estudos do evangelho "caridade com os criminosos"
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Estudos do EvangelhoO Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires
Leonardo Pereira
“Capitulo 11 – Amar o próximo como a ti mesmo- Instruções dos Espíritos lV”
Caridade Com Os Criminosos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Isabel Filipa Maria Helena de França (Élisabeth Philippine Marie Hélène de França
(em francês)).
dita Madame Élisabeth, nascida em Versalhes, em 3 de Maio de 1764 e
guilhotinada em Paris, em 10 de Maio de 1794, era irmã do Rei Luís XVI da França.
Sob o Terror, compareceu frente ao Tribunal Revolucionário e foi condenada
à morte.
Aos criminosos condenados e submetidos a um devido processo legal
aplica-se uma sanção criminal, uma pena (privativa de liberdade, restritiva de
direitos, multa).
A punição aplicada a um criminoso pode ser de caráter corretivo, com a intenção
de reeducar o indivíduo para que não volte a cometer delito, ou de caráter
exemplar, com a intenção de desincentivar outras pessoas a cometerem atos semelhantes.
Aquele que ajuda um criminoso a cometer um crime é considerado
também um criminoso, partícipe ou coautor, enquanto aquele que por
omissão permite que um crime aconteça quando poderia ou deveria ter impedido
geralmente é considerado cúmplice.
O crime do colarinho branco, no campo da criminologia, foi definido inicialmente pelo criminalista norte-americano Edwin
Sutherland como sendo "um crime cometido por uma pessoa respeitável, e de alta posição (status) social, no exercício de
suas ocupações".
No Brasil esse termo define o ato delituoso cometido por uma pessoa de
elevada respeitabilidade e posição socioeconômicos e, muitas vezes,
representa um abuso de confiança. Em geral, é cometido sem violência, em situações comerciais, com considerável
ganho financeiro.
Duas características são marcantes nos chamados "crimes do colarinho branco":
A privilegiada posição social do autor e a estreita relação da atividade criminosa
com sua profissão. .
Entre os verdadeiros discípulos da sua doutrina deve reinar perfeita
fraternidade. Devem amar os infelizes, os criminosos, como criaturas de Deus,
para as quais, desde que se arrependam, serão concedidos o
perdão e a misericórdia, como para vós mesmos, pelas faltas que cometeis
contra a sua lei.
Pensai que sois mais repreensíveis, mais culpados que aqueles aos quais recusais o perdão e a comiseração,
porque eles quase sempre não conhecem a Deus, como o conheceis,
e lhes será pedido menos do que a vós.
Não julgueis, oh! Não julgueis, meus queridos amigos, porque o juízo com que julgardes vos será
aplicado ainda mais severamente, e tendes necessidade de
indulgência para os pecados que cometeis sem cessar.
Não sabeis que há muitas ações que são crimes aos olhos do Deus de pureza, mas que o mundo não
considera sequer como faltas leves?
O crime e o criminoso tem origem na vida social?
Por exemplo: miséria ou pobreza?
Ou nas facilidades para cometer o crime?
A ocasião faz o ladrão?
Na edição de 6 de novembro de 2013 (edição 2346 - ano 46 - nº45), a Revista Veja veiculou uma entrevista com o
psicólogo e professor Stanton Samenow. Segundo a matéria, ele passou os últimos 43 anos lidando com
criminosos, a fim de entender qual o raciocínio por trás dos delitos, como cada um enxergava seus atos e lidava com as consequências. O psicólogo publicou dois livros,
na década de 70, que tratam de como pensam assaltantes, assassinos e psicopatas. Esses livros são
considerados marcos para a criminologia. Samenow, que já foi consultor do FBI, continua a prestar assessoria a
tribunais americanos.
COMO PENSAM OS CRIMINOSOS?
Em quatro décadas entrevistando bandidos, o psicólogo concluiu que a
decisão de cometer crimes pouco tem a ver com a pobreza e as condições de
vida em que eles se encontram
O senhor diz que o comportamento criminosos é uma escolha. Por quê?
Não é uma escolha apenas, é uma série de escolhas. Para quem opta pelo crime como caminho de vida, essas escolhas começam a ser feitas bem cedo, quase
sempre.
