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Eng. Agro. Bruno Marin Arroyo
Coord. Pesquisa e Desenvolvimento
Bug agentes biológicos S/A, Piracicaba, SP
Bosch et al. (1982)
Oecophylla smaragdina
Primeiro caso de controle de pragas
Marco em controle biológico
Rodolia cardinalis
Pulgão-branco-dos-citros
Bosch et al. (1982)
60
50
40
30
20
10
01890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970
Nú
me
ro d
e c
aso
s d
e s
uce
sso
Progresso do controle biológico
O Brasil é o maior
consumidor de
agrotóxicos do mundo.
700%aumento de
78%aumento de
no consumo de
agrotóxicos na área agrícola
Agrotóxicos no Brasilnos últimos 40 anos
Tecnologias (variedades/ genótipos)
Tempo
Sub dosagem de produtos
Acertar o alvo
Aplicações em excesso de
defensivos agrícolas.
Lagartas
resistentes
Manejo de Resistência
manejo racional de pragas
manejo integrado de pragas
controle biológico
“Conjunto de medidas que visa
manter as pragas abaixo do nível
de dano econômico, levando-se
em conta critérios econômicos,
ecológicos e sociais”
Uma das táticas obrigatoriamente controle biológico
Fenômeno natural que consiste
na regulação de plantas e animais
(agentes de controle biológico, inimigos
naturais)
Controle biológico
van Lenteren (2012)
1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000
Espécie
s
2007 2009 2011
250
200
150
100
50
0
(240)
Produtos biológicos no mundo
controle biológico
Micro-organismos
- Fungos
- Vírus
- Bactérias
Macro-organismos- Parasitoides- Predadores
Trichogramma spp.
safra 2015/2016
safra 2014/2015
Principais parasitoides
Cotesia flavipes
Trichogramma galloi e T. pretiosum
Trichogramma galloi gera lucro de
Controle biológicona cana-de-açúcar
Programa de Certificação em soja no Maranhão
Controle biológicona soja
Trinidad-Tobago Índia/Paquistão
Importação de Cotesia flavipes
Mendonça (1996)
década de 1970em São Paulo
I.I.
na cana-de-açúcarControle biológico com C. flavipes
Cotesia flavipes gera lucro de
Controle biológicona cana-de-açúcar
Sem
controle
44%
C. flavipes
39%
T. galloi
6%
triflumuron
10%
outros
inseticidas
1%
Controle da broca-da-canacana-de-açúcarDiatraea saccharalis
comercializando
insetos,
entomopatógenos e
ácaros
Perfil das Empresas
Macrobiológicos:
Empresas nacionais de médio e pequeno porte
Novozymes - aquisição da brasileira
Turfal (mai/13)
Syngenta - aquisição da Pasteuria
Bioscience (mai/13)
BASF - aquisição da Becker
Underwood (set/13)
Bayer - aquisição da Agraquest e
Prophyta (abr/13)
Perfil das empresasMicrobiológicos:
Empresas multinacionais de médio e grande porte
“Technology Pioneer”primeira empresa latino-
americana a ganhar esse prêmio
Controle biológico premiado
Destaque: Trichogramma galloi
Mais uma praga introduzida e que vai se juntar
àquelas que causam perdas de
Oliveira et al. (2012)
no BrasilSurge Helicoverpa armigera
Soja
0
200
400
600
800
1000
Controle Biológico Controle Químico
Grã
os p
or
4 p
lan
tas
a
b
São Raimundo das Mangabeiras, MA
Maranhão, Piauí e Pará
Trichogramma pretiosum
Controle biológico no BrasilSOJA
Beauveria bassiana
aplicaçõesde inseticidaspara lagartas e percevejos
ÁREAS CONVENCIONAIS
CONTROLE BIOLÓGICO
Emater (2012/2013)
Controle biológico no BrasilSOJA
Resultados MIP – Número de aplicações:
Convencional Paraná: 4,2 aplicações
MIP Paraná: 2,1 aplicações
MIP – 2,7 MIP – 2,1
MIP – 1,7MIP – 2,1
EMATER – PR
2014-2015
Controle biológico no BrasilSOJA
Controle biológico no BrasilSOJA
SOJA Bt – “Intacta”
Complexo Spodoptera:
Relatadas infestações moderadas e
altas das mais variadas espécies deste
gênero.
