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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: POSSIBILIDADES DO TRABALHO COM O ALONGAMENTO NAS PERSPECTIVAS ORIENTAL E OCIDENTAL
Autor Stella Maris Colêto Bassaco
Escola de Atuação Colégio Estadual Jardim Panorama -
Município da escola Sarandi
Núcleo Regional de Educação Maringá
Orientador Ms, Deiva Mara Belfini Batista Ribeiro
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá
Disciplina/Área Educação Física
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar Não há
Público Alvo Alunos do 3º ano do Ensino Médio turma “A”
Localização Colégio Estadual do Jardim Panorama
Rua Euclides da Cunha 504
Sarandi – Paraná
Apresentação: Muitos foram os ganhos para o homem com a Revolução Tecnológica, porém esta mesma Revolução está levando o homem para um estado de hipocinesia, devido às novas exigências destes trabalhos. E para compensar esta hipocinesia uma das atividades físicas que pode vir a compensar este estado ao nosso entender são os exercícios de alongamento,
exercícios estes que devem ser realizados como um ato consciente, pois somente desta forma os três aspectos (físico, mental e emocional) necessários para o bem estar do homem serão contemplados. Diante disto a procura por trabalhos corporais alternativos vem aumentando cada dia mais, e entre estes trabalhos onde o alongamento consciente é a base destacamos o Tai-chi-chuan e o Yoga fundamentados na cultura oriental e, o Pilates e a Ginástica Laboral originados da cultura ocidental.
Palavras-chave Alongamento; Cultura; Homem; Saúde
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POSSIBILIDADES DO TRABALHO COM O ALONGAMENTO NAS PERSPECTIVAS ORIENTAL E OCIDENTAL
1- INTRODUÇÃO
A Revolução Tecnológica proporcionou ao homem alcançar distancias
inimagináveis sem sair do lugar, porém esta mesma Revolução proporcionou uma
nova configuração do trabalho, deixando o homem cativo para o sistema. Neste
processo a força física que anteriormente era a base do trabalho humano passou
para segundo plano, sendo que o conhecimento e a mente do trabalhador são os
atuais requisitos, e tal processo gerou um estado de hipocinesia, ou seja, baixo nível
de movimento.
Muitos de nós trabalhamos sentados horas e horas diante de um computador
ou mesmo em pé, imóvel, e nos sentimos muitas vezes com dores nas costas,
tensão muscular, enrijecimento articular, problemas de má circulação, lesões por
esforços repetitivos, estresse e outros.
Porém cabe ressaltar que se o nosso corpo viesse com um manual de
instrução, o alongamento com certeza estaria em destaque, tamanha a sua
importância para o bom funcionamento da “máquina humana”, onde as correntes e
engrenagens são os nossos músculos e ossos.
Por isso, hoje em dia o alongamento não é praticado apenas como um
complemento às demais atividades físicas, mas também como uma atividade em si,
muito eficaz no desenvolvimento da consciência corporal, uma vez que quem alonga
se concentra em cada parte do corpo trabalhada.
Mas é importante observar que ao executar um exercício de alongamento, o
mesmo não deve ser um ato mecânico, e sim um ato consciente, levando em
consideração o ser humano nos seus três aspectos: físico, mental e emocional.
Mas por que utilizar o alongamento?
A resposta está em que o alongamento diminui a tensão muscular, ativa a
circulação, reduz a ansiedade, o estresse e a fadiga, diminui o risco de lesões, ajuda
na hora do trabalho e desenvolve a consciência corporal. O alongamento pode ser
realizado no trabalho quando se sentir rígido ou cansado, antes e depois de fazer
uma caminhada, ao chegar a sua sala ou mesa, no início da tarde e também quando
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precisar se concentrar para dar o melhor de si. Para isto não há necessidade de
grandes esforços, equipamento ou roupa especial.
Como podemos verificar é de extrema importância incorporar os
alongamentos em nossa rotina. Mas o que se observa é que esta prática não
acontece, devido muitas vezes a falta de conhecimento de seus benefícios ou pelo
descaso pela pratica corporal influenciada pela necessidade premente do trabalho.
Tal falta de conhecimento ou mesmo descaso, não aconteceu por acaso, ele
é decorrente de sistemas ideológicos e políticos que nos dominam, frutos do espírito
mecanicista da modernidade. Infelizmente, este estilo de sistema, está baseado em
falsas premissas éticas e num profundo vazio, levando ao esfacelamento do
equilíbrio interno do homem.
Estamos percebendo atualmente, com mais nitidez, que o preço da
modernidade está se revelando alto demais. Mas deste caos, lentamente, vem
nascendo uma nova visão de mundo, que apresenta o homem não fragmentado.
Trata-se do sentido de unidade das coisas: homem e natureza, corpo e mente.
Surge a percepção de que não existe nada separado, tudo está unido.
Com o intuito de suprir tal carência, percebemos uma intensa busca por
trabalhos corporais alternativos que refletem as novas formas de cuidados com a
saúde, entre eles encontramos os exercícios de alongamento. Muitos desses
trabalhos, são de origem oriental como, o tai-chi-chuan e o yoga, porém também
podemos observar alguns trabalhos de origem ocidental como o Pilates e a ginástica
laboral.
Devido à reflexão que estamos fazendo a respeito de trabalhos corporais,
iniciaremos este estudo buscando primeiro compreender o que é o corpo na visão
oriental e o que é o corpo na visão ocidental. Em seguida, abordaremos um tipo
específico de trabalho corporal que é o alongamento e as formas como ele é
utilizado no Oriente e no Ocidente
2- O CORPO NA VISÃO DO OCIDENTE E DO ORIENTE
O corpo, na visão do Ocidente, foi visto sempre como algo fisiológico e
material. Pensamos no corpo como sendo o oposto da mente. Nesta visão, eles são
entidades distintas e hierarquizadas, em que a mente é superior ao corpo. Esta
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visão dualista é uma herança que vem desde Platão, ou seja, desde a filosofia
antiga (do século VI a.C. ao século VI d.C.) que abrangeu os grandes períodos da
filosofia grego-romana. Segundo este pensador, o conhecer tinha prioridade sobre a
ação, sendo que a ação esta subordinada ao conhecimento (PLATÃO, 1972).
Em sua obra Diálogos – Fédon, Platão escreve que Sócrates sustentava, uma
noção do corpo como uma coisa má: “durante todo o tempo em que tivermos o
corpo, e nossa alma tiver misturada com essa coisa má, jamais possuiremos
completamente o objeto de nossos desejos.”( PLATÃO, 1972, p.73)
Na visão dos gregos existiram então dois mundos: o mundo das idéias, ao
qual pertencia nossa mente; e o mundo sensível, o qual pertencia nosso corpo. Esta
visão dualista divide o homem em dois, corpo e mente, sendo que cada qual tem
suas funções, possuindo suas partes em um lugar especifico de existencialidade.