Mais um exemplo: crianças pequenas pegam os brinquedos umas das outras,
batem-se e beliscam-se, mas aprendem, normalmente até os 5 anos de idade,
que machucar os outros é errado. Número 1, porque não querem ser machucadas também. Número 2,
porque serão punidas se forem pegas fazendo o que sabem ser errado.
E número 3, e o mais importante, porque desenvolvem uma sensibilidade
em relação ao sofrimento das outras
pessoas. Já o futuro criminoso sente prazer em machucar os outros, e não só fisicamente.
Coisas que qualquer um pode fazer, ainda mais quando se é novo e não se sabe distinguir o certo do errado, os
criminosos continuam a fazer durante toda a vida. Eles simplesmente não
incorporam o que se tenta ensinar-lhes. Para eles, "ser alguém" é ser o centro
das atenções. É a vida como estrada de mão única - e o único sentido possível é
o deles.
O senhor diz que uma das características da mente criminosa é a incapacidade de se colocar no lugar do
outro. Como isso resulta em crime?
Essa incapacidade é uma das características da mente criminosa, mas o que resulta no cometimento do delito
é um conjunto delas.
Essa incapacidade é uma das características da mente criminosa, mas o que resulta no cometimento do delito é um conjunto delas. Em primeiro lugar,
o criminoso se enxerga como alguém com um poder total sobre os outros. Por isso, é hipersensível a qualquer
coisa que arranhe sua imagem.
Se alguém falar conosco num certo tom arrogante, por exemplo, provavelmente não vamos dar muita importância. Mas
para o criminoso, isso significa que a pessoa o afrontou. E ele vai provar que
isso não se faz.
É um script que se repete: o assaltante entra numa loja com uma arma. O vendedor faz um movimento brusco e ele atira. Pego, diz que a culpa é do morto: Ele se mexeu, achei que ia sacar a uma arma”.
Persiste uma crença de que o crime é reflexo da ausência de oportunidades, um produto do meio. Qual sua opinião
sobre isso?
Muitos criminologistas e sociólogos discordam, mas ao longo dessas quatro décadas de entrevistas com criminosos cheguei à conclusão de que o ambiente
tem uma influência relativamente pequena sobre o crime.
em lugares muito pobres, com a presença de gangues e alto índice de criminalidade, há mais tentações e pressões, sem dúvida. Se armas e drogas estão ao alcance da mão,
cometer delitos é mais fácil. Nos lugares em que a presença do Estado e da
polícia é quase inexistente, é claro que a sensação de que se pode cometer um crime sem ser punido também é mais
forte.
Mas não podemos dizer que a maioria dos pobres se torna criminosa, isso não é verdade. O que podemos dizer é que todo criminosos - não importa se rico
ou pobre, negro ou branco, educado ou analfabeto - tem uma forma
semelhante de pensar.
Suécia fecha 4 prisões e prova: a questão é social.
Penas alternativas e investimento na ressocialização de detentos derrubaram
a população carcerária e levaram ao fechamento de 4 prisões no país
nórdico.
O jornal inglês The Guardian informou em sua edição de ontem que 4 prisões e um centro de detenção foram fechados na Suécia, pela Justiça daquele país, por falta de prisioneiros.
fontes ouvidas pelo jornal inglês acreditam que a queda do número de presos tem os seguintes motivos: 1)
investimentos na reabilitação de presos, ajudando-os a ser reinseridos na
sociedade; 2) penas mais leves para delitos relacionados às drogas e 3)
adoção de penas alternativas (como liberdade vigiada) em alguns casos.
Com uma política semelhante, a superpopulação carcerária no Brasil e em outros países poderia ser bastante
atenuada. O exemplo sueco deixa claro, mais uma vez, que a questão da
criminalidade é, sim, social. Ninguém nasce malvado, não existe o que
popularmente é chamado de sangue ruim.
O jornal inglês The Guardian informou em sua edição de ontem que 4 prisões e um centro de detenção foram fechados na Suécia, pela Justiça daquele país, por falta de prisioneiros.