S. eridania
S. frugiperda
S. cosmioides
S. albula
Controle biológico no BrasilSOJA
SOJA Bt – “Intacta”
Complexo Spodoptera:
Manejo com:
- Trichogramma pretiosum
- Telenomus remus
Tapurah – Mato Grosso
aplicaçõesde inseticidas
aplicações
Controle biológico no BrasilSOJA
Trissolcus basalis
percevejosx
Parasitoide de ovos – Telenomus podisi
Telenomus podisi
Os adultos desse parasitoide são vespinhas
de coloração preta brilhante de 1 mm de
comprimento, que se desenvolvem de ovo a
adulto dentro dos ovos do hospedeiro,
completando seu ciclo num período de 10 a 12
dias.
Realizadas 2 liberações de 5.000 parasitoides/
hectare, cada liberação espaçada cerca de 12
dias.
Atualmente cerca de 30 mil hectares de soja e
feijão tratados no Brasil.
Controle biológico no BrasilSOJA
Telenomus podisi
Controle biológico no BrasilSOJA
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Manejo do
produtor
Manejo
biológico
Pro
du
tivid
ad
e m
éd
ia (
Kg
/ha
)
aa
3833,63539,0
Agostinho (2010)
Trichogramma pretiosum
Controle biológico no BrasilSOJA
Telenomus podisi
Trichogrammasoja
Paraná- Floresta, área de 30,25ha:Lib. de Trichogramma pretiosum
Realizou-se 1 aplicação para lagartas e 2 aplicações para
percevejo.
Produtividade de 148sc/alq (61,5sc/ha)
- Marialva, área de 21,38ha:Lib. de T. pretiosum e Telenomus podisi
Realizou-se 1 aplicação para lagartas e 1 aplicação para
percevejos apenas em bordadura
Produtividade de 155sc/alq (64,5sc/ha)
EMATER-PR
2014/ 2015
Feijão
83,0
57,7
67,0
52,5
65,1
0
20
40
60
80
100
P1b P1a P2a P2b MÉDIA
Par
asit
ism
o d
e o
vos
(%)
Áreas
Luis Eduardo Magalhães, BAHelicoverpa spp. + C. includens
Controle biológico no BrasilFEIJÃO
Prof. Dr. Marcos Tamai
Mosca-branca
Controle biológico no BrasilFEIJÃO
Atualmente a Mosca-branca é uma das, se não a praga
que vem causando maior preocupação nos produtores
de feijão, mas também nas culturas de soja e
hortaliças.
Os danos são causados quando o
inseto excreta nas folhas uma
substância que favorece a formação
de fumagina, que reduz a captação
dos raios solares e a taxa
fotossintética das plantas.
Controle biológico no BrasilFEIJÃO
Encarsia formosa no controle de Mosca-branca
Vespinha com cerca de 0,6mm, de tom preto e abdome
amarelo brilhante.
Parasita as ninfas de mosca-branca, preferencialmente
até o 3° instar.
Utilizado no controle de mosca-branca em casa de
vegetação na Europa.
Arroz
Controle biológico no BrasilARROZ
Controle de lagartas com Trichogramma
pretiosum
Controle do (Percevejo-do-colmo), Tibraca
limbrativentris com Telenomus podisi.
Melão
Melão
Atualmente mais de 4.000 hectares tratados com
Trichogramma pretiosum
Cultivo protegido por cerca de 20 dias
Melão
Liberações mecanizadas,
2 liberações semanais de 50 mil parasitoides/ha,
Realizadas 6 liberações no ciclo da cultura.
Melão
- Controle de lagartas, principalmente:
Diaphania nitidalis
Diaphania nitidalis
Danos ocasionados
Frutos descartados para venda
no mercado
Diaphania nitidalis
Melão
Danos ocasionados
Melão
Resultados
0
5
10
15
20
25
TOTAL MÉDIA
24
2,4
5
0,5
8
0,82
0,2
NÚ
ME
RO
DE
OV
OS
PONTOS
ÁREA S- 13
OVOS PARASITADOS 26.02.16/ Id: 40. OVOS NÃO PARASITADOS 26.02.16/ Id: 40.
OVOS PARASITADOS 02.03.16/ Id: 45. OVOS NÃO PARASITADOS 02.03.16/ Id: 45.
Melão e Melancia
Resultados observados
- Danos no cantaloupe - quase zero;
- Redução das aplicações principalmente no
cantaloupe e melancia;
- Menos resíduo;
Melão
Em desenvolvimento
- Diglyphus begini:
é considerado um agente de controle biológico da mosca minadora Liriomyzahuidobrensis.
