edição do centenário 09

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Caderno 9 Anunciantes desta edição: UNIFENAS - TV Integração - Achei Imóveis - Viação São Cristovão - Hospital Santa Lúcia - Demétrius Arantes Pereira - Antônio Roberto - Sindicato dos Contabilistas - Cléber Imóveis - Bom Pastor Papéis Polo de entretenimento Quatro grandes eventos realizados em Divinópolis atraem 150 mil pessoas anual- mente. Festa da Cerveja, Divinaexpo, Divi- na Light e Festa a Fantasia entraram no ca- lendário oficial de festas e transformaram a cidade em polo de entretenimento. Ainda neste caderno, o município apare- ce em destaque na educação. Cinco escolas de ensino superior estão localizadas em Divinópolis. A jornalista Maria Cândida ainda lem- bra sobre a posse do prefeito Fábio Bote- lho Notini, que veio de família de Carmo da Mata. EDIÇÃO ESPECIAL CENTENÁRIO DE DIVINÓPOLIS - SEXTA-FEIRA -1º DE JUNHO 2012

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historia, divinopolis, aniversario, 1 de junho

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Page 1: Edição do Centenário 09

Caderno 9

Anunciantes desta edição: UNIFENAS - TV Integração - Achei Imóveis - Viação São Cristovão - Hospital Santa Lúcia - Demétrius Arantes Pereira - Antônio Roberto - Sindicato dos Contabilistas - Cléber Imóveis - Bom Pastor Papéis

Polo de entretenimento

Quatro grandes eventos realizados em Divinópolis atraem 150 mil pessoas anual-mente. Festa da Cerveja, Divinaexpo, Divi-na Light e Festa a Fantasia entraram no ca-lendário oficial de festas e transformaram a cidade em polo de entretenimento.

Ainda neste caderno, o município apare-

ce em destaque na educação. Cinco escolas de ensino superior estão localizadas em Divinópolis.

A jornalista Maria Cândida ainda lem-bra sobre a posse do prefeito Fábio Bote-lho Notini, que veio de família de Carmo da Mata.

EDIÇÃO ESPECIAL CENTENÁRIO DE DIVINÓPOLIS - SEXTA-FEIRA -1º DE JUNHO 2012

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Divinopolis, 100 anos

Parabéns, divinopolitanos!

Para comemorar o centenário de Divinópolis, é preciso começar celebrando a história de quem fez Divinópolis.}

A UNIFENAS se orgulha de fazer parte desta história.

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Liberdade e felicidade

Ao concluir, espero que o leitor e os futuros consultores deste material fi quem satis-feitos com a versão simplifi -cada e a visão ampliada dos diâmetros da cidade, que, se-gundo o poeta e orador Car-los Altivo, “cresce por si só, principalmente quando não é atrapalhada por quem só

Guilherme Amaral João Valério Christyam de Lima Aline Fernanda Douglas Oliveira Anna Lúcia Silva

Janiene Faria Flávio Roberto Pinto Gisele Souto Tatiane Caetano Pedro Pires Bessa Ricardo Welbert

Jorge Guimarães Mara Gontijo Christine Brito Vinícius Souza Valquíria Souza Pablo Santos

Afonso GonzagaJakis DouglasRodrigo DiasAntônio AndradeRodrigo BessaMardem Nogueira

Elson Penha Faber Clayton José Elísio Karine Mileibe Ana Paula Santos Ione Silva

É natural dentro de uma empresa líder de mercado surgirem co-mentários do tipo “foi fácil chegar à lideran-ça, o difícil é mantê-la”. Verdade. No mundo competitivo do século 21, mais árduo do que descobrir e treinar ta-lentos, é segurar esta geração de profi ssionais ávidos por voos mais al-tos.

Neste Diário, não é diferente, pois o jorna-lismo maduro aqui pra-ticado toma dimensões gigantescas, quando o alvo não é atingido.

N o s s a missão é extrair o m e l h o r de cada colabora-dor, o que é mais do que uma função, é uma obri-g a ç ã o . Por isso, a direção do Agora tem pra-zer em ver seus profissio-nais evo-l u í r e m ,

em notícias, por outro lado nos força ao prin-cipal, que é a apuração consciente e consisten-te dos fatos, para que eles cheguem de forma cristalina e contextuali-zados, antecipando os epílogos.

Completamos hoje 41 anos de efetiva circula-ção, 34 deles diariamen-te, fazendo o registro histórico de um ciclo. E é com satisfação que contamos nossa saga, pois sempre estivemos cercados de colaborado-res sensíveis ao valor da tradução das épocas.

Para esta edição, nos unimos com um único objetivo, o de levar a todos os leitores, anun-ciantes e assinantes, o que de melhor pudésse-mos apurar, contando a mesma história sob vá-rios ângulos.

Pensando assim, con-fi amos a função de res-ponsável pela Edição Centenária ao jornalista Pablo Santos. Perfeita-mente sintonizado com as diretrizes deste Diá-rio e com domínio das questões municipais, notadamente na área econômica, foi lhe dada liberdade de ação, pois

fazer o que gosta é liber-dade, mas gostar do que se faz é felicidade. Sob sua batuta, a grande or-questra formada atuou em perfeita sintonia.

Ao fi nal da missão, traduzida nesta edição recorde de páginas e nú-meros impressos, deixo o aplauso ao Pablo e sua equipe. Esse grupo tra-balhou em êxtase pelo prazer da oportunidade de assinar um trabalho de tal magnitude.

Lado a lado às re-portagens elaboradas com base em pesquisas de campo, estão arti-gos, análises e crônicas de personagens que presenciaram parte do crescimento da cidade.

São nomes respeitá-veis, muito acima do bem e do mal, que fa-lam com propriedade sobre suas vivências. Neste time de notáveis, está o professor José Dias Lara, que descre-veu com maestria as raí-zes de algumas famílias tradicionais. Dizendo-se “não à vontade” para falar sobre “os Lara”, delegou-me a função, à qual espero ter corres-pondido.

Mercemiro de Olivei-

ra doou sua memória in-vejável para falar sobre a educação, enquanto Osvaldo André relatou os pormenores da efer-vescência intelectual e cultural.

Não faltaram cita-ções aos colunistas so-ciais, desde Ataliba Lago até Giovani Lima, Zélia Brandão, Gustavo e Jorge Guimarães, sob a ótica do poeta Edson Gonçalves.

A área de saúde, des-de o “arraial”, mereceu um olhar clínico, crítico e profi ssional do médi-co Zeuler Victor Rami-rez, ex-secretário muni-cipal de Saúde.

Pinceladas irreveren-tes e relevantes saíram da lavra de Anamaria Mourão e Maria Cândi-da de Aguiar, no tema política.

O desenvolvimen-to econômico recebeu, de José Elísio Batista e Elson Penha da Silva, fortes e contundentes considerações que des-nudam o que foi, o que não foi e o que poderia ter sido feito nesta sea-ra.

Os esportes, prin-cipalmente o futebol, ganharam enfoque es-

pecial do professor Or-lando Rosca, há mais de 30 anos presente nas diversas competições esportivas.

Todos os integrantes do corpo editorial des-te Diário incorporaram a vontade de fazer a melhor edição de ani-versário, entre as 40 já editadas. Acredito que conseguimos e o resul-tado está aqui impres-so.

