dr biasoli
TRANSCRIPT
1ª etapa
Foco emissor de raios X
Objeto2ª etapa
3ª etapa
Anteparo
Conceito:
É formada a partir da interação do feixe de radiação X com o objeto.
Atenuação do feixe de radiação:
Atenuação = Absorção + difusão
É influenciada por:Espessura – Quanto mais espesso, maior a
atenuaçãoDensidade – Quanto mais denso, maior a
atenuaçãoNúmero atômico – Quanto maior o número
atômico, maior a atenuação
Atenuação do feixe de radiação:
Maior densidade = absorve mais a radiação = estrutura hiperdensa = imagem mais clara
Menor densidade = absorve menos a radiação = estrutura hipodensa = imagem mais escura A diferença da espessura de tecidos com densidades semelhantes também pode resultar em tonalidades diferentes
Foco emissor de radiação
Na radiografiaNo objeto
Área hipertransparente
Área de transparência
intermediaria
Área hipotransparente
Muito pouca densidade
Densidade intermediária
Muito densa
Filme radiográfico
Objeto
Atenuação do feixe de radiação:
ArTecido adiposoMúsculoCartilagem Fibras elásticas (colágeno)Osso
Menor atenuação
Maior atenuação
Conceito:
O contraste da imagem radiográfica corresponde a diferença entre as densidades ópticas máxima (preto) e mínima (branco).
Sofre influência de: 1.Nível de exposição (kV, mAs),2.Radiação espalhada
mAs (miliampere-segundo) = miliampere + tempo de exposição. Quantidade de raios X. Responsável pelos contrastes fortes.
kV (quilovolt) kV = 2e + k Energia (qualidade) do feixe de radiação
Conceito:
São substâncias radiopacas ou radiotransparentes, naturais ou artificiais, utilizadas no estudo radiológico de algumas estruturas anatômicas.
Podem ser administrados por via:OralRetal Intravascular (arterial ou venoso) Intra-articular Intracavitário
Classificação:
1.Naturais – Ar; águaArtificiais – Sulfato de bário; iodados.
2.Positivos – Radiopacos (iodados) – Absorvem mais radiaçãoNegativos – Radiotransparentes (ar) – Absorvem menos radiação
Descoberta dos raios X: 08/11/1895
1896 – Tubo digestivo – primeiro bismuto e posteriormente bário
1901 – É criado o Lipiodol por Lafay e Marcel Guerbet – óleo extraído da semente da papoula. Inicialmente usado em indicações terapêuticas – 1918 = 1º contraste oleoso iodado (intramuscular).
1919 – Wlilliam E. Dandy – Neurocirurgião de Baltimore (EUA) – Ar nos ventrículos cerebrais
1923 – Jean Athanse Sicard – Neurologista francês – Canal raquiano (lipiodol) visível aos raios X
1924 – Vesícula biliar e as vias biliares – Visíveis aos raios X
1927 – Antônio Egas Moniz e a Escola portuguesa – Angiografia cerebral
Tipos de contraste positivos:
Insolúveis (bário) – não se dissolvem
Hidrossolúveis (iodado) – dissolvem na água
Lipossolúveis (iodado) – dissolvem em gorduras
Sulfato de bário (BaSO4):
O sulfato de bário (BaSO4), é um sal insolúvel que misturado a água é utilizado como meio de contraste radiopaco.
Utilizado no estudo do sistema digestório – Esôfago, Estômago, Intestino delgado e Intestino grosso
Não é (e não pode ser) absorvido pelo organismo (inerte) é eliminado “in natura”
Sulfato de bário (BaSO4):
Não deve ser usado quando houver possibilidade de atingir a cavidade peritoneal ou mediastinal.
Pós operatório imediato de cirurgia do trato digestivo Suspeita de perfuração intestinal Suspeita de perfuração esofagiana para o mediastino Possibilidade de cirurgia após o exame
Iodados:
Meio de contraste radiopaco que possui o elemento iodo (I) na sua molécula.
Podem ser: De excreção biliar (em desuso) Lipossolúveis (em desuso) Hidrossolúveis
Iodados de excreção biliar:
Colecistocolangiografia intravenosa
Iodipamida (Biligrafina) é o exemplo dos meios de contraste iodados de excreção biliar de administração venosa.
