha sem ferro Trigona spinipes e as abelhas do gnero Xylocopa (mamangavas-de-toco). Outros insetos como borboletas e besouros tambm visitam suas flores.Para fortalecer a criao de abelhas nativas importante manter esses

    arbustos em reas prximas a meliponrios. Essa espcie ideal para a construo de jardins com flora melfera.

    BoraginaceaeVarronia globosa Jacq.

    Biomas de ocorrncia: CaatingaPerodo de florao: estao chuvosa

    MOLEQUE-DURO

    Referncias bibliogrficas: 4,7,10

    ARBUSTOS 75ARBUSTOS 74

  • Varronia leucocephala, conhecida popularmente como buqu-de-noiva, uma espcie arbustiva. Suas inflorescncias so densas e compostas por flores brancas, grandes e muito vistosas. Suas flores disponibilizam plen e nctar aos visitantes florais. A abelha Ceblurgus longipalpis (famlia Halictidae), uma espcie de abelha solitria, o principal polinizador dessa planta. A beleza de suas inflorescncias uma caracterstica importante dessa espcie, a qual pode ser utilizada em jardins de flora

    melfera, sendo o seu cultivo fundamental para a conservao da abelha Ceblurgus longipalpis.

    BoraginaceaeVarronia leucocephala (Moric.) J.S.Mill

    Biomas de ocorrncia: CaatingaPerodo de florao: estao chuvosa

    BUQU-DE-NOIVA

    Referncias bibliogrficas: 4,7,10,11

    ARBUSTOS 77ARBUSTOS 76

  • O mussamb um subarbusto perene que possui odor forte e ocorre principalmente em reas inundadas com solos arenosos.As flores de mussamb apresentam caractersticas relacionadas atrao principalmente de morcegos, tais como ptalas pouco vistosas, abertura das flores crepuscular e grande produo de nctar. No entanto, muitas espcies de abelhas nativas visitam suas flores como, por exemplo, a abelha jandara (Melipona subnitida) e tambm as abelhas do gnero Bombus (mamangavas-de-cho).Essa planta possui caractersticas

    ornamentais podendo ser utilizada em jardins de flora melfera com a finalidade de fornecer nctar para as abelhas.

    CapparaceaeTarenayaspinosa(Jacq.) Raf.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, Pampa, Pantanal, Amaznia Perodo de florao: estao chuvosa e seca

    MUSSAMB

    Referncias bibliogrficas: 4,7,9,12

    ARBUSTOS 79ARBUSTOS 78

  • Cnidoscolus urens, conhecida popularmente como urtiga, uma espcie arbustiva, perene e ocorre principalmente em reas abertas da caatinga. Essa planta revestida por plos urticantes cujo contato com a pele pode provocar queimaduras. Suas flores so pequenas, tubulares e brancas. O nctar o principal recurso coletado pelos visitantes florais. Por ser uma espcie adaptada a ambientes abertos, importante manter esses arbustos em reas em reas de conservao e criao de

    abelhas. A urtiga pode ser utilizada como fonte alternativa de nctar pelas abelhas nativas.

    EuphorbiaceaeCnidoscolus urens L. Arthur

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    URTIGA

    Referncias bibliogrficas: 4,6,7,8,15

    ARBUSTOS 81ARBUSTOS 80

  • Chamaecrista duckeana, conhecida popularmente como palma-do-campo, uma espcie subarbustiva que pode atingir at 1 m de altura. Suas flores so de tamanho mdio, amarelas com manchas avermelhadas e possuem anteras poricidas. O plen nico recurso disponvel para os visitantes florais. Somente algumas espcies de abelhas adaptadas realizao de vibrao coletam plen de anterasporicidas. Seus principais visitantes florais so as abelhas sem ferro do gnero

    Melipona, as abelhas do gnero Xylocopa (mamangavas-de-toco) e as abelhas do gnero Bombus (mamangavas-de-cho).Essa planta muito importante para a manuteno e conservao das abelhas e pode ser utilizada em jardins de flora melfera.

    Fabaceae - CaesalpinioideaeChamaecrista duckeana (P.Bezerra & Afr.Fern.) H.S.Irwin & Barneby

    Biomas de ocorrncia: CaatingaPerodo de florao: estao chuvosa

    PALMA-DO-CAMPO

    Refernciasa bibliogrficas: 7,14

    ARBUSTOS 83ARBUSTOS 82

  • Senna uniflora uma espcie subarbustiva, anual e muito comum em reas abertas. Essa espcie conhecida popularmente como matapasto-cabeludo, pois suas inflorescncias so revestidas por tricomas longos. Suas flores so pequenas, amarelas e possuem anteras poricidas. Assim como as demais espcies desse gnero, o plen o nico recurso floral coletado apenas por espcies de abelhas adaptadas realizao de vibrao, como por exemplo,

    a abelha jandara (Melipona subnitida).Muitas espcies consideradas plantas invasoras podem ser utilizadas em jardins com flora melfera, pois elas so fontes alternativas de recursos alimentares para as abelhas e alm disso, so adaptadas a ambientes abertos.

