escola estadual doutor leniro ribeiro … · escola estadual doutor leniro ribeiro bittencourt-...
TRANSCRIPT
ESCOLA ESTADUAL DOUTOR LENIRO RIBEIRO
BITTENCOURT- ENSINO FUNDAMENTAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
CAMPO LARGO
2010
Sumário
Apresentação.....................................................................................................................03
Organização da entidade escolar
Identificação da Entidade Escolar......................................................................................03
Histórico da Instituição........................................................................................................04
Modalidade de ensino.........................................................................................................05
Número de alunos por turma e turnos................................................................................05
Expediente e funcionamento da escola..............................................................................06
Diagnostico do Perfil da Comunidade.................................................................................06
Relação do Corpo – docente e Técnico – Administrativo...................................................11
Objetivos gerais..................................................................................................................12
Marco Situacional
Organização do Espaço Físico...........................................................................................13
Relações de trabalho na Escola.........................................................................................15
Organização da hora – atividade........................................................................................16
Marco Conceitual
Princípios legais..................................................................................................................17
Filosofia da escola e os princípios didático-pedagógicos...................................................18
A Gestão Democrática........................................................................................................19
Instâncias Colegiadas.........................................................................................................20
Educação Inclusiva.............................................................................................................22
Marco Operacional
Atividades escolares em geral a serem desenvolvidas na escola......................................27
Plano de formação continuada para professores...............................................................33
Relações Professor/Aluno..................................................................................................33
Pratica avaliativa................................................................................................................34
Proposta Pedagógica..........................................................................................................39
Avaliação Institucional do Projeto Político Pedagógico....................................................142
Referências.......................................................................................................................142
Parecer do Conselho Escolar...........................................................................................143
Anexos..............................................................................................................................144
Apresentação
Parafraseando Jean Piaget:
“ A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não
simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores,
descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar,
verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe”.
Dessa forma, criamos uma terceira meta da educação tomando como ponto de partida o
escritor Carlos Rodrigues Brandão, em seu texto: “Humanizar é educar”, o qual padroniza alguns
itens, dos quais destacamos:
“A Educação é por toda a vida”, pois a cada novo dia convivemos, interagimos e
aprendemos algo novo. O novo objetivo é que a educação e o conhecimento não sejam repassadas
como um molde, ou seja, não devemos formar um indivíduo apenas com um objetivo, temos que
mostrar e fazer com que o educando assimile o seu conhecimento de mundo através de interações
mútuas. Imbuídos de tais pensamentos a Escola Estadual Dr Leniro Ribeiro Bittencourt, através de
sua comunidade escolar (Corpo docente e discente, equipe técnico administrativa, direção, pais,
instâncias colegiadas...) elaborou o presente Projeto Político Pedagógico, o mesmo está em
constante construção e adequação, devendo ser visto como um processo que busca verdade e
qualidade para o nosso estabelecimento de ensino.
O presente trabalho possui caráter democrático, transformador e foi elaborado dentro do
processo de transformação que o homem passa, voltado para uma educação democrática e para a
construção do exercício da cidadania.
Foi construído a fim de direcionar nosso trabalho pedagógico, tomando como ponto de
partida a realidade social em que está inserido.
Organização da Entidade Escolar
Identificação do Estabelecimento:
• Escola Estadual Dr. Leniro Ribeiro Bittencourtt - EF Telefone(41) 3292-6676
Email:[email protected] - Código: 01180
3
• Município: Campo Largo
Código: 0420
• Dependência Administrativa:
Código: 01180
• NRE: Área Metropolitana Sul
Código: 03
• Ato de Autorização da Escola/colégio:
Resolução nº:153/96 de 31/01/1996.
• Ato de Reconhecimento de Escola/Colégio:
Resolução nº 153/96 de 31/01/1996.
• Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar:
Nº: 053/98 de 03 /08/1998 .
• Entidade Mantenedora:
Secretária de Estado da Educação do Paraná
• Direção:
Maria de Lourdes Tessarolo
• Secretaria:
Amanda Torres
• Pedagogas:
Camila Aparecida Prade Conte
Danieli Cristine Mazon Zanlorenzi
Histórico da Instituição
Em 1996, partindo da necessidade de atender alunos oriundos da região
compreendida pelos três conjuntos (conjunto Habitacional Abranches Guimarães, Conjunto
Habitacional Joaquim Celestino Ferreira e Conjunto Partênope) e adjacências, nasceu a Escola
Estadual Dr. Leniro Ribeiro Bittencourt - Ensino Fundamental, através da Resolução 153/96 DOE
de 31/01/96, em homenagem ao médico chefe do Posto de Saúde de Campo Largo, durante 35 anos.
Dr. Leniro Ribeiro Bittencourt recebeu em 1972 o título de cidadão honorário da
4
cidade, por ter se dedicado inteiramente à mesma, a qual sempre ocupou um lugar especial em seu
coração.
Em toda a sua vida dedicou-se à saúde e à educação do povo campolarguense e soube, sem
dúvida alguma, cumprir com dignidade seu juramento médico. Sua profissão lhe deu o mérito de
combater as doenças da época: Hanseníase e Tuberculose, como também o nascimento dos
trigêmeos de Campo Largo. Em 1992 o Núcleo Integrado de Saúde,o qual funciona em frente a
Escola (NIS III), também recebeu seu nome.
Até 2003, a Escola Municipal 1º de Maio e a Escola Estadual Dr. Leniro Ribeiro
Bittencourt, formavam o CEJUCS ( Centro Educacional Julina Claudino dos Santos ).
A primeira Diretora do CEJUCS foi a professora Marilene Domingas Rivabem Sphair, a
qual permaneceu no cargo pelo período de um ano. De fevereiro a abril de 1997 respondeu pela
direção o Prof. Alberto Bianco. A partir de maio de 1997, por eleição, a professora Neiva Margarida
Zamboni, assumiu a direção até o final do ano 2003.
Em 2004, Nelci Ferreira Silveira Lavall foi eleita diretora somente da Escola Dr, Leniro
Ribeiro Bittencourt, ficando assim, separada da Escola 1º de Maio. As partes administrativas das
escolas também passaram a ser independentes uma da outra.
Em 2006, Luciane Maria Lipiski Sobota foi eleita diretora e permaneceu por dois anos,
sendo que em 2008 foi indicada a assumir o cargo a professora Rita de Cássia Boaron Martins, a
qual é a atual diretora do Estabelecimento de Ensino.
Em 2009, Maria de Lourdes Tessarolo foi eleita diretora e permanecerá por 3 anos.
Modalidade de Ensino
A Escola Estadual Dr. Leniro Ribeiro Bittencourt, atua em dois turnos, com 277 alunos de 5ª
a 8ª séries, na modalidade de Ensino Regular.
A carga horária mínima do ano letivo para o Ensino fundamental é de 800 (oitocentas)
horas, distribuídas por um número mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar.
Pelo período da manhã com entrada às 7 h e 30 min e saída às 11 h e 50 min, e à tarde, com
entrada às 13 h e saída às 17 h e 20 min. As aulas são ministradas com 50 minutos de duração cada
uma, sendo 5 horas aulas por período distribuídas da seguinte forma:
Manhã:
5
1ª Aula: 7h e 25 min às 8 h e 15 min.
2ª Aula: 8 h e 15 min ás 9 h e 05 min.
3ª Aula: 9 h e 05 min às 9 h e 55 min.
4ª Aula: 10 h e 08 min às 10 h e 58 min.
5ª Aula: 11 h e 58 min às 11h e 48 min.
Tarde
1ª Aula: 12 h e 55 min às 13 h e 45 min.
2ª Aula: 13 h e 45 min às 14 h e 35 min.
3ª Aula: 14 h e 35 min às 15 h e 25 min.
4ª Aula: 15 h e 38 min às 16 h e 28 min.
5ª Aula: 16 h e 28 min ás 17 h e 18 min.
Há um intervalo de 13 minutos entre a 3ª e 4ª aula que corresponde ao recreio.
Número de alunos por turma e turnos.
Manhã Tarde Sub-total5ª Série A – 38 alunos 5ª Série B - 38 alunos 76 alunos6ª Série A – 36 alunos 6ª Série B - 35 alunos 71alunos7ª Série A - 34 alunos 7ª Série B - 34 alunos 68 alunos8ª Série A – 33 alunos 8ª Série B - 29 alunos 62 alunosTotal: 131 Total: 127 277 alunos
Expediente e funcionamento da escola
O expediente e funcionamento da Escola Estadual Dr. Leniro Ribeiro Bittencourt– Ensino
Fundamental realiza-se conforme horários abaixo:
Turno: Manhã
Direção, Equipe Administrativa, Corpo Docente, Corpo Discente e Merendeira:
Início: 7 horas e 30 minutos
Término: 11 horas e 50 minutos
Auxiliar de Serviços Gerais:
Início: 8 horas e 15 minutos
Término: 12 horas e 15 minutos
6
Turno: Tarde
Direção, Equipe Administrativa, Corpo Docente, Corpo Discente e Merendeiras:
Início: 13 horas
Término: 17 horas e 20 minutos
Auxiliar de Serviços Gerais:
Início: 13 horas e 45 minutos
Término: 17 horas e 45 minutos
Diagnóstico do perfil da comunidade.
Em relação ao nível sócio econômico, as famílias dos alunos estão assim distribuídas:
O aluno mora com:
83% mora com os pais
14% mora com os avós
02% mora com outras pessoas
01% não informaram
Estado civil dos pais:
48% são casados
26% são separados
13% são amasiados
09% são solteiros
03% não informaram
Quanto a moradia:
82% possuem casa própria
16 % moram em casa alugada
02% possuem outro tipo de moradia
A distribuição da renda familiar:
09% têm renda inferior ou igual a 01 salário mínimo
39% têm renda de 01 salário mínimo
47% têm renda de até 3 salários mínimos
04% têm renda igual ou superior a 5 salários mínimos
7
01% não informaram
Quanto ao Grau de instrução dos pais:
4% Analfabetos
30% Ensino Fundamental completo
22% Ensino Fundamental incompleto
13% Ensino Médio completo
3% Ensino Médio incompleto
3 % Curso superior completo
2% Curso superior incompleto.
4% não informaram
A Formação Religiosa:
69% Católica
21% Evangélica
2% não tem religião
8% não informaram
Quanto a profissão dos pais:
Profissão da mãe:
1% Aposentada
2% Aux. de enfermagem
1% Balconista
2% Encarregada
3% Costureira
1% Comerciante
6% Cozinheira
25% Empregada doméstica
1% manicure
7% Operária
1% Professora
11% Serviços gerais
35% Não trabalha
4% Não informado
Profissão do pai:
1% Alfaiate
9% Autônomo
3% Aposentado
2% Comerciante
2% Encanador
1% Enfermeiro
4% Eletrecista
2% Lavrador
9% Mecânico
1% Militar
6% Motorista
8
3% Marceneiro
15% Operário
15% Pedreiro
1% Pintor
4% Segurança
4% Serviços gerais
2% soldador
1% Téc. em comunicação
15% Não informado
Pela atual conjuntura do país, a escola pública está passando por dificuldades que
influenciam diretamente todo o processo educacional. O mesmo ocorre nesta instituição
de ensino. No entanto, a escola está voltada para um processo de participação coletiva,
onde todos participam ativamente: direção – professores – equipe pedagógica – alunos –
comunidade, todos juntos buscando uma solução para os problemas que mais se
evidenciam.
Apesar das dificuldades citadas os alunos são em geral responsáveis, criativos e
interessados. Em sala de aula, destacam-se nas atividades práticas, em que lhes são
exigidas a oralidade, a livre expressão e a criatividade, às quais apesar de apresentarem
um bom desempenho, tais características ainda necessitam ser trabalhadas. (moldadas)
Através de levantamentos de dados obtidos, constatou-se que os educandos do
ensino fundamental apresentam alguns problemas familiares de desemprego, e a maioria
dos alunos colaboram no sustento da casa, destacando-se assim a carência econômica e
afetiva. Nossa escola atende alunos advindos dos bairros: Partênope, Jardim das
Acácias, Botiatuva, Três Rios, Popular Nova, Popular Velha, Vila de Lourdes, como
também da zona rural: Colônia Cristina.
Por conta da distância sabemos que alguns alunos saem de casa muito cedo, e em
dias de chuva são impossibilitados de comparecer a escola, uma vez que as estradas são
de terra. Sem dúvida para este aluno será planejada uma forma de repor os conteúdos
perdidos.
Dentro do aspecto econômico, apresentam um nível de classe baixa em que a
renda familiar da clientela está na faixa de 1 a 3 salários mínimos. A maioria dos pais
trabalham nas seguintes profissões: operários de fábricas de louças e / ou porcelanas e
cerâmicas, mecânicos, motoristas, serventes, garis e autônomos; as mães, na sua
maioria são diaristas ou do lar.
Os pais nos momentos de folga assistem alguns programas de TV como: filmes,
programas jornalísticos, novelas, etc. Em relação aos alunos, na maioria gostam de ler:
livros literários, gibis, jornais, revistas, ... Em relação à TV, gostam de todo tipo de
9
programação.
Quanto ao aspecto cultural, o fator econômico é preponderantemente para o baixo
nível cultural da clientela que, devido à renda familiar não tem acesso a bens culturais:
cinema, teatro, museus, etc. Outro fator relevante é a desestruturação da família, ou até
mesmo a falta desta.
O quadro de funcionários e professores é formado por profissionais capacitados,
dedicados e comprometidos com o ensino de qualidade, e contam com o apoio da direção
e equipe pedagógica, que proporcionam um clima amigável e acima de tudo de respeito
para com todos os envolvidos no processo educacional. A grande maioria mora em
bairros de Campo Largo.
A seguir relação de funcionários e professores do estabelecimento com sua
respectiva formação.
Relação do corpo – docente e técnico – administrativo
Corpo administrativo
Nome Cargo/Função Escolaridade
Maria de Lourdes Tessarolo Diretora Pós-Graduação
Amanda Torres Secretária Ensino Médio
Maria do Rocio Cruzetta Agente Educacional II Ensino Médio
Vanessa Agente Educacional II Ensino Médio
Equipe pedagógica
Nome Cargo/Função EscolaridadeCamila Aparecida Prade Conte Pedagoga Pós-GraduaçãoDanieli Cristine Mazon Zanlorenzi Pedagoga Pós-Graduação
Corpo docente
Nome Escolaridade Disciplina VinculoAdriana A. Boaron de Souza Pós-Graduação Geografia QPMBernadete Maria Augusto Licenciatura plena Arte QPMEleocy Simões Rodrigues Pós-Gradução Ciências QPMFábio Pitarello Licenciatura Plena Educação Física PSSGisele da Silva Licenciatura Plena Ciências PSS
10
Janete Triches Licenciatura Plena História/Ens. Religioso QPMJoel da Silva Valasco Sem Licenciatura Intérprete de Libras PSSLarisse Cristine Stoco Licenciatura Plena Ciências PSSLigiane da Cruz Iounglbood Licenciatura Plena Matemática QPMLorena Aparecida Baika Sem Licenciatura Intérprete de Libras PSSLuciane Desoti Pós-Graduação Língua Portuguesa QPMLucimar P. Cardoso Sem Licenciatura Intérprete de Libras PSSMarcília Maestrelli Licenciatura Plena Educação Física QPMMargareth Proença Licenciatura Plena História/Ens. Religioso PSSRita de Cassia Boaron Martins Licenciatura Plena Língua Portuguesa QPMRoselaine C. Lachovist Licenciatura Plena Ciências PSSSandra Mara B. de Carvalho Pós-Graduação Inglês QPMSilvana de Fátima Vidal Pós-Graduação Geografia QP
Serviços gerais
Nome Cargo/Função EscolaridadeGeni Pacheco Agente Educacional I Ens. Fundamental
incompletoHerculano Chaves Cavalheiro Serviços Gerais Ens. Fundamental
incompletoMarilete Do Rocio M. Dos
Santos
Agente Educacional I Ensino Médio Completo
Objetivos gerais
Os objetivos deste estabelecimento de ensino fundamentam-se em três áreas:
• Melhoria da qualidade de ensino – Oferecer um ensino que efetivamente atenda as
necessidades e aspirações dos alunos e de suas famílias.
• Melhoria da escola – Tornar-se o ambiente em que o aluno encontra resposta para
seus anseios, um lugar que lhe dá alegria e a certeza de receber o que realmente
precisa para se poder enfrentar o desafio do futuro, contribuindo na inserção social.
• Criação de mecanismos de participação – esforçar-se grupalmente para que se
desenvolvam os mecanismos capazes de garantir uma participação efetiva da
comunidade e das instâncias envolvidas no processo ensino aprendizagem.
Os objetivos são decorrentes das áreas citadas acima, são eles:
• Articular as intenções e prioridades para realizar a função social da escola.
• Oportunizar aos profissionais da educação a participação em eventos de formação
para a capacitação profissional, proporcionando o retorno dos benefícios para a
escola.
• Apontar metas e objetivos comuns para melhorar o trabalho educativo.
• Refletir com a equipe de educadores e demais envolvidos no processo de ensino
11
aprendizagem, fortalecendo a escola enquanto instância de formação.
• Garantir a participação de todas as instâncias envolvidas no processo de ensino,
bem como da comunidade escolar.
• Promover uma gestão democrática.
• Propiciar a qualidade formal e política do ensino para o pleno desenvolvimento do
educando e preparar para a cidadania.
• Alicerçar o trabalho pedagógico escolar como um processo de construção
continua.
• Permitir a aquisição de estratégias para que possam lutar no sentido de
estabelecer um novo projeto social, mas justo e humano.
Marco situacional
Organização do Espaço Físico
De acordo com as condições físicas e materiais, a escola, proporciona um
ambiente acolhedor e propício à aprendizagem; apesar de não possuirmos ambientes
pedagógicos adequados, pois as dependências da Escola Estadual Dr. Leniro Ribeiro
Bittencourt; são compartilhadas com a Escola Municipal 1º de Maio, fato que nos leva a
precisar enfrentar algumas dificuldades como o uso da quadra de esportes, a biblioteca
que é dividida entre as escolas restringindo o espaço e, tornando difícil tanto à prática da
leitura e pesquisa, sendo que ainda nela está instalado o laboratório de informática, pois
não existia outro espaço físico no estabelecimento para esse fim, dificultando ainda mais
o uso desta.
O acervo de nossa escola fica acondicionado em prateleiras, os livros catalogados
pela Agente Educacional II Maria do Rocio que registra a entrada e saída dos livros.
A Escola Estadual Dr. Leniro Ribeiro Bittencourt, não possui laboratório de
ciências, a sala que era destinada a este fim é usada por uma turma do município. O
professor de ciências limita-se em fazer experiências ou trabalhos que exigem um
espaço próprio, então suas aulas práticas são realizadas na própria sala de aula ou no
pátio onde faltam equipamentos evidentemente.
Falta-nos ainda um lugar apropriado para promovermos atividades de apoio
pedagógico.
Assim, diante de tantas dificuldades, imaginamos o quão conveniente e
responsável seria, estabelecer um acordo e construir um novo prédio para a Escola
Estadual Dr. Leniro Ribeiro Bittencourt, o que favoreceria ambas escolas, já que o espaço
12
externo comportaria tal edificação.
Apesar do espaço utilizado ser limitado toda a comunidade escolar trabalha de
forma integrada e desenvolve um trabalho condizente com a proposta humanista de
ensino.
Acervo bibliográfico
O acervo bibliográfico consta com 3000 exemplares, entre:
• literatura brasileira
• literatura estrangeira
• literatura infantil
• literatura infanto – juvenil
• dicionário: português e português/inglês
• coleções
• enciclopédias
• apoio didático – pedagógico
• livros didáticos: professor e aluno
• periódicos: revistas e informativos
Outros materiais
• CDs Rom
História do Brasil
Enciclopédia digital – 4 volumes
Profissões 2000
• Mapas
num total de 38 mapas em geral
Equipamentos pedagógicos
• TV
• Vídeo Cassete
• DVD
• Projetor de Slides
• Retroprojetor
• Micro System
• Mimeógrafo
13
• Microcomputador
• Impressora
• Máquina de escrever
• Guilhotina para papel
• Caixa de som e microfone
• Tv Pen-drive
Relações de trabalho na escola
As relações de trabalho na escola envolvendo direção, equipe pedagógica
professores, alunos e pais de alunos estão regulamentados no regimento escolar
aprovado pela SEED, segundo resolução nº 2122/2000.
O professor em nossa escola idealiza suas aulas para que ocorra uma
aprendizagem significativa por parte do aluno, mas devido a situações diversas, os
profissionais muitas vezes não conseguem atingir plenamente os seus objetivos. A escola
procura conscientizar o aluno da importância da educação e da continuidade de estudos,
tentando evitar que este abandone as aulas por circunstâncias que possam ser superadas
no dia-a-dia da escola.
No âmbito da nossa comunidade escolar, a participação dos pais é pequena devido
principalmente à falta de compromisso no acompanhamento da aprendizagem do filho,
tornando a escola apenas um órgão público que responsabiliza-se pelos alunos quatro
horas por dia.
Hoje há necessidade de uma retomada da responsabilidade familiar, a escola está
fazendo muitas vezes o papel dos pais ou responsáveis.
Percebemos que a educação do filhos assume um caráter de maior permissividade
junto aos pais, com às mudanças ocorridas na estrutura familiar, permitindo maior
liberdade aos filhos, esquecendo que eles necessitam de apoio e educação.
A família precisa refletir sobre a função e o dever que lhe é designado de educar os
filhos. Na maioria das vezes, os pais são pessoas com pouca disponibilidade para estar
com os filhos, após uma jornada exaustiva de trabalho.
Cabe à nossa escola tentar mudar esta situação, procurando acolher a família
através de reuniões, palestras, promovendo cursos para os pais e alunos, gincanas
culturais e esportivas, embora reconheçamos que trata-se de uma problemática muito
maior e que a escola, por mais e melhor que faça, sozinha não vencerá tantas
dificuldades.
Organização da hora atividade:
14
Conforme a instrução nº 02/2003, a todos os professores em efetive regência de
classe são atribuídos 20% de hora atividade sobre o total de horas-aulas assumidas pelo
professor, na Rede Estadual. Seguindo a instrução, acima citada, e considerando o
Memorando 08/2008 da SEED, procuramos adequar as horas atividades conforme a
determinação dos dias estipulados por disciplinas.
A hora-atividade é destinada para planejamento, reuniões pedagógicas, correção
de tarefas, estudos sobre os conteúdos curriculares,troca de experiências dos professores
e equipe pedagógica.
Os intérpretes de libras destinam suas horas-atividades ao aprofundamento
pessoal e ao reforço da aprendizagem dos alunos surdos, atendimento a pais e
planejamento com professores e equipe pedagógica.
O quadro de distribuição da hora-atividade está exposto na sala dos professores e
informado à comunidade escolar a disponibilidade de horários para atendimento do
professor aos pais dos alunos.
Marco Conceitual
Principios Legais
A Escola Estadual Dr. Leniro Ribeiro Bittencourt, tem por finalidade, atendendo ao
disposto nas Constituições Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, Lei 93/94 ministrar o Ensino Fundamental séries finais (5ª a 8ª
séries), observando a legislação e as normas especificamente aplicáveis, com base nos
seguintes princípios:
a) Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
b) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o saber;
c) Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
d) Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
e) Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
f) Valorização do profissional da educação escolar;
g) Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da Legislação dos
sistemas de ensino.
h) Garantia de padrão de qualidade;
i) Valorização da experiência extra-escolar;
j) Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
15
Filosofia e os princípios didático-pedagógicos do estabelecimento
1- Concepção de Sociedade:
A origem da palavra sociedade vem do latim societas que significa uma
“associação amistosa com outros”, isto é, uma sociedade é o conjunto de pessoas que
compartilhem propósitos, gostos preocupações e costumes, interagindo entre si e
constituindo uma sociedade.
A sociedade é o resultado histórico da construção humana, na luta por interesses e
na busca de melhoria da qualidade de vida. Essa visão de sociedade dá condições e
reforça a construção de uma sociedade de inclusão universal, regida por relações de
colaboração econômica, co-responsabilidade política e solidariedade ideológica.
2- Concepção de homem:
Ao longo da história, desenvolveram-se diferentes concepções sendo elas
religiosas, filosóficas, científicas em relação ao homem, cada uma com sua própria
explicação sobre nossa origem, transcendência e sentido da vida. Em relação as
passagens da infância para a adolescência e da adolescência para a idade adulta são
feitas pela sociedade baseada em critérios tanto biológico quanto sócio culturais, e desta
forma pode variar grande mente entre as culturas. Através do trabalho suas
potencialidades para a auto realização e qualificação.
3- Concepção de escola:
Espaço responsável pela apropriação do saber universal elaborado às camadas
populares entendendo a apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto
instrumento de compreensão da realidade social. A escola tem uma função social básica,
que vai além de prestar serviços educativos, ela também deve ser dedicada a formação
da cidadania.
4- Concepção de educação:
A Educação é emancipadora construindo a autonomia das pessoas.
A função da educação é a formação da pessoa para a autonomia, como construtor
de sua história e de seu entorno.
Segundo Paulo Freire “educar é construir, é libertar o homem do determinismo,
passando a reconhecer o papel da história em que a questão da identidade cultural tanto
em sua dimensão individual, como em relação a classe dos educandos, é essencial à
prática pedagógica em questão”
A partir desse parecer podemos abordar a educação de duas maneiras: a primeira
16
relaciona-se somente com o conjunto de fatos e com o conhecimento sobre o mundo
externo homem/sociedade. O segundo é o educar, aqui envolve-se o entendimento
profundo de sabedoria dos docentes e sua transmissão aos alunos.
A educação abrange os processos formativos: formais ou escolares e os informais
ou sócio-familiares. A educação formal/escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e
à prática social que visa concomitantemente à formação do cidadão e do trabalhador.
Cabe à escola garantir aos alunos a aprendizagem necessária para sua interação social,
oferecendo-lhes a oportunidade de um futuro mais seguro e apto às exigências sociais,
empresariais e familiares em geral, uma vez que a escola possibilita a interação de
grupos variados e dinâmicos em todas as áreas do conhecimento.
É fundamental que a escola conheça as expectativas da comunidade, centradas
nas suas necessidades, formas de sobrevivência, valores, costumes e manifestações
culturais e artísticas. E, através desse conhecimento que podemos atender a clientela,
auxiliando-a em sua compreensão e transformação do mundo, o qual está cada vez mais
exigente.
A escola deve contribuir para a construção de uma sociedade diferente na justiça
social, na igualdade e na democracia, que oportunize o acesso ao conhecimento como
um processo humano, histórico,incessante de busca de compreensão, de organização, de
transformação do mundo vivido. A ação educativa deverá levar em conta que a prática
social é a fonte do conhecimento, a teoria deve estar a serviço de e para a ação
transformadora.