Apesar desta visão dualista, Platão admitia que a unidade corpo e mente, era
primordial para o alcance do bem. A mente deveria sempre estar à procura de
conhecimento e o corpo estar a procura da saúde e da perfeição. Mas apesar desta
colocação, Platão ainda estabelecia ser necessária a dualidade e a hierarquização;
o corpo é subordinado à mente.
Esta etapa da história é importante, pois todo o pensamento ocidental foi
condicionado por essa distinção entre mente e corpo.
Tal pensamento permeou toda a filosofia medieval, também conhecida como
escolástica, sob o domínio da Igreja Romana na Europa aparecendo também a
figura de Santo Agostinho e a própria filosofia cristã (Teologia).
A dualidade permanece fortemente, não só pela separação entre corpo
(matéria) e a alma (espírito) mas também a separação entre Deus (infinito) e o
homem (finito); razão e fé ( a primeira subordinada à segunda). O corpo, por ser
morada do espírito (mente) passou a ser tratado de maneira discreta, com respeito e
moderação.
Na filosofia moderna (século XVII e meados do século XVIII), conhecido como
o Grande Racionalismo Clássico, a questão começa na indagação de qual é a
capacidade humana de conhecer e demonstrar a verdade dos conhecimentos,
trazendo no foco o sujeito e o objeto do conhecimento.
O sujeito do conhecimento é o intelecto, que existe no interior de uma
substancia espiritual (a alma) completamente diferente de uma outra substancia
(corpórea).
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Pensadores desta época tais como Francis Bacon, Descartes, Galileu dentre
outros inauguram a idéia de que a realidade é racional pois pode ser explicada
matematicamente, nascendo a experimentação cientifica.
Especificamente para Descartes (1596-1650) o erro situa-se no conhecimento
sensível ( sensação, percepção, imaginação, memória e linguagem) de maneira que
o conhecimento verdadeiro é puramente intelectual, necessitando de um método
para atingi-lo.
Neste sentido, Damásio (1994) escreve que, através do pensamento
cartesiano o mundo somente seria alcançável pelo intelecto, pois o corpo seria
apenas uma matéria, um obstáculo que não compreende o mundo. Nesta visão, o
corpo e a mente são distintos, o corpo é a matéria bruta, uma máquina que a mente
(intelecto) utiliza para apreensão do mundo. Vemos se instaurar aqui uma postura
utilitarista e reducionista do corpo que permeia grande parte de nossos
pensamentos até os dias de hoje.
No entanto o pensamento cartesiano exerce até hoje, uma extrema influência
no modo de pensar ocidental, o que tem levado o homem a igualar sua identidade
somente à sua mente, ao invés de igualar ao seu todo.
O pensamento oriental não fala tão claramente em unidade do ser humano,
porque nunca se falou em dualidade, pois para eles existe uma interdependência
natural de todas as coisas.Para o oriente a unidade é algo natural, pois o ser
humano nunca foi dividido, nem o mundo foi caracterizado para ser apreendido. O
caminho para a apreensão da realidade foi bem diferente na sociedade oriental. Isto
porque, enquanto a sociedade ocidental esteve valorizando o conhecimento
racional,isto é, aquele conhecimento derivado da experiência com objetos e fatos
cotidiano, onde este conhecimento ocorre através de distinções intelectuais, como
discriminação, divisão, comparação e categorização, a sociedade oriental valorizava
o conhecimento intuitivo ou absoluto, isto é, onde o conhecimento é decorrente da
unidade entre todas as coisas.
Na visão Oriental o corpo e a mente têm importâncias iguais, para eles não
existem atividades menores, pois a evolução, isto é, o desenvolvimento pessoal
somente pode ser alcançado quando se consegue dar pesos iguais as duas
dimensões (corpo e mente), escreve Hanh(1992).
Podemos observar que enquanto Platão tem uma visão dualista, distinguindo
de forma estanque a oposição entre o corpo e a mente, o pensamento oriental fala
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da interrelação, da unidade entre todas as coisas, para eles o universo é uma rede
re relações.
Nesse sentido, o corpo e a mente são completamente interdependentes, inter relacionados, complementares. Nas palavras de Bohnm: “(...) os dois opostos podem ser, de início, tratados como independentes, mas você descobrirá que cada um deles é o princípio de movimento do outro” (BOHM apud WILBER, 1982, p. 191).
Nesta visão o conhecimento do corpo se confunde com o próprio
autoconhecimento, assim, as formas de trabalhos corporais estão voltadas para o
encontro de si mesmo de uma maneira inteira. Podemos observar isto através de
atividades como o Tai-chi-chuan e o Yoga, representativas desta cultura, que, que
abordaremos na seqüência, e que têm no alongamento a característica destas
manifestações.
3 - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ALONGAMENTO
O ato de alongar faz parte de nossa natureza, pois cada vez que sentimos a
necessidade de mudar de posição, respondemos a uma solicitação do nosso corpo.
Isto é instintivo, os músculos em extensão desejam contrair, e aqueles que se
encontram contraídos desejam alongar-se. Ao observarmos bebês e animais, ao
acordarem, instintivamente fazem o alongamento. Os animais o fazem sempre e o
ser humano com o passar co tempo, deixa de lado.
Para criar a necessidade de se alongar, é necessário que os benefícios sejam
sentidos. Achar um tempo para a realização dos exercícios de alongamento
somente será possível se houver: um conhecimento de si mesmo, um conhecimento
das diferentes técnicas de alongamento e conhecimento do porquê de se recorrer
aos exercícios de alongamento no nosso dia-a-dia.
Mas o que é alongamento afinal. Segundo Monteiro (2010, p.01)
“alongamento é o ato-meio de realizar um determinado exercício para melhorar a
amplitude de movimento articular”.
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Alter (1999) coloca que uma adaptação característica ao aumento da
flexibilidade é chamada de alongamento, a qual é o aumento da extensibilidade
muscular.
Para Alchour Junior (2006) o alongamento se caracteriza com os movimentos
amplos e com reduzida tensão muscular com o intuito de desenvolver a flexibilidade.
De acordo com Araújo (1999), o termo alongamento se aplica melhor a uma
forma de exercício físico, sendo que esses exercícios podem ocasionar deformações
elásticas ou plasticas no tecido.
Condon e Hunteou (1987) colocam que quando falamos de alongamento, nos
referimos aos exercícios que envolvem a aplicação de uma força para superar a
resistência do tecido conjuntivo sobre a articulação e aumentar a amplitude de
movimento.