    Fabaceae - CaesalpinioideaeSenna uniflora(Mill.) H.S.Irwin & Barneby

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Amaznia Perodo de florao: estao chuvosa

    MATAPASTO-CABELUDO

    Referncias bibliogrficas: 7,9,14

    ARBUSTOS 85ARBUSTOS 84

  • Senna obtusifolia uma espcie subarbustiva, anual e frequente em reas abertas. Essa espcie conhecida popularmente como matapasto ou matapasto-liso. Suas flores so amarelas, de tamanho mdio e possuem anteras poricidas. O plen o nico recurso floral, porm, produzido em grande quantidade. Algumas espcies de abelhas nativas coletam o plen por meio de vibraes como, por exemplo, a abelha jandara (Melipona subnitida), as abelhas do gnero Xylocopa (mamangavas-de-toco) e as abelhas do gnero

    Bombus (mamangavas-de-cho) e as abelhas da famlia Halictidae. Essa planta fonte de plen para as abelhas nativas, principalmente no perodo das chuvas e na transio da estao chuvosa para a seca. Para fortalecer a criao de abelhas nativas importante manter esses arbustos em reas de conservao e criao de abelhas.

    Fabaceae - CaesalpinioideaeSenna obtusifolia (L.) H.S.Irwin & Barneby

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Mata Atlntica, Pantanal, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    MATAPASTO

    Referncias bibliogrficas: 7,9,14,16

    ARBUSTOS 87ARBUSTOS 86

  • Senna occidentalis um subarbusto ou pequeno arbusto, anual e muito comum em reas abertas.O fedegoso tambm conhecido como manjerioba possui um odor forte muito caracterstico dessa espcie. Suas flores so amarelas, de tamanho mdio e possuem anteras poricidas. O plen nico recurso floral oferecido aos visitantes. Assim como as demais espcies desse gnero, suas flores so visitadas principalmente por abelhas que coletam o plen por meio de vibraes.

    Devido sua importncia como fonte de plen para as abelhas nativas recomendado manter essa planta em reas de conservao e criao de abelhas.

    Fabaceae - CaesalpinioideaeSenna occidentalis (L.) Link

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Mata Atlntica, Pantanal, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    FEDEGOSO

    Referncias bibliogrficas: 6,7,9,14,16

    ARBUSTOS 89ARBUSTOS 88

  • Senna trachypus, conhecida popularmente como canafstula, um arbusto perene e de porte mdio. Suas inflorescncias so formadas por flores amarelas, grandes e com anteras poricidas. Assim como as demais espcies desse gnero, suas flores so visitadas principalmente por abelhas que coletam o plen por meio de vibraes.A beleza de suas inflorescncias uma caracterstica importante dessa espcie, a qual pode ser utilizada em jardins de flora

    melfera, sendo o seu cultivo fundamental para a manuteno e conservao das abelhas nativas.

    Fabaceae - CaesalpinioideaeSenna trachypus (Benth.) H.S.Irwin & Barneby

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, CerradoPerodo de florao: estao chuvosa

    CANAFSTULA

    Referncias bibliogrficas: 7,14

    ARBUSTOS 91ARBUSTOS 90

  • Mimosa invisa, conhecida popularmente como calumbi-mido, uma espcie perene, arbustiva e possui caule revestido por muitos espinhos. Suas inflorescncias so formadas por flores pequenas e de colorao rosa. Suas flores produzem nctar e plen, os quais atraem muitas espcies de abelhas nativas.As flores de calumbi-mido aumentam a oferta de recursos para as abelhas e tambm para outros insetos e essa planta deve ser utilizada em jardins de flora melfera.

    Fabaceae - MimosoideaeMimosa invisa Mart. ex Colla

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado Perodo de florao: estao chuvosa

    CALUMBI-MIDO

    Referncias bibliogrficas: 4,7,9,14

    ARBUSTOS 93ARBUSTOS 92

  • Solanum paniculatum, conhecido popularmente como jurubeba, um arbusto perene e comumente encontrado em solos arenosos da caatinga. Suas inflorescncias so formadas por flores de cor roxa e com anteras poricidas. Este tipo deanteranecessita de abelhas capazes de realizar vibraes, promovendo a liberao dos gros de plen contidos no seu interior.Os principais polinizadores so as abelhas da famlia Halictidae, do gnero Xylocopa (mamangavas-de-toco), do gnero Bombus

    (mamangavas-de-cho) e do gnero Melipona.Seus frutos so comercializados em forma de conserva e tambm so empregados na medicina caseira. Para fortalecer a criao de abelhas nativas importante utilizar esses arbustos em jardins de flora melfera.