O ensino aprendizagem, dentro deste contexto, deverá ser produzido com maior
flexibilização e autonomia, levando o aluno a aprender a aprender, a formar suas
capacidades, desenvolvimento da criatividade pessoal e do conhecimento do outro como
sujeito . Deve permitir a criação de atividades que privilegiem o conhecimento e o
desencadeamento da correção de rumos e planejamento.
5- Concepção curricular:
Currículo refere-se à organização do conhecimento escolar. É um importante
elemento constitutivo, pois é uma construção social do conhecimento, pressupondo a
sistematização dos meios para que está construção se efetive.
A escola deve buscar novas formas de organização curricular, para que os
conteúdos curriculares e valores morais, saberes básicos proporcionados pela escola se
tornem concretos. O educador deverá estar subsidiando os conhecimentos aprendidos de
forma que estes se integrem a realidade do aluno, enfatizando a sua aplicabilidade nos
17
diversos setores que compõe seu cotidiano, possibilitando assim o crescimento cultural do
aluno.
Tão importante quanto “o que” e “como”avaliar são as decisões pedagógicas,
decorrentes dos resultados da avaliação. Elas orientam a reorganização da pratica
educativa do professor no seu dia a dia e norteiam ações.
Conforme Antonio Joaquim Severino em “A Escola e a Construção da Cidadania”in
Sociedade Civil e Educação (Campinas, SP, Papirus,1992), o currículo enquanto
instrumentalização da cidadania democrática é aquele que contempla conteúdos e
estratégias de aprendizagem que capacita o ser humano para a realização de atividades
que pertencem aos três domínios da ação humana: Vida em sociedade, atividade
produtiva e experiência subjetiva, visando a integração de homens e mulheres no tríplice
universo do trabalho, da simbolização subjetiva e das relações políticas.
A avaliação é um processo continuo ao processo de ensino aprendizagem e deve
ser permanente. É o meio de obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da
prática pedagógica para a intervenção e reformulação dos processos de aprendizagem.
Também deve ser conscientemente vinculada à concepção de mundo, sociedade, de
ensino que queremos, permeando toda a prática pedagógica e as decisões
metodológicas, dentro da realidade escolar, buscando e compreendendo criticamente as
causas da existência de problemas e propor alternativas dentro de uma criação coletiva.
Tão importante quanto “o que” e “como” avaliar são as decisões pedagógicas decorrentes
dos resultados da avaliação. Elas orientam e reorganizam a prática educativa do
professor no seu dia-a-dia e norteiam ações.
A gestão democrática
Segundo LDB, artigo 14 “Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.”
O principio da gestão democrática também está inscrito na Constituição de 1988,
inciso VI do artigo 206, nascido no clima da transição do regime militar para o civil, esse
princípio refletia o momento político em que a Constituição foi elaborada, quando o anseio
18
de uma democracia direta fortalecia as praticas do coletivismo.
“O trabalho escolar é uma ação de caráter coletivo, realizado a partir da
participação conjunta e integrada dos membros de todos os segmentos da comunidade
escolar. Portanto, afirmar que sua gestão pressupõe a atuação participativa representa
um pleonasmo de reforço a essa importante dimensão da gestão escolar. Assim, o
envolvimento de todos os que fazem parte, direta ou indiretamente, do processo
educacional, no estabelecimento de objetivos, na solução de problemas, na tomada de
decisões, na proposição, implementação, monitoramento e avaliação de planos de ação,
visando os melhores resultados do processo educacional, é imprescindível para o
sucesso da gestão escolar participativa”.(Luck, Freitas, Girling, Keith, 2002 – A escola
participativa: o trabalho do gestor escolar. – Rio de Janeiro: DP&A, 1998.)
Instâncias Colegiadas
a – Conselho Escolar: Objetiva cooperar no desenvolvimento da escola, visando
qualidade na educação.
O Conselho Escolar é constituído por representantes dos diversos segmentos da
comunidade escolar. As reuniões ocorrem extraordinariamente sempre que se fizer
necessário e ordinariamente a cada início do ano letivo.
b – Associação de Pais, Mestres e Funcionários: A APMF é regida por estatuto
próprio e constituída pelos diversos segmentos da comunidade escolar.
Seu objetivo é apoiar a direção, realizar atividades sócio-educativas, culturais e
desportivas com vistas ao sucesso educacional, primando pelo melhoramento.
c – Conselho de Classe: É o órgão coordenador e avaliador da ação educacional
da escola. Composto por professores, equipe pedagógica, direção, equipe técnico-
administrativa e demais representantes da comunidade escolar.
O Conselho de Classe reúne-se ordinariamente a cada bimestre e
extraordinariamente sempre que necessário. Sua função é discutir a prática pedagógica,
propondo ações que venham de encontro aos interesses da coletividade.
d – Grêmio Estudantil: Criado em 11 de junho de 2008, tem por objetivo promover
a integração dos alunos entre si e destes com o corpo docente, funcionários e direção.
Promover atividades recreativas, literárias, artísticas, sociais, desportivos, assistenciais e
culturais. Cumprir e fazer cumprir o Regimento Escolar do Estabelecimento.
e – Professor-Coordenador de Turma: No início do ano letivo é feita a escolha
entre o corpo docente, dos professores que irão coordenar as turmas, ficando para cada
19
série um professor responsável pela mesma.
A função do professor-coordenador é fazer a escolha dos monitores por bimestre;
criar momentos de diálogos sobre a prática pedagógica; intervir quando se fizer
necessário em pról da turma; representá-los nas atividades sócio-culturais e esportivas. E
ao professor coordenador da 8ª série soma-se a atribuição de orientá-los quanto a
finalização do Ensino Fundamental, sobre o prosseguimento nos estudos e as atividades
festivas de encerramento do ano letivo.
As reuniões dos professores-coordenadores ocorrem juntamente com as do
Conselho de Classe, em que é feita uma análise geral das turmas e levantadas propostas
de melhoramento das mesmas.
Organização do tempo e do espaço
O Estabelecimento de Ensino optou pela organização SEQÜENCIAL de conteúdos
de forma SERIADA e o currículo foi organizado por disciplinas.
A periodicidade das avaliações é bimestral, e os registros das mesmas são
efetuados através de notas.
Para um maior aprofundamento dos conteúdos é utilizado os livros didáticos,
porém este não é o único recurso que os professores utilizam.
Para a escolha do livro didático, faz-se uma reunião onde são expostos os títulos
enviados pelas editoras e com auxilio do guia de livros didáticos são selecionados.
Muitos conteúdos são baseados ainda em jornais revistas, internet, dentre outros,
os quais são trabalhados das mais diferentes formas como: debates, grupos de estudos,
pesquisas, experiências, etc...
Educação Inclusiva
Na escola, as diferenças estão presentes e a atenção as diferenças é o eixo
norteador do paradigma da educação inclusiva, isto é, educação de qualidade para todos.
De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 02 de 1/09/2001,em seu artigo 10º fica
evidente que as escolas devem prever e prover na organização de suas turmas:
I – Professores capacitados para o atendimento às necessidades educacionais
dos alunos.
II – Inserção dos alunos com necessidades especiais em classes comuns, dentro
do princípio de educar para a diversidade.
III – Flexibilização e adaptação curriculares, que considerem o significado prático
e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias e recursos didáticos diferenciados,
além de avaliação adequado ao desenvolvimento dos alunos.
20
Princípios da educação inclusiva
O direito à educação das pessoas que apresentam necessidades educacionais
especiais requer fundamentação nos seguintes princípios:
• A preservação da dignidade humana: segundo esse princípio, toda e qualquer
pessoa é digna e merecedora do respeito de seus semelhantes e tem o direito a
boas condições de vida e a oportunidade de realizar seus projetos.
• A busca da identidade é um caminho nunca suficientemente trilhado, é construção
diária. Cada cidadão precisa encontrar-se como pessoa, familiarizar-se consigo
mesmo, até que, finalmente, tenha uma identidade.
• O Exercício da Cidadania: há que se garantir o acesso ao conjunto de
conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessários.
A Escola Estadual Dr. Leniro Ribeiro Bittencourt – EF, tem alunos surdos em
classes regulares, seguindo a Resolução nº 02/2001, em seu artigo 3º,§ 2º “deve ser
assegurada no processo educativo de alunos que apresentam condições de comunicação
e sinalização diferenciadas dos demais educandos a acessibilidade aos conteúdos
curriculares mediante a utilização do sistema Braile, língua de sinais e demais linguagens
e códigos aplicáveis, sem prejuízo do aprendizado da língua portuguesa, facultando-se
aos surdos e suas famílias a opção pela aprendizagem pedagógica, no caso interprete de
libras.”
Nosso estabelecimento vem buscando a inclusão responsável, baseada nos
princípios citados acima, objetivando uma escolarização de qualidade, uma vez que o
aluno surdo tem as mesmas possibilidades de desenvolvimento que o aluno ouvinte,
precisando que suas necessidades especiais sejam supridas adequadamente.
Características do ensino para alunos surdos
O objetivo específico com o aluno surdo é o desenvolvimento de sua linguagem,
se possível num bilíngue, ou seja, alunos e professores precisam comunicar-se em
Língua Portuguesa (oral ou escrita) e também em Língua brasileira de sinais.
Enquanto nós educadores da Escola Estadual Dr Leniro Ribeiro Bittencourt, não
dominamos LIBRAS e contamos apenas com três intérpretes, a escola procura trabalhar
o conhecimento a partir de algo comum a todos (professores e alunos), contextualizando
o conteúdo a ser ensinado, dando muitos exemplos, questionando, motivando-os. Aí
constrói-se o texto da matéria trabalhada, a realização escrita é sempre posterior ao
21
entendimento do conteúdo. Além disso, usa-se muitos recursos visuais, objetos, gravuras,
fotos, vídeos, dvds, bem como atividades de passeios, visitas a museus, teatros lojas,
parques dentre outros.
Quanto aos currículos preconiza-se que sejam os mesmos adotados na educação
regular, com as necessárias estratégias e adaptações, respeitando o ritmo de
aprendizagem dos alunos surdos e os interesses correspondentes a sua faixa etária.
Além dos currículos comuns, a escola deve oferecer currículos específicos com
estratégias para o aprendizado da Língua Portuguesa.
O ideal seria que os objetivos e os conteúdos programáticos não se revestissem de
especificidades mesmo para o surdo. O que deve fazer a diferença é a questão da
comunicação.
Para que, os alunos surdos sejam integrados eficazmente há que se atentar para
os fatos:
Estrutura quanto aos recursos humanos, físicos e materiais.
Garantia de intérprete em cada sala de aula onde haja inclusão de surdos.
Garantia de complementação curricular, práticas de letramento no centro de
atendimento especializado na área da surdez.
Redução do número de alunos onde houver alunos surdos incluídos.
Idade cronológica compatível com os demais alunos da série.
Participação efetiva da família no processo educacional.
Capacitação dos recursos humanos do estabelecimento.
Reuniões gerais com a equipe da escola para avaliar o processo de integração
(inclusão educacional)
Professores bilíngues capacitados.
Avaliação da aprendizagem
A avaliação terá duas funções básicas, a principal é diagnóstica detectando, os
pontos de conflitos gerados do fracasso escolar, cedo utilizados pelo professor como
referenciais pela mudança nas ações pedagógicas, objetivando um melhor desempenho
do aluno.
A avaliação também terá a função classificatória, visando a promoção escolar do
aluno ou indicadores do status do individuo, num certo momento.
É importante lembrar que o professor não deve permitir que os resultados das
provas, geralmente classificatórias, sejam mais valorizadas em detrimento à suas
22
observações diárias. O professor deve ter noção, durante o ano letivo, da participação e
produtividade de cada aluno, a prova deve ser vista como mera formalidade.
Quanto a elaboração e aplicação das avaliações, há que se ter certos cuidados,
como, conteúdo adequado ao que foi trabalhado por escrito, não dando possibilidades de
dúvidas; quanto a dificuldade do surdo em redigir em Língua Portuguesa, deve-se a sua
dificuldade de compreensão dos textos lidos (conteúdo semântico) e que isto impede a
organização do nível conceitual. O aluno poderá ler, mas confundir o significado das
palavras.
Muitas vezes, só compreende o significado das palavras do uso cotidiano, o que
interfere no resultado final do trabalho com qualquer texto, mesmo o mais simples.
As dificuldades que a leitura acarreta ao surdo impedem a expansão do
vocabulário, e com isso, provocam a falta do hábito de ler. O reflexo desse circulo vicioso
reflete-se na pobreza do vocabulário e na falta de domínio das estruturas(forma) mais
simples da Língua Portuguesa. No nível estrutural (morfossintático), observa-se que, mais
constantemente, os alunos surdos não conhecem o processo de formação das palavras,
utilizando substantivos no lugar de adjetivo e vice – versa, omitem verbos, usam
inadequadamente as desinências verbais, desconhecem as irregularidades verbais, não
utilizam preposições e conjunções, ou o fazem inadequadamente. Além disso, tudo leva a
crer que, por desconhecerem a estrutura da Língua Portuguesa, utilizem, frequentemente,
estruturas da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para expressarem por escrito suas
ideias. Ao avaliar a produção escrita dos alunos surdos em Língua Portuguesa, os
professores deverão ser orientados para que:
• O aluno tenha acesso ao dicionário, e se possível, ao intérprete no momento do
exame;
• A avaliação do conhecimento utilize critérios compatíveis com as características
inerentes a esses educandos;
• A maior relevância seja dada ao conteúdo ( nível semântico), ao aspecto cognitivo
de sua linguagem, coerência e sequencia lógica das idéias;
• A forma da linguagem (nível morfossintático) seja avaliada com mais flexibilidade,
dando maior valor ao uso de termos da oração, como termos essenciais, termos
complementares e, por último, os termos acessórios, não sendo por demais
exigente no que diz respeito ao elemento coesivo.(Sueli Fernandes)
Ao avaliar a conhecimento do aluno surdo o professor não deve aceitar
passivamente os erros, mas sim anotá-los para que sejam estudados e analisados com o
23
aluno, para que possa superá-los.
A avaliação do surdo é um ponto que deve ser refletido constantemente pelos
profissionais da escola. O que é mais importante é que os alunos consigam aplicar os
conhecimentos adquiridos em seu dia-a-dia, de forma que estes possibilitem uma
existência de qualidade.
A importância da língua de sinais
Segundo a Professora Doutora Sueli Fernandes, no texto Avaliação de
Aprendizagem de alunos surdos. In: BOLSSANELO, M.A; ROSS, PR. Educação Especial
e avaliação da aprendizagem na escola regular. Curitiba ED. UFPR,2005.
A língua de sinais é utilizada pelas comunidades surdas que apresentam um
conjunto de regras fonológicas, morfológicas e sintáticas, ou seja, uma gramática própria.
A ausência de barreiras a sua aprendizagem pelas pessoas surdas se deve ao fato de a
língua de sinais possuir modalidade visual-espacial para sua realização: sua produção é
realizada por meio de processos visuais. Atualmente, a linguística da Língua de Sinais é
uma disciplina em expansão no mundo todo e suas pesquisas demonstram a importância
dessa língua para o aprendizado e desenvolvimento das pessoas surdas. No Brasil, as
pesquisas e linguistas como Quadros Karnopp (2004),Felipe e Monteiro (2001) e Ferreira
Brito (1995) têm trazido inúmeras contribuições para que conheçamos mais
profundamente a gramática da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
A educação bilíngue é uma situação linguística que compreende a utilização de
duas línguas na escolarização dos surdos: a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e a
Língua Portuguesa. Sendo o ideal que as crianças surdas aprendessem a língua de sinais
na família. A partir dessa base lingüística, dar-se-ia o ensino da Língua Portuguesa na
escola,com metodologia adequada ao ensino de segundas línguas, aprendizado a iniciar-
se na Educação Infantil.
O Intérprete educacional
O intérprete educacional é aquele que atua como profissional intérprete de LIBRAS
– língua brasileira de sinais na educação.
O Intérprete em sala de aula precisa
• Reforçar a autoridade do professor;
• Buscar o auxilio do professor no conhecimento prévio dos conteúdos serem
24
passados;
• Preservar a qualidade da interpretação e saúde pessoal através de intervalos e/ou a
presença de dois (ou mais) interpretes atuando;
• “Negociar” com o professor o setting de interpretação ( marcações) utilização do
quadro, iluminação, preparação da turma toda, etc... para que realmente ocorra a
inclusão e aprendizado;
• Ter formação específica para atuar nos diferentes níveis;
• Levar o aluno surdo a compreender a exata função do intérprete – ética da atuação;
• Ter o cuidado para não ratificar a exclusividade linguística do aluno, se tornando a
“única parte” de comunicação do surdo com a escola – romper mitos de comunicação;
• Saber atuar e interagir nas mais diferentes situações (setting) escolares;
• Esclarecer para o professor titular que os surdos não podem, ao mesmo tempo,
visualizar o intérprete, copiar, ler materiais, etc... simultaneamente. Os intérpretes
precisam de tempo para os surdos organizarem as ideias. É importante explicar como
funciona todo esse processo de interpretação;
• De alguma forma sensibilizar sobre os direitos e a privacidade dos surdos na escola;
• Ter a capacidade de adaptar a forma de interpretação de acordo com a solicitação do
surdo (ou da maioria): bilinguismo, bimodal, ct, oral, etc;
• Zelar pela saúde física (stress) trocando de intérprete a cada aula ( no máximo), ou
com intervalos de 5 a 10 minutos entre uma aula e outra;
• Explicar ao professor as estratégias diferenciadas para interpretar filmes vídeos,
discussões em grupo, leituras de textos, debates dos alunos, etc;
• Acertar com a escola e o professor como será a atuação do intérprete durante as
provas e exames finais;
• Desenvolver competências linguísticas não somente nas disciplinas específicas mas
também na interpretação “ voice-to-sign” e “sign-to-voice”.
• Caso a sala seja escurecida para a projeção de algum filme, explicar a necessidade de
um spotlight específico para o intérprete;
Estar ciente de que não pode inventar sinais “ao-bel-prazer” e as inicializações
manuais para palavras que não tem em LIBRAS serão utilizadas unicamente para
estas situações específicas e, logo depois, “deletadas” pela intérprete.
Marco operacional
25
Atividades escolares, em geral, e as ações didático – pedagógicas a serem
desenvolvidas durante o tempo escolar.
Nosso estabelecimento desenvolve projetos que possibilitem a integração entre os
componentes curriculares e busca o vínculo que a educação tem com a vida, às
necessidades e os significados dos educandos. Incute também valores humanos tais
como cooperação, responsabilidade e respeito.
Realizamos atividades diversas como gincanas, tardes culturais (participação pais na
escola), estimular nossos alunos a participarem de concursos, valorizando assim suas
produções:
Breve descrição das atividades desenvolvidas:
Semana Cultural: semana reflexiva, deverá acontecer conforme prevista em
calendário escolar no início do ano letivo. O projeto enfoca a importância que se deve
dar a cultura, ao saber em geral. Nessa semana trabalhamos alguns projetos, como:
Mostra de Talentos sempre intertextualizando algum tema da atualidade;
Visitações: durante o ano letivo, conforme conteúdo trabalhado, os educadores
levarão os alunos a visitas em museus, grutas, cinema, teatro, etc.
Concursos: Olimpíada de Matemática e Olimpíada de Língua Portuguesa
Projeto de desenho e poesia
Disciplinas envolvidas: Língua Portuguesa, Artes.
Período: Mês de junho.
Nº de alunos envolvidos: Todos os alunos.
Objetivo:
-Mostrar aos alunos a tipologia textual/poesia;
-Fazer com que os alunos interajam a imagem com a escrita;
-Desenvolver a leitura de imagens;
-Transpor a emoção na escrita;
Metodologia:
No início do mês estipulado para o referido concurso o professor passa um
tema para a produção do desenho e da poesia.
Os alunos produzem e entregam ao professor, o qual faz a correção da
poesia e então entrega aos alunos para que façam a reescrita.
A seleção das 3 melhores é feita pelos professores, equipe pedagógica e
administrativo.
26
Da mesma forma ocorre com os desenhos.
Os três primeiros lugares são divulgados no mural da escola e seus trabalhos são
expostos para todos os alunos da escola e também divulgado em um jornal da cidade.
Avaliação:
Produção de texto prático, utilizando as características próprias;
Produção do desenho observando cores e formato.
Projeto Mostra de Talentos
Disciplinas envolvidas: Todas.
Nº de alunos envolvidos: Todos.
Objetivo:
-Descobrir talentos de nossos alunos.
-Despertar o interesse para participação em grupo.
-Mostrar valores culturais.
-Fazer com que os alunos saibam se expressar em grupos.
Descrição do Projeto:
Inicialmente lançamos a proposta para nossos alunos, os quais deverão
inscrever conforme suas habilidades em categorias pré-determinadas para apresentação
ao público.
As categorias são a dança, canto, música, poesia, teatro e mímica.
A equipe pedagógica organiza tal apresentação e convida toda a escola
para prestigiar os talentos dos demais.
Avaliação:
O evento será realizado no mês de outubro.
Projeto: leitura em sala.
Período: Todas as sextas-feiras.
Disciplina envolvida: Língua Portuguesa.
Nº de alunos envolvidos: 65 (5ª e 8ª série período tarde).
Objetivo:
-Estimular os alunos à leitura.
-Desenvolver e aperfeiçoar a dualidade e escrita.
-Mostrar aos alunos os diversos tipos de gêneros textuais.
Metodologia:
27
-A cada aula é escolhido um gênero textual.
-Aula expositiva sobre o gênero a ser lido.
-Sugestão de leituras.
-Comentário sobre um livro pelo professor em sala.
-Atividades em sala sobre as leituras feitas pelo aluno.
-Leitura dramatizada de uma poesia ou narrativa.
Avaliação:
-Comentário sobre o livro ou gênero lido.
-Resumo.
-Atividade oral em sala.
Projeto desenvolvido na disciplina de Artes no 2/ bimestre – 5/ B
Tema: A Arca de Noé.
Professora responsável: Bernadete.
Objetivo: - Levar a turma a cooperar entre si, trabalhando em equipe.
- Observar animais em vídeo e reproduzi-los em desenhos.
- Cantar acompanhando ritmo e melodia.
Desenvolvimento:
1. Colorir um desenho da arca.
2. Ler o trecho da Bíblia – Gênesis, em forma de oração.
3. Ler a letra da música, cantá-la e ilustrá-la
4. Assistir o desenho animado “A Arca de Noé”.
5. Produzir fantoches de cartolina de animais presentes no filme em duplas e cada
dupla fará um casal de animais.
6. Uma dupla de alunos produzirá a arca de cartolina.
7. Assistir a uma comédia – versão do filme Arca de Noé.
8. Apresentar um musical com os fantoches.
Avaliação: Desempenho , produção e resultado das propostas.
Período:de 11 de junho a 09 de julho, portanto oito aulas. Teremos nove aulas,
mas uma será destinada a avaliação escrita sobre os conteúdos estudados.
Projeto: Violência Urbana
Período: 2º semestre
Objetivo:
28
- Mostrar os tipos de violência, causas e consequências.
- Expor políticas de segurança pública e social que sejam colocadas em prática
para evitar essas violências.
- Conscientizar os alunos que os problemas não são resolvidos através da
violência.
Metodologia: - Aula expositiva sobre o tema proposto.
− Confecção de cartazes, paródias, poesias, teatro, etc..
Recursos: - Documentários e textos sobre o assunto.
-TV prendrive e DVD (TV escola).
Avaliação: Através da participação, desempenho e colaboração dos educandos;
Projeto: Preconceito e Respeito
Período:2º Semestre
Objetivo:- Trabalhar preconceitos causas e consequências.
- Expor problemas sobre preconceito e como através do respeito como solucioná-
los.
- Conscientizar os alunos que é preciso e necessário o respeito a todos.
Metodologia:- Aula expositiva sobre o tema.
- Confecções de cartazes, paródias, poesias, danças, teatros.
Recursos:
- Textos sobre o assunto.
- TV pendrive e DVD.
Avaliação: - Participação, desempenho e apresentação das atividades propostas.
Projeto: Família e respeito
Período: 2º semestre
Professores responsáveis: Marcília e Bernadete.
Objetivo:
− Conscientizar os alunos que a base da educação e respeito vem da família.
− Trabalhar os problemas e conflitos familiares.
− Conscientizar os alunos à compreender e respeitar à seus pais por toda a vida.
Metodologia:
− Aula expositiva sobre o tema.
29
− Confecção de cartazes.
− Dramatização através de teatro.
− Criação de música, paródia, poema, etc.
Recursos:
− TV Pendrive.
− Textos.
Avaliação:
Participação e desempenho nas atividades propostas.
Projeto: As Drogas
Periodo: 1º semestre
Objetivo:
− Ensinar aos alunos as vantagens de não fazer o uso das drogas.
− Mostrar os malefícios que causa as drogas no ser humano.
− Divulgar os tipos de drogas presentes no mundo.
− Mostrar os problemas sociais que o usuário de drogas enfrenta.
− Mostrar as doenças que os usuários de drogas adquirem com o seu uso.
Metodologia:
− Aulas expositivas sobre o tema proposto.
− Confecção de cartazes sobre o tema, incluindo: colagem, desenhos, frases, etc..
− Criação de músicas, paródias e poemas.
− Dramatização do tema através de teatro.
Recursos:
-TV Pendrive
-DVD
Avaliação: Apresentação das atividades propostas.
Projeto: Hinos
Período:Mês de setembro.
Disciplina envolvida: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Artes,
Ciências.
Nº de alunos envolvidos: Todos.
Objetivo:
- Conhecer a letra dos Hinos.
30
- Desenhar as Bandeiras.
- A importância dos Hinos para nossa nação.
- O significado das palavras.
- Conhecer o Símbolo do nosso País, Estado e Município.
- O Brasão do País, Estado e Município.
Materiais utilizados:
- Papel, lápis de cor, lápis, dicionários, cd, rádio.
Bibliografia: Internet: Wikipédia
Projeto
Tema: Namorar ou Ficar?
Nº de alunos envolvidos: 7ª e 8ª séries,
Objetivo:
- Desenvolver a valorização do corpo e das pessoas como seres que possuem
sentimentos.
Descrição do Projeto:
A implantação do projeto surgiu a partir de alguns alertas detectados; caso de
“namoricos” na escola, brincadeiras de mau gosto (bilhetinhos) que utilizavam partes do
corpo dos colegas utilizando conotação sexual.
O Projeto conta com os seguintes passos:
- Apresentação e análise da música “Já sei namorar” dos Tribalistas.
- Debate e discussão a respeito do que é namorar, do que é ficar, sobre respeito e
valorização da figura do outro.
- Aplicação de uma dinâmica da Folha de Papel.
- Leitura do Texto “Ser ou não ser de ninguém”, conversar sobre sentimentos, troca
de experiências e casos reais.