No dia em que Di-vinópolis completa 100 anos, temos convicção de como é bom chegar aos 41, trabalhando com a sensação de que mal começamos. Este espírito jovem, porém experiente, impregnado em toda a equipe, pro-vocou, nestes últimos 30 dias, uma revolução interna que mexeu com os brios, fermentou o senso crítico e a neces-sidade da constante pes-quisa para estar sempre à frente do seu tempo.

Nada melhor, por-tanto, do que apresen-tar todos os que traba-lharam para concretizar esta edição única, que será distribuída às esco-las e às bibliotecas pú-blicas do país.

Not

a do

Edi

tor

atingindo objetivos e realizando sonhos.

Não é por acaso que nomes que passaram por estas páginas ocu-pem cargos de desta-que em grandes publi-cações, jornais, TVs e assessorias. É a resposta da exigência para que cada colaborador se su-pere na arte de reportar o cotidiano com inteli-gência e criatividade, para fortalecer este vín-culo de confi ança entre o Agora e você, leitor.

Todavia, se a inter-net quase não mais nos permite exclusividade

Maria Cândida Osvaldo André Professor Mercemiro Orlando Rosca

quer aparecer”.E para fi nalizar, além de

agradecer a todos os envol-vidos neste empreendimento, destaco os amigos e anuncian-tes, lembrando Cervantes: “A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade como o óleo sobre a água”.

Pedro Magalhães de Faria

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Douglas Oliveira

Desenvolver a edu-cação é investir também no desenvolvimento so-cial, econômico e cultu-ral. Formar cidadãos e profi ssionais aptos a tra-balhar por outras pesso-as é garantir retorno a toda a esfera da socie-dade. Com as recentes políticas de investimen-to na educação superior, como bolsas de estudos, novas campus, mudan-ças nos processos sele-tivos, as instituições de ensino acabaram se des-centralizando e saindo das capitais com destino a cidades do interior.

Divinópolis é uma dessas cidades: tem cinco escolas de ensino superior e vem se con-solidando como polo universitário. Possui unidades das principais faculdades do estado. A primeira instituição foi a Faculdade de Filoso-fi a, Ciências e Letras de Divinópolis (Fafi d), em 1955. Hoje, é o campus da Fundação Educa-cional de Divinópolis e Universidade do Estado de Minas Gerais (Fune-di/Uemg), instaurada em 1964.

Depois foi instaurada a Faculdade de Direito

do Oeste de Minas (Fa-dom), em 1965, atual Faculdades Integradas do Oeste de Minas. Já em 1969, criou-se a Fa-culdade de Ciências Econômicas de Divinó-polis (Faced). Juntas, as três são referências que tornam Divinópolis um polo de desenvolvimen-to educacional do Cen-tro-Oeste.

O País possui cerca de seis milhões de uni-versitários, de acordo com dados do Ministé-rio da Educação (MEC). Divinópolis recebe qua-se 10 mil estudantes, sendo 30% vindos de outras cidades ou es-tados. Os dados são da Consultoria Estudantil Neira e informados pelo presidente da empresa, Carlos Moacyr Meira.

O mestre em econo-mia Leandro Maia Fer-nandes, coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas da Faced, explica que a instalação de uma faculdade ou universidade em uma região contribui para todo o desenvolvimento local.

- Contribui princi-palmente para o setor de empregos. Em Divi-nópolis, foram criados 166 postos de traba-lho somente na área de

Cidade universitária do Centro-Oeste

educação. As faculda-des atraem alunos que se instalam na cidade e isso promove aumen-to em diversos setores, como o imobiliário, o de transportes, comércio, alimentação, entre ou-tros – explica.

Outras referências da educação superior também se instalaram

em Divinópolis, como a Universidade Fede-ral de São João del-Rei. (UFSJ) e a Faculdade Pi-tágoras.

Educação para a sociedade

Quem busca qualifi ca-ção superior, muitas ve-zes, precisa sair da cidade

natal. É o caso da univer-sitária Mariana Gomes Rocha. Ela acredita que os estudantes saem de suas cidades em busca de melhores instituições e oportunidades. Ir da capital para o interior é algo que já pode ser considerado comum.

- Antigamente, ter acesso ao ensino su-

perior era mais difícil. Hoje em dia, é mais fácil e você tem mais opções de cursos, de institui-ções. Quem não quer estudar na capital vai para o interior, onde grandes instituições já estão presentes e onde a criação destas faculda-des é mais fácil também – considera.

Divinópolis desponta como uma dos principais polos de ensino

superior da região

Divulgação

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Pouco antes do cin-quentenário de Divinó-polis, o Brasil vivia a era do governo de JK na Presidência da Repúbli-ca em 1956 com slogan de desenvolvimento na-cional “Cinquenta anos em cinco” internaciona-lizando o mercado bra-sileiro com a vinda de muitas multinacionais. Houve grande êxodo rural e polos de desen-volvimento urbanos. Em 1960 JK inaugurou a sua maior obra – a cria-ção de Brasília em pleno Centro-Oeste deslocan-do brasileiros de todo o país para a região. Em 1961, o Brasil vivia outra efervescência po-lítica na campanha de Jânio Quadros para a Presidência da Repúbli-ca. O mote da campa-nha uma vassoura var-rendo a corrupção foi histórica:“Varre, varre, varre, varre vassourinha / varre, varre a bandalheira / que o povo já tá cansado / de sofrer dessa maneira / Jânio Quadros é a espe-rança desse povo aban-donado!”. Ele foi eleito enchendo o Brasil de esperanças, mas pouco tempo depois renuncia-ria.

Divinópolis já era uma grande cidade na época e vivia intensa-mente todos esses fa-tos históricos. Em 1962, emocionados comemo-rávamos o cinquentená-rio da nossa Divinópo-lis. A Estrela do Oeste faria 50 anos! Uniformi-zada com uma saia azul marinho pregueada e blusa branca, eu mar-chava orgulhosa pela Avenida 1º de Junho re-presentando com tantos colegas o nosso concei-tuado Grupo Escolar Jo-aquim Nabuco. Eu era uma pré-adolescente e a escola um imenso labo-ratório de experiências: muitos novos conheci-mentos e muita disci-plina, formação em fi las por série, alegres festas comemorativas como o Dia da Independência com muita poesia, po-emas, dramatizações, música e textos épicos. Eu adorava participar e até hoje declamo a linda poesia: “Ora (di-reis) ouvir estrelas! Certo perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto, que para ouvi-las muita vez desper-to e abro as janelas, pálido de espanto...” de Olavo Bilac.

Filha de fazendeiro levava sempre frutas ou quitandas caseiras para a merenda. Era um en-sino de qualidade, que premiava com meda-

lhas de bronze e laci-nhos de fi ta os mais es-tudiosos. Um incentivo importante na aprendi-zagem. Lembro-me de orgulhosa colecionar muitas medalhas da professora Neide Go-mesera, nossa compe-tente educadora.