    SolanaceaeSolanum paniculatum L.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    JURUBEBA

    Referncias bibliogrficas: 1,4,7,9

    ARBUSTOS 95ARBUSTOS 94

  • Hyptis suaveolens, conhecida popularmente como bamburral, uma espcie subarbustiva, anual e pode atingir at 1,3 m de altura. Ocorre principalmente em reas abertas, formando grandes manchas uniformes. Suas flores so pequenas e com colorao lils. Muitas espcies de insetos, e principalmente as abelhas, visitam suas flores para coletar nctar.O bamburral pode ser utilizado para aumentar a disponibilidade de recursos alimentares utilizados pelas abelhas.

    LamiaceaeHyptis suaveolens Poit.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica,Pantanal, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    BAMBURRAL

    Referncias bibliogrficas: 4,5,7,8,9,13

    ARBUSTOS 97ARBUSTOS 96

  • Herissantia tiubae, conhecida popularmente como mela-bodeou tambm como malva-de-bode, uma espcie perene, subarbustiva e bastante frequente nas regies semiridas do nordeste brasileiro, ocorrendo principalmente em locais abertos.Suas flores possuem ptalas brancas com anteras amarelas dispostas no centro da flor. O plen um recurso muito atrativo para as abelhas e principalmente para as espcies de abelhas solitrias.Muitas espcies da famlia Malvaceae so consideradas plantas daninhas, no entanto essas plantas so fontes importantes de

    recursos alimentares para as abelhas nativas. Devido sua importncia melfera essa planta favorece a criao e a conservao de abelhas, podendo ser utilizada em jardins de flora melfera.

    MalvaceaeHerissantia tiubae(K.Schum.) Brizicky Biomas de ocorrncia: Caatinga, CerradoPerodo de florao: estao chuvosa

    MELA-BODE

    Referncias bibliogrficas: 1,7,9

    ARBUSTOS 99ARBUSTOS 98

  • Sida cordifolia, conhecida popularmente como malva-branca, uma espcie perene e subarbustiva. Esse arbusto ocorre principalmente em pastagens, culturas agrcolas e em terrenos baldios com solos arenosos. Suas flores so grandes, com ptalas de colorao amarela e a regio central alaranjada.Os gros de plen ficam expostos nas flores e atraem muitas espcies de abelhas.Seus recursos florais, plen e nctar, so muito importantes

    para abelhas e principalmente para as espcies de abelhas solitrias. Devido sua importncia melfera essa planta pode ser utilizada em jardins de flora melfera.

    MalvaceaeSida cordifolia L.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    MALVA-BRANCA

    Referncias bibliogrficas: 1,3,6,7,9,17

    ARBUSTOS 100 ARBUSTOS 101

  • Sida galheirensis, conhecida popularmente como ervao, uma espcie subarbustiva que ocorre principalmente em reas abertas.Suas flores so grandes, com ptalas amarelas e a regio central vermelha. Muitas espcies de abelhas, principalmente as abelhas solitrias, visitam suas flores para coletar plen.Assim como a malva-branca, o ervao tambm fornece recursos alimentares fundamentais para as abelhas e pode ser utilizada em jardins de flora melfera.

    MalvaceaeSida galheirensis Ulbr.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica Perodo de florao: estao chuvosa

    ERVAO

    Referncias bibliogrficas: 1,7,9,17

    ARBUSTOS 102 ARBUSTOS 103

  • Triumfetta rhomboidea, conhecida popularmente como carrapicho-de-bode, uma espcie subarbustiva, perene e ocorre principalmente em reas abertas com solos argilosos. Suas flores so pequenas, amarelas e produzem nctar como o principal atrativo para os visitantes florais. Essa espcie muito importante para manuteno e conservao das espcies de abelhas nativas e pode ser utilizada em jardins de flora melfera.

    MalvaceaeTriumfetta rhomboidea Jacq.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    CARRAPICHO-DE-BODE

    Referncias bibliogrficas: 7,9

    ARBUSTOS 104 ARBUSTOS 105

  • Waltheria americana, conhecida popularmente como malva-branca, uma espcie subarbustiva, perene e muito comum em reas de pastagens e pomares. Suas inflorescncias so compostas por flores pequenas e amarelas. A malva-branca fornece recursos florais importantes para muitas espcies de abelhas sociais e solitrias. A abelha jandara (Melipona subnitida) um visitante frequente de suas flores.As flores de malva-branca aumentam a oferta de recursos

    para as abelhas e podem ser utilizadas para fortalecer a criao de abelhas nativas.

    MalvaceaeWaltheria americana L.

    Biomas de ocorrncia: : Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, Pan-tanal, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    MALVA-BRANCA

    Referncias bibliogrficas: 4,6,7,9

    ARBUSTOS 106 ARBUSTOS 107

  • Waltheria bracteosa, conhecida popularmente como malva, uma espcie subarbustiva que ocorre frequentemente em reas de pastagens e pomares.Suas inflorescncias so compostas por flores pequenas e amarelas.O nctar o principal recurso floral coletado pelas abelhas sociais e solitrias. A malva uma espcie melfera muito importante para a criao e manuteno de abelhas nativas e pode ser utilizada em reas pequenas como, por exemplo, jardins residenciais.