- Caixinha de perguntas para a Pedagoga responder.
- O Projeto será aplicado na ocasião da falta de algum professor.
Plano de formação continuada para professores
• Grupos de Estudo, realizados por disciplinas,organizados pelo NRE.
• Cursos à distância TV Escola, Salto para o Futuro.
• Universidade do professor – Capacitação em Faxinal do Céu.
• Cursos ofertados pelo Estabelecimento, conforme a possibilidade da APMF.
31
• Capacitação e planejamento, a realizar-se conforme orientações do NRE.
• Hora-atividade: De acordo com as possibilidades, será distribuída de forma a favorecer
o trabalho coletivo dos professores que atuam na(s) mesma(s) turma(s), serie(s); ou
com a formação de grupo(s) que favoreça(m) o trabalho interdisciplinar. Usando a
hora-atividade para: atendimento a pais e alunos; estudos e reflexões sobre a pratica
pedagógica; correção das tarefas dos alunos, bem como de avaliações para
planejamento; troca de experiências e outros de interesse do(s) professor(es).
Relações professor/aluno
A interação professor X aluno estabelecida em sala de aula precisa fazer sentido e,
especialmente necessita ser bem compreendida pelos alunos.
Os “acordos” de trabalho entre professor e alunos envolvem a formação de
atitudes, esclarecendo sempre o que se espera dos educandos em determinadas
situações. Os acordos estabelecem as regras na sala de aula, organizando o trabalho
entre eles, os mesmos são estabelecidos baseando-se no Regimento Interno e também
naquilo que o professor julgar necessário ao bom andamento de sua disciplina, são
acordados desde o inicio do ano letivo, são flexíveis e passíveis de alterações.
Na sala de aula há que se ter à preocupação explícita em dar orientações claras,
cabendo ao professor esclarecer bem essas regras. Sempre as atitudes do professor
devem ser respeitosas e comprometidas com a aprendizagem de seus alunos.
Em nosso Estabelecimento de Ensino, todo o corpo docente e funcionários
enfrentam problemas com a falta de comprometimento com a escola e consequentemente
há indisciplina. O que podemos perceber que em grande parte deles, os pais não
acompanham a sua vida escolar, os mesmos não tem estímulos em casa, falta de limites
e valores humanos.
Sobre o conceito de indisciplina, Aquino (2003) afirma que “Os comportamentos
indisciplinados simplesmente obedecem a uma tentativa de impor a própria vontade sobre
a do restante da comunidade” (AQUINO, 2003, p. 14-15). Silva e Pestana (2006) afirmam
que tais comportamentos são: Manifestação de atos/condutas, por parte dos alunos, que
têm subjacente atitudes que não são legitimadas pelo professor no contexto regulador da
sua prática pedagógica e, consequentemente, perturbam o processo de ensino
aprendizagem (SILVA e PESTANA 2006, p. 7). Ambos os autores referem-se à disciplina
como algo que é imposto aos alunos e, como estes são sujeitos transformadores da
sociedade e agentes do próprio pensamento, não aceitam tal imposição demonstrando
32
atitudes que vão contra os princípios de disciplina defendidos pelos professores. Uma das
causas do aluno ter esse comportamento é a família, através dos problemas de diversas
ordens, o que podem acarretar a indisciplina escolar, talvez esse aluno conviva em um lar
desestruturado onde os pais não se respeitam e assim reproduzem o que presencia em
casa na escola. Além disso, problemas psicológicos e sociais atingem diretamente o
rendimento escolar, mais precisamente no fenômeno da indisciplina que se tornou, nos
últimos anos, um dos principais problemas da educação a nível nacional.
Outra possível causa da manifestação de indisciplina, muitas vezes, pode ser vista
como uma forma de se mostrar para o mundo, mostrar sua existência, em muitos casos o
indivíduo tem somente a intenção de ser ouvido por alguém, então para muitos alunos
indisciplinados a rebeldia é uma forma de expressão.
A indisciplina cresce constantemente, devido a nossa sociedade, na qual os
valores humanos tais como o respeito, o amor, a compreensão, a fraternidade, a
valorização da família e diversos outros estão sendo ignorados.
A seguir propomos algumas atitudes para minimizar esses problemas:
• Reforçar os valores humanos do coletivo escolar;
• Ficar mais atento ao atendimento individualizado do aluno, dando voz a ele e e
colocando-o no contexto da aula;
• Agir com coerência durante as aulas, respeitando sempre o que é cobrado;
• Chamar alguns alunos individualmente para conversar sobre suas atitudes, não
perante aos outros alunos;
• Chamar os pais, tendo respaldo e responsabilizá-los pelas atitudes de seus filhos;
• Elevar a autoestima dos alunos, valorizando-o e mostrando-o que é capaz;
• Propôr atividade de reflexão para o aluno realizar quando tem alguma atitude
errada.
A partir dessas proposições e atitudes todos estão comprometidos a colocá-las em prática.
Prática avaliativa
A Avaliação tem como objetivo diagnosticar o desenvolvimento dos alunos, e a
prática do docente, pesquisando e interpretando os conhecimentos, e atitudes dos
mesmos tendo em vista as mudanças de comportamentos propostas nos objetivos. A qual
constitui num trabalho conjunto entre Direção, Equipe Pedagógica e Corpo Docente
integrados na diagnose dos problemas que interferem no processo ensino-aprendizagem
33
para dar-lhes a solução adequada, a fim de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, bem como, diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
Como também proporciona condições para que seja possível ao professor tomar decisões
quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem, além de dados que permitam
ao Estabelecimento de Ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos
conteúdos e métodos de ensino. Possibilitando assim novas alternativas para o
planejamento do Estabelecimento de Ensino e do Sistema de Ensino como um todo.
Para isso, são utilizados instrumentos e técnicas de avaliação variadas, tais como:
testes de aproveitamento orais e escritos, questionários com apoio em pesquisa, tarefas
específicas, trabalhos de criação, observações espontâneas ou dirigidas e outras que
estiverem de acordo com a proposta de ensino atual, aplicando-se a todos os
componentes curriculares, independente do respectivo tratamento metodológico. A
sistemática da Avaliação do desempenho do aluno e de seu Rendimento Escolar é
contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos,
de acordo com o currículo e objetivos propostos pelo Estabelecimento de Ensino e os
resultados serão expressos em notas de 0,0 à 10,0 ( zero a dez vírgula zero ). Conforme
está no Regimento escolar deste Estabelecimento de Ensino.
Sendo assim, a nota do trimestre será resultante da somatória dos valores
atribuídos em cada instrumento de avaliação sendo valores cumulativos em várias
aferições, na sequencia e ordenação de conteúdos.
Na avaliação do aproveitamento escolar deve preponderar os aspectos qualitativos
da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos
conteúdos .
Dar-se-a relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração
pessoal, sobre a memorização.
O rendimento mínimo exigido para aprovação é de valor 6,0 (seis) por disciplina e
conteúdos específicos. Portanto, cabe ao Conselho de Classe o acompanhamento do
processo de avaliação da série, e deve debater e analisar todos os dados intervenientes
na aprendizagem.
A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários devem ser
assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação.
A avaliação do ensino da Educação Física e Educação Artística adota
procedimentos próprios, visando o desenvolvimento formativo e cultural dos alunos,
levando em consideração que a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua
34
participação nas atividades práticas e teóricas realizadas.
Os resultados da avaliação são registrados em documentos próprios, a fim de
serem asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno, cuja
comunicação destes é feita trimestralmente aos alunos e seus responsáveis, através de
boletins informativos. Lembrando que essas avaliações, devem-se dar ênfase a
recuperação de estudos, através de reavaliações, retomando conteúdos cujas falhas se
tornaram visíveis no rendimento escolar do aluno e, tem por objetivo proporcionar aos
mesmos, oportunidade de melhoria. Enquanto que as avaliações bimestrais são
resultantes da somatória dos valores atribuídos a recuperação de estudos dar-se-à de
forma permanentemente ao processo de ensino e aprendizagem, podendo ser realizada
por blocos de conteúdos
Recuperação de estudos
A Recuperação de conteúdo tem como objetivo proporcionar aos alunos
oportunidade de melhoria de aproveitamento a qual será feita de forma contínua, ao
longo da série ou período letivo.
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem pela qual o aluno, com
aproveitamento escolar insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a
apreensão de conteúdos básicos.
A recuperação de estudos é planejada, constituindo-se num conjunto integrado ao
processo de ensino além de se adequar às dificuldades dos alunos.
A recuperação contínua assumirá a seguinte forma:
I - realizada segundo a determinação do conjunto docente da instituição de forma
coerente com a disciplina por ele aplicada.
II – desenvolvida a partir de blocos de conteúdos, sempre que forem constatadas
dificuldades ou falhas de aprendizagem, através do uso de diferentes estratégias e
metodologias pelo professor da disciplina.
III – Organizada com atividades significativas por meio de procedimentos didático –
metodológicos diversificados.
Na Recuperação de Ensino o professor considera a aprendizagem do aluno no
decorrer do processo e, para aferição do bimestre, são considerados os progressos dos
alunos em todas as atividades propostas.
Os resultados da Recuperação de Estudos devem incorporar-se aos das
avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente
35
do aproveitamento escolar.
Da promoção
Conforme a Deliberação 007/99:
As situações de aprovação e reprovação dos alunos serão definidas após a
apuração dos resultados de frequência e de aproveitamento.
I - Serão considerados aprovados os alunos que:
a) Apresentarem frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do
total da carga horária do período letivo e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula
zero), resultante da média aritmética dos trimestres, nas respectivas disciplinas, como
segue:
M.A.= 1º Trimestre + 2º trimestre + 3º trimestre = no mínimo seis (seis)
3
II - Serão considerados reprovados os alunos que:
a) Apresentarem frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento)
sobre o total da carga horária do período letivo e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula
zero)
b) Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga
horária do período letivo, com qualquer média anual
O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por
cento) e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero), ao longo da série ou período letivo,
será submetido à análise do Conselho de Classe que definirá pela sua aprovação ou não.
Encerrado o processo de avaliação, será registrado, no histórico do aluno, sua
condição de aprovado ou reprovado.
Da classificação
Conforme a Deliberação 09/01:
“Classificação é o procedimento que o estabelecimento adota, segundo critérios
próprios, para posicionar o aluno em série compatível com a idade, experiência e
desempenho adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação pode ser realizada:
a) por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento, a série anterior
na própria escola;
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do
36
exterior, considerando a classificação na escola de origem;
c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela
escola, que define o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua
inscrição na série adequada.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos aluno, da Escolas e
dos profissionais:
a) proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
b) comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para
obter deste o respectivo consentimento;
c) organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da Escola para
efetivar o processo;
d) arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
e)registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
Medidas disciplinares
O aluno será avaliado, orientado advertido. Os méritos pelo esforço de superação
pessoal serão avaliados e valorizados.
Serão consideradas faltas ou ocorrências disciplinares graves, dentre:
- Brigas;
- Agressão ao colega propositalmente;
- Brincadeira de mau gosto com consequência imprevisível;
- Desacato a autoridade;
- Gazear aula;
- Sair da escola sem permissão;
- Furto;
- Dano proposital ao patrimônio da escola;
- Porte de objeto ofensivo de qualquer espécie.
- Transgredidas as normas estabelecidas serão tomadas as seguintes medidas:
- Advertência oral;
- Registro da ocorrência em ficha própria;
- Retirada do aluno de sala de aula para realização das atividades junto a equipe
pedagógica;
37
- Retratação – expor diante dos professores e equipe pedagógica o motivo que o
levou a ter tal atitude e comprometimento em não mais fazê-lo;
- Conversa com pais e ou responsáveis;
− Encaminhamento ao Conselho Escolar que tomará as providências cabíveis.
38
Proposta Pedagógica – Ensino Fundamental
Proposta Curricular de Arte
Apresentação Geral da Disciplina
39
Despertar no aluno do Ensino Fundamental a busca pelo conhecimento em arte é
algo indispensável para o desenvolvimento sócio-cultural do indivíduo.
A arte estimula a sensibilidade e a criatividade do aluno, que passará a ter uma
nova visão do mundo e um vasto campo de ideias. Também entenderá que existem
diversas manifestações artísticas e algumas delas poderão favorecer-lhe o interesse por
maior aprofundamento ao longo da vida. O ensino artístico no Brasil sempre sofreu um
certo descaso, por não ser considerada por muitos educadores como fator de
conhecimento humano. Outro fator foi a hegemonia do desenho geométrico e a geometria
descritiva que chateava os alunos e limitava a criatividade, a sensibilidade e formulação
de um toque pessoal através de suas percepções de seu modo de criação.
Quando prevalece a técnica, um conjunto de idéias não é elaborado
sensivelmente. A sensibilidade é obtida através da interatividade da percepção estética,
da relação interpessoal, intergrupal e interdisciplinar. E uma forma de valorizar o
conhecimento em arte no Ensino fundamental é através de um projeto coletivo e integrado
o ensino da arte a outras disciplinas, usando os temas transversais, trabalhadas na a área
de linguagem e códigos. Diversas formas podem ser exploradas uma vez que a prática
artística envolve expressão visual, a expressão oral e expressão corporal e expressão
musical.
A arte existe desde a pré-história e muito do que sabemos sobre os antepassados
primitivos se deve às pinturas rupestres ( 40.000 A . C.)
Durante a antiguidade e idade média e até poucos séculos a arte teve a função de
registrar o momento histórico. Em muitos acontecimentos e personalidades históricas só
podem ser visualizados pela fiel retratação dos artistas da época. O homem pré-histórico,
em épocas remotas, já possuía o desejo de comunicar-se com seu meio e quem sabe
com as gerações futuras e passou a desenvolver a arte como primeira forma de
linguagem visual, e estes símbolos mais tarde criaram a escrita e através da escrita foi
possível difundir o conhecimento e o conhecimento nos faz caminhar até hoje.
Objetivos
• Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, nas linguagens da arte
(música, artes visuais, dança, teatro) analisando, refletindo e compreendendo os
diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações sócio-
culturais e históricas.
• Democratizar a produção cultural.
40
• Propiciar ao aluno oportunidades de leitura das diferentes culturas, superando
preconceitos e valorizando a riqueza da diversidade.
• Apreciar produtos da arte em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto a
fruição quanto à análise estética,conhecendo,analisando,refletindo e
compreendendo critérios culturalmente construídos e embasados em
conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico,
psicológico, semiótico, científico e tecnológico, dentre outros.
• Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações da arte- em suas
múltiplas linguagens – utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos,
interagindo com o patrimônio nacional e internacional que se deve conhecer e
compreender em sua dimensão sócio-histórica.
• Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro, bem
como aspectos sócio-culturais de outros povos e nações através da história da arte
e de seu contexto, posicionando-se contra qualquer discriminação baseados em
diferenças culturais, de classe social de crenças, de sexo, de etnia ou outras
características individuais e sociais.
Conteúdos de Artes
5ª série
Artes Plásticas
Ponto
Linha
Superfície e textura
Cor – primárias de tinta e de luz e secundárias.
Arte pré-histórica e egípcia
Música
Altura, duração, intensidade, timbre, densidade
Notas musicais, pauta, escala musical
Ritmo corporal – altura, duração, timbre (diversos sons) e intensidade
Teatro:
Iniciação ao teatro – teatro de bonecos, máscaras (personagens) e expressões
vocais.
Ação.
Dança:
41
Movimento : ação articulada no tempo e espaço.
6ª série
Artes Plásticas
Volume
Luz
Cor – neutras, secundárias, quentes e frias.
Ponto
Linha
Textura
Composição criativa com materiais recicláveis
Confecção de máscaras – cultura Afro-brasileira.
Arte grega e romana.
Música
Audição de vários gêneros musicais
Altura
Duração
Composição rítmica
Teatro
Jogos dramáticos: expressões faciais, vocais, corporais, mímicas.
Dança
Gêneros da dança.
Pontos de apoio.
Deslocamento.
7ª série
Artes Plásticas
Superfície e textura
Volume
Luz
Cor – sensações cinestésicas
Linguagem da cor: o que cada cor lembra ou reações produzidas por cada cor.
Cores quentes frias, neutras, primárias de tinta, de luz e secundárias.
Movimentos artísticos da Idade Média: Renascimento, Rococó, etc.
42
Música
Improvisação melódica
Música engajada
Teatro
Encenação
Equipe técnica: diretor, cenógrafo, sonoplasta, figurinista.
Dança
Danças diferentes de várias etnias
Improvisação coreográfica
8ª série
Artes Plásticas
Ponto
Linha
Luz
Volume
Percepção e utilização da cor – estamparia colorida, escolhendo um grupo de
cores.
Movimentos artísticos do século XX: Surrealismo, Expressionismo, Op Art, etc.
Releituras.
Música
Gêneros musicais
Indústria cultural
Improvisação harmônica
Teatro
Produção da peça teatral
Equipe técnica
Dança
Tempo e espaço:
Composição coreográfica
Coreografias com materiais.
Encaminhamento metodológico
A identidade artística estimula o fortalecimento da experiência sensível e inventiva
43
do aluno,ao mesmo tempo as relações humanas e solidárias, pois a prática do ensino
artístico muitas vezes requer o trabalho de campo e a coesão de grupos interagindo em
torno de diversos objetivos.
Na nossa história de ensino de arte sempre foi tratada em segundo plano por
organizadores escolares e educadores, principalmente quando nos referimos ao ensino
artístico como motivo de conhecimento humano, teses de reflexão, fator de equilíbrio
emocional e estimulante no ensino artístico no projeto coletivo das disciplinas do ensino
fundamental.
A diversidade do campo de pesquisa do ensino artístico oferece descobertas
sensacionais, principalmente no estudo da história da arte e seus significados nas
civilizações antigas e sua relação com o ser humano desde a época mais remota.
Possibilita ao aluno visualizar no campo musical memórias de uma época de ouro
onde a sociedade cantava e dançava muito e a música estava presente em quase todos
os lares e a dança, bem como talento musical, eram requisitos quase indispensáveis na
ascensão social.
É preciso resgatar os valores e a importância que a arte representa na história da
humanidade e possibilitar aos jovens o entendimento de que a arte, nas suas diversas
formas de materialização, música, teatro, artes plásticas, possui uma linguagem visual e
musical universais indiferente do ser, da pátria de origem que as produzem, ou seja, uma
boa música, uma linda escultura, uma rica coreografia, podem ser apreciadas em
qualquer lugar do mundo, até mesmo por parte dos povos antípodas, fato que jamais irá
ocorrer nas demais áreas do conhecimento, política, sistema monetário, etc...
As atividades propostas na área de arte deverão garantir e ajudar os alunos a
desenvolver modos interessantes, imaginativos e criadores de fazer e de pensar sobre a
arte, exercitando seus modos de expressão e comunicação. Deverão também abordar
diversos modos de ver, ouvir e sentir a arte. Mostrar aos alunos, diferentes produções
musicais, arranjos, músicas orquestradas, compositores contemporâneos, mas também
os clássicos e de outras culturas. Isso se dará através de vídeos, áudios, tv pendrive,
debates, comparações.
O professor usará de três momentos, em cada um dos conteúdos:
Teorização – pois a arte é um campo do conhecimento humano, criação e trabalho
de indivíduos histórica e socialmente datados, de modo que cada conteúdo deve
ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a obra.
Sentimento e percepção – é o momento da leitura das obras, onde o artista
44
imprimiu sua visão de mundo, naquela época e naquele contexto histórico.
Realização do trabalho artístico – é a vivência, o fazer, o exercício da imaginação e
da criação do aluno.
Esses momentos poderão acontecer um de cada vez ou simultaneamente.
Avaliação
A avaliação no ensino da arte é fundamental porque a aquisição dos conteúdos
básica das linguagens artísticas, aliadas ao exercício formal, concretiza a possibilidade de
acesso aos meios de produção da mesma. Objetivo de avaliação em artes não será o
conteúdo em si, mas a presença desta nos trabalhos artísticos individuais, em grupos, e a
produção social da arte e percebendo correlações entre o que fez na escola e o que foi
realizado pelos artistas na sociedade no âmbito local, regional, nacional e internacional.
Aprender arte envolverá, além do desenvolvimento das atividades artísticas e
estéticas, apreciar arte e situar a produção social de arte de todas as épocas nas diversas
culturas. A partir das culturas vividas no seu meio sócio-cultural e integrando outros
estudos, pesquisas,confrontando opiniões, refletindo sobre seus trabalhos artísticos, os
alunos irão adquirir competências e habilidades que se estenderão para outras produções
ao longo da sua vida.
A avaliação decorrerá do paralelo estabelecido entre os conteúdos específicos e
critérios que se configuram no trabalho do aluno e na leitura das diferentes
representações, através do reconhecimento e utilização , das normas e códigos da
plástica, música e teatro, de procedimentos e recursos técnicos da linguagem artística, da
relação dos códigos de representações com seus diferentes significados.
A avaliação será um meio e não um fim, levando em conta as diferenças individuais
dos alunos e as competências e habilidades a serem desenvolvidas. Ela será um
processo que terá como função situar tanto o aluno quanto o professor de aquisição e
elaboração dos conteúdos de ensino.
Na avaliação de artes serão propiciadas diversas formas de avaliar o aluno, tem
como: trabalhos artísticos escritos e pesquisas bibliográficas, criações individuais e
coletivas,trabalhos práticos, trabalhos com projetos, atividades extra classe (exposições,
museus, teatros, etc...),entrevistas, análise de textos, músicas, desenhos,atividades em
grupos, avaliações escritas, exposições orais de conteúdos, debates, dramatizações
diversas, leitura de imagens diversas, audição de variadas fontes musicais, uso de vídeos
e computador.
45
Os critérios serão estabelecidos no início de cada bimestre: criatividade,
participação na elaboração, organização, coerência, capricho, ordem, acertos ( para as
avaliações ),etc. Os alunos estarão cientes dos mesmos.
Referencias
4 Volumes: Desenho – André Herling e Eyi Yayima
4 Volumes: Viver com arte – Natália Xavier e Albano
Arte no Brasil
Educação Artística: Área de comunicação e expressão
Ivone Luzia Vieira, José A P. de Moura.
4 Volumes: Reviver nossa arte – Thelma Vasconcelos e Leonardo
Nogueira. Música e comunicação – Luiz Martins Abrahão.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO –Diretrizes curriculares para o
Ensino de Artes – julho/2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte
para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica.Curitiba. 2008
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.
Texto elaborado pelos participantes dos encontros de formação continuada/Orientações
Curriculares. Curitiba:SEED/DEM, 2003/2005. Mimeo.
“O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na
intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas
inexplicáveis e
pessoas incomparáveis". Fernando Pessoa
Proposta Curricular de Ciências
Apresentação Geral da Disciplina
A disciplina de ciências constitui um conjunto de conhecimentos necessários para
compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no mundo. Por
isso estabelece relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos,
em cujos cenários estão entre os problemas reais, a pratica social.
46
Entendemos que é apropriação e discussão de conteúdos que historicamente
compõem o currículo de ciências, articulados a realidade, que se possibilita aos
educadores situarem-se na sociedade, compreenderem o que ocorre ao seu redor e
assumirem uma postura crítica para intervir no seu contexto social.
Pautado nessa concepção, o processo de ensino e aprendizagem de ciências
valoriza a dúvida, a contradição à diversidade e a divergência, o questionamento das
certezas e incertezas, e faz superar o tratamento curricular por eles mesmos, de modo a
dar prioridade à função social.
Até a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases n.4.024/61, ministravam-se aulas
de Ciências Naturais apenas nas duas últimas séries do antigo curso ginasial. Essa lei
estendeu a obrigatoriedade do ensino da disciplina a todas as séries ginasias. Apenas a
partir de 1971, com a Lei n.5.692, Ciências Naturais passou a ter caráter obrigatório nas
séries do ensino fundamental.
Quando foi promulgada a Lei n.4.024/61, o cenário escolar era dominado pelo
ensino tradicional. Aos professores cabia a transmissão de conhecimentos acumulados
pela humanidade, por meio de aulas expositivas, e aos alunos, a absorção das
informações. O conhecimento científico era tomado como neutro e não se punha em
questão a verdade científica. A qualidade do curso de estudo e avaliação era o
questionário, ao qual os alunos deveriam responder detendo-se nas idéias apresentadas
em aula ou livro-texto escolhido pelo professor.
As propostas para o ensino de Ciências debatidas para a confecção da lei
orientavam-se pela necessidade de o currículo responder ao avanço do conhecimento
científico e as demandas geradas por influência da Escola Nova.. A preocupação em
desenvolver atividade experimental começou a ter presença marcante nos projetos de
ensino e nos cursos de formação de professores. O objetivo fundamental do ensino de
Ciências passou a ser o de dar condições para o aluno identificar problemas a partir de
observações sobre um fato, levantar hipóteses, testa-las, refuta-las e abandona-las
quando fosse o caso, trabalhando de forma a tirar a conclusões sozinho. O aluno deveria
ser capaz de “redescobrir”o já conhecido pela ciência, apropriando-se da sua forma de
trabalho, compreendida então como “o método científico”,: uma seqüência rígida de
etapas preestabelecidas.
A ênfase no “método científico “ acompanhou durante muito tempo os objetivos de
Ciências Naturais, levando alguns professores a, inadvertidamente, identificarem
metodologia científica com metodologia do ensino de Ciências.
47
Em meados da década de 70, instalou-se uma crise energética sintoma da grave
econômica mundial, decorrente de um ruptura com o modelo desenvolvimentista
deflagrado após a Segunda Guerra Mundial. Os problemas relativos ao meio ambiente e à
saúde começaram a ter presença quase obrigatória em todos currículos de Ciências
Naturais, mesmo que abordados em diferentes níveis de profundidade e pertinência.
Faz-se necessária a discussão das implicações políticas e sociais da produção e
aplicação dos conhecimentos científicos e tecnológicos, tanto em âmbito social como nas
salas de aula. No campo do ensino de Ciências Naturais as discussões travadas em torno
dessas questões iniciaram a configuração de uma tendência do ensino, conhecida como
“Ciência, Tecnologia e Sociedade”( CTS), que tomou vulto nos anos 80 e é importante até
os dias de hoje.
Ao longo das várias mudanças, as críticas ao ensino de ciências voltavam-se
basicamente à atualização dos conteúdos, aos problemas de inadequação das formas
utilizadas para transmissão do conhecimento e a formulação da estrutura da área.
Nos anos 80 a análise do processo educacional passou a ter como tônica o
processo de construção do conhecimento científico pelo aluno.
Desde os anos 80 até hoje é grande a produção acadêmica de pesquisas voltadas
a investigação das pré-concepções de crianças e adolescentes sobre os fenômenos
naturais e suas relações com os conceitos científicos. Uma importante linha de pesquisa
acerca dos conceitos intuitivos é aquela que, norteada por idéias pagetistas, se
desenvolve acompanhada por estudos sobre a História das Ciências, dentro e fora do
Brasil.
