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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃOPRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título: Despertando o interesse dos alunos pela leitura e produção textual a partir de crônicas engraçadas.

Autor Eloir Wronski

Disciplina/Área (ingresso no PDE)

Língua portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Padre Anchieta – EFM

Município da escola Salgado Filho

Núcleo Regional de Educação

Francisco Beltrão

Professora Orientadora Profª Drª. Greice da Silva Castela.

Instituição de Ensino Superior

UNIOESTE - Cascavel

Relação Interdisciplinar

Resumo

Nessa proposta de ensino, pretendemos oportunizar aos alunos um trabalho de leitura utilizando as crônicas engraçadas de Luis Fernando Veríssimo e Fernando Sabino como uma tentativa de contribuir para o desenvolvimento da leitura, interpretação e produção textual de maneira mais divertida ao aluno. A leitura das crônicas engraçadas pode possibilitar ao educando desenvolver sua capacidade leitora usando o humor como referência, consequentemente, melhorar sua conversação e sua escrita. Uma possibilidade que lhe permita expressar seus sentimentos de maneira pessoal, buscando na palavra escrita grande parte de sua informação e de seu conhecimento de mundo. O trabalho com leitura de crônicas engraçadas pode oportunizar ao aluno-leitor do 8° ano do ensino fundamental alternativas de ver as coisas, formas plurais de perceber a realidade. Sendo a crônica um texto baseado em acontecimentos do cotidiano, o educando pode perceber que ler faz bem e fermenta o intelecto. Além do cultivo do humor, este tipo de textos pode expressar sensibilidade, tanto emocional quanto linguística. Como em toda a grande arte, o significado mais profundo das crônicas engraçadas será diferente para cada pessoa, e diferente para a mesma pessoa em vários momentos de sua vida.

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Palavras-chave Crônicas engraçadas, leitura, escrita

Formato do Material Didático

Unidade Didádica

Público Alvo Alunos do 8º ano do Ensino Fundamental

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Secretaria de Estado da EducaçãoSuperintendência da Educação

Diretoria de Políticas e Programas EducacionaisPrograma de Desenvolvimento Educacional

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: UNIDADE DIDÁTICA

TÍTULO: DESPERTANDO O INTERESSE DOS ALUNOS PELA LEITURA E

PRODUÇÃO TEXTUAL A PARTIR DE CRÔNICAS ENGRAÇADAS.

ÁREA/DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSOR PDE: ELOIR WRONSKI

SALGADO FILHO – PR 2012

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Secretaria de Estado da EducaçãoSuperintendência da Educação

Diretoria de Políticas e Programas EducacionaisPrograma de Desenvolvimento Educacional

ELOIR WRONSKI

DESPERTANDO O INTERESSE DOS ALUNOS PELA LEITURA E

PRODUÇÃO TEXTUAL A PARTIR DE CRÔNICAS ENGRAÇADAS.

Unidade didática apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria Estadual de Educação do Paraná – SEED. Orientadora: Profª Drª. Greice da Silva Castela.

SALGADO FILHO – PR 2012

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1. IDENTIFICAÇÃO:

Professora PDE: Eloir Wronski

Área PDE: Língua Portuguesa

Professora orientadora IES: Profª Drª. Greice da Silva Castela.

IES Vinculada: UNIOESTE - Cascavel

NRE: Francisco Beltrão - PR

Escola de Implementação: Colégio Estadual Padre Anchieta - EFM

Público objeto de intervenção: Alunos de 8º ano do Ensino Fundamental

Despertando o interesse dos alunos pela leitura e produção textual a

partir de crônicas engraçadas.

2. APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA:

A proposta pedagógica a ser desenvolvida nesta unidade didática tem a

intenção de possibilitar aos professores do oitavo ano do ensino fundamental

um roteiro de exploração didática de leitura e escrita de algumas crônicas

engraçadas de Fernando Sabino e Luis Fernando Veríssimo, de modo a

possibilitar aos alunos d conhecer e interagir no mundo da ficção que se

mescla à realidade, gerando novas possibilidades de compreensão e de uma

postura crítica frente às ideologias e valores que movem a sociedade atual.

Nossa meta principal é desenvolver nos alunos, leitores em formação, a

capacidade de leitura e compreensão de textos engraçados que se relacionam

com o cotidiano do educando, As crônicas engraçadas possibilitam isso,

desenvolvendo a criticidade dos educandos a partir de uma leitura prazerosa.

Para as Diretrizes Curriculares Estaduais (2008), a literatura, como

produção humana, está intrinsecamente ligada à vida social. O entendimento

do que seja o produto literário está sujeito a modificações históricas, portanto,

não pode ser apreensível somente em sua constituição, mas em suas relações

dialógicas com outros textos e sua articulação com outros campos: o contexto

de produção, a crítica literária, a linguagem, a cultura, a história, a economia,

entre outros (DCEs, 2008, p.57).

