guia do 1º emprego 2012

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o que procuram as empresas Edição especial da revista FORUM ESTUDANTE | distribuição gratuita – NÃO PODE SER VENDIDO Anual • Ano III • 2012 • disponível em pdf em www.emprego.forum.pt prepara-te para as entrevistas de emprego como fazer um bom curriculum vitae o desemprego vence o combate contra oferecem-te este Guia! GUIA DO p o r á r e a novas competências para o emprego p a t r o c í n i o p a t r o c í n i o p a t r o c í n i o a p o i o a p o i o

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Tudo o que precisa de saber para arranjar trabalho. @forumemprego

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Page 1: Guia do 1º Emprego 2012

o que procuramas empresas

Edição especial da revista FORUM ESTUDANTE | distribuição gratuita – NÃO PODE SER VENDIDOAnual • Ano III • 2012 • disponível em pdf em www.emprego.forum.pt

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3editorial

guia do 1º emprego 2012

EMPREGO.FORUM.PTWWW.UNIV.FORUM.PT

TELEFONE21 885 47 [email protected]

ADMINISTRAÇÃORoberto CarneiroRui MarquesFrancisca Assis Teixeira

DIREÇÃOGonçalo Gil

DESIGNMiguel Rocha

REDAÇÃOPedro SalgueiroSara Las CunhaBruna PereiraInês Menezes

PUBLICIDADETel.: 21 885 47 30Vanessa Neto [email protected] Vila Viç[email protected] Fidalgo Marques [email protected]

PRÉ-IMPRESSÃOE IMPRESSÃOLISGRÁFICACasal de Stª LeopoldinaQueluz de Baixo

TIRAGEM50.000 ex.

WWW.FORUM.PT

Revista de Cursos,Escolas e ProfissõesPropriedade e Edição de:PRESS FORUMComunicação Social,S.A.Capital Social: 60.000,00¤NIF: 502 981 512Periodicidade MensalDepósito Legal n.º 510787/91Registo ICS n.º 114179

SEDETv. das Pedras Negras, nº 1 - 4º1100-404 LisboaTel.: 21 885 47 30 — Fax: 21 887 76 66

ADMINISTRAÇÃORoberto Carneiro - PRESIDENTERui MarquesFrancisca Assis Teixeira

GUIA do

FICHATÉCNICA

Recentemente, a Organização Inter-nacional do Trabalho dava conta dagravidade da situação: nunca comoagora a taxa de desemprego juvenil,à escala global, tinha atingido tais

níveis. Esta realidade toca-nos directamente.Os jovens portugueses que, pela primeira vez,querem entrar no mercado de trabalho enfren-tam um conjunto de obstáculos significativos,desde a escassez de ofertas disponíveis à ine-vitável precariedade inicial. Mas perante as di-ficuldades só pode haver uma resposta: arre-gaçar as mangas e dar o melhor de nós própriospara encontrar o desejado emprego. Para isso,precisamos de estar preparados não só com aformação técnica e científica que adquirimosnos últimos anos de estudo, mas também comum conjunto de competências e de atitudes

que nos permitam vencer o desafio de encontrar o tal primeiro emprego. A Forum Estudante, com o apoio significativo de um conjunto de parceiros,entre os quais se destaca o ACP - Automóvel Club de Portugal, a BP e a SuperBock, desenvolveu um conjunto de iniciativas a que designou por “Missão Pri-meiro Emprego”. Este Guia que agora te chega às mãos é uma dessas ferramentasque procurámos construir para te apoiar na busca do primeiro emprego. Deuma forma útil e prática, ouvindo especialistas e recolhendo o melhor da in-formação disponível, elaborámos um roteiro para quem tem de procurar em-prego. Mas não se esgota aqui. Ao Guia do Primeiro Emprego junta-se ainda osite www.emprego.forum.pt com a dimensão on-line desta informação, umconjunto de 20 seminários – Job Party – em várias instituições de ensinosuperior e duas Conferências Nacionais sobre Primeiro Emprego. São, portanto,vários os apoios da Forum Estudante para a odisseia que te espera. Finalmente, quando chegar o momento de abordagem ao mercado de trabalho,não esqueças: acredita em ti mesmo e lança-te sem medo para esse desafio.Por mais difícil que seja, se tiveres a atitude certa, vais conseguir. É só umaquestão de tempo.

Boa sorte!

FEVEREIRO DE 2012

Índice04 Novas competências para o séx XXI08 O que o mercado espera de ti10 O que as empresas procuram12 Entrevista a Marco Gomes16 Cursos & empregabilidade22 Trabalhar no estrangeiro24 Coworking26 Ser empreendedor30 Associativismo na universidade32 Como elaborar um CV34 Carta de apresentação36 Europass - Passaporte para o sucesso40 Entrevista de emprego42 Encontro Nacional de Gabinetes de Saídas Profissionais46 Profissões do futuro

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Por onde passam as oportunidades naeconomia portuguesa? O que vai crescere o que vai minguar? Em Janeiro de 2011,a Agência Nacional para a Qualificação(ANQ) procurou dar resposta a esta per-gunta, publicando um estudo coordenadopor Paulo Pedroso, designado “Análiseprospectiva da evolução sectorial em Por-tugal”1 que analisa em detalhe o que seprevê que venha a acontecer, em termos

de oportunidades de trabalho por sectoresde actividade. Usando uma metáfora de “nuvens”, os au-tores sublinham o que lhes parecem ser“nuvens consensuais” e, por outro lado,as “nuvens carregadas” que trazem preo-cupações. Mostram ainda “nuvens cruza-das” em que diferentes sectores se ligampara criar novas áreas de crescimento eco-nómico.

Quando se fala de prospectiva e de ten-dências deves ter o cuidado de interpretaros dados como previsões que são, porquenum quadro de permanente mudança eenorme incerteza, têm um risco elevadode erro. Por exemplo, este estudo, que temsó um ano, não considera o pedido deresgate financeiro de Portugal, o impactoda intervenção da troika e todo o seu im-pacto recessivo na economia. Ainda assim

Atenção às Nuvens!Vê quais as nuvens favoráveis ao teu futuro e quais as que te trarão “chuva”.Previne-te para não apanhares uma molha…

1 Disponível em www.anq.gov.pt

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é útil saberes quais os sectores, que numdado momento, parecem ter mais ou me-nos potencial futuro.

Boas NuvensÉ consensual em Portugal que os sectoresdo Turismo, Energia / Ambiente e Mo-bilidade /Transportes oferecem perspec-tivas muito positivas para o futuro, emboranaturalmente também aí existam algumasameaças. São à partida, uma boa aposta. Não tão consensuais, mas ainda como ra-zão de esperança, surgem os sectores dosserviços diversos (às empresas e às fa-mílias), da economia do mar, da saúde,da química/petroquímica; das indústriascriativase das tecnologias de informaçãoe comunicação. Mas, como em tudo na vida, o facto deserem sinalizados como sectores com po-tencial de crescimento não quer dizer quevás ter vida fácil, ou caminho aberto, sópor escolheres essa via de formação ouactividade profissional. Esse tempo já aca-bou e em todas as áreas de actividade vaister de conquistar o teu espaço, ultrapas-sando os obstáculos. Mas há “territórios”mais fáceis que outros.

Nuvens “cinzentas”Os autores do Estudo identificam algunssectores em profunda reestruturação eque, à partida, não apresentam grandesoportunidades de crescimento. Entre eles,estão os sectores tradicionais em recon-versão ou os que têm alterações signifi-

cativas no modelo de negócio, ou aindasectores onde as necessidades de qualifi-cação são diferentes das actuais. Nestessectores destacam-se o Vidro e cerâmica;Têxteis e calçado; Agricultura de espe-cialidades, Plásticos, Mobiliário e Meta-lomecânica. Note-se que o facto de se anunciaremtempos difíceis não equivale a que nãohaja margem para vingar nestas áreas.Uma opção profissional por estes sectoresexigirá uma maior e melhor qualificação,capacidade de contribuir para reduzir asameaças e potenciar as oportunidadesatravés da inovação, da internacionaliza-ção, do aumento do valor acrescentadoe, sobretudo, da grande resiliência. Estána tua mão vencer mesmo em maresmuito batidos.

Nuvens CruzadasUm dos aspectos mais inovadores e esti-mulantes do Estudo passa pela capacidadede identificar o potencial do cruzamentode sectores, tradicionalmente vistos deuma forma isolada. Muito próprio dos tem-pos que vivemos, a integração de áreasde actividade, desenvolvendo novos ser-viços e produtos para corresponder a no-vas janelas de oportunidade, deve merecera tua atenção. Os exemplos seleccionadosapontam para a interacção Mobilidade etransportes / Turismo, o Turismo / Saúdee a Saúde/serviços diversos, como evi-dencia este gráfico:

Finalmente, os autoresreferem a procura denovas qualificações comoeixo comum a todos ossectores. E esse é umdesafio que deve estar natua agenda. Mais e,sobretudo, melhorqualificação, adequada àsnecessidades do mercadoe ao perfil dosprofissionais do séculoXXI, deve constituir a tuaprioridade. Se marcarespontos aí, vais agarrar asoportunidades quesurgirem em qualquerdas “nuvens” e não ficar àmercê de uma grande“molha”.

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AMEAÇAS

Tendências Globais: n Crescimento global esperado, conduzido pelaseconomias emergente cria dificuldades nasatisfação das necessidades crescentes deenergia e ao mesmo tempo a obrigatoriedadede redução das emissões dos gases de estufa;

n Prováveis alterações climatéricas, poluiçãoatmosférica e consequentes problemas desaúde pública e ambientais;

n Com as actuais tecnologias as energiasrenováveis demonstram ainda uma falta decompetitividade face aos combustíveis fósseis,o que dificulta a sua expansão;

n Ameaça à segurança no abastecimento e àinsegurança nos preços nalgumas das regiõesprodutoras de petróleo (Médio Oriente, Américado Sul, África);

n Crise internacional tem conduzido a umaredução do investimento em infra-estruturastradicionais ou renováveis e em I&D deeficiência energética e em energias renováveis;

n Redução dos subsídios, incentivosgovernamentais para as energias renováveis.

Escassez de recursos qualificados: n Falta de recursos humanos qualificados emáreas específicas e mais técnicas.

Políticas Governamentais: n Necessidade de contenção das contas públicase a pressão para a redução do endividamentopode colocar em causa projectos energéticos,nalguns casos dependentes de financiamentoou subsídios públicos.

AMEAÇAS

Reduzida diversificação: n Elevada sazonalidade: Concentração nosmeses de Julho, Agosto e Setembro.

n Aumento do ambiente concorrencial: adoçãode estratégias mais agressivas de atração efidelização de turistas entre destinosturísticos.

n Retração do consumo e investimentointernos;

n Crise imobiliária a nível internacional –retração do investimento e dificuldade definanciamento, nomeadamente de projectosde turismo residencial.

Alterações climáticas n Necessidade de requalificação dedeterminados sectores e de aumentar aqualidade da oferta de outros (construçãoimobiliária descontrolada e desregulada emdeterminadas zonas turísticas).

Aumento no preço de deslocação: n Escassez de recursos humanos qualificados

AMEAÇAS

Crise Internacional: n Crise internacional trava os projetosestruturantes para implementação do PET;

n Paralisação dos investimentos estruturantesbloqueia a implementação de grande partedas medidas previstas nas políticas detransporte;

n Restrições ao consumo público e privadopodem dificultar implementação do projectoMOBI-E (massificação dos Veículos eléctricos,públicos e privados).

Instabilidade nos preços dos combustíveis n A crise política no médio oriente e ospotenciais impactos na segurança,abastecimento e preço do petróleo podemlevar a um reequacionar das estratégiasdefinidas para o sector e/ou aumentar apressão para soluções energéticasalternativas.

(quadro disponível no Estudo “Análise prospectiva de evolução sectorial em Portugal”)

Mobilidade / TransportesDRIVERS

Tendências Globais: n Crescimento dos fluxos internacionais detransportes de mercadorias e passageiros noâmbito da intensificação das trocascomerciais e no desenvolvimento do Turismo;

n Tensão crescente entre o aumento daprodução de Gases de Efeito Estufa que aintensificação dos fluxos de transporteimplicam, e a pressão para soluçõestecnológicas mais eficientes do ponto de vistado ambiente, com impacto no tipo de infra-estruturas a desenvolver e nos meios detransporte em si.

Estratégia comunitária: n Desenvolver a Rede transeuropeia deTransportes (RTE-T), com vista à integraçãoeconómica e social do espaço europeu;

n Aposta na intermodalidade, reabilitando otransporte ferroviário e marítimo

Iniciativas governamentais: n Política de transportes, consubstanciada noPlano estratégico Transportes (PET),fortemente inspirada na política europeia detransportes;

n Articulação da Política energética com aPolítica de transportes.

TurismoDRIVERS

Condições naturais: n Vocação pela sua localização geográfica,recursos naturais, clima, património históricoe cultural, costa e praias, segurança,afabilidade dos Portugueses, etc.

Tendências globais: n O crescente aumento de mobilidadeinternacional favorece o desenvolvimento dosector;

n Perspectivas de crescimento do sector a nívelinternacional e Europeu.

Iniciativas governamentais: n PENT demonstra a aposta forte do governo emtornar o Turismo um motor de crescimento daeconomia e de tornar Portugal um dosdestinos de maior crescimento da Europa;

n As melhorias previstas nas acessibilidades(TGV e Novo aeroporto) irão promover amobilidade interna e aproximar mercadosemissores de Portugal. O novo aeroportopoderia assumir as funções de hubinternacional.

Iniciativa privada: n Forte aposta de grupos empresariaisPortugueses e estrangeiros em projectos deinvestimento para o sector (como são exemploos PIN para o sector). Para além do aumentodo volume, a requalificação e aumento daoferta de qualidade implica um aumento dogasto médio diário e aumento das receitasprovenientes deste sector.

Poder político: n Consenso de que o Turismo é um vectorestratégico e prioritário para a economiaPortuguesa. A preocupação com a criação deuma oferta nacional integrada, com aumentodo peso da gama alta e virada para o turismode estrangeiros é o formato que beneficia oaumento das exportações no sector de bensou serviços transaccionáveis.

Energia e AmbienteDRIVERS

Tendências Globais: n Crescimento do consumo de energiaimpulsionado pelas economias emergentes;

n Prováveis alterações climatéricas, poluiçãoatmosférica e consequentes problemas desaúde pública e ambientais;

n Esforço de investimento em desenvolvimentode novas soluções tecnológicas com vista aobter melhorias de eficiência e de mitigação dapoluição;

n Crise internacional tem condicionado oinvestimento no sector devido às dificuldadesde financiamento para novos projectos e àtendência de redução do financiamentopúblico.