Objetivos específicos da disciplina
- Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade,
como agente de transformação do mundo em que vive, em relação essencial com os
demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
- Identificar relações entre o conhecimento cientifico, produção de tecnologia e
condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a
tecnologia como meio de suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre
riscos e benefícios das praticas cientifico-tecnologicas.
- Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento e uma
atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica,
política e cultural;
48
- Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos
que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
- Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de
elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e
atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
- Saber utilizar conceitos básicos, associados à energia, matéria, transformação,
espaço, tempo, sistemas, equilíbrio e vida;
- Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta,
comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e
informações;
- Valorizar o trabalho em grupo sendo capaz de ação e cooperativa para a construção
coletiva do conhecimento.
5ª Série:
Conteúdos estruturantes:
Biodiversidade;
Astronomia;
Energia;
Matéria.
Conteúdos específicos:
Ecologia
A Terra e seus componentes bióticos e abióticos.
Conceitos fundamentais: Biosfera, ecossistema, comunidade, população, habitat e
nicho ecológico.
Fotossíntese e sua importância;
Cadeia e teia alimentar;
Relações ecológicas;
Origem do planeta Terra à partir do Big Bang;
Camadas da Terra: litosfera, hidrosfera e atmosfera.
O solo
Formação das rochas;
Tipos de Rochas;
Fósseis;
49
Formação do solo, subsolo e rocha matriz;
Componentes do solo;
Tipos de solo (arenoso, argiloso, calcário e humífero);
Aproveitamento do solo e tipos de erosão;
Combate à erosão;
Poluição e contaminação do solo;
Principais doenças transmitidas à partir do solo contaminado (tétano, ancilostomose,
teníase, ascaridíase,
toxoplasmose);
Lixo e Reciclagem.
Agua
Origem, importância, disponibilidade de água potável e fórmula química da água;
Estados físicos e propriedades da água;
Ciclo da água na natureza e a interferência do homem neste;
Habitat aquático: plâncton, necton e bento;
Saneamento básico (ETA e ETE); poluição das águas;
Doenças transmitidas pela água: cólera, amebíase, leptospirose, esquistossomose,
dengue e malária.
Ar
Importância para os seres vivos;
Composição do ar e camadas da atmosfera;
Propriedades do ar;
Poluição e contaminação do ar;Doenças transmitidas pelo ar: poliomielite, sarampo, rubéola, caxumba, varicela,
gripe, meningite, tuberculose e pneumonia.
6ª Série:Conteúdos estruturantes:Biodiversidade;
Sistemas Biológicos.
Conteúdos específicos:
Principais características dos seres vivos;
Classificação dos seres vivos;
Origem da vida;
50
Reinos dos seres vivos: caracterização geral
Vírus;
Reino Monera.
Reino Protista
Reino Fungi;
Reino plantae:
-Algas Unicelulares;
-Briófitas;
-Pteridófitas;
-Gimnospermas;
-Angiospermas: raiz, caule, folhas, flor, furto e semente.
-Os vegetais e o homem.
-Reino animal:
- Invertebrados:
- Poríferos;
- Celenterados;
- Platelmintos;
- Nematelmintos;
- Anelídeos;
- Moluscos;
- Artrópodes;
- Equinodermos
- REINO ANIMAL: Vertebrados:
- Peixes
- Anfíbios;
- Répteis;
- Aves
- Mamíferos.
7ª Série:
Conteúdos estruturantes:
- Sistemas Biológicos;
51
- Biodiversidade.
Conteúdos específicos:
Organização do corpo humano: noções citológicas, diferentes tecidos;
A função dos alimentos: Metabolismo, Carboidratos, Proteínas, Lipídios, Vitaminas,
Sais Minerais;
Cuidados com a alimentação: Obesidade, Bulemia, Destruição, Anorexia;
Sistema digestório: Anatomia e fisiologia do sistema, Funções dos nutrientes,
doenças do sistema;
Sistema Circulatório: Anatomia e fisiologia do sistema,Sangue, Vasos
sangüíneos ,Coração,Grupos sangüíneos, Rh, transfusões doenças do sistema;
Sistema Respiratório: Anatomia e fisiologia do sistema, Inspiração e
respiração,Trocas gasosas, doenças do sistema;
Sistema Excretor: Anatomia e fisiologia do sistema, doenças do sistema;
Sistema Nervoso: Anatomia e fisiologia do sistema; Neurônios; Encéfalo; Medula
espinhal;
Sistema nervoso central e periférico; Atos voluntários e ato reflexo, efeito de drogas
no sistema;
Sistema Endócrino: Glândulas endócrinas e exócrinas, funções e distribuição dos
hormônios;
Sistema Locomotor: Ossos, Músculos, articulações;
Os Sentidos: Os órgãos dos sentidos, função dos sentidos, cuidados com os
órgãos;
Sexualidade e sistema Reprodutor: Reprodução e preservação da espécie,
Sexualidade humana, transformações do corpo em diferentes fases da vida,
sistema reprodutor masculino e feminino, ciclo menstrual, fecundação e métodos
anticoncepcionais, DSTs e prevenção;
Genética e clonagem.
8ª Série:
Conteúdos estruturantes:
Matéria;
Energia;
Astronomia.
Conteúdos específicos:
52
- O universo;
- Sistema Solar;
- Matéria e suas propriedades;
- Estados físicos da matéria e mudanças de estado físico;
- Evolução dos conceitos químicos;
- Separação de misturas homogêneas e heterogêneas;
- O átomo;
- Características dos átomos;
- Classificação Periódica;
- Química e meio ambiente;
- Substancias, misturas e combinações;
- Classificação dos elementos químicos;
- Ligações químicas;
- Representações químicas das substancias;
- Reações químicas;
- Ácidos e bases;
- Sais e óxidos,
- As leis químicas;
- Introdução ao estudo dos movimentos;
- Movimento variado;
- Estudo das forças: Força de atrito, trabalho, potencia e energia;
- As forças e as leis do movimento;
- A força de gravidade e a lei da Gravitação Universal;
- Maquinas simples;
- Calor e temperatura;
- Produção, propagação e efeitos do calor;
- As ondas e o som;
- Espelhos;
- Lentes;
- Magnetismo;
- Eletricidade;
- A luz, parte visível do espectro eletromagnético.
Metologia da disciplina
53
Ao considerar a concepção dos princípios da disciplina de ciências julga-se
necessário que o aluno seja o sujeito ativo que colabora progressivamente na construção
de seu conhecimento.
Propõem-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados de forma crítica e
histórica, de modo a considerar a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e
biológicos para favorecer a compreensão dos fenômenos, uma vez que esses
conhecimentos são contribuições das ciências de referência e devem ser vistos em todas
as séries finais do Ensino Fundamental.
Com base nessa concepção, o ensino de ciências fará uso de aulas expositivas;
leitura e interpretação de textos, gráficos e imagens, debates e seminários, elaboração de
pesquisas, painéis e folders; construção de modelos didáticos;participação em aulas de
campo e laboratório, jogos de simulação; projetos individuais e em grupo; dinâmicas de
dramatizações; palestras; visitas; enfim, utilizando-se de todos os recursos tecnológicos
disponíveis, de acordo com a realidade da escola.
Avaliação
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem
possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos,
contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriaram dos
conteúdos específicos tratados nesse processo.
É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática a partir de
critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor, que consideram aspectos como os
conhecimentos que os alunos possuem, o confronto entre esses conhecimentos e os
conteúdos específicos, as relações e interações estabelecidas por eles no seu processo
cognitivo, ao longo do processo de ensino e de aprendizagem e no seu cotidiano.
Para que esta proposta de avaliação possa atender ao que se propõe, são
necessários recursos e instrumentos avaliativos diversificados, tais como seminários,
avaliações escritas, resolução de atividades propostas em sala de aula, confeção de
histórias em quadrinhos e cartazes . A coerência entre os critérios propostos e a natureza
dos instrumentos avaliativos é fundamental para propiciar uma avaliação real do
progresso cognitivo dos alunos.
Referencias
ANDREY,M.A.et.al. Para compreender a ciência. 5.ed. Rio de Janeiro:Espaço e
54
Tempo, 1994.
CHASSOT,A. A ciência através dos tempos. 2 ed.São Paulo:Moderna,2004.
CRUZ,C. M. et al.Fundamentos teóricos das ciências naturais. Curutiba: IESDE,
2004.
CRUZ,D. Ciências e educação ambiental. 2 ed. Rio de Janeiro,2004.
GEWANDSZNAJDER, F. Ciências. 2ed.São Paulo, 2002.
KNELLER, G.F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro, 1980.
LOPES, S. Biologia. 1ed. São Paulo, 2005.
RONAN,C.A. Historia ilustrada da ciências.São Paulo, 1987.
VALLE,C. Vida e ambiente. 1ed.Curitiba, 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – Diretrizes curriculares de ciências
para o Ensino Fundamental
Diretrizes Curriculares de ciências para a educação básica do estado do pr –
Curitiba 2008.
Proposta Curricular de Educação Física
Apresentação Geral da Disciplina
A Educação Física deve ser entendida como Princípio de Liberdade. Desta forma,
o homem ao praticá-la deve buscar valores éticos a morais, tais como: a verdade, a
beleza, a eficiência da sociedade, a justiça, a paz e os direitos humanos; o equilíbrio
ecológico, a aventura, a qualidade de vida. Estes são elementos da prática de uma forma
equilibrada e se completando, levam à conquista da liberdade e da cidadania.
A Educação Física enquanto disciplina que compõe a grade curricular dos
estabelecimentos de ensino, tem os mesmos objetivos da educação, ou seja, deve
preocupar-se com o desenvolvimento integral do ser humano, utilizando para isso, suas
atividades - meio que se concretizam pelo movimento.
Como disciplina integrante do currículo, deve estar fundamentada produção do
conhecimento, tendo consciência de seus condicionantes histórica – sociais e sendo um
instrumento de apropriação do saber. Deve ter como princípio a relação dialética de
compreensão da realidade social, calcada numa concepção histórico – crítica de
educação, que pressupõe o entendimento do aluno nas diversas relações, respeitando
seus interesses, sua maturação e as experiências anteriores adquiridas.
As transformações que se podem fazer no conhecimento de forma duradoura para
traduzir em qualidade de vida, precisam ser medidas pela educação. A abordagem da
55
relação entre “atividade física e qualidade de vida” deverá ir além das próprias aulas de
Educação Física, mediante informações que evidenciem a preocupação com a promoção
da saúde e que forneçam subsídios que possam levar os alunos a se conscientizarem da
importância da atividade física como uma prática regular no seu dia-adia. Nesta
perspectiva, esta disciplina deverá orientar esta prática para a percepção da atividade
física e esportiva como um componente cultural responsável pela cultura corporal e
esportiva presente na sociedade atual em que o aluno esta inserido. É por meio da
educação Física que ele, agora adolescente, incorpora a atividade física como uma
prática necessária e regular, proporcionando assim uma política de melhoria na qualidade
de vida durante e após sua vida escolar.
Pensando, na continuidade do que foi desenvolvido no Ensino Fundamental,
podemos constatar numa forte inclinação ao trabalho com os esportes e, principalmente,
a mesma metodologia de ensino – a execução de fundamentos, seguida de vivências de
situações de jogo.
Contudo, é possível constatar em algumas escolas um aprofundamento tático das
modalidades, o que nos dá a impressão de que o sentido da Educação Física passa a ser
o comportamento estratégico durante a prática desportiva.
Para a efetividade da presente proposta devemos buscar a excelência de conhecimentos
no ensino da Educação Física, dentro de uma concepção histórica – crítica de Educação.
Para tanto o resgate do compromisso social na ação pedagógica da Educação Física no
sentido da transformação do “como é, para o “como poderá ser”, deve ser conquistado.
Objetivos
- Fazer com que os alunos dominem os conhecimentos básicos científicos, com
relação a importância da atividade física e aos desportos, a socialização, a consciência do
respeito mútuo, a dignidade e solidariedade nas práticas da cultura do movimento, bem
como sua pluralidade. Ter noções dos cuidados com o corpo, desenvolvendo hábitos de
higiene e alimentação, e noções de primeiros socorros no esporte. E uma vez de posse
desses conhecimentos buscarem aplicá-los no seu cotidiano, vivenciando sempre o
processo de investigação científica e tecnológica.
- Organizar os conhecimentos necessários para a continuidade das discussões da
versão preliminar das Diretrizes Curriculares de Educação Física.
- Propor ações pedagógicas para implementação das Diretrizes Curriculares de
56
Educação Física, em sua versão preliminar.
- Retomar os conceitos específicos da área aprofundando a concepção proposta
nas Diretrizes Curriculares de Educação Física, em sua versão preliminar.
Conteúdos estruturantes
• Manifestações esportivas: origem dos diferentes esportes e sua mudança na
história, o esporte como fenômeno de massa, princípios básicos dos esportes, táticas
e regras, o sentido da competição esportiva, possibilidades dos arremessos,
deslocamentos, passes, fintas, práticas esportivas: esportes com ou sem
equipamentos.
• Manifestações de ginástica: origem da ginástica e sua mudança no tempo:
diferentes tipos de ginástica, práticas de ginásticas, cultura da rua, cultura do circo:
malabares, acrobacia;
• Brincadeiras, brinquedos e jogos: a construção coletiva de jogos a brincadeiras: por
que brincar? Oficinas de construção de brinquedos; brinquedos e brincadeiras
tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas, diferentes manifestações e tipos
de jogos, jogos e brincadeiras com ou sem materiais, diferenças entre jogo e esporte;
• Manifestações estético-corporais na dança e no teatro: a dança e o teatro como
possibilidades de manifestações corporais, diferentes tipos de dança, por que
dançamos? Danças tradicionais e folclóricas, desenvolvimento de formas corporais
ritmico-expressivas: mímica, imitação e representação, expressão corporal com ou
sem materiais.
5ª Série:
- Os movimentos;
- Alimentação:
- Benefícios da Educação Física;
- História da Educação Física;
- Ginástica Geral, envolvendo as capacidades físicas, habilidades motoras,
higienista, ginástica de solo, alongamento, ginástica aeróbica.
- Atletismo: histórico, caminhadas, corrida de resistência, corrida com barreiras,
corrida de revezamento, saltos em distancia, arremessos de peso, marcha
atlética;
- Atividades pré-desportivas.
57
- Futsal: Histórico e considerações, fundamentos, regras básicas, atividades pré-
desportivas, o jogo.
- Danças: introdução teórica, ritmo, movimento, coreografias expressão corporal;
- Voleibol: Histórico e considerações, fundamentos, regras básicas, atividades
pré-desportivas, o jogo.
- Handebol: Histórico e considerações, fundamentos, regras básicas, atividades
pré-desportivas, o jogo.
- Atividades recreativas como, brincadeiras dirigidas ao ar livre, jogos dramáticos
e em sala.
6ª Série:
- Conhecimento do corpo ( ossos ) e coluna vertebral;
- História da Educação Física no Brasil;
- Higiene e saúde;
- Efeitos do exercício físico no corpo humano;
- Capacidades físicas e suas definições;
- Exame biométrico;
- Ginástica Geral, envolvendo as capacidades físicas, habilidades motoras,
higienista, ginástica de solo, alongamento, ginástica aeróbica.
- Atletismo: historia no Brasil;
- Controle de freqüência cardíaca;
- Caminhadas;
- Considerações sobre a corrida;
- Corrida de resistência, velocidade, revezamento;
- Atividades pré-desportivas;
- Futsal; histórico no Brasil e no mundo;
- Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos; jogo;
- Dança: histórico e evolução das formas de dança;
- Expressão corporal;
- Ritmo;
- Coreografia;
- Dança folclórica;
- Criatividade;
58
- Voleibol: histórico no Brasil;
- Fundamentos técnicos e regras;
- Atividades pré-desportivas, jogo;
- Basquetebol: histórico e considerações;
- Fundamentos técnicos, regras;
- Atividades pré-desportivas, jogo;
- Xadrez e dama.
7ª Série:
- Importância da atividade física;
- Identificação das capacidades físicas básicas;
- Cuidados com a alimentação;
- Exame biométrico;
- Ginástica: rítmica desportiva e olímpica; Ginástica Geral, envolvendo as
capacidades físicas, habilidades motoras, higienista, ginástica de solo,
alongamento, ginástica aeróbica
- Dança: ritmo, técnica, tipos;
- Jogos dramáticos e de disputa: criação, proposta e desafio;
- Xadrez: formas de jogadas;
- Voleibol;
- Handebol;
- Basquetebol.
8ª Serie:
- Atividade física e qualidade de vida;
- Importância da regra nos jogos em nossa vida;
- Respeitando os limites pessoais;
- Ginástica Geral, envolvendo as capacidades físicas, habilidades motoras,
higienista, ginástica de solo, alongamento.
- Ginástica: aeróbia e localizada;
- Atletismo: caminhadas, corrida rústica resistência e velocidade;
- Saltos considerações e técnicas;
- Dança: coreografias, rítmicas e criatividade, expressão corporal;
- Futsal;
59
- Voleibol;
- Handebol;
- Basquetebol;
- Esportes radicais;
Metodologia
Ao estudarmos o corpo humano e seus movimentos a Educação Física objetiva
atingir a consciência, domínio e a plenitude do movimento, trabalhando através dos
pressupostos existentes e nas amplas diversidades da ginástica, dança e dos esportes.
Cabe ao educando propiciar uma consciência e domínio do seu corpo e, a partir
daí, contribuir para o desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem, deverão
permitir ao aluno a exploração motora, vivenciada através das possibilidades propostas,
oportunidades que lhe deem condições de criar novos caminhos para a prática esportiva...
A proposta para a Educação Física, propõe abordar os conteúdos da disciplina
destacando:
• Projetos de estímulo a prática de atividade física e esportiva;
• A ampliação do campo de intervenção da Educação Física, para além das abordagens
centradas na motricidade;
• O desenvolvimento dos conteúdos destacados no currículo de maneira que sejam
relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognitiva e sensitiva do aluno;
• As práticas corporais tendo como princípio básico o desenvolvimento do sujeito;
• A superação do caráter da Educação Física como mera atividade;
• A Educação Física voltada à aptidão física e a saúde;
• A integração no processo pedagógico como elementos fundamentais para o processo
de formação humana do aluno;
• Atividades esportivas;
• Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inserido;
• A Educação Física voltada à qualidade física;
• Cultura corporal;
• A interdisciplinariedade;
• Trabalhos individuais e em grupo;
• Atividades e complexidade progressiva.
Considerando estes apontamentos, a Educação Física propiciará a potencialização
60
das formas de expressão do corpo. A importância, seria:
• A importância do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama;
• Do grupo, em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes;
• Do respeito, por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o que foi
proposto pelo próprio grupo, devendo refletir, com elementos que levem o sujeito a
questionar formas de preconceito, sobre a domesticação e a violência em relação ao
corpo.
A Educação Física consiste em vários métodos de aprendizagem, dependerá da
análise do educador em escolher o qual se escolherá para que o ensino seja rápido e
consistente. Esta análise dependerá do rendimento de cada aluno, seu grau de
dificuldade e experiências vividas anteriormente. Cabe ainda, fazer uma ressalva e
verificar o desenvolvimento e o método que foram utilizados, se estes foram eficientes,
pois cada aluno tem seu ritmo.
Na modalidade de ginástica, por exemplo, serão transmitidos aos alunos técnicas
de trabalho corporal, podendo ser como preparação para outras modalidades, como
relaxamento, para manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma recreativa,
repetitiva e de convívio social envolvendo a utilização de materiais ou não. O objetivo é
ressaltar o “conhecimento do corpo”.
Os conteúdos deverão atingir as necessidades existentes nos alunos com relação
a consciência e domínio corporal, trabalhando através dos precursores do movimento
expressivo da ginástica dança e jogos. O esporte vem fortalecer também habilidades,
transpondo para seu cotidiano e facilitando nas atividades escolares e sociais.
O professor não apenas terá preocupação em apresentar um melhor rendimento,
mas também observar o aluno em seu desenvolvimento nos pressupostos do movimento
humano, que são condutas motoras de base, condutas neuro-motoras, esquema corporal,
ritmo e aprendizagem objeto-motor.
Avaliação
A proposta sugerida da Educação Física é democratizar, humanizar e diversificar a
prática pedagógica da área, buscando sempre ampliar as dimensões afetivas, cognitivas
e sociocultural dos alunos, procurando sempre subsidiar as discussões, os planejamentos
e as avaliações da prática de Educação Física.
Em todas as atividades propostas tem-se por objetivo o desenvolvimento
61
intelectual, social e moral do aluno. A avaliação, neste sentido, visa diagnosticar como a
disciplina está contribuindo para a efetiva apropriação destes saberes. A meta do ensino
de Educação Física é que o aluno possa desenvolver capacidades físicas e intelectuais,
tendo pensamento independente e criativo.
A avaliação será contínua, buscando o desenvolvimento da consciência corporal.
Serão discutidos textos teóricos e analisado o desenvolvimento individual do aluno. Sua
participação e evolução bio-psico-social será valorizada. Na dança, a relação que o
indivíduo faz com o ritmo do seu corpo, o envolvimento e interesse do aluno sobre os
diferentes tipos de dança, será alvo de observação.
O professor irá atuar na superação de dificuldades individuais e de grupos,
enfatizando a expressão física e esportiva, contribuindo para que o aluno tenha
apropriação do conhecimento e sua atuação perante a sociedade.
Serão observados ainda, os seguintes aspectos:
- Conhecimento: da parte teórica e escrita, individualmente ou em grupos. Como
complemento, poderão ser verificadas a realização das atividades propostas
nessas atividades e também a verificação da pesquisa sugerida no decorrer dos
bimestres.
- Habilidade: serão realizadas testes práticos sobre os fundamentos. O professor
terá de elaborar testes sobre fundamentos, táticas, técnicas dos esportes.
Durante os testes deverão ser observados principalmente, a naturalidade,
coordenação motora, domínio corporal e do movimento, execução do
movimento, grau de dificuldade individual e outros. Cabe ao professor criar
meios para que o aluno em defasagem possa progredir e superar suas
dificuldades.
- Atitude: deverá ser observado nas aulas. O professor terá como base os
seguintes aspectos: espírito de equipe, participação, espírito de luta, espírito de
liderança positiva, criatividade, raciocínio rápido, acato as regras, respeito
mútuo, com o professor e com os colegas, espírito esportivo, a socialização, o
dinamismo, a capacidade de síntese e compreensão e a organização em
grupos.
Referencias
Educação Física no cotidiano escolar, Solange Valadare e Rogéria Araújo. Editora
FAPI ltda
62
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – Diretrizes Curriculares de
Educação Física para o Ensino Fundamental – julho /2006.
Currículo Básico
Regras oficiais do Atletismo. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005
Regras oficiais do handebol. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005
Regras oficiais do voleibol. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005
Regras oficiais do futsal. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005
Regras oficiais do basquetebol. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005
TIRADO E SILVA, Augusto e Wilson da. Meu primeiro livro de xadrez. Paraná;
Expoente.
_____ Educação física, recreação e jogos. São Paulo; Cia Brasil editora, 1981.
MASCARENHAS, Fernando. Lazer como prática de liberdade. Goiânia, editora
UFG, 2003.
BARRETO, Débora. Dança...: ensino, sentidos e possibilidades na escola.
Campinas: Autores Associados, 2004.
Proposta Curricular de Ensino Religioso
Apresentação Geral da Disciplina
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, exige-se um profissional de
educação sensível à pluralidade, consciente da complexidade sócio-cultural da questão
religiosa e que garanta a liberdade do educando sem proselitismo, oferecendo à família e
à comunidade religiosa, o lugar privilegiado para a experiência da fé e opção religiosa.
A escola vem a ser o espaço socializador do conhecimento, que, através dos
conteúdos, tem a responsabilidade de fornecer as informações, responder aos aspectos
principais do fenômeno religioso, presente em todas as culturas e em todas as épocas.
Todos precisam da escola para conhecer o fenômeno religioso. Para tanto, se faz
necessário uma postura de consciência multi-cultural, no respeito ao posicionamento
religioso dos alunos, na intenção de possibilitar a decodificação do fenômeno presente em
63
todas as culturas.
Segundo relatório da UNESCO, na abordagem do Ensino religioso, "cabe à
educação a nobre tarefa de despertar em todos, segundo as tradições e convicções de
cada um, respeitando inteiramente o pluralismo, esta elevação do pensamento e do
espírito para o universal e para uma espécie de superação de si mesmo. Não se trata,
apenas, da aquisição do espírito democrático. Trata-se fundamentalmente, de ajudar o
aluno a entrar na vida, com capacidade para interpretar os fatos mais importantes
relacionados quer com o seu destino pessoal, quer com o destino coletivo”.
Esta tomada de posição levou a Comissão da UNESCO, a dar mais importância a
um dos quatro pilares por ela considerados como as bases da educação. Trata-se de
aprender a viver juntos, desenvolvendo o conhecimento acerca dos outros, da sua
história, tradições e espiritualidade.
A religião pode ser definida como o conjunto de atitudes e dos atos pelos quais o
homem manifesta sua dependência em relação à potências invisíveis consideradas
sobrenaturais.
Os conteúdos de Ensino religioso no eixo "Ethos" (costumes) se desenvolvem a
partir de:
Alteridade - refletindo as orientações para o relacionamento com o outro
permeado por valores culturais e religiosos.
Valores, pelo conhecimento do conjunto de normas de cada tradição Religiosa,
apresentando para os fiéis no contexto da respectiva cultura;
Limites, estudando a fundamentação dos limites éticos propostos pelas várias
tradições religiosas.
Objetivos gerais – Ensino Religioso
- Desenvolver a vivência do diálogo e do respeito às diferenças pessoais, culturais e
religiosas em seu convívio social, através da identificação dessas diferenças e
semelhanças, a fim de firmar atitudes de paz, compreensão, solidariedade e superação
de toda a forma de preconceitos.
- Conhecer as normas de conduta, os limites éticos e os preceitos propostos pelas
Tradições religiosas, construindo um referencial ético para o estabelecimento de relações
justas e humanizadoras, bem como, atitudes de compromisso com a defesa e valorização
da vida de todos os seres.
- Identificar a diversidade cultural religiosa presente na realidade social e conhecer a
origem histórica das diferentes religiões, bem como um dado da cultura, situando-se nele
64
e desenvolvendo o diálogo, o sentido da tolerância e do convívio respeitoso.
- Conhecer os textos sagrados verbais e não-verbais, os contextos históricos, sociais e
culturais que determinam a sua revelação e construção, as formas de interpretação
entendendo que estes textos se constituem em referencial de fé, prática e orientação para
a vida dos adeptos ou fiéis.