    MalvaceaeWaltheria bracteosa A.St.-Hil. & Naudin

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    MALVA

    Referncias bibliogrficas: 7

    ARBUSTOS 108 ARBUSTOS 109

  • Lantana camara, conhecida popularmente como cambar, um arbusto perene de porte mdio. Suas inflorescncias so compostas por flores amarelas e pequenas. As flores do cambar produzem nctar que atraem borboletas, beija-flores e muitas espcies de abelhas nativas.O cambar uma espcie ornamental muito cultivada em vrios pases. A beleza de suas inflorescncias uma caracterstica marcante dessa espcie, seu cultivo ideal para construo de jardins com flora melfera.

    VerbenaceaeLantana camara L.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    CAMBAR

    Referncias bibliogrficas: 4,7,9,18

    ARBUSTOS 110 ARBUSTOS 111

  • 1. Aguiar, C.M.L. 2003. Utilizao de recursos florais por abelhas (Hymenoptera, Apoidea) em uma rea de Caatinga (Itatim, Bahia, Brasil). Revista Brasileira de Zoologia, 20: 457-467.2. Arajo, L.D.A., Quirino, Z.G.M. & Machado, I.C. 2011. Fenologia reprodutiva, biologia floral e polinizao de Allamanda blanchetii, uma Apocynaceae endmica da Caatinga. Revista Brasileira de Botnica, 34: 211-222.3. Bovini, M.G., Carvalho-Okano, R.M. & Vieira, M.F. 2001. Malvaceae A. Juss. no Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil. Rodrigusia, 52: 17-47.4. CNIP - Centro Nordestino de Informaes sobre Plantas.[on line] Disponvel na internet via www.url: http:///www.cnip.org.br. (Acesso: 04/outubro/2011).5. Giullieti, A.M., Queiroz, L.P. & Santos, F.A.R. 2006. Apium Plantae. Recife: Associao Plantas do Nordeste, 130 p.6. Kiill, L.H.P., Haji, F.N.P. & Lima, P.C.F. 2000. Visitantes florais de plantas invasoras de reas com fruteiras irrigadas. Scientia Agricola, 57: 575-580. 7. Lista de Espcies da Flora do Brasil 2011inhttp://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011.8. Lopes, I.L.M. & Jardim, M.A.G. 2008. Fenologia, biologia floral e germinao de plantas aromticas: Hyptis suaveolens (L.) Poit. (Lamiaceae) e Mansoa standleyi (Steyerm.) A. H. Gentry (Bignoniaceae) Museu Paraense Emilio Goeldi. Revista Brasileira de Cincias Farmacuticas, 89: 361-365. 9. Lorenzi, H. 2008. Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquticas, parasitas e txicas. 4. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 640 p.10. Machado, I.C., Lopes, A.V. & Sazima, M. 2010. Contrasting bee pollination in two co-occurring distylic species of Cordia (Cordiaceae, Boraginales) in the Brazilian semi-arid Caatinga: generalist in C. globosa vs. specialist in C. leucocephala. Anais da Academia Brasileira de Cincias, 82: 881-891. 11. Milet-Pinheiro, P. & Schlindwein, C. 2010. Mutual reproductive dependence of distylic Cordia leucocephala (Cordiaceae) and oligolectic Ceblurgus longipalpis (Halictidae, Rophitinae) in the Caatinga. Annals of Botany, 106: 17-27. 12. Pereira, D.A., Brito, A.C. & Amaral, C.L.F. 2007. Biologia floral e mecanismos reprodutivos do Mussamb (Cleome spinosa Jacq)

    com vistas ao melhoramento gentico. Biotemas, 20: 27-34. 13. Pereira, F.M., Freitas, B.M., Alves, J.E., Camargo, R.C.R., Lopes, M.T.R., Neto, J.M.V. & Rocha, R.S. 2004. Flora apcola no Nordeste. (Embrapa Meio-Norte. Documentos, 104) Teresina: Embrapa Meio-Norte, 40 p.14. Queiroz, L.P. de. 2009. Leguminosas da caatinga. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana, 467 p.15. Stiro, L.N. & Roque, N. 2008. A famlia Euphorbiaceae nas caatingas arenosas do mdio rio So Francisco, BA, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 22: 99-118.16. Silva C.I. da, Ballesteros P.L.O., Palmero M.A., Bauermann S.G., Evaldt A.C.P. & Oliveira P.E. 2010. Catlogo polnico: Palinologia aplicada em estudos de conservao de abelhas do gnero Xylocopa no Tringulo Mineiro. Uberlndia: Universidade Federal de Uberlndia, 154 p. 17. Silva-Pereira, V., Alves-dos-Santos, I., Malagodi-Braga, K.S. & Contrera, F.A.L. 2003. Forrageamento de Melissoptila thoracica Smith (Hymenoptera, Eucerini, Apoidea) em flores de Sida (Malvaceae). Revista Brasileira de Zoologia, 20: 427432. 18. Viana, B.F., Silva, F.O. & Kleinert, A.M.P. 2006. A flora apcola de uma rea restrita de dunas litorneas, Abaet, Salvador, Bahia. Revista Brasileira de Botnica, 29: 13-25.