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Sendo a leitura um ato dialógico, o leitor tem papel ativo nesse processo.

Ele precisa aprender o sentido do texto, não basta decifrar as palavras, é

necessário haver a compreensão do significado das mesmas, visto que, ler é,

acima de tudo, compreender.

Ao primeiro contato com um texto, por mais simples que ele pareça,

normalmente o leitor confronta-se com a dificuldade de “encontrar unidade por

trás de tantos sentidos que ocorrem na superfície” (FIORIN, 1996, p.35).

Portanto, há a necessidade de se desenvolver um percurso partindo dos

significados superficiais para significados cada vez mais abstratos e profundos.

E, ainda, segundo o mesmo autor: “o leitor perspicaz é aquele que consegue

ler nas entrelinhas. Caso contrário, ele pode passar por cima de significados

importantes e decisivos ou, o que é pior, pode concordar com coisas que

rejeitaria se as percebesse” (FIORIN, 2007, p.241).

Todavia, para haver essa compreensão semântica dos signos

linguísticos também são fundamentais alguns conhecimentos prévios do leitor –

como vocabulário, conceitos sobre texto, acervo pessoal do letor... Dessa

forma, utilizando esses diversos tipos de conhecimento, consegue-se uma

leitura satisfatória, pois alcançou-se acompreensão daquilo que lê.

Para Citelli (2001), autor que sinaliza a função de mediação que as

palavras comportam, nós “iremos viver e aprender em contato com outros

homens, mediados pelas palavras que irão nos informar e formar. As palavras

serão por nós absorvidas, transformadas e reproduzidas, criando um circuito de

formação e reformulação de nossas consciências” (CITELLI, 2001, p.28).

Para acontecer formação, transformação e reformulação de nossas

consciências a partir de leituras é necessário que o leitor seja comprometido

com aquilo que lê, isto é, ele precisa manter um posicionamento crítico acerca

do que lê, não apenas passivo. Posto que, nesse âmbito, o leitor consegue ser

tocado pela leitura.

E dessa forma, o leitor se aprofunda no texto e se confunde com ele, em

busca do seu sentido. Percebemos assim, que a leitura é um processo

interativo e instrumento essencial para levar o ser humano a entender e

modificar o mundo em que vive.

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O HUMOR COMO MECANISMO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

O riso sempre esteve presente no cotidiano das pessoas, seja nas pia-

das contadas entre amigos, seja em determinada situação engraçada, ou às

vezes nem tanto, vivida por uma pessoa, e que foi motivo de sarro para outras.

De todos os animais, somente o homem, ri, e fora o riso espontâneo das crian-

ças, para citar Paes em Konzen, a capacidade de rir está ligada intimamente à

capacidade de pensar, privativa do homem, único animal racional (PAES, 1993

apud KONZEN, 2002, p.47). Ou seja, o homem não só é capaz de rir, como

também é o único com condições de tomar consciência de por que o faz. As-

sim, é capaz de rir até mesmo das próprias mazelas. Sempre encontrando um

jeito bem humorado para lidar nas mais difíceis situações. O riso funcionaria

como uma espécie de contraponto ao que está acontecendo. Uma forma de se

dizer que algo não deveria ser de determinada forma, e que de alguma manei-

ra, fugiu à normalidade, senão, não haveria motivo para rir.

O humor inteligente leva o indivíduo a inferir, comparar, confrontar e

formular hipóteses, não é simplesmente o riso pelo riso, mas aquilo que

motivou a rir. Então, a afirmação de que a comédia é inferior à tragédia, além

de suscitar uma ideologia contrária ao pensamento crítico das pessoas, é

infundada. A utilização do texto humorístico pode contribuir muito para a

formação de um cidadão crítico. Além disso, desenvolve habilidades de

raciocínio, através de situações prazerosas e motivadoras. Neste caso, é

necessário que o professor proporcione experiências voltadas para o

desenvolvimento do raciocínio.

O trajeto histórico, no entanto, mostra que a comédia não desfruta do

mesmo prestígio da tragédia. Enquanto esta possui heróis e narra fatos

heroicos, aquela se ocupa de acontecimentos burlescos e de cidadãos

comuns. Na comédia, o senso crítico do indivíduo revela-se por meio do riso,

deixando-o mais próximo da realidade dos fatos; ao contrário, a tragédia mexe

com a sua emoção. Logo, pode-se dizer que o riso é uma manifestação do

pensamento crítico, só ri quem consegue compreender e analisar uma dada

situação e o que ela sugere.