Ainda na década de 60 o Ginásio Estadual de Divinópolis foi a mi-nha segunda escola. Eu morava na Rua Goiás perto da Avenida Ama-zonas e o trajeto era muito longo descendo, atravessando a Ponte do Porto Velho e subin-do a íngreme ladeira. Alaíde era a minha cole-ga e amiga inseparável. Com sol, chuva ou forte ventania, que levantava nossas saias preguea-das cinza, não sabía-mos se segurávamos os cadernos e livros ou se segurávamos a saia ro-dada. As aulas de Edu-cação Física eram feitas pela manhã. Os ôni-bus eram poucos, car-ros particulares menos ainda e os percursos a pé mesmo. A equipe de bons professores de Português, Matemática, Inglês, Francês, Latim, Geografi a e História, Música e Desenho Geo-métrico nos colocavam em contato com múlti-plos conhecimentos e línguas. O ensino era de qualidade e havia mui-ta disciplina.

Jovem Guarda

No cenário mundial, a morte violenta de John Kennedy presidente dos EUA e dos ideais de democracia em 1963 abalou o mundo e Divi-nópolis. Quase não exis-tia TV ainda nas casas, mas os rádios existiam na maioria das residên-cias trazendo todas as informações possíveis. A era Beatles 1963/1970 revolucionou costumes e comoveu jovens do mundo todo. A minis-saia e as calças jeans Lee eram a coqueluche do momento. A meia-calça dava conforto e segurança tanto para usar a minissaia quanto para dançar o twist e o rock. Calça boca de sino apertada era moda. No Brasil, a Jovem Guarda fazia sucesso na televi-são e ditava costumes. Wanderléa de minis-saia, Roberto Carlos de roupas coloridas usan-do botinha sem meia e cabelo na testa como os Beatles. A palavra de ordem era “quero que vá tudo pro inferno”. Embalados pelas músi-

cas da Jovem Guarda, Beatles, Rita Pavoni, e tantos outros boleros e rock frequentávamos as horas dançantes em salões paroquiais e em clubes. Éramos adoles-centes e começávamos viver também as gran-des transformações e modismos da época – modismos que vinham da Europa e dos EUA. Algumas casas já ti-nham TV e telefones e as rádios e mídia escrita nos colocavam no mun-do. As grandes produ-ções épicas e bíblicas de Hollywood como “Os 10 mandamentos” e as séries de Tarzan, Sissi e outros fi lmes român-ticos levavam fi las e fi -las de expectadores aos cinemas. O Cine Arte fez história e a minha prima Jane Rios e amiga Décia eram companhei-ras inseparáveis.

E o carnaval? Eram alegres e inocentes fes-tas de jogar água ou sair pelas ruas e clubes dançando e cantando com qualquer roupa ou fantasia sem apelações sexuais e indústria do carnaval. As famosas marchinhas carnavales-cas faziam a nossa festa.No fi nal dos anos 60 o fenômeno hippie oriundo de São Fran-cisco – EUA foi berço do movimento hippie, que pregava a paz e o amor. Os avanços na medicina, o surgimen-to da pílula anticon-cepcional, as viagens espaciais, o Concorde em velocidade superior à do som mostravam a modernidade. Em 1969 o homem chegaria à lua. Nós assistimos tudo pela TV – o mun-do todo conectado na TV! Toda a rebeldia dos anos 60 culminou em 1968 quando o movi-mento estudantil explo-diu em todo o mundo e tomou conta das ruas e contestava a sociedade, os sistemas de ensino e os costumes como: se-xualidade e moralida-de. Paris foi um marco mundial. No Brasil, jovens lutavam contra a ditadura militar e a reforma educacional. Rebeliões e violências. Com isso houve o fe-chamento do Congres-so e a decretação do AI 5. Com a ditadura em curso pouco sabíamos desses históricos movi-mentos. Em 1968 em-balados pelos sonhos de JK e da nova capital federal a minha família se mudou para Brasília e de lá tomamos novos rumos, mas nunca dei-

Divinópolis aos 50 e 100 anos no Brasil e no mundoVivina do C. Rios Balbino*

xamos de acompanhar e amar esse nosso ber-ço natal. Minhas irmãs Conceição e Ilca fi caram em Divinópolis, Ivone depois retornou de mu-dança.

2012

Hoje em 2012 come-moramos com orgulho o centenário da nossa grande Divinópolis. A era da tecnologia avan-çada, computadores e celulares compactos de alta resolução, internet rápida e redes sociais virtuais de comunica-ção, pesquisas genéti-cas, clonagem, células tronco e tantas inova-ções. Na área social, o efetivo cumprimento dos direitos humanos para todos é uma reali-dade. Quem discrimina ou agride é penaliza-do podendo ser preso. Mesmo dentro das fa-mílias há rigor contra atos violentos – a Lei da Palmada é um fato as-sim como a Lei Maria da Penha contra a violên-cia doméstica. O Brasil é hoje a 7ª potência eco-nômica mundial, mas ainda ocupa o 88º lugar em educação. Dados da Unesco revelam que ainda temos 30 milhões de analfabetos funcio-nais e 14,1% milhões de analfabetos. País emergente no cenário mundial tem reconhe-cimento em várias áreas e almeja logo a posição de uma cadeira na Or-ganização das Nações Unidas – ONU. Fazen-do história, tivemos um metalúrgico Luís Iná-cio da Silva presidindo o Brasil por oito anos e desde 2011 temos pela primeira vez uma mu-lher na Presidência da República.

Nos EUA o primeiro negro foi eleito presi-dente em 2008 também fazendo história. Nes-ses últimos anos, pre-senciamos o aumento da fome e miséria na África, os Tsunamis na Ásia, abalo no sistema fi nanceiro dos EUA num mundo globaliza-do afetou toda a eco-nomia mundial e a de-sestabilizando agora a sólida Europa. Vivemos uma forte crise econô-mica. Países do Oriente Médio repelem as dita-duras. Síria é palco de intensas violências.

No centro-oeste mi-neiro, a nossa centená-ria Divinópolis segue o seu crescimento eco-nômico e social, ape-sar dos grandes abalos da economia. Segundo dados do IBGE – 2010 a cidade ocupa a 12ª posição do total de 853 cidades, no ranking

das mais populosas do estado de Minas Ge-rais, com população de 213.076 habitantes. Di-vinópolis apresenta um quadro social com alta taxa de alfabetização - 94,7%, fato merecedor de todos os aplausos! Divinopolitanos alfa-betizados, cidadãos e detentores de muita sa-bedoria tendo um dos melhores Índices de Desenvolvimento Hu-mano – IDH municipais do Brasil. O município recebeu nota 5,32 no Índice de Desenvol-vimento da Educação Básica - IDEB, fi cando entre as 64 mais bem classifi cadas do Bra-sil. Divinópolis abriga além de várias faculda-des, o Campus da Uni-versidade Federal de São João Del Rei - UFSJ ofertando: Bioquímica, Enfermagem, Farmácia e Medicina. O Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais possui uma uni-dade na cidade, ofere-cendo três cursos de Eletromecânica, Infor-mática e Produção de Moda, além do curso em nível superior de Engenharia Mecatrô-nica. O polo industrial especialmente siderúr-gico e o de confecções são reconhecidos em-pregando muitas pes-soas.