Já Dantas (2005, p. 95) escreve que “o alongamento é a forma de trabalho
que visa à manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização dos
movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível.”
A prática destes exercícios é fundamental para o bom funcionamento do
corpo, proporcionando maior flexibilidade e agilidade. Quando feitos de maneira
correta e intencional os exercícios de alongamento trazem benefícios como: auxiliam
no desenvolvimento da consciência corporal; reduzem as tensões musculares;
relaxamento corporal; aumento da eficiência mecânica dos movimentos; tornam os
movimentos mais leves e soltos; previnem lesões; ativa a circulação; e melhora a
auto-estima.
Porém, para que tais benefícios sejam alcançados faz-se necessário, como
escreve Alves (2010) ter claro qual será o objetivo de cada exercício de
alongamento e conhecer as condições e necessidades de cada indivíduo.
Segundo Achour Júnior (1996) existem quatro tipos de alongamentos:
1. Alongamento passivo: feito com o auxílio de forças externas, como o
auxílio de outra pessoa ou de aparelhos;
2. Alongamento ativo: que é determinado pelo maior alcance do
movimento voluntário, utilizando-se a força dos músculos agonistas
e o relaxamento dos antagonistas;
3. Alongamento estático: aquele que os membros são movidos
lentamente, e mantêm o segmento muscular determinado pela
tensão muscular logo acima da amplitude do movimento habitual.
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4. Alongamento dinâmico: neste tipo de alongamento são utilizados
vários esforços musculares insistidos, na tentativa de maior alcance
do movimento.
Exercícios de alongamento bem orientados por profissionais de Educação
Física podem ser aplicados sem acompanhamento após aprendizagem da técnica,
seja no lar, seja nos períodos de pausa durante o trabalho, no entanto, a presença e
o acompanhamento profissional são fundamentais para o aperfeiçoamento dos
exercícios.
4 - ALONGAMENTO - UMA PONTE ENTRE ORIENTE E OCIDENTE
Atualmente, percebe-se uma intensa busca da sociedade ocidental por
trabalhos corporais alternativos que reflitam as diferentes formas de valorização da
subjetividade, de cuidados com a saúde e uma procura de respostas tanto corporais
como intelectuais para as inquietações e indagações do ser humano perante às
mudanças de atitudes, de pensamentos e de comportamentos sociais.
Esta busca tem mudado o foco do exercício físico, fazendo com que o mesmo
seja encarado de maneira diferente do qual foi visto durante muitos anos. Como
podemos observar, os exercícios de alongamento, devidamente coordenados
ganharam novos conceitos. A aquisição ou a manutenção da condição física do
indivíduo normal e/ou do atleta, modalidades competitivas e prevenção ou
tratamento de doenças passaram a ser os objetivos principais da pratica de desses
exercícios, coloca Souza (2010).
No entanto, existem outras formas de abordar essa temática, haja vista que a
cultura corporal está ligada à formação histórica do ser humano.
Se a ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o
acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido
exteriorizadas pela expressão corporal, consideramos pertinente, para este estudo,
trazer o conteúdo de ensino “alongamento”, na perspectiva da cultura oriental,
especificamente China e Índia, apontando as diferentes formas de ver o mundo, em
relação à cultura ocidental.
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Veremos a seguir, a tendência do oriente e ocidente, no que diz respeito ao
corpo e à utilização dos exercícios de alongamento.
A Cultura ocidental compreende os países da Europa ( por oposição à Ásia –
mundo oriental) e os que têm suas raízes históricas e culturais ligadas à Europa.
Nesta definição se incluem, além da Europa, também as Américas e a Oceania, e
em parte também a África do Sul.
O conceito de mundo ocidental está ligado as raízes da civilização Greco-
romana na Europa no fim do século III A.C., com seus desdobramentos históricos e
filosóficos desde os pré-socráticos até a filosofia contemporânea, de meados do
século XIX até os nossos dias.
A abordagem das questões corporais no ocidente como visto anteriormente, e
corrobado por Albuquerque (2001), expressa desde muito tempo, um dualismo
amplo e abrangente. Este dualismo implica, em uma hierarquização que confere
superioridade e que opõe mente e corpo; razão e emoção.
Quando se fala em corpo, Pinto e Jesus (2000) relatam que os ocidentais
estão condicionados a pensar no corpo como oposto da mente. Corpo e mente são
entidades distintas e hierarquizadas.
Podemos observar, então, que essas idéias fragmentadas, de que tudo deve
ser organizado, diferenciado, todas as coisas devem estar em seus devidos lugares
e que nenhuma estrutura deve ser misturada; deveriam trazer sentido e ordem,
mas, na verdade só trouxeram alienação, impondo comportamentos específicos e
com conseqüências profundas para o corpo, promovendo- como mero instrumento.
Neste sentido, resgatar o alongamento como algo natural do ser humano
significa compreende-lo como um elemento presente nas diferentes manifestações
da cultura corporal.
Para este trabalho, objetivamos abordar quatro manifestações que estão
sendo estudada na Educação Física Ocidental: o Pilates e a Ginástica Laboral, e
Oriental: o Tai Chi Chuan e o Yoga, cada qual com princípios diferenciados e
abordagens até mesmo antagônicas.
4.1- Manifestações Ocidentais
4.1.1- Pilates
Método criado por Joseph Hubertus Pilates, (ESPERANZA, 2005) em
decorrência de ter saúde fraca na infância e sua sede de conhecimentos, Pilates
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dedicou-se com empenho aos estudos de anatomia, biologia, física e outros que
pudessem subsidiar teu trabalho.
Segundo o relado de Herdman e Selby (2000) a determinação de Pilates era
tanta para melhorar sua condição física que se tornou um esportista apesar de sua
limitada condição física.
Em busca do objetivo de se tornar um boxeador profissional ele troca, em
1912, a Alemanha pela Inglaterra, porém devido a Primeira Guerra Mundial, por ser
de nacionalidade alemã as autoridades britânicas o confinaram. Para manter sua
aptidão física ele resolveu usar seus conhecimentos para desenvolver suas idéias
sobre saúde. E, de acordo com Herdman e Selby (2000) devido a seus
ensinamentos sobre estas técnicas que estava desenvolvendo, ele afirmava que
nenhuma pessoa que estava com ele, confinado, morreu com a epidemia de gripe
em 1918. Com o objetivo de melhorar a condição física dos soldados que estavam
feridos, Esperanza (2005) coloca que Pilates instalou molas nas camas para que
eles pudessem se exercitar, sendo que ali foi elaborada a sua idéia de criar alguns
aparelhos que dessem apoio a seu método de condicionamento físico. Porém,
segundo Gallagher e Kryzanowska (2000) foi somente nos anos 80 do século
passado que houve um reconhecimento internacional da técnica de Pilates.