Para Solé (1998, p. 91), “as situações de leitura mais motivadoras

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também são as mais reais, aquelas em que a criança lê para se libertar, para

sentir o prazer de ler”. Neste caso, é importante iniciar o trabalho com textos

humorísticos desde o ingresso da criança em sala de aula, aprofundando a

análise, no decorrer de sua vida escolar.

3. UNIDADE DIDÁTICA

Atividade 1.

O professor(a) poderá realizar um breve debate sobre o que se entende

por crônica e qual a concepção de humor, com questões como:

O que é uma crônica? Que tipos de coisas você acha engraçado?

Para Mendonça (2011), a palavra crônica vem do grego chronikós,

relacionado a tempo (chrónos) e por muito tempo o termo foi utilizado para

designar uma lista de acontecimentos ordenados em sequência cronológica.

Com a difusão da imprensa a crônica aderiu ao jornal como o relato do dia a

dia e em 1799 apareceu em Paris como “feuilletons”, fazendo uma crítica da

atividade dramática. Em 1836, no Brasil, o termo traduz para “folletim” e passa

a ser usado como narrativa do dia a dia e aqui se desenvolve de forma

diferenciada de como se apresenta em outras literaturas.

A crônica é um gênero da ordem do narrar que valoriza as situações

corriqueiras do dia a dia que são narradas de forma simples e descontraída -

às vezes divertida, às vezes crítica, às vezes poética. Apresenta, portanto, os

mesmo elementos da narrativa: personagem enredo, tempo, espaço e

narrador.

Discutir com os alunos qual a importância do humor no cotidiano escolar

e nas aulas de língua portuguesa.

Buscaremos no site Youtube entrevista de escritores e como se inspiram

para produzir.

Realizar a leitura da crônica a seguir.

Flagelo do Vestibular

Luís Fernando Veríssimo

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Não tenho curso superior. O que eu sei foi a vida que me ensinou, e

como eu não prestava muita atenção e faltava muito, aprendi pouco. Sei o

essencial, que é amarrar os sapatos, algumas tabuadas e como distinguir um

bom Beaujolais pelo rótulo. E tenho um certo jeito — como comprova este

exemplo — para usar frases entre travessões, o que me garante o sustento. No

caso de alguma dúvida maior, recorro ao bom senso. Que sempre me

responde da mesma maneira? "Olha na enciclopédia, pô!"

Este naco de autobiografia é apenas para dizer que nunca tive que

passar pelo martírio de um vestibular. É uma experiência que jamais vou ter,

como a dor do parto. Mas isto não impede que todos os anos, por esta época,

eu sofra com o padecimento de amigos que se submetem à terrível prova, ou

até de estranhos que vejo pelos jornais chegando um minuto atrasados, tendo

insolações e tonturas, roendo metade do lápis durante o exame e no fim

olhando para o infinito com aquele ar de sobreviventes da Marcha da Morte de

Batan. Enfim, os flagelados do unificado. Só lhes posso oferecer a minha

simpatia. Como ofereci a uma conhecida nossa que este ano esteve no inferno.

(...)

(Disponível em: http://a-neurose.blogspot.com.br/2010/01/cronica-lfv-o-

flagelo-do-vestibular.html - acessado no dia 30/10/2012.)

O professor escreverá na lousa o título da crônica e discutirá qual o

assunto que o texto aborda. Em seguida entregará uma cópia do texto aos

alunos que farão leitura silenciosa e depois se reunirão em grupos para

dramatizar a crônica.

Concluida a leitura e a dramatização, o professor(a) mobilizará a turma para

comentários a respeito das primeiras impressões a respeito da crônica; e

encaminhará as estratégias para uma pesquisa que poderá ser feita em

Bibliotecas ou na Internet sobre a biografia do autor.

(Disponível em: http://www.releituras.com/lfverissimo_bio.asp - acessado no

dia 30/10/2012)

Feita a pesquisa, o professor deverá fazer a leitura oral do texto para os

alunos, fornecendo a eles informações sobre as palavras e expressões –

abaixo relacionadas - que são empregadas no texto:

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Marcha da Morte de Bataan - é o nome como ficou conhecido um dos maiores

crimes de guerra da II Guerra Mundial, ocorrido no início da Guerra do Pacífico,

contra prisioneiros norte-americanos e filipinos derrotados pelas forças

japonesas após a Batalha de Bataan, parte da Batalha das Filipinas, ocorrida

entre dezembro de 1941 e abril de 1942.

(Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcha_da_Morte_de_Bataan

- acessado no dia 30/10/2012)

Napalm - é um conjunto de líquidos inflamáveis à base de gasolina gelificada,

utilizados como armamento militar. O napalm é na realidade o agente

espessante de tais líquidos, que quando misturado com gasolina a transforma

num gel pegajoso e incendiário.

(Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Napalm - acessado o dia

30/10/2012)

Henry Alfred Kissinger - (nascido Heinz Alfred Kissinger; Fürth, 27 de maio de

1923) é um diplomata estado-unidense, de origem judaica, que teve um papel

importante na política estrangeira dos Estados Unidos entre 1968 e 1976.

(Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Kissinger - acessado

no dia 30/10/2012).

Após a leitura do texto, os alunos, em grupo, deverão responder às

questões propostas na sequência.

1. Uma crônica humorística visa basicamente o riso, com certo registro irônico

dos costumes. A crônica lida pode ser considerada humorística. Por quê?

2. O que significa flagelo? Por que o vestibular pode ser considerado um

flagelo para o autor?

3. A crônica “O flagelo do vestibular” é escrita em primeira pessoa.

Transcreva do texto uma expressão que comprove que o narrador é o próprio

autor, isto é, o autor fala de si mesmo.

4. O autor inicia a crônica dizendo que não tem curso superior.

a. Ele lamenta esse fato? Justifique sua resposta.

b. Não ter cursado uma universidade faz falta a ele? Justifique sua resposta.

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5. Apesar de não ter enfrentado um vestibular, o autor sofre junto com amigos

que têm filhos vestibulandos. A opinião do autor sobre o vestibular é positiva ou

negativa? Explique.

6. Observe esta passagem do texto:

"E quanto conseguia dormir, sonhava com escolhas múltiplas, a) fracasso, b)

vexame, c) desilusão. E acordava gritando, NENHUMA DESTAS! NENHUMA

DESTAS! Foi horrível.” Qual é o conhecimento prévio necessário ao leitor para

compreender este trecho do texto?

7. “O inconsciente do filho às vezes nem tá, diz pra coroa que cravou coluna do

meio em tudo e está matematicamente garantido.” Explique o que se pode

deduzir da expressão em destaque.

8. Observe esta passagem do texto:

"Não haveria um jeito mais humano de fazer a seleção para as universidades?

Por exemplo, largar todos os candidatos no ponto mais remoto da floresta

amazônica e os que voltassem à civilização estariam automaticamente

classificados? Afinal, o Brasil precisa de desbravadores.”

O que se pode inferir da sugestão irônica do autor para o processo seletivo

para as universidades?

9. Assinale a(s) alternativas em que constam estratégias linguísticas

responsáveis pelo humor da crônica. Dê um exemplo do texto para cada

alternativa marcada.

( ) As comparações, os exageros, os paradoxos são explorados em seu

aspecto mais original para divertir o leitor.

( ) O autor utiliza a ironia para criticar o vestibular no Brasil, assim a indústria

dos cursinhos pré-vestibulares.

10. Discuta com os colegas e responda:

a. O processo seletivo de ingresso à universidade – o vestibular- é injusto?

Por que? Vocês concordam com o autor?

b. O humor é uma estratégia para criticar a realidade? Justifique.

Produção de texto

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Certamente a crônica “Flagelo do Vestibular” de Luis Fernando

Veríssimo, não deixou você e seus colegas indiferentes: afinal ela aborda, com

humor, um tema que fará parte de uma fase da vida de vocês.

Após reflexão e discussão na classe da crônica mencionada acima,

produza uma crônica humorística sobre a educação no Brasil ou selecione uma

preocupação recorrente no seu dia-a-dia e produza uma crônica engraçada.

O texto será lido em sala de aula para ser apreciado pelo professor e pelos

colegas e alguns textos serão publicados em um jornal de circulação local e no

blog http://orisoemfoco.blogspot.com.br/.

Para motivar os alunos a respeito da temática da aula, qual seja:

identificar e empregar a ironia como estratégia do dizer, na construção

determinados efeitos de sentido - uma vez que a ironia consiste em dizer o

contrário daquilo que se pensa, apresentaremos aos alunos a seguinte charge

disponível em:

Como estratégia para atualização do conhecimento prévio do aluno,

recomendaremos aos alunos algumas questões apresentadas a seguir.

1. Dentre as características de uma charge, destaca-se a articulação entre

diferentes linguagens, especificamente a verbal e a visual. Estabeleça essa

relação na charge apresentada.

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2. Além da linguagem das imagens que outro recurso é responsável pelo

estabelecimento do humor na charge?

3. Qual é o conhecimento de mundo necessário para a compreensão da

charge?

4. Qual a crítica /denúncia que se pode depreender com a leitura desta charge?

Os alunos poderão responder às perguntas propostas por escrito ou oralmente.