    REFERNCIAS

    ARBUSTOS 112 ARBUSTOS 113

  • Forma de vida com caule herbceo onde ausente a presena de lenhosidade quase sempre caules verdes.

    Abelha solitria (Ceratina sp.) visitando flor de Turnera subulata (chanana)

    Boerhavia diffusa

    HER

    BCE

    AS

    HERBCEAS 114 HERBCEAS 115

  • Alternanthera tenella, conhecida popularmente como quebra-panela, uma espcie anual ou algumas vezes perene. Devido sua alta capacidade de propagao essa planta ocupa facilmente reas abertas e lavouras. Suas flores pequenas e de colorao branca produzem nctar como o principal recurso coletado por muitos insetos e principalmente pelas abelhas nativas.

    As espcies consideradas muitas vezes como plantas invasoras podem ser utilizadas como plantas melferas pois, so fontes alternativas de recursos para as abelhas.

    AmaranthaceaeAlternanthera tenella Colla

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, Pampa, Pantanal, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    QUEBRA-PANELA

    Referncias bibliogrficas: 5,8,9

  • Froelichia humboldtiana, conhecida popularmente como ervao ou nateira, uma espcie muito comum em pastagens, terrenos e reas abertas em geral. Suas inflorescncias so compostas por flores pequenas, delicadas e brancas. O nctar floral atrai muitos insetos e entre eles, as abelhas nativas. Devido sua importncia melfera recomenda-se a utilizao dessa planta em reas de criao e conservao de abelhas.

    AmaranthaceaeFroelichia humboldtiana (Roem. & Schult.) Seub.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado Perodo de florao: estao chuvosa

    ERVAO

    Referncias bibliogrficas: 5,8

    HERBCEAS 118 HERBCEAS 119

  • Stilpnopappus pratensis uma planta anual frequentemente encontrada em pastagens, terrenos e em reas abertas em geral.Suas inflorescncias so formadas por flores pequenas e com colorao roxa. Uma grande variedade de insetos visitam suas flores, incluindo vespas, moscas, borboletas e abelhas. As abelhas de tamanho pequeno e mdio so os principais visitantes florais dessa planta. A colorao vistosa de suas inflorescncias uma caracterstica ornamental essa planta, favorecendo a sua utilizao em

    jardins de flora melfera com a finalidade de fornecer recursos alimentares para as abelhas nativas.

    AsteraceaeStilpnopappus pratensis Mart. ex DC.

    Biomas de ocorrncia: CaatingaPerodo de florao: estao chuvosa

    Stilpnopappus pratensis

    Referncias bibliogrficas: 8,22

    HERBCEAS 120 HERBCEAS 121

  • Euploca polyphyllum, conhecida popularmente como sete-sangrias, uma espcie encontrada ao longo da costa atlntica, desde o Estado do Par at o Rio de Janeiro, e tambm em reas de vegetao de caatinga.Suas flores so amarelas, tubulares, pequenas e agrupadas em inflorescncias. O nctar o principal recurso coletado pelos visitantes florais, entre eles as abelhas nativas.Devido s caractersticas

    ornamentais e melferas de suas flores, recomenda-se a utilizao dessa planta em jardins de flora melfera.

    BoraginaceaeEuploca polyphyllum Lehm

    Biomas de ocorrncia: Caatinga e regies litorneasPerodo de florao: estao chuvosa

    SETE-SANGRIAS

    Referncias bibliogrficas: 5,8,11,12

    HERBCEAS 122 HERBCEAS 123

  • Commelina erecta, conhecida popularmente como santa-luzia ou tambm como trapoeraba, uma espcie perene, com caules suculentos e que ocorre principalmente em solos frteis, midos e sombreados. Suas flores so pequenas e de colorao azul. O nctar o principal recurso coletado pelos visitantes florais, entre eles as abelhas nativas.Essa planta pode ser cultivada para fins ornamentais e tambm

    pode ser utilizada em jardins de flora melfera com a finalidade de fornecer recursos alimentares para as abelhas nativas.

    CommelinaceaeCommelina erecta L.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    SANTA-LUZIA

    Referncias bibliogrficas: 5,8,9

    HERBCEAS 124 HERBCEAS 125

  • Ipomoea asarifolia, conhecida popularmente como salsa, uma espcie herbcea rastejante, perene que ocorre principalmente em solos arenosos e em reas abertas. Suas flores so grandes, com colorao rosa e possuem corola em formato de funil. A cmara nectarfera localiza-se na base das flores. Espcies de abelhas solitrias so as principais visitantes de suas flores.A salsa uma planta ornamental e pode ser utilizada em jardins de

    flora melfera com a finalidade de aumentar a oferta de recursos para as abelhas nativas.

