estudos do evangelho " fé e caridade"
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Estudos do EvangelhoO Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires
Leonardo Pereira
“Capitulo 11 – Amar o próximo como a ti mesmo- Instruções dos Espíritos lll”
A Fé e a Caridade
III – A Fé e a Caridade
UM ESPÍRITO PROTETOR - Cracóvia, 1861
Virtudes
Castidade – Generosidade – Temperança- Diligência-
Paciência- Caridade-Humildade
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Virtudes Cardinais
Segundo a Igreja Católica Apostólica Romana existem quatro virtudes
cardinais1 (ou virtudes cardeais) que polarizam todas as
outras virtudes humanas. O conceito teológico destas quatro
virtudes foi derivado inicialmente do esquema de Platão e adaptado por
Santo Ambrósio de Milão, Santo Agostinho de Hipona e São Tomás
de Aquino.
Temperança – Justiça -Fortaleza - Prudência
Segundo a Doutrina da Igreja Católica, elas "são perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade humanas,
que regulam os nossos atos, ordenam as nossas paixões e guiam a
nossa conduta segundo a razão e a fé. Adquiridas e reforçadas por
atos moralmente bons e repetidos, são purificadas e elevadas
pela graça divina".2
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Virtudes teologais
Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, as virtudes
teologais "têm como origem, motivo e objeto imediato o próprio Deus. São
infundidas no homem com a graça santificante, tornam-nos capazes de viver em relação com
a Trindade e fundamentam e animam o agir moral do cristão, vivificando
as virtudes humanas.
Virtudes Teologais
Fé - Esperança - Caridade
Elas são o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades
do ser humano".1
Referências1 - Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (CCIC), n. 3842 - Ibidem; n. 386, 387 e 3883 - GEORGE WEIGEL, A Verdade do Catolicismo; cap. 6, pág. 101
13 – Eu vos disse recentemente, meus queridos filhos, que a caridade sem a fé
não seria suficiente para manter entre os homens uma
ordem social de fazê-los felizes.
Devia ter dito que a
caridade é impossível sem a fé.
O que é a fé?
Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego πίστη pistia1 ) é a
firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério
objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta ideia ou fonte de transmissão.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas
que se esperam e a prova das coisas que se
não veem". Hebreus 11.1
Alegoria da fé, por L.S. Carmona (1752–53). O véu simboliza a impossibilidade de conhecer diretamente as evidências.
"Fé inabalável só é a que pode encarar de frente a razão,
em todas as épocas da humanidade"
Allan Kardec. Em
Podereis encontrar, é verdade, impulsos generosos entre as pessoas sem religião. Mas essa caridade austera, que só pode
ser exercida pela abnegação, pelo sacrifício constante de todo o interesse
egoísta, nada a não ser a fé poderá inspirá-la, porque nada além dela nos
faz carregar com coragem e perseverança a cruz desta vida.
O que é a
caridade?
Definição Etimológica –
Do latim caritas (amor), de carus(caro, de alto valor, digno de apreço,
de amor). Identifica-se hoje, frequentemente, a caridade com um afeto piegas que se traduz por gestos
de assistência paternalista.
O termo evoca, imediatamente, a ideia de esmola, tanto que a expressão viver de caridade
pública significa viver de esmolas.
Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a
entendia Jesus?
Em . LE. 886.
— Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias,
perdão das ofensas.
Comentário de Kardec:
O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque
amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem possível, que desejaríamos que nos fosse feito. Tal é o sentido das
palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros, como irmãos”.
O homem verdadeiramente caridoso procura elevar e não rebaixar, aos seus
próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os
separa.
Sendo a virtude por excelência, a caridade constitui a mais alta
expressão do sentimento humano, sobre cuja base as construções elevadas do Espírito encontram
firmeza para desdobrarem atividades enobrecidas em prol de todas as
pessoas.
A esmola é caridade?
Confundida vulgarmente com esmola, a caridade excede, sob qualquer aspecto considerado, as doações
externas com que o homem supõe em tal atividade encerrá-la.
A esmola, evidentemente, não merece reprovação, mas sim a maneira pela
qual habitualmente é dada.
O homem de bem, que compreende a caridade segundo o pensamento do
Cristo, vai ao encontro do desgraçado, sem esperar que este lhe estenda a
mão, pois sabe que o homem condenado a pedir esmola se degrada física e moralmente e se embrutece.
Então não devemos doar nada?
Sem dúvida, é valioso todo gesto de generosidade, quando
consubstanciado em dádiva oportuna àquele que padece essa ou aquela
privação.
No entanto, a caridade que se restringe às oferendas transitórias
nada mais é que filantropia, esse ato de amor fraterno e humano que
distingue as pessoas que destinam altas somas à edificação de obras de
incontestável valor, financiando múltiplos setores da ciência, da arte e
da cultura.
Henry Ford, John Rockefeller, Ted Turner, Bil Gates foram ou são
filantropos eméritos, a cuja contribuição a Humanidade deve
serviços de inapreciável qualidade.
Vicente de Paulo, Damien de Veuster, João Bosco, Madre Teresa de Calcutá,
Irmã Dulce, Chico Xavier e tantos outros de idêntica estatura
transformaram-se em apóstolos da caridade,
pois que, nada possuindo em termos de valores transitórios, ofertaram
tesouros de amor e fecundaram em milhões de vidas o pólen da esperança,
da saúde, da alegria de viver.
Ter fé e praticar a caridade deve ser uma condição para a conquista da felicidade?
Sim, meus filhos, é inútil querer o homem, ávido de prazeres, iludir-se
quanto ao seu destino terreno, pretendendo que lhe seja
permitido ocupar-se apenas da sua felicidade.