Tomate
aplicaçõesde inseticidas para traça aplicações
Trichogramma pretiosum
traça-do-tomateirox
Controle biológico no BrasilTOMATE
no Brasil
Barreiras plantadas com sorgo (estaqueado) ou
nas curvas de nível (rasteiro) – atração de
inimigos naturais das pragas;
Aplicação de inseticidas somente quando
necessários (amostragens);
Uso de inseticidas seletivos para o controle das
diversas pragas.
aplicações aplicações
Gravena e Benvenga (2003)
Controle biológico no BrasilTOMATE
Citros
Citros
Tamarixia radiata para controle do psilídeo
(Diaphorina citri).
- Atualmente cerca 1,5 mil hectares tratados
- Fundecitrus (Laboratório de criação em casa de
vegetação com murtas)
- A Tamarixia radiata
deposita seus ovos embaixo
de ninfas de psilídeo que
servem de alimento para as
larvas quando elas nascem.
Cada vespinha pode
eliminar até 500 psilídeos.
Citros
Tamarixia radiata para controle do psilídeo
(Diaphorina citri).
A vespinha é uma ferramenta de combate ao HLB
(greening) em locais onde não é feito o controle
químico do psilídeo, como pomares abandonados ou
áreas com murta ou citros nas zonas rural ou urbana,
que servem de criadouros do inseto.
Regiões HLB (%)Centro
Norte
Noroeste
Oeste
Sul
73,5
28,2
8,8
47,4
63,5 Redução da população de D. citri
Aumento de parasitismo por T. radiata
Votuporanga
Getulina
Pirajuí
Cajobi
Rincão
Mogi Mirim
Tatuí
Itapetininga
5,1x
49,5%
3,0x
62,3%
2,6x
86,2%
3,4x
53,3%
10,8x
93,0%
5,3x
59,1%
2,5x
69,6%
7,9x
51,5%
Caso de sucesso atual em citrosTamarixia radiata x Diaphorina citri
Algodão
Bicudo do algodoeiro
Anthonomus grandis
Foto: J.B. Torres.
ALGODÃOControle biológico no Brasil
Catolaccus grandis
Bracon vulgaris
Opções biológicas para controle do Bicudo
Parasitoides:
Parasitoides larvais do Bicudo
Controle biológico no BrasilALGODÃO
Milho
Parasitoide de ovos
Telenomus remus
Spodoptera frugiperda
Controle biológico no BrasilMILHO
Parasitoide de ovos
A vespinha Telenomus remus é um dos
parasitoides com maior eficácia no parasitismo
de ovos de Spodoptera frugiperda, a lagarta-
do-cartucho do milho, tem em seu adulto
aproximadamente 0,5 mm de comprimento e
apresenta uma coloração preta.
Seu período de desenvolvimento é de
aproximadamente 10 dias depois do
parasitismo dos ovos, estimando que uma
fêmea é capaz de parasitar mais de 200 ovos
durante seu ciclo de vida.
Uma das suas vantagens é que este
parasitoide consegue parasitar ovos que estão
nas camadas inferiores da postura.
Telenomus remus
Eficácia de Telenomus remus
Vasconcelos et al. (2009)
lagartas de Spodoptera frugiperda
milho
0
20
40
60
80
100
120
140
160
15.000 + 15.000/ha 15.000/ha 30.000/ha 60.000/ha
Inc
rem
en
to n
a p
rod
uç
ão
(%
)
Controle biológico no BrasilMILHO
Arcaro Filho et al. (2007)
0
10
20
30
40
50
100.000 ha-1 200.000 ha-1 300.000 ha-1 400.000 ha-1
Au
men
to n
a p
rod
uti
vid
ad
e (%
)
bbc
c
a
5,4
t h
a-14
,3 t
ha
-1
4,1
t h
a-1
2,8
t h
a-1
Testemunha: 3,7 t ha-1
Controle biológico no BrasilMILHO
Produtos Armazenados
Fumo
Amendoim
Habrobracon hebetor
Grupo: inseto parasitoide
Alvo: Ephestia spp. e Corcyra
cephalonica
Fase: lagartas de 3º instar
Ação: ectoparasitoide
Dose: 1.000 parasitoides paiol
Pontos por paiol: 1
Número de liberações: 4
Início das liberações: primeiras revoadas da traça
Época: ocorrência da praga
139,0
550,3
0
100
200
300
400
500
600
Paióis com controle Paióis sem controle
Perd
a e
stim
ad
a n
a p
rodu
ção (
Kg/p
aio
l)
Controle biológico no BrasilFUMO
RESULTADOS
0
20
40
60
80
100
Cima Meio Baixo
Grã
os d
an
ific
ad
os (
%)
Testemunha Controle biológico
c c
bc
aba a
Amendoim sem vagem ensacados Tukey, 5%
de controle
Controle biológico no BrasilAMENDOIM
RESULTADOS
0
20
40
60
80
100
Cima Meio Baixo
Grã
os d
an
ific
ad
os (
%)
Testemunha Controle biológico
b
a a
ababb
Amendoim com vagem a granel
de controle
Tukey, 5%
AMENDOIMControle biológico no Brasil
Abacate
Controle biológico no BrasilABACATE
Trichogrammatoidea annulata para controle da Broca-
do-abacate (Stenoma catenifer)
Danos ocasionados por Stenoma
catenifer em Abacate.