- Conhecer a importância dos ritos sociais, culturais e religiosos na vida das pessoas, bem
como os símbolos, os rituais e as espiritualidades das diferentes Tradições Religiosas que
orientam a vivência de fé dos adeptos, sua experiência e relação com o Transcendente,
desenvolvendo respeito pela experiência e expressão religiosa do outro.
- Conhecer diferentes idéias do Transcendente construída ao longo do tempo e as
respostas que as diferentes Tradições religiosas dão para a vida, além morte,
desenvolvendo uma atitude reflexiva a partir de questionamentos existenciais e do
compromisso perante a defesa e promoção de uma vida de qualidade para todos.
Conteúdos de Ensino Religioso
5ª Serie
O Ensino Religioso tem por objeto o estudo das diferentes manifestações do
sagrado no coletivo.
Conteúdos estruturantes: Paisagem religiosa – símbolo – Texto sagrado.
1- Respeito à diversidade religiosa
-Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa;
-Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à
liberdade religiosa.
-Direito à professar fé e liberdade de opinião e expressão;
-Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
-Direitos Humanos e suas vinculação com o Sagrado.
2-Textos orais e escritos sagrados
-Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas diferentes
culturas religiosas.
-O que é textos Sagrados orais e escritos?
- que é sagrado em sua vida?
-Textos sagrados orais, escritos e pictóricos;
-A linguagem mítico-simbólica dos Textos sagrados;
65
-As verdades sagradas orientam o estilo de vida das pessoas.
-Interpretações dos Textos Sagrados;
-Textos Sagrados, celeiros da sabedoria universal.
-Literatura oral e escrita – músicas, alcorão (Islamismo),
-Origem histórica de algumas Religiões do mundo: Catolicismo; Protestantismo;
Islamismo; Budismo; Hinduísmo; Espiritismo; Religiões afro-brasileiras; Judaísmo;
3-Organizações religiosas
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos destacando-se as suas principais
características de organização.
-A influência da Religião na Cultura;
-Líderes religiosos da humanidade de hoje e de outros tempos.
4- Lugares sagrados
- Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação de
reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do Sagrado nestes
locais.
- Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
- Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.
5- A construção da ideia do transcendente no espaço e no tempo:
1. O que eu conheço sobre o transcendente.
2. A realidade social, histórica e geográfica influencia a concepção do
Transcendente.
3. A ideia do Transcendente na visão tradicional e atual;
Compreendendo os termos: transcendência e metafísica
Conteúdos de Ensino Religioso
6ª Series
1-Universo simbólico religioso
Os significados simbólicos dos gestos, são, formas, cores e textos:
-Nos Ritos,
-Nos Mitos,
-No cotidiano.
Ethos:
66
2-Alteridade:
4. Saber cuidar;
5. Somos diferentes, mas buscamos juntos a felicidade;
6. Nas diferenças nos complementamos.(diz respeito ao outro, ao diferente)
- Ser diferente não é ser pior;
- Janelas e portas abrem para conhecer o outro;
- A arte do acolhimento e do respeito;
- Convivência com a cidadania;
- Valores humanos que aproximam os diferentes;
- Superando os preconceitos e aprendendo a arte do acolhimento;
- Diálogo inter-religiosos e a cultura da paz no mundo.
3-Etica, relacionamentos e vida
-Regra áurea segundo as religiões do mundo;
-Saber defender e valorizar a vida;
-Fé e vida: coerência entre o que se acredita e o que se vive;
-Da ecologia interior à ecologia exterior;
4-Culturas e tradições religiosas
-O que é religião;
-O que são culturas e Tradições religiosas;
-Tradições Religiosas: religião e religiosidade
-Tradições religiosas de nossa comunidade;
-As tradições religiosas no Brasil;
5 – Ritos: São praticas celebrativas das tradições, manifestações religiosas,
formadas por um conjunto de rituais que serve à memória e à preservação da identidade
de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidade
futuras a partir de transformações presentes.
-Rituais de passagem, Ritos mortuários, símbolos e Espiritualidade;
-Ritos sociais, culturais, cívicos e religiosos;
-Os ritos das tribos juvenis;
-Símbolos e rituais das tradições religiosas;
-As espiritualidades e a busca do auto-conhecimento.
6- Festas religiosas
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosas com objetivos
diversos:
67
Confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.
Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
Exemplos: Festas budistas, Ramada (Islâmica), Kuarup (indígena), Festa da
Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.
7-Vida e Morte
As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas
tradições/manifestações religiosas e sua relação com o Sagrado.
7. O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas;
8. Reencarnação;
9. Ressurreição- ação de voltar à vida.
10.Além Morte;
11.Ancestralidade – vida dos antepassados- espíritos dos antepassados se tornam
presentes.
12.Outras interpretações.
Encaminhamento metodológico de Ensino Religioso
O Ensino Religioso é parte integrante da formação básica do cidadão,
assegurando-lhe o respeito à diversidade cultural e religiosa. Destaque também aos
valores morais, éticos, direitos e deveres prescritos nas leis.
Em se tratando do pluralismo cultural e da diversidade cultural - religiosa, os
conteúdos como acesso aos conhecimentos deverão estar assimilados intimamente a um
sistema de comportamentos e valores a serem vivenciados, superando tão somente a
assimilação destes. Isto aponta, portanto, para uma concepção de pluralismo que se
verifica na experiência vivida, no jogo de intercâmbio e nas interações que o espaço
escolar procura promover entre os alunos.
O Ensino Religioso é a área do conhecimento que tem como objetivo de estudo o
Fenômeno Religioso. Ele se estrutura como resposta aos questionamentos fundamentais
da vida: - Quem sou? Para que vivo? De onde vim? Para onde vou?
O conhecimento religioso visa subsidiar o educando no entendimento do fenômeno
religioso, presente no dia-a-dia, em diferentes manifestações e que o educando
experimenta, observa e relaciona em seu contexto. Por isso é um conhecimento que gera
o "saber de si", superando as concepções conteudistas.
Dessa forma, há uma interação entre educando (sujeito), fenômeno religioso
(objeto) e conhecimento (objetivos).
68
O tratamento didático dos conteúdos do Ensino Religioso prevê, ainda, como nas
outra disciplinas, a organização social das atividades, organização do espaço e do tempo,
seleção e critérios de uso de materiais e recursos.
−Pela organização social das atividades a fim de produzir o diálogo;
−Através da organização do tempo e do espaço, no aqui e agora, pela observação direta,
pois o sagrado acontece no cotidiano e está presente na sala de aula; a conexão com o
passado no mesmo espaço e em espaços diferentes também parte do presente e da
limitação geográfica; na dimensão transcendente não há tempo, nem espaço; o limite
encontra-se na linguagem de cada tradição religiosa.
−Na organização da seleção e critérios de uso de materiais e recursos; prevê a
colaboração de cada educando na indicação ou no fornecimento de seus símbolos, a
origem histórica, os ritos e os mitos da sua tradição religiosa.
A incorporação dos conteúdos deve ocorrer através de atitudes que reflitam:
−Afetividade;
−Curiosidade;
−Criatividade;
−Valorização da qualidade;
−Responsabilidade e solidariedade;
−Reconhecimento da identidade própria e do outro;
−Convivência na família, escola e comunidade;
−Respeito à diversidade religiosa do ser humano;
−Fortalecimento da fé e esperança em Deus;
−Estreitamento dos laços de socialização e confraternização entre os colegas.
Avaliação
A avaliação no ensino religioso é processual e serve para conduzir a ação
pedagógica, dando ao professor e ao aluno a possibilidade de constatar o progresso da
aprendizagem.
Numa etapa inicial a avaliação tem caráter investigativo, permitindo ao professor
conhecer o que os alunos já sabem sobre o conteúdo a ser trabalhado, levantando dados
para que possa conduzir a ação pedagógica de forma adequada, servindo para
encaminhar a construção e reconstrução do conhecimento, permitindo ao aluno passar do
senso comum para um conhecimento mais elaborado.
O próximo momento de avaliação será pensado e organizado de forma sistemática,
69
conforme os conteúdos significativos e selecionados, com a intenção de construir o
conhecimento. Esta etapa será efetivada através de instrumentos utilizados pelo professor
como:análise das produções dos alunos, observação dirigida e espontânea de mudanças
de comportamentos e relatos significativos dos alunos, entrevistas, trabalhos em grupos,
relatórios, exposições, pesquisas, levantamentos, auto-avaliação do educando, avaliação
do educador, pelo educando e vice-versa, avaliação do educador e hetero-avaliação do
grupo, entre outros.
Referencias
ASSINTEC – Sugestões de Proposta Pedagógica para o Ensino Religioso;
INCONTRI, Dora, BIGHETO, Alessandro César. Ensino Inter-Religioso, Ática, São
Paulo, 2004.
COSTELLA, Domênico. O fundamento epistemológico do Ensino Religioso.
CRUZ, Therezinha M. L. da. Descobrindo Caminhos – Ensino Religioso. FTD, São
Paulo, 2002.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDÊNCIA DA
EDUCACAO. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental –
versão preliminar. Julho 2006.
Proposta Curricular de Geografia
Apresentação Geral da Disciplina
O mundo contemporâneo nos impõe desafios a velocidade que circula
informações, o crescimento de cidades, a qualidade de vida, política mundial, as
transformações da vida no campo, as questões ambientais entre outros. Desde cedo os
jovens estão expostos as transformações ao seu redor.
Os conhecimentos geográficos ampliaram-se com o passar do tempo e estudos
descritivos e informações sobre a localização eram destaques fundamentais na
antiguidade, desenvolvendo assim novos conhecimentos como elaboração de mapas,
discussão sobre extensão e distribuição de terras, definições climáticas entre outros.
No período das grandes Navegações as questões cartográficas registrando rotas
marítimas, localização e distâncias de continentes destacaram-se a partir do século XII.
As escolas marcam um período que quanto mais culto um povo maior o domínio sobre a
natureza com melhores condições de vida e aumentando a população.
70
O conhecimento geográfico no século XX destacou-se pela forma decorativa com
descrição do espaço, formação e fortalecimento do nacionalismo conhecida como
Geografia Tradicional.
A geografia como as demais ciências humanas e sociais têm a escola o
compromisso de contribuir e formar o homem inteiro, tendo o papel de proporcionar
situações que permitam ao estudante pensar sobre o tempo e o espaço de vivência e
como disciplina escolar contribui para a formação do cidadão que participa dos
movimentos promovidos pela sociedade, que conhece o seu papel.
O espaço geográfico é herança da historia da sociedade e é preciso ser lido e
compreendido como uma construção humana que é o habitat das comunidades animais e
vegetais da Terra. O jovem precisa compreender os valores e preservação e ampliar a
percepção dos problemas na vida do planeta.
Do ponto de vista da economia destacando as empresas multinacionais surgem
discussões geográficas quanto a degradação da natureza dos recursos naturais,
desigualdades injustiças na produção, questões demográficas e culturais mundiais nos
espaços geográficos de diferentes países.
Com a fragilização dos estados–nações, a abertura de fronteiras e a organização
de novos blocos político econômicos, o mundo torna-se complexo e o espaço geográfico
somente poderá ser compreendido ao serem pesquisados as relações de poder e as
maneiras de interferência na vida dos indivíduos de qualquer parte do mundo.
As leis que surgem com o decorrer do tempo têm por finalidade adequar a
educação à crescente formação de mão-de-obra para suprir a demanda do tal “milagre
econômico”.
No fim da ditadura surgiram discussões centralizadas na Geografia Critica, marco o
livro de Yves Lacoste, “A Geografia: Isso serve antes de mais nada para fazer a guerra”.
A princípio o abandono das pesquisas e dinâmica da natureza não foi imediatamente
compreendida nem aceita.
Entende-se, que a Geografia não só descreve o espaço geográfico, mas busca
interpreta-lo, desvenda-lo e procura transformar conscientemente para melhor, o lugar em
que vivemos com as noções de cidadania. Para tanto é importante aproximar a disciplina
do dia a dia dos estudantes, incorporar as novas tecnologias,aumentar a utilização da
linguagem cartográfica e ainda valorizar conceitos da disciplina.
Objetivo geral da disciplina
71
Geografia é a ciência que estuda o espaço construído e organizado pela
sociedade, portanto, ela contribui para a formação de cidadãos capazes de compreender
o mundo em que vivem e, nele atuar de modo consciente, levando-os a preservar o meio
ambiente e desenvolver habilidades que garantam a luta por uma sociedade mais justa.
5ª Série
Conteúdos Estruturantes
− Dimensão econômica do espaço geográfico;
− Dimensão política do espaço geográfico;
− Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
− Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico.
Conteúdos Específicos
−Conceitos de Geografia (tempo,espaço,paisagem);
−Estudo da paisagem;
−Lugares de vivência; casa,escola,bairro,cidade,município, estado, país, continente;
−A terra como planeta;
−Relação homem/natureza;
−As transformações entre campo e cidade no tempo e no espaço;
−Orientação e fusos horários;
−Os movimentos da terra, rotação e translação;
−Orientação e escala, mapas, plantas, convenções cartográficas, coordenadas
geográficas;
−Camadas da terra; litosfera, hidrosfera, atmosfera;
−Rochas e minerais;
−Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas;
−Circulação e poluição atmosférica.
-Setores da economia:
−Atividades econômicas;
−Extrativismo vegetal, mineral e animal;
−Agricultura e pecuária;
−Reforma agrária; estrutura fundiária no Brasil;
−Êxodo rural;
−Comércio e serviços;
72
−Indústrias;
Sistema de circulação e mercadoria, pessoas, capitais e informações;
•A evolução da atividade industrial;
•Questões relativas ao trabalho e renda do afro-descendentes;
•Condições de trabalho;
•Transporte;
•A transformação entre a cidade e campo;
•Meio ambiente e desenvolvimento;
•Poluição das águas e mares;
•Poluição do meio ambiente;
•Políticas ambientai.
6ª série
Conteúdos Estruturantes
− Dimensão econômica do espaço geográfico;
− Dimensão política do espaço geográfico;
− Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
− Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico.
Conteúdos Específicos
− A construção do espaço:
• O espaço geográfico e suas diferentes categorias (lugar, região, território e
paisagem);
• A permanente transformação do espaço na sociedade moderna.
- Sociedade moderna e Estado:
• Sociedade, povo, nação e país;
• Divisão internacional do trabalho;
• Setores da economia;
• O Estado e suas funções;
• O Estado e o espaço geográfico.
- Brasil no mundo:
• Orientação, localização e coordenadas geográficas;• Brasil – extensão, fronteiras marítimas e terrestres;
• Brasil – limites e divisão política;
73
• Paraná – localização, limites e região metropolitana de Curitiba.
- Brasil: posição e tropicalidade:
• Fatores que influem no clima;
• Zonas climáticas da Terra;
• Climas do Brasil.
- Sociedade X Natureza – uma relação de conflitos e interesses:
• Problemas ambientais brasileiros e mundiais (chuva ácida, camada de ozônio,
efeito estufa, escassez da água, entre outros);
• Ecossistemas brasileiros.
− Estrutura e formação do relevo terrestre e brasileiro:
• Agentes internos e externos;
• Camadas da Terra;
• Teorias: Deriva dos continentes e placas tectônicas;
• Formação do relevo brasileiro e do Paraná.
- A hidrografia brasileira:
• Rios e bacias hidrográficas;
• Poluição das águas;
• Principais rios do Paraná.
- Atividade industrial:
• A atividade industrial no Brasil e no Paraná;
• Fontes de energia;
• O crescimento urbano no Brasil e seus problemas;
• As metrópoles e regiões metropolitanas.
- População:
• Formação da população e miscigenação dos povos;
• distribuição espacial da população brasileira (brancos, índios e afro-descendentes);
• A questão étnica no Brasil: a situação dos indígenas e dos afro-descendentes;
• O crescimento e composição da população brasileira;
• Movimentos da população brasileira;
• Movimentos sociais;
• Desigualdades sociais e econômicas brasileiras;
• Modernização e desemprego no campo e na cidade;
74
• Consumismo no Brasil;
• Paraná: população e crescimento urbano.
− Regionalização do espaço brasileiro:
• As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
• As regiões do IBGE;
• As regiões geoeconômicas.
- Região Nordeste:
• Características físicas, econômicas e sociais;
• A questão da seca;
• Movimento do povo africano no tempo e espaço.
- Região Centro-Sul:
• Diversidades fisiográficas;
• Diversidades na ocupação humana;
• A formação do Sul do Brasil.
- Região Amazônica:
• Formação e fatores de ocupação;
• Os principais problemas da Amazônia atual;
• Desenvolvimento sustentável;
• Biopirataria.
7ª série
Conteúdos Estruturantes
− Dimensão econômica do espaço geográfico;
− Dimensão política do espaço geográfico;
− Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
− Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico.
Conteúdos Específicos
− Regionalização do espaço mundial:
• Divisão por continentes;
• Divisão em paisagens naturais;
• Divisão Norte/ Sul;
• Divisão em 1º, 2º e 3º mundo;
75
• Países desenvolvidos e subdesenvolvidos;
• Origem do subdesenvolvimento.
- Diferenças sociais e econômicas:
• Países ricos e países pobres;
• Capitalismo e socialismo;
• Blocos da atualidade (UE, APEC, NAFTA, CEI, Pacto Andino e Mercosul);
• Globalização – questões relativas ao trabalho e renda;
• Nova ordem mundial – o mundo multipolar.
Continente Americano
•Posição geográfica;
•Divisão fisiográfica e divisão histórico-social;
•Aspectos naturais, relevo, clima, vegetação, hidrografia, riquezas minerais etc;
•Características populacionais – diversidade étnica e cultural;
•Situação sócio-econômica;
•Principais blocos econômicos;
•Atividades econômicas mais importantes;
•Questões ambientais;
- América Latina:
•Formação e evolução da América Latina;
•Os Contrastes do espaço geográfico na América Latina;
•Situação atual de subdesenvolvimento e dependência;
•Autoritarismo político;
•As grandes diferenças entre os países latino-americanos;
•Acordos e blocos econômicos da América Latina;
− México:
•Aspectos físicos (localização, clima, relevo, hidrografia, recursos minerais, etc);
•Aspectos econômicos, históricos e culturais;
•O México no NAFTA.
- América Central:
•América Central continental e insular;
•Características físicas, humanas e econômicas.
- América do Sul:
76
•As diversas regionalizações da América do Sul;
Continente Africano
- África – localização geográfica;
•Colonização e descolonização;
•Aspectos fisiográficos e população;
•Conjuntos regionais: África setentrional e África subsaariana;
•A Fome e guerra civil em muitos países;
•Dependência externa;
•Urbanização e industrialização;
•Migração;
•Globalização;
•Questões ambientais.
Regiões Polares
•Características gerais da região Ártica e da região Antártica.
8ª série
Conteúdos Estruturantes
−Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
− Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
− Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico.
Conteúdos Específicos
- A geografia e as guerras mundiais:
O mundo pós-Segunda Guerra;
Plano Marshall;
O mundo bipolar;
A Guerra Fria;
Socialismo/ Capitalismo.
- A nova ordem mundial:
A formação espacial dos estados nacionais;
Revolução técnico-científica;
Globalização;
Organizações internacionais: ONU, OMC, FMI, Banco Mundial, entre outros;
77
As ONG's.
- A industrialização e o processo de urbanização nos países capitalistas e
socialistas:
− Revolução industrial;
− O desenvolvimento da indústria;
− A distribuição mundial da indústria;
− A evolução das técnicas de transporte, da comunicação e da informação.
- Os continentes (Europa, Ásia e Oceania) serão estudados os seguintes aspectos:
−Aspectos naturais (relevo, hidrografia, clima, vegetação, recursos minerais, etc);
−Questão ambiental;
−Divisão regional;
−Modernização, meio ambiente e cidadania;
−A escassez de água no mundo.
−Mobilização das fronteiras e conflitos internacionais;
−Diversidade étnica e cultural;
−A questão da fome e a guerra civil em muitos países;
−A degradação do meio ambiente e as alterações da natureza provocadas pelos
fenômenos naturais;
−Poluição no campo e na cidade;
−Erosão;
−Efeito estufa, camada de ozônio e chuva ácida;
−Acordos e blocos econômicos.
Metodologia
O espaço geográfico exige esclarecimento, deve ser entendido como espaço
produzido (LEFEBVRE,1974) e apropriado pela sociedade, composto por objetos
(naturais,culturais e técnicos) e ações(sociais, culturais, políticas e econômicas) inter
relacionados(SANTOS, 1996).
Na disciplina não se deve limitar somente os conceito pode-se aprofundar em
vários sentidos dando-se vários enfoques.
A pensar o significado da geografia considera-se levar o aluno a pensar e agir
criticamente, buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo
78
(CALLAI, 2001), preparar o aluno para uma leitura critica do espaço produzido pelo
homem.
É bom lembrar que modificações curriculares não ganham validade rápida só um
lento processo e experiências corrigem o rumo.
O saber geográfico esta relacionada a uma sucessão de etapas ou operações
como identificação, localização e descrição dos fenômenos, as realizações no local,
podendo haver comparações, explicação ou causas e as evoluções.
O arsenal metodológico é muito variado, daí a necessidade de termos clareza não
só nos objetivos, mas nos princípios pressupostos.
O professor deve e pode fazer uso além do livro didático outros instrumentos ou
técnicas pedagógicas: trabalhos de campo, pesquisas bibliográficas, trabalhos com
jornais e revistas utilização de vídeos, de maquetes, de computadores, de slides e
transparências, de globos e mapas na medida do possível. Os trabalhos de campo tornam
o conhecimento prático, mostram como as coisas são na realidade e deixam o aluno
perceber o que está estudando. Os trabalhos dirigidos refletem a determinadas
conclusões, favorecem trabalho em equipe cooperação e leitura de texto ainda podem ser
seguidas de debates. A aula expositiva às vezes é necessária sempre com diálogo
constante, além do uso do material audiovisual, o vídeo com programas educativos,
reportagens e filmes selecionados há também o uso da musica dependendo do tema. O
computador pode ser usado como programas educativos e internet para pesquisar
diversos assuntos.
Para despertar o interesse do aluno há necessidade de aproximar os conteúdos da
disciplina à realidade cotidiana do mesmo. Não se pode deixar de lado a compreensão
dos avanços tecnológicos locais e mundiais. É importante sempre manter a necessária
ligação com a realidade social existente, com o presente e seus desafios.
Os conteúdos estruturantes e específicos devem ser trabalhados interligando
teoria, prática e realidade. Devem ser abordados de forma que se interrelacionamento
Na 5ª série, o professor deve possibilitar ao educando condições de se localizar no
tempo/ espaço/ lugar, utilizando – se da cartografia para a representação e compreensão
do espaço construído pela natureza e sociedade.
Na 6ª série, o professor deve desenvolver no aluno, já que ele adquiriu
conhecimentos em anos anteriores, a capacidade de observar, interpretar e analisar os
fenômenos que ocorrem no espaço brasileiro, levando em consideração a realidade em
que o educando vive.
79
Por fim, nas 7ª e 8ª série, utilizando – se de estímulo à observação, da natureza/
sociedade e de sua compreensão, o professor ampliará e aprofundará o entendimento do
espaço geográfico enquanto totalidade – mundo, uma vez que no atual período de
globalização, as escalas não se apresentam dispostas linear e independentes.
Para tratar os temas sobre História e Cultura Afro-Brasileira e a Educação
Ambiental baseou-se nas leis 10.639/03 e 9.795/99, respectivamente.
Avaliação
Avaliar é um procedimento natural na vida, portanto na aprendizagem também. Na
abordagem holística apenas verifica em que estágio se encontra o educando para poder
avançar cada vez mais. A preocupação com o aproveitamento escolar deve existir não de
única forma. Avaliar é mais amplo do que medir o quanto de informação o aluno reteve,
avaliar visa diagnosticar o desenvolvimento da evolução do aluno.
Este se trata de um processo importante no ensino-aprendizagem e deve ter
caráter diagnóstico e contínuo. Uma espécie de mapeamento identificando as conquistas
e os problemas dos alunos. Com o acompanhamento cotidiano da aprendizagem, a
avaliação deve ajudar o professor a captar o aproveitamento dos alunos. Para isso, ele
deve ter clareza sobre os pontos de chegada e sobre os critérios que vai utilizar para
emitir julgamentos.
Acompanhar as atividades que os alunos realizam, analisando avanços e
dificuldades ajuda a aprender e melhorar suas competências, mas a aula não pode ser
só com “tarefas”. Deve-se levar em conta não só os resultados, mas também o que
ocorreu no caminho.
Essa é a implantação do ensino crítico avaliando o aluno tanto no desenvolvimento
e na aquisição de conhecimento quanto ao raciocínio, aplicação de conceitos, capacidade
de observação critica e atitudes como responsabilidade, sociabilidade, ausência de
preconceitos, entre outros.
O ideal seria o professor conhecer cada aluno individualmente o que pressupõe
classes pequenas e poucas turmas (inexistentes nas escolas brasileiras) e avaliá-los
informalmente no seu dia-a-dia nas atividades cotidianas em sala de aula. Como
dificilmente essas condições existem pode-se recorrer a avaliações formais como provas,
redações trabalhos etc., sempre valorizando o entendimento e a aplicação, a crítica, a
coordenação de idéias, entre outros.
A atividade de avaliação exige critérios claros que orientem a leitura dos aspectos a
80
serem avaliados. Os critérios de avaliação devem refletir os diferentes tipos de
capacidades e as três dimensões de conteúdos e servir para encaminhar a programação
e as atividades de ensino aprendizagem.
Instrumentos de avaliação utilizados: produção de textos, confecção e
interpretação de mapas, gráficos, tabelas, murais, maquetes, trabalhos em equipe,
relatórios, seminários, aulas de campo, avaliações escrita e oral, onde se observam a
capacidade de assimilação de conhecimentos, ou seja, à aprendizagem.
Referencias
ARAUJO. R. Construindo a Geografia, São Paulo : Moderna,1999.
CALLAI,H.C.A A geografia e a escola: muda a Geografia? Muda o ensino? Terra
Livre, São Paulo n 16 p. 133-152, 2001.
CASSETI, V. A natureza e o espaço geográfico. In. MENDONÇA,F.A E KOZEL,
S.orgs Elementos de epistemologia da geografia contemporânea. Curitiba:Ed. Da
UFPR ,2002 p. 145 –163.
MOREIRA.I. Construindo o espaço. São Paulo : Atica ,2004
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico da Escola
Pública do Paraná. Curitiba, 1990.
SANTOS.M. Por uma outra globalização. Rio de janeiro: Record, 2000.
VESENTINI, J.W O ensino da Geografia no século XXI.Campinas, São Paulo:
Papirus,2004.
SENE, E de Trilhas da Geografia. 5 ª, 6ª, 7ª e 8ª.São Paulo: Scipione, 2000
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - Diretrizes Curriculares de Geografia
para o Ensino Fundamental - 2008.