Com o objetivo de mostrar aos alunos que assim como nas charges, há

crônicas que podem transmitir um posicionamento crítico sobre personagens e

fatos políticos por meio do humor, apresentaremos a crônica “O povo” de Luiz

Fernando Veríssimo.

Levaremos os alunos ao laboratório de informática para pesquisar sobre

Luis Fernando Veríssimo e sua obra.

Informações disponíveis nos sites:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Luis_Fernando_Verissimo - acessado no dia

31/10/2012

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u487.jhtm - acessado no

dia 31/10/2012

Em sala de aula, antes de entregar uma cópia do texto aos alunos, o

professor deverá fazer algumas perguntas aos alunos como estratégia de

antecipação da leitura a ser realizada.

1. Vivemos numa sociedade dividida em classes, portanto, em que há pobres e

ricos. Pode-se afirmar que cada classe tem seu modo de ver o mundo, a sua

ideologia?

2. Qual é a ideologia dominante?

3. O povo (os pobres) contribuem para haja uma sociedade melhor? De que

forma?

Na sala de aula, o professor deve solicitar aos alunos que façam a

leitura silenciosa da crônica "O povo".

O povo

Luis Fernando Veríssimo

Não posso deixar de concordar com tudo que dizem do povo. É uma

decisão impopular, eu sei, mas o que fazer? É a hora da verdade. O povo que

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me perdoe, mas ele merece tudo que tem se dito dele. E muito mais.

As opiniões recentemente emitidas sobre o povo até foram tolerantes.

Disseram, por exemplo, que o povo se comporta mal nos grenais. Disseram

que o povo é corrupto. Por um natural escrúpulo não quiseram ir mais longe.

Pois eu não tenho escrúpulo.

O povo se comporta mal em toda parte, não apenas no futebol. O povo

tem péssimas maneiras. O povo se veste mal. Não raro, cheira mal também. O

povo faz xixi e cocô na escala industrial. Se não houvesse povo, não teríamos

o problema ecológico. O povo não sabe comer. O povo tem um gosto

deplorável. O povo é insensível. O povo é vulgar. (...)

Disponível em: http://atividadeslinguaportuguesa.blogspot.com.br/2010/10/o-

povo-luis-fernando-verissimo.html - acessado no dia 31 de outubro de 2012.

Após a leitura do texto, os alunos deverão responder às seguintes

perguntas:

1. Na organização do texto, pode-se perceber que há uma oposição bási-

ca: povo versus elite. Quais são as ideias que se opõem em relação a

esses dois polos, respectivamente?

2. Identifique no texto trechos em que culpam o povo:

a. Pelos problemas de trânsito.

b. Pela explosão demográfica.

c. Pelas eleições mal sucedidas.

3. Frases convencionais, cristalizadas, tais como “o povo não sabe votar”

eu passam a ser tomadas como “verdades” são responsáveis pela ma-

nutenção da ideologia dominante.

Você concorda com essa afirmação? Justifique sua resposta.

4. O autor usa em seu texto, a estratégia do dizer ”ironia”, que consiste em

dizer uma coisa para que se entenda outra. Portanto, quando o autor cri-

tica o povo, na verdade, quem ele está criticando?

5. A estratégia usada pelo autor possibilita que se estabeleça um jogo de

imagens: o interlocutor pensa que ele é alguém que na verdade ele não

é. Explique essa afirmação.

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6. Esse jogo de imagens criado pelo autor estabelece no texto a ironia. Co-

mente.

7. Retire uma passagem do texto que comprove dizer que na verdade o fa-

tor econômico determina os hábitos do povo.

8. De acordo com a ideologia da classe dominante, o homem do povo é

uma vítima do sistema ou um ser “inferior de nascença”?

Produção de texto

Assim como Luís Fernando Veríssimo, produza um texto irônico usando a

ironia como estratégia do dizer para criticar um determinado grupo social e

seus preconceitos em relação a outro grupo.

Os textos serão trocados entre os alunos para que eles façam as

correções que acharem necessárias e sugestões pertinentes. Em seguida cada

aluno com o seu texto produzido vai reescrevê-lo observando as sugestões dos

colegas. Após o texto será lido em sala de aula para ser apreciado pelo

professor e pelos colegas e alguns textos serão publicados em um jornal de

circulação local e no blog http://orisoemfoco.blogspot.com.br/

Sugestões para a produção textual:

a. Os adolescentes – uma crítica que ironiza o modo como os adultos veem os

adolescentes.

b. Os alunos – uma crítica que ironiza como os professores/ educadores veem

os alunos.

Recursos Complementares

O professor poderá levar os alunos ao laboratório de informática para

que eles digitem as suas produções de texto.