Robin Casarjian, psicoterapeuta americana, em seu livro, “O Livro do Perdão”; nos faz ver que na grande
maioria das vezes o agressor está, por trás de toda a violência, pedindo
socorro!
Fica difícil entender e compreender como uma criatura que comete
atrocidades com outra pessoa pode estar pedindo socorro.
André Luiz, Evolução em dois mundos, 11ª ed., Rio de Janeiro-RJ: Federação Espírita Brasileira, 1989, p. 210-211.
“[...] ninguém recebe do Plano Superior, diz André Luiz, a
determinação de ser madraço ou delinquente, com passagem
justificada no latrocínio ou na dipsomania, no meretrício ou na ociosidade, no homicídio ou no
suicídio.
André Luiz, Evolução em dois mundos, 11ª ed., Rio de Janeiro-RJ: Federação Espírita Brasileira, 1989, p. 210-211.
Padecemos, sim, nesse ou naquele setor da vida [...] o impulso de enveredar por esse ou aquele caminho menos digno, mas isso constitui a influência de nosso
passado em nós, instilando-nos a tentação, originariamente toda nossa,
de tornar a ser o que já fomos, em contraposição ao que devemos ser.”
— Ele tem a liberdade de agir, desde que lenha a vontade de o fazer. Nas primeiras fases da vida, a liberdade é quase nula;
ela se desenvolve e muda de objeto com as faculdades. Estando os pensamentos
da criança em relação com as necessidades da sua idade, ela aplica o seu livre-arbítrio às coisas que lhe são
necessárias
As predisposições instintivas que o homem traz ao nascer
não são um obstáculo ao exercício de seu livre-arbítrio?
Em . LE. 845.
— As predisposições instintivas são as do Espírito antes da sua encarnação;
conforme for ele mais ou menos adiantado, elas podem impeli-lo a atos
repreensíveis, no que ele será secundado por Espíritos que
simpatizem com essas disposições; mas não há arrastamento irresistível, quando se tem a vontade de resistir. Lembrai-vos
de que querer é poder.
A maioria dos crimes estão relacionados ao poder, desejo de posse, ambição desmedida e ausência de empatia.
Orgulho, Egoísmo e vaidade!
— Sim, mas o homem é insaciável. A Natureza traçou limites de suas
necessidades na sua organização, mas os vícios alteraram a sua constituição e
criaram para ele necessidades artificiais.
Que pensar dos que açambarcam os bens da Terra
para se proporcionarem o supérfluo, em prejuízo dos que não têm sequer o necessário?
Em . LE. 717.
A verdadeira caridade não consiste apenas na esmola que dais, nem
mesmo nas palavras de consolação com que as acompanhais. Não , não
é isso apenas que Deus exige de vós! A caridade sublime, ensinada
por Jesus, consiste também na benevolência constante, e em todas
as coisas, para com o vosso próximo.
Aproximam-se os tempos, ainda uma vez vos digo, em que a grande
fraternidade reinará sobre o globo. Será a lei de Cristo a que regerá os homens: somente ela será freio e
esperança, e conduzirá as almas às moradas dos bem-aventurados.
Amai-vos, pois, como os filhos de um mesmo pai; não façais diferenças
entre vós e os infelizes, porque Deus deseja que todos sejam iguais; não
desprezeis a ninguém.
Brevemente, quando os homens forem levados à prática das
verdadeiras leis de Deus, esses ensinamentos não serão mais
necessários, e todos os Espíritos impuros serão dispersados pelos
mundos inferiores, de acordo com as suas tendências.
Deveis a esses de que vos falo o socorro de vossas preces: eis a
verdadeira caridade. Não deveis dizer de um criminoso: “É um miserável;
deve ser extirpado da Terra; a morte que se lhe inflige é muito branda para uma criatura dessa espécie”. Não, não
é assim que deveis falar! Pensai no vosso modelo, que é Jesus
Que diria ele, se visse esse infeliz ao seu lado? Havia de lastimá-lo,
considerá-lo como um doente muito necessitado, e lhe estenderia a mão.
Não podeis, na verdade, fazer o mesmo, mas pelo menos podeis orar por ele, dar-lhe assistência espiritual durante os instantes que ainda deve
permanecer na Terra.