Segundo Willians et all. (2005) Pilates é o método de ginástica que tem como
base o alongamento, usando o próprio peso do corpo e o abdômen como centro de
esforço.
Esperanza (2005), coloca que, por considerar o corpo e a mente como uma
unidade , o método Pilates é um programa de treinamento físico e mental.
Estes exercícios têm como objetivo alcançar o potencial de mudanças do
corpo humano, e estas mudanças, tem como meta alcançar um melhor
funcionamento do corpo, fortalecendo o centro de força, estrutura essa responsável
pelo reforço do resto do corpo.
Assim, o método Pilates tem como base os fundamentos anatômicos,
fisiológicos e cinesiológicos, e é compreendido em seis princípios, que serão
discutidos com base nas referências de Lange e colaboradores (2000),Latey (2001),
Craig, (2003), Muscolino e Cipriani (2004), Segal e colaboradores (2004)
Concentração: A atenção deve estar voltada para cada parte do corpo
durante todo o exercício, para que o movimento seja desenvolvido com maior
eficiência possível. Aqui nenhum movimento é ignorado e nenhuma parte do corpo
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não é importante. A atenção durante a realização do exercício é destacada para o
aprendizado motor, que é o grande objetivo da técnica.
Controle: O discernimento da atividade motora de agonistas primários numa
ação específica é definido aqui como controle do movimento, tendo a coordenação
como parte integrante da atividade motora de todo o corpo objetivando um
movimento padrão suave e harmônico. A preocupação com o controle de todos os
movimentos é importante para o aprimoramento da coordenação motora, evitando
contrações musculares inadequadas ou indesejáveis.
Precisão: é de fundamental importância na qualidade do movimento,
sobretudo, ao realinhamento postural do corpo. Consiste no refinamento do controle
e equilíbrio dos diferentes músculos envolvidos em um movimento.
Centramento: centro de força ou como Pilates chamou Powerhouse, é o ponto
focal para o controle corporal. Constitui-se pelas quatro camadas abdominais: o reto
do abdome, oblíquo interno e externo, transverso do abdome; eretores profundos da
espinha, extensores, flexores do quadril juntamente com os músculos que compõe o
períneo. Este centro de força forma uma estrutura de suporte, responsável pela
sustentação da coluna e órgãos internos. O fortalecimento desta musculatura
proporciona a estabilização do tronco e um alinhamento biomecânico com menor
gasto energético aos movimentos.
Respiração: Freqüentemente respiramos errado e usando apenas uma fração
da capacidade do pulmão, com o propósito de melhorar a capacidade pulmonar.
Pilates, em seu trabalho, enfatizava a respiração como o fator primordial no início do
movimento, fornecendo a organização do tronco pelo recrutamento dos músculos
estabilizadores profundos da coluna na sustentação pélvica e favorecendo o
relaxamento dos músculos inspiratórios e cervicais, (CRAIG ,2003). O ciclo
respiratório proposto pelo método ocorre na seguinte ordem cronológica: 1)
Inspiração torácica; 2) Expiração do tórax superior; 3) Expiração do tórax inferior e 4)
Expiração abdominal. Sendo que este ciclo deve ser sincronizado ocorrendo ao
mesmo tempo da ação muscular, o que favorecerá o incremento da ventilação
pulmonar, a melhora da oxigenação tecidual, conseqüentemente a captação de
produtos metabólicos associados à fadiga. (DALTRO E FERNANDES, 2004; CRAIG,
2003; GALLAGHER E KRYZANOWSKA, 2000).
Movimento Fluido: tipo de movimento que deve ser realizado de forma
controlada e contínua, deve exibir qualidade de fluidez e leveza, que absorvam os
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impactos do corpo com o solo e que usam da inércia, contribuindo para a
manutenção da saúde do corpo. Ao contrário, movimentos truncados, pesados, que
criam choques no solo, levam ao desperdício de energia, além de tornar os tecidos
propensos ao desgaste prematuro.
Mcmillan et all.(1998) colocam que a técnica de Pilates pode ser dividida em
exercícios realizados no solo e em aparelhos. Tanto os exercícios realizados no solo
quanto nos aparelhos eliminam a tensão excessiva dos músculos e compensações
de movimentos envolvendo uma larga variedade de movimentos, também
favorecendo o trabalho dos músculos estabilizadores. São realizados de uma forma
rítmica, controlada, associada à respiração e correção postural. Veremos a seguir
cada uma delas.
4.1.1.1 - Pilates com Aparelhos
De acordo com Mcmillan et all. (1998) as molas são que fornecem para os
equipamentos a intensidade dos exercícios, sendo classificadas através de cores
diferentes (preta, vermelha, verde, azul e amarela) em ordem decrescente de
intensidade. E além de oferecerem resistência nos treinamentos, muitas vezes são
usadas como assistência durante o movimento.
Os aparelhos abaixo descritos estão de acordo com Daltro e Fernandes
(2004):
Reformer: foi o primeiro equipamento construído por Pilates. Tem como
característica ser em forma de cama, sendo composto por um carrinho deslizante e
cinco molas (duas vermelhas nas extremidades, uma azul, verde e amarela no
meio), barra alta e baixa que podem ser utilizadas em dois níveis de alavanca, perto
(mais intenso) ou mais afastado (menos intenso), dos pés da cama; cordas que são
utilizadas com alças nos pés ou de mãos; acessórios (caixa longa, meia lua,
plataforma).
Cadillac: este aparelho possui duas barras de ferro fixas a um colchão, barra de
trapézio, dois pares de alça de tornozelo e coxa ajustável, duas barras móveis -uma
vertical e outra horizontal, e é utilizado para os exercícios aéreos.
Barrel: aparelho de degraus dispostos como em um espaldar com uma meia lua fixa
à frente.
Wall unit: é um aparelho de ferro fixo na parede e um colchão. Contém um par de
molas, alça de pés e de mãos, barra móvel, cinto de segurança e dez pares de
ganchos que quanto mais altos maior a intensidade impressa no exercício.
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Chair: este aparelho possui pedais separados para proporcionar trabalho assimétrico
simultâneo. Contendo dois apoios laterais de ferro, dois pares de molas, ganchos
para molas, dois pedais para movimento alternado e independente que quando fixo
por um bastão se transformam em um único pedal.