Estratégia comunitária: n Directivas e estratégias comunitáriaspromovem o desenvolvimento do sector e dasenergias renováveis.

Iniciativas governamentais: n Políticas e regulamentações específicas para osector fomentam fortemente odesenvolvimento do sector;

n As energias renováveis têm sido umaprioridade para o governo no passado recentecom vista à redução da dependência energéticaexterna, a promoção de crescimentoeconómico e a criação de emprego.

Sensibilidade social: n Existe uma elevada sensibilidade para asquestões energéticas e ambientais e umaalteração dos padrões de consumo paraprodutos / serviços mais ecológicos.

Players nacionais: n Galp e EDP são empresas com presença fortea nível internacional no sector da energia,tendo a EDP uma forte presença no sector dasrenováveis (terceiro maior player mundial naprodução de energia eólica).

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Todas as economias mais desenvolvidasdo mundo estão atentas à competitivi-dade do seu capital humano. Os conhe-cimentos, competências e atitudes dosseus trabalhadores fazem a diferençapara o sucesso (ou insucesso) global. Vá-rias iniciativas estão em curso em dife-rentes regiões do mundo e, em todaselas, se sublinha a importância do port-folio de competências de cada profis-sional, avaliando se o sistema educativoestá a preparar convenientemente parao que o mercado de trabalho exige. Sa-bendo que o teu mercado de trabalhovai ser global, importa-te saber o que épedido. Dessa forma, podes preparar-temelhor, nomeadamente procurando re-forçar os teus pontos fracos, adquirindonovas competências eventualmente emfalta.

Novos competências para novosempregos - a iniciativa europeiaA iniciativa «Novas Competências, NovosEmpregos» foi lançada a nível da UniãoEuropeia, em Dezembro de 2008, com oobjectivo de construir pontes mais sólidasentre a esfera da educação e o mundo dotrabalho. Procurar aproximar a formaçãodas necessidades de mercado de trabalhoconstituía o principal desígnio. Em comunicado da Comissão Europeia,sublinhava-se, já em 2010, num relatóriode peritos, que é imperativo agir de ime-diato para colmatar as lacunas de com-petências na Europa e proporcionar aoseuropeus melhores oportunidades de su-cesso no mercado de trabalho no futuro.Sublinhava-se a necessidade de dar àspessoas os correctos incentivos para queactualizem as respectivas competências,associar melhor educação, formação e

Sabes o queo mercadoespera de ti?Cada vez mais as empresas olham para as com-petências sociais e pessoais (soft skills) que oscandidatos dispõem à entrada no mercado detrabalho. Para além dos conhecimentos básicose específicos (hard skills), importa ter as compe-tências certas para operacionalizar o saber. Des-cobre como se aborda o tema na União Europeia,nos Estados Unidos e na Austrália.

trabalho, desenvolver um misto adequadode aptidões e antecipar mais eficazmenteas competências necessárias no futuro.Vladimír Špidla, Comissário responsávelpelo Emprego, declarou nessa ocasião:«Ao melhorar as competências das pes-soas estaremos a contribuir para sair dacrise a curto prazo e a prepararmo-nospara uma economia sustentável no fu-turo.»

Mas o problema não é fácil.Se não, vejamos: › Actualmente, um em cada trêseuropeus em idade activa possuipoucas ou nenhumas qualificaçõesformais, o que faz com que tenha 40%menos de probabilidades de encontrarum emprego do que as pessoas comqualificações de nível médio.

› No conjunto da UE, as taxas deemprego distribuem-se da seguinteforma em função do nível decompetências: 84% para os níveiselevados, 70% para os níveis médios e49% para os níveis baixos.

› As pessoas com baixas qualificaçõestêm também menos probabilidades deactualizar as respectivas competênciase frequentar acções de formação aolongo da vida.

› Por outro lado, comparativamente àsempresas que não proporcionamformação aos seus efectivos, as que ofazem têm 2,5 vezes menos deprobabilidade de verem a suaactividade ameaçada.

› Sistemas de educação queprovidenciem a todos competênciasadequadas poderão, a longo prazo,contribuir para aumentar o PIB até10%.

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A reflexão europeia para responder a estedesafio apontou para quatro linhas deacção:1. Dar aos empregadores e aos indivíduos

melhores incentivos à actualização decompetências, sendo que o investi-mento nesta matéria deve ser signifi-cativo, inteligente e não apenas finan-ceiro;

2. Abrir os mundos da educação e da for-mação, tornando os estabelecimentosde ensino e formação mais inovadorese reactivos às necessidades de apren-dentes e empregadores e desenvol-vendo qualificações relevantes centra-das em resultados concretos;

3. Proporcionar um misto de competên-cias que seja mais adequado às neces-sidades do mercado de trabalho;

4. Antecipar melhor as necessidades fu-turas em matéria de competências.

5. Segundo os especialistas, cada umadestas áreas está interligada e, comotal, todas as acções têm de ser conju-gadas. Além disso, não se trata da res-ponsabilidade de um só interveniente,sendo necessário um esforço concer-tado da parte de todos os envolvidos.

Nos Estados Unidos,uma visão clara. Do outro lado do Atlântico, a abordagemé relativamente diferente. Com uma abor-dagem mais pragmática e com maior pro-tagonismo do mercado, tem vindo a serdesenvolvida uma parceria entre empresase agentes educativos, para definir quais ascompetências essenciais para o Século XXI. A iniciativa Partnership for 21th. CenturySkills (P21CS) procura dar atenção aos de-safios colocados por uma economia im-pulsionada pela inovação e conhecimento,em mercados com uma intensa compe-tição e constante renovação, de forma amelhorar o seu nível de competitividade.Atenta às mudanças que aconteceram nasempresas, entre as quais se destacam es-truturas de gestão achatadas, modelosdescentralizados de decisão, partilha deinformação e equipas de projecto, redesque cruzam toda a organização, flexibili-dade nos contratos de trabalho, a P21CSprocura desenvolver uma estratégia parapreparar as novas gerações para o sucesso. Já muito mais avançado na execução con-creta que a abordagem europeia, este ro-teiro norte-americano dá um grande des-taque às competências para a aprendiza-

gem e inovação, das quais se destacam acriatividade e inovação, o pensamento crí-tico e de resolução de problemas e a co-municação e colaboração. De igual forma,vale a pena destacar as competências decarreira e vida, com destaque para a flexi-bilidade e adaptação, a capacidade de ini-ciativa e auto-determinação, compreensãosocial e intercultural, produtividade, res-ponsabilidade e liderança.

A visão americana dascompetências para o século XXI

Temas centrais› Inglês; Línguas estrangeiras, Artes,Matemática, Economia, Ciências,Geografia, História, Educação cívica.

Temas interdisciplinares a abordarnos temas centrais› Consciência global› Literacia financeira, económica,empresarial e empreendedora.

› Literacia cívica› Literacia para a saúde› Literacia para o ambiente

Competências para a aprendizageme inovação› Criatividade e inovação› Pensamento crítico e de resolução deproblemas

› Comunicação e colaboração

Literacia para os media, informaçãoe tecnologia› Literacia para a informação› Literacia para os media› Literacia para as TIC

Literacia para a vida /carreira› Flexibilidade e adaptação› Capacidade de iniciativa e auto-determinação

› Competências sociais e interculturais› Produtividade e Responsabilidade› Liderança

Da Austrália, diretos ao assuntoA Universidade de Melbourne desenvolveucom a INTEL, Microsoft e CISCO, uma linhade investigação – Assessment and tea-ching 21th. Century Skills – que identificaquatro eixos essenciais em torno dos quaisse organizam estas competências: formasde pensar e trabalhar, ferramentas paratrabalhar e viver no mundo.

E as tuas competências?Reflecte um pouco sobre as tuas competências. Quais as mais fortes? E quais asmais fracas? E o que podes fazer para adquirir o que te falta? Ou melhorar aindamais no que já és razoável?

Competências mais fortes O que fazer para melhorar?

Competências mais fracas O que fazer para melhorar?

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O contexto de crise econó-mica tem vindo a influen-ciar profundamente as em-presas que compõem omercado de trabalho e,consequentemente, aquiloque valorizam nos recursoshumanos que procuram. Do lado dos candidatos,encontramos um mercadocaracterizado por um ele-vado índice de desempregoe poucas oportunidades.Do lado das empresas, hámuita oferta de recursos euma elevada competitivi-dade. A consequência des-tes dois lados da situação éuma maior selectividadedas empresas.A Ray Human Capital dá-nos algumas pistas sobre oque as empresas hoje maisvalorizam. Além dos requi-sitos de conhecimentomais solicitados há queconsiderar as competên-cias mais procuradas. Nosdiversos meios de recruta-mento que as empresasusam é preciso saber mos-trar com clareza esses nos-sos requisitos e competên-cias e ainda ter em contaaspectos próprios da fasede recrutamento.

O que as empresas

Requisitos maissolicitados nos recém-licenciados:› Idiomas estrangeiros› Informática na óptica do utilizador› Carta de condução› Mobilidade geográfica nacional einternacional

› Disponibilidade horários› Experiência profissional / EstágiosProfissionais

› Formação profissionalcomplementar (idiomas,informática, etc)

› Experiências internacionais› Actividades extra-académicas eco-curriculares

Competências maisprocuradas nosRecém-Licenciados:

Impacto e Influência 95%

Pensamento Analítico 85%

Orientação para objetivos 80%

Orientação para o Cliente 70%

Flexibilidade 70%

Iniciativa 65%

Trabalho em Equipa 60%

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mais valorizam

Fonte: “Estratégias de Abordagem ao Mercado de Trabalho”, Ray Human Capital

Aspectos a terem conta na fasede recrutamento:

Antever as possibilidades de saídasprofissionaisVer regularmente anúncios e estaratento ao que as empresasprocuram. Por exemplo, a área dasenergias renováveis tem recebidomuito investimento nos últimosanos. Em momentos em que acrise não está tão vincada, temosmuitos anúncios que visam perfiscomerciais, e a área comercial éuma área onde se aprende muito.

Atenção à divulgação deoportunidades profissionais (Meiosde Recrutamento)

Reunir informação sobreempresas e funções a que secandidatamÉ determinante porque revelamotivação. Passar esseconhecimento ao recrutador é umamais valia.

Concentrar esforços nossegmentos de mercado e funçõesque mais interessamA ânsia de entrar no mercado detrabalho pode leva-nos a enviarCV’s para muitas empresas,mesmo quando não nosinteressam assim tanto. Issoprovoca um grande desgaste. Ir auma entrevista, a duas ou três sópara ver como é vai afectando aauto-estima caso não sejamosseleccionados.

Persistência e resistência à frustração.Depende de cada um, masefectivamente esta procura inicialde trabalho exige muito de nós.

Como “vender” estascompetências?

Marketing pessoal: Ter acapacidade de nos promovermosjunto de outros.Quase tudo o que fazemos na vidapermite desenvolver determinadascompetências que podem serrentabilizadas em futuros contextosprofissionais;Para comunicar a nossa mais valiaé preciso reconhecer valor na nossaprópria experiência e de ver comoela pode ser traduzida em novascompetências;Frequentemente o emprego irádepender da nossa eficácia emprojectarmos o nosso potencial

As empresas usamdiversos meios derecrutamento:

› Anúncios na imprensa;

› Anúncios noutros meios (Internet,

rádio, TV);› Anúncios internacionais;

› Consultoras de Recrutamento e

Selecção;› Candidaturas espontâneas;

› Redes Sociais;

› Apresentações em instituições

académicas;› Procura directa (Search);

› Fóruns de emprego.

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entrevista

Parece-lhe que os estágios sãoum bom início de carreira paraum jovem licenciado?Cada vez mais até porque a aposta das em-presas em épocas de crise não é para po-sições intermédias ou para posições de topo,acabam por fazer um investimento pelabase e aí estão os estagiários. Esta políticaacaba por gerar todo um conjunto de me-didas que incentivam ao crescimento, aopush up das estruturas organiza-cionais a fazer com que es-tes estagiários que en-tram, façam com queas pessoas da organi-zação subam. Assis-timos cada vez mais

Soft skillsMarco Gomes da Ray Human Capital, uma das empresas mais promis-soras na área da consultoria em recursos humanos e parceira da ForumEstudante na Missão Primeiro Emprego, partilhou connosco a sua expe-riência, deixando algumas importantes pistas para quem entrar no mer-cado de trabalho.

Marco Gomes, Ray Human Capital

às multinacionais portuguesas, como a So-nae e a Efacec, a privilegiarem este tipo decontratação.

Quais lhe parecem ser ascompetências que o mercado,neste momento, mais está avalorizar?O paradigma de há uns anos a esta partetem mudado e hoje em dia o mercado estáa valorizar muito, e ainda bem, as softskills.

Obviamente não descuram as hards-kills, pois é necessário que as pes-soas tenham ajustamento à pró-pria função que vão desempe-nhar, mas também, e cada vezmais, é valorizada a capaci-dade que têm de ajustar-seem termos de competênciassociais e pessoais. E estassoftskills, muitas vezes, fazema diferença e conseguemmostrar a mais valia de umprofissional em relação a ou-tro.Há competências transversaisque o mercado de trabalho pro-cura, independentemente da fun-ção em si: a comunicação, a ca-

pacidade de inter-relacionamento,o pensamento analítico, a iniciativa, o

dinamismo… São este tipo de compe-tências que nós devemos desen-

volver ao longo da nossa vida,sobretudo enquanto jo-vens. Os jovens não sepodem limitar trajetouniversidade-casa ecasa-universidade.Têm de privilegiar oequilíbrio entre avida académica e avida social, porque

estas vivências trazem-lhes novas compe-tências. É fundamental procurarem expe-riências como estágios e trabalhos duranteo verão, para experimentarem o que é omercado de trabalho e para começarem adesenvolver algumas competências que sóconseguimos actualizar se nos empenhar-mos nisso. Este tipo de competências, queparecem quase senso comum, são compe-tências que para muitas pessoas não estãono top of mind, não estão ainda na lista deprioridades e, no entanto, são competênciasque fazem falta a qualquer pessoa.

Nos milhares de currículos queprovavelmente vê e quando estáà procura de uma pessoa, paraonde vai o seu enfoque? Falandode jovens recém licenciados.O que salta à vista é claramente o tipo deiniciativas em que a pessoa se envolve aolongo da sua vida académica ou as expe-riências profissionais que a pessoa possater tido.Num dos Job Party que fiz com a Forum,um dos alunos perguntou-me se deveriacolocar no seu CV a experiência profissional

em alta

“O paradigma de háuns anos a esta partetem mudado e hoje em dia o mercado estáa valorizar muito, e ainda bem, assoftskills.”