Avaliação

O professor recolherá os textos dos alunos para avaliação, com a finalidade de

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verificar como cada aluno desenvolveu a proposta e se atingiu o objetivo da

produção. Por meio da produção escrita dos alunos, o professor poderá

também avaliar o aluno em leitura, uma vez que o emprego adequado da ironia

como estratégia do dizer comprovará que o aluno atingiu também os objetivos

propostos para a leitura dos textos trabalhados.

Ao iniciar a aula o professor pedirá para os alunos que pesquisem na sala

de informática um pouco sobre a vida e obra do escritor Fernando Sabino.

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Sabino - acessado no

dia 01/11/2012.

Pergunte se alguém já leu algum texto do autor ou se o conhece. (Sugiro

que selecione na biblioteca da escola algumas obras de Fernando Sabino e

leve-as para a sala de aula). Em seguida, entregue aos alunos o texto “Como

comecei a escrever”, solicitando uma leitura silenciosa do mesmo. Terminada a

leitura silenciosa, os alunos serão questionados oralmente com as seguintes

interrogações:

Qual o assunto do texto?

Quem é o narrador desse texto?

Qual a relação existente entre o título e o texto?

Qual a importância da literatura na vida de quem escreve?

Podemos dizer que este texto faz referência à vida de Fernando Sabino?

De que forma isso é possível?

Qual a sua relação com a escrita? Você costuma escrever? O quê? Em

que momentos?

Agora, faça uma leitura coletiva do texto com os alunos. Em seguida, as

atividades propostas.

Como comecei a escrever

Fernando Sabino

Quando eu tinha 10 anos, ao narrar a um amigo uma história que havia

lido, inventei para ela um fim diferente, que me parecia melhor. Resolvi então

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escrever as minhas próprias histórias.

Durante o meu curso de ginásio, fui estimulado pelo fato de ser sempre

dos melhores em português e dos piores em matemática — o que, para mim,

significava que eu tinha jeito para escritor. (...)

(Disponível em: http://www.releituras.com/fsabino_comocomecei.asp -

acessado no dia 01/11/2012).

Atividades:

1) O texto “Como comecei a escrever” é narrado em 1ª ou 3ª pessoa?

Justifique sua resposta.

2) Quando foi que o “eu” do texto “Como comecei a escrever” iniciou suas

próprias produções textuais? E o que motivou essa produção?

3) Na escola:

a) Em qual disciplina o “eu” se considerava melhor? E pior? Justifique.

b) E por que ele achou que tinha jeito para escritor?

4) Retire do texto elementos que mostram que a história narrada aconteceu há

muito tempo.

5) Quem é Berenice? E qual a importância dela na vida do “eu” do texto?

6) Qual foi a mudança ocorrida na vida literária do “eu” quando este completou

seus 14 anos?

7) Em “Muito me ajudou, neste início de carreira, ter aprendido datilografia na

velha máquina Remington do escritório de meu pai.”, o trecho destacado nos

dias atuais poderia ser substituído por:

8) No trecho: “Naquela época os programas de rádio faziam tanto sucesso

quanto os de televisão hoje em dia, e uma revista semanal do Rio,

especializada em rádio, mantinha um concurso permanente de crônicas sob o

título “ O Que Pensam Os Rádio-Ouvintes”.”

Os elementos destacados do texto indicam uma:

( ) conclusão ( ) explicação ( ) comparação ( ) oposição

Concluída as atividades pelos alunos, será feita a correção das

atividades realizadas, solicitando a um aluno que diga a resposta dada por ele

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para a questão 1 e, caso seja necessário, complementando-a com o auxílio dos

outros alunos, fazendo o mesmo com as outras questões.

Terminada a correção, será entregue o segundo texto “A última crônica”,

de Fernando Sabino, para os alunos. Solicite a leitura silenciosa do mesmo. (É

recomendável levar dicionários para sala de aula). Depois da leitura silenciosa

faz-se alguns questionamentos orais:

1) Já conheciam a crônica? O que acharam?

2) Alguém já viveu algo semelhante ao descrito na crônica ou conhece

alguém que viveu algo parecido?

3) Quem já comemorou um aniversario de forma diferente do tradicional

bolo com velinhas? Como foi? Peça para que cada aluno conte como

comemorou seu ultimo aniversário.

4) Há algo que ficou difícil de entender?

Após os questionamentos orais, peça aos alunos que, em pequenos

grupos, leiam novamente o texto e escolham um parágrafo em que o

cronista conseguiu mexer com a emoção deles para apresentar aos

colegas.

A última crônica

Fernando Sabino

A caminho de casa, entro num botequim para tomar café. Na realidade

estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de

estar inspirado. Eu pretendia recolher da vida diária algo de seu disperso

conteúdo humano, que a faz mais digna de ser vivida. Estou sem assunto.