Se pouco antes do cinquentenário de Di-vinópolis, a vassoura de Jânio Quadros var-ria a corrupção nacio-nal, pouco antes do centenário de Divi-nópolis aplaudimos a aprovação do projeto popular Ficha Limpa, que combate a corrup-ção no Brasil banindo da política os corrup-tos. Com certeza, Divi-nópolis segue também essa corrente de valo-rização do patrimônio público e contra a cor-rupção. Que o dinheiro público em Divinópo-lis seja verdadeiramen-te destinado para o povo em melhorias crescentes na saúde, educação, saneamen-to básico e empregos. Parabéns Divinópolis pelo grande polo de desenvolvimento in-dustrial e social na era de um novo Brasil mais rico e com menos desi-gualdades sociais des-pontando no cenário in-ternacional como uma grande nação emergen-te e efetivas políticas econômicas e sociais. O curso da história segui-rá em frente e como es-taremos daqui a 50 anos no sesquicentenário de Divinópolis em 2062? A evolução social, desen-volvimento econômico

e tecnológico, costumes, educação, pesquisas, in-ventos e curas para tan-tas doenças terríveis? Deixo aqui o desafi o para algum escritor ou pesquisador continuar essa historização con-textualizada de Divinó-polis. Como serão em 2062 a nossaDivinópo-lis, o nosso Brasil e o mundo? Torçamos para que seja sempre uma bonita e feliz história e que os meus fi lhos, ne-tos, bisnetos e descen-dentes tenham o prazer de ler, acompanhar e também construir fatos nessa realidade social como sujeitos da histó-ria contribuindo para tornar cada vez melhor as nossas cidades, o nosso país e o mundo. Com certeza, deve ser esse um compromisso de todos nós!

*Vivina do C. Rios Balbino, mineira de Divinópolis, é psicólo-ga pela Universidade de Brasília. Construiu sua carreira acadêmica na Universidade Fede-ral do Ceará e na Uni-versidade de Brasília. É especialista e mes-tre em Educação. Na Universidade Federal do Ceará, dedicou-se ao ensino, à pesquisa e à extensão, aprofun-dando seus estudos na Psicologia sociopo-lítica. Foi a primeira representante da As-sociação Brasileira de Psicologia Educacional e Escolar no Ceará. É autora do livro “Psico-logia e psicologia escolar no Brasil” pela Ed. Sum-mus. Colaboradora no livro Psicólogo brasilei-ro: práticas emergentes e desafi os para a formação. Com a colaboração dos irmãos escreveu “José e Maria – saga de uma fa-mília mineira” em 1998 dedicado aos seus pais. Atualmente, dedica-se à produção científi ca na Psicologia, Educação e direitos humanos. A popularização da psico-logia é outro enfoque de estudo atual da autora. Seu livro de Psicolo-gia de 2008 colabora na formação acadêmica de psicólogos, educado-res, advogados e outros profi ssionais em mui-tas universidades bra-sileiras. Seu artigo na revista ULAPSI discute Psicologia e violações dos direitos humanos no Brasil e na América Latina. Articulista Opi-nião do Estado de Mi-nas. Dedicada também à família, é casada e tem dois fi lhos: uma di-plomata nos EUA e um engenheiro eletricista - Eletronorte. Tem dois lindos netinhos.

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Esta é a continuação do trabalho que a colega Anamaria Esta é a con-tinuação do trabalho de Anamaria Mourão pon-tuou sobre o desempe-nho de nossos prefeitos desde o nascimento desta terra abençoada por Deus e sacramenta-da pelo Divino Espírito Santo.

Ao invés de maldizer a escuridão, a receita é acender a vela, diz a sa-bedoria oriental.

Por isto é que a escu-ridão aqui nesta cidade não medra, pois cada prefeito e assessores, dando o melhor de si, iluminam como podem palco e cenário da cida-de.

Aqui é um simples registro daquilo que a memória grava de al-guns aspectos de pro-cedimentos dos que foram alçados, como prefeito, à frente de nossa História.

É lembrar que, con-forme poeta amorosa-mente Adélia Prado, o que a memória ama, fi ca eterno.

Fábio Botelho Notini

governou de 01-01-63 a 15-o3-05-65 e teve seu mandato interrom-pido por ter se elegido deputado.

Quis a História que

o 23º prefeito de Divi-nópolis fosse o enge-nheiro Fábio Botelho Notini de Família vin-da de Carmo da Mata. Seu pai, Licínio Notini, o Ciníco, que antecedeu à Cemig no ramo de energia elé-trica, sendo sua mãe, Maria José Botelho , dama que marcou presença na vida reli-giosa e socioassisten-cial da cidade. Fábio BotelhoNotini dirigiu a Fitedi- indústria têxtil, o que lhe deu oportuni-dade de conhecer bem o operariado e suas ne-cessidades e a ciência da administração. A ad-ministração de Dr. Fá-bio, dentre outros pon-tos, viabilizou o Centro Social Urbano-Cesu-, a instalação da Coca-Cola geradora de empregos, a realização dos Bairros Danilo Passos 1 e 2, o Se-nai, Ser-viço Nacional de Apren-dizagem Industrial, de grande importância para a Juventude, profi ssiona-lizante por excelência.

Oribes Batista Leite (16/05/66 a 29/01/67)

O empresário rural Oribes Batista Leite foi vice-prefeito de Fábio Notini, contribuiu muito para a sua eleição devido ao seu prestígio na zona

rural. Mesmo ocupando o Executivo por pouco tempo, mereceu receber a homenagem de ver seu nome dado a uma Esco-la Municipal e à aveni-da que leva ao aeroporto Brigadeiro Antônio Ál-vares Cabral.

Walchir Jésus de Resende Costa

(30/01/67 a 31/01/71)

De família vinda de Marilândia, Itapeceri-ca estudou Direito na UFMG e não demorou muito a ser convidado a participar da vida polí-tico-partidária da cida-de. Por ser ainda muito novo e pouco conhecido do eleitorado, contou a princípio com o nome do médico e já conhecido Sebastião Gomes Gui-marães para a eleição, mas logo se impôs como uma administração só-bria e respeitada.

A tentativa de con-seguir para a cidade um serviço d´água de quali-dade dentre outras me-lhorias, marcaram sua administração.

Sebastião Gomes Gui-marães

(31/01/71 a 31/01/73)

Tendo como vice-prefeito Rafael Fernan-des dos Santos, Sebas-tião Gomes Guimarães,

Maria Cândida* nascido em Cercado de Pitangui, hoje Nova Ser-rana, formado em Me-dicina pela UFMG, fi lho de Zacarias e Maria das Dores, volta como pre-feito de Divinópolis, em seu terceiro mandato. Tanto o médico como o prefeito serviam ao povo com espírito cris-tão e fraterno. Por isto não lhe faltavam votos nem devotos.

Antônio Martins Gui-

marães (31/01/73 a 31/01/77)

Nascido em Nova Ser-

rana, então Cercado de Pitangui, fi lho de João Martins e Maria Cândi-da Guimarães Martins, Antônio foi um rico legado à cidade, feita pela intuição do pri-mo Sebastião , à época, prefeito. Antônio não se deixava pren-der por questões po-líticopartidárias na escolha de sua asses-soria. Industrial, dono da Fundição Guarany, era notória a maneira humana e socialmen-te avançada como tratava os operários, experiência levada aos funcionários da Prefei-tura. O contrato com a Copasa, muito comba-tido, e ainda sem juízo de valor naquela época, e com o aval da Fun-dação da Comunidade, devido à péssima qua-lidade da água existen-te, que há cerca de qua-renta anos, não passava

por tratamento signifi -cativo, marcou sua ad-ministração. O viadu-to Expedicionário, do Porto Velho, sólido e irretocado até hoje, tes-temunha que é possível ao homem público ser efi ciente, honesto, reco-nhecido e amado. Antô-nio prosseguiu o proje-to do Distrito Industrial Jovelino Rabelo. Ini-ciou o Campus da Cida-de Universitária-CIDU. Sua esposa Elza Pires se desdobrou na assistên-cia e promoção social, através da Feira da Paz e Adap. Jaime Martins do Espírito Santo era seu vice, iniciando as-sim sua vida política. O segundo mandato de Fábio Notini, de 77 a 82 foi interrompido por doença.