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guia do 1º emprego 201214

entr

evis

ta

Três pecados mortaisque não se podemcometer numaentrevista?Inibição. A postura corporal revelamuita coisa. Por exemplo, o estar aolhar para baixo pode revelar umagrande inibição e isso é claramente umpecado nos dias que correm. Outro pecado mortal são os níveis deansiedade que jovens acabam por gerare que passa ao entrevistados muitafalta de confiança. Os jovens não sepodem esquecer que estão numprocesso avaliativo mas que, do outrolado, estão também seres humanos.Convém não esquecer que estão alipara provar que são as pessoas certaspara aquele lugar e, como tal, têm deacreditar nas suas capacidades. Énecessário fazer o trabalho de casapara gerir esses níveis de ansiedade. Em terceiro lugar é fundamentalmostrar interesse. Se não o fizer acabapor deixar desvanecer o interesse dooutro lado. O recém licenciado, quandoconcorre a um lugar, não se podeesquecer que está a concorrer comcentenas de pessoas e que existempequenos pormenores que podemfazer toda a diferença e que esse podeser um deles.

“Os jovens têm de estar muitoconscientes que é necessário ao longodo seu percursoacadémicoprocurareminiciativas diferentes,que lhes permitam tercontacto com arealidade empresarial,e também com arealidade social.”

que tinha tido a servir num bar. O que lhedisse foi que neste momento da sua vida,essa experiência fazia sentido porque pordetrás desse trabalho, os profissionais quevão ler o currículo vão perceber que foramdesenvolvidas capacidades de comunica-ção, capacidade de relacionamento como cliente, orientação para o cliente e orien-tação para objectivos. Com esta experiênciaé certo que ele actualizou competências eé isso que as empresas procuram nos CVde jovens licenciados. Experiências profis-sionais e iniciativas das que muitas vezesse organizam nas universidades, como asempresas académicas ou consultoras queaí são criadas, o desenvolvimento de pro-jectos reais, tudo isto é muito relevantepara um jovem licenciado. São esses pe-queninos detalhes que podem fazer todaa diferença na sua adaptação ao mercadode trabalho e para fazer face aos desafiosdas empresas. Também o desporto, o vo-luntariado podem ser importantes quandose analisam os currículos.

Com a experiência que tempensa que os recém licenciadosestão preparados para enfrentaro mercado de trabalho?Cada vez mais. Os jovens estão a começara ter um self awareness muito forte paraaquilo que efectivamente o mercado lhesreserva. Já tem acontecido clientes da RayHuman Capital estarem a recrutar jovens,não pela licenciatura mas pelas competên-cias. Vão à procura do tal talento e essepode estar num aluno que terminou o cursocom média de 12 ou 13 e não num alunoque terminou a licenciatura com média de16 ou 17.São os jovens que têm de perceber quetêm de fazer a diferença neste mercado detrabalho que vive este ciclo económico. Elestêm claramente de se diferenciar uns dosoutros para conseguirem agarrar as opor-tunidades. As empresas continuam a pro-curar, mas como recrutam menos, procu-ram os melhores. Entre candidatos idênticos,o desempate dá-se na área das softskillsque cada um demonstrar ter, pela expe-riência e pela atitude.

Três conselhos a estes jovenspara conseguirem entrar nomercado de trabalho.Acima de tudo têm de estar muito cons-cientes que é necessário ao longo do seupercurso académico procurarem iniciati-vas diferentes, que lhes permitam ter con-tacto com a realidade empresarial, mastambém com a realidade social. Esta com-binação é importantíssima para que con-sigam criar valor em si mesmos. Por outrolado acho que cada vez mais os jovensde hoje em dia, têm um nível de maturi-dade diferente e isso nota-se na sua ca-pacidade de aprendizagem, no seu inte-resse por determinado tipo de problemá-ticas. Porque não querem fazer parte dasfamosas estatísticas do desemprego, osjovens têm de ter claramente a noção deque as mais valias que têm de ter adquirirtêm de ser eles a desenvolver e a procurar.Se não forem eles, ninguém o fará no seulugar.Penso também que é importante irem co-nhecendo o mercado de trabalho, iremvendo o que se está a passar. Quando ter-minam a licenciatura é importante sabe-rem minimamente o que é que querem

fazer e mesmo que não saibam ao certo,pelo menos saberem onde é que queremestar. É fundamental terem uma noçãoclara que, se querem estar na área finan-ceira, então apontem para a área finan-ceira. Se querem a área de grande con-sumo, então é apontar para essa área. Éimportante saber, quando chegar a alturade ingressar no mercado de trabalho, paraque lado é que se quer ir, porque isso mos-tra confiança também para o interlocutor.

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guia do 1º emprego 201216

cursos&em

pregabilidade 10

Conclusões deum Estudo sobre aEmpregabilidadede Licenciados

O Gabinete de Planeamento, Estra-tégia, Avaliação e Relações Interna-cionais (GPEARI) do Ministério daCiência, Tecnologia e Ensino Supe-rior, publicou recentemente o oitavorelatório sobre a procura de em-prego dos diplomados com habili-tação superior.Os dados estatísticos apresentadosno referido relatório têm por baseduas fontes principais:

› Inscritos nos centros de emprego:Instituto do Emprego e FormaçãoProfissional que, através do Sis-tema de Gestão e Informação daÁrea de Emprego regista as inscri-ções dos candidatos a emprego;

› Diplomados: Gabinete de Planea-mento, Estratégia, Avaliação e Re-lações Internacionais responsávelpela recolha de informação forne-cida anualmente pelas instituiçõesde ensino superior.

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Rede Social

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guia do 1º emprego 201218

cursos&em

pregabilidade

Ciências empresariaisCiências sociais Formação de professoresEngenharia e técnicasSaúdeArquitectura e construçãoArtesHumanidadesServiços sociaisServiços pessoaisInformação e jornalismoDireitoAgricultura e pescasIndústrias transformadorasCiências da vidaCiências físicasProtecção do ambienteInformáticaMatemática e estatísticaCiências veterináriasServiços de segurançaServiços de transporteSubtotalSem ÁreaTOTAL

< 25 anos 25 a 34 anos 35 a 54 anos ≥ 55 anos Total%15,2%14,9%12,5%11,7%59,6%9,9%24,1%7,6%35,1%24,2%24,0%10,7%5,0%20,7%28,5%10,2%23,5%14,5%3,8%26,9%25,2%4,4%19,3%0,0%19,3%

N.º36892808314617391177189416299871008913891682425388387368466301161984619

23 2225

23 227

%41,6%49,1%63,3%42,6%31,0%57,6%54,0%42,0%49,3%50,8%51,8%43,7%44,1%42,1%52,2%52,1%66,1%50,6%50,8%57,3%43,0%42,2%47,9%14,7%47,9%

N.º3 4631 8221 1481 397296910625

1 01829842940764544032613925572201138272817

14 10114

14 115

%39,1%31,9%23,1%34,2%7,8%27,7%20,7%43,3%14,6%23,8%23,7%41,3%45,6%35,4%18,8%36,1%10,2%33,8%43,5%15,8%26,2%37,8%29,1%41,2%29,1%

N.º369235584706115936166202110685117412176067

1 78415

1 799

%4,2%4,1%1,2%

11,5%1,6%4,8%1,2%7,1%1,0%1,2%0,6%4,4%5,3%1,8%0,5%1,7%0,1%1,2%1,9%0,0%5,6%15,6%3,7%44,1%3,7%

N.º8 8675 7174 9724 0853 7943 2873 0192 3492 0431 7991 7201 56296492274170770559531717110745

48 48834

48 522

N.º1346852620479

22603247291787174364121674819121172166861246272

9 3810

9 381

Oestudo é complexo e englobamuita informação disponível emtexto e centenas de tabelas. Para

o leitor do Guia do 1º Emprego escolhe-mos as 10 principais conclusões que sin-tetizam os resultados mais significativosdo estudo:

1Em Dezembro de 2010 havia em Por-tugal Continental uma população to-tal de 10 148 200 pessoas. 480 683

pessoas estavam à procura de um novoemprego e 35 427 (7,4%) dos desempre-gados à procura de um novo emprego –e que já tinham trabalhado - possuíamhabilitação superior.

2Entre Dezembro de 2009 e Dezem-bro de 2010, em Portugal, o aumentode desempregados inscritos foi de

3,3% no total e, por níveis de ensino, foide: “11,1% no Ensino Superior”; “10,3% noEnsino Secundário”, “6,5% no “Ensino Básico– 3.º ciclo”, “4,2% no “Ensino Básico – 2.ºciclo”, “1,5% no “Ensino Básico – 1ºciclo” e“6,6% sem nenhum nível de instrução”.

3Cerca de 2/3 dos inscritos nos cen-tros de emprego com habilitaçãosuperior à procura de novo emprego

são desempregados de curta duração —24 712 desempregados há menos de 12meses — e 10 715 há mais de 12 meses.

4Tendo em consideração tambémos inscritos em centros de empregoà procura do 1.º emprego, sobre os

quais qualquer análise deve ser encaradacom precaução, o número total de ins-critos com habilitação superior nos cen-tros de emprego em Portugal Continen-tal, aumentou de 43 755 para 48 522 en-tre Dezembro de 2009 e Dezembro de2010.

5Por áreas de estudo, o contributodas várias áreas para o total de ins-critos com habilitação superior, em

Dezembro de 2010, é também bastantediverso, destacando-se as seguintes áreascom maiores contributos: “Ciências em-presariais”, “Ciências sociais” e ” Formaçãode professores” com, respectivamente,17,6%, 12,2%, e 10,5% do total de inscritos.

Desempregados em Portugal com habilitaçãosuperior por áreas de estudo e grupo etário,Dezembro de 2010

Novascompetênciaspara novosempregosIniciativa comunitária que tratado tema do ajustamento a fazerentre competências e empregospara que melhor se combinemno futuro. Muito do empregopassará por este acerto entre arealidade formativa e osempregos necessários. Ver:http://ec.europa.eu/social/main.jsp?catId=568

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guia do 1º emprego 201220

6Para além dos números da Tabelaanterior, uma análise mais fina per-mitiu saber que o número de desem-

pregados licenciados:› Em áreas como: “Serviços sociais” (10,7%),“Informação e jornalismo” (9,1%), “Ciênciassociais e do comportamento” (7,7%), “In-dústrias transformadoras” (7,7%) e “Artes”(7,6%),o peso relativo dos inscritos nos cen-tros de emprego, por relação com os di-plomados nessa área, é relativamente alto;

› Em áreas como “Serviços de segurança”(2,6%), “Saúde” (3,2%), “Matemática e es-tatística” (3,3%), “Informática” (4,0%) e“Engenharia e técnicas afins“ (4,0%), opeso relativo dos inscritos nos centrosde emprego, por relação com os diplo-mados nessa área, é relativamente baixo.

7A população com habilitação superiorinscrita nos centros de emprego doContinente em Dezembro de 2010 —

incluindo os inscritos à procura do 1.º em-prego — caracteriza-se genericamente por:› Ser maioritariamente feminina (66,6%);› Estar particularmente representada na

região Norte (39,9%);› Estar maioritariamente inscrita há menos

de um ano (71,9%);› Ser predominantemente jovem (67,2%têm menos de 35 anos).

(ver artigo no Público sobre este perfil ti-pificado em: http://www.publico.pt/Ed-uca%C3%A7%C3%A3o/mulher-jovem-e-licenciada-na-area-de-gestao-e-a-mais-forte-candidata-ao-desemprego-1521384)

9Por subsistema de ensino, os inscri-tos com habilitação superior compar estabelecimento/curso e ano de

conclusão identificados encontram-se dis-tribuídos do seguinte modo:› 65,2% dos inscritos diplomaram-se no

ensino público e 34,8% no ensino pri-vado, o que corresponde a uma distri-buição sensivelmente idêntica à dos di-plomados entre 1999-2000 e 2008-2009.

› 57,1% dos inscritos diplomaram-se noensino universitário e 42,9% no ensinopolitécnico, o que revela uma distribui-ção sensivelmente idêntica à dos diplo-mados entre 1999-2000 e 2008-2009.

0 2000 4000 6000 8000 10000

Número total de desempregados por área de actividade

150 Perguntase Respostas numaEntrevista de EmpregoSe estás em vias de ter umaentrevista de emprego consulta aferramenta que criámos para ti nosite www.emprego.forum.pt: as 150perguntas e respostas de umaentrevista de emprego –especialmente focadas emlicenciados à procura do 1ºemprego. Estão ali quase todas asperguntas que te podem fazer numaentrevista. E podes fazer mais! Sepor acaso te colocarem umapergunta diferente ou souberes deuma nova questão pertinente podesacrescentar à lista enviando-nos apergunta e sugestões de resposta

10Numa óptica de procura de em-prego, não existe correspondênciadireta entre a área de estudo e o

par estabelecimento/curso. Pares estabele-cimento/ curso com elevados níveis de pro-cura de emprego podem não estar integradosnas principais áreas com elevados níveis deprocura de emprego. Existem, assim, paresestabelecimento/ curso extremamente di-ferenciados e heterogéneos: pares com ele-vados níveis de procura que não se incluemnas áreas com maior número de registosde desempregados com habilitação superiore outros com baixos níveis de procura deemprego que se incluem nessas áreas.

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000

Ciências empresariais

Ciências sociais

Formação de professores

Engenharia e técnicas

Saúde

Arquitectura e construção

Artes

Humanidades

Serviços sociais

Serviços pessoais

Informação e jornalismo

Direito

Agricultura e pescas

Indústrias transformadoras

Ciências da vida

Ciências físicas

Protecção do ambiente

Informática

Matemática e estatística

Ciências veterinárias

Serviços de segurança

Serviços de transporte

< 34 Anos

35 a 54 anos

Desempregados por faixa etária e área de actividade

curs

os&

empr

egab

ilida

de

8A população que procura empregocom habilitação superior apresenta,por comparação com a restante po-

pulação inscrita nos centros de emprego,especificidades que se enquadram numalógica de transição entre o fim da fase deformação e o início da fase de entradana vida activa:› Prevalência na situação de procura deemprego há menos de um ano: 71,9%dos inscritos com habilitação supe-rior/58,0% dos inscritos;

› Prevalência na situação de procura de1.º emprego: 27,0% dos inscritos comhabilitação superior/7,5% dos inscritos.

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guia do 1º emprego 201222

Os portugueses sempre foram um povo de emigrantes. Em pleno séculoXXI, o espírito de aventura e empreendedorismo continua… Mesmoquando a rota é desconhecida e sabemos apenas que queremos ter comodestino final a descoberta de um emprego melhor!