Eliminado em sua maior parte com a bile sem que as moléculas sofram alterações químicas (metabolismo)
Iodados de excreção biliar:
Colecistocolangiografia intravenosa
Ligação com proteínas plasmáticas = retardam a filtração glomerular
Grupos ácidos e propriedades lipofílicas da molécula permitem a eliminação biliar
ATUALMENTE EM DESUSO
Iodados de excreção biliar:
Colecistografia oral
Ácidos muito mais fracos que os meios de contraste para uso venoso.
Agentes de contraste estão ligados à proteínas.
ATUALMENTE EM DESUSO
Iodados lipossolúveis:
Linfoangioadenografia, mielografia, histerossalpingografia
Lipiodol é o exemplo de meio de contraste iodado lipossolúvel.
ATUALMENTE EM DESUSO
Iodados hidrossolúveis:
Para administração venosa, oral, retal ou em cavidades.
Usado em vários tipos de exames. Atualmente:
Muito hidrofílicosBaixa lipossolubilidadePouca afinidade a ligação com proteínas e receptores
de membranasSem ação farmacológica significativa
Iodados hidrossolúveis:
Estrutura básica deriva do ácido benzóico.Átomos de iodo (3) fixados nas posições 2, 4 e 6 do
anel benzênico.Radicais orgânicos (2) fixados nas posições 3 e 5 do
anel benzênico.
A molécula pode ser composta por:1 anel benzênico = monômero triiodado2 anéis benzênicos = dímero hexaiodado
Iodados hidrossolúveis:
O Iodo é o único elemento que combina 3 propriedades essenciais para um meio de contraste hidrossolúvel:
Alta densidade (Z=53)Comportamento químico que permite ligações
firmes com a molécula de benzenoBaixa toxicidade
Iodados hidrossolúveis:
I
COO⁻H⁺
I I
R1
R2
COO⁻H⁺ = H⁺ corresponde ao radical ácido da molécula
I = IodoR1, R2 = Radicais
orgânicos. Conferem caráter hidrofílico a molécula.Monômero
triiodado
Molécula básica do meio de contraste iodado hidrossolúvel
Iodados hidrossolúveis:
I
COO⁻H⁺
I I
R1
I
R3
I I
R2
Dímero hexaiodado
Molécula básica do meio de contraste iodado hidrossolúvel
COO⁻H⁺ = H⁺ corresponde ao radical ácido da molécula
I = IodoR1, R2 e R3= Radicais
orgânicos. Conferem caráter hidrofílico a molécula.
Iodados hidrossolúveis:
Propriedades:
Densidade (g/ml) – número de átomos de iodo por ml de solução
Viscosidade – Aumenta geometricamente com a concentração da solução e com o peso molecular• Quanto maior a viscosidade, maior dificuldade
terá a solução para se misturar ao plasma e aos fluídos corpóreos
Iodados hidrossolúveis:
Propriedades:
Viscosidade • Quanto maior a temperatura menor a viscosidade
– Aquecimento prévio dos meios de contraste
Osmolalidade – Número de partículas de uma solução por unidade de volume – mosm/kg de água
Iodados hidrossolúveis:
Propriedades:
Osmolalidade • Quanto maior a osmolalidade maior a
vasodilatação periférica• Efeitos colaterais causados pela alta
osmolalidade: o Dor vascularo Lesão endotelial
Iodados hidrossolúveis:
Excreção dos meios de contraste iodados hidrossolúveis: Os rins excretam (filtração glomerular) 99% dos
agentes de contrastes hidrossolúveis, sendo o restante eliminado pelo fígado, bile, intestino, suor, lágrima e saliva
Contrastes com sal de sódio tem maior concentração urinária do que com meglumina
Estudos da farmacocinética dos meios de contraste iodados hidrossolúveis mostrou que cerca de 80% +/- 10 são excretados na urina após 24 horas de sua administração
Iodados hidrossolúveis:
Meio de contraste iodado ideal - propriedades:
Hidrossolúvel
Inerte
Estabilidade química e térmica
Baixa viscosidade
Hipo ou isosmolar em relação ao plasma
Excreção seletiva
Seguro e baratoAinda não existe