    ConvolvulaceaeIpomoea asarifolia (Desr) Roem. & Schult.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Amaznia, Mata AtlnticaPerodo de florao: estao chuvosa e seca

    SALSA

    Referncias bibliogrficas: 6,8,9

    HERBCEAS 126 HERBCEAS 127

  • Jacquemontia gracillima, conhecida popularmente como jetirana, uma espcie herbcea ou tambm algumas vezes pode ser uma trepadeira. Suas flores so pequenas e possuem a corola de cor lils e com a parte central avermelhada. O nctar o principal recurso coletado pelos visitantes florais.As abelhas sociais e solitrias soas principais visitantes das floresdo gnero Jacquemontia. Essa planta desempenha um papel importante na manuteno e na conservao das espcies de abelhas nativas.

    ConvolvulaceaeJacquemontia gracillima (Choisy) Hallier f.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica Perodo de florao: estao chuvosa

    JETIRANA

    Referncias bibliogrficas: 8,13,19

    HERBCEAS 128 HERBCEAS 129

  • Chamaecrista calycioides, conhecida popularmente como palma-do-campo, uma espcie anual que ocorre principalmente em solos arenosos e em reas abertas. Suas flores so pequenas, amarelas e possuem anteras poricidas.O plen nico recurso disponvel para a atrao dos visitantes florais. Somente as espcies de abelhas adaptadas realizao de vibrao retiram o plen de anterasporicidas como, por exemplo, a abelha jandara (Melipona subnitida), as abelhas do

    gnero Xylocopa (mamangavas-de-toco) e as abelhas do gnero Bombus (mamangavas-de-cho) e as abelhas da famlia Halictidae.Devido sua importncia como fonte de plen para as abelhas nativas recomendado manter essa planta em reas de conservao e criao de abelhas.

    Fabaceae - CaesalpinioideaeChamaecrista calycioides (DC. ex Collad.) Greene

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    PALMA-DO-CAMPO

    Referncias bibliogrficas: 8,14,15

    HERBCEAS 130 HERBCEAS 131

  • Chamaecrista pilosa var luxurians, conhecida popularmente como palma-do-campo, uma espcie anual que possui crescimento rpido e ocorre principalmente em reas abertas. Suas flores so pequenas, amarelas e possuem anteras poricidas. Assim como as demais espcies desse gnero, o plen o nico recurso produzido para a atrao das abelhas nativas, o qual coletado apenas pelas espcies adaptadas realizao de vibrao. Essa espcie muito importante

    para a manuteno e a conservao das espcies de abelhas nativas, podendo ser utilizada em jardins de flora melfera.

    Fabaceae - CaesalpinioideaeChamaecrista pilosa var luxurians (Benth.) H.S.Irwin & Barneby

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, CerradoPerodo de florao: estao chuvosa

    PALMA-DO-CAMPO

    Referncias bibliogrficas: 8,15

    HERBCEAS 132 HERBCEAS 133

  • Chamaecrista supplex, conhecida popularmente como palma-do-campo, uma espcie anual que ocorre principalmente em reas abertas. Suas flores so pequenas, amarelas e possuem anteras poricidas. Assim como as demais espcies desse gnero, o plen o nico recurso floral. O principais visitantes florais so espcies de abelhas adaptadas realizao de vibrao como por exemplo, a abelha jandara (Melipona subnitida).Devido sua importncia como

    fonte de plen para as abelhas nativas recomendado manter essa planta em reas de conservao e criao de abelhas.

    Fabaceae - CaesalpinioideaeChamaecrista supplex (Mart. ex Benth.) Britton & Rose ex Brit-ton & Killip

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    PALMA-DO-CAMPO

    Referncias bibliogrficas: 8,14,15

    HERBCEAS 134 HERBCEAS 135

  • Mimosa modesta, conhecida popularmente como malcia, uma espcie perene que ocorre principalmente em solos arenosos e em reas abertas. Possui folhas sensitivas formadas por um tecido contrtil que fecha os fololos quando ocorre algum contato. Suas inflorescncias so formadas por flores muito pequenas, com filetes de cor rosa e anteras amarelas. As abelhas nativas visitam suas flores para coletar tanto plen como nctar. Suas flores possuem caractersticas melferas importantes para a

    criao e a conservao de abelhas nativas. Recomenda-se utilizar essa planta em jardins de flora melfera.

    Fabaceae - MimosoideaeMimosa modesta Mart.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado Perodo de florao: estao chuvosa

    MALCIA

    Referncias bibliogrficas: 8,14

    HERBCEAS 136 HERBCEAS 137

  • Mimosa quadrivalvis, conhecida popularmente como malcia, uma espcie herbcea ou subarbustiva que ocorre principalmente em reas abertas. Possui ramos e frutos cobertos por acleos. Assim como Mimosa modesta essa espcie tambm possui folhas sensitivas formadas por um tecido contrtil.Suas inflorescncias so formadas por flores pequenas, com filetes de cor rosa e anteras amarelas. O plen e nctar de suas flores atraem muitos visitantes florais e principalmente as abelhas nativas.Para fortalecer a criao de abelhas

    sem ferro importante utilizar essa planta na construo de jardins com flora melfera.