Trabalhar lá fora já não é o

Portugueses sem medo de arriscarA possibilidade de progressão profissional (33,1%), umaremuneração mais aliciante (21,5%) e a esperança deuma vida melhor (18,6%) são as principais razões quelevam os portugueses a trocar as suas raízes e aproximidade junto dos seus familiares para trabalharemno estrangeiro. Assim, 70% dos inquiridos, num estudorecente da empresa de recrutamento Hays, admitem quetrabalhar lá fora é a melhor solução para enfrentar acrise sentida em Portugal. Aventurar-se pelo estrangeiroé também uma opção tida em conta por parte de 64,3%dos desempregados que participaram nesse inquérito.Para os que acreditam que não há como trabalhar emPortugal, a mobilidade é, ainda assim, uma palavrasedutora. Entre os inquiridos, 84,6% não se importariamde trocar de região para trabalhar e 82,2% tambémgostariam de mudar… Mas de emprego.

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23guia do 1º emprego 2012

é o Cabo das TormentasTerminar uma licenciatura, um mestradoou até mesmo um doutoramento já não éuma garantia de empregabilidade – pelomenos imediata. É por isso que trabalhar noestrangeiro tem vindo a revelar-se uma so-lução para quem acaba os seus estudos eestá disposto a conhecer novas culturas,novos idiomas, novas formas de vida e novasexperiências pessoais… Longe do confortodo lar e dos pais.

Europa, meu amor…Devido às facilidades de mobilidade de tra-balhadores que a União Europeia (UE) per-mite, os países europeus fazem parte da listados mais procurados pelos portugueses –o velho continente torna-se atrativo pelasua cultura familiar, pela facilidade de adap-tação às línguas (muitas delas de origem la-tina) e porque, muitas vezes, ir viver e tra-balhar para a Europa é apenas um passo àfrente de umas das experiências que os re-cém-diplomados já mostram nos seus CV– a frequência do Programa ERASMUS du-rante o ensino superior. Se pensas que ospaíses europeus podem ser uma boa opção

para fazer carreira profissional, não deixesde consultar o Portal Europeu da Mobilidadedos Trabalhadores (EURES), disponível emwww.eures.europa.eu. A rede EURES ajudaos trabalhadores a passarem fronteiras e acircularem livremente dentro do EspaçoEconómico Europeu (EEE) – sendo que aSuíça também participa. O EURES procuraainda informar, orientar e aconselhar os tra-

Ainda com dúvidas?Nos endereços que se seguem,encontras vários programas demobilidade além-fronteiras aos quaiste podes candidatar. Força!

Programa INOV ContactoEstágios Internacionais para JovensQuadros: O projecto visa apoiar aformação de jovens com qualificaçãosuperior em contexto internacional. Éuma iniciativa promovida peloMinistério da Economia, da Inovação edo Desenvolvimento, apoiado pela EUe pelo QREN/POPH e gerida pelaAicep Portugal Global. Sabe mais emwww.portugalglobal.pt/PT/InovContacto

Programa Leonardo da VinciÉ um subprograma sectorial doPrograma de Aprendizagem ao Longoda Vida, da iniciativa da ComissãoEuropeia, que promove estágiostransnacionais em empresas parapessoas que pretendem ingressar nomercado de trabalho com a duraçãomínima de 2 semanas e máxima de 26semanas (6 meses). Sabe mais em:http://ec.europa.eu/education/lifelong-learning-programme/ldv_en.htm

balhadores sobre oportunidades de em-prego, bem como sobre as condições devida e de trabalho no EEE. Procura tambémassistir empregadores que pretendam re-crutar trabalhadores de outros países e acon-selhar e orientar os trabalhadores e os em-pregadores nas regiões transfronteiriças. Uma vez no portal, e ao seleccionares “Pro-curar emprego”, tens acesso a postos detrabalho em 31 países europeus. Para tal,faz o teu registo gratuito em “O meu EURES”para candidatos a emprego. Aí poderás criaro teu CV e torná-lo acessível aos empre-gadores registados e aos conselheiros EU-RES, que ajudam os empregadores a en-contrar os candidatos adequados. Depois,basta esperares que entrem em contactocontigo para as acções de recrutamento,que decorrem, geralmente, em Lisboa e noPorto.

Nos outros cantos do mundoBrasil, EUA, Canadá, Angola, África do Sul eMacau são outros dos destinos preferidospelos portugueses mais aventureiros. Se via-jares para fora da Europa, contacta a em-baixada ou consulado desse país em Por-tugal para saber se precisas de visto e outrasformalidades a cumprir. Pede ainda na Se-gurança Social os documentos que te ga-rantem assistência médica. Fora do EEE, empaíses como Brasil ou EUA, pesquisa se háacordos ou convenções bilaterais com Por-tugal, para beneficiares de serviços de saúde.Se pensares em destinos como a Índia ou aÁfrica, informa-te também sobre cuidadosespeciais de prevenção, como vacinas. Al-guns centros de saúde e hospitais já têmserviços vocacionados para a consulta doviajante trabalhador.Além das preocupações com a saúde, con-vém teres em mente que quem vai para oestrangeiro sujeita-se, regra geral, às leis dopaís de acolhimento. Por exemplo, sabiasque a licença de parto na Alemanha e naFinlândia tem uma duração superior à dalei portuguesa? A mesma regra aplica-seaos impostos: ao trabalhares noutro país, fi-cas sujeito às regras que lá vigorem. Apre-senta sempre o teu contrato de trabalhojunto da administração fiscal e pede o nú-mero de contribuinte. À partida, só pagarásimpostos em Portugal se cá residires duranteo ano, mais de 183 dias, seguidos ou não.No caso dos trabalhadores destacados, regrageral, a empresa trata das formalidades como fisco. Para evitar a dupla tributação, pedeum certificado de residência na autoridadefiscal do outro país, para apresentares nasfinanças portuguesas. Se, mesmo assim, fortributado em ambos, tens direito ao cha-mado crédito de imposto. Basta preenchereso anexo J do IRS.*Fonte: DECO

Quando a esmolaé grande…Se entrares em contacto comalguma oferta de emprego fora dePortugal que te pareça duvidosa,tem atenção aos seguintes tópicos:› Se a oferta de emprego se destinara um país do EEE (todos os da UE,Liechtenstein, Islândia e Noruega)ou Suíça, informa-te junto daEURES, rede criada pela ComissãoEuropeia e serviços públicos deemprego.› Se a oferta for para o resto domundo, contacta as respectivascâmaras de comércio, embaixadase consulados em Portugal, deforma a perceber se a oferta éhonesta e não existem queixassobre a empresa recrutadora emquestão.

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guia do 1º emprego 201224

Destes novos trabalhadores digitais, des-taquemos os mais nómadas, aqueles paraquem a geografia profissional é na reali-dade todo o planeta (internet e electrici-dade como requisitos mínimos). De facto,nesta altura, um profissional independentepode desenvolver qualquer tipo de acti-vidade a partir de um computador portátile acesso à Internet. Esta ubiquidade dotrabalho produz um novo tipo de traba-lhador, nómada e particularmente dispo-nível para novas formas de trabalho, comdestaque para a partilha e colaboraçãocom os seus pares, onde quer que este-jam, como forma de potenciar a sua ac-tividade e garantir o correspondente re-torno financeiro e pessoal. Uma das no-vidades é o peso que este “retornopessoal” ou, numa palavra, a felicidadeque se almeja ainda que isso acarrete me-nos dinheiro no bolso. Todos os dias ges-tores de topo, cientistas brilhantes ou ad-vogados bem sucedidos “largam tudo”para perseguir o sonho empreendedor donegócio perfeito, aquele que congrega,numa expressão bem portuguesa, “traba-lho e conhaque”. A expressão viva deste novo paradigmado trabalho corporiza-se nos espaços de“cowork” que se vão replicando no mundoocidental (a Oriente, por muitas razões,quase todas de ordem cultural, o fenó-

Coworking

Quando o trabalho é conhaque (e vice-versa)

por Fernando Mendes - CEO Coworklisboa | www.coworklisboa.pt

A tecnologia está a mudar, a uma velocidade estonteante, a forma comotrabalhamos e, sobretudo, a forma como trabalhamos com outros. Nãohá praticamente área de trabalho que não dependa, no todo ou em parte,da computação e do acesso à Internet. Os últimos dez anos correspon-deram a uma crescente desmaterialização do posto de trabalho, com ovirtual armazenamento das nossas vidas pessoais e profissionais (a famosae ubíqua “cloud”) determinando um novo paradigma do trabalho e novosparadigmas de vida.

meno não ganhou ainda o mesmo tipode expressão). O conceito começou, ine-vitavelmente, nos Estados Unidos, mime-tizando o ambiente descontraído e infor-mal dos cafés, com esplanada e acessosem fios à internet. Trata-se portanto deespaços de trabalho partilhados por pro-fissionais maioritariamente independentese, em grande medida, ligados às profissõesdas chamadas indústrias criativas. Estesescritórios abertos, partilhados e colabo-rativos são autênticos viveiros de ideias eprojectos, onde impera o empreendedo-rismo puro. A rede que se estabelece entreos membros residentes de cada espaçoalimenta proficuamente a criação de novasoportunidades de trabalho, projectos co-muns, etc.Esta nova realidade, que corresponde aoconceito decalcado do velho slogan daMartini® – esta bebida tinha um sloganque anunciava poder ser consumida “any-time, any place, anywhere” – aponta parauma flexibilidade do (posto de) trabalhoe, em simultâneo, para uma nova atitudeperante o mesmo. Um ingrediente naturaldestes novos escritórios é claramente aatenção dada, pelos seus mentores e re-sidentes, aos momentos de pausa, des-canso e lazer. Muitos autores sugeremmesmo que este tempo de “não-trabalho”assume uma importância cada vez maior,

sendo que é já difícil discernir hoje ondee quando acontece um ou o outro. Veja-se a utilização profissional que damos às“redes sociais” originalmente concebidasa pensar em públicos não-profissionais econteúdos lúdicos. Temos assim um mo-mento de trabalho que é não-trabalho edesmaterialização, o que alguns autoresapelidam de Playbour (a contração de Play[jogo] e Labour [trabalho]).Pode dizer-se, sem correr grandes riscos,que o “novo trabalho” é informal, divertido,colaborativo e partilhado, ubíquo e des-materializado. É a partir destas premissasque os projectos de cowork se desenvol-vem, instituindo novas formas de trabalho,novos palcos e rotas nómadas.As actuais contingências sociais do em-prego, com o aumento exponencial dosprofissionais independentes, têm poten-ciado este fenómeno global, a par das ful-gurantes inovações tecnológicas. Nos pró-ximos dez a quinze anos prevêem-se no-vas e profundas alterações no mundo dotrabalho. Os jovens estudantes de hojedevem preparar-se para esse mundo digitale global. Não há, objectivamente, nadaque os impeça de serem o que quiseremser e fazer em qualquer parte do mundo.Pensando bem, foi sempre assim com osportugueses ou não fomos nós a realizara primeira globalização?

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Tiago RodriguesFundou em 2009 a EMOVE – InnovativeTechnologies, Ltd com três amigos, todosainda universitários. Tiago fez ummestrado em gestão mas sempre tevegosto pela tecnologia.A EMOVE - Innovative Technologies, Ltd.foi criada para competir no sector dasenergias alternativas. A equipa da Emovedesenvolveu um novo conceito deprodução eléctrica inovadora: o ESG(Electric Spherical Generator), um geradorúnico que absorve movimentos eoscilações e converte-os em energiaeléctrica sem adição de qualquercombustível e sem resíduos de CO2. Oprimeiro produto desta tecnologiainovadora é o BluSphere -www.emovewaves.com/blusphere – queobtém energia a partir do movimentos dasondas da água. Este produto édesenvolvido para países que, tal comoPortugal, têm uma longa costa marítima euma grande dependência do petróleoimportado: Dinamarca, Noruega, Suécia,Holanda, EUA e Japão.O projecto começou em Lisboa onde oprotótipo foi desenvolvido e amplamentedivulgado. Essa ampla divulgaçãopermitiu criar uma larga consciência

guia do 1º emprego 201226

Ser empreendedorCriar o próprio emprego pode ser, numa alturade crise, uma alternativa mais atractiva do queficar anos à espera de arranjar o emprego ideal.E embora seja um passo ousado, que implicacorrer riscos e trabalhar mais, as compensaçõestambém podem ser grandes.

Paulo VeigaPaulo Veiga viu o seu estágio académicopatrocinado pela AIESEC, em Espanha (1991),numa empresa de alumínios (INESPAL) querecorria ao outsourcing para a gestão do seuarquivo. Nesse estágio, Paulo vislumbrou deimediato uma oportunidade de negócio paraPortugal. Após ter finalizado o seu cursoapresentou um projecto ao CPIN - CentroPromotor de Inovação e Negócios, o BIC -Bussiness Inovation Center de Lisboa, quedesde logo o aprovou. Foi assim que, em Maiode 1993 fundou a EAD – Empresa de Arquivosde Documentação, SA - com dois colegas decurso.A empresa instalou-se primeiro no Barreiro,no Parque Industrial da Quimiparque, eem 1997 mudou-se para Palmela, junto dosprincipais eixos de comunicação terrestresda área metropolitana de Lisboa, parainstalações próprias concebidas econstruídas de raiz para a guarda dadocumentação com as melhores condiçõesde segurança e de confidencialidade.Em Dezembro de 1999 a EAD abriu umaDelegação em Vila do Conde, maisconcretamente na Zona Industrial daVarziela. As necessidades do mercado emmatéria de Arquivo e de Gestão Documentalforam evoluindo e conduziram à criação da

Divisão de Arquivos Ópticos em 2001, umanova aposta de Paulo Veiga orientadaespecificamente para a digitalização emmassa de documentos em formato papel.O alargamento contínuo de competências e ocrescimento do número de clientes passou,entretanto, a exigir maior capacidade deresposta. Paulo Veiga e a sua equipalançaram então o Contact Center, em Abrilde 2002, revolucionando a filosofia deatendimento ao Cliente, apostando napersonalização da recepção e dodesenvolvimento das solicitações.No ano de 2003 a EAD lança-se noscaminhos da Certificação dos seusprocessos de suporte aos Serviçosprestados, com a implementação do Sistemade Gestão da Qualidade EAD, de acordo comos requisitos da norma ISO 9001:2000. Em2005, o Grupo CTT integrou o corpoaccionista da empresa ao adquirir 51% doseu capital social. Para o mundo da gestãodocumental os CTT trazem o seu enormecapital de confiança, uma vantagemcompetitiva no vasto mercado dascomunicações, em que esta organizaçãopostal pretende afirmar-se. Paulo Veiga éactualmente o Presidente do Conselho deAdministração da EAD e, como semprecontinua atento a oportunidades de inovação.Site da EAD: www.ead.pt