Galileu Teixeira Machado

(14/04/82 a 31/01/83)

Como vice-prefeito de Fábio Notini, afas-tado por doença, Gali-leu ocupou a prefeitura até o fi m do mandato. Posteriormente foi elei-to duas vezes, direta-mente para prefeito. Construiu a ponte Fá-bio Notini para o bair-ro D.Passos, a Manuel Valinhas para o próprio bairro, a Noé Soares para o bairro Antônio Fonseca e o viaduto Francisco Maschado Gontijo na Esplanada. Aprovou loteamentos sem infraestrutura e re-

novou contrato com a Copasa para trinta anos sem consulta legislati-va.

Aristides Salgado dos Santos

(31/01/83 a 01/01/89)

Divinopolitano, ar-quiteto pela UFMG, fa-mília vinda de Oliveira, fi lho de Edmundo e Ce-lina, Aristides teve seu governo marcado pela cultura, urbanismo e arquitetura . A constru-ção da Rodoviária foi o marco que encontrou resistência e até sabo-tagem de adversário político. A urbanização da incipiente favela São Vicente e áreas periféri-cas, mão dupla na ponte Padre Libério Centro Niterói, modernização do trânsito. A Lei de Uso e Ocupação do Solo, 2418/88 é mar-co signifi cativo para a vida da cidade.

Galileu Teixeira Machado

-2º. Mandato- 01/01/89 a 31/12/92)

Continuação de um mandato marca-damente assinalado por nepotismo. Casas populares sempre dis-tribuídas com grande populismo, com pou-ca ou nenhuma preo-cupação de estrutura básica.

* Maria Cândida é Jornalista e colnista deste Jornal.

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DIVINÓPOLIS

100 anos

antonioroberto.com.br

100 anos

antoniorDeputado Federal PV/MG

Marcados pela persistência, de homens e mulheres que superando desafios, construíram a história deste município!

Nasci noutras bandas. Mas cresci em Divinópo-lis. Sou fi lha adotiva. Fui criada com desvelo. Tudo que ela podia me dar, foi-me oferecido. E eu recebi com alegria. Brinquei nas suas ruas descalças, onde era fácil ver redemoinhos — difícil era jogar a pe-neira e prender o Saci. Risquei seu chão para jogar maré, fi nca, pé no bete. Gritei boca de forno. Fui nego-fugido quando, por complacência do Sr. Nilo, porteiro do Cine Divinópolis, lá me es-condia. Aprendi a ler na cartilha da Lili no Grupo Escolar Padre Matias Lo-bato. Escrevi nos cader-nos “Avante”: na capa da frente, um soldado com a bandeira; na de trás, de-corei o Hino Nacional e o Hino da Bandeira. Se-parei pelotão no Desfi le de 1º de Junho, apesar da minha saia desbotada. Amava minhas professo-ras: Teresinha Marques, Cecília Marques Luchesi, Alice Sabatini, Maria de Lourdes Marques Gui-marães. Não me esqueço das serventes Zica (pri-ma do meu pai), Teresa, Joana, Jovita. O porteiro Lintinho (pai do Zé Olin-to Milagre). D. Adalgisa Campos Ferreira (artes manuais), Tuy Paiva (educação física).

Estas ruas que povoam minha memória tinham postes de luz dourada em cuja volta, toda noi-te, bailavam, incessante, insetos. Igual a eles, hip-notizada, fi cava a espiar e, no encanto, esquecia-me da dança das horas e, quando acordava do transe e tentava andar, punha-me a rodar. Era o cheiro da dama-da-noite e da esponjinha mistura-dos, o feitiço da luz do poste ou o luar?

No Santuário de San-to Antônio, aprendi o catecismo, fi z a primeira comunhão. O vestido, muito chique, era em-prestado. Possuía o tom

branco tirante a amarelo, cor de guardado, de que, muito mais tarde e com esforço, passei a gostar. Mais difícil de engolir era a hóstia que grudava no céu da boca e não havia Deus que a tirasse de lá. Que agonia!

Não coroei Nossa Se-nhora, nem fi z parte do seu coro de anjos: minha família era grande e mi-nha mãe, ligada mais às coisas terrenas. Quando eu já era mocinha, con-tava, porém, um caso, bastante comentado, acontecido numa cidade não muito distante. Uma moça conseguiu que um rapaz saísse do seminá-rio e com ela se casasse: o fi lho teria nascido com a marca dos botões da batina no corpo. Era um alerta: “olhar” para os jovens seminaristas, ja-mais. Impressionou-me a estória, mas me aliviou: o hábito dos estudantes do Convento de Santo An-tônio era amarrado com cordão, o cordão de São Francisco.

Temores

Pesavam os temores, as culpas, os remorsos. Entretanto, tomava-me de enlevo ao ouvir o ba-dalar do sino da Ave-Ma-ria às seis horas da tarde. Compadecia-me do sa-cristão ou de quem fosse que tinha essa obrigação.

A cidade foi-me aju-dando a crescer. Ruas foram sendo calçadas. Paralelepípedo. Que di-fi culdade pronunciar a palavra. Descobri a be-leza dos nomes das ruas do bairro Niterói. Pedras e metais preciosos: Rubi, Esmeralda, Chumbo, Alumínio, Ouro, Esta-nho... A Avenida Dia-mante — revoltei-me com a troca para o nome do Governador. As pe-dras não mudam de nome; os governadores, sim.

E eu fui para o Giná-

sio São Geraldo, colégio misto. Malvistas as me-ninas que lá estudavam. Aprendi Latim, Francês nas quatro séries. Edu-cação Física, cujo profes-sor, Sr. Alberto Pequeno Sobrinho, impunha disci-plina com elegância: aula, duas vezes por semana, às 6h30. Guardo o nome de todos os mestres e agradeço o que passaram para mim: professoras Judith Vasconcelos, Isau-ra Ferreira, a doce Irene Mesquita, Maura Fernan-des, Maria Fernandes, Teresa Martin, Maria José Santos, Margarida de Freitas, Josefi na Fer-reira; professores Mari-nho, Bittencourt, José de Anchieta, Célio de Sousa Gomes, José Dias Lara, Salviano Avelar, Martin Cyprien. Ajudando na formação dos alunos, Sr. Joaquim Inácio, D. Maria Adelaide Avelar e Môni-ca de Freitas.

Quase fui artista. Professor Gentil Ursino Vale montou uma peça de teatro para o Grêmio Literário do Ginásio São Geraldo. Chamava-se ”Saudade”. Atores: José Pereira Júnior, Adilson Enéas, Márcia Pereira, Yara Brasil. Antônio Do-mingos Franco e eu éra-mos o par romântico. Em determinado momento, tínhamos que nos beijar. Não concordei. Disseram que eu fi casse de costas para a plateia e fi ngisse o beijo:

— De jeito nenhum. Eu sou boba? Eles vão achar que beijei.