    Fabaceae - MimosoideaeMimosa quadrivalvis L.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica Perodo de florao: estao chuvosa

    MALCIA

    Referncias bibliogrficas: 5,8,14

    HERBCEAS 138 HERBCEAS 139

  • Fabaceae - Papilionoideae Stylosanthes viscosa (L.) Sw.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    MELOSA

    Referncias bibliogrficas: 8,9,14,16

    Stylosanthes viscosa conhecida popularmente como melosa e recebe esse nome devido a uma substancia viscosa secretada pelas suas folhas. Essa espcie herbcea ou subarbustiva, perene e ocorre principalmente em ambientes abertos com solos arenosos. Suas flores possuem ptalas de cor amarela e uma ptala externa no boto (estandarte) com mancha mediana avermelhada. O nctar o principal recurso floral coletado pelas abelhas nativas como, por exemplo, as abelhas do gnero Xylocopa (mamangavas-de-toco).

    Devido as caractersticas ornamentais e melferas de suas flores, recomenda-se utilizar essa planta em jardins de flora melfera.

    HERBCEAS 140 HERBCEAS 141

  • Marsypianthes chamaedrys, conhecida popularmente como amargosa ou tambm casadinha, uma espcie anual que ocorre principalmente em reas abertas. Essa planta possui propriedades medicinais sendo utilizada na farmacopia popular.Suas inflorescncias so formadas por flores pequenas, com colorao azul e a parte central mais clara. As espcies de abelhas nativas visitam suas flores para coletar principalmente nctar.

    Essa planta pode ser utilizada em jardins de flora melfera com a finalidade de fornecer recursos alimentares para as abelhas nativas.

    LamiaceaeMarsypianthes chamaedrys (Vahl) Kuntze

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, Panta-nal, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    AMARGOSA

    Referncias bibliogrficas: 7,8,9

    HERBCEAS 142 HERBCEAS 143

  • Pavonia cancellata, conhecida popularmente como corda-de-viola ou malva rasteira, uma espcie anual que ocorre em solos arenosos e em reas abertas.Suas flores so grandes com ptalas amarelas e a rea central purprea. Os principais visitantes florais so as abelhas solitrias. Frequentemente machos de abelhas solitrias dormem dentro de suas flores. Em geral, os machos entram nas flores, antes de seu fechamento, e permanecem at o dia seguinte.A corda-de-viola uma planta

    rstica, possui flores vistosas e um grande potencial ornamental. Recomenda-se utilizar essa espcie em jardins de flora melfera com a finalidade de fornecer nctar e plen para as abelhas nativas.

    MalvaceaePavonia cancellata (L.) Cav.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    CORDA-DE-VIOLA

    Referncias bibliogrficas: 2,7,8,9,18

    HERBCEAS 144 HERBCEAS 145

  • Boerhavia diffusa, conhecida popularmente como pega-pinto, uma espcie perene que ocorre principalmente em reas abertas. Em algumas regies essa planta utilizada na medicina caseira.Suas inflorescncias so compostas por flores pequenas e com colorao roxa. Muitas espcies de insetos e tambm de abelhas nativas visitam suas flores para coletar principalmente nctar.Essa espcie pode ser utilizada em jardins de flora melfera com a finalidade de fornecer recursos alimentares para as abelhas nativas.

    NyctaginaceaeBoerhavia diffusa L.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    PEGA-PINTO

    Referncias bibliogrficas: 8,9

    HERBCEAS 146 HERBCEAS 147

  • Oxalisdivaricata, conhecida popularmente como trevo ou azedinho, uma espcie herbcea ou raramente subarbustiva que ocorre principalmente em locais arenosos e sombreados da caatinga.Suas flores so pequenas, delicadas e possuem ptalas amarelas com estrias alaranjadas internamente. As abelhas nativas so os principais visitantes florais dessa espcie. Devido s caractersticas ornamentais e melferas de suas flores, recomenda-se a utilizao

    dessa espcie em jardins de flora melfera.

    OxalideaeOxalisdivaricataMart. ex Zucc.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    TREVO

    Referncias bibliogrficas: 1,8

    HERBCEAS 148 HERBCEAS 149

  • Oxalis glaucescens, conhecida popularmente como trevo ou azedinho, uma espcie perene que ocorre principalmente em locais sombreados.Assim como em Oxalisdivaricata, essa espcie tambm possui flores pequenas, delicadas, com ptalas amarelas e estrias alaranjadas internamente. Suas flores atraem muitos insetos e principalmente espcies de abelhas nativas.Essa espcie fornece recursos importantes para a manuteno e conservao das espcies de

    abelhas nativas, seu cultivo ideal para construo de jardins com flora melfera.