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José CarmoFilho de médicos, cresceu entre Coimbra,Angra, Joanesburgo e Faro até que os paisforam trabalhar para a Clipóvoa e deitaramâncora na Póvoa de Varzim. Desde miúdoque sonhava tornar-se homem denegócios. Ganhou os primeiros escudos alavar carros. Na Póvoa, com 12 anos, ganhou o primeirodinheiro lavando os carros dos pais (ambosMercedes que continuam ao serviço),enquanto nos iniciados do Varzimcomeçava, a extremo-direito, uma carreirade futebolista que não chegou a explodir.No ano de passagem a júnior, percebeu quenão era a dar chutos numa bola que iaganhar a vida e resignou-se a defender acamisola de Belém no Torneio Inter-Freguesias da Póvoa.Decidiu estudar Economia porque achavaque seria o caminho mais curto para setornar num bem-sucedido homem denegócios, foi para o Porto estudar na FEPe, como tinha boa média (14 valores, quase15), ainda antes de completar o curso, em2004, foi contratado pela Price Waterhouse,onde logo no primeiro dia de trabalho(passado a fazer fotocópias) conheceuDiogo Pinto de Sousa, que fizera Gestão naCatólica e viria a tornar-se seu sócio na

Plubee. Durante os quatro anos em queesteve como auditor na Price, teve a suaprimeira experiência como gestor (masainda não como homem de negócios) naEstalagem de Santo André que tinha idoparar às mãos da família por via do sogro,fornecedor de carnes da Sopete. Aindapassou pelo controlo financeiro daSonaecom antes de se tornar empresárioao lançar o Plubee, um site de vendas edescontos.A Plubee é já considerada um fenómenode grandes descontos e José Carmo gostade se referir a ela como a “rede social dosdescontos”.Mais informações sobre a Plubee em:www.plubee.com

colectiva para a tecnologia ESG. Comisso Tiago Rodrigues e os seus sóciosganharam vários prémios, fizeramparcerias e conseguiram apoios.Terminando os seus cursos foram noverão passado para os EUA. Estão agoraa trabalhar em Santa Clara, naCalifórnia, onde esperam fazer crescer oseu negócio em diversos mercadosinternacionais. Para mais informaçõesver o site da empresa: www.emove.pt eo canal da Emotive:www.youtube.com/user/Emoveinnovative

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Antes de te lançares nestaaventura, deves responder àsseguintes questões:

› Tenho espírito empreendedor ouvontade de aprender para oadquirir?

› Consigo desenvolver redes e soucapaz de arriscar?

› Sou persistente e resistente àpressão e às situações de stress?

Sim?Então agarra este desafio e, se tensuma boa ideia de negócio, nãohesites!

1º A IdeiaUma boa ideia, não é tudo, mas pode fazera diferença. Se já a tens, vê se ela resiste aestas perguntas: a quem se destina o meuproduto? É necessário ao mercado? Tenhoconcorrência? Se sim, como me diferen-ciarei? Quanto custará o meu produto?Qual o meu investimento? Onde podereiarranjar financiamento? Que apoios exis-tem?A ideia passou o teste? Segue então parao próximo ponto:

2º Plano de Negócios É a hora de colocar no papel, de fazer con-tas. Se não estás bem a ver como fazer oteu plano de negócios vai awww.rs4e.com/portal/Plano_Negocio parauma ajuda preciosa. Há quem recorra aajuda externa como empresas especiali-zadas ou um consultor. Dado que este éum passo de enorme importância e quepode fazer a diferença na construção doteu negócio, não vale a pena arriscar. Aqui,é mesmo jogar pelo seguro. Se não pu-deres contratar ajuda externa, pelo menosconsulta pessoas com experiência e bomsenso. É importante testares as ideias e osplanos com quem já sabe a diferença entrea teoria e a prática. Mais um teste à ideiatorná-la-á mais consistente.

3º FinanciamentoSe tiveres capitais próprios, então tens ocaminho facilitado. No entanto, se não ti-veres, há outras formas de financiamento. Para se encontrar um parceiro financeiro,um dos passos mais importantes é ter umorçamento bem feito e, fundamental-mente, realista. Para convencer um banco, um investidorou uma empresa de capital de risco, émuito importante que saibas apresentarbem a ideia de negócio, com a argumen-tação bem treinada, sabendo salientar asrazões que tornam a tua ideia viável e com

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diferenciação em relação a outras possí-veis. Não te esqueças que a ideia ser boaé importante, mas a sua comunicação eembrulho podem fazer a diferença entreteres ou não teres capital para a desen-volveres. Não descures esta fase.

4º Constituição Formalda EmpresaJá com dinheiro garantido chegou a fasede constituir formalmente a empresa. Étalvez a fase mais árida de todo o processo.A burocracia do Estado assim o exige.Existe o site portaldaempresa.pt que dáinformação importante. E com a Empresana Hora - www.empresanahora.pt - o queera um verdadeiro quebra cabeças, foi sim-plificado. Existem hoje 163 balcões de aten-dimento espalhados pelo país. Com estaajuda conseguirás chegar a bom portonum tempo razoável.

5º EquipaPode ser uma equipa de sócios (que se res-ponsabilizam por capital ou não), ou seruma equipa de pessoas com quem esta-beleças um contrato de trabalho. Nesta faseé também importante estares bem infor-mado. Escolher as pessoas certas para olugar certo é algo a que todas as empresasambicionam, mas nem todas conseguem.Conheceres as pessoas com quem vais tra-balhar pode ser uma vantagem, mas terásde ter em atenção a diferença entre ami-zade e trabalho… Se não conheceres, entãoatenção ao recrutamento, às característicasque procuras e, finalmente, às condiçõesque propões. Se puderes, aconselha-te an-tes com um advogado com experiência deDireito do Trabalho ou alguém que percebade contratos de trabalho.

6º EspaçoNesta altura já definiste em orçamento, sequeres arrendar ou comprar, por isso, tensagora de ter em conta a localização, opreço, o estilo, etc. tudo isto deverá serconcertado com o tipo de negócio que

vais desenvolver e o dinheiro que dispõespara este item. Podes sempre recorrer ao mercado, ondeoperam várias empresas que podem serúteis na tua pesquisa de espaço. Há aindaa hipótese das incubadoras de empresas,que são espaços dotados de infra-estru-turas de apoio técnico e material, muitasvezes com apoio também administrativoa preços razoáveis. Existem algumas uni-versidades que dispõem deste género deestruturas, onde muitas vezes se cria umambiente verdadeiramente criativo, queajuda à concretização do negócio. Este

tipo de serviço pode permitir algumaspoupanças que, na fase de arranque doprojecto, podem ser importantes.Já tens financiamento? Já tens empresa?Já tens a equipa formada? Já tens espaço?

7º Início de ActividadeÉ altura de lançares mãos à obra. Não teesqueças que é importante que tenhas oessencial para começar a funcionar, masnão esperes por ter tudo. Quanto mais de-pressa começares, mais depressa poderáster retorno do teu investimento.Força!

Paulo PinheiroPaulo Pinheiro foi desde o primeiromomento o grande impulsionador doAutódromo Internacional do Algarve. Desdea sua abertura em Novembro de 2008 queo AIA tem recebido, tanto a nível nacionalcomo internacional, vários prémios edistinções. O último aconteceu no passadomês de Novembro quando a Infront MotorSports, entidade gestora do Campeonatodo Mundo de Superbike, atribuiu ao AIAo “Superbike World ChampionshipOrganizer Award 2011”.Se este prémio tem uma importânciaparticular, outros há que se destacamcomo o “Motorsport Facility of the Year”,distinção feita pelo Professional MotorsportWorld Expo Awards em 2009 ou areferência feita pela prestigiada revistainglesa Autosport que elegeu o Circuito dePortimão como um dos melhores domundo também em 2009. Para além dos já

referidos, o AIA foi ainda distinguido pela“Fast Bike Magazine” como o Circuito daDécada e pela Federação Portuguesa deAutomobilismo e Karting com o PrémioPrestígio em 2008. Além do Autódromo, aParkalgar – empresa que gere o AIA e daqual Paulo Pinheiro é presidente -inaugurou em 2011 o Off Road Park, querecebeu no passado dia 31 de Dezembro asegunda etapa do Portugal DakarChallenge - www.portugaldakar.com.Estas conquistas deixam Paulo Pinheirociente de que a sua equipa tem feito umbom trabalho: “Estes reconhecimentosdeixam-nos extremamente satisfeitos ecom a sensação de dever cumprido.Encaramos estas distinções como umsucesso da equipa em que, cada um à suamaneira contribui para o resultado final.Têm sido três anos extremamentegratificantes mas muito trabalhosos eapesar de 2012 se adivinhar um ano difícil,estamos confiantes que vamos conseguir

superar as adversidades e tirar o melhorpartido possível das pequenas conquistas”,referiu Paulo Pinheiro que acredita ter oAutódromo do Algarve num período decontra-ciclo, contrariando as previsõesnegativas. Para Paulo Pinheiro, num processo derecrutamento o conhecimento académicojá não é diferenciador. Diferenciadoras sãoa atitude proactiva e as soft skills docandidato: capacidade de empreender einovar, flexibilidade, trabalho em equipa,etc. O AIA tem apostado na integração dejovens na empresa através de estágiosprofissionais nas áreas de Marketing eOrganização de Eventos. “No futuro aspessoas serão remuneradas pelosresultados que trazem às empresas e nãopelas horas de trabalho que desenvolvem”,afirma Paulo Pinheiro.Mais informações sobre o AutódromoInternacional do Algarve:http://autodromodoalgarve.com

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O Swiss Education Group, SEG, representa o maior grupo de escolas de Hotelaria da Suíça.Todas as escolas foram hotéis e dispõem das instalações mais adequadas ao ensino teórico e prático.

Para mais informações contactar: MultiWay, Av. E. U. América, 100 – 13º Frente – 1700-179 LisboaTel: 218 132 535 – Fax: 218 154 688 – E-mail: [email protected]

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Fax: 21 352 27 13e w

Testemunhos“Muitas são as vantagens ligadas aeste núcleo, no entanto, a meu ver ofactor económico não é o maisrelevante mas sim o factor relacional.Este último factor, a meu ver prende-se por um lado com o conhecer novaspessoas de faculdades e valênciasdiferentes, levando a uma partilha deexperiências, tornando-se mesmomuitas vezes, um complemento anível técnico. Por outro ladoparticipamos na criação de uma redede contatos muito interessante comprofissionais da nossa área, abrindopara um maior leque deconhecimentos e uma visão maisabrangente da realidade.”Catarina Moreira – ISPA

“Pertencer ao Núcleo de Jovens daAPG é uma oportunidade única! Paraalém do grupo dinâmico e bemdisposto que somos, podemospartilhar os conhecimentosadquiridos por cada um nas diferentesuniversidades frequentadasenriquecendo-nos enquanto futurosprofissionais. Aliado a estes pontosfortes, a APG abre-nos as portas aomundo de profissionais da áreadando-nos a oportunidade de alargara nossa network.”Tiago Vintém – Universidade Lusíada

ASSOCIATIVISMO NA UNIVERSIDADE!Queres destacar-te dos teus colegas e angariar uma rede de contactosque te coloque na linha da frente na entrada no mercado de trabalho?

Apresento-te a APG - Associação Portuguesados Gestores e Técnicos de Recursos Hu-manos. Fundada em 1964, a APG representamais de 2.000 associados, entre os quais asprincipais empresas de Recrutamento e Se-lecção, Trabalho Temporário, Consultoria eExecutive Search. Já despertei a tua atenção? Pois bem, as vantagens não terminam nonetwork que te podemos oferecer. Desde1998 que dispomos de um Núcleo deJovens Gestores de Recursos Humanos([email protected]), aberto à partic-ipação de todos os estudantes que delequeiram fazer parte, e que tem como mis-são aproximar a Universidade das Empre-sas. Convidamos-te a seguir-nos no Face-book procurando Núcleo Jovens RH.O Núcleo de Jovens da APG coordenavários programas e eventos, dos quaisdestacamos o Passaporte RH (estágio 3meses + mentoring 6 meses com um DRH),as Maratonas APG (evento de fim de tardecom um profissional duma área não tra-balhada no Plano Curricular), as Job Parties(onde estaremos com a Fórum Estudante),

por Miguel Luís - Responsável Comunicação APG

o Encontro Nacional de Futuros Gestoresde RH (este ano, nos dias 07 e 08 de Marçono Politécnico de Castelo Branco emIdanha a Nova), entre outros. Se tiveres umevento em mente que queiras organizar,podes entrar em contacto connosco quetorná-lo-emos realidade.Oferecemos-te ainda descontos que po-dem ir até aos 30% em diversos Masters,Pós-Graduações e Mestrados Executivosem Universidades como a UAL, o IPAM, oISLA ou a Nova. A título de exemplo, oMaster da Nova tem um custo global su-perior aos 9.000€, sendo sócio aderente(estudante) da APG, tens um desconto de10% no valor do mesmo. Basta fazer contas; para ser sócio aderenteda APG pagas uma quota anual de 30€ ecom esse valor podes obter benefícios demais de 1.000€/ano.Queremos contar contigo e com o teu tal-ento na APG, dando-te em troca exper-iência e competências que serão val-orizadas no mercado de trabalho.Aceitas o desafio? Estamos à tua espera.

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Porque o Melhor do Mundo está nas Pessoas!

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Sede NacionalAvª. António Augusto de Aguiar, nº 106 - 7.º | 1050-019 Lisboa

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O currículo, como vulgarmente é cha-mado, funciona como passaporte pro-fissional. Para quem está à procura deemprego, a elaboração do C.V. é o pri-meiro passo a dar. É bom não esquecerque o tempo máximo que um recrutadordedica à leitura de um currículo não ul-trapassa, em média, os trinta segundos,pelo que há que cuidar bem do que sevai pôr nessas páginas. Quando elabo-rares o teu currículo, não te esqueças:ele é o resumo da tua vida profissional,onde devem apenas constar os elemen-tos que mais valorizem o teu percursoprofissional e mais interessem ao entre-vistador. Deve chamar a atenção deforma rápida e suscitar interesse sufi-ciente para marcar uma entrevista. Aquificam regras e dicas de ouro para umcurrículo de sucesso!