Lanço um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma

crônica.

Ao fundo do botequim, um casal de pretos acaba de sentar-se. A

compostura da humildade deixa-se acentuar pela presença de uma negrinha

de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se

instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas ou correr os olhos ao

redor.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que

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discretamente retirou do bolso, aborda o garçom e aponta um pedaço de bolo

sob uma redoma de vidro. A mãe limita-se a ficar observando. A meu lado, o

garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a

porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-

escuro – apenas uma fatia triangular. (...)

(Disponível em: http://intervox.ufrj.br/~jobis/s-ult.html - acessado no dia

01/11/2012).

Professor, peça aos alunos que realizem as atividades propostas sobre o

texto. Corrija os exercícios no quadro com a participação dos alunos. (Sugiro

que solicite a eles que digam a resposta dada a cada questão e construa no

quadro sugestões de respostas.)

Seguem algumas sugestões de atividades:

Atividades:

1) Que tipo de narrador o texto “A Última crônica” apresenta? Justifique sua

resposta.

2) Retire do texto as informações abaixo:

a) Quem entra no botequim?

b) Onde fica o botequim?

c) em primeiro lugar, entra no botequim para quê?

d) Na verdade, o que ele faz nesse lugar?

e) o que ele deseja?

3) Sobre o trecho: “Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a

instituição tradicional da família, célula da sociedade.”, responda:

a) Quem são esses “três esquivos”?

b) O que significa ser esquivo?

c) Onde eles estão?

d) Levante hipóteses a respeito do que eles estão fazendo ali.

4) O que o pai pede ao garçom?

5) No trecho “A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como

se aguardasse a aprovação do garçom.”, explique a ansiedade da mãe ao

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esperar a provação do garçom.

Por que o garçom não aprovaria o pedido do pai?

6) Observe que ao descrever a cena que está diante dos olhos, o narrador-

personagem questiona: “Por que não começa a comer?” Por quê? Levante

hipóteses.

7) Em “Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um

discreto ritual.”, a expressão destacada será revelada mais adiante. O que

representa esse ritual? Quais são os elementos que compõem esse ritual?

8) Explique o que sentiu o narrador-personagem quando o pai sorri para ele.

“Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se

perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba

sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.”

Produção de texto

No primeiro texto de Fernando Sabino, o narrador-personagem nos

conta como ele começou a escrever e sua paixão pela Literatura. Já no

segundo, o narrador-personagem procura algo do cotidiano para escrever a

sua última crônica e se depara com uma comemoração de aniversário de uma

menininha de dois anos em um lugar (botequim) um pouco improvável para o

“ritual”. Com base nas leituras, produza um pequeno texto a partir de uma cena

que você considere importante do seu dia a dia.

Os textos serão trocados entre os alunos para que eles façam as

correções que acharem necessárias e sugestões pertinentes. Em seguida cada

aluno com o seu texto produzido vai reescrevê-lo observando as sugestões dos

colegas. Após o texto será lido em sala de aula para ser apreciado pelo

professor e pelos colegas e alguns textos serão publicados em um jornal de

circulação local e no blog http://orisoemfoco.blogspot.com.br/.

Professor inicie a aula com uma pequena biografia do autor (disponível

no site: http://www.releituras.com/lfverissimo_bio.asp - acessado no dia

01/11/2012). Em seguida, questione os alunos quanto ao título da crônica

“COMO AS MULHERES DOMINARAM O MUNDO”:

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• Como é a situação da mulher na sociedade hoje?

• Vocês (alunos) acreditam que elas (as mulheres) conquistaram um

espaço maios na sociedade atual?

• Como vocês imaginam a relação entre mulher e sociedade há alguns

anos?

• Como os homens veem as mulheres hoje em dia, por exemplo, no

mercado profissional? E como deveria ser (ou como era) no passado?

• Para vocês, a conquista feminina pode levar as mulheres a ocuparem

cargos até então ocupados pelos homens? Por quê?

Leitura silenciosa do texto.

''Como as mulheres dominaram o mundo''

Luís Fernando Veríssimo

Conversa entre pai e filho, por volta do ano de 2031 sobre como as

mulheres dominaram o mundo.

- Foi assim que tudo aconteceu, meu filho...

Elas planejaram o negócio discretamente, para que não notássemos

Primeiro elas pediram igualdade entre os sexos. Os homens, bobos, nem

deram muita bola para isso na ocasião. Parecia brincadeira.

Pouco a pouco, elas conquistaram cargos estratégicos: Diretoras de

Orçamento, Empresárias, Chefes de Gabinete, Gerentes disso ou daquilo.