Iodados hidrossolúveis:
Podem ser divididos em 2 grupos: Iônico Não iônico
Podem ser agrupados em 4 classes: Iônico monomérico Não iônico monomérico Iônico dimérico Não iônico dimérico
Iodados hidrossolúveis:
Monômero iônico
COO⁻ Na⁺
I I
R2 R1
I
COO⁻meglumina⁺
I I
R2 R1
I
I
COO⁻H⁺
I I
R1
R2
Iodados hidrossolúveis:
Monômero iônico – Características:
Em solução dissociam-se em 2 partículas:Ânion radiopaco Cátion não radiopaco (sódio ou meglumina)
Em solução 3 átomos de iodo para 2 partículas (relação = 1,5) – Alta osmolalidade
Iodados hidrossolúveis:
Monômero não iônico
COO⁻ amida⁺
I I
R2 R1
I
COO⁻glicose⁺
I I
R2 R1
I
I
COO⁻H⁺
I I
R1
R2
Iodados hidrossolúveis:
Monômero não iônico – Características:
Em solução não se dissociam
Em solução 3 átomos de iodo para 1 partícula (relação = 3)
Iodados hidrossolúveis:
Dímero iônico
I
COO⁻meglumina⁺
I I
R1
I
R3
I I
R2
I
COO⁻Na⁺
I I
R1
I
R3
I I
R2
I
COO⁻H⁺
I I
R1
I
R3
I I
R2
Iodados hidrossolúveis:
Dímero iônico – Características:
Em solução dissociam-se em 2 partículas:Ânion radiopaco (ioxaglato) Cátion não radiopaco (sódio ou meglumina)
Em solução 6 átomos de iodo para 2 partículas (relação = 3)
Iodados hidrossolúveis:
Dímero não iônico
I
COO⁻glicose⁺
I I
R1
I
R3
I I
R2
I
COO⁻amida
⁺
I I
R1
I
R3
I I
R2
I
COO⁻H⁺
I I
R1
I
R3
I I
R2
Iodados hidrossolúveis:
Dímero não iônico – Características:
Em solução não se dissociamEm solução 6 átomos de iodo para 1 partícula
(relação = 6) – Baixa osmolalidadeAlto peso molecular – Grande viscosidade
Iodados hidrossolúveis:
Peso molecular (viscosidade)
OsmolalidadeConteúdo de iodo para 300osm/kg
H2O (Densidade)
Iônico monomérico
600 – 800 1500 – 1700 ≈70
Não-iônico monomérico
600 – 800 600 – 700 ≈150
Iônico dimérico 1269 560 ≈150
Não-iônico dimérico
1550 - 1626 ≈300 ≈300
Iodados hidrossolúveis:
Não iônico – Características:
Melhor tolerância geral para os pacientes
Raramente observa-se reações gerais, como náuseas e vômitos, e reações alérgicas como urticária, edema de mucosas, aumento da resistência respiratória e efeitos no sistema cardiovascular
Iodados hidrossolúveis venosos:
Decisões antes de injetar o meio de contraste:
Avaliar risco x benefícioAvaliar alternativasTer certeza da indicação precisa do meio de contrasteEstabelecer procedimentos de informação ao
pacienteDeterminar previamente a política em caso de
complicações
Iodados hidrossolúveis venosos:
Orientação ao paciente antes da realização do exame:
Reduzir a hidratação – aumenta a concentração renalJejum 6 horas antes do exameChecar alergias (Alergia a frutos do mar, pode não
indicar alergia ao iodo – contraste)Teste alérgico é inútil
Iodados hidrossolúveis venosos:
Condições que influenciam na qualidade da imagem: Via de administração – Determina (em parte) a
quantidade de contraste que chegará no órgão a ser estudado
Dose do contrasteVelocidade de injeçãoCalibre do jelco (ou cateter) – em função da
viscosidade do contrasteTemperatura do contraste – principalmente no uso
dos não iônicos
Meios de contraste venosos paramagnéticos (RNM):
Pré-requsitos:
Deve alterar a intensidade de sinalMenor concentração possível – reduzir toxicidadePermanecer no tecido alvo tempo suficiente para a
realização do exameBaixa toxicidade e estável in vivo
Meios de contraste venosos paramagnéticos (RNM):
Características:
Os agentes de contrastes de RMN, particularmente os baseados no gadolínio, são extremamente seguros e não nefrotóxicos
As reações incluem náuseas, cefaléia, alteração do paladar