Apostilas: terceiro milênio, curso Semi – Extensivo 2005 – 2006; Expoente, Ensino
Médio 2005; Positivo: Ensino Fundamental 2007 – 2008.
SIMIELLI, Maria Helena, Geoatlas, Editora Ática 2004.
MOREIRA, I. O Espaço Geográfico Geral e do Brasil. Editora Ática 1998.
VISENTINI, J. W. Sociedade e Espaço, Geografia Geral e do Brasil. Editora Ática,
1997.
PIFFER, O. Sistema de Ensino, IBEP, Geografia Geral.
SANTOS, M. A Natureza do Espaço: técnica, razão e emoção. São Paulo:
Hucitec, 1996.
LEFEBVRE, H. Production de L'espece. Paris: Anthropos, 1974.
81
LUCCI, E. A.; BRANCO, A. L.; MENDONÇA, C. Geografia Geral e do Brasil –
Ensino Médio. 1. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2003.
VESENTINI, J. W; VLACH, V. Geografia Crítica. 3. ed. São Paulo: Editora Ática,
2007
“História é um conhecimento construído e em constante construção (...)
A História também tem uma história. (...) Cabe ao professor mediar
atividades
que favoreçam ao aluno ser sujeito desse processo de conhecimento”.
Proposta Curricular de História
Apresentação Geral da Disciplina
A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às
relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às
mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações humanas produzidas
por estas ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as
formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir,
portanto, de se relacionar social, cultural e politicamente.
A finalidade da História é expressa no processo de produção do conhecimento
humano sob a forma de consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação
dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da
provisoriedade deste conhecimento. Esta provisoriedade significa várias explicações e/ou
interpretações para um determinado fato, algumas delas são mais válidas
historiograficamente do que outras. Esta validade é constituída pelo estado atual da
ciência histórica em relação ao seu objeto e a seu método. O conhecimento histórico
possui formas diferentes de explicar seu objeto de investigação, construídas a partir das
experiências dos sujeitos.
Nos últimos trinta anos a Educação passou por profundas transformações, seja na
forma do professor ver e transmitir o conhecimento e nos alunos que vivem novos
tempos.
82
Essas e outras questões são abordadas por muitos autores do meio acadêmico e
educacional.
Ninguém discorda de que as mudanças propostas ampliaram o acesso a todas as
pessoas à educação. E nesses últimos trinta anos muitas propostas pedagógicas
surgiram e tentou-se aplicar nas escolas como sendo “a novidade” que mudaria a
realidade da educação.
Muitos equívocos na aplicação, talvez pela má compreensão do que se propunha,
levou a um completo fracasso escolar. Professores frustrados, alunos aprovados sem a
menor qualificação. Bem que, é certo afirmar, que as escolas foram verdadeiras “cobaias”
no experimento de novas fórmulas educacionais. Tudo para anular a História Tradicional.
História que foi soberana nas salas de aula brasileiras. De cunho positivista, exaltadora
dos heróis das classes dominantes, preconceituosa, reacionária.
As novas propostas para a disciplina de História, que as escolas recebiam,
tentavam dar uma abordagem diferente da História Tradicional. “O que havia de novidade
nessas obras eram as sugestões para estudar as lutas populares, contestar a ideologia
dominante, revelar séculos de exploração da força do trabalho sob as mais diversas
formas, buscar a compreensão histórica do presente como resultado de um processo,
construir uma visão de totalidade das relações dos fenômenos sociais”.(Mário Schmidt,
2002).
Essas propostas frutificaram, de alguma forma. Os alunos concluíam seus estudos
no ensino Médio, convictos de que a sociedade era extremamente corrupta, de que
precisavam opor-se a toda e qualquer forma de posicionamento, principalmente de cunho
político, a favor dos mais pobres, oprimidos, trabalhadores. Era preciso libertar-se.
Hoje, colhemos os frutos plantados. Do extremismo positivista, ditatorial passamos
para o dogmatismo da esquerda e, posteriormente, para a liberdade individual. Liberdade
essa que ultrapassou os limites do direito do outro.
Precisamos, nós, professores de História, tentar reparar ou (re) construir uma nova
visão de História, que contribua, sim, na formação de cidadãos democráticos, que sejam
tolerantes e solidários, que respeitem os direitos universais, e saibam reivindicar seus
direitos.
Como diz, Lê Goff, “A velha utopia pedagógica, em todas as culturas, deve ser
especialmente orientada não apenas para a aquisição do saber, mas também para a
aquisição de comportamentos, atitudes e idéias, que suscitem o diálogo e o respeito ao
outro”. (LE GOFF, 1998.p.245).
83
A proposta curricular da disciplina de História, no Ensino Fundamental, pretende
estar intensamente comprometida com a Filosofia do Ensino Fundamental elaboradas
pelo DEF/SEED (Departamento do Ensino Fundamental/ Secretaria de Estado da
Educação), com vistas ao pleno desenvolvimento da cidadania, voltado à formação de
uma adolescência crítica que se perceba como agentes construtores de sua própria
história, instrumentalizada para compreender, por meio de contínua reflexão, a sociedade
dinâmica em que vive.
Se a disciplina de História pretende abordar como objeto de estudo o ser humano
em sociedade, deve apresentar o fato como historicamente produzido nas relações que
ele estabelece com seu meio social, e não o fato como pronto, absoluto e inquestionável,
pois o acontecimento histórico não é um objeto dado e acabado, mas resultado da
construção do sujeito (investigador) em sua relação com o mundo. Assim, o aluno será
capaz de perceber que a sociedade se faz, se constrói pelo homem em seu movimento
histórico-dinâmico e em constante transformação. Acreditamos que mais importante do
que conhecer os fatos históricos é aprender a pensar historicamente.
Para tanto, consideramos essencial que a disciplina de História contemple as
novas tendências das mentalidades, das idéias e, sobretudo, a história do cotidiano,
ficando, assim, em plena sintonia com a atual produção historiográfica.
Queremos que o aluno ao concluir o Ensino Fundamental, como diz o filósofo
Immanuel Kant, consiga superar a incapacidade de pensar sem ser dirigido por alguém.
Pensar por conta própria, questionar o mundo, reconstruir a si mesmo e as suas relações
com outros seres humanos.
Objetivos
Espera-se que ao longo do Ensino Fundamental os alunos gradativamente possam
ampliar a compreensão de sua realidade, especialmente confrontando-a e relacionando-a
com outras realidades históricas, e, assim, possam fazer suas escolhas e estabelecer
critérios para orientar suas ações. Nesse sentido, espera-se que o estudo da História
possa:
- Desenvolver a análise, compreensão e articulação dos diferentes elementos
constitutivos do contexto histórico.
- Contribuir para que o educando possa edificar sua capacidade de pensar
historicamente, ou seja, capaz de perceber a historicidade das coisas, desde a
concepção da História com obra humana até a capacidade de avaliar as
determinações, condicionamentos e possibilidades do momento histórico em que
84
se vive;
- Possibilitar que o aluno venha valorizar sua identidade étnica cultural, bem como, o
respeito à diversidade do “outro” e ao diálogo nas diferenças;
- Propiciar e mediar informações, idéias e conceitos históricos, permitindo que esses
atribuam sentido ao tempo e à História de forma mais coerente e significativa no
mundo contemporâneo.
- Compreender que as histórias individuais são partes integrantes de histórias
coletivas;
- Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a
observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos,
econográficos, sonoros e matérias.
Conteúdos
5ª Serie:
Das origens do homem ao século XVI – diferentes trajetórias diferentes culturas.
- Produção do conhecimento Histórico:
• O historiador e a produção do conhecimento histórico;
• Tempo e temporalidade;
• Fontes, documentos;
• Patrimônio material e imaterial;
• Pesquisa.
- Articulação da História como outras áreas do conhecimento:
• Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia, etnologia,
entre outras.
- Humanidade e História:
• De onde viemos, quem somos, como sabemos?
- Arqueologia no Brasil
• Lagoa Santa: Luzia (MG);
• Serra do Capivari (PI);
• Sambaquis (PR).
- Surgimento e desenvolvimento da humanidade e grandes migrações:
• Teorias do surgimento do homem na América;
• Mitos e lendas da origem do homem;
85
• Desconstrução do conceito de pré-história;
• Povo ágrafos, memória e história oral.
• Povos indígenas no Brasil e no Paraná:
• Ameríndios do território brasileiro;
• Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng.
- As primeiras civilização da América:
• Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas;
• Ameríndios da América do Norte.
- As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia:
• Mesopotâmia, Egito, Núbia, Gana e Mali;
• Fenícios, Hebreus, gregos e romanos.
- Europa Medieval.
- A Chegada dos europeus na América:
• (des) encontros entre culturas;
• Resistência e dominação;
• Escravização;
• Catequização.
- Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política:
• Reconquista do território;
• Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo;
• Comércio (África, Ásia, América e Europa).
- Formação da sociedade brasileira e americana:
• América portuguesa;
• América espanhola;
• América franco-inglesa;
• Organização político administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias);
• Manifestações culturais (sagrado e profano);
• Organização social (família patriarcal e escravismo);
• Escravização de indígenas e africanos;
• Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios).
- Os reinos e sociedade africanas e os contatos com a Europa:
• Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbabwe) e outros;
86
• Comércio;
• Organização político-administrativa;
• Manifestações culturais;
• Organização social;
• Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a batea, construção civil...
− Diáspora africana.
6ª Serie:
Das contestações a ordem colonial ao processo de independência do Brasil -
século XVII ao XIX
- Expansão, consolidação e colonização do território:
• Missões;
• Bandeiras;
• Invasões estrangeiras.
- Consolidação dos estados nacionais europeus e a Reforma Pombalina
• Reforma e Contra-Reforma.
- Colonização do território “paranaense” – História do Paraná:
• Economia;
• Organização social;
• Manifestações culturais;
• Organização político-administrativa.
- Movimentos de contestação:
• Quilombos (Campo Largo, PR e BR);
• Irmandades: manifestações religiosas – sincretismo;
• Revoltas nativistas e Nacionalistas;
• Inconfidência Mineira;
• Conjuração Baiana;
• Revolta da cachaça;
• Revolta do maneta;
• Guerra dos mascates.
- Independência das treze colônias inglesas da América do Norte.
- Diáspora Africana;
87
- Revolução Francesa:
• Comuna de Paris e influência na Inconfidência Mineira e Baiana.
- Chegada da família real ao Brasil:
• De Colônia à Reino Unido;
• Missões artístico-científicas;
• Biblioteca Nacional;
• Banco do Brasil;
• Urbanização na capital;
• Imprensa Régia.
- Invasão Napoleônica na Península Ibérica.
- O Processo de Independência do Brasil:
• Governo de D. Pedro I;
• Constituição outorgada de 1824;
• Unidade territorial;
• Manutenção da estrutura social;
• Confederação do Equador;
• Província Cisplatina;
• Haitianismo;
• Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem , Farroupilha.
- O processo de independência das Américas:
• Haiti;
• Colônias espanholas.
7ª Serie:
Pensando a nacionalidade: do século XIX ao XX – A Constituição do Ideario de
nação no Brasil.
- A Construção da Nação:
• Governo de D. Pedro II;
• Criação da IHGB;
• Lei de Terras, Lei Euzébio de Queirós – 1850;
• Início da imigração europeia;
• Definição do território;
88
• Movimento Abolicionista e Emancipacionista.
- 2ª Revolução Industrial e relações de trabalho (séc. XIX e XX):
• Luddismo;
• Socialismos;
• Anarquismo.
• Relacionar: taylorismo, fordismo e toyotismo.
- Emancipação Política do Paraná – 1853:
• Economia;
• Organização social;
• Manifestações culturais;
• Organização político-administrativa;
• Migrações internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e
externas (europeus);
• Vinda dos escravos africanos;
• Diversas manifestações culturais negras e indígenas;
• Os povos indígenas e a política de terras.
- A Guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice Aliança.
- O Processo de Abolição da Escravidão:
• Legislação;
• Existência e negociação;
• Discursos;
• Abolição;
• Imigração – Senador Vergueiro
• Branqueamento e miscigenação (Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,. Euclides da
Cunha, Silvio Romero, no Brasil, Sarmiento na Argentina).
- Colonização da África e da Ásia:
• Neocolonialismo.
- Guerra Civil e Imperialismo estadunidense.
- Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé.
- Os Primeiros anos da República:
• Ideias positivistas;
• Imigração asiática;
89
• Oligarquia, coronelismo e clientelismo;
• Movimentos de contestação: campo e cidade;
• Movimentos messiânicos;
• Revolta de Vacina e urbanização do Rio de Janeiro;
• Movimento operário: anarquismo e comunismo;
• Paraná: Guerra do Contestado, Greve de 1917, Paranismo (movimento regionalista
– Romário Martins, Zaco Paraná, Langue de Morretes, João Turim.
• Revolução Industrial e relações de trabalho (XIX e XX)
• Socialismo
• Anarquismo
- Questão Agrária na América Latina:
• Revolução Mexicana.
- Primeira Guerra Mundial.
− Revolução Russa.
8ª Serie
Repensando a nacionalidade brasileira: do século XX ao XXI – Elementos
Constitutivos da Contemporaneidade.
- A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade
• Economia;
• Organização social;
• Organização político-administrativa;
• Manifestações culturais;
• Coluna Prestes.
- Crise de 29.
- A Revolução de 30 e o período Vargas (1930-45):
• Leis trabalhistas;
• Voto feminino;
• Ordem e disciplina no trabalho;
• Mídia e divulgação do regime;
• Criação do SPHAN, IBGE;
90
• Futebol e carnaval;
• Contestações à ordem;
• Integralismo.
- Ascensão do regime totalitário na Europa.
- Movimentos populares na América Latina.
- Segunda Guerra Mundial:
• Participação do Brasil na II Guerra Mundial.
- Populismo no Brasil e na América Latina:
• Cárdenas – México;
• Perón – Argentina
• Vargas, JK, Jânio e João Goulart no Brasil.
- Guerra Fria.
- Independência das colônias afro-asiáticas.
- Construção do Paraná Moderno:
• Governos de: Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Rocha, Ney Braga;
• Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa da COPEL,
Codepar, Banestado, Sanepar...
• Movimentos culturais;
• Movimentos sociais no campo e na cidade;
• Ex. revolta dos colonos na década de 50 – sudoeste;
• Os xetá.
- O Regime Militar no Brasil e no Paraná:
• Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação;
• Uso ideológico do futebol na década de 70;
• O tricampeonato mundial;
• A criação da liga nacional do campeonato brasileiro;
• Cinema novo;
• Teatro;
• Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra.
- Os Regimes militares na América Latina:
• Política da boa vizinhança;
• Revolução cubana;
91
• 11 de setembro no Chile e a disposição de Salvador Allende;
• Censura aos meios de comunicação;
• A copa da argentina – 1978.
- Movimentos de Contestação no Brasil:
• A resistência armada;
• Tropicalismo;
• Jovem Guarda;
• Novo sindicalismo;
• O movimento estudantil.
- Movimentos de contestação no mundo:
• Maio de 68 – França;
• Movimento negro;
• Movimento hippie;
• Movimento homossexual;
• Movimento feminista;
• Movimento punk;
• Movimento ambiental.
- Paraná no contexto atual – década de 90 e início do século XXI;
- Redemocratização;
• Constituição de 1988;
• Movimentos populares rurais e urbanos;
• MST, MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT (Central Única dos
Trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc..
• Mercosul e ALCA.
- Fim da bipolarização mundial.
• Desintegração do bloco socialista;
• Neoliberalismo;
• Globalização;
• 11 de setembro – EUA.
- África e América Latina no contexto atual.
- O Brasil no Contexto atual.
• A comemoração dos “500 anos do Brasil”- análise e reflexão.
92
Metodologia
A busca pelas noções de identidade no que se refere à construção do
conhecimento histórico torna-se mais evidenciado no estudo da História Regional. Assim,
as atividades em que se busca a construção de noções de cidadania e identificação com
os costumes e conceitos morais, éticos, religiosos, raciais, etc. devem ser propostas à
disciplina. Assim, o trabalho com fontes diversas possibilita essa identificação do aluno
com seu meio, uma vez que ele incita a pesquisa, o debate e as análises críticas.
No processo de aprendizagem o aluno deverá ter estímulo para discernir limites e
possibilidades de atuação na permanência ou transformação, comparando presente e
passado percebendo-se como agente transformador da sociedade.
Através de atividades variadas (individuais, em duplas, em grupos) os alunos
realizarão análise e síntese de texto, filmes, artigos de jornais, revistas e documentários.
As estratégias devem ser voltadas para estimular o trabalho docente tornando-se mais
atraente e dinâmico, estimulando assim a criatividade, o confronto de idéias e espírito
crítico do aluno, o gosto pela leitura e de novas descobertas, o interesse em adquirir
novos conhecimentos em sala, estudo do meio (visitas a museus, fábricas, cidades
históricas, reservas biológicas, bibliotecas), procurando comparar conhecimento teórico
com dados obtidos em campo.
Os educandos farão leitura crítica dos conteúdos vinculados aos textos básicos,
trabalho de reflexão e produção, comentários a partir de imagens (mapas, fotos, obras de
arte e desenho), produção de textos conceituais, poéticos e narrativos a respeito de
temas históricos, confecção de jornais, com matérias que abordem diferentes tempos
históricos que familiarizam os estudantes com outros tipos de fontes históricas que não o
texto.
Outra prática inerente à metodologia é a quebra de paradigmas que são resquícios
da história factual e ortodoxa e história dos vencedores ou estatal, para tanto é necessária
a instrumentação das mais recentes metodologias e teorias históricas para interpretação
desta. Através do uso contínuo de diversas fontes históricas, o educando poderá
compreender melhor a sociedade contemporânea, e nela situar-se de modo a perceber-se
com agente transformador da sociedade atuante, participativo e consciente.
Enfim, pretendemos dar ao ensino de História uma ênfase que esteja vinculada a
todas as análises e recortes que se proponham problematizar, diferenciar, refletir,
conscientizar nossos alunos a agirem e se compreenderem com agentes atuantes na
93
História, bem como sendo parte de um processo que ao longo dos tempos possibilitou
construções e desconstruções, continuidades e rupturas.
Avaliação
A avaliação no ensino de História objetiva-se favorecer a busca da coerência entre
a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de
ensino de aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação deve estar colocada a serviço da
aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações
pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.
Através da avaliação, o professor identifica as apreensões de conteúdo, conceitos
e atitudes, como conquistas dos alunos, comparando o antes, o durante, e o depois.
Assim, este caráter diagnóstico possibilita ao professor se auto-avaliar como docente,
refletindo sobre as intervenções metodológicas e buscando outras possibilidades para
atuação no processo de aprendizagem dos alunos.
Para que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica sejam melhor
implementadas na continuidade do processo de ensino e aprendizagem, faz-se
necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre alunos e professores,
envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação a partir da
tomada de decisões a partir do que foi constatado de forma individual ou coletiva. Assim,
o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidas como um fenômeno
compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual, e diversificado, permitindo
uma análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomadas pelo professor
e pelos alunos.
Retomar a avaliação com os alunos, permite ainda situa-los como parte de um
coletivo, onde a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vista
aprendizagem de todos.
Como os alunos possuem ritmos e outras características diferenciadas, também
temos que diversificar esses instrumentos de avaliação, pois existem alunos que são
portadores de necessidades especiais e merecem uma avaliação diferenciada.
Para o desenvolvimento do pensamento crítico, a avaliação deverá propor
situações que permitam aos alunos estabelecerem relações entre sociedades estudadas,
detectando as semelhanças e diferenças, exercitando assim a reflexão acerca das
mudanças e permanências que se estabelecem entre temporalidade distintas.
A seguir alguns critérios a serem observados pelo professor que permitam analisar
94
se os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados aos alunos:
- compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base em um
método de problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o
pesquisador produz a narrativa histórica;
- explicitam o respeito da diversidade étnico-racial, religiosa, social e
econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os constituíram;
- compreender a História como prática social, da qual participam como
sujeitos históricos de seu tempo;
- reconhecem que o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o
estudo das diferentes dimensões e contextos históricos propostos para este nível de
ensino.
Referências
BONIFAZI, Elio, DELAMONICA, Umberto. Descobrindo a História, São Paulo,
Editora Ática, Obra em 4 v. para alunos de 5ª a 8ª séries, 2002.
FARIA, Enéas, SEBASTIANI, Sylvio. Governadores do Paraná – a História por
quem construiu a História. Curitiba, Editora Sistani, 1997.
GOFF, Le J. Uma vida para a história. Conversações com Marc Heurgon. São
Paulo: Unesp. 1998.
JUNIOR, Hamilton Bettes, ORDONEZ, Marlene e outros. Meu Estado – Paraná,
São Paulo, Editora Scipicione, 1995.
PARANÁ: Espaço e Memória. Diversos Olhares Históricos
geográficos.SCOETRGAGNA, Adalberto, org e outros.Curitiba, Editora Bagozzi Ltda,
2005.
PILETTI, Nelson, PILETTI, Claudino. História e vida integrada. São Paulo, Editora
Ática, Obra em 4 v. para alunos de 5ª a 8ª séries.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDÊNCIA DA
EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de História. Versão Preliminar. Julho – 2006.
SILVA, Hélio. História da República Brasileira. São Paulo, Edições Isto É, Editora
Três Ltda. Vol. 09, 10,13e 19. 2004.
SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo, Editora Nova Geração, obra
em 4 v. para alunos de 5ª a 8ª séries. 2003.
REVISTA HISTÓRIA DAS RELIGIÕES: Africanas e Afro-americanas. São Paulo,
Vol. 06, Editora Tempo Films.
95
Proposta Curricular de Língua Portuguesa
Apresentação Geral da Disciplina
Ensinar Língua Portuguesa é desenvolver um trabalho de "linguagens" que leve o
aluno a observar, perceber, inferir, descobrir, refletir sobre o mundo, interagir com seu
semelhante, por meio do uso funcional da linguagem, e que esta reflita a posição
histórico-social do autor, levando-o a perceber, consciente ou inconscientemente, as
marcas de sua ideologia, que estão subjacentes ao seu discurso, seja ele oral ou escrito.
Assim, o aluno tornar-se-á um cidadão crítico, atuante, transformador para a
existência de uma sociedade mais justa, humana, democrática.
O ensino de Língua Portuguesa deve ser concebido, atualmente, como um
possibilitador de competências lingüísticas no sentido de inserir o aluno num contexto
globalizador e globalizante produzido, principalmente, pela mídia.
Ao mesmo tempo em que deve lhe proporcionar meios generalizantes de
escuta/leitura de textos produzidos pelos formadores de opinião, o ensino deve, também,
valorizar uma variedade lingüística que reflita as diferenças regionais.
Além das variedades lingüísticas, que refletem diferentes valores sociais, o ensino
de Língua Portuguesa deve contemplar os diferentes gêneros literários, buscando dar ao
aluno condições de ler e entender os tipos de discursos bem como produzi-los, a partir de
suas necessidades reais. Ele precisa ter consciência dos diferentes níveis de linguagem e
saber utilizar, a cada situação concreta, o padrão lingüístico mais adequado, inclusive
aquele exigido pelas situações mais formais.
Considerando a relação estreita entre linguagem e pensamento, queremos um
aluno preparado para perceber e produzir bons textos de acordo com seus interesses e
necessidades. Não queremos um aluno reprodutor, mas produtor de idéias.
Objetivos gerais para oralidade
Para que o aluno adquira fluência e desinibição na expressão oral, sem, contudo
repetir os vícios habituais da oralidade será indispensável:
a- um ambiente de tranquilidade e ordem que possibilite a ele ser ouvido e/ou
contestado pelo grupo classe;
b- o respeito à posição do outro durante debates e discussões;
c- a aceitação de que podem existir outros pontos de vista diferente do seu próprio;
96
d- a formação de opinião própria sem interferência;
e- o prazer de ler (ou declamar) em voz alta com pronúncia e entonações corretas;
f- o interesse em trazer para a sala de aula assuntos veiculados pelos meios de
comunicação;
g- a elaboração rápida de sínteses das idéias principais apresentadas pelos textos.
Objetivos gerais para leitura
Como a Análise do Discurso se dá no contexto ideológico, a leitura é a
determinação histórica dos processos de significação, pois quem lê produz sentidos a
partir de determinadas condições histórico-sociais.
Por ser o texto produzido a partir da posição histórico-social do autor, é claro
que ele imprimirá, consciente ou inconscientemente no discurso produzido marcas de sua
ideologia. Assim, um dos pontos fundamentais na exploração do texto será levar o aluno a
perceber essas marcas deixadas pelo autor. Ao aluno deve ser mostrado que a
intencionalidade do autor não aparece apenas no tema abordado, mas também no
vocabulário escolhido, no sentido dado a cada palavra, na construção sintática e,
sobretudo, na forma especial como ele organiza seu texto para atingir seus objetivos.
Para que o aluno encontre e dê significação ao texto, é necessário que ele
saiba que o referente pode não estar claramente expresso. Por isso, precisa saber que
traz um enorme repertório de textos em sua memória – embora não tenha clareza e
consciência desse fato – que o ajudará a montar as espécies desse jogo. É preciso
mostrar-lhe que, nesse momento, entra toda a sua experiência e vivência para a
recuperação dos significados do texto que será mais intensa quanto maior for sua
capacidade de inserção nesse processo.
O aluno deve ser direcionado, mas jamais induzido no seu processo de dar
sentido ao texto, para que não se corra o risco de impedi-lo de uma apropriação particular
da significação do texto.
Essa apropriação de sentidos dos textos permitirá ao aluno a formação de um
significado mais amplo, que passa por um processo de auto-conhecimento, ampliando
seu quadro de valores até chegar a uma visão mais crítica da sociedade.
Finalmente, a seleção de textos deve considerar tudo o que a literatura
acumulou ao longo da história que constitui a produção cultural da humanidade. Desde os
gêneros mais conhecidos até as manifestações linguísticas mais prosaicas, uma gama
variada de textos deve ser oferecida ao aluno: narrativos, descritivos, dissertativos,
97
poéticos, jornalísticos, publicitários, instrucionais, enciclopédicos e não-verbais.
Para uma exploração de texto mais produtiva, serão observados os seguintes
procedimentos:
b-deixar que o aluno faça uma primeira leitura do texto livremente, sem interferências,
descobrindo o prazer da leitura;
b- direcioná-lo no sentido de trabalhar com hipóteses para a solução de situações
problemas;
c- direcioná-lo para o levantamento de pistas que o levarão a uma interpretação
mais completa do texto;
d- fornecer ao aluno o embasamento teórico que lhe permita reconhecer no texto
recursos expressivos para atingir um determinado objetivo;
e- fornecer ao alunos dados (contextualização) que lhe permita inferir marcas
ideológicas no texto;
f- fazê-lo perceber que os textos dialogam entre si, captando o significado desta
intertextualidade;
g- chamar sua atenção para os diferentes tipos de gêneros.