4.1.1.2 - Pilates no solo ou Mat Pilates
A diferença básica entre o Pilates com aparelhos e o solo, é que no primeiro
você conta com a ajuda das molas, da cama, das empunhaduras, cujos recursos
auxiliam a realizar certos movimentos. No Pilates Solo, você depende da força do
próprio corpo para realizá-los: o centro dos movimentos, no abdome e na coluna
lombar. Alguns exercícios se tornam mais pesados no Pilates Solo porque o
praticante não tem a ajuda do aparelho.
O Pilates feito no solo também traz benefícios diversos ao corpo e a saúde
em geral. O trabalho é progressivo, intenso, promove força, flexibilidade e equilíbrio.
Atualmente, utiliza-se de vários acessórios: colchonetes, physio-balls,
elásticos,pesos, halteres, caneleiras, rolos, borrachas, discos de rotação, bolas, flex-
ringo entre outros.
4.1.1.3 - Benefícios da Técnica de Pilates
Os Benefícios do trabalho com Pilates são vários, entre eles podemos citar:
por apresentar as atividades que levam em conta o correto alinhamento da coluna e
o desenvolvimento de cada músculo da região, este trabalho proporciona correção
postural, sua técnicas de respiração profunda permite uma maior oxigenação do
sangue, e assim o corpo passa a funcionar melhor ocasionando um aprimoramento
da capacidade cardiovascular e respiratória; os exercícios trabalham o alongamento,
a flexibilidade e aumentam a mobilidade das articulações; dá ênfase ao
fortalecimento do centro do corpo, na região da barriga, o abdome fica forte e
definido; aumenta o tônus muscular sem exageros, conseqüentemente protege os
ossos; melhora o condicionamento físico e mental, os exercícios exigem atenção e
concentração; a prática constante ajuda a diminuir a gordura do corpo e promove
relaxamento físico e mental.
4.1.2 - A Ginástica Laboral
Oliveira (2006) conceitua Ginástica Laboral como exercícios específicos de
alongamento, de coordenação motora, de fortalecimento muscular e de relaxamento,
que são realizados em diferentes departamentos ou setores de uma empresa, e tem
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como objetivo principal diminuir e prevenir os casos de Lesões por Esforço
Repetitivo (LER) ou Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT).
Outro conceito é dado por Martins (2001). Para o autor são exercícios
efetuados no próprio local de trabalho, com sessões de cinco, dez ou quinze
minutos, e tem os objetivos de diminuir o stress e prevenir as Lesões por Esforço
Repetitivo ou Doenças Osteomusclares Relacionadas ao Trabalho, através de
exercícios de alongamento e de relaxamento. Para Figueiredo e Alvão ( 2005) a
Ginástica Laboral é uma atividade física realizada durante a jornada de trabalho, que
utilizam exercícios para compensar os movimentos repetitivos .
Mendes e Leite (2008) definem Ginástica Laboral como sendo a atividade
física orientada, praticada durante o horário do expediente, visando benefícios
pessoais no trabalho. Tem como objetivo minimizar os impactos negativos oriundos
do sedentarismo na vida e na saúde o trabalhador. Consistem em exercícios de
alongamento, relaxamento muscular e flexibilidade das articulações.
Lima (2004) escreve que a Ginástica Laboral tem seus primeiros registros
feito em 1925, e que ela era praticada por operários poloneses que se exercitavam
com uma pausa adaptada a cada ocupação particular, sendo introduzida alguns
anos mais tarde na Rússia e na Holanda. Foi somente no início da década de 60
que ela foi praticada na Suécia, Bélgica, Alemanha e Japão, sendo que somente em
1968 adotada nos Estados Unidos.
Já Figueiredo e Alvão (2005) colocam que a Ginástica Laboral teve sua
origem no Japão no ano de 1928, e era aplicada, diariamente, em funcionários dos
correios. O hábito de sua prática foi difundido por todo Japão após a Segunda
Guerra Mundial.
No Brasil, foi em 1901 que sua prática teve as primeiras manifestações entre
trabalhadores, sendo que apenas em 1973 é que sua proposta inicial foi publicada.
Segundo o Caderno Técnico-Didático do SESI (2006), foi a Escola de
Educação Física da Federação dos Estabelecimentos de Ensino de Novo
Hamburgo/RS a pioneira em Ginástica Laboral, com o “Projeto Educação Física
Compensatória Recreação”.
A fábrica Fiat de Automóveis quem deu inicio ao “Programa de Ginástica na
Empresa” com fundamentos na Ginástica Laboral.
Segundo Pagliar (2002), a ginástica laboral propicia benefícios fisiológicos,
psicológicos e sociais :
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Fisiológicos - Provoca a sensação de disposição e bem estar para o trabalho;
combate e previne doenças profissionais como LER, sedentarismo, estresse,
depressão, ansiedade, melhora a flexibilidade, a coordenação e a resistência,
promovendo uma maior mobilidade e melhor postura; diminui as inflamações e
traumas; diminui a tensão muscular desnecessária e, diminui o esforço na execução
das tarefas diárias.
Psicológicos- trabalha com a auto-estima e conseqüentemente melhora a
auto-imagem.; contribui para a melhora a capacidade de atenção e concentração no
trabalho; desenvolve a consciência corporal e, combate tensões emocionais.
Sociais- tem o objetivo de favorecer o contato pessoal; favorecer o trabalho
em equipe promover a integração social.
A ginástica laboral pode ser realizada no início (preparatória), durante
(compensatória) e após o trabalho (relaxamento).
A Ginástica Laboral Preparatória é realizada no início da jornada de trabalho,
e tem como objetivo principal preparar o trabalhador aquecendo os grupos
musculares que serão solicitados nas suas tarefas e despertando-os para que se
sintam mais dispostos ao iniciar o trabalho.
Já a Ginástica Laboral Compensatória, é realizada durante a jornada de
trabalho. Tem como objetivo interromper a monotonia operacional, aproveitar as
pausas para executar exercícios específicos de compensação aos esforços
repetitivos, e às posturas inadequadas solicitadas nos postos operacionais.
Por fim temos a Ginástica Laboral de Relaxamento, que é realizada após o
expediente de trabalho. Tem como objetivo reduzir a tensão muscular criada pelas
atividades realizadas no trabalho, para que estes músculos não desenvolvam, aos
poucos, microlesões que irão acarretar em lesões maiores com o passar dos dias.
4. 2 - Manifestações Orientais
Quanto a visão oriental podemos dizer que a maneira como os orientais vêem
o mundo e o corpo está profundamente alicerçada nas tradições filosóficas e
religiosas existentes no oriente. Como já comentado anteriormente para os orientais
a unidade é algo natural.
A Cultura oriental abrange a região geográfica da Ásia e compreende
diferentes civilizações, entre elas a civilização chinesa e indiana. Apesar de o
16
ocidente ter sofrido influencia filosófica de vários países asiáticos, abordaremos
apenas a filosofia chinesa e a indiana.