1. Deves moldar o currículo à empresa eà função a que te candidatas. Para tal, pes-quisa acerca da empresa, área de negócioe função a que te candidatas.2. Não ultrapasses as duas páginas. Os re-crutadores não têm, na maior parte dasvezes, tempo para leituras pormenorizadas.Valoriza os aspetos mais importantes eexclui experiências que não sejam rele-vantes para a candidatura em causa. 3. Utiliza frases e parágrafos curtos.4. Se acabaste de te formar e não tens ex-periência profissional, inverte a ordem das

Elaborar um

rubricas e começa com “formação aca-démica e profissional”, dando destaque aestágios, voluntariados e hobbies que pos-sam interessar o empregador. 5. Não mintas, nem exageres na descriçãodo teu currículo porque isso é errado epara não correres o risco de seres desa-creditado na entrevista. 6. Mostra de forma rápida e evidente quecorrespondes ao perfil solicitado.7. Pede a alguém para ler e confirmar queo seu conteúdo é facilmente compreen-sível. 8. O aspeto gráfico é muito importante.Cada currículo deve ser uma impressãooriginal. Evita manchas, dobras nos cantose vincos. 9. As datas devem ser apresentadas sem-pre da mesma forma incluir o ano semprena forma completa.10. A descrição da formação académicae experiência profissional deve ser forne-cida por ordem cronológica invertida, istoé, as últimas experiências académica eprofissional em primeiro lugar.

currículoEuropass: os 5 documentos quete abrem as portas da Europa:› Europass Curriculum Vitae (ECV) – paraapresentares de forma clara as informa-ções sobre todas as tuas qualificações ecompetências, no âmbito da educação eda formação e a tua experiência no mer-cado de trabalho.› Europass Passaporte Línguas (EPL) – paraapresentares as tuas competências lin-guísticas com base na grelha de auto-ava-liação do Portefólio Europeu de Línguas. › Europass Mobilidade (EM) - regista osteus percursos europeus de aprendiza-gem, por exemplo, um estágio numa em-presa; um período de estudos ou umacolocação voluntária numa ONG.› Europass Suplemento ao Diploma (ESD)– para informações adicionais sobre osestudos do ensino superior de âmbitocurricular – descrição de disciplinas eáreas de estudo – e co-curricular – mó-dulos, seminários e outros programas.› Europass Suplemento ao Certificado(ESC) - descreve as competências e qua-lificações que tenhas adquirido no âmbitode formação profissional, facilitando a suacompreensão por parte das entidadesempregadoras europeias. Toda a informação no artigo “Europass –passaporte para o sucesso” e em:https://europass.cedefop.europa.eu

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Erros a evitarMuitas vezes referimos a importância de saber utilizaras palavras a nosso favor. Chegou o momento de nosfocarmos nas palavras que não devem ser utilizadasno currículo. Confere aqui quais os termos a evitar eelimina-os já do teu currículo!

› Erros ortográficos e gramaticais.Sem dúvida, o fator mais negativo deum currículo. Se não for reflexo de di-ficuldades de expressão escrita revelam,no mínimo, falta de atenção e cuidado.

› Abreviaturas. Devem ser evitadas,mesmo quando parecem ser do co-nhecimento geral ou específicas daárea em que trabalhas.

› Pronomes pessoais.O abuso dos pro-nomes na primeira pessoa, é desne-cessário e a evitar. Utiliza frases quecomecem por “Estive responsável” emvez de “Eu estive responsável”.

› Palavras com carga negativa. Agres-sivo, mau, limitação, erro, nada, pânico,problema, mas, não...

› “Sempre” ou “Nunca”.Num contextorelacionado com experiência ou com-petências profissionais advérbios ab-solutos sugerem exagero.

› “Bengalas” de linguagem. “Assimcomo”, “De forma que...”, “É assim” ououtras palavras desnecessárias que ser-vem apenas para ocupar espaço.

› Frases longas. Nunca utilizes frasescom mais de 15/18 palavras, para queo leitor não perca a concentração.

› Verbos Passivos.O teu currículo devetransmitir ação. Os verbos são umaforma de passar essa mensagem,usando sempre formas ativas, recor-

rendo o mais possível ao tempo pre-sente. “Os projetos foram implementa-dos...” não tem o mesmo impacto de“Implementei projetos...”

› Clichés. Termos como dinâmico, res-ponsável e criativo, perderam a sua re-levância por serem repetidos até àexaustão. Descobre quando e comoaplicá-los e associa-os a competênciase funções efetivas.

› Palavras que não conheces beme/ou não sabes definir. Lembra-teque a qualquer momento, poderás serconfrontado com o que colocas no teucurrículo e convém saber o que signi-ficam.

› Falar de objetivos sem falar de con-quistas. Limitares-te a referir as tarefasinerentes à tua função e os objetivostraçados, sem falares das tuas realiza-ções e do que conseguiste alcançar,pode comprometer o sucesso do teucurrículo.

› Não se trata de uma palavra, massim de um número. Não indiques onúmero de telefone do emprego nocurrículo, caso contrário, o seleciona-dor poderá ficar desagradado por pro-curares emprego na hora de expe-diente.

› Repetições. Por mais difícil que possaparecer, evita descrever com as mes-mas palavras a tua experiência. Tensde ser criativo.

Como enriquecero meu currículo› Línguas estrangeiras. o inglês éfundamental. Castelhano, francês ealemão são mais-valias bastantevalorizadas.

› Informática.Dominar ferramentasde Office é um requisito mínimo.Actualmente, a linguagem daInternet é já considerada umrequisito obrigatório para muitasprofissões.

› Erasmus. Experiênciasinternacionais revelam capacidade deiniciativa e ousadia. Desenvolvemnovas competências, como adaptaçãoe flexibilidade.

› Viagens. Abrem horizontes edemonstram espírito aventureiro ecuriosidade. Este é um aspeto muitovalorizado num mundo empresarialcada vez mais global.

› Desporto.Os desportos coletivosindicam capacidade de trabalhar emequipa; os desportos radicaisdenotam capacidade de assumirriscos e de liderança.

› Trabalho em part-time. Pode indicarboa gestão do tempo, sinal dedinamismo e responsabilidade.

› Programas de voluntariado. Esteaspeto é cada vez mais importantepara as empresas. A participaçãocívica demonstra comprometimento,iniciativa e altruísmo, que sãocaraterísticas valorizadas na alturade contratar alguém.

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guia do 1º emprego 201234

A Carta de apresentação é um dos ele-mentos mais importantes quando se enviao currículo. É ela que vai transmitir a tuapersonalidade, bem como as razões quete levam a candidatar a esse emprego.Ao escreveres a carta de apresentação de-ves ter presente que esta serve para per-sonalizar a tua candidatura, valorizar o teupercurso profissional e, sobretudo em con-vencer os entrevistadores a marcarem umaentrevista. Embora a maioria das cartas acabem porser um resumo do CV, onde os candidatosreforçam as suas competências, uma cartabem-feita deve fazer a ligação entre o teupercurso profissional e as necessidadesconcretas da empresa.

Dicas para elaborar a carta deapresentação: Para personalizares a tua candidatura, de-ves incluir informação sobre:› Porque é que a empresa te interessa.› O que podes oferecer.› O que a empresa e tu podem fazer juntos.

Estas são as informações que qualquer re-crutador gostaria de encontrar numa cartade motivação. No entanto, a ordem podeser alterada, pois não existem regras defi-

Carta de ApresentaçãoQueres fazer uma carta de apresentação, mas não sabes o que dizer paraimpressionar a pessoa que está do lado de lá? O primeiro conselho que oGuia do 1º Emprego te dá é: não mintas, não exageres e não faças um re-sumo da tua vida numa carta. A carta serve para te posicionares de formadiferente em relação aos outros candidatos e, de uma forma clara, mos-trares quem és e o que vales. Difícil? Segue os nossos conselhos!

nitivas. Alguns candidatos preferem co-meçar por se apresentar, reforçando o quejá está escrito no currículo. Depois disso,é importante justificares as razões pelasquais a empresa te interessa, o que, se forbem feito, poderá tornar-se um ponto di-ferenciador, pois demonstra que investistetempo a estudar a empresa.

Dirige-te à pessoa certa. Se não soubereso nome (embora hoje em dia esteja tudona internet), como último recurso, ende-reça-a ao departamento de recursos hu-manos. Se estiveres a responder a um anún-cio, menciona o mesmo e a função a quete candidatas.

A primeira frase é essencial para marcar adiferença. Tenta dar o teu cunho pessoal edestacares-te das centenas de currículosdiários. O tom de abertura da carta transmitea tua personalidade. Podes começar assim:“Em resposta ao V. anúncio para recrutarum financeiro, penso ter as qualidades pro-fissionais que correspondem ao perfil queprocuram”.

Menciona as razões porque te candidatas.Explica porque gostarias de desenvolvercompetências na área a que te candidatas.

Se souberes para que empresa te estás acandidatar, não te esqueças de mostrar quea conheces. Será sempre um ponto a teufavor.

Não te alongues. Os recrutadores não gas-tam muito tempo com a leitura da carta deapresentação. Para ser eficaz, é preciso serconciso. A carta deve ser curta e sem in-formação desnecessária. Três a quatro pa-rágrafos são suficientes. As frases curtas esimples interpelam o leitor e transmitemuma imagem dinâmica.

Não exageres nem te desvalorizes e, so-bretudo… não mintas. Responde semprepela positiva. Não digas, por exemplo, quenão tens experiência em determinada área.Evidencia antes as tuas qualidades com ob-jectividade, sem demasiado sentido crítico.Podes sempre referir que gostas de novosdesafios e que te adaptas com facilidade. Amentira acaba sempre por ser descobertae não te beneficiará.

Valem as mesmas regras para e-mail. Hojehá uma parte significativa dos currículosque seguem por e-mail e por isso as cartastransformaram-se em e-mails. Apesar dosuporte ser diferente, as regras mantêm-se.

Se a carta deapresentação selimita a repetir o que o currículoexplica, osentrevistadorestêm duas atitudes:se nem o CV nem a carta deapresentaçãoforem muitointeressantes, o mais certo é cairno esquecimento.Ou no lixo!

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guia do 1º emprego 201236

O Europass é, nos termos da Decisão n.º2241/2004/CE do Parlamento Europeu edo Conselho, que o instituiu, um quadrocomunitário único que se consubstancianum dossiê pessoal e coordenado de do-cumentos, visando a transparência dasqualificações e competências. Este dossiê constitui um registo organizado

dos conhecimentos, capacidades, com-petências e diplomas adquiridos pelo seutitular no país de origem e no estrangeiro,permitindo a apresentação das suas qua-lificações e competências de forma clara,eficaz e facilmente compreensível em to-dos os países da União Europeia (UE), doEspaço Económico Europeu e candidatos

à adesão. A sua utilização é gratuita e as-senta numa base voluntária. São cinco osdocumentos que integram o Europass:› Europass Curriculum Vitae (ECV) - per-mite aos cidadãos apresentar de formaclara e exaustiva informações sobre todasas suas qualificações e competências, noâmbito da educação e da formação e a

EuropassPassaporte para o sucesso

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37guia do 1º emprego 2012

de nível superior, sobretudo noutros paí-ses europeus. O ESD é emitido pela Ins-tituição de Ensino Superior que emite odiploma de conclusão de estudos.

› Europass Suplemento ao Certificado(ESC) - descreve as competências e qua-lificações correspondentes a um certifi-cado de formação profissional, facilitandoa sua compreensão por parte das enti-dades empregadoras nacionais e euro-peias. Em Portugal a emissão do ESC éda responsabilidade do Instituto de Em-prego e Formação Profissional (IEFP).

O sucesso do EuropassA primeira avaliação desta iniciativa ocor-reu em 2008 e permitiu, entre outras, asseguintes conclusões: potencial para fa-cilitar a mobilidade e para facilitar o acessoa oportunidades de aprendizagem e deemprego na Europa; elevada satisfaçãodos utilizadores, nomeadamente no querespeita ao ECV, porque permite uma co-municação clara das competências e fa-cilita a comparabilidade para efeitos decandidaturas a programas de aprendiza-gem ou de trabalho.Prevê-se a realização de uma segundaavaliação em 2012, mas pode afirmar-seque esta iniciativa é já um sucesso. A con-firmá-lo estão também os 10 Milhões deutilizadores do ECV (2010), sendo Portugalo país que lidera a UE na utilização destedocumento.

sua experiência no mercado de trabalho.Para a elaboração deste documento, queé de iniciativa individual, o cidadão poderecorrer a um formulário eletrónico dis-ponibilizado pelo CEDEFOP na sua pla-taforma em https://europass.cedefop.europa.eu/cvonline/cv.jsp?forward=before&localeStr=pt_PT

› Europass Passaporte Línguas (EPL) –permite aos cidadãos apresentar as suascompetências linguísticas com base nagrelha de auto-avaliação do PortefólioEuropeu de Línguas. Como no caso doECV é possível recorrer a um formulárioeletrónico disponibilizado pelo CEDEFOPna sua plataforma em https://europass.cedefop.europa.eu/instruments/lp/step0.do

› Europass Mobilidade (EM) - regista ospercursos europeus de aprendizagem,por exemplo, um estágio numa em-presa; um período de estudos ou umacolocação voluntária numa ONG, efe-tuados pelo seu titular em países dife-rentes do país de origem. O percurso émonitorizado por duas organizações,uma sedeada no país de origem e a ou-tra no país de acolhimento. O EM é emi-tido pelo Centro Nacional Europass(CNE).