    OxalideaeOxalis glaucescens Norlind

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado Perodo de florao: estao chuvosa

    TREVO

    Referncias bibliogrficas: 1,8

    HERBCEAS 150 HERBCEAS 151

  • Scoparia dulcis, conhecida popularmente como vassourinha-de-boto, uma espcie anual que ocorre principalmente em locais abertos e em solos arenosos.Suas flores so pequenas, brancas e disponibilizam nctar e plen para muitas espcies de insetos. As abelhas nativas so visitantes frequentes das flores dessa espcie. Com a finalidade de aumentar a oferta de recursos para as abelhas e tambm para outros insetos, a vassourinha-de-boto pode ser facilmente plantada em reas pequenas como, por exemplo, jardins residenciais.

    PlantaginaceaeScoparia dulcis L.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, Pampa, Pantanal, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    VASSOURINHA-DE-BOTO

    Referncias bibliogrficas: 5,8,9,20

    HERBCEAS 152 HERBCEAS 153

  • Polygala violacea uma espcie anual que ocorre principalmente em reas abertas com solos midos e frteis. Essa planta esporadicamente utilizada na medicina popular.Suas flores so agrupadas em inflorescncias e possuem ptalas com colorao rsea a purprea e uma ptala modificada. As abelhas nativas e, principalmente as abelhas solitrias, so os visitantes florais mais frequentes dessa planta.

    Essa espcie importante para a manuteno e conservao das espcies de abelhas nativas.

    PolygalaceaePolygala violaceaAubl.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    Polygala violacea

    Referncias bibliogrficas: 4,8,9,21

    HERBCEAS 154 HERBCEAS 155

  • Portulaca oleracea, conhecida popularmente como beldroega, uma espcie anual que ocorre principalmente em solos ricos em matria orgnica. As flores de beldroega so delicadas, pequenas e possuem ptalas com colorao amarela. Suas flores atraem muitos insetos e principalmente muitas espcies de abelhas nativas.Essa planta desempenha um papel importante na manuteno e na conservao das espcies de abelhas nativas. A beldroega pode

    ser facilmente plantada em reas pequenas como, por exemplo, jardins residenciais.

    PortulacaceaePortulaca oleracea L.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    BELDROEGA

    Referncias bibliogrficas: 3,5,8,9

    HERBCEAS 156 HERBCEAS 157

  • Talinum triangulare, conhecida popularmente como beldroega-grada, uma espcie anual que ocorre em solos midos e sombreados. Suas flores so vistosas com ptalas de colorao rosa e anteras amarelas. Muitas espcies de abelhas, principalmente as abelhas solitrias, so os principais visitantes florais dessa espcie.Essa espcie pode ser utilizada como planta ornamental em jardins de flora melfera com a finalidade de fornecer recursos alimentares para as abelhas nativas.

    PortulacaceaeTalinum triangulare (Jacq.) Willd.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Mata Atlntica, Amaznia Perodo de florao: estao chuvosa

    BELDROEGA-GRADA

    Referncias bibliogrficas: 8,9

    HERBCEAS 158 HERBCEAS 159

  • Borreria verticillata, conhecida popularmente como cabea-de-velho ou tambm como vassourinha-de-boto, uma espcie perene que ocorre principalmente em reas abertas.Suas inflorescncias so formadas por flores pequenas e com ptalas brancas. A cabea-de-velho uma fonte de nctar muito importante para as abelhas nativas. Espcies de abelhas sem ferro como a abelha jandara (Melipona subnitida) so visitantes frequentes de suas flores.Para fortalecer a criao de abelhas

    sem ferro e a produo de mel importante utilizar essa planta na construo de jardins com flora melfera.

    RubiaceaeBorreria verticillata (L.) G.Mey.

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    CABEA-DE-VELHO

    Referncias bibliogrficas: 5,8,9,21

    HERBCEAS 160 HERBCEAS 161

  • Diodella teres, conhecida popularmente como mata-pasto, uma espcie anual que geralmente forma tapetes no solo e ocorre principalmente em reas abertas com solos arenosos. As flores dessa espcie so pequenas com ptalas de colorao lils e fornecem principalmente nctar para as abelhas nativas.Essa espcie pode ser utilizada em jardins de flora melfera com a finalidade de fornecer nctar para as abelhas nativas.

    RubiaceaeDiodella teres(Walter) Small

    Biomas de ocorrncia: Caatinga, Cerrado, Mata Atlntica, AmazniaPerodo de florao: estao chuvosa

    MATA-PASTO

    Referncias bibliogrficas: 5,8,9

    HERBCEAS 162 HERBCEAS 163

  • Richardia grandiflora, conhecida popularmente como asa-de-pato, uma espcie anual que ocorre principalmente em reas abertas com solos arenosos, formando tapetes sobre o solo.Suas flores so tubulares, com ptalas de cor lils e produzem nctar como o principal recurso coletado pelos visitantes florais. Uma grande variedade de insetos visitam suas flores, incluindo vespas, moscas, borboletas e abelhas.

    Essa planta desempenha um papel fundamental na manuteno e na conservao das espcies de abelhas nativas.

    Rubiacea