- E aí, papai?

- Ah, os homens foram muito ingênuos. Enquanto elas conversavam ao

telefone durante horas a fio, eles pensavam que o assunto fosse telenovela.

Triste engano. De fato, era a rebelião se expandindo nos inocentes intervalos

comerciais. "Oi querida!", por exemplo, era a senha que identificava as líderes.

"Celulite", eram as células que formavam a organização. Quando queriam se

referir aos maridos, diziam "O regime". (...)

(Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/Mzk4NDI1/ - acessado

no dia 01/11/2012).

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Após a leitura silenciosa, solicite que alguns alunos leiam o texto em voz

alta, dramatizando os personagens presentes na crônica: o narrador, o pai e o

filho.

Realize atividades referentes ao texto. Seguem abaixo sugestões de

atividades.

1) Geralmente, a crônica traz uma crítica a algum aspecto da vida em

sociedade. Qual a provável crítica presente nessa crônica?

2) Pai e filho conversam sobre qual assunto?

3) Responda:

a) De que forma as mulheres iniciaram aquilo que viria a ser a grande revo-

lução feminina por volta do ano de 2031?

b) Qual foi a primeira solicitação feminina?

c) Qual foi a estratégia usada pelas mulheres para atingirem seus

objetivos?

4) Como são caracterizados os homens diante do processo de conquista

feminina?

5) De acordo com o texto, explique a expressão destacada no seguinte trecho:

“ A esposa e a amante, que na TV posavam de rivais, eram, no fundo,

cúmplices de uma trama diabólica.”

6) Destaque no texto os pronomes pessoais. Escreva a que cada um se refere,

ou seja, o seu referente.

7) Explique a última fala do texto: “- Sssshhh! Escutei barulho de carro

chegado. Disfarça e continua picando essas batatas”.

8) Reescreva o seguinte parágrafo e substitua os termos destacados por

outros, sem que haja alteração do sentido:

“Elas planejaram o negócio discretamente, para que não notássemos.

Primeiro elas pediram igualdade entre os sexos. Os homens, bobos, nem

deram muita bola para isso na ocasião. Parecia brincadeira.”

9) As mulheres têm realmente a sua independência nos dias atuais? Justifique.

10) Qual a sua opinião sobre a independência, tanto do homem quanto da

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mulher?

Avaliação

Você acredita que as mulheres realmente querem dominar o mundo?

Por quê?

Acha que é possível que essa dominação aconteça? Por quê?

Responda a estas perguntas em forma de um pequeno texto, não

deixando de apresentar os argumentos favoráveis a sua opinião.

REFERÊNCIAS

BENDER, Flora; LAURITO, Ilka. Crônica-História, Teoria e Prática. São Pau-lo: Editora Scipione, 1993.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 2 ed. São Paulo: Scipione, 1990.

KONZEN, Paulo Cezar. Ensaios sobre a arte da palavra. Cascavel: Edunioeste, 2002.

LEFFA, Vilson J. Perspectiva no Estudo da Leitura - Texto, Leitor e Interação Social. In: LEFFA, Vilson J. & PEREIRA, Aracy E. O Ensino da Leitura e Produção Textual. Pelotas – RS: Educat, 1999. P. 14-37.

MENDONÇA, Tauane Bevilacqua. Os Retratáveis do Samba e Pérsio Moraes: Análise de Elementos Ligados ao Samba a partir das Crônicas da Revista da Música Popular (1954 – 56). Curitiba: UFPR, 2011. 79 p.

MOISÉS, Massaud. A Criação Literária. São Paulo: Editora Cultriz, 1975.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes curriculares da educação básica: Língua Portuguesa. Curitiba: Secretaria da educação, 2008.

RICHE, Rosa & HALDAD, Luciane. Oficina da palavra, ler e escrever bem para viver melhor. 5. ed. São Paulo:FTD, 1994.

SILVA, Theodoro Ezequiel da. A Produção da Leitura na Escola. 2. ed. São Paulo: Ática, 2005.

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SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

ZILBERMAN, Regina. A Leitura no Brasil História e Instituições. In: LEFFA, Vilson J. & PEREIRA, Aracy E. O Ensino da Leitura e Produção Textual. Pelotas – RS: Educat, 1999. P. 40-51.

ENDEREÇOS ELETÔNICOS

http://www.youtube.com/watch?v=jQVvKZQ9jOo

http://a-neurose.blogspot.com.br/2010/01/cronica-lfv-o-flagelo-do-

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http://www.releituras.com/lfverissimo_bio.asp

http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcha_da_Morte_de_Bataan

http://pt.wikipedia.org/wiki/Napalm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Kissinger

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Luis_Fernando_Verissimo

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