Antônio Domingos re-trucou:

— Você está achando que eu estou doido pra te beijar?

A peça era dramática e acabou em comédia: Antônio e eu levamos a briga a sério e, na estreia, para desespero do pro-fessor Gentil, trocamos falas por bobagens.

Dessa época, fi cou a esperança de voltar, pelo

Quem me FezSulamita Coelho

menos um pouquinho, para rever o verde dos olhos de Antônio Ferra-retto, o rapaz mais bonito do internato.

Ah! Divinópolis que-rida! Você me deu o pri-vilégio de ouvir a Banda Santa Cecília, com o pe-quenino Quim tocando piston; de assistir a Pro-cópio Ferreira em uma semana de apresentação; de me emocionar com a Raimunda (Guita) Lopes, nossa Verônica, na sema-na santa; de me apaixo-nar pelo rapaz que me ensinou tiro ao alvo no parque de diversões, lá onde fi ca o Edifício Wa-leska, Primeiro de Junho com São Paulo. Você me deu, na praça do Santu-ário, as barraquinhas de junho, a fogueira de São João. Quadrilha, sortilé-gios, prendas, simpatias, leilões.

— Quem dá mais por este pernil assado?

A cidade princesa acendendo sonhos de contos de fada na ado-lescente. Fazer a avenida (andando de lá para cá, no passeio da avenida lº de junho, entre as ruas São Paulo e Rio de Janei-ro). Chegar ao Cine Divi-nópolis e ouvir o prefi xo

Concerto n°1 de Tchaiko-vsky. Sair ao som de Ja-lousie.

A casa cidade foi-se estendendo, mais fi lhos chegavam. Novos bair-ros, prédios. E ela, hos-pitaleira. Acolhendo uns, encaminhando outros.

Já no Instituto Nossa Senhora do Sagrado Co-ração, um dia, na saída, a turma de meninas pa-rou atordoada na praça. “Onde está o pirulito?” Um peso no coração, uma saudade antecipada. Para espantar a tristeza, nada como um piquenique nas Oliveiras, às margens do Itapecerica.

A expectativa dos “gritos” e dos bailes de carnaval revirava a nos-sa cabeça. Seriam os mo-mentos de, em público, dar a mão para os namo-rados. A música, revela-ção de sentidos e senti-mento:

“Se a lua contasse tudo que vê

De mim e de vocêMuito teria que contarContaria que nos viu

beijandoViu você chorando me

pedindo pra voltar..”Divinópolis e suas

noites de gala. Os bailes. Aniversário da cidade.

Aniversário dos clubes. Bailes da Aleluia, da Primavera, e formatura. Réveillon. Os rapazes de terno. As moças de vesti-do de cetim charmeuse, prometi, fustão america-no, anarruga, cetim de al-godão Bangu ou São João. Sem condição de uma rou-pa nova, era só mudar um detalhe. Para renovar o sapato, tingia-se ou se co-bria com tecido. E o salão tornava-se pequeno com as valsas, boleros, fox-trot e, depois, com o rock and roll e twist.

Ó cheiro de terra mo-lhada, jardim de marga-ridas, novena da rosa de Santa Teresinha, domin-gos de arco-íris. Ó deslum-bramento de céu, avistado da Esplanada ao Córre-go do Barro, do Niterói e Porto Velho ao Catalão. Ó noites de serenata, passos na madrugada, lua cúm-plice de muitos amores!

“Olha procê vê... escu-ta”: o apito do trem... do trem... do trem... o trem... trem...

Obrigada, Divinópolis, minha mãe adotiva, ter-ra querida da minha avó paterna, do meu pai, dos meus fi lhos e neta, dou-lhe graças por tudo que me deu e me fez.

Page 10: Edição do Centenário 09

Divinópolis1º de junho de 2012 10

O que a cidade tem de melhor é a sua gente...

MenezesAraújo

Maia

Amaral

Pereira

Gomes

AquinoCarvalho Ferreira

Souto

Marra Mourão

Dias

Morais

Faria

Azevedo

Lara

Soares

PardiniNogueira

GuimarãesBrandão

Vieira

Bessa

Pires

Fernandes

Campos

AntunesRibeiro

Capanema

Galvão

Barros

Ramos

Almeida

Jaber

CorgozinhoRaposo

ResendeGontijoPiola

VianaSantana

LeitePrado

Silva

CostaGreco

RodriguesRabelo

BragaGonçalves

FagundesSantosOliveira BotelhoNotiniQuadros

ArantesMartins

Moreira Souza

Pinto

Aguiar

Magalhães

NeryTerra

Miranda

Coelho

Rios

Braz

Leão

ValérioRangel MoratoPena

CarazzaAndrade Tonelli

Machado

Lopes

Gomides

Fonseca

Malta

Cordeiro

Brito

BatistaValadares

Lima

Simões

Alvim

Saleh

Rocha

Teixeira

Novais

Madeira

Mascarenhas

Cabral

Castro

Morais

Freitas

Tavares

Alves

Garcia

Pequeno

Milagre

Mendonça

AvelarPenha

SeabraMattar

Cury

Pinheiro

Vilano

Montenegro

Franklin

Meloni

Barquetti

Mileibe

JourdiRachid

Scariolli

Saleme

Torres

Gonzaga

Vasconcelos

Pimenta

Há 41 ano

s escreven

do a hist

ória...

Cruz

Torquato

Nascimento

Carrilho

Figueredo

Salomé

Cassemiro

Xavier

Branquinho

Vilela

Chaves

Saliba Assunção

MaldonadoMoreira

Cardoso

Anacleto

Cançado

Daldegan

Enes

Santiago

Bicalho Couto

Fiuza

TrindadeMouraRibeiro

Reis

Assis

Cordeiro

Zica ArrudaBechelaine

Quintino

FIDELIS

FIGUEIRA

Guardalupe RinaldiEspíndola Veloso

Há 41 anos contando esta história!

BrasilMesquita

Natividade

Giovanardi

Sanches

Page 11: Edição do Centenário 09

Divinópolis1º de junho de 2012 11

SONIA RIOS

Centenário Divino

A BOMP PAPÉIS SE ORGULHA DE PARTICIPAR DE 40 DOS 100 ANOS DE DIVINÓPOLIS. QUE VENHAM MAIS 100, 200, 300... PARABÉNS

C

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100 ANOS DIV.pdf 1 29/05/12 18:02

Parece que foi ontem, mas já se passaram 50 anos, quando comemo-ramos o cinquentená-rio de Divinópolis. Foi lindo, inesquecível às nossas lembranças de infância, as quais revivo nesse relato e, confesso, gostaria de ter o dom dos poetas para fazê-lo com mais poesia e hu-mor, mas, não o pos-suindo, faço como sei, dessa forma simples, porém cheia de saudo-sismo e carinho.

Que me perdoem pe-los fatos e nomes não ci-tados; são tantos, todos merecedores, mas, em respeito ao espaço que me é cedido e à minha memória (rss), fi carão, quem sabe, para uma próxima edição.