O arrependimento pode tocar-lhe o coração, se orardes com fé. É vosso próximo, como o melhor dentre os homens. Sua alma,
transviada e revoltada, foi criada, como a vossa, para se aperfeiçoar. Ajudai-o, pois, a sair do lamaçal, e
orai por ele.
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“Cada problema que te procura é semelhante ao
trabalho de análise dirigida, como a radiografar-te certas
zonas do ser, de modo a verificar lhe o equilíbrio.”
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“A Lei estabelece, porém, que as provas e as penas se reduzam, ou se extingam, sempre que o
aprendiz do progresso ou o devedor da justiça se consagre às tarefas do bem, aceitando, espontaneamente, o favor de
servir e o privilégio de trabalhar” Emmanuel
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Um causo!Com Emmanuel e Chico
Xavier!
PEDRO LEOPOLDO, W 20 (Especial para O GLOBO, por Clementino de Alencar)
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— Entre as pessoas que vieram de Sete Lagoas para assistir à última
sessão espírita na CASA DE JOSÉ
CÂNDIDO, estava, conforme dissemos em correspondência
anterior, o senhor Geraldo Bhering, que advoga naquela cidade.
PEDRO LEOPOLDO, W 20 (Especial para O GLOBO, por Clementino de Alencar)
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— “Na primeira proposição, a sociedade é representada pelo Estado
ou pelo conjunto das leis jurídicas personalizado na sua autoridade e,
assim como o Estado provê a necessidade de quantos requerem a
sua assistência prestada sem exigências de remuneração, tem o direito de punir
o delinquente que lesou, com o seu crime, a segurança social, importando a
pena no valor do prejuízo causado.
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Nunca deve punir com a morte, mas examinando atenciosamente as
condições fisiológicas e psicológicas do criminoso, e considerando, ao
exarar a sua sentença condenatória, que as aplicações do castigo
constituem o problema relevante, por excelência, da criminologia.”
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A segunda e a terceira pergunta foram respondidas em conjunto. — A sociedade tem o direito de
punir ou apenas o de se defender?
— A sociedade deve castigar o delinquente?
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“Considerando o direito dentro de todas as suas características e precisando conciliá-lo com o
Evangelho, somos de opinião que o Estado ou a sociedade deve defender-
se mais e punir menos.A educação deve ser difundida em
todas as suas modalidades, e as
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prisões, as penitenciárias, devem representar escolas, hospitais e oficinas,
onde o delinquente, apesar de se conhecer coagido em sua liberdade,
reconheça o seu direito de cidadão, digno da educação que ainda não tem e do
trabalho, segundo as suas possibilidades individuais. A escola, a instrução e a
assistência significam um fator preponderante na intangibilidade do
Estado.
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“A sociedade pode, pois, castigar o delinquente, regenerando-o,
beneficiando-o, buscando reintegrá-lo no respeito e na consideração de si
mesmo.”
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A última proposição é de todas a mais transcendente e encerra um problema que tem ensandecido muitos cérebros. É que ela se enquadra na questão das
provas e das expiações de cada indivíduo, a qual, por enquanto, é
desconhecida pelas ciências jurídicas e está afeta ao Plano espiritual.
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“Admitindo algo da nova escola penal inaugurada por LOMBROSO, não aceitamos a existência do criminoso nato. Atendendo-se a circunstâncias oriundas da educação e
do meio ambiente, o criminoso age com pleno uso do seu livre-arbítrio. Sobre
todos os atos da sua vida deve o homem observar o império da sua vontade e é pela educação desta que chegamos ao
equilíbrio das coletividades.
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Indubitavelmente, devemos considerar as exceções nos casos de loucura “sine
materia” [sem matéria (não importa)], ou obsessões, segundo a verdade espírita,
acima de qualquer juízo da justiça humana; mas as exceções não inutilizam
as regras e insistimos na educação da vontade de cada um e na responsabilidade
dela decorrente, única maneira de se conceber a Justiça Suma, que é a Justiça
de Deus.”