Ovos da praga parasitados.
Controle biológico no BrasilABACATE
Liberações semi-mecanizadas com
auxílio de motos
Controle biológico no BrasilABACATE
Recomendações:
Quantidade liberada: 500 mil parasitoides/hectare
( 50% T. annulata + 50% T. pretiosum).
Época: Início do botão floral (Agosto/Setembro).
Número de liberações: 3 semanais + 1 mensal até Maio.
Complemento com 2 liberações de Telenomus podisi
visando controle de percevejos em Outubro.
Ácaros predadores
Grupo: predadores
Alvo: tripes, ovos, ácaros
Fase: todas
Ação: predador sugador
Neoseiulus cucumeris
Utilizados em cultivos protegidos
e com alto valor agregado.
rosa gérbera
crisântemo pêssego
morango azaléa maçã
pimentão
Ácaros predadores
Neoseiulus californicus - O ácaro predador Neoseiulus
californicus, é conhecido por predar o ácaro-rajado, consome tanto ovos,
larvas, ninfas e adultos. Na ausência do ácaro rajado, alimenta-se de
pequenos insetos e do pólen das plantas, o que prolonga seu período de
permanência na cultura.
Neoseiulus barkeri - O ácaro predador Neoseiulus barkeri é
considerado o principal inimigo natural do ácaro
branco, Polyphagotarsonemus latus, praga-chave e de difícil controle em
diversas culturas de importância econômica como: mamão, pimentão,
pimenta, berinjela, uva, dentre outras culturas.
Controle biológico no Brasil
Phytoseiulus macropilis - Phytoseiulus macropilis é um ácaro
predador, utilizado no controle biológico por ser um especialista no
controle do ácaro-rajado. Sua liberação na cultura para um melhor
resultado se dá no momento em que a infestação da praga esta alta, em
baixas infestações seu resultado não é o mais adequado pois ele pode
migrar para outros lugares, na busca de alimento. Ele se alimenta
preferencialmente dos ovos, larvas e ninfas do ácaro-rajado.
Possui coloração avermelhada.
Controle biológico no BrasilÁcaros predadores
Recomendações e formas de liberações
Geralmente as liberações são realizadas com frascos contendo os
ácaros predadores + material inerte (vermiculita). Deve-se caminhar na
área e dispersar durante o caminhamento o conteúdo contendo os
predadores.
Os frascos contém em média cerca de 2.000 – 5.000 ácaros predadores.
Formas de dispersão mecanizadas vêm sendo desenvolvidas para
facilitar a liberação, principalmente em ambientes protegidos.
Controle biológico no BrasilÁcaros predadores
FORMAS DE LIBERAÇÃO
DE ÁCAROS PREDADORES
PREDADORES
Orius
joaninhaRo
do
lia c
ard
ina
lisChrysoperla
externa
Podisus
Considerações Finais
Desafios do Controle Biológico – Macrobiológicos
- Tempo de prateleira curto,
- Automatização de etapas do processo produtivo,
- Dificuldade de obtenção de variados agentes em larga
escala,
- Modo de liberação na lavoura,
- Estabelecer critérios (metodologias) para melhor
eficiência,
- Especificidade dos agentes.
Considerações Finais
Controle Biológico – Realidade em grandes áreas
Caminho sem volta
- Grande apelo Ambiental e Social (Sustentabilidade)
- Produção Responsável de Alimentos e Facilidade para
programas de Certificação
- Tática Obrigatória no MIP
Ferramenta viável e sustentável no controle de pragas
Utilização em conjunto aos agroquímicos:
Manejo de Resistência de Pragas
Preservação de Moléculas e Plantas Bt
SUSTENTABILIDADE E PRODUTIVIDADE
Obrigado [email protected]
T.: 19 99837 6085