› Europass Suplemento ao Diploma (ESD)- fornece informações sobre os estudosdo ensino superior concluídos pelo seutitular. Contribui para uma melhor com-preensão das qualificações académicas

O enquadramento do Europassna atualidade política europeiaMantendo-se as questões de fundo iden-tificadas desde 2000, designadamente, aglobalização e a emergência de novas po-tências económicas, o sentido da cons-trução de uma economia do conheci-mento e o real envelhecimento da popu-lação, a estratégia 2020 estabeleceu comoprioridades o crescimento inteligente, sus-tentável e inclusivo. De entre os objetivosdefinidos são-nos particularmente carosos relativos ao emprego e à educação. Sãoambições da UE para 2020, nestes domí-nios, que 75% da população de idade com-preendida entre os 20 e os 64 anos estejaempregada e que a taxa de abandono es-colar precoce seja inferior a 10%, devendopelo menos 40% dos jovens dispor de umdiploma de ensino superior.Associadas a esta estratégia foram lançadasvárias Iniciativas emblemáticas, das quaisdestacamos Youth on the Move e Agendanew skills for new jobs, que aparecemespecialmente associadas ao Europass en-carado como instrumento para a conse-cução dos seus objetivos, na medida emque este torna visíveis as competências,aptidões e conhecimentos adquiridos emexperiências laborais ou de aprendizagem.No contexto destas iniciativas foram apon-tadas ações, nomeadamente, a criação deum passaporte europeu de competências,com base no Europass, para um registo

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apresentado aos atores-chave no semi-nário Novas Competências para NovosEmpregos, ocorrido em Dezembro de2011, materializou esta estratégia. O KIT,cujo conteúdo percorre os documentosEuropass para os apresentar aos poten-ciais utilizadores, incide, sobretudo, noECV e no EPL, visando fornecer elemen-tos substantivos que permitam o seupreenchimento informado e a otimizaçãoda sua utilização. Inclui, por essa razão,orientações para a abordagem ao mer-cado de trabalho sob a forma de respostaa um anúncio para emprego – elabora-ção de uma carta de motivação, prepa-ração para uma entrevista, por exemplo– e módulos dedicados ao diagnósticode competências de empregabilidade eoutros destinados ao seu desenvolvi-mento. Assume-se como uma ferramenta voca-cionada para a construção de pontes entreo mercado de trabalho e o cidadão, qual-quer que seja o objetivo em que este oaborde: ingresso, reingresso ou melhora-mento do desempenho no posto que jáocupa. O KIT apresenta-se em duas versões,formação em sala, para os contextos emque as entidades queiram utilizá-lo paraformação dos seus públicos-alvo, e auto-formação, para utilização autónoma pelo

transparente e comparável das qualifica-ções, contribuindo para a mobilidade dosjovens e desse modo para a sua empre-gabilidade. A este propósito refiram-se estudos de-senvolvidos pela CE relativos a progra-mas europeus que fomentam a mobili-dade e que integram o Programa Apren-dizagem ao Longo da Vida, queconcluem que 40% dos empregadoresvaloriza a experiência adquirida em mo-bilidade e considera que os titulares dediplomas com experiência internacionaltêm uma forte probabilidade de assumircargos de grande responsabilidade pro-fissional – Estudos de 2006 e 2007 sobreimpactos dos programas Erasmus e Leo-nardo da Vinci.

KIT EuropassO CNE, responsável pela promoção e coor-denação da gestão dos documentos Eu-ropass, deu início em 2011 a uma estratégiade divulgação e promoção sustentada, in-vestindo em ações focadas em sectores/atores que, pela sua posição, desempe-nhem o papel de multiplicadores, de modoa garantir a cobertura de um público maisvasto, meta difícil de alcançar apenas comos recursos internos. A produção de um KIT de formação já

destinatário final, e estará disponível na pá-gina do CNE, em www.europass.proalv.ptdurante o mês de fevereiro de 2012. A suautilização é inteiramente gratuita.

O futuro do EuropassO Europass pondera já uma revisão doquadro legal que o instituiu, de forma adar resposta aos desenvolvimentos en-tretanto registados nas áreas da educaçãoe da formação. De referir a instituição doQuadro Europeu de Qualificações e asrecomendações aos Estados Membrosde articularem aquele Quadro os respe-tivos sistemas de qualificações e o lan-çamento do sistema europeu de créditosno âmbito da formação profissional, Eu-ropean Credit System for Vocational Edu-cation and Training (ECVETS), ainda emdesenvolvimento, replicando nestes do-mínios o sistema já implementado noensino superior com o European CreditTransfer System (ECTS).Prevê-se a possibilidade de evolução dodossiê e respetivos documentos, nomea-damente, no sentido de tornar possível oregisto das experiências de mobilidade in-ternanacional. Mais informação sobre o Europass em:www.europass.proalv.pthttp://europass.cedefop.europa.eu/pt/home

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O caminho certopara o 1º emprego

Para enfrentar o desafio da entrada no mer-cado de trabalho e a procura do primeiroemprego são necessárias pro-atividade,energia, dinamismo, resistência à frustraçãoe planeamento. Desde a elaboração do cur-riculum vitae, até à forma como te devescomportar numa entrevista, nada deve serdeixado ao acaso. Mas nada de pânico. Se-res chamado para a entrevista, significa queultrapassaste a primeira fase e o teu currí-culo foi aceite. Agora só falta convencer oempregador, de que és a pessoa certa parao lugar.

Prepara-te!› Obtém o máximo de informação sobre aempresa (ramo de atividade, dimensão,tipo de produtos ou serviços que comer-cializa, nível de remunerações, áreas fun-cionais existentes, organização, ambientede trabalho, estilo de funcionamento, etc.).

› Fala com pessoas que te conheçam bem(familiares, amigos, colegas de curso, pes-soas com quem já trabalhaste) e pede-lhes uma breve descrição da tua perso-nalidade, as tuas qualidades e defeitos,etc. O autoconhecimento é um dos as-petos mais valorizados numa entrevista,pois permite ao potencial empregadorconhecer-te de forma mais rápida.

› Relê o teu currículo e prepara-te paraaprofundar os aspetos nele focados ououtros que possam vir a surgir durante aentrevista (personalidade, caraterísticas,competências profissionais, motivação,formação, competências desenvolvidastanto na experiência profissional comonas atividades extraprofissionais).

› Leva a documentação que achares con-veniente para apresentar na entrevista (di-plomas ou certificados de cursos e está-gios, trabalhos realizados, carta de refe-rência, portfólio, etc.).

› Prepara-te para diferentes tipos de entre-vista.

› Se te pedirem para resolver um caso prá-tico não te admires. Mesmo que seja umasituação hipotética, servirá para avaliar atua reação e o raciocínio, a capacidadede comunicação, persuasão e rapidez.

Perguntas que podes fazerna entrevistaOs candidatos podem aproveitar o mo-mento da entrevista para colocar algumasquestões, pois isso demonstra uma atitudedinâmica perante o entrevistador, e permiteobter informação sobre as condições detrabalho, hipóteses de progressão, evoluçãodo sector, expectativas sobre si, etc. Paraisso, é necessário estudar um pouco a vidada empresa. As perguntas deverão ser feitascom bom senso e, se perceberes que nãohá abertura, não as faças pois podem pre-judicar-te.

Aqui ficam alguns exemplos.› Qual será a minha função dentro da em-presa?

› Quais os desafios inerentes à função?› Quais as possibilidades de progressão nacarreira profissional?

› É usual trabalhar-se por objectivos?

Vê mais perguntas a fazer a um entrevis-tador em www.emprego.forum.pt

Negociar o ordenadoÉ natural que o entrevistador tepergunte qual o ordenado esperado.Ficam algumas sugestões para sabereso que fazer, sem te atrapalhares!1. Informa-te de quais os valorespraticados em funções similares, demodo a estares dentro da realidade.2. É possível que queiram saber qual oteu último ordenado, pois serve dereferência das tuas expectativas e,eventualmente, do que estarias dispostoa negociar. 3. É frequente perguntarem qual osalário liquido pretendido pela função.Em vez de falares em valores, aproveitapara falar do teu desempenho anterior(se tiveres experiência profissional) oudas tuas perspectivas de carreira.4. Para o caso de ser o teu primeiroordenado, tenta não te expores. Semesmo assim o entrevistador insistir dáuma ordem de grandeza, um intervaloentre valores mínimos e máximos, porforma a haver margem para negociação. 5. Nunca abordes, por tua iniciativa, otema do ordenado. Embora esta nãoseja uma questão secundária, devestentar valorizar outros aspectosinerentes à função e esperar que seja oentrevistador a colocar a questão.

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Não te despistes!Pontualidade. Tenta chegar 10 minutosantes da hora marcada, para evitaratrasos. Deixar outra pessoa à espera ésinal de desrespeito e desinteresse. Boa apresentação. A imagem é umfator decisivo e influencia a forma comoserás percecionado. Em caso de dúvidao clássico é sempre uma boa solução.Postura. Muito importante para osucesso da entrevista. Simpatia,abertura, profissionalismo, curiosidade,podem ajudar a escolher-te como ocandidato certo. É essencial manter acalma e controlar as emoções,sobretudo se a entrevista tomar umrumo não desejado. Diálogo. Embora seja um momento dealgum nervosismo, a entrevista deveseguir o tom normal de uma conversa efluir sem grandes constrangimentos. Éimportante que sintas que, para alémde estares a ser avaliado estás,também tu, a avaliar uma hipótese detrabalho.Empatia. É um dos aspectos maisimportantes para que se estabeleçauma boa relação profissional.

› Memoriza o nome e cargo do entrevis-tador.

› A iniciativa de cumprimentar deve partirdo entrevistador. Um aperto de mãofirme, acompanhado de um sorriso, éo mais acertado. Se tiveres tendênciapara suar das mãos tenta limpá-las dis-cretamente antes de cumprimentar oentrevistador.

› Procura manter o contacto visual como interlocutor, o que transmite segurançae interesse. Se fores entrevistado pormais de uma pessoa, tenta olhar paratodos. Não olhes para baixo enquantofalas, demonstra timidez e insegurança.

› Sorri! Uma cara alegre e sorridente ésempre cativante e transmite uma per-sonalidade otimista e entusiasta.

› Respeita o ritmo da entrevista. Espera omomento certo para intervir e fá-lo nadose adequada, sem falar demasiado.

› É importante começar e acabar as frasesde forma clara. Não deves deixar quefiquem por acabar, ou se misturem umascom as outras.

› Evita utilizar linguagem mais coloquial,tal como: “Umm”, “Ah?”, “tipo”, “percebe?”.

› Sê conciso e tenta responder direta-mente às questões que te são colocadas.Se não perceberes a pergunta, pede pararepetir.

› Não mintas, nem tentes disfarçar umarealidade que te pareça pouco favorável.É sempre preferível a verdade.

› Pensa na forma como gostarias de serpercecionado: prepara os aspetos sobreos quais mais gostarias de falar.

› Não tenhas medo dos silêncios. Usa osilêncio a teu favor, pensando na res-posta à pergunta que te foi colocada,ou na que poderás colocar.

› Responde diretamente às questões co-locadas e acrescenta informação rele-vante.

› Tenta perceber o que está por trás dapergunta, o que querem realmente sa-ber.

› Se falares do antigo emprego, nunca di-gas mal do antigo chefe, dos colegasou das condições de trabalho.

› Se não tiveres muita experiência sobrea área de negócio, fala sobre as tuascompetências.

› Pensa nas questões que gostarias decolocar ao entrevistador, sobre a áreaem que irás trabalhar, a empresa, o setor,etc. Mas vê se há abertura para que asfaças.

› É possível que te perguntem qual a re-muneração esperada. Esta é uma per-gunta complicada. Atenção, muitas ve-zes com esta pergunta o candidato, senão tiver bom senso, poderá ficar ime-diatamente excluído, mesmo que nosoutros itens tenha tido boa prestação.

› Só te deves levantar depois do entre-vistador, agradecendo a entrevista emantendo uma postura cuidada.

25perguntasque tepodemfazerApesar das entrevistas serem diferentesumas das outras, existem perguntascolocadas pela maioria dos recrutadores.Prepara as respostas às questões que seseguem. É essencial um trabalho deintrospeção, um olhar sobre o passadoque te ajude a preparar o futuro.Se tiveres oportunidade de fazer umasimulação de entrevista filmada, nãohesites! Aproveita para detetar eventuaiserros de postura e de comunicação ecorrigires. No final de cada entrevista,analisa os melhores e os pioresmomentos, de forma a aprenderes com atua própria experiência e evitar cometerde novo os mesmos erros.

1. Porque é que se está a candidatar ànossa empresa? 2. É capaz de se apresentar em poucaspalavras?3. O que é que nos pode oferecer? 4. O que é para si o emprego ideal?5. Onde gostaria de estar daqui a cincoanos? E daqui a dez? 6. Pretende obter mais qualificações?(CESE, MBA, Mestrado, etc.) 7. Trabalhou durante os estudos? Se sim,em quê? 8. Porque é que o devemos contratar a siem vez de outro candidato? 9. Dê-nos o exemplo de uma tarefarealizada por si de que se possa orgulhar. 10. Porque escolheu esta área de trabalho? 11. Já desempenhou algum trabalho emequipa? Qual?12. Pode dar-me um exemplo de como asua criatividade ultrapassou umobstáculo?13. Quais as suas principais qualidades? Edefeitos? 14. Que factores o motivam a dar o seumelhor? 15. Em que actividades académicasparticipou? O que aprendeu com elas? 16. Qual foi o último livro que leu, e oúltimo filme que viu? 17. Tem hobbies? Quais? 18. Está envolvido em algum tipo detrabalho voluntário?19. Defina sucesso. E fracasso.20. Já alguma vez falou para uma grandeaudiência? 21. Com que tipo de pessoas tem maisdificuldade em lidar? E mais facilidade? 22. O que aprendeu com os erros? 23. Prefere grandes empresas oupequenas? Porquê?24. Qual seria o salário justo para si? 25. Fale-me de si (esta é uma das questõesmais colocada pelos recrutadores. Tentadar uma resposta sucinta, directa e que,em poucas palavras, dê a conhecer o teuperfil profissional, características ecompetências profissionais)

Vê mais perguntas e sugestões deresposta numa entrevista no sitewww.emprego.forum.pt

Sugestões para seresbem sucedido

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guia do 1º emprego 201242

Representantes de 35 instituições do En-sino Superior reuniram-se para abordardiversas temáticas da inserção profissionale integração no mercado de trabalho dosjovens diplomados. No primeiro dia, a “maré” estava vazia enela emergiam inúmeros “bancos de areia”.Nessa manhã houve tempo para umaapresentação de cada participante – deBeja ao Porto, de Évora a Aveiro – e paraescutar os dois oradores convidados: Fer-nando Medina – ex-secretário de estadodo emprego – e Tiago Forjaz – fundadorda rede The Star Tracker. Fernando Medinafalou de “boas notícias que não ajudammuito” – como é o facto de se saber queos licenciados têm uma empregabilidademuito maior que os não licenciados – ede más notícias que ajudam ainda menos– como a recessão de 3% de que nem te-mos noção do que será e do facto da saídada crise não estar nas nossas mãos. O pri-

A Forum Estudante, no âmbito da MISSÃO 1º EMPREGO, promoveu nosdias 23 e 24 de Janeiro, na Foz do Arelho, o Encontro Nacional de Gabinetesde Saídas Profissionais do Ensino Superior. A promoção do trabalho emrede entre estas instituições e a partilha de experiências resultou em pleno.

Gabinetes de saídas profissionais

meiro conferencista terminou com a boanotícia de que, historicamente, Portugalsempre conseguiu sair das suas crises, de-monstrando uma enorme capacidade deplasticidade e resiliência.Tiago Forjaz apresentou aquelas que con-sidera ser as grandes mudanças no mundodo trabalho (caixa Mudanças no trabalho).