A filosofia chinesa tradicional vê uma unidade entre o universo e o indivíduo,
sendo esta relação harmônica uma marca de toda esta filosofia. Neste país oriental
três crenças religiosas e filosóficas moldaram o pensamento e a cultura do seu povo,
tais como o Confucionismo, o Budismo e o Taoísmo. O Taoísmo é a única religião
iniciada na China e segundo a Wikipédia (2011), os taoístas acreditam que o homem
deve viver em harmonia com a natureza por meio do Tao, ou “O Caminho”, a idéia
de uma grande harmonia cósmica, idéia esta seguida pelo criador do Tai Chi Chuan.
O Taoísmo filosófico, que desenvolveu-se entre os séculos 5º e 3º a.C., tem
como fundamento de que tudo o que há é tao, no qual o ser e não ser, vida e morte,
são meramente aspectos de uma mesma realidade. ao enfatizar a conquista da
longevidade e imortalidade algumas técnicas foram desenvolvidas tais como os
exercícios respiratórios e a meditação(NOVA,1996).
Outra cultura que trouxe grandes contribuições para a cultura corporal foi a
indiana. Para esta filosofia a maior preocupação foi sempre a transformação, e não a
informação; uma mudança radical da natureza humana, e com isto uma renovação
na sua compreensão do mundo exterior e também de sua própria existência.
A filosofia indiana abrange os sistemas de pensamento originários da Índia,
referidos pelos termos sânscrito darshna(modo de ver) e anvikshiki (investigação).
Os pensamentos indianos estavam geralmente ligados a alguma tradição ou
escola filosófica de caráter religioso específico, de modo que sua filosofia era
marcada por uma relação muito próxima entre a análise argumentativa de várias
idéias tais como o conhecimento, a lógica, a linguagem e o mundo natural e, a
adoção de determinadas interpretações das doutrinas de liberação espiritual
contidas nas escrituras clássicas, divididas em seis escolas de pensamento(NOVA,
1996).
Este modo de pensar destas duas culturas trouxe uma união entre o corpo e a
mente, e ao promoverem esta unidade ( corpo, mente e natureza) do homem estas
culturas, através de suas práticas corporais, assumiram um papel terapêutico e
preventivo.
Levando em consideração este pensamento, veremos a seguir algumas
práticas orientais que trabalham com os exercícios de alongamento:
4. 2.1 - Tai Chi Chuan
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Segundo Lai (1991) é uma arte do movimento. É caracterizado pela execução
de movimentos realizados segundo os princípios da arte, em sequências que se
interligam de forma harmoniosa, fluida e contínua, que conferem aos praticantes um
estado de paz e de harmonia interior.
De acordo com o autor citado o Tai Chi Chuan surgiu no ano de 1200 d.C.
sendo sua origem atribuída ao monge Taoísta Chang San-feng que fundou um
templo na Montanha Wu-tang, para a prática do Taoísmo, visando o supremo
desenvolvimento da vida humana. Mestre Chang enfatizou a harmonia do Yin/Yang
como um meio de melhorar o desenvolvimento da mente e da habilidade física, a
meditação natural, bem como, a supremacia da leveza e flexibilidade sobre a força
bruta e a rigidez, desta forma, codificou os princípios circulares e não circulares.
Na época, o Tai Chi Chuan também foi criado com propósitos de combate,
como uma arte marcial para o desenvolvimento externo e interno. Mas com o passar
dos séculos esta função foi diminuindo e se colocou mais ênfase nos propósitos
relativos ao desenvolvimento da saúde. Tai Chi significa "o supremo". Isto significa
melhorar e progredir em direção ao ilimitado; significa a existência imensa e o
grande eterno, escreve Lai (1991)
De acordo a teoria do Tai Chi, as habilidades do corpo humano são capazes
de ser desenvolvidas além de seu potencial normalmente concebido. A civilização
pode evoluir aos mais altos níveis de aquisição. A criatividade não tem fronteiras de
qualquer tipo e a mente humana não deve ter restrições ou barreiras para
desenvolver suas capacidades.
Wu (2000) escreve que com o passar do tempo, foram desenvolvidas
diferentes escolas ou estilos de Tai Chi Chuan, na atualidade os principais estilos
são: Yang, Wu, Woo, Sun e Chen. Abordaremos a principio apenas o estilo Chen.
Segundo os ensinamentos de Wu (2006) o estilo Chen do Tai Chi Chuan é
uma sequência de movimentos suaves e lentos combinados com movimentos
rápidos e dinâmicos, realizados de uma forma equilibrada e natural. Podendo ser
praticado por todas as pessoas, independentemente da idade e nível de condição
física. Os movimentos podem ser executados de uma forma gentil e suave para fins
terapêuticos e de saúde ou de uma forma rápida e marcial para fins de defesa
pessoal.
O Tai Chi Chuan é uma modalidade de baixíssimo risco, desde que praticado
sob a orientação de um professor habilitado. O Tai Chi Chuan não requer um
18
equipamento especial e pode ser feito num local pequeno. A melhor forma de
aprender Tai Chi Chuan é através de um instrutor credenciado que o poderá orientar
ao longo do treino. Segundo o Centro de Tai Chi Chuan, Acupuntura e Cultura
Oriental (2011) muitas pesquisas comprovaram os benefícios das práticas do Tai
Chi Chuan, para a saúde das quais citaremos a realizada pelo Colégio Médico da
Universidade de Conel (EUA) sobre a influencia da prática do Tai CHi Chuan no
equilíbrio. Este estudo comprovou que dentre os exercícios de equilíbrio, os do Tai
Chi Chuan provou ser o de maior sucesso na redução de quedas. De acordo com
esta pesquisa para evitar os tombos, que se tornam mais freqüentes à medida que a
idade avança, uma sugestão é praticar Tai Chi Chuan, devido a seus movimentos
lentos e suaves.
Outra pesquisa realizada foi sobre a relação do Tai Chi Chuan com o Sistema
Cardiovascular e a Pressão Sangúinea, pesquisa esta feita pela Universidade Johns
Hopikins (EUA). Segundo esta pesquisa uma sessão de Tai Chi Chuan pode
beneficiar o coração tanto quanto uma boa caminhada. Foi comparada a pressão de
pacientes com o hábito de caminhar toda manhã com a de cardíacos que passaram
a praticar esta arte. Os dois times empataram em matéria de benefícios. Os
movimentos lentos podem baixar a pressão arterial muito elevada até ela ficar
normal.
No ano de 2000, a Universidade de Maryland de Medicina, fez um estudo com
pessoas que sofriam de fibromialgia, submetendo-as à sessões de um programa de
Tai Chi Chuan. Observou-se uma melhora significativa do estado de saúde das
pessoas envolvidas na pesquisa. A melhoria foi sustentada 4 meses após o fim da
intervenção.