O homem pode gozar na Terra uma felicidade
completa?
Em . LE. 920.
— Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas dele depende abrandar os seus males e ser tão feliz,
quanto se pode ser na Terra.
Concebe-se que o homem seja feliz
na Terra quando a Humanidade estiver transformada, mas, enquanto
isso não se verifica, pode cada um gozar de uma felicidade relativa?
Em . LE. 921.
— O homem é, na maioria das vezes, o artífice de sua própria infelicidade. Praticando a lei de Deus, ele pode
poupar-se a muitos males e gozar de uma felicidade tão grande quanto o
comporta a sua existência num plano grosseiro.
Comentário de Kardec:
O homem bem compenetrado do seu destino futuro não vê na existência corpórea mais do que uma rápida
passagem. É como uma parada momentânea numa hospedaria
precária.
Ele se consola facilmente de alguns aborrecimentos passageiros, numa viagem que deve conduzi-lo a uma situação tanto melhor quanto mais atenciosamente tenha feito os seus
preparativos para ela.
A felicidade terrena é relativa à posição
de cada um; o que e suficiente para a felicidade de um faz a desgraça de outro. Há, entretanto, uma medida comum de
felicidade para todos os homens?
Em . LE. 922
- Para a vida material, a posse do necessário; para a vida
moral, a consciência pura e a fé no futuro.
Certo que Deus nos criou para sermos felizes na eternidade, mas
a vida terrena deve servir unicamente para o nosso
aperfeiçoamento moral, o qual se conquista mais facilmente com a
ajuda do corpo e do mundo material.
Sem contar as vicissitudes comuns da vida, a
diversidade de vossos gostos, de
vossas tendências, de vossas
necessidades...
...são também um meio de vos
aperfeiçoardes, exercitando-vos na caridade. Porque somente a
custa de concessões e de sacrifícios mútuos, é que podeis manter a
harmonia entre elementos tão diversos.
Tendes razão, entretanto, ao afirmar que a felicidade está reservada ao homem neste
mundo, se a procurardes antes na prática do bem do que nos
prazeres materiais.
A história da cristandade nos fala dos mártires que caminhavam com
alegria para o suplício. Hoje, na vossa sociedade, para ser cristão já não se precisa enfrentar a fogueira do mártir, nem o sacrifício da vida,
mas única e simplesmente o sacrifício...
...do egoísmo, do orgulho e da vaidade. Triunfareis, se a
caridade vos inspirar e fordes sustentados pela fé.
55
Carta de Paulo aos Coríntios
56
Se eu falar as línguas dos homens edos anjos, e não tiver caridade,
sou como o metal que soa,ou como o sino que tine.
57
E se eu tiver o dom de profecia,e conhecer todos os mistérios,
e quanto se pode saber; e se tiver toda a fé,
até o ponto de transportarmontanhas,
e não tiver caridade, não sou nada.
58
E se eu distribuir todos os meus bens em sustento dos pobres, e se entregar
o meu corpo para ser queimado, se, todavia, não tiver caridade, nada disto
me aproveita.
59
A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não obra
temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não
busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a
injustiça, mas folga com a verdade.
60
Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca jamais há de
acabar, ou deixem de ter lugar às profecias, ou cessem as línguas, ou seja
abolida a ciência.
61
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes; porém a maior delas é a
caridade.
(Paulo, I Coríntios, XIII: 1-7 e 13)
62
Mensagem especial aos
trabalhadores de boa-vontade:
TENHAMOS FÉEmmanuel
do livro Fonte Viva, lição 44, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
63
”... vou preparar-vos lugar.” — Jesus. (João, capítulo 14, versículo 2.)
do livro Fonte Viva, lição 44, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Sabia o Mestre que, até à construção do Reino Divino na
Terra, quantos o acompanhassem viveriam na
condição de desajustados,
64
trabalhando no progresso de todas as criaturas, todavia, “sem lugar” adequado aos
sublimes ideais que entesouram.
65
Efetivamente, o cristão leal, em toda parte, raramente
recebe o respeito que lhe é devido:
66
Por destoar, quase sempre, da coletividade, ainda não
completamente cristianizada, sofre a descaridosa opinião de
muitos.
67
Se exercita a humildade, é tido à conta de covarde.
68
Se adota a vida simples, é acusado pelo delito de
relaxamento.
69
Se busca ser bondoso, é categorizado por tolo.
70
Se administra dignamente, é julgado orgulhoso.
71
Se obedece quanto é justo, é considerado servil.
72
Se usa a tolerância, é visto por incompetente.
73
Se mobiliza a energia, é conhecido por cruel.
74
Se trabalha, devotado, é interpretado por vaidoso.
75
Se procura melhorar-se, assumindo responsabilidades no esforço intensivo das boas
obras ou das preleções consoladoras, é indicado por
fingido.
76
Se tenta ajudar ao próximo, abeirando-se da multidão, com
os seus gestos de bondade espontânea, muitas vezes é tachado de personalista e
oportunista, atento aos interesses próprios.
77
Apesar de semelhantes conflitos, porém, prossigamos agindo e servindo, em nome
do Senhor.
78
Reconhecendo que o domicílio de seus seguidores não se
ergue sobre o chão do mundo, prometeu Jesus que lhes
prepararia lugar na vida mais alta.
79
Continuemos, pois, trabalhando com duplicado
fervor na sementeira do bem, à maneira de servidores
provisoriamente distanciados do verdadeiro lar.
80
“Há muitas moradas na Casa do Pai.”
81
E o Cristo segue servindo, adiante de nós.Tenhamos fé.
82
Uma linda noite e uma Feliz Semana!