O fundador da rede de talento portuguêsenfatizou ainda a importância de não con-fundir as pessoas com aquilo que fazemporque “a próxima geração não quer sero que faz mas quer fazer o que é”.Da parte da tarde, o encontro prosseguiucom as apresentações de cada um dosGabinetes – que variam em nome masque têm todos por missão a empregabili-dade dos estudantes universitários. Foi pe-dido aos participantes que sublinhassemas boas práticas que já desenvolvem ouque pretendem implementar (ver artigosobre boas práticas nos gabinetes de saídasprofissionais “À procura de resposta”). Oresultado foi uma tarde de troca de ideiase experiências. Nas palavras de alguns par-ticipantes foi “muito útil para o nosso tra-balho”, “a sessão que mais interesse medespertou”, e “provavelmente o tempo maisimportante deste encontro”. Desta forma,o objectivo central deste encontro – o re-

Trabalhar em rede A boa disposição foi uma constanteentre os participantes do encontro

Da esquerda para a direita, Fernando Medina,Rui Marques e Tiago Forjaz

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43guia do 1º emprego 2012

forço da cultura de rede e de cooperaçãoentre os gabinetes de saídas profissionais– tornava-se uma realidade. Uma das úl-timas intervenções realçou a importânciada paixão que é preciso ter em qualquertrabalho e, em especial, nesta missão es-pecífica de facilitar o acesso ao mercadode trabalho dos nossos estudantes. Só compaixão pelo que fazemos conseguimosavançar para onde queremos!

O segundo dia começou com as inter-venções de Hugo Bernardes da Ray Hu-man e de Miguel Luís da Associação Por-tuguesa de Recursos Humanos. Estes con-vidados abordaram temas específicosrelacionados com a procura de emprego,

entre os quais se destacam: a importânciada presença nas redes sociais; o ganhoque são os suplementos aos diplomas; asacções de voluntariado e em grupos ju-venis; o investimento em si próprio é muitomais do que tirar um curso; e a necessi-dade de cada um se conhecer bem a sipróprio. A segunda parte da manhã foi preenchidacom a apresentação dos cinco documentos(Europass CV, Europass Passaporte de Lín-guas, Europass-Mobilidade, Europass Su-plemento ao Diploma e Europass Suple-mento ao Certificado) e um kit de formaçãoEuropass, com intervenções de Ana PaulaJordão e Catarina Oliveira, do Centro Na-cional Europass. Estes documentos permi-tem a transparência e comparabilidade dequalificações ao nível da Europa sendo deregistar que Portugal é o país que mais ade-

riu a este modelo Europass. Uma outra te-mática presente neste Encontro Nacionalfoi a apresentação da iniciativa europeia“New Skills for New Jobs” (ver emhttp://ec.europa.eu/social) que reflete a

preocupação da Europa em adequar ascompetências dos seus trabalhadores aosnovos empregos que irão surgir. Ana BelaAntunes, do Ministério da Solidariedadee Segurança Social, sublinhou que aquelainiciativa Europeia se tem vindo a adaptaràs alterações drásticas provocadas pelacrise económica. De um paradigma inicialde Sociedade do Conhecimento passou-se, nos últimos anos, a um modelo derespostas prioritárias para a crise. As com-petências mais requeridas são as do forosócio-cultural – interculturalidade, traba-

lho em equipa, auto-gestão, etc –, da ca-pacidade de gestão do próprio tempo,flexibilidade e multitasking. Ana Bela An-tunes referiu-se também à Estratégia Eu-ropeia 2020 que pretende que os paísesmembros apostem num crescimento in-teligente, sustentável e inclusiva. Os gran-des objectivos desta agenda são: › Atingir uma taxa de emprego (20-64anos) de 75%

› 3% do PIB de cada país seja investido em I&D› Redução dos gases de efeito estufa› Taxa de abandono escolar seja inferior a 10%› Taxa de população activa com licencia-tura atinja os 40%.

Para finalizar o Encontro, Mário Centeno,professor do ISEG e quadro do Banco dePortugal, apresentou o seu estudo “O In-vestimento em Educação em Portugal:Retornos e heterogeneidade”. Começandopor citar Derek Bok, professor de Harvard,que afirmou “If you think education is ex-pensive, try ignorance”, sublinhou que aeducação deve ser vista como um inves-timento que tem de ter retorno para a so-ciedade. Se assim não acontecer, certospatamares educativos podem ser postosem causa. De uma forma convicente, foiao encontro do que havia sido dito no pri-meiro dia por Fernando Medina: apesarde tudo, ter uma licenciatura compensa,porque aumenta em muito as oportuni-

dades de emprego, o diferencial salarial ea redução do risco de desemprego. No final, esperava cá fora um pôr-do-solmagnífico e a beleza da lagoa de Óbidos,agora na maré cheia, sinalizava que ali nostínhamos enchido uns aos outros de con-fiança e ideias para os próximos tempos!

para servir melhor

Hugo Bernardes, Ray Human Capital

Rita Ferreira (UCP) e Miguel Luís, AssociaçãoPortuguesa de Recursos Humanos

Mudanças no trabalho› trabalho individual » trabalho emgrupo; › competição » colaboração; › visão de curto prazo » visão longoprazo; › valorização da experiência»valorização do talento; › conteúdos » contextos; › qualificação » capacitação; › visão local »perspectiva global; › tarefas e funções » missões; › tempo » valor;› fixo » móvel.

Ana Paula Jordão e Catarina Oliveira(Europass) com Alexandre Campos (U. Porto)

Ana Bela Antunes, Ministério daSolidariedade e Segurança Social

Rui Marques (Forum Estudante) e MárioCenteno, ISEG e Banco de Portugal

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guia do 1º emprego 201244

BOAS PRÁTICAS NOS GABINETES DE SAÍDAS PROFISSIONAIS

À procura da respostaO desafio da empregabilidade dos recém-formados nas instituições deEnsino Superior vai tendo respostas diferentes e inovadoras por todo oPaís. Os participantes no Encontro Nacional apresentaram boas práticase novidades na sua acção e sem se pretender ser exaustivo, aqui se dánota de algumas ideias e práticas diferenciadoras que cada instituição deensino superior divulgou no Encontro.

A Escola de Tecnologia do Barreirodo Instituto Politécnico deSetúbal aposta nocontacto com asassociaçõesprofissionais e com a

ordem dos engenheiros,e nos contactos com e entreantigos alunos da Escola.

IPS ESTB

O ISLA faz parte do LaureateInternational University onde senutre de ideias e práticas na área

do apoio às saídasprofissionais. Uma dessaspráticas é o ELP You Isla,que procura dar umaresposta integrada à

Empregabilidade, àInternacionalização e à

Responsabilidade Social.http://laureate.net

A Universidade de Évorapromove oJobshadowing deestudantes junto deprofissionais dediversos sectores durante

1, 2 ou 3 dias.

O Instituto Politécnico de Leiria fazparte da European University

Association (EUA) -www.eua.be, e aí procurainspiração. Os gabinetesdas diversas Escolas doInstituto Politécnico deLeiria fazem reuniões

trimestralmente para trocarexperiências e acertar estratégias.

A Universidade da Beira Interioraposta em estágios em lugares ou

iniciativas tais como:› Programa de estágiosda Walt Disney naDisneyland Paris

› Roff Academy › Talent City

A Escola Superior de Educação deCoimbra promove uma JobTour para os seusestudantes, em quetodas as quartas feirasum orador profissionalfala aos estudantes da

sua área e vida profissional

O Instituto Piaget estáestrategicamente deslocado dosprincipais centros urbanos,

contribuindo para umamelhor distribuiçãogeográfica da populaçãoestudantil e doemprego. Este institutovaloriza o voluntariado e

a presença nas redes sociais.

A Universidade do Porto integra ainformação de emprego numamesma base de dados a quechama Observatório de Emprego.http://sigarra.up.pt/up/web_base.gera_pagina?p_pagina=1001785

Cada faculdade divulga osdados daqueleobservatório edesenvolve a partir deleo seu sistema de apoio àempregabilidade dos

estudantes.

O ISCTE - Business Schooltem um coachprofissional queaconselha os seusalunos no processo deprocura e reconfiguração

de emprego.

A Universidade de Aveiroorganiza anualmente oForum 3e – emprego –empresas –empreendedorismo.www.ua.pt/forum3e

universidadede aveiro

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a certa

Na Católica de Direito há umaaposta clara napersonalização.“Conhecemos cadaaluno pelo nome”referiu a responsável

presente no Encontro. Paracada evento relacionado comempregabilidade é elaborado umguião de introdução para osestudantes. São feitos inquéritospara perceber que temas se devemtratar nos Jobshops seguintes. NaHora do Sócio, um advogado ouprofissional na área do Direito vemfalar aos estudantes.

O Instituto Superior Técnico temum Núcleo de parcerias

empresariais e apostanum Job Bank e emJobshops realizados emparceira com a

Associação de Estudantes.

O IADE tem uma Agência Escola:www.iade.pt/pt/ag%C3%AAncia-escola/escolhe-um-trabalho.aspx,

que promove aempregabilidade dos seusestudantes. Na zonageográfica desta Escolade Artes desenvolveu-seo Santos Design District.

A IADE CREATIVE WEEK e aEMPRESA AMIGA IADE são outrasdas iniciativas a destacar.

O Instituto Politécnico deBeja aposta nosEstágios Profissionais equer promover umabolsa de emprego.

Na Católica Lisbon School ofBusiness and Economics, 63% dosalunos realizam 2 ou 3 estágios

de verão. Esta conceituadaescola promove bastantea sua rede de antigosalunos e oferece aosalunos workshops decareer counselling. Um

grupo de estudantesdesenvolveu com o apoio daEscola o programa Católica Movewww.move-microfinance.org

O Instituto Superior de Educação eCiências apresentou o GCDF -Global Career DevelopmentFacilitator:www.isec.universitas.pt/GCDFProg

ram.aspx, um métodoinovador que facilita oacesso ao emprego emtodo o mundo e quepropõe uma mudança

de mentalidade na áreada empregabilidade.

O Instituto Politécnico da Guardaaposta nos Estágios

Profissionais Erasmus eprocura fazer, para osseus estudantes, umafiltragem constante da

excessiva informação deemprego disponível.

A Faculdade de Ciências eTecnologia daUniversidade Nova deLisboa tem umaplataforma de empregoonline:http://emprego.fct.unl.pt

Esta Faculdade procura envolver aAssociação de Estudantes naquestão da empregabilidade eincentiva os estudantes a nãoesquecerem as Micro, Pequenas eMádias empresas que, segundodados do IAPMEI, representam97,7% do tecido empresarialportuguês.

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guia do 1º emprego 201246

2010Advogado Virtual /GlobalCom a vida diária cada vez mais online,terão de haver especialistas que saibamresolver conflitos que envolvamcidadãos residentes em jurisdiçõeslegais diferentes. Bancário do tempoOs Bancos de Horas (ou Bancos doTempo) são comunidades de troca deserviços que permitem às pessoasinscritas ganhar créditos de tempo porserviços prestados à comunidade egastar esses créditos comprando outrosserviços à comunidade.Criadores de Veículos AlternativosDesigners e construtores da novageração de veículos de transporteusando energias alternativas.Disseminadores de informaçãopersonalizadaCom os media de radiodifusão atornarem-se mais personalizados, vãoemergir novos especialistas deconteúdos e publicitários para soluçõesindividuais feitas à medida.Especialista em Marketing PessoalOnlineProfissional de aconselhamento para odesenvolvimento de um marketing pessoalnas redes sociais e noutros suportes.Gestor de Informação relevante eseguraEspecialistas que filtram e editam dadossignificativos e seguros para governos,corporações, organizações, pessoas, etc.2010 › Gestor/Consultor Especialistaem População SéniorGestores de um leque de soluçõesintegradas na área da saúde e bem-estarda população sénior.

20 Profissões para o futuro

sim, não, talvez...O relatório “The shape of jobs to come” da Fast Future Research, lançadoem 2010, apresentava, num cenário até 2030, as novas profissões que vãosurgir. Escolhemos 20 exemplos, com a sua descrição. Será que estas pro-fecias se vão realizar?

2015Agricultores verticaisAgricultores especializados em culturasagrícolas em prateleiras na vertical comsolos artificiais alimentados por soluçõesnutritivas. Assistente Social para as redessociaisAssistentes sociais para pessoastraumatizadas ou marginalizadas pelasredes sociaisEspecialista em reversões demudança climáticaCom as ameaças e os impactos dasmudanças climáticas, é necessária umanova geração de especialistas dedicadosa reduzir ou reverter os efeitosindesejados dessas mudanças. Farmacêutico de culturas e pecuáriageneticamente modificadaOs farmacêuticos são a nova geração deagro pecuários que aumentarão aprodução de culturas e a criação deanimais de espécies geneticamentemodificadas.Gestor de Avatares pedagógicosOs avatars podem ser usados paraapoiar professores em salas de aula e noensino à distância mas terão de haverespecialistas que criem e orientem aatuação destes avatares. Gestor e organizador informático eeletrónicoEspecialistas que vão ajudar a organizaras nossas informáticas e electrónicas:gestão de e-mail, de dados, redessociais, aplicações, etc.Pilotos, Arquitectos e GuiasTurísticos espaciaisPara os programas de turismo espacialserão necessários pilotos e guiasturísticos espaciais assim comodesigners de arquitectura para tornarpossível a habitação do espaço e deoutros planetas. Profissional de Ética para as novasciênciasUma nova geração de profissionais deética que têm de compreender diversasáreas científicas para ajudar a sociedadea tomar decisões consistentes sobre quedesenvolvimentos permitir.

2020Fabricante de partes do corpoCom os avanços nas áreas dos tecidoscelulares, da robótica e dos plásticos,será possível a criação de partes docorpo humano e surgirão fabricantes,lojas e oficinas de reparação de órgãos emembros.Polícia da Modificação ClimáticaA arte de “roubar” nuvens para fazerchuva já acontece em algumas zonas domundo, e tem de passar a sermonitorizada e controlada pois altera ospadrões climáticos.

2025Nano-MédicoOs avanços na nanotecnologiapotenciam uma série de novosinstrumentos que podem transformar oscuidados de saúde e serão necessáriosespecialistas para os administrar.

2030Cirurgião de aumento da memóriaUma nova categoria de cirurgiões cujopapel será adicionar memória extra àspessoas que desejarem mais capacidadede memória, ao longo da vida. Gestor/Instaurador de QuarentenasNo caso de acontecerem vírus eepidemias mortais serão necessáriasquarentenas impostas e alguém terá desaber liderar essas situações.

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VÁ A BOMBAR AOROCK IN RIO COM A BP.1500 PT + 33€ = 1 BILHETE25 e 26 de maio; 1, 2 e 3 de junhoAproveite esta oportunidade para comprar o seu bilhete.Bilhetes à venda nos postos BP aderentes.Consulte a programação em www.rockinriolisboa.sapo.pte os postos BP aderentes em bppremierplus.com. PVP: 61€.

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