Além destes benefícios podemos observar também: o fortalecimento do
corpo, pois movimenta simultaneamente todas as suas partes; torna a pessoa mais
ágil e leve, com movimentos suaves e calmos; propicia relaxamento; e melhora a
memória e o raciocínio.
4. 2.2 - Yoga
Brochier (2011) escreve que o Yoga geralmente é visto no Ocidente como um
conjunto de técnicas que podem ser utilizadas para o desenvolvimento da saúde
física,mental e psíquica da personalidade humana.
O Yoga tem como objetivo o autoconhecimento, que é desenvolvido através
de técnicas meditativas. Ele é o resultado do desenvolvimento de muitas épocas.
19
Sendo que suas origens mais primitivas estão perdidas na obscuridade da história
antiga. Brochier (2011, p.01) escreve que:
Existem provas decisivas de que o yoga não é apenas um produto do último período das Upanishad, mas remonta ao Rgveda. De acordo com os estudiosos contemporâneos, entre os quais o proeminente professor Mircea Eliade, traços de uma antiga forma de yoga podem ser percebidos já na civilização do Indu, que floresceu nos segundo e terceiro milênios anteriores à Era cristã. [...]. Através de estudos sabemos que Patanjali, que viveu 200 anos antes de cristo, é chamado de pai do yoga, por ter primeiro a escrever o que antes era passado oralmente de mestre, guru, a discípulo, cheia. Foi ele quem editou os aforismos do yoga, que constituem o manual do Raja yoga.
Ainda segundo Brochir (2011) o Yoga é uma antiga filosofia de vida que se
originou na Índia há mais de 6.000 anos, sendo que o mais preciso de todos os tipos
de Yoga, historicamente falando, é o sistema clássico de Patanjali, que constitui uma
espécie de síntese, integrando tudo numa unidade orgânica.
Bossle (2006) escreve que a palavra Yoga é derivada da raiz sânscrita “yuj”,
que significa união, junção, comunhão, integração. Busca a união entre o homem e
o universo. Ainda de acordo com o autor, as doutrinas do Yoga coincidem com as do
sistema samkhia, mas com tônica teísta e, consistem essencialmente na descrição
graduais de exercícios para obter a perfeita libertação da alma.
Há diferentes tipos de Yoga coloca Bossle(2006), sendo que historicamente o
mais significativo é o Sistema Clássico Patânjali, também conhecido como Yoga
Darshana ou Raja Yoga. Existem inúmeros outros tipos de Yoga, sendo que no
Ocidente o mais praticado é o Hatha Yoga.
Fiqueiredo (2011, s/p) coloca que
Há diferentes tipos de Yoga que se adaptam a diferentes tipos de personalidade. Historicamente, o mais significativo ramo do Yoga é o Sistema Clássico de Patânjali, também chamado Raja Yoga ou Yoga Darshana. Existem inúmeros outros tipos de Yoga, muitos deles não-sistemáticos, geralmente misturados com conceitos populares. O tipo de Yoga atualmente mais praticado no Ocidente é o Hatha Yoga.
Os ramos Clássicos do Yoga ou o Yoga Tradicional são divididos em vias,
como podemos ver a seguir:
Hatha Yoga: via do aperfeiçoamento do corpo psico-físico; Raja Yoga: a via do domínio amplo da mente; Karma Yoga: a via da ação desapegada, para o prático; Bhakti Yoga: a via da devoção, amor autruísta, para os religiosos; Jnana Yoga: a via do conhecimento, para o intelectual; Tantra Yoga: a via do controle das energias sutis, sexuais, para a realização do conhecimento puro; Mantra Yoga: a via do controle da mente pelo domínio dos sons (interiores e exteriores).
20
Nos outros ramos do Yoga temos: Yantra Yoga: que tem o objetivo de estudar
as formas geométricas e símbolos; a yoga terapêutica ou Yoga Criktsa entre outras.
Ramos(2011) escreve que podemos encontrar narrações sobre o Yoga desde
os povos arianos, cuja linguagem era o sânscrito, porém qual foi a origem do Yoga
dentro de nossa história tradicional, é ainda um mistério.
Para este autor (2011,s/p) “ segundo as tradições, o Yoga se desenvolveu à
partir das observações dos movimentos existentes na própria natureza, dos gestos
dos animais, das sensações dos vegetais, dos sons da natureza, da força das
montanhas e da energia transformadora do Sol.”
De acordo com pesquisas o Yoga surgiu em torno de 50.000 anos A.C.,
sendo seus ensinamentos fundamentais, passados de geração a geração através da
linguagem oral. E por volta de 300 A.C. o pesquisador conhecido como Pantajali,
codificou o Yoga , desenvolvendo assim um sistema didático para a prática e o
estudo dessa ciência, o Yoga Sutras.
Neste sistema didático, Pantajali expôs, segundo Figueiredo (2011, s/p) “”um
pensamento dualista no qual a matéria(prakriti) e o espírito (purusha) são unidades
separadas e distintas, diferindo, portanto, das escolas não dualistas. Essa escola de
pensamento é conhecida como Yoga Darshama ou Raja Yoga.”
São considerados elementos do Yoga, de acordo com Figueiredo (2011):
a) Iama - controle ou disciplina, e está relacionada à ética moral que forma a
base da disciplina espiritual. São cinco iamas.
O primeiro é o “não violência” (ahimsa) em pensamentos ações. A “veracidade” (satya) é o segundo, e se relaciona com a verdade interior. O terceiro é “não roubar” (asteya), e de alguma forma está ligado à não violência. O quarto iama é “castidade” (brahmacharya), e aborda o recolhimento interrior. O último é “ausência” de cobiça” (aparigraha) que desenvolve o desapego dos bens materiais.” ( Figueiredo, 2011, s/p)
b) Niama - relacionado com o controle da energia psicofísica pela prática
regular da disciplina moral. Segundo Figueiredo (2011, s/p) “seus elementos
falam da vida interior: pureza (shauca), contentamento (samtosha), ascetismo
(tapas), estudo (svâdhayâya) e devoção ao Senhor (ishvara pranidhâna)”. A
harmonia de relacionamento com as outras pessoas, com a vida em geral e com
a realidade transcendental é desenvolvida pelo niama.
21
c) Ássanas – “postura", isto é, através de posições estáveis, podemos fazer
meditações prolongadas. Estes exercícios posturais fortalecem o corpo, dando a
ele mais agilidade e prevenindo principalmente doenças psicossomáticas.