Vários eventos mar-caram aquela data, den-tre eles, o lançamento da pedra fundamental do Hospital São João de Deus, inaugurado na-quela década como um dos maiores do Brasil.

Mas o que fez o povo delirar foi o “desfi le das Escolas e Colégios” na Avenida 1º de Junho. Todas as escolas par-ticiparam e o Tiro de Guerra também, tudo ensaiado com bastante antecedência. Vieram fanfarras e bandas da capital e do interior. Da cidade de Lavras veio uma fanfarra que fazia a gente arrepiar, de tão linda.

A minha escola era o “Lar das Meninas”, da saudosa e caridosa Tia Zilca, e eu, franzina e feia, ainda assim fui escolhida para desfi lar vestida de camponesa empurran-do um carrinho de fru-tas e legumes da nossa região. Empurrei aquele peso pela avenida como se estivesse levando um grande troféu, feliz e or-gulhosa.

As escolas, quase to-das, tinham à frente uma ou várias balizas, mo-çoilas lindas, escolhidas

a dedo. O pré-requisito principal para tal honra eram as pernas: tinham que ser grossas e bonitas, as de pernas fi nas não es-tavam com nada. Cada baliza que passava rodo-piando seu bastão levava a rapaziada ao delírio.

Nossa escola não tinha baliza; à frente, ia a Cida, interna do Lar, uma ne-gra esbelta, ágil e muito, muito engraçada, acho que por isso mesmo deci-diram que ela iria vestida de palhaço, levando vá-rios balões coloridos. Foi o maior sucesso, as crian-ças adoraram.

Naquela data, foram plantadas mudas de ár-vores pelos alunos das escolas nas principais ruas da cidade, e a mi-nha turma plantou uma na Avenida 1º de Junho quase na esquina da Rua Paraíba. Recentemente, fui visitá-la. Assim como eu, ela não cresceu muito, talvez pelas intempéries, mas suas raízes estão fi n-cadas fortemente na terra que a acolheu e derrubá-la não é tarefa para qual-quer um.

Naquela época, Divi-nópolis era uma menina-moça, seus limites iam até o Posto do Dinho (que Deus o tenha), o Catalão (Bairro São José) até no alto do morro, a Espla-nada, com sua população quase só de ferroviários, a qual, diga-se de pas-sagem, mantinha a esta-bilidade do comércio de Divinópolis - todo mun-do sabia quando saía o pagamento da Rede. Não podemos nos esquecer também das siderúrgicas e fundições, pois repre-sentavam empregos para a população e impostos para os cofres públicos.

Continuando, o Porto Velho ia até a Siderúrgi-ca Jovelino Rabelo, que se tornou Pains e atual-mente é Gerdau. Depois, tinha o Niterói até na Di-visa (Wolks); aí vinha o Córrego do Barro (Bairro São Sebastião). A Sidil era

um poço de argila, quase não havia casas; quando chovia, era um Deus nos acuda. Uma vez, durante uma chuva, fi quei presa na argila, achei que fosse morrer, parecia areia mo-vediça, perdi um par de chinelos, o único que eu tinha.

Hoje não conheço Divinópolis, e olha que fi quei fora “apenas 25 anos”, parece que foi on-tem.

Cheia de novos bair-ros, onde hoje é o Ipiran-ga era a Fazenda do Sr. Levindo Pereira, íamos lá para chupar jabuticabas nos pés, era uma festa!

Bom Pastor

O Bom Pastor era a Fazenda do Sr. Aristides Amaral, ele que doou o terreno para o “imponen-te” Convento das Irmãs; hoje, a imponência está escondida atrás de tantas edifi cações.

Vivi com alegria a fun-dação do Colégio Frei Orlando, fui da primeira turma, Dr. João Meira, Dona Marta, Professor Martin, austero como a maioria dos europeus, mas ensinava sua língua pátria como ninguém, até eu aprendi francês.

Ouvi a Rádio Cultu-ra, era a única, o locutor Francisco Pires, as crôni-cas de Edite Silva e as se-leções musicais e crônicas esportivas. Sem televisão, era o máximo que tínha-mos de entretenimento domiciliar.

Aos domingos, tínha-mos as sessões de cinema das 18h30 no Cine Arte. Roberto Carlos esteve na-quele palco, mas primei-ro foi ao pátio do Colégio São Geraldo, que nem lo-tou, pode???

Mais tarde, já moça, fi z “footing” na Avenida 1º de Junho. Quando con-to isso para meus jovens descentes, eles “morrem de rir”; já pensou se con-to do tombo que levei em pleno footing? Que fi que

apenas entre nós.Assisti aos jogos do

Guarani na década de 1960. Minha irmã namo-rou e apanhou muito de nosso pai por causa de um goleiro de nome Tito. “Não fosse ele tão amigo da cachaça, teria ido para a seleção brasileira”, era o que meu pai dizia.

Assisti aos jogos do Ferroviário, do Flamen-go e do querido, saudoso e vitorioso Recreativo. Para mim, era melhor que seleção brasileira, pois jogavam três ir-mãos, e o técnico era meu irmão. Grandes cra-ques, muitas vezes, antes dos jogos, trocavam seus uniformes e rezavam em nosso pequeno aparta-mento, era uma bênção.

E os jogos do DTC? Eram uma sensação e programa certo para de-pois das aulas noturnas, ou motivo para cabulá-las. Tinha o Nicodemus, goleiraço, minha amiga Zilca casou-se com ele.

E os campeonatos de futebol soçaite do “Ica-raí”, ou melhor, do Divi-nópolis Clube? Cheguei a entrar várias vezes dentro do campo para apartar brigas - claro, meus irmãos estavam jo-gando ou brigando (rss).

Íamos para o “Icaraí” (leia-se Divinópolis Clu-be) de jardineira, aquele ônibus antigo, que o As-cânio dirigia; ia lotado de tanta gente bacana e algumas saudosas, como meu querido amigo Jor-ginho Miranda, que já vi-rou estrela. Íamos felizes, cantando “ó jardineira, por que está tão triste? [...]”

Os circos, na minha infância, eram monta-dos onde é hoje a Praça do Santuário, a primeira; depois vieram outras, tudo na administração do prefeito Aristides Sal-gado, que era arquiteto e ganhou até prêmio no “estrangeiro”, mas essa é outra estória.

Depois veio o Salão Paroquial, onde aprendi a dançar. Teve também o “Caçamba”, casa notur-na onde tínhamos o pri-vilégio de ouvir ao piano do saudoso maestro Ivan

Silva, algo mágico.Naquele tempo, Di-

vinópolis já tinha lindas mulheres, de belezas naturais e puras como as misses Marília de Dir-ceu, Marli Rocha e Maria Luísa Pena. Depois vie-ram outras, tão lindas quanto, mas aí os costu-mes e as modas já eram outros, que pena!

E os carnavais! Quan-do não tinha nenhuma escola de samba ou blo-cos, uma não faltava nunca: a do Nonô, des-cente de índio que, jun-tamente com sua família, vizinhos e amigos, fazia a festa na avenida, mes-mo quando não tinha ajuda da Prefeitura. Não sei como ele dava conta.