Objetivos gerais para escrita
A produção de texto coloca-se como o ponto culminante do trabalho realizado com
o aluno em língua portuguesa. Facilitar a produção de texto do aluno, dando-lhe às
condições ideais para tornar-se um escritor competente, um produtor de significados (e
não um mero reprodutor de textos) acaba sendo o fim último de nosso trabalho.
Pressupõe-se que o ato de escrever seja uma busca, uma investigação do mundo
ou de si mesmo. Essa busca deve proporcionar prazer. Portanto, o prazer é o próprio
escrever e assim as atividades que executamos desde criança (brincar, jogar, fantasiar)
não só podem como devem ser resgatadas no momento da criação de textos.
Entre as variáveis existentes que garantem as condições ideais para a produção
textual, está fazer o aluno refletir sobre as inúmeras possibilidades que o código
linguístico lhe oferece para expressar o conhecimento de si, de suas emoções, da própria
realidade, incluindo a projeção de seu imaginário por meio de uma linguagem expressiva,
marcada de intencionalidades, que procurarão tocar positivamente o leitor. Além disso,
inclui-se seu posicionamento ideológico, sua visão de mundo.
Inclui-se também o conhecimento das regularidades da língua, o manejo das
estruturas subjacentes, enfim, o domínio de uma gramática do texto. E, principalmente,
98
inclui-se a progressão discursiva, garantidora da coesão e da coerência do texto e
responsável pela distinção entre um simples amontoado de frases e um conjunto
organizado lógica e semanticamente.
Pressupondo que o aluno escreverá para um leitor real (que pode ser o professor,
os colegas, o jornal da escola, a Internet) e não simplesmente para encher a página de
seu caderno ou para não perder nota, observar:
a- se ele realmente incorporou os diferentes subsídios presentes nos textos com os
quais trabalhou na exploração da escrita;
b- se sua produção, sendo diversificada, apresenta, para cada gênero, as
condições mínimas necessárias para que se considerem apreendidas as estruturas
narrativas, descritivas, poéticas e dissertativas bem como a combinação dessas
estruturas, principalmente a visual e a escrita;
c- se a proposta possibilita ao aluno projetar seu mundo interior, seu imaginário, ao
mesmo tempo em que lhe permite reinventar maneiras originais de expressar-se;
d- se o aluno escreve não apenas corretamente, mas expressivamente;
e- se ele sabe combinar períodos e formar parágrafos coerentes e se ele sabe
combinar parágrafos para compor um texto coeso;
f- se ele maneja com razoável habilidade recursos discursivos quer lhe permitem
atingir os objetivos de escritor que quer conquistar seu leitor, adequando esses recursos
às idéias que quer transmitir;
g- se ele transfere para seus escritos os conhecimentos adquiridos no campo da
gramática;
h- se ele inteirou-se dos critérios estabelecidos, com a concordância do grupo, para
a correção e avaliação das redações e se acata a orientação do professor e ou colega no
sentido de reescrever os textos para melhorá-los;
i- se na reescrita apresenta realmente melhoras significativas, a partir das
observações apontadas no texto;
j- se o grupo/classe participa ativamente das atividades relacionadas à leitura ou
exposição dos textos produzidos por todos em projetos, inclusive, valorizando
adequadamente a dimensão da linguagem.
Análise linguística
A linguagem nos acompanha onde quer que estejamos e serve para articular
não apenas as relações que estabelecemos como o mundo, mas também a visão que
99
construímos sobre ele. É ela que nos possibilita pensar nos objetos e a operar com eles
na sua ausência.
Sendo assim, é um conjunto de signos que são a representação do real. Toda
variedade de língua possui uma organização sintática, ou seja, uma gramática que
permite o entendimento entre as pessoas, em momentos de interlocução.
Dessa forma, análise linguística está presente entre os objetivos da língua
portuguesa, pois diferencia o trabalho da escola do contato informal do aluno com a
linguagem em seu dia-a-dia.
Essa análise linguística deverá contemplar o que as relações dialógicas, entre
autor e leitor, os sentidos atribuídos aos diversos textos, o posicionamento do aluno leitor
diante desses textos, o reconhecimento da função dos diferentes elementos linguísticos
usados no texto, o domínio da estrutura textual, tanto no seu aspecto temático como na
articulação entre as partes que constitui o texto, a clareza, a coerência, a consistência
argumentativa.
Desse modo é imprescindível que o aluno amplie sua capacidade discursiva em
atividades de uso da língua, de maneira a compreender outras exigências de adequação
da linguagem.
É na produção de texto que se percebe se o aluno chegou, realmente, a uma
conscientização de como funciona a língua. Todos os recursos da oralidade deverão ser
aí traduzidos. E é a gramática que traduz tais recursos na escrita. É ela que permite que
se conheçam os jogos discursivos da língua. É através da aquisição da competência
gramatical que o aluno poderá produzir seus próprios discursos e, ao produzi-los, terá a
liberdade de empregar ou não as estruturas linguísticas de que tomou consciência.
Entretanto, é importante salientar que ter consciência das muitas regras gramaticais não
vai garantir que, ao produzir seus textos, o aluno será bem sucedido. Aqui é que entra o
papel do professor que será o mediador entre o aluno e os possíveis usos da língua. É ele
que propicia momentos de reflexão e correção. Ao perceber as lacunas apresentadas
pelos alunos, é o professor que proporciona o importante momento da reescrita para que
sejam trabalhados os aspectos por ele anteriormente selecionados. É este que direciona
o olhar do aluno para que perceba o texto como um conjunto de partes vinculadas entre
si, com laços morfossintáticos que garantam sua tessitura linear, dando-lhe um
encadeamento lógico.
A gramática sempre será considerada como meio de leitura de mundo e não como
um fim em si; seu estudo tem por objetivo apenas conscientizar o aluno de algo que ele,
100
intuitivamente, já sabe.
Para a aquisição desse repertório linguístico, deve-se perceber que:
a- a sistematização dos conceitos visa à compreensão dos mecanismos da língua
e a uma melhor performance do aluno no momento da produção de texto;
b- será trabalhada a morfossintaxe;
c- todo o conteúdo gramatical será desenvolvido a partir de exemplos retirados de
textos trabalhados ou de situações reais criadas na sala de aula, o que possibilitará ao
aluno entender que os elementos do universo humano (e as relações entre esses
elementos) são respectivamente representados no universo da linguagem;
d- a organização dos períodos deverá moldar-se ao raciocínio lógico do aluno e
acompanhar progressivamente, a evolução da complexidade de seu pensamento;
e- os fenômenos linguísticos deverão ser inicialmente analisados pelos alunos e,
somente depois de esgotados os questionamentos lançados ao grupo/classe será feita a
"amarração" final, seguida da correspondente conceituação;
f- o desenvolvimento do pensamento abstrato deverá corresponder à interiorização
de dois processos básicos de composição do período: a coordenação e a subordinação;
g- o aprendizado dos elementos garantidores da coesão dos processos de
coordenação e subordinação devem voltar-se para o texto enquanto análise e produção.
O Estudo da Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena
Com base na Lei nº 10.639/2003, o trabalho de Língua Portuguesa refletirá sobre a
influência e a importância da história e cultura Afro-Brasileira e das Africanidades na
formação da cultura brasileira.
Este ensino será ministrado através dos conteúdos, citados abaixo em todas as
séries do ensino Fundamental e Médio. Sendo desenvolvido por leituras, estudos e
pesquisas sobre:
− Identidade cultural.
− Patrimônio cultural.
− Diversidade cultural.
− Herança cultural.
− Movimentos de resistência.
− Aculturação.
−Discriminação social.
−Discutir diversas linguagens para discutir a temática, através de: danças, filmes, textos,
101
pintura, televisão, cinema, mídia impressa etc...
Conteúdos do Ensino Fundamental
5ª Série
Conteúdo Estruturante:
O discurso como prática social
Conteúdos para leitura
- Identificação do tema
- Interpretação textual, observando:
- Conteúdo temático
- Interlocutores
- Fonte
- Intertextualidade
- Informatividade
- Intencionalidade
- Marcas linguísticas- Identificação do argumento principal e dos argumentos
secundários
- Inferências.
Conteúdos para oralidade
Adequação ao gênero:
- Conteúdo temático;
- Elementos composicionais;
- Intencionalidade do texto
- Papel do locutor e do interlocutor
- Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
- Elementos extralinguísticos: pausa ,entonação gestos...
Conteúdos para escrita
Adequação ao gênero:
- Conteúdo temático
- Elementos composicionais
- Marcas linguísticas
- Argumentação
- Paragrafação
102
- Clareza de idéias
- Refacção textual
Metodologia para leitura, oralidade e escrita
- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
- Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
- Inferências de informações implícitas;
- Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para,
interpretação de textos.
- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
- Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto;
- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;
- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
- Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
- Inferências de informações implícitas;
- Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para
interpretação de textos.
- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
- Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto;
- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas.
- Apresentação de textos produzidos pelos alunos
- Contação de histórias
- Narração de fatos reais ou fictícios
- Seleção de discurso de outros, como: entrevista, cenas de desenhos/programas
infanto-juvenis, reportagem...
- Análise dos recursos próprios da oralidade
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado
- Discussão sobre o tema a ser produzido;
- Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
- Produção textual
- Revisão textual
- Reestrutura e reescrita textual
103
Conteúdos para Análise Linguística
- Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno;
- Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico,acentuação gráfica;
- Processo de formação de palavras;
- Gírias
- Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia...)
- Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal;
- Particularidades de grafia de algumas palavras;
Metodologia
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:
- Gêneros selecionados para leitura ou audição;
- Textos produzidos pelos alunos;
- Dificuldades apresentadas pela turma.
Sugestões de gêneros discursivos a serem trabalhados na 5ª série:
História em quadrinho, piadas, adivinhas, lendas, fábulas, contos de fadas,
poemas, narrativa de enigma, narrativa de aventura, dramatização, exposição oral,
comercial para TV, causos, carta pessoal, carta de solicitação, e-mail, receita, convite,
autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados, verbete, quadrinhos, cantigas de roda,
bilhetes, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de jogo, anedotas, entre outros.
6ª Série
Conteúdo estruturante
O discurso como prática social
Conteúdos para Leitura
Interpretação textual, observando:
- Conteúdo temático
- Interlocutores
104
- Fonte
- Ideologia
- Papéis sociais representados
- Intertextualidade
- Intencionalidade
- Informatividade
- Marcas linguísticas
- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários as
particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e informal.
-Texto verbal e não-verbal
Conteúdos para Oralidade
- Adequação ao gênero:
- Conteúdo temático;
- Elementos composicionais;
- Marcas lingüísticas;
- Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversação (entonação,
repetições, pausas)...
- Variedades lingüísticas;
- Intencionalidade do texto;
- Papel do locutor e do interlocutor;
- Participação e cooperação;
- Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
Conteúdos para Escrita
Adequação ao gênero;
- Conteúdo temático;
- Elementos composicionais;
- Marcas lingüísticas;
- Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversação: entonação
repetições e pausas.
- Variedades lingüísticas;
- Intencionalidade do texto;
- Papel do locutor e do interlocutor;
105
- Participação e cooperação;
- Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
- Argumentação;
- Coerência e coesão textual;
- Organização das idéias/parágrafos;
- Finalidade do texto;
- Refacção textual;
Metodologia
- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
- Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
- Leitura das informações implícitas nos textos;
- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
- Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto;
- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;
- Apresentação de textos produzidos pelos alunos;
- Contação de histórias;
- Seleção de discurso de outros, como: notícias, cenas de novelas/filmes,
entrevistas, programas humorísticos...
- Análise dos recursos próprios da oralidade;
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
- Produção;
- Discussão sobre o tema a ser produzido;
-Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
Conteúdos para Analise Linguística
- Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no
texto.
- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto.
- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen,
acentuação gráfica.
- Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais.
106
- A representação do sujeito no texto (expressivo /elíptico; determinado
/indeterminado; ativo/passivo).
- Neologismo
- Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese).
-Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal;
-Linguagem digital;
-Semântica;
-Particularidades de grafia de algumas palavras.
Metodologia
- Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:
- de gêneros selecionados para leitura ou escuta;
- de textos produzidos pelos alunos;
- das dificuldades apresentadas pela turma;
- Diferencie a linguagem formal da informal;
- Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do
artigo, dos pronomes...
- Amplie o léxico;
- Compreenda a diferença entre discurso direto e indireto;
- Perceba os efeitos de sentido causados pelas figuras de pensamentos nos textos.
Sugestões de gêneros discursivos para a 6ª Série: entrevista (oral e escrita),
crônica de ficção, música, notícia, estatutos, narrativa mítica, tiras, propaganda, exposição
oral, mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos, álbum de família, literatura de cordel,
carta de reclamação, diário, carta ao leitor, instruções de uso, cartum, história em
quadrinhos, placas, pinturas, provérbios, entre outros.
7ª Série
Conteúdo estruturante
O discurso como prática social
Conteúdos para leitura
Interpretação textual, observando:
- Conteúdo temático
- Interlocutores
107
- Fonte
- Ideologia
- Intencionalidade
- Informatividade
- Marcas lingüísticas
- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;
- As diferentes vozes sociais representadas no texto;
- Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos, etc.
- Relações dialógicas entre textos;
Conteúdos para Oralidade
Adequação ao gênero:
- conteúdo temático;
- elementos composicionais;
- marcas lingüísticas;
-Coerência global do discurso oral;
-Variedades lingüísticas;
-Papel do locutor e do interlocutor:
- participação e cooperação
- turnos de fala
-Particularidades dos textos orais
-Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...
-Finalidade do texto oral
Conteúdos para Escrita
Adequação ao gênero;
- conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas lingüísticas
- Argumentação
- Coerência e coesão textual
- Paráfrase de textos
- Paragrafação
- Refacção textual
108
Metodologia
- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
- Consideração dos conhecimentos prévios;
- Inferências no texto;
- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
- Leitura de textos verbais e não-verbais, midiáticos, iconográficos, etc.
- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;
- Apresentação de textos produzidos pelos alunos;
- Dramatização de textos;
- Apresentação de mesa redonda, júri-simulado, exposição oral...
- Seleção de discurso de outros para análise, como: filme, entrevista, mesa
redonda, cena de novela/programa, reportagem, debate.
- Análise dos recursos próprios dos gêneros orais;
- Discussão sobre o tema a ser produzido;
- Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
- Exploração do contexto social de uso do gênero trabalhado;
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
- Produção textual
- Revisão textual
- Reestrutura e reescrita textual
Conteúdos para Análise Linguística
- Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;
- Conotação e denotação;
- A função das conjunções na conexão de sentido do texto;
- Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos...).
- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto;
- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;
- Acentuação gráfica;
- Figuras de linguagem;
- Procedimentos de concordância verbal e nominal;
109
- A elipse na sequencia do texto;
- Estrangeirismos;
- As irregularidades e regularidades da conjugação verbal;
- A função do advérbio: modificador e circunstanciador;
- Complementação do verbo e de outras palavras;
Metodologia
Compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto
de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:
- de gêneros selecionados para leitura ou escuta;
- de textos produzidos pelos alunos;
- das dificuldades apresentadas pela turma;
Sugestões de gêneros discursivos para a 7ª série: regimento, slogan, telejornal,
telenovela, reportagem (oral e escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de terror,
charge, narrativa de humor, crônica jornalística, paródia, resumo, anúncio publicitário,
sinopse de filme, poema, biografia, narrativa de ficção científica, relato pessoal, outdoor,
blog, haicai, júri simulado, discurso de defesa e acusação, mesa redonda, dissertação
escolar, regulamentos, caricatura, escultura, entre outros.
8ª Série
Conteúdo estruturante
O discurso como prática social
Conteúdos para leitura
−Interpretação textual, observando:
- Conteúdo temático
- Interlocutores
- Fonte
- Intencionalidade
- Intertextualidade
- Ideologia
- Informatividade
- Marcas lingüísticas
- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.
110
- Informações implícitas em textos
- As vozes sociais presentes no texto
- Estética do texto literário
Conteúdos para Oralidade
Adequação ao gênero;
- Conteúdo temático
- Elementos composicionais
- Marcas lingüísticas
- Variedades lingüísticas
- Intencionalidade do texto oral
- Argumentação
- Papel do locutor e do interlocutor:
- Respeita os turnos de fala
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
Conteúdos para Escrita
Adequação ao gênero;
- Conteúdo temático
- Elementos composicionais
- Marcas lingüísticas
- Argumentação
- Resumo de textos
- Paragrafação
- Paráfrase
- Intertextualidade
- Refacção textual
Metodologia
- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
- Consideração dos conhecimentos prévios;
- Inferências sobre informações implícitas no texto;
- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
- Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto;
- Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;
111
- Exposição oral de trabalhos/textos produzidos;
- Dramatização de textos;
- Apresentação de seminários, debates, entrevistas...
- Seleção de discurso de outros, como: reportagem, seminário, entrevista;
- Análise dos recursos próprios da oralidade;
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
- Discussão sobre o tema a ser produzido;
- Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
- Produção textual
- Revisão textual
- Reestrutura e reescrita textual
Análise linguística para as práticas de leitura, escrita e oralidade:
- Conotação e denotação
- Coesão e coerência textual
- Vícios de linguagem
- Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
- Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que
diz, como: felizmente, comovedoramente...).
- Semântica
- Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto.
- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico.
- Acentuação gráfica
- Estrangeirismos, neologismos, gírias;
- Procedimentos de concordância verbal e nominal;
- Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;
- A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;
- Coordenação e subordinação nas orações do texto;
112
Metodologia
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:
- de gêneros selecionados para: leitura ou escuta;
- de textos produzidos pelos alunos;
- das dificuldades apresentadas pela turma;
Sugestões de gêneros discursivos para 8ª Série: artigo de opinião, debate,
reportagem oral e escrita, manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica,
narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos, música, charges, editorial,
curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembleia, agenda cultural, reality show,
novela fantástica, conferência, palestra, fotoblog, depoimento, imagens, instruções, entre
outros.
Avaliação
A oralidade, a leitura e a escrita não são atividades que se esgotam em si mesmas,
que terminam em uma nota bimestral. São atividades sociais em que se reconhece a
presença do outro, seja daquele que convida à interlocução, autor que é dos textos que
se lê ou escuta, seja daquele que é convidado à interlocução, destinatário que é dos
textos orais ou escritos.
Para tanto, é fundamental que o professor selecione os objetivos específicos de
cada bimestre e apresente aos educandos os critérios de cada avaliação de acordo com
cada prática discursiva.
Avaliar significa emitir juízo de valor e, portanto, exige critérios claros que orientem
a leitura dos aspectos a serem avaliados e devem servir como norteadores do processo
ensino aprendizagem.
A avaliação será processual, diagnóstica, formativa e somatória (dois blocos de
5,0) e, não atingindo 60% no bloco de 5,0 será feito recuperação dos conteúdos e
reavaliação com valor 5,0.
A avaliação processual é um momento de fazer o educando participar das
atividades de forma consciente, responsável e produtiva de acordo com que for solicitado.
Permite acompanhar os avanços e as dificuldades dos alunos nas atividades
desenvolvidas. Deve servir como um dignóstico contínuo e dinâmico, no redirecionamento
das propostas, dos conteúdos, da metodologia, estratégias e ações.
A oralidade, leitura, análise lingüística, produção e reescrita de diferentes gêneros
113
textuais serão avaliados por meio de diferentes instrumentos: trabalhos individuais e em
grupos, apresentações de trabalhos, de pesquisas, entrevistas, palestras, interpretações
de textos, resumos, dramatizações, análise lingüística, produções de diferentes gêneros
textuais, reescrita de textos entre outras.
Todas as avaliações formais e não-formais devem estar de acordo com os critérios
de avaliação indicados nas diretrizes curriculares de Língua Portuguesa e serão
desenvolvidos de acordo com os conteúdos do plano de trabalho do professor de cada
bimestre.
Referências Bibliográficas:
BAKHTIN, Mikhail. Questões de estética e literatura. São Paulo: Martins Fontes,
1997.
FARACO,Carlos Alberto: TEZZA, Cristovão: CASTRO, Gilberto de . Diálogos com
Bakhtin. Curitiba, Pr: editora UFPR, 2000.
GERALDI. O texto em sala de aula. 2 ed. São Paulo: Ática, 1987.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.
KLEIMANN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7 ed.
Campinas, Sp: pontes, 2000.
KRAMER. Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3 ed. São Paulo: Ática,
2000.
PARANA , Secretaria de Estado da Educação. Curriculo básico para a escola
pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes Curriculares Língua Portuguesa. Versão Preliminar. Curitiba: SEED, 2008.
PELLEGRINI, Tânia. FERREIRA, Marina. Palavra e Arte. São Paulo: Atual, 1996.
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002.
SUASSUNA,Lívia. Ensino de Língua Portuguesa: uma abordagem pragmática.
Campinas, SP: Papirus, 1995.
ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem
pedras no caminho. São Paulo; Parabóla, 2007.
APP-Sindicato. LDB – Lei de Diretrizes e bases da Educação – Lei 9394/96.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. O texto e a construção dos sentidos, 6ª ed.
São Paulo: Contexto, 2002.
114
COSTA, Val Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo, Martins Fontes,
2001.
Proposta curricular de Matemática
Apresentação Geral da Disciplina
A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna.
Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para a
formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais,
culturais e políticas. Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar,
comparar, medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comparar e justificar
resultados, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e
interpretar criticamente as informações, conhecer formas diferenciadas de abordar
problemas.
A Matemática vista como uma maneira de pensar, como um processo em
permanente evolução (não sendo algo pronto e acabado que apenas deve ser estudado),
permite, dinamicamente, por parte do aluno, a construção e a apropriação do
conhecimento. Permite também vê-la no contexto histórico e sociocultural em que ela foi
desenvolvida e continua se desenvolvendo.
A Matemática está presente em praticamente tudo o que nos rodeia, com maior ou
menor complexidade. Perceber isso é compreender o mundo a nossa volta e poder atuar
nele. E a todos indistintamente, deve ser dada essa possibilidade de compreensão e
atuação como cidadão.
Em casa, na rua, nas várias profissões, na cidade, o campo, nas várias culturas, o
ser humano necessita contar, calcular, comparar, medir, localizar, representar,
interpretar,etc., e o faz informalmente, a sua maneira, com base em parâmetros de seu
contexto sociocultural. È preciso que esse saber informal, cultural, se incorpore ao
trabalho matemático escolar, diminuindo a distância entre a matemática da escola e a
matemática da vida.
Em uma sociedade voltada ao conhecimento e a comunicação, como a do terceiro
milênio, é preciso que desde as séries iniciais as crianças comecem a comunicar idéias ,
executar procedimentos e desenvolver atitudes matemáticas, falando, dramatizando,
escrevendo, desenhando, representando,construindo tabelas diagramas e
gráficos,fazendo pequenas estimativas, conjecturas e inferências Lógicas, etc. Tudo isso
115
trabalhando individualmente, em duplas ou em pequenas equipes, colocando o que
pensam e respeitando o pensamento dos colegas.
Os conteúdos devem ter relevância social, propiciando conhecimentos básicos
essenciais para qualquer cidadão (contar, medir, calcular, resolver problemas,
reconhecer formulas, compreender a idéia de probabilidade, saber tratar as informações,
etc.). Precisam estar articulados entre si e conectados com outras áreas do
conhecimento.
Aprender Matemática é aprender a resolver problemas. Para isso é preciso
apropriar-se significados dos conceitos e procedimentos matemáticos para saber aplica-
los em situações novas. Assim, é fundamental que tais conceitos e procedimentos sejam
trabalhados com a total compreensão de todos os significados associados a eles.
Aprender matemática é muito mais do que manejar fórmulas, saber realizar
operações ou marcar a resposta correta: é interpretar é criar significados, construir seus
próprios instrumentos para resolver problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a
capacidade de conhecer, projetar e transcender o imediatamente sensível. A matemática
apresenta ao aluno o conhecimento de novas informações e instrumentos necessários
para que seja possível a ele continuar aprendendo.
Objetivos
O ensino da matemática de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental deve levar o
aluno a:
• Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, ou seja,desenvolver sua
capacidade de “ fazer matemática” construindo conceitos e procedimentos,
formulando e resolvendo problemas para si mesmo e , assim, aumentar sua auto-
estima e perseverança na busca de soluções para um problema;
• Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para
compreender o mundo e, compreendendo-o, poder atuar melhor nele;
• Pensar logicamente, relacionando idéias, descobrindo regularidades e padrões,
estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade na
resolução de problemas;
• Observar sistematicamente a presença da matemática no dia-a-dia (quantidades,
números, formas geométricas, simétricas, grandezas e medidas, tabelas e
gráficos, “previsões”, etc.);
116
• Formular e resolver situações-problema. Para isso, o aluno deverá ser capaz de
elaborar planos e estratégias para a solução do problema, desenvolvendo várias
formas de raciocínio (estimativa, analogia, indução, busca de padrão ou
regularidade, pequenas inferências lógicas, etc.), executando esses planos e
essas estratégias com procedimentos adequados;
• Integrar os vários eixos temáticos da matemática (números e operações,
geometria, grandezas e medidas, raciocínio combinatório, estatística e
probabilidade) entre si e com outras áreas do conhecimento;
• Comunicar-se de modo matemático, argumentando, escrevendo e representando
de varias maneiras (com números, tabelas, gráficos, diagramas, etc.) as idéias
matemáticas;
• Interagir com os colegas cooperativamente, em dupla ou em equipe, auxiliando-os
e aprendendo com eles,apresentando suas idéias e respeitando as deles,
formando, assim, um ambiente propicio à aprendizagem.