Segundo Figueiredo (2011, s/p) “desenvolve uma musculatura mais flexível,
tendões e ossos mais resistentes, o equilíbrio de glândulas internas”. O respeito
ao alinhamento das cadeias musculares é a base para a realização dos
exercícios, proporcionando consciência do próprio corpo.
d) Pranaiama - controle da respiração. Neste elemento os exercícios
respiratórios visam reeducar os músculos envolvidos na respiração, com o
objetivo de ampliar e melhorar a absorção do oxigênio. Eles atuam nas emoções
produzindo equilíbrio interior. Para os praticantes do Yoga a respiração
representa a energia vital mais sutil do corpo, assim reter o ar é como se
tivéssemos a capacidade de segurar o tempo, impedindo sua movimentação.
e) Pratiaara - significa recolhimento e se relaciona com os sentidos. Quando
praticamos o Yoga, ocorre recolhimento dos sentidos, com o objetivo de se
observar apenas as experiências, sem que o ego interfira no julgamento. De
acordo com os ensinamentos do Yoga o "não julgar" é que gera o aprendizado,
pois ao recolher os sentidos a percepção do mundo interior é maior, escreve
Figueiredo (2011).
f) Daraná - "concentração". Estado de atenção que integra todo o ser num único
ponto e objetivo. Sua prática é importante para o processo de meditação.
g) Meditação- A meditação não é simplesmente uma questão de se sentar em
uma postura específica ou de respirar de um modo específico, é aprender a
esvaziar e unificar sistematicamente a consciência. Através da meditação
podemos nos compreender melhor, pois estamos sempre preocupados em
conhecer o que está à nossa volta, e nos empenhamos pouco em conhecer o
que está dentro de nós.
h) Samádi - "êxtase" estado de identidade com o momento presente, sem
ligação com o passado ou futuro escreve Figueiredo (2011). E ele ocorre
quando existe concentração suficiente.
Os benefícios que a prática do Yoga proporciona são inúmeros, entre eles
citamos: os músculos do corpo são tonificados, os órgãos internos massageados, o
funcionamento das glândulas é equilibrado, os problemas respiratórios, digestivos e
de coluna são revertidos ou evitados e a disposição, o bem-estar, o humor e a
22
concentração são significativamente melhorados. A prática da Yoga é uma atividade
que, sem estressar ou forçar músculos, ossos e articulações, rejuvenesce e equilibra
o corpo, e essa restauração do corpo livra a mente dos desequilíbrios causados pelo
agito da vida moderna, trazendo-a de volta à simplicidade e à paz.
A seguir daremos algumas dicas para praticar a meditação, segundo
Figueiredo (2011, s/p) :
1ª- Escolha um lugar tranqüilo onde você possa sentar de forma confortável e com a coluna ereta. Pode ser numa cadeira ou no chão, com as pernas cruzadas.2ª- Use roupas que não apertem nem incomodem.3ª- Evite meditar quando estiver com sono ou muito cansado. Um bom horário para meditar é pela manhã, quando estamos mais descansados.4ª-Comece com dez minutos diários. Use um despertador para marcar o tempo.5ª- Não se mova enquanto estiver meditando, pois o corpo é como um pote e a mente é a água dentro dele.6ª- A atenção deve estar voltada para o objeto da meditação (a respiração, um símbolo, etc.), sem que isso necessite de grande esforço.7ª- Caso você disperse sua atenção, reinicie o processo.8ª- Qualquer coisa que ocorra será benéfico. Provavelmente, muitos pensamentos desfilarão por sua mente, e alguns poderão provocar reações como vontade de rir ou chorar. Mesmo assim, continue sentado e volte sua atenção para o objeto da meditação.
Como podemos ver, estamos vivendo uma era de mudanças, como coloca
Karl Pribam: “creio que estamos no meio de uma mudança de paradigma que
abarca toda a ciência” (PRIBAM apud WILBER, 1982, p.13).
Esta visão holística está levando o homem a revisar e revisitar muitos
conceitos, e tais revisões estão levando-o a perceber como é irreal a separação
entre mundo e ser humano, entre razão e sentimento, e entre outros tantos
dualismos que nossa sociedade firmou.
Este novo paradigma é capaz de integrar dicotomias profundas entre elas a
do corpo-mente, sugerindo que olhemos ambos como complementares e não mais
dualistas. Ao que parece estamos trilhando o caminho da unidade, onde a ciência
aborda temas até então de domínio da religião, é o ocidente se alimentando do
conhecimento do oriente, o corpo encontrando a mente.
Nesta visão o conhecimento do corpo se confunde com o próprio auto-
conhecimento, surgindo neste momento as diferentes formas de cuidados com o
corpo. Esta nova forma de cuidado com o corpo pode representar uma
reconciliação com a natureza e conosco mesmo.
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Dentro deste contexto podemos compreender a busca do homem moderno
por esses trabalhos corporais acima estudados.
5 - PROPOSTA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
A seguir faremos algumas propostas para facilitar o trabalho de professores
e alunos sobre esse assunto.
a) Sugestões para pesquisa em:
= sites
Ginástica Laboral
- todaperfeita.com.br/ ginástica-laboral-exercícios.
- ginasticalaboral.chakalat.net
- www.confef.org.br/revistasweb/n13/02_GINASTICA_LABORA.pdf
- www.furb.br/especiais/interna.php?secao=56
Pilates
- www.abpilates.com.br/site/default.asp
- www.revistapilates.com.br
- www.pilates.rpg.com
Tai-chi-chuan
- www.sbtcc.org.br
-taichichuannatal.blogspot.com
- www.taoismo.org.br
- www.taichichuan.com.br/arqdoc/teoriataichi.pdf
Yoga
- www.espiritualismo.hostmach.com.br/yoga.htm
- fitness.kazu lo.pt/2874/yoga:-posturas-iniciais.html
- PT.scribd.com/doc/492213/o-yoga-atraves-da-hitoria
= Revistas
Pilates
MORETTI,F. Alongamento – Pilates. São Paulo: Nova Sampa Diretriz Editora
Ltda. a.1, 2011.
Yoga
MOURA, V. O grande livro de Yoga. São Paulo: On line Editora,a.1,v.1, 2011.
24
b) Dividir em grupos, cada um terá a responsabilidade de pesquisar sobre a
história e tipos de exercícios de uma das quatro atividades propostas pela
pesquisa e depois socializar com o grande grupo (sala).
c) Pesquisar as diferentes culturas que estão sendo referidas no trabalho.
d) Após a pesquisa cada grupo deverá desenvolver com o grande grupo (sala) o
trabalho corporal da qual foi responsável.
e) Expor com cartazes, faixas os trabalhos desenvolvidos.
6 - REFERÊNCIAS
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