Samba

Havia também ou-tras escolas de samba. Lembro-me de uma que teve o Ivan Silva de pierrô e a Dora Ama-ral, corpo escultural, de odalisca. Era meu sonho desfi lar assim, sonho que mais tarde pude realizar na Escola de Samba do Estrela do Oeste. Minha fantasia, de tão linda, ganhou até troféu. Eu me senti a própria Luma de Oli-veira, afi nal, cada um é a Luma que pode ser, não é mesmo?

Também nos anos 1970, fui uma das fun-dadoras da escola de samba “Unidos do Di-vino”, eu, o Jorge Tei-xeira, a Zelezir e outros. Infelizmente, não vin-gou mais que um ano; a verba municipal era pequena, mal deu para comprar os minguados instrumentos e raras alegorias. Fiquei meses endividada. Também pudera: doei fantasias para conseguir compo-nentes para a escola, mas valeu a pena.

Edifício

E o primeiro prédio com elevador? Edifício Ercílio, na Rua Goiás. Tinha fi la para “passe-ar” de elevador; eu, cla-ro, morrendo de medo, também fui.

Naquela época, os padres franciscanos - Frei Isidro, Frei Maria-no, Frei Miguel, Frei Ca-peta -, com suas batinas marrons, amarradas à cintura com grossos cordões brancos e cal-çados com sandálias de couro, pareciam “coisa de cinema”. Eu achava o máximo, ainda mais depois que assisti ao fi lme “Marcelino pão e vinho”.

E o “sonho dos me-ninos descalços”, do Zé Alonso, que se tornou realidade, fundando o maior clube social, es-portivo e cultural do in-terior mineiro, o Estrela do Oeste Clube. Só que no início não tinha nem sede social. As horas dançantes ou pequenos bailes eram realizados em um salão alugado na Avenida 1º de Junho.

Os tempos hoje são outros, a cidade cresceu e “evoluiu”. É destaque nacional no ramo de confecções, revelaram-se grandes celebrida-des políticas e culturais, meios modernos de co-municação.

Não poderia deixar de citar esse importante órgão, através do qual tenho o privilégio de me fazer comunicar, o Agora, que tem, pela competência de seus dirigentes, vencido to-das as dificuldades e intempéries para con-tinuar sendo o maior do Oeste mineiro. Portanto, aos seus di-rigentes, redatores e a todos os seus colabo-radores, deixo aqui, em nome de todos os leitores, os meus sin-ceros cumprimentos e agradecimentos por tantos anos de traba-lho e contribuição à nossa cidade.

Enfim, devemos agradecer a Deus pela bênção de estarmos vivos. Vamos celebrar essa dádiva comemo-rando juntos o cente-nário da nossa querida Divinópolis, Cidade do Divino, com certeza!

Parabéns, Divinópo-lis! Parabéns, divinopo-litanos!

Page 12: Edição do Centenário 09

Anna Lúcia Silva

Algumas festas caem no gosto popular e en-tram para o calendário ofi cial dos municípios. Em Divinópolis, quatro grandes eventos emba-lam a população duran-te o ano. Marcada pela hospitalidade, Divinó-polis é ponto de encon-tro e recebe turistas de várias regiões. Anual-mente, cerca de 150 mil pessoas passam pelos quatro principais festi-vidades da cidade.

Popularmente conhe-cida como Festa da Cer-veja, o Festival Nacional da Cerveja (Fenacer) consolida-se como um dos mais importantes eventos do Brasil. Tu-ristas de todo o país re-servam suas vagas para não perderem o agito dos três dias da festa.Ao completar 21 anos no centenário, a festa é marcada pela diversi-dade musical. Mais de 100 atrações já foram destaque no evento – al-gumas, inclusive, inter-nacionais. A grandiosi-dade da festa pode ser vista na organização. Setores como o Park e os camarotes Divina light, Divina Folia e Kuringa garantem diversão para todos os públicos.

Divinaexpô

É a maior festa de ro-deio da região. Este ano, o evento chegou à sua 42ª edição com artistas consagrados e rodeios. Aliás, neste período a arena recebe os trinta melhores competidores do Brasil.

Participam, em mé-dia, 40 mil pessoas em cada dia do evento, que acontece em uma área de 14 hectares, equipa-dos para garantir con-forto ao público. Além de engajamento para manter o aconchego, a segurança é pensada em detalhes. Com ar-quibancada móveis e de concreto e corredo-res individuais para acesso à pista, a estru-tura comporta oito mil pessoas.

A Divinaexpô é con-siderada uma das cin-co maiores festas de rodeio do país e um dos eventos mais bem estruturados de todo o circuito brasileiro no gênero. Sua infraestru-tura de atendimento e serviço contempla os mais rigorosos planeja-mentos de qualidade e segurança.

Tanto o público quanto os exposito-res, artistas e patroci-nadores desfrutam de ambientes adequados para diversão e traba-lho. Condições obriga-tórias para um evento que representa o estado de Minas Gerais no ca-lendário ofi cial do ro-deio brasileiro. Desde 2010, a festa pertence

Divinópolis1º de junho de 2012 12

Capital do entretenimentoQuatro festas do calendário da cidade reúnem 150 mil pessoas por ano

ao circuito promovido pela Professional Bull Riders (PBR), empresa norte-americana que promove competições internacionais de mon-taria em touros, o que eleva o nível das dispu-tas. Os melhores peões do circuito brasileiro competem pelo título mundial em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Divina Folia

A festa conhecida por ser carnaval fora de época reúne cerca

de nove atrações em dois dias e agita os fo-liões com mais de dez horas de música. Quem vive à espera do clima para pular ao som de Chiclete com Banana, Asa de Águia, Cheiro de Amor e outros gran-des nomes da música baiana, não fi ca fora da festa. O melhor axé da Bahia sempre mar-ca presença nos trios e nos palcos. Para chegar ao formato ideal hoje apresentado, a empre-sa Bezerro.com reali-zou diferentes pesqui-

sas de satisfação com o público. Até a escolha do nome foi minuciosa. Divina refere-se a uma alusão clara à “divi-na” que, na linguagem jovem, representa algo bonito e sublime. Folia, de acordo com o folclo-re e a linguagem jovem, signifi ca dança viva. Elementos como diver-são, música boa e muita gente bonita não faltam à festa que atrai turistas de toda parte do país. Além dos setores Park e Área Vip, o espaço é di-vidido entre os camaro-

tes Divina Light, espaço para menores de dezoi-to anos com refrigerante e água liberados e visão privilegiada; Divina Fo-liões, espaço aberto para todos curtirem os shows com praça de alimen-tação, banheiros, poli-ciamento, atendimento médico e muito mais.

Festa Fantasia

A Festa Fantasia de Divinópolis chegará à sua 16ª sexta edição este ano no Parque da Divi-naexpô. O evento ocu-

pa os quatro mil metros quadrados do Parque de Exposição, que fi ca tomado por um públi-co fantasiado que curte atrações do rock ao axé.

- A proposta é muito legal. Há uma grande movimentação. A galera incorpora mesmo a fan-tasia e se preocupa com o traje. Tem um preparo antes e esse é um refl e-xo positivo da festa. Nos anos em que eu fui, o pessoal entrou no clima, em animação total - dis-se o fotógrafo André Camargos.

Fotos: Christyam de Lima

Festa da Cerveja atrai milhares de pessoas para shows de artistas

consagrados

Festa de rodeio é uma das maiores do Brasil