Conteúdos Estruturantes
− Números e Álgebra
− Funções
− Geometria
− Tratamento da Informação
5ª Série:
Números, Operações e Algebra
• Sistema de numeração
• Sistema Egipicio de numeração
• Sistema de numeração Indo-Arábico
• Operações básicas no N (quadro de operações)
• Potenciação e radiciação
• Resolução de problemas
• Divisibilidade e múltiplos
• Critérios de divisibilidade
• Divisores, fatores e múltiplos de números
• Números primos
• Decomposição de fatores primos
117
• Mínimo múltiplo comum
• Conjunto dos números racionais e operações básicas
• Forma fracionária de números racionais (idéia de fração, comparação de frações,
frações equivalentes, 6 operações com números racionais
• Frações e porcentagens
• Resolução de problemas
• Forma decimal de números racionais (representação decimal, propriedade geral, 6
operações com números decimais)
Geometria
• Ponto, reta e plano
• Reta: Posição de uma reta em relação ao chão; posições relativas de uma reta em
um plano
• Semi- reta
• Segmento de reta
• Polígonos
• Polígonos convexos (denominação dos polígonos)
• Triângulos quadriláteros
Medidas
• Medindo cumprimentos
• Transformação das unidades
• Perímetro de um polígono
• Medidas de superfície
• Transformação das unidades
• Medidas agrárias
• Áreas de figuras geométricas planas
• Medidas de capacidade,
• Transformação das unidades
• Volume do paralelepípedo retângulo
• Medidas de massa
• Transformação das unidades
Tratamento da Informação
118
• Coleta, organização e descrição de dados
• Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas, diagramas,
quadros e gráficos
6ª SERIE:
Numeros, Operações e Algebra
• Conjunto de números inteiros
• Conjunto de números racionais (introdução)
• Conjunto dos números racionais ( 6 operações)
• Médias
• Equações
• Noções de Inequações
• Razões
• Proporções
• Números diretamente e inversamente proporcionais
• Regra de três simples e composta
• Porcentagem e juros simples
Geometria
• Construções e representações no espaço e no plano
• Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos
• Planificação de sólidos geométricos
• Desenho geométrico com o uso de régua e compasso
• triângulos, polígonos e circunferências
Medidas
Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de
problemas algébricos.
triângulos e arcos – unidades, fracionamento e calculo
Tratamento da Informação
• Coleta, organização e descrição de dados
119
• Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas, diagramas,
quadros gráficos
• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e histogramas
• Medidas, moda e mediana
7ª Serie:
Números, operações e álgebra
• Números racionais e sua representação decimal
• Números irracionais e números reais
• As quatro operações: adição, subtração, multiplicação e divisão estudadas em Q e
possíveis em R
• Raiz quadrada exata e exata de um número racional
• Álgebra
• Expressões Algébricas
• Frações algébricas
• Reconhecimento dos valores que anulam os denominadores de equação
fracionaria e não pertencem ao conjunto solução da equação
• Monômios e polinômios
• Produtos notáveis
• Fatoração
• Resolução de uma equação fracionaria de iº grau com uma incógnita
• Equações literais do 1º grau na incógnita x
• Equações fracionarias e literais
• Equações do 1º grau com duas incógnitas
• Verificação de um par ordenado(x,y) ou não – uma das soluções de equações do
1º grau com duas incógnitas
• Sistemas de equações de 1º grau com 2 variáveis
• Resolução de um sistema de duas equações de 1º grau com duas incógnitas
Geometria
• Triângulos e triângulos
• Polígonos
• Triângulos interno, externo
• Diagonais e perímetro
120
• Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações
• Representação geométrica dos produtos notáveis
• Representação cartesiana e confecção de gráficos
• Padrões entre base, faces e aresta de pirâmides e prisma
• Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro
Medidas
• Triângulos e arcos – unidade, fracionamento e calculo
Tratamento da Informação
• Coleta, organização e descrição de dados
• Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas, diagramas,
quadros e gráficos
• Noções de probabilidade
8ª Serie:
Números, Operações e Álgebra
• Radicais
• Cálculo e radicais
• Raiz enésima de um número real
• Radicais e suas propriedades
• Simplificação de radicais
• Introdução de fatores no radicando
• Adição algébrica multiplicação e divisão de radicais
• Potenciação de expressões com radicais
• Racionalização de denominadores
• Simplificação de expressões com radicais
• Potência com expoente racional
• Equações do 2º grau
• Equações completas e incompletas
• Escrita da equação do 2º grau na sua forma normal
• Resolução de equações completas e incompletas
121
• Resolução de problemas
• Estudo das raízes da equação do 2º grau
• Relação entre as raízes e coeficientes da equação ax + bx + c= 0
• Escrita da equação do 2º grau quando se conhece as duas raízes
• Equações biquadradas
• Equações irracionais
• Resolução de equações irracionais
• Sistemas de equações do 2º grau
• Resolução de sistemas de equações do 2º grau
• Resolução de problemas
Geometria
• Segmentos proporcionais
• Razão e proporção – propriedades
• Razão de dois segmentos
• Segmentos proporcionais
• Feixes de paralelas
• Propriedade do feixe de paralelas
• Teorema de Tales
• Teorema de Tales nos triángulos
• Teorema da Bissetriz interna de um triangulo
• Triângulos semelhantes
• Propriedades dos triângulo semelhantes
• Teorema Fundamental de semelhança de triângulos
• Teorema de Pitágoras
• Aplicação do Teorema de Pitágoras na resolução de problemas
• Relações métricas no triangulo retângulo
• Estabelecimento das relações métricas a partir da semelhança de triângulos
• Resolução de problemas
• Relações trigonométricas na resolução de problemas
• Aplicação das relações trigonométricas na resolução de problemas
• Áreas de algumas figuras geométricas planas
• Cálculo da área do retângulo, quadrado, triângulo, paralelogramo,
122
losango,trapézio, do polígono regular e de regiões circulares
• Resoluções de problemas que envolvem áreas de figuras geométricas
Medidas
• Congruência e semelhança de figuras planas – Teorema de Tales
• Triângulo retângulo – relações métricas e Teorema de Pitágoras
• Triângulos quaisquer
• Poliedros regulares e suas relações métricas
Tratamento da Informação
• Coleta, organização e descrição de dados
• Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas, diagramas,
quadros e gráficos
• Noções de probabilidade
Metodologia
Aprende-se Matemática fazendo Matemática , e essa aprendizagem está
ligada à apreensão e atribuição de significados. Para isso, alguns princípios devem
orientar o trabalho:
a) A matemática é importante na medida em que a sociedade necessita e utiliza cada
vez mais, de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos. Portanto, deve ser
mostrada como um todo e não com uma sucessão de temas isolados, destacando-
se as conexões existentes entre situações da vida real, ou em outras disciplinas e
suas representações matemáticas e entre duas representações matemáticas
equivalentes.
b) O ensino-aprendizagem de matemática tem como ponto de partida a resolução de
problemas. A capacidade de resolver problemas deve ser considerada como um
eixo organizador do ensino da matemática, pois possibilita aos alunos mobilizar
conhecimentos e gerenciar as informações que estão ao seu alcance. É
fundamental compreender que os problemas não são um conteúdo e sim uma
forma de trabalhar os conteúdos, servindo como orientação para a aprendizagem,
pois proporcionam o contexto em que se podem apreender conceitos,
procedimentos e atitudes matemáticas.
c) A história da matemática deve ser utilizada como um instrumento de resgate da
identidade cultural, e pode esclarecer idéias matemáticas que estão sendo
123
construídas pelo aluno, pois conceitos abordados em conexão com sua historia
constituem veículos de grande valor formativo.
d) Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como meios facilitadores e
incentivadores do espírito de pesquisa. As calculadoras e computadores permitem
atividades de exploração, recuperação e desenvolvimento e sua utilização traz
significativas contribuições ao ensino da matemática.
e) Os jogos são uma forma interessante de propor problemas e devem ser utilizados
sempre que possível, pois permitem que sejam apresentados de forma atrativa e
que favoreçam a criatividade na busca de soluções.
Propiciam a simulação de situações-problema que exigem soluções vivas e
imediatas e possibilitam a construção de uma atitude positiva perante os erros, sem
deixar marcas negativas.
f) A promoção das atividades em grupo deve acontecer sempre que possível, pois
estimula a discussão e confrontação de idéias, levando ao aluno a respeitar o
modo de pensar dos colegas, aprendendo com eles.
g) As atividades que estimulam a comunicação oral e escrita, a verbalização de
raciocínios, analises, processos e resultados devem ser valorizados, pois levam o
aluno a utilizar o vocabulário e as formas de representação matemáticas
adequadas. A linguagem do professor deve ser rigorosa, mas adequada ao nível
de desenvolvimento do aluno.
h) A seleção e a organização de conteúdos deve levar em conta sua relevância social
e sua contribuição para o desenvolvimento intelectual do aluno.
i) A educação matemática deve valorizar a historia dos estudantes através do
reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.
j) O ensino e aprendizagem de matemática devem valorizar também o aluno no seu
contexto social, levantando problemas que sugiram questionamento sobre
situações da vida.
Não existe um caminho como único e melhor para o ensino da matemática, mais
conhecer e utilizar diversas possibilidades de trabalho é fundamental para que o professor
construa sua pratica.
Avaliação
A avaliação é um elemento,uma parte integrante do processo ensino
aprendizagem, abrangendo a atuação do professor, o desempenho do aluno e também os
124
objetivos, a estrutura e o funcionamento de escola e do sistema de ensino. É algo bem
mais amplo do que medir quantidade de conteúdos que o aluno aprendeu em
determinado período.
Portanto a avaliação deve ser compreendida como:
• Elemento integrador entre aprendizagem e ensino;
• Conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção
pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma;
• Conjunto de ações que busca obter informações sobre o que foi aprendido e
como;
• Elemento de reflexão para o professor sobre sua prática educativa;
• Instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência de seus avanços,
dificuldades e possibilidades;
• Ação que ocorre durante todo o processo de ensino aprendizagem e não apenas
em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de
trabalho.
Em relação a avaliação paralela há que se observar em:
Reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se limitar a recuperar
apenas notas ou conceitos;
Abrir espaço para o aluno repensar o conteúdo ( auxilio e não castigo) para
descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento
Os resultados da avaliação devem nortear o trabalho do professor e do aluno na
busca dos objetivos não atingidos por meio de intervenções, as quais destaca-se a
retomada de conteúdos, mudança de estratégia (definir os instrumentos e os momentos
de avaliação), monitoria, trabalho em grupo, etc
Com estes princípios de avaliação e recuperação, muda-se o enfoque:
Da nota para o aprendizado;
E do ensino para ensinar o aluno a aprender (desenvolvendo suas habilidades na
busca do conhecimento)
Referências
GIOVANNI,José Ruy – A Conquista da matemática: A + nova. Ensino
Fundamental – são Paulo: FTD, 2002- (Coleção Conquista da Matemática).
GIOVANNI, José Ruy – Matemática Pensar e Descobrir. Ensino Fundamental –
São Paulo: FTD, 2000 – (Coleção Matemática Pensar e Descobrir).
125
IMENES, Luiz Márcio, Matemática para todos. São Paulo, Scipione, 2002.
Pais, Luiz Carlos. Didática da Matemática: Uma análise da influência francesa. Belo
Horizonte:Autentica, 2001,p.35-36 (coleção tendências em Educ. Matemática)
ISOLANI, Célia Maria Martins. Matemática e interação – Curitiba Modulo, 1999.
TOSSATTO,Claudia Miriam.Matemática Nova didática. Curitiba – 2002 (Coleção
idéias e relações)
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PUBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARARNA; Matemática/ Secretária de Estado da Educação, 2007
Proposta Curricular de Inglês
Apresentação Geral da Disciplina
Estão ocorrendo reformulações curriculares, para que hajam orientações mais
abrangentes para o trabalho em salas de aula com as disciplinas de Língua Estrangeira.
Por meio da L. E. apresentamos ao aluno de escola publica, um espaço para ampliar o
contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de
construção da realidade.
Por isso, é preciso rever o modo como se está ensinando e para quê está
ensinando esta outra língua. Um bom trabalho pode ser realizado através de trabalho com
diferentes textos e temas atuais , os quais podem enriquecer o universo do aluno, levando
sempre em consideração o universo que está inserido.
As línguas estão permanentemente em evolução, se transformam e por isso
devem-se ensinar as várias formas de discurso que a compõem dentro da sociedade.
Atualmente as línguas estrangeiras têm uma importância fundamental na formação do
aluno, sendo o indicador mais sensível de todas as transformações sociais. O ensino de
línguas estrangeiras na escola têm um papel importante á medida que permitem aos
alunos aproximar-se de várias culturas e, consequentemente propiciam sua integração na
sociedade ativamente, relacionando-se com outras comunidades e outros conhecimentos.
A linguagem dever ser vista como prática social, ou seja, elas funcionam como meios
para ter acesso ao conhecimento, e, portanto, as diferentes formas de pensar, de criar, de
sentir, de agir e de conceber a realidade, propiciam ao individuo uma formação mais
abrangente e transformadora numa sociedade muito diversa e complexa.
Objetivos
126
Os objetivos gerais da L.E. são: apresentar um espaço para ampliar o contato com
outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção da
realidade o aluno em relação à língua estrangeira através de:
• Mundo multilíngue e multicultural em que vive;
• (A compreensão global escrita e oral),
• O empenho na negociação do significado e não na correção.
Ao longo dos quatro anos do Ensino Fundamental, espera-se com o ensino de
língua estrangeiras que o aluno seja capaz de:
• Identificar as línguas estrangeiras que cooperam no sistema de comunicação,
se sentido parte integrante desse mundo e compreendam o papel das línguas
na história e na sociedade;
• Vivenciar experiências de comunicação ao usar uma língua estrangeira para
possibilitar relações entre ações individuais e coletivas, ampliando sua maneira
de pensar e ver o mundo no qual está inserido;
• Reconhecer que ao aprender uma língua estrangeira, ele compreenda a
diversidade lingüística e cultural para o desenvolvimento cultural do país;
• Construir um conhecimento sistêmico, com base na língua materna sobre a
organização dos textos, sabendo como e quando usar a linguagem para
melhorar a sua comunicação;
• Usar a língua estrangeira, construindo ao mesmo tempo uma consciência critica
e lingüística sobre o uso desta língua;
• Ler e valorizar em língua estrangeira como fonte de informação e
entretenimento, facilidade para ter acesso ao trabalho,estudos e a pesquisas
avançados.
Conteúdos
Os conteúdos propostos têm por base que o uso da linguagem na comunicação
envolve o conhecimento (sistêmico, de mundo e de organização textual) e a capacidade
de usar esse conhecimento para a construção social dos significados na compreensão e
produção escrita e oral. O componente metodológico pode fazer com que o aluno aprenda
a usar a linguagem concentrando-se nos processos de uso via habilidades comunicativas,
quando o aluno interage com alguém.
A construção social dos significados estão organizados em quatro eixos:
127
conhecimento de mundo, conhecimento sistêmico, tipos de texto e atitudes.
Conhecimento de Mundo:
• Á vida das crianças na escola, aos problemas de locomoção até a escola, a vida
em família as atividades de lazer com os amigos, aos problemas da cidade, do
estado e do país em que vive;
• A determinação da divisão do trabalho em casa, com base nas identidades sociais
de menino e meninas, a convivência entre eles, ao respeito, as diferenças entre as
pessoas (do ponto de vista étnico ou do tipo físico), a problemas ecológicos na
cidade em que vivem aos direitos e responsabilidades do aprendiz e do cidadão;
• A convivência entre menino e meninas na cultura da língua estrangeira, a vida na
escola em outros pais, aos direitos conseguidos pelas mulheres em outros países,
a organização das minorias (étnicos e não étnicos|) em outras partes do mundo; a
visão da cultura da língua estrangeira como múltipla; a organização e a ética
política em outros países as campanhas de esclarecimentos sobre doenças em
outras partes do mundo; a questão de opção sexual em outros países, etc.
Tipos de Texto:
• Pequenas histórias, quadrinhas, historias em quadrinho, instruções de jogos,
anedotas, trava-línguas, anúncios, diálogos, rótulos de embalagem, cartazes,
canções e pequenas noticias;
• Entrevistas, programação de TV, textos publicitários, cartas, reportagens,
classificados, poemas, editoriais de jornais, artigos jornalísticos, textos de
enciclopédia, verbetes de dicionários, receitas, estatutos, declaração de direitos.
Conhecimento Sistêmico:
• Atribuição de significados a diferentes aspectos morfológicos, sintáticos e
fonológicos;
• Identificação do grau de formalidade na escrita e na fala;
• Identificação de conectores que indicam uma relação semântica;
• Reconhecimento de diferentes tipos de texto a partir de indicadores de organização
textual;
• Compreensão e produção de textos orais com marcas entonacionais e pronuncia
que permitam a compreensão do que está dito.
128
Conteúdos Atitudinais:
• Preocuparem-se em ser compreendido e compreender os outros tanto na fala
quanto na escrita;
• Valorizar o conhecimento de outras culturas como forma de compreensão do
mundo em que vive;
• Reconhecer que as línguas estrangeiras aumentam as possibilidades de
compreensão dos valores e interesses de outras culturas;
• Reconhecer que as línguas estrangeiras possibilitam compreender-se melhor;
• Apreciar produções escritas e orais em outras línguas.
Os usos dos conteúdos do conhecimento sistêmico, de mundo e de organização
textual e os conteúdos atitudinais na construção social do significado são viabilizados por
meio de procedimentos metodológicos que irão possibilitar o desenvolvimento das
habilidades comunicativas.
Em relação ao método para o desenvolvimento das habilidades comunicativas,
destacamos os seguintes princípios:
• Sócio-interacional da aprendizagem em sala;
• Cognitiva, levando em consideração o conhecimento lingüístico o qual é construído
pelo desenvolvimento do significado, como também o pré-conhecimento que o
aluno já possui em relação á sua língua materna;
• Afetiva, pelo fato de que o aluno se tornará um ser discursivo de uma língua
estrangeira.
• Pedagógica, pois o uso da linguagem é fator primordial e que o aluno tem de
aprender.
Conteúdos por série:
5ª série:
• Histórico da origem da Língua inglesa/ LDB
• The Alfabet
• Verbo to be nas formas afirmativa, negativa e interrogativa;
• Pronomes pessoais;
• Pronomes possessivos de inicio de frase;
• Pronomes demonstrativos e de tratamento;
129
• Números de cardinais de (0 a 100);
• Uso de expressões interrogativas: What, where, who, how much;
• Os verbos to like e to have no presente nas formas afirmativas, negativas e
interrogativas;
• Vocabulário referente a: apresentações pessoais, cumprimentos e despedidas,
objetos encontrados na sala de aula, países, cidades, nacionalidades, profissões,
animais, cores, guloseimas e meio de transportes.
6ª série
• Revisão do verbo to be (presente nas formas: afirmativa, negativa e interrogativa);
• Revisão dos pronomes pessoais, possessivos;
• Verbo modal can nas formas: afirmativas, negativa e interrogativa.
• Plural dos substantivos
• Pronomes demonstrativos / there is e there are
• Palavras/expressões interrogativas which, how, what time.
• Preposições: on, in, at, under, beside, between, opposite;
• Presente simples nas formas: afirmativa, negativa e interrogativa.
• Artigos definidos e indefinidos
• Elementos de coesão em textos: first, then, next, after, that, finally.
• Caso genitivo
• Pronomes possessivos de final de frase;
• Imperativo: afirmativo e negativo
• Vocabulário referente á: números cardinais de (1 a 1000), dias da semana, meses
do ano, estações do ano, signos do zodíaco, esportes, datas, disciplinas escolares,
horas, atividades de rotina e de lazer, moedas, roupas, acessórios e calçados,
cômodos e mobília de casa.
7ª série
• Verbo there is e there are; / Imperative form.
• Preposições: near, next to, between, behind, beside;
• Expressão interrogativa how many;
• Palavras que indicam direção: right, left, straight, ahead, parallel to;
130
• Advérbios de freqüências e locuções adverbais;
• Ordem dos adjetivos em frases;
• Futuro com present contínuos;
• Pronomes pessoais (sujeito e objeto);
• Verbo to be – simple past;
• Verbos no passado: regulares e irregulares;
• Wh-questions usados no past simple
• Futuro imediato com verbo to be e expressões adverbiais de tempo;
• Vocabulário: condições metereológicas, descrição físicas e pessoais, problemas de
saúde, partes do corpo e de lugares visitados; convites: aceitação e recusa. Locais
da cidade
8ª série
• Revisão do presente simples;
• Revisão do uso de artigo indefinido;
• Verbos modais: can, could, may, will, would, should, must nas formas afirmativa,
negativa e interrogativa;
• Revisão do verbo no passado;
• Perguntas com respostas curtas;
• Tag questions;
• Adjetivos comparativos (igualdade, superioridade e inferioridade).
• Pronomes reflexivos
• Present perfect nas formas afirmativa, negativa e interrogativa;
• Advérbios de frequência;
• Vocabulário referente a: comida e bebida, geografia e á descrição física de
pessoas e objetos: descrição psicológica das pessoas.
Metodologia
A instituição escolar se faz importante na formação do conhecimento do individuo,
pois, estimula a criança a atingir um nível de compreensão e habilidade que ainda não
domina completamente e este aprendizado faz com que sejam ampliados os horizontes
expandindo suas capacidades cognitivas e interpretativas do aluno, levando-o a explorar
131
o nível real do seu potencial, podendo aprender dentro e fora da escola. Este processo de
natureza meta cognitiva envolve também a consciência lingüística, a consciência dos
conhecimentos (sistêmico, de mundo e da organização textual) que ele possui e a
consciência critica de como se utilizam desse processo.
Em língua estrangeira moderna, devem ser trabalhados diversos tipos de textos
para que o aluno possa atingir um domínio de cada um de seus componentes, que
formam uma língua. O estudante precisa possuir além da competência gramatical, a
competência sociolingüística, a competência discursiva além da competência estratégica.
O livro didático “ Take your Time” (ROCHA, FERRARI, Ana Luzia, Zuleica Agueda,
4ª edição – Editora Moderna) será usado como uma importante fonte para contato com
diferentes tipos de texto como reflexão lingüística e construção de conceitos gramaticais a
partir de atividade propostas pelas autoras.
Avaliação
A avaliação será utilizada, para possibilitar ao professor uma análise dos avanços e
das dificuldades durante a aprendizagem. Serão avaliadas as progressões nas
expressões orais e escritas, leituras, compreensão de modo geral dos diversos tipos de
texto, produções de texto, trabalhos individuais e coletivos, pesquisas, interesse e
participação em sala de aula, pontualidade das tarefas, o material necessário para as
aulas (caderno, dicionário, livros e materiais em geral), como também através de
avaliações marcadas antecipadamente.
Na língua estrangeira moderna, o ato avaliativo é continuo formativo, cumulativo e
qualitativo, pois o ensino desta ocorre em um processo linear que exige o entendimento
de uma cada uma das partes, demonstrando desta forma que é possível interagir em
padrões culturais diferentes com base em sua própria língua.
Referencia
• Take your time. Analuiza Machado Rocha e Zuleica Agueda Ferrari
• Dicionário
• Manual para quem ensina Inglês – Cristina Schumacher. Editora campus- 2004.
• Start up – Eliete Canesi Morino e Rita Brugin de Faria – Editora Afiliada – São
Paulo. 2003
• Essential grammar in use – Raymond Murphy- Cambridge-1998
132
• Headway Workbook – John & Liz Soars – Oxford University Press
• New Interchange – Jack C. Richards – Cambridge. 2000. 1997.
• Our Way-Eduardo Amos, Ernesto Pasqualin, Elisabeth Prescher – Editora
Moderna. 2000.
• Grammar: Strategies and Practice – Beginning – Sandra J. Briggs. 1994
• Gramática Comparativa: Marisol Isidoro. 2004.
• Revista Newsweek
• Cd´s e DVD´s
• Jornais
• Revistas
• Internet
• SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – Diretrizes Curriculares do Ensino
Fundamental de Língua Estrangeira Moderna – julho/2006.
Avaliação Institucional do Projeto Político Pedagógico
Todo o esforço empregado na elaboração deste projeto busca auxiliar a prática
educativa desta instituição. Os objetivos e metas a que nos propomos, vem sendo
desenvolvidos e os resultados estão sendo atingidos, ainda que de forma incompleta.
O trabalho que nos dispomos é de melhorar cada vez mais em nossa prática,
buscando assim chegar o mais próximo possível do que idealizamos. Na busca deste
ideal de Escola e Educação realizaremos debates, encontros, cursos, palestras, grupos
de estudo, conforme a necessidade, condições materiais e humanas da Escola, visando
assim conquistar resultados positivos e superar nossas falhas. Falhas estas que também
serão diagnosticadas através da avaliação do Rendimento Escolar do projeto de
Qualidade do Ensino Público do Paraná nas 8ª séries.
A análise, conjunta, desta avaliação, bem como com os demais instrumentos de
avaliação utilizados no decorrer do ano letivo, servirá para revermos o processo de ensino
– aprendizagem através da reflexão, dos seus diversos aspectos, levando assim uma
reorganização da ação pedagógica a fim de conquistarmos o ideal expresso no Projeto
Político Pedagógico da Escola.
Nossa intenção é a de que a presente proposta esteja em constante revisão e
reformulação.
Portanto é necessário avaliar sua eficácia, discutir seus limites e possibilidades
133
continuamente. Para que isso se efetive deverá utilizar o diálogo.
Estamos certos de estar trilhando um caminho seguro e eficaz, que ao final nos
trará bons frutos, contribuindo desta forma para a formação de seus humanos plenos,
capazes de redescobrir o mundo.
Referências
SECRETARIA ESTADO DA EDUCAÇÃO - Diretrizes Curriculares Nacionais para
o Ensino Fundamental 2008
GANDIN, Danilo. A Prática do Planejamento Participativo Petrópolis – RJ; Editora
Vozes, 2ª Edição.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti, Ensino: Abordagem do Processo, São Paulo,
Editora Pedagógica e Universitária Ltda, 1986. ( Temas Básicos de Educação e Ensino)
FALCÃO Gerson Marinho, Psicologia da Aprendizagem, Editora Ática, 1989, 5ª
Edição.
OLIVEIRA, Maria Kohl, Pensamento e Ação no Magistério.
VYGOTSKI, Aprendizado e Desenvolvimento. Um Processo Sócio-Histórico,
Editora Scipione, 1995, 2ª Edição.
BITTENCOUT, Sirlei, Congresso Paranaense de Alfabetização, Workshop nº 9,15
a 18 de outubro de 1997. Tema: Dificuldades de Aprendizagem no Processo de
Alfabetização.
SAVIANI, Demerval. Educação Brasileira São Paulo: Cortez, 1994.
PIAGET, Jean O Raciocínio na Criança, Rio de Janeiro; Editora Record, 1971.
FUSARI, Maria Felisminda de F. Resende e, Metodologia do Ensino da Arte, São
Paulo. Cortez, 1993.
OSTROWER, Fayga. A sensibilidade do intelecto. Rio de Janeiro, Campos, 1998.
COSTA, Maria de La Luz M. Vivendo Ciências/ Maria de La Luz, Magaly T. dos
Santos. São Paulo, FTD, 1991.
GOWDAK, Demétrio, Aprendendo Ciências/ Demétrio Gowdak, Neide S. de Mattos.
São Paulo, FTD, 1991.
ARATANGY, LÍDIA ROSEMBERG. SEXUALIDADE: A DIFÍCIL ARTE DO
ENCONTRO. SÃO PAULO, ÁTICA, 1995
AQUINO, Julio Groppa. A indisciplina e a escola atual.
134
Parecer do Conselho Escolar.
A presente proposta está de acordo com a realidade vivenciada em nossa escola,
bem como define nossa identidade enquanto instituição escolar.
Representantes dos pais – APMF:
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Representantes do Grêmio Estudantil:
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Representantes dos Professores:
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Representantes dos Funcionários:
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Presidente do Conselho Escolar:
______________________________________________________________
135