15 – Um homem está em perigo de morte. Para salvá-lo, deve expor a própria vida. Mas sabe-se que é um malvado, e que, se escapar poderá cometer novos crimes.
Deve-se, apesar disso, arriscar-se para o salvar?
Esta é uma questão bastante grave, e que pode naturalmente apresentar-se ao espírito. Responderei segundo o meu adiantamento moral, desde que se trata de saber se devemos
expor a vida, mesmo por um malfeitor.
A abnegação é cega. Socorre-se a um inimigo; deve-se socorrer também a
um inimigo da sociedade, numa palavra, a um malfeitor.
Credes que é somente à morte que se vai arrebatar esse desgraçado? É
talvez a toda a sua vida passada. Porque, pensai nisso, – nesses
rápidos instantes que lhe arrebatam os últimos momentos da vida, o
homem perdido se volta para a sua vida passada, ou melhor, ela se ergue
diante dele.
A morte, talvez, chegue muito cedo para ele. A reencarnação poderá ser terrível. Lançai-vos, pois, homens!
Vós, que a ciência espírita esclareceu, lançai-vos, arrancai-o ao perigo! E
então, esse homem, que teria morrido injuriando-vos, talvez se
atire nos vossos braços.
Entretanto, não deveis perguntar se ele o fará ou não, mas correr em seu socorro, pois, salvando-o, obedeceis
a essa voz do coração que vos diz: “Podeis salvá-lo; salvai-o!”
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PENA DE MORTE
EMMANUEL(Do livro "Religião dos Espíritos, 50, FCXavier, FEB)Reunião pública de 10/7/59 Questão nº 760
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Cristãos de todas as interpretações do Evangelho e de todos os quadrantes do
mundo, atentos à exemplificação do Eterno Benfeitor, apartai o criminoso do crime, como aprendestes a separar o
enfermo da enfermidade!...
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Todos os fundadores das
grandes instituições religiosas, que ainda hoje influenciam ativamente a comunidade
humana, partiram da Terra com a segurança do trabalhador ao
fim do dia.
Sidarta, o iluminado construtor do Budismo, depois de
abençoada peregrinação entre os homens, abandona o corpo
físico, num horto florido de Kuçinagara.
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Confúcio, o sábio que plasmou todo um sistema de princípios
morais para a vida chinesa, encontra a morte num leito
pacífico, sob a vigilância de um neto afetuoso.
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E, mais tarde, Maomé, o criador do Islamismo, que consentiu em ser adorado
pelos discípulos, na categoria de imortal, sucumbe em Medina, dentro de sólida
madureza, atacado pela febre maligna.
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O divino fundador do Cristianismo, que define a
Religião Universal do Amor e da Sabedoria, em plena
vitalidade juvenil, é detido pela perseguição gratuita e
trancafiado no cárcere.
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Ninguém lhe examina os antecedentes, nem lhe
promove recursos à defensiva.Negado pelos melhores
amigos, encontra-se sozinho, entre juízes astuciosos, qual
ovelha esquecida em meio de chacais.
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Aliam-se o egoísmo e a crueldade para sentenciá-lo ao sacrifício
supremo.Herodes, patrono da ordem
pública, chamado a pronunciar-se em seu caso, determina se lhe dê o
tratamento cabível aos histriões.
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E, entregue à multidão amotinada na cegueira de
espírito, é preferido a Barrabás, o malfeitor, para
sofrer a condenação insólita.
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Decerto, para induzir-nos à compaixão, aceitou Jesus
padecer em silêncio os erros da justiça terrestre, alinhando-se, na cruz, entre os injuriados
e as vítimas sem razão, de todos os tempos da
Humanidade.108
Cristãos de todas as interpretações do Evangelho e
de todos os quadrantes do mundo, atentos à
exemplificação do Eterno Benfeitor, apartai o criminoso do crime, como aprendestes a
separar o enfermo da enfermidade! 109
Desterrai, em definitivo, a espada e o cutelo, o garrote e a forca, a guilhotina e o fuzil, a cadeira elétrica e a câmara de
gás dos quadros de vossa penologia, e oremos, todos
juntos, suplicando a Deus nos